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BIOGEO

FOCO

Banco de Exercícios

CRIAÇÃO INTELECTUAL
ESTELA SILVA

10.º ANO
ENSINO SECUNDÁRIO

A
BIOLOGIA E GEOLOGIA

A
2

Domínio 1: Geologia e métodos I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX
1. A Terra e os seus subsistemas
1.1. Os subsistemas terrestres ✗ ✗ ✗
1.2. Interação de subsistemas ✗ ✗ ✗
2. As rochas, arquivos que relatam a história da Terra
2.1. Rochas sedimentares ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2.2. Rochas magmáticas ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2.3. Rochas metamórficas ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2.4. Ciclo das rochas ✗ ✗ ✗ ✗
3. A Terra, um planeta em mudança
3.1. Princípios básicos do raciocínio geológico ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
3.2. O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os seus movimentos ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

4. A medida do tempo e a idade da Terra


4.1. Datação relativa / 4.2. Datação absoluta ✗ ✗ ✗ ✗
4.3. Memória dos tempos geológicos ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 2: Estrutura e dinâmica da geosfera
1. Vulcanologia
1.1. Vulcanismo – manifestações primárias / 1.2. Materiais expelidos ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
1.3. Vulcanismo – manifestações secundárias ou residuais ✗ ✗
1.4. Vulcões e placas tectónicas ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
1.5. Minimização de riscos vulcânicos – previsão e prevenção ✗ ✗ ✗ ✗
1.6. Benefícios do vulcanismo ✗ ✗
2. Sismologia
2.1. Sismos – definição e causas ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2.2. Deteção e registo de sismos ✗ ✗ ✗
2.3. Intensidade e magnitude de um sismo ✗ ✗
2.4. Dados de propagação de ondas sísmicas e profundidade das
✗ ✗ ✗
descontinuidades da geosfera
2.5. Sismos e placas tectónicas ✗ ✗ ✗ ✗
2.6. Sismicidade em Portugal ✗
2.7. Minimização de riscos sísmicos – previsão e prevenção ✗ ✗ ✗
3. Métodos para o estudo do interior da geosfera ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
4. Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1. Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra ✗ ✗ ✗
4.2. Um modelo da estrutura interna da Terra ✗ ✗ ✗
BANCO DE EXERCÍCIOS 3

Grupo I

Há mais de cinco décadas que se investigam os sedimentos dos fundos oceânicos, assim como os
microfósseis aí presentes. Recentemente, uma equipa internacional de investigadores recorreu a estes
vestígios para estudar os padrões do clima nos últimos 66 milhões de anos (Ma). Os cientistas
reconstruíram e analisaram as alterações climáticas globais examinando as evidências preservadas
em isótopos de oxigénio e de carbono (18O e 13C, respetivamente), obtendo informações relativas às
paleotemperaturas dos mares profundos, aos volumes globais de gelo e ao ciclo do carbono. Estes
isótopos são armazenados em conchas de microrganismos unicelulares dos fundos marinhos, os
foraminíferos. Estas conchas são formadas por precipitação de carbonato1, pelo que, ao incorporar
este elemento, os foraminíferos criam uma “impressão digital química” da água do mar. Assim, ficam

GEOLOGIA
registadas alterações nos ciclos do carbono e do oxigénio, influenciados pela temperatura e nível do
mar. A velocidade de deposição de material no fundo marinho é de cerca de 1 centímetro/1000 anos,
pelo que o clima global vai ficando gravado, de forma lenta mas precisa, nas profundezas do oceano.

Estes estudos resultaram numa nova curva de referência climática (figura 1), a partir de 14 registos
de perfuração oceânica de 12 laboratórios internacionais e de arquivos do solo oceânico recolhido na
Antártida desde 1966.

Foram detetadas nas conchas pequenas variações na proporção de carbono, que estão direta-
mente ligadas à biosfera e ao ciclo global do carbono: a emissão de CO2 para a atmosfera, por fenó-
menos naturais como erupções vulcânicas, conduz ao aumento da dissolução deste gás no oceano.

carbonato – substância mineral que apresenta na sua composição química o ião CO32–.
1

-2
(unidades simplificadas)
Quantidade de 18O

0
Icehouse
2 Coolhouse
Warmhouse
Hothouse

65 35 0
Idade (Ma)

Figura 1 – Variação do isótopo 18O registado em sedimentos marinhos desde há 65 Ma até ao presente.

Baseado em www.publico.pt (consultado em setembro de 2020), Westerhold, T. et al. (2020)


An astronomically dated record of Earth’s climate and its predictability over the last 66 million years, Science

1. Na formação de sedimentos intervêm processos de


(A) meteorização e erosão. (B) meteorização, erosão e transporte.
(C) erosão e transporte. (D) erosão, transporte e diagénese.

2.  s rochas sedimentares que englobam restos de seres vivos, como conchas, e as rochas
A
formadas por clastos denominam-se, respetivamente,
(A) detríticas e biogénicas. (B) quimiogénicas e detríticas.
(C) biogénicas e detríticas. (D) detríticas e quimiogénicas.
4 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

3.  proporção entre isótopos instáveis e isótopos estáveis informa sobre a idade da estrutura em
A
que estes são encontrados. A datação baseada em radioisótopos
(A) é uma técnica de datação relativa, que permite atribuir um valor numérico à idade da rocha
ou da estrutura a ser datada.
(B) apenas pode ser utilizada de forma segura na datação de rochas magmáticas e sedimentares.
(C) admite que o tempo de semivida de um par de isótopos é igual a metade do tempo de vida
dos isótopos-pai.
(D) é fiável pois a variação da proporção isótopos-pai/isótopos-filho não é afetada pela variação
das condições ambientais.

4. Identifique no gráfico da figura 1 as variáveis dependente e independente.

5. O estudo referido no texto estudou os padrões de clima


(A) ao longo do Paleozoico.
(B) durante o Mesozoico e o Cenozoico.
(C) no período em que os dinossauros dominaram os ambientes terrestres.
(D) apenas de ambientes aquáticos.

6.  incorporação de carbono nas conchas de foraminíferos é um exemplo de interação direta e


A
indireta entre
(A) biosfera, litosfera, atmosfera e hidrosfera.
(B) biosfera e hidrosfera.
(C) litosfera, atmosfera e hidrosfera.
(D) biosfera, hidrosfera e atmosfera.

7.  restrição da utilização de dados relativos aos foraminíferos de dois géneros (Cibicidoides e


A
Nuttallides) teve como objetivo
(A) permitir a comparação dos valores ao longo do tempo, eliminando potenciais diferenças
entre espécies na incorporação dos isótopos nas conchas.
(B) avaliar o clima nos últimos 1000 anos.
(C) determinar a origem (natural ou antropogénica) dos isótopos 18O e 13C.
(D) estimar o aquecimento global nos próximos 66 Ma.

8. Tendo em conta a velocidade de deposição de sedimentos no fundo oceânico,


(A) é previsível que esta aumente com o aumento da temperatura do oceano.
(B) serão necessários 100 000 anos para a formação de uma camada de sedimentos com
1 metro de espessura.
(C) é possível determinar com exatidão as variações nas correntes mais profundas desde o Mesozoico.
(D) os cientistas conseguiram determinar a idade da Terra.

9. J ustifique a afirmação: “A deposição de sedimentos nos fundos marinhos pode enquadrar-se


numa perspetiva uniformitarista”.

10.  s investigadores identificaram quatro estados climáticos distintos: “hothouse”, “warmhouse”,


O
“coolhouse” e “icehouse” – se as emissões de CO2 continuarem sem mitigação até 2100, o
sistema climático terrestre será deslocado abruptamente para o estado climático “warmhouse”
(temperaturas globais mais de 5 °C do que atualmente), ou mesmo “hothouse” (temperaturas
mais de 10 °C superiores à atual e sem glaciares continentais).

10.1. Indique, utilizando os dados da figura 1, qual a relação entre a quantidade de 180 identificada nos
sedimentos do fundo oceânico e a temperatura global do planeta.

10.2. Relacione a queima de combustíveis fósseis com um estado climático futuro sem glaciares.
BANCO DE EXERCÍCIOS 5

Grupo II

O Maciço Calcário Estremenho (MCE) é constituído, essencialmente, por rochas calcárias que se
apresentam sobreelevadas por atuação de movimentos tectónicos. O maciço inclui toda a área do
Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (figuras 1 e 2).

O património geológico do MCE é notável, quer a nível nacional, quer a nível internacional, desta-
cando-se as jazidas com pegadas de dinossáurios da Pedreira do Galinha e a jazida com fósseis de
equinodermes1 do Cabeço da Ladeira.

A paisagem é dominada por campos de lapiás, formados devido à interação da água com as
rochas carbonatadas. Nestas regiões também abundam depressões fechadas com vertentes rocho-

GEOLOGIA
sas (covões) que apresentam o fundo coberto por solos vermelhos (terra rossa) resultante da deposi-
ção de argilas do calcário. A água penetra nas fissuras da rocha e alarga-as, formando grandes corre-
dores ou poços naturais, designados algares. Foi num desses algares que alguns habitantes de Mira
de Aire descobriram, em 1947, um conjunto fascinante de grutas, que pertencem a um conjunto de
mais de 1500 grutas que cruzam o interior do maciço. Estas grutas são habitat para diversas espécies,
nomeadamente morcegos insetívoros e as suas águas constituem talvez um dos maiores reservatórios
de água subterrânea do país.

Na sua maior parte, estas regiões são áridas, mas, em depressões denominadas dolinas, é ances-
tral o cultivo de espécies como o milho, a batata e outras espécies resistentes.

Além dos calcários, existem na zona aluviões2 e rochas associadas a episódios vulcânicos, como
os basaltos.

O MCE integra a Bacia Lusitânica, localizada no bordo oeste da microplaca ibérica, com origem
associada a episódios que levaram à abertura do oceano Atlântico durante o Mesozoico. No final desta
era, a microplaca ibérica colidiu com as placas Africana e Euroasiática, mantendo esse regime tectó-
nico até à atualidade.

equinoderme – animal invertebrado marinho com espinhos e pés ambulacrários (ouriço-do-mar, estrela-do-mar).
1

2
aluvião – matéria acumulada (areias, terras, lodo) por ação das correntes fluviais, formando um terreno.

Baseado em https://www.grutasmiradaire.com/, http://www2.icnf.pt/

N
Leiria
Ourém
Nazaré
Alcobaça
Torres
Novas
Peniche

Santarém
Oceano Atlântico

Torres Vedras jo
Te
o
Ri

Sintra
Lisboa 0 25 km
0 5 km

Figura 1 – Localização do Maciço Calcário Cenozoico Complexo Ígneo


Estremenho (tracejado preto) e o Parque Natural de Sintra
Cretácico
das Serras de Aire e Candeeiros (verde).
Jurássico Superior Complexo Vulcânico
de Lisboa
Jurássico Médio
Falhas principais
Jurássico Inferior
Limite aproximado
(Hetangiano)
do MCE

Figura 2 – Idades das rochas no MCE (trace-


jado) e região envolvente.
6 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. As forças tectónicas que determinaram a configuração atual do MCE


(A) provocaram a subducção de crusta continental.
(B) terão sido, indubitavelmente, do tipo distensivo.
(C) implicaram, provavelmente, a convergência de placas.
(D) levaram ao deslizamento lateral de placas, promovendo fenómenos sísmicos.

2. As Serras de Aire e Candeeiros apresentam uma orientação aproximada de


(A) NE-SO. (B) E-O.
(C) NO-SE. (D) S-N.

3. Os campos de lapiás formam-se


(A) devido à reduzida sensibilidade do calcário à meteorização.
(B) igualmente em zonas vulcânicas, como os arquipélagos da Madeira e dos Açores.
(C) por ação de rios, na região do MCE.
(D) por interação entre a hidrosfera e a litosfera.

4.  s grutas calcárias, de que é exemplo a Gruta de Mira De Aire, são ________ e são importantes
A
________ .
(A) relativamente raras no MCE ... habitats para diversos seres vivos
(B) abundantes no MCE ... fontes de recursos hídricos
(C) constituídas por terra rossa ... locais de estudos geológicos
(D) constituídas por algares ... jazidas fossilíferas

5. No limite entre placas litosféricas em movimento convergente,


(A) pode verificar-se a formação de riftes, como a Dorsal Médio-Atlântica.
(B) pode ocorrer formação de cadeias montanhosas, como os Andes.
(C) os fenómenos sísmicos são raros, mas pode ocorrer formação de magma.
(D) ocorre colisão entre placas, com subducção das placas continentais.

6.  litologia de determinada região tem influência nas características da água, nomeadamente a


A
sua “dureza”, a qual se deve à concentração de iões, como o Ca2+, presentes na água.

mg/L de CaCO3 Grau de dureza Água macia N


Zonas indicadas no mapa e Marinha
0-75 Macia Grande, Nazaré, Abrantes, Torres Vedras,
Barreiro, Setúbal, Baixa da Banheira,
Açores e Ilha da Madeira.
75-150 Moderadamente dura Dureza média
Zonas indicadas no mapa e Penafiel, Ermesinde
150-300 Dura S. Mamede de Infesta e Ilha de Porto Santo.
Água dura
> 300 Muito dura Zonas indicadas no mapa e Figueira da Foz,
Tomar, Cascais, Estremoz e Elvas.
Tabela 1 – Grau de dureza de uma água
Oceano Atlântico

Oceano Atl ânti co


0 50 km

Oceano Atlântico
0 50 km
0 50 km

Figura 3 – Dureza da água em Portugal.


Fonte: https://web.fe.up.pt/
BANCO DE EXERCÍCIOS 7

6.1.  lassifique as águas do MCE quanto à dureza e concentração em CaCO3 (mg/L), tendo em
C
conta a sua localização geográfica.

7. Faça a correspondência correta entre as afirmações da coluna A e os tipos de rocha da coluna B.

Coluna A Coluna B
(1) Rocha plutónica
(a) Resulta do arrefecimento rápido do magma, próximo da
superfície. (2) Rocha vulcânica
(b) Forma-se por alteração da estrutura sem fusão de rochas

GEOLOGIA
(3) Rocha sedimentar quimiogénica
preexistentes.

(c) Forma-se por precipitação de substâncias químicas, como o (4) Clasto


carbonato de cálcio.
(5) Rocha metamórfica

8.  omplete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. A cada letra corresponde um
C
só algarismo.

A Terra classifica-se como um sistema ___(a)___ não obstante as trocas de ___(b)___, com o
Universo. A libertação de gases em erupções vulcânicas envolve os subsistemas ___(c)___. Os
seres vivos estabelecem diversas interações com a ___(d)___, beneficiando da proteção dos
raios ultravioleta, e com a ___(e)___, de que é exemplo a formação de rochas biogénicas.

(a) (b) (c) (d) (e)

1. aberto 1. matéria 1. litosfera e hidrosfera 1. litosfera 1. biosfera


2. fechado 2. energia 2. atmosfera e biosfera 2. atmosfera 2. hidrosfera
3. isolado 3. matéria e energia 3. atmosfera e litosfera 3. hidrosfera 3. litosfera

9.  rdene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de


O
etapas que culminam no afloramento de uma rocha magmática plutónica comum em Portugal
continental.
A – Soerguimento do granito por ação de forças tectónicas.
B – Arrefecimento do magma à medida que ascende.
C – Aquecimento de rochas sedimentares sujeitas a subducção.
D – Consolidação do magma, formando granito.
E – Fusão de rochas numa fossa oceânica.

10.  fossilização é um processo complexo, que depende não só das características dos próprios
A
seres vivos, mas também das condições termodinâmicas do ambiente.

Relacione a abundância de fósseis no MCE com o tipo de rocha que caracteriza a região.
8 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo III

O perfil geológico de uma determinada área sintetiza a reconstituição da sua geohistória.

A figura 1 representa esquematicamente um perfil geológico de um local, elaborado com base


em elementos recolhidos no trabalho de campo. Analise-o, atentamente.
Sul Norte
1 Arenitos triásicos
5
2 Calcários
4 3 Alternância de calcários
3
6 e margas
4 Argilitos
3 5 Calcários cretácicos com
2 condutas de dissolução

1 6 Cascalho e areias

2 0 0,5 km
1
Figura 1

1.  m estrato sedimentar não deformado é mais ________ do que o estrato acima do seu teto e mais
U
________ do que o estrato abaixo do seu muro.
(A) recente … recente
(B) recente … antigo
(C) antigo … recente
(D) antigo … antigo

2. No perfil geológico da figura 1, representam-se


(A) apenas rochas sedimentares.
(B) rochas sedimentares e magmáticas.
(C) sedimentos e rochas metamórficas.
(D) rochas magmáticas e rochas metamórficas.

3. O metamorfismo, enquanto processo de formação de rochas, ocorre


(A) a baixa profundidade, próximo da superfície terrestre.
(B) apenas em rochas ígneas preexistentes.
(C) sempre que o processo de sedimentação termina.
(D) em locais de pressão e/ou temperaturas elevadas.

4.  elecione a opção que classifica corretamente as afirmações I, II e III relativas ao perfil geológico
S
da figura 1.
I. Os calcários representados formaram-se na mesma era geológica.
II. A deformação observada nos estratos não permite a aplicação dos princípios da datação
relativa.
III. São duas as descontinuidades observadas no perfil geológico.

(A) A afirmação I é falsa; II e III são verdadeiras.


(B) A afirmação I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) A afirmação I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) As afirmações I e II são falsas; III é verdadeira.
BANCO DE EXERCÍCIOS 9

5.  rdene, cronologicamente, os acontecimentos A a E que afetaram a área representada no perfil


O
geológico da figura 1.
A – Formação dos argilitos.
B – Deposição dos arenitos triásicos.
C – Erosão cársica.
D – Deformação dos leitos alternados de calcários e margas.
E – Esforços tectónicos com formação de uma falha.

6.  xplique por que razão os geólogos interpretam os perfis geológicos com base na premissa de
E

GEOLOGIA
que "o presente é a chave do passado".

7. J ustifique por que razão a datação absoluta de rochas sedimentares e metamórficas, por
métodos de datação radiométrica, pode apresentar uma margem de erro considerável.

8.  lassifique como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes relativas à idade e
C
evolução do planeta Terra.
(A) A Terra iniciou a sua formação há, aproximadamente, 4,6 Ga, tendo as primeiras formas de
vida surgido no Paleozoico.
(B) A abertura do oceano Atlântico começou no fim da Era Paleozoica, com o início da fratura do
supercontinente Pangeia.
(C) Para a datação radiométrica dos calcários (5) do perfil geológico da figura 1, o método mais
adequado é o do carbono-14 com uma semivida de 5730 anos.
(D) A formação de cascalho e areias resulta de processos de meteorização e erosão.

9.  desenvolvimento da Teoria da Tectónica de Placas tem permitido uma melhor compreensão


O
dos processos de formação de cadeias montanhosas e de fossas submarinas. As cadeias
montanhosas intracontinentais localizam-se
(A) em antigas áreas de colisão de placas tectónicas.
(B) nas margens continentais passivas.
(C) em atuais limites tectónicos construtivos.
(D) nas zonas de rifte continental e oceânico.

Grupo IV

Analise o corte geológico representado na figura 1 relativo a uma determinada área do interior da
Península Ibérica.

G A Conglomerado
F B Arenito de grão médio
E C Argilito com fósseis
de trilobites do Pérmico
D
D Calcário
C
E Arenito de grão fino
B F Argilito com pegadas
de saurópodes
A G Arenito de grão
muito fino
H H Granito
I Basalto
Falha
I
Figura 1 – Corte geológico da zona em estudo.
10 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1.  rdene, cronologicamente, os acontecimentos de A a E que originaram as formações rochosas


O
representadas na figura 1.
A – Regressão paleozoica seguida de uma fase erosiva.
B – Intrusão magmática.
C – Sedimentação e dobramento da série estratigráfica A a C.
D – Sedimentação da série estratigráfica D a G.
E – Formação da falha em regime tectónico distensivo.

2. Indique os princípios da estratigrafia que aplicou na resolução da questão anterior.

3. Aplicando o princípio da ________ podemos afirmar que ________.


(A) datação relativa … as rochas C são mesozoicas e que as F são paleozoicas
(B) interseção … o filão é a formação geológica mais recente
(C) intrusão … as rochas magmáticas são mais antigas do que as séries estratigráficas
(D) datação absoluta … a presença de isótopos radioativos na rocha A permite o cálculo preciso
da sua idade radiométrica

4.  lassifique como verdadeiras ou falsas as afirmações (A) a (D) relativas à interpretação do perfil
C
geológico da figura 1.
(A) A regressão paleozoica ocorreu num período interglaciar que provocou um recuo da linha de
costa.
(B) A s fases erosivas representadas na figura 1 estão assinaladas por superfícies de
descontinuidade.
(C) O ciclo da água é o motor da meteorização e da erosão dos afloramentos rochosos.
(D) A falha tem localização interplaca e é ativa.

5.  estudo do granito representado na figura 1 permitiu determinar a proporção de 2:2 entre os


O
átomos de potássio-40, 40K, e árgon-40, 40Ar. Sendo o tempo de semivida do 40K de 1300 Ma,
indique, justificando, a idade do granito.

6. Durante a formação da sequência estratigráfica A a C, a energia do meio de sedimentação


(A) não pode ser inferida.
(B) manteve-se constante.
(C) aumentou progressivamente.
(D) diminuiu progressivamente.

7. Selecione a opção que classifica corretamente as afirmações I, II e III.


I.  granito e o basalto são rochas magmáticas resultantes da cristalização de fluidos
O
silicatados.
II. As condições termodinâmicas do metamorfismo situam-se entre a diagénese e o magmatismo.
III. O conglomerado, o arenito, o argilito e o calcário são rochas sedimentares detríticas.

(A) A afirmação I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) As afirmações I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) A afirmação I é falsa; II e III são verdadeiras.
(D) As afirmações I e II são falsas; III é verdadeira.
BANCO DE EXERCÍCIOS 11

8. O granito e as argilas são recursos geológicos ________ pois ________.


(A) não renováveis … são repostos naturalmente a uma taxa superior à da sua extração
antrópica
(B) renováveis … a razão produção natural/extração humana é elevada
(C) n ão renováveis … são repostos naturalmente a uma taxa inferior à da sua extração
antrópica
(D) renováveis … a razão produção natural/extração humana é baixa

GEOLOGIA
Grupo V

O perfil esquemático da figura 1 representa a deformação observada numa sequência de


rochas, estando o seu conteúdo fossilífero representado na tabela 1.

Vulcão 1 Vulcão 2
Lava 1
Lava 2

2
Figura 4 – Perfil esquemático de uma sequência de rochas.

Falha A Figura 1 Falha B

Tabela 1 – Conteúdo fossilífero

Camada 1 Foraminíferos planctónicos

Camada 2 Rudistas e amonites

Camada 3 Graptólitos e trilobites

Fonte (adaptada): CARNEIRO, Celso Dal Ré, MIZUSAKI, Ana Maria Pimentel e ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. A
determinação da idade das rochas. Terrae didat., 2005, vol.1, no.1, pp.6-35. ISSN 1980-4407.

1.  s camadas 1, 2 e 3 representadas na figura 4 são constituídas por rochas sedimentares.


A
Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a sequenciar os
acontecimentos que contribuíram para a formação dessas rochas.
A – Compactação e cimentação dos sedimentos.
B – Erosão das rochas preexistentes.
C – Transporte de sedimentos ao longo de estruturas fluviais.
D – Sedimentação dos materiais em camadas.
E – Meteorização dos minerais por agentes externos.
12 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

2. Indique, justificando com base nos dados da figura 4, se é possível, por aplicação do Princípio
da Sobreposição, afirmar que a camada 1 é mais recente do que a camada 3.

3.  s fósseis de trilobites e de amonites são bons fósseis de idade, indicando, para as rochas que
O
os contêm, uma idade, respetivamente,…
(A) pré-câmbrica e paleozoica. (B) paleozoica e mesozoica.
(C) mesozoica e cenozoica. (D) paleozoica e cenozoica.

4.  a base do afloramento representado na figura 4 foi encontrado um cristal do mineral zircão com
N
25% de urânio-235, 235U (isótopo-pai).

4.1. A percentagem de chumbo-207, 207Pb (isótopo-filho), presente no mineral é de…


(A) 100%. (B) 50%.
(C) 75%. (D) 25%.

 abendo que a semivida do 235U é 704 Ma, a idade do cristal de zircão é ________ Ma porque o
4.2. S
decaimento radioativo corresponde a ________ semividas.
(A) 1408 … duas (B) 352 … duas
(C) 1408 … três (D) 352 … três

5. Considere as seguintes afirmações, referentes ao ciclo litológico.


I.  metamorfismo é resultado da ação de temperaturas próximas das verificadas na superfície
O
da Terra.
II. As rochas magmáticas plutónicas formam-se em profundidade.
III. As rochas magmáticas não sofrem metamorfismo.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6.  aça corresponder os diferentes processos do ciclo litológico, referidos na coluna A, à respetiva


F
designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
1) Meteorização
(a) Passagem das rochas do estado sólido ao estado líquido. 2) Solidificação
(b) P
 rocesso de transformação, em profundidade, das rochas preexistentes, 3) Fusão
por ação da temperatura e da pressão. 4) Metamorfismo
(c) D
 esgaste e desagregação das rochas, por ação de agentes externos. 5) Sedimentação
6) Erosão

7.  rdene, cronologicamente, os acontecimentos A a E, por forma a reconstituir a história de


O
formação do afloramento representado na figura 4.
A – Intrusão magmática com formação do vulcão 2 e derrame de lava 2.
B – Formação da falha B.
C – Formação da sequência sedimentar.
D – Formação da falha A.
E – Intrusão magmática com formação do vulcão 1 e derrame de lava 1.
BANCO DE EXERCÍCIOS 13

Grupo VI

O complexo intrusivo de Sátão é constituído por dois pequenos corpos graníticos, alongados, que
afloram a sul da povoação de Sátão, no distrito de Viseu (figura 1).

N N Sátão

Lajes

GEOLOGIA
Contige

0 2 km
Vila Real
Oceano Atlântico

Legenda:
Porto Rochas metamórficas
Outros granitos

Complexo granítico de Sátão


Aveiro
Granito de grão médio
Viseu
Guarda Granito porfiroide
0 25 km Falha

Figura 1 – Localização aproximada Figura 2 – Mapa geológico simplificado da área estudada.


do complexo granítico de Sátão.

O corpo situado mais a norte corresponde a um granito de grão médio de duas micas (moscovite e
biotite), conhecido na literatura por granito de Sátão, enquanto a intrusão, localizada mais a Sul, é um
granito porfiroide, também de duas micas (figura 2).

Ambos os granitos mostram evidências de deformação e definem relações com o encaixante de


natureza metamórfica. Os dados de petrografia e de geoquímica de rocha total sugerem que os dois
granitos derivam de magmas de origem crustal.

Os dados de campo mostram que o granito de grão médio e o granito porfiroide apresentam con-
tactos transicionais entre si e padrões estruturais contínuos e coerentes, sugerindo que a sua instala-
ção tenha ocorrido praticamente ao mesmo tempo. Por outro lado, as relações com as estruturas do
encaixante apontam para que a intrusão destes magmas tenha tido lugar no final do Paleozoico.

Uma das amostras do granito de grão médio foi selecionada para datação pelo método U-Pb em
quatro frações de zircão. Estas frações de zircões analisadas são concordantes e indicaram uma
idade de 315,2 ± 1,6 Ma.
Adaptado de: http://www.lneg.pt/download/9504/6_3067_ART_CG14_ESPECIAL_I.pdf

1.  s corpos graníticos que ocorrem na região de Sátão correspondem a rochas ________ que têm
O
a sua origem na cristalização do magma ________.
(A) plutónicas … à superfície
(B) metamórficas … em profundidade
(C) plutónicas … em profundidade
(D) vulcânicas … à superfície
14 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

2.  instalação simultânea dos dois granitos ocorreu por um conjunto de processos geológicos
A
________ que permitem contrariar o Princípio do ________.
(A) súbitos e violentos … Gradualismo
(B) lentos e graduais … Gradualismo
(C) súbitos e violentos … Catastrofismo
(D) lentos e graduais … Catastrofismo

3.  intrusão dos magmas que deu origem aos dois granitos teve lugar num momento da história da
A
Terra em que ocorreram fenómenos de ________.
(A) extinções em massa com grande significado
(B) explosões de vida com grande significado
(C) extinções em massa com pouco significado
(D) explosões de vida com pouco significado

4.  rocha encaixante dos granitos resultou de fatores ________ da Terra que alteraram a rocha
A
preexistente a nível ________.
(A) internos … mineralógico
(B) internos … textural
(C) internos … mineralógico e textural
(D) externos … mineralógico e textural

5.  o mapa geológico da área estudada é possível observar um fenómeno de deformação frágil.


N
Esta deformação ocorreu ________ da instalação do complexo granítico de Sátão e permite efe-
tuar uma datação ________ dos fenómenos tectónicos que ocorreram na região.
(A) antes … relativa
(B) depois … relativa
(C) antes … absoluta
(D) depois … absoluta

6.  datação feita em zircões permitiu obter uma idade absoluta. Os 315,2 ± 1,6 Ma correspondem
A
à ________ que deu origem ao granito.
(A) instalação do magma
(B) cristalização do magma
(C) fusão da matéria crustal
(D) intrusão do magma

7.  ciclo litológico é descrito como um conjunto de fenómenos que levam à formação dos três
O
grandes tipos de rochas. A principal força interna responsável por este ciclo é ________ .
(A) a gravidade
(B) o tectonismo
(C) a deriva continental
(D) o impactismo
BANCO DE EXERCÍCIOS 15

8.  aça corresponder cada um de fenómenos que estão na origem das rochas sedimentares,
F
expressos na coluna A, à respetiva designação, na coluna B.

Coluna A Coluna B

(1) Meteorização química


a) 
Alteração dos minerais constituintes das rochas, com formação de novos
(2) Meteorização física
produtos.
(3) Erosão
b) Remoção das partículas litológicas que foram previamente alteradas.
(4) Transporte
c) Transformação dos sedimentos em rochas sedimentares consolidadas.
(5) Diagénese
d) Deposição dos sedimentos numa posição aproximada à horizontal.

GEOLOGIA
(6) Sedimentação

9.  granito porfiroide que aflora em Sátão, que está em contato direto com a atmosfera, a biosfera
O
e a hidrosfera, está sujeito a diversos fenómenos físicos e químicos.

Refira as interações possíveis entre este granito e os três subsistemas terrestres, no âmbito do
ciclo das rochas.

Grupo VII

A Teoria da Tectónica de Placas é a teoria unificadora das Ciências da Terra sólida. Segundo a
Teoria da Tectónica de Placas, a camada externa da geosfera encontra-se fragmentada em diversas
placas rígidas que se deslocam umas em relação às outras sobre uma camada mais dúctil. É nas
zonas de limites de placas que ocorre uma grande parte dos processos geológicos, entre os quais
a maioria da atividade sísmica, de processos vulcânicos e de processos de formação de depósitos
minerais.

A Teoria da Tectónica de Placas foi desenvolvida entre os anos 60 e 70 do século XX por cientistas
como Tuzo Wilson, Jason Morgan, Dan Mckenzie e Xavier Le Pichon. Desde o seu início que se perce-
beu que algumas margens dos continentes correspondiam a zonas de fronteira de placas, como no
caso do Pacífico. Estas denominam-se de margens ativas, caracterizadas por intensa e frequente
atividade sísmica. No entanto, no caso do oceano Atlântico, as margens dos continentes não corres-
pondem, em geral, a zonas de fronteiras de placas e são, por isso, denominadas de margens passi-
vas, não revelando atividade sísmica significativa. O artigo no qual estes dois tipos de margens foram
definidos foi publicado em 1969 pelo geólogo Inglês John Dewey, da Universidade de Cambridge,
Reino Unido. No entanto, precisamente nesse ano, um sismo de elevada magnitude (7,9) ocorreu ao
largo da margem Atlântica do Sudoeste da Ibéria, com maior intensidade em Lisboa, mas sentido no
sul e no norte de Portugal.

O sismo de 1969 não foi o único sismo de grande magnitude a ocorrer nesta região. Anteriormente
já tinha ocorrido o grande sismo de Lisboa de 1755. Logo nesse ano, os “pais” da tectónica de placas
perceberam que algo de único poderia estar a ocorrer nesta zona. Os geocientistas Yoshio Fukao e
Michael Purdy, na altura jovens investigadores em Cambridge, dedicaram-se a estudar esta área em
detalhe e concluíram que neste local poderia estar a ocorrer um processo de início de subducção.
Este processo estaria relacionado com a existência da zona de fronteira de placas Açores-Gibraltar, ao
longo da qual a placa Africana poderia estar a começar a mergulhar sob a placa Euroasiática, no
Banco de Gorringe. Anos mais tarde, o Professor António Ribeiro da Universidade de Lisboa propôs
que esta zona de convergência incipiente estaria a propagar-se ao longo da margem oeste portu-
guesa, local onde a margem passiva se estaria a transformar numa margem ativa. Mas, para que tal
aconteça, as zonas oceânicas das placas litosféricas têm de se fraturar.
16 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

N Profundidade
(em metros)
Falha da Planície 0
Abissal da Ferradura SW
Ibéria
-5300

Falha do Falha do
Gorringe Marquês Subducção
de Pombal
de Gibraltar

Falha da
Ferradura
de
n co ge
n
Ba orri
G Estreito
de
Gibraltar
Planície
Abissal da
Falhas
Ferradura
SWIM

0 100 km Prisma Acrecionário

Figura 1 – Mapa tectónico da margem sudoeste da Ibéria evidenciando a multiplicidade


de falhas na região (adaptado de Duarte et al., 2013).

O processo de reativação de margens passivas tem um papel fundamental na Teoria da Tectónica


de Placas, em particular no conceito de ciclo de Wilson, segundo o qual os oceanos nascem, crescem
e morrem. Os oceanos nascem a partir da fraturação de supercontinentes, crescem como resultado do
alastramento dos fundos oceânicos, mas, a determinado momento, a litosfera oceânica torna-se dema-
siado pesada e tem a propensão para se afundar no manto, gerando novas zonas de subducção que
irão acabar por consumir os fundos oceânicos.

Novos dados de tomografia revelaram que no sudoeste da Península Ibérica existe já uma grande
estrutura profunda que poderá corresponder a um pedaço de placa que já se encontra a afundar no
manto.
Fonte: Adaptado de: Duarte, J., (2019) Reativação tectónica, Rev. Ciência Elem., V7(2):027.

1. As placas tectónicas são constituídas ________ e derivam sobre ________.


(A) por crusta e parte do manto superior … a astenosfera fluida
(B) por litosfera … uma camada mais dúctil
(C) pela crusta e manto … a astenosfera
(D) crusta oceânica e continental …. uma camada frágil

2. Nos limites tectónicos em que as placas ________ ocorre ________ e o limite designa-se ________.
(A) divergem … acreção … destrutivo
(B) convergem … subducção … construtivo
(C) se movem lateralmente … atividade vulcânica … conservativo
(D) formam cadeias montanhosas … colisão entre placas … orogénico
BANCO DE EXERCÍCIOS 17

3. De acordo com o Ciclo de Wilson,


(A) os oceanos formam-se a partir de um vale de rifte e são destruídos em fossas oceânicas.
(B) os supercontinentes fraturam por processos de subducção em vales de rifte.
(C) os oceanos formam-se a partir de fossas oceânicas e são destruídos em vale de rifte.
(D) os supercontinentes fraturam por processos de acreção em fossas oceânicas.

4. Atualmente, a margem continental oeste da Península Ibérica é uma margem passiva porque
(A) não há registos de atividade sísmica nesta área.

GEOLOGIA
(B) a sua fronteira tectónica é a falha Açores-Gibraltar e a dorsal médio-atlântica.
(C) não apresenta manifestações primárias e secundárias de atividade vulcânica.
(D) nela ocorre atividade sísmica e vulcânica significativas.

5. Os sismos de 1969 e de 1755, referidos no enunciado,


(A) apoiam a hipótese de o sudoeste da Península Ibérica ser uma margem passiva.
(B) são consequência da libertação de energia sísmica acumulada na litosfera.
(C) são consequência da geodinâmica externa da geosfera.
(D) contrariam a hipótese de o sudoeste da Península Ibérica ser uma margem ativa.

6.  elevada destruição de edifícios em Lisboa, aquando do sismo de 1755, esteve diretamente


A
relacionada com a propagação das ondas
(A) P, que são as ondas que se deslocam com maior velocidade de propagação.
(B) S, classificadas como ondas de corte e, por isso, altamente destrutivas.
(C) L, ondas de grande amplitude e com velocidade de propagação inferior às das ondas P e S.
(D) P, S e L geradas no foco sísmico.

7. A multiplicidade de falhas existente a sudoeste da Ibéria deve-se


(A) ao ponto triplo do Açores.
(B) à convergência das placas Africana e Euroasiática.
(C) à elevada ductilidade da litosfera.
(D) à divergência das placas Africana e Euroasiática.

8. O Banco de Gorringe é uma falha tectónica


(A) integrada num limite tectónico mais amplo, o rifte da Terceira.
(B) onde a placa Euroasiática mergulha sob a placa Africana.
(C) com movimento de desligamento entre as placas Africana e Euroasiática.
(D) onde se está a iniciar a subducção da placa Africana.

9.  xplique, de acordo com os dados fornecidos, a evolução da margem continental do sudoeste


E
da Península Ibérica se esta vier a ser uma margem tectónica ativa.

10.  o oceano Atlântico, na dorsal médio-oceânica, registam-se anomalias magnéticas ________,


N
porque ________.
(A) negativas … o campo magnético terrestre atual é normal
(B) positivas … há formação de rochas de tipo basáltico
(C) negativas … há formação de rochas de tipo granítico
(D) positivas … o campo magnético terrestre atual é inverso

GFBF10DP-BANCOEXER-02
18 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

11.  endo presentes os métodos de estudo do interior da geosfera, selecione a opção que classifica
T
corretamente as afirmações I a III.
I.  e um dado corpo apresenta diferentes valores de aceleração da gravidade, em diferentes
S
pontos da geosfera, à mesma latitude e altitude, é porque a densidade dos seus constituin-
tes é variável.
II. A atividade sísmica e vulcânica das margens tectonicamente ativas permite o estudo indireto
da geosfera.
III. O grau geotérmico diminui com a aproximação à dorsal atlântica médio-oceânica.

(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

12.  os limites de placas em que ocorrem processos de formação de depósitos minerais metálicos,
N
como por exemplo de ouro com densidade da ordem dos 19 g/cm³, registam-se anomalias
gravimétricas. Caracterize, justificando, estas anomalias.

Grupo VIII
No dia 23 de março de 2018, no sudoeste do Quénia, em Mai Mahiu, a 50 km da capital, formou-se
uma falha, com 50 m de largura por 50 m de profundidade, que colapsou a estrada de ligação da
capital Nairobi a Narok. Na origem da formação desta falha esteve uma crise sísmica com registos de
baixa magnitude (M<4).

A instalação progressiva de um sistema de falhas permitirá que, no futuro, parte do território africano
se torne num continente autónomo. Segundo Lucía Pérez-Díaz, uma investigadora da Faculdade Royal
Holloway, da Universidade de Londres, tal como aconteceu há cerca de 138 milhões de anos entre os
continentes americano e africano, a Somália, metade da Etiópia, o Quénia, a Tanzânia e o norte de
Moçambique deverão formar, dentro de 10 milhões de anos, um novo continente. Esta separação
deverá acontecer ao longo do Rift Valley, ou Vale de Rifte, numa extensão de cerca de 3000 km, desde
o Golfo de Ádem até Moçambique.

N
M

ém
ar

Placa arábica Ad
Ve

de
lfo
m r

Go
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Nil

o
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Lago
zu

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Placa núbia
Bran

n
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co

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Sh

n
eb

a
el

Quénia Placa
e
i

c
O

somali
G ra

Lago 0º
Ta

Vitória
n
n de Vale do

Quilimanjaro Limite tectónico


Doma
Lago
Tanganica queniano Limite tectónico
Rufiji em desenvolvimento
R if

Cabo Limite dos domas


te

Lago Delgado
Mweru vulcânicos

Figura 1 – Representação
Lago 10º
esquemática da futura divisão Niassa
tectónica de África com
e

Zamb Moçambique
qu

individualização da placa núbia, eze


bi
am

também designada placa africana,


r
ca
M

e da placa somali (formada pela


e

ás
ld

Somália, metade da Etiópia, o


ag
na
Ca

Quénia, a Tanzânia e o norte de 0 500 km 60º


Ma

Moçambique). 40º 50º 20º


BANCO DE EXERCÍCIOS 19

Segundo cálculos efetuados, o sistema de falhas do Rift Valley ter-se-á iniciado há cerca 30 milhões
de anos, no norte do Quénia, e tem vindo a propagar-se para sul a uma velocidade de 2,5 a 5,0 cm/ano.

Pérez-Díaz afirma que a falha agora posta em evidência por recentes movimentos tectónicos é "a
fase inicial de uma desagregação continental", num planeta em constante mudança embora, nalguns
aspetos, essa mudança seja impercetível para a humanidade.
Adaptado de: https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-5562589/Is-Africa-splitting-TWO.html

1. A falha formada no Quénia, no dia 23 de março,


(A) instalou-se na crusta e na parte superior do manto, como as demais falhas tectónicas.

GEOLOGIA
(B) é superficial e, tal como as demais falhas tectónicas, desloca-se diretamente sobre a astenosfera.
(C) está associada a um regime tectónico distensivo.
(D) subdividiu a placa Africana em duas placas.

2.  formação de falhas ocorre em meio continental e oceânico sendo a crusta continental ________
A
do que a oceânica.
(A) mais espessa e menos densa
(B) menos espessa e mais densa
(C) menos espessa e menos densa
(D) mais espessa e mais densa

3. A Falha de Santo André é, também ela, uma falha continental e representa um limite tectónico
(A) construtivo. (C) destrutivo.
(B) conservativo. (D) neutro.

4.  falha continental formada recentemente no Quénia está associada ao Rift Valley e poderá
A
corresponder à fase inicial da formação de uma bacia oceânica porque
(A) as falhas continentais produzem sempre novas bacias oceânicas.
(B) o rifting continental assemelha-se geotectonicamente ao rifting oceânico.
(C) as grandes falhas continentais são preenchidas por águas oceânicas.
(D) esta falha atingiu a profundidade suficiente.

5.  elecione a opção que classifica corretamente as afirmações I a III, de acordo com os dados
S
fornecidos.
I.  topografia anormalmente elevada dos planaltos da Etiópia deve-se à ascensão de uma
A
pluma térmica.
II. A deformação crustal é um importante sinal precursor de atividade sismovulcânica.
III. O Rift Valley está sujeito a um estado de tensão tectónica transformante que torna a litosfera
mais fina.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

6. A formação do Rift Valley


(A) tem ocorrido uniformemente ao longo da sua extensão de cerca de 3000 km.
(B) iniciou-se aquando da separação de Madagáscar do continente africano.
(C) tem progredido de norte para sul a uma velocidade constante.
(D) também é caracterizada pela ocorrência de vulcanismo.
20 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

7. De acordo com o ________, a formação do Rift Valley ________.


(A) Princípio do Atualismo … permite compreender a formação do rifte atlântico
(B) Princípio do Gradualismo … não está direta nem indiretamente relacionada com fenómenos
súbitos e violentos como os sismos
(C) Uniformitarismo … resulta integralmente de processos lentos e graduais
(D) Catastrofismo … é o resultado da conjugação de processos catastróficos e não catastróficos

8.  xplique, de acordo com o processo sismogenético, as baixas magnitudes registadas na crise


E
sísmica associada à formação da falha no Quénia.

9.  vulcanismo associado a plumas térmicas permite conhecer o trajeto da deriva tectónica das
O
placas litosféricas, porque os pontos quentes
(A) são estacionários, formando vulcões, atóis e guyots nas placas animadas de movimento.
(B) não são afetados pelas forças gravíticas que impulsionam as placas.
(C) deixam evidências eruptivas nas placas a cada 1000 anos.
(D) só entram em erupção quando uma placa se move.

10. De acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, os sismos e vulcões


(A) distribuem-se aleatoriamente no planeta Terra.
(B) apresentam padrões distintos em diferentes localizações geotectónicas.
(C) manifestam-se de forma idêntica independentemente da localização geográfica.
(D) são manifestações geologicamente irrelevantes no âmbito desta teoria.

Grupo IX

Cabo Verde é um arquipélago de origem vulcânica, do tipo hotspot, situado numa região elevada
do atual fundo oceânico atlântico, que faz parte da “Crista de Cabo Verde” e que corresponde a um
domo possivelmente relacionado com descompressão e fusão parcial dos materiais rochosos que
originaram estas ilhas e que têm alimentado o seu vulcanismo.

Do ponto de vista do enquadramento tectónico, Cabo Verde situa-se a cerca de 2000 km a leste do
atual rifte da Crista Médio-Oceânica (CMO).
Adaptado de MACHADO, F., Vulcanismo das ilhas de Cabo Verde e das outras ilhas atlântidas.

30º 20º 10º


40º 40º
Açores
Europa

m 25º 24º 23º


00 S.to Antão
40 Madeira 17º 17º
co

S.ta Luzia
ti

Ilhas Sal
n

S. Vicente
â

30º 30º
Canárias
tl

S. Nicolau
A

m
o
n

16º 16º
00
a

Ilhas de Cabo Verde


40

Boavista
ce
O

África Santiago
20º Ilhas de 20º
Maio
15º Fogo 15º
Cabo Verde
Brava
0 50 km
30º 20º 10º Vulcão ativo
A B

Figura 1 – Localização geográfica do Arquipélago de Cabo Verde (latitude:17º 00’ N; longitude: 24º 00’ W).
BANCO DE EXERCÍCIOS 21

A ilha do Fogo é a única que tem vindo a manifestar atividade vulcânica primária, no vulcão Pico do
Fogo, sendo constituída fundamentalmente por mantos lávicos de grande espessura e extensão e por
material piroclástico, de natureza essencialmente basáltica.

GEOLOGIA
Figura 2 – Imagens da última erupção do vulcão da ilha do Fogo a 26 de dezembro de 2014.

Na ilha do Fogo registaram-se 25 erupções notáveis entre 1500 e 1995. Recentemente, a partir de
23 de novembro de 2014, o vulcão entrou numa fase ativa que ainda decorre. Alguns meses antes,
dados da monitorização do vulcão registaram emissões anómalas de dióxido de carbono, CO2, con-
forme dados do gráfico da figura 3.

500
450

Erupção
400
Emissão difusa de CO2 (t*d –1)

350
300
23-11-2014

250
200
150 117 (t*d –1)
100
50
0
23/01/2009
22/01/2010
23/03/2010
22/05/2010
21/07/2010
18/08/2010
18/11/2010
17/01/2012
18/01/2011
17/08/2011
18/07/2011
14/08/2011
13/11/2011
12/02/2012
12/03/2012
12/06/2012
12/07/2012
08/08/2012
07/11/2012
05/01/2013
07/01/2013
06/05/2013
05/07/2013
01/09/2013
02/11/2013
01/01/2014
02/03/2014
01/05/2014
30/05/2014
25/08/2014
23/10/2014
27/12/2014
25/02/2015

Figura 3 – Emissão de CO2 pelo vulcão Pico do Fogo (toneladas por dia, t.d –1).

A erupção vulcânica da ilha do Fogo de 2014 foi antecedida por abalos sísmicos no dia 22 de
novembro, pelas 20 horas locais. Admite-se que a presente atividade eruptiva esteja relacionada com
a reativação de falhas e com a destruição do “rolhão” de um cone secundário, situado nas proximida-
des do Pico Novo, formado na sequência da erupção de 1995. A erupção começou com a libertação
de gases e de piroclastos, formando uma coluna eruptiva com cerca de 6 km de altura e desenvolveu-
-se ao longo de uma fissura localizada no flanco sudeste do centro eruptivo da erupção de 1995. De
seguida iniciou-se uma fase marcada por fluxos de lava que se deslocaram em duas direções, uma na
direção SE, tipo aa, e outra na direção SW, do tipo pahoehoe. De novembro a dezembro de 2014, a
erupção do Vulcão do Fogo libertou mais de 220 mil toneladas de dióxido de enxofre (SO2) para a
atmosfera. Esta quantidade de gás permite, por sua vez, estimar a quantidade de magma expelido
para a superfície, da ordem dos 35 a 40 milhões de m3.
22 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

As variações na emissão de SO2 estão diretamente relacionadas com o aumento ou diminuição da


taxa de emissão do sistema magmático sendo, portanto, uma ferramenta útil na monitorização e dete-
ção de alterações na atividade vulcânica.

Esta erupção já provocou muita destruição, contabilizando-se até ao momento como perdidos a
sede do Parque Natural do Fogo, a Escola Básica Integrada, o Hotel Pedra Brabo, as habitações das
três principais povoações da ilha, as estradas de acesso a Chã das Caldeiras e mais de 400 hectares
de terreno. Durante o mês de janeiro (2015), o vulcão do Fogo continuou em erupção, emitindo gases
e piroclastos, mas sem emissão visível de lavas no foco eruptivo.
Adaptado de World Organization of Volcano Observatories (http://www.wovo.org) e
Observatório Vulcanológico de Cabo Verde Universidade de Cabo Verde (http://www.unicv.edu.cv).

1. Tectonicamente, o arquipélago de Cabo Verde


(A) localiza-se na placa litosférica Africana na proximidade da Crista Médio-Atlântica.
(B) localiza-se à latitude de 17º 00’ N e longitude de 24º 00’ W.
(C) localiza-se na proximidade da vertente da plataforma continental da placa Africana.
(D) dispersa-se geograficamente por dez ilhas de natureza vulcânica.

2. Ao longo da sua história vulcânica, a ilha do Fogo tem manifestado atividade eruptiva
(A) central e fissural.
(B) central.
(C) fissural.
(D) termal.

3. A área de inserção tectónica da ilha do Fogo caracteriza-se por um


(A) gradiente geotérmico constante.
(B) baixo grau geotérmico devido a um aumento do fluxo térmico na zona.
(C) elevado grau geotérmico devido a um incremento do fluxo geotérmico.
(D) fluxo geotérmico constante.

4. Um claro sinal geoquímico precursor da erupção da ilha do Fogo foi


(A) a emissão de SO2 durante a atividade vulcânica.
(B) o aumento acentuado da emissão de CO2 entre março e agosto de 2014.
(C) a crise de abalos sísmicos que ocorreu no dia 22 de novembro.
(D) a ciclicidade das suas erupções.

5.  a madrugada de 12 de abril de 2012, cerca das 02h43, hora local, a rede sísmica registou um
N
sismo na ilha do Fogo, de magnitude 2,9 na escala de Richter, com epicentro no perímetro de
Chã das Caldeiras, com um foco bastante superficial.

Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


associados à ocorrência deste sismo superficial.
A – Interferência das ondas internas na superfície livre da geosfera.
B – Libertação súbita e repentina de energia sísmica.
C – Blocos rochosos sujeitos a estados de tensão.
D – Início da propagação de ondas internas longitudinais e transversais.
E – É atingido o limite de resistência elástica do material rochoso.
BANCO DE EXERCÍCIOS 23

6. A atual atividade eruptiva da ilha do Fogo é


(A) explosiva, marcada pela libertação de piroclastos e gases.
(B) efusiva, marcada por longas escoadas de lava.
(C) mista com uma fase explosiva dominante e uma fase efusiva pouco expressiva.
(D) mista com libertação de piroclastos e de lavas com diferentes graus de viscosidade.

7.  s dez ilhas que constituem o arquipélago de Cabo Verde são todas de natureza vulcânica.
A
Contudo, apenas se tem registado, desde a colonização do arquipélago no século XV, atividade
eruptiva na ilha do Fogo.

GEOLOGIA
Explique este facto com base nos dados fornecidos.

Grupo X

O vulcão do Fogo, na ilha de S. Miguel, Açores, também conhecido como Maciço Vulcânico da
Serra da Água de Pau, localiza-se na parte central da ilha, na interseção de sistemas de falhas de dire-
ção E-W e NW-SE. Apresenta uma morfologia complexa destacando-se, no seu topo, uma caldeira
que atualmente constitui a Lagoa do Fogo, formada em resultado de diversas fases de colapso, tendo
a mais recente ocorrido em consequência da erupção histórica intracaldeira de 1563. Esta erupção
depositou uma considerável espessura de lapilli, cinzas e pedra-pomes na parte leste da ilha.

Atualmente, a atividade vulcânica neste maciço é de natureza hidrotermal e as manifestações mais


relevantes localizam-se no flanco norte do aparelho, incluindo campos fumarólicos (Caldeira Velha,
Caldeiras da Ribeira Grande e Pico Vermelho), nascentes minerais frias ricas em CO2 (Lombadas),
nascentes termais (Ladeira da Velha) e áreas de desgaseificação difusa. Os reservatórios hidrotermais
associados ao Vulcão de Fogo são alvo de exploração geotérmica, existindo duas centrais em funcio-
namento (Pico Vermelho e Cachaço-Lombadas).

A análise da frequência eruptiva e a avaliação dos perigos associados ao comportamento eruptivo


do vulcão do Fogo permitiu a determinação preliminar do risco para os agregados populacionais da
área circundante.

O mapa de isopacas da figura 1 ilustra a variação da espessura das cinzas vulcânicas acumuladas
na área envolvente do vulcão do Fogo. As isopacas são linhas que em planta unem pontos de igual
espessura, em metros, de uma camada.
Adaptado de : WALLENSTEIN, N. (1999), Estudo da história recente e do comportamento eruptivo do Vulcão do Fogo
(S. Miguel, Açores). Avaliação preliminar do hazard.

B
H
I

A
G
F 1 0,5
2 N
4 NNO NNE
8 C
E 0,25 NO NE
ONO ENE

D O E
OSO ESE
SO SE
0 10 km
SSO SSE
S

Figura 1 – Mapa de isopacas (metros) das cinzas vulcânicas libertadas na erupção do vulcão do Fogo (1563).
24 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. Identifique, justificando, o tipo de erupção de 1563 do vulcão do Fogo.

2. Na origem do enorme volume de cinzas vulcânicas expelidas em 1563 terá estado um magma
(A) constituído por cerca de 50% a 60% de sílica.
(B) ácido com uma percentagem de sílica inferior a 65%.
(C) com elevada capacidade de polimerização da sílica.
(D) básico com uma percentagem de sílica superior a 50%.

3. A formação de caldeiras nos aparelhos vulcânicos


(A) resulta da extinção da atividade vulcânica.
(B) deve-se a variações na recarga da câmara magmática.
(C) é consequência da estabilidade gravítica do aparelho vulcânico.
(D) deve-se à retenção de águas pluviais.

4.  quando da erupção de 1563, e na área circundante do vulcão do Fogo, a distribuição das


A
cinzas ocorreu sob a influência de ventos com orientação ________ e a localidade menos afetada
por estes materiais vulcânicos foi a ________.
(A) este-nordeste … D (C) oeste-sudoeste … D
(B) do sul … A (D) do leste … A

5.  o mapa de isopacas, o vulcão do Fogo localiza-se no ponto assinalado com a letra ________
N
sendo a acumulação de cinzas nessa área ________.
(A) A … inferior a 0,5 metros
(B) B … inferior a 2 metros
(C) C … superior a 0,25 metros
(D) E … superior a 8 metros.

6. As centrais geotérmicas de Pico Vermelho e de Cachaço-Lombadas


(A) permitem o aproveitamento de manifestações secundárias de vulcanismo.
(B) produzem eletricidade a partir de fluidos hidrotermais com temperaturas superiores a 500 °C.
(C) produzem energia limpa sem qualquer tipo de impacte ambiental.
(D) localizam-se em zonas de elevado fluxo e grau geotérmicos.

7.  lassifique como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes relativas ao complexo
C
vulcânico da Serra da Água de Pau.
(A) Os sistemas de falhas de direção E-W e NW-SE permitem a infiltração de águas e a formação
de nascentes termais.
(B) A desgaseificação do complexo vulcânico está a ocorrer através de emanações gasosas
pontuais, nas fumarolas, e difusas, ao nível dos solos.
(C) A caldeira do vulcão do Fogo gera, nesse local, uma anomalia gravimétrica positiva.
(D) Atualmente, os solos da área de influência do vulcão do Fogo são muito férteis devido à ele-
vada projeção de piroclastos.

8. Num limite tectónico destrutivo, a formação de vulcões do tipo central ocorre


(A) na placa litosférica em subducção.
(B) na placa litosférica menos densa.
(C) na placa litosférica em acreção.
(D) entre as duas placas litosféricas.
BANCO DE EXERCÍCIOS 25

9.  o âmbito da minimização de riscos vulcânicos, explique a importância do mapa de isopacas


N
das cinzas vulcânicas libertadas em 1563, durante a erupção do vulcão do Fogo.

Grupo XI

O Monte Agung é um estratovulcão localizado na ilha de Bali, na Indonésia. É o ponto mais alto da
ilha, com 3142 metros de altitude. A sua última grande erupção foi no dia 16 março de 1963, durou
mais de um ano e os fluxos piroclásticos por ele originados vitimaram mais de 1600 pessoas na ilha.

GEOLOGIA
No dia 21 de novembro de 2017 foi identificada, via satélite, nova atividade no vulcão Agung com
emissão, a mais de 4 km de altura, de gases e de cinzas vulcânicas. O registo crescente da atividade
sísmica naquela área indiciava que uma erupção maior poderia vir a acontecer.

Durante o mês de outubro de 2017, e apesar da contínua atividade sísmica, o Agung apenas expe-
lia vapor de água, num tipo de erupção designado freático. Uma erupção freática consiste na liberta-
ção explosiva de vapor causada pelo aquecimento, por ação de um magma, de água do subsolo.

O satélite Sentinel-5P, da NASA, identificou intensa emissão de dióxido de enxofre, SO2, um gás
tóxico quando inalado em grandes quantidades, altamente concentrado em torno do cone vulcânico.
A partir do dia 6 de dezembro, durante a noite, a emissão da coluna de cinzas passou a ser iluminada
por um clarão intenso da cor do fogo.

Este vulcão tem sido monitorizado por investigadores da Fundação Berkeley Earth, EUA, que se
dedica ao estudo das alterações climáticas. Aquando da erupção de 1963, o monte Agung injetou
quantidades significativas de dióxido de enxofre na estratosfera, a cerca de 16-18 km de altitude, onde
reagiu com a água formando aerossóis de ácido sulfúrico que, por terem a capacidade de refletir a
radiação solar, causaram um arrefecimento da temperatura na superfície da Terra. Esta erupção tam-
bém libertou CO2 para a atmosfera, o que significa que também contribuiu para o aquecimento global
através do agravamento do efeito estufa, efeito que, contudo, foi superado pelo arrefecimento causado
pela elevada emissão de cinzas vulcânicas e de SO2. A segunda metade do século XX só viu duas
outras grandes erupções de magnitude comparável: a do El Chichón, em 1982, no México, e a do
Pinatubo, nas Filipinas, em 1991. Tal como aconteceu com o Agung, em 1963, todos deixaram impres-
sões significativas no clima, razão pela qual são intensamente monitorizados. E, de facto, ao longo dos
tempos geológicos as erupções vulcânicas têm tido um papel importante na variabilidade da tempera-
tura média global da superfície terrestre.

Em 1963, estima-se que o arrefecimento médio global desencadeado pela erupção do Agung
tenha sido de cerca de 0,2 °C a 0,3 °C. Após este tipo de erupção, a recuperação da temperatura
média global depende da magnitude e da evolução da erupção, ou seja, da quantidade de dióxido de
enxofre que é emitida e da duração da erupção.

A figura 1 representa a localização tectónica do Monte Agung e a figura 2 faz uma previsão da ano-
malia térmica que se pode vir a registar no planeta se o Agung entrar em erupção a curto prazo.

A história eruptiva deste vulcão e a sua atividade recente decretaram, até ao final de 2017, o alerta
máximo e as autoridades delimitaram uma zona de exclusão, num raio de 8 km a 10 km do vulcão,
tendo evacuado cerca de 100 000 pessoas e encerrado o aeroporto principal.

Adaptado de:
Global Volcanism Program, 2017. Report on Agung (Indonesia). In: Sennert, S K (ed.), Weekly Volcanic Activity Report, 27
December-2 January 2018. Smithsonian Institution and US Geological Survey.
F. Lehner, J. Fasullo (2017), Global climate impacts of a potential volcanic eruption of Mount Agung, National Center National
Center for Atmospheric Research, Boulder, USA.
26 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Tailândia Filipinas N
Oceano Índico

Malásia

Sumatra
Kalimantan
6 cm / ano

Java
Flores
Fos
sa
0 500 km
de
Java
Lombok Timor
7 cm / ano 124, ºE

Monte Agung Falhas Subducção

Figura 1 – Localização geotectónica do vulcão indonésio Monte Agung.

1,0
Anomalia térmica (ºC)

Agung El Chichón Pinatubo

0,5

0,0

Projeção do aquecimento
Projeção da variação térmica

– 0,5
1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030

Figura 2 – Últimas erupções históricas dos vulcões Agung, El Chichón e Pinatubo. A linha negra representa
a estimativa do aquecimento atribuído à combinação de gases de efeito estufa, vulcões e alterações na
produção solar. A linha cinzenta representa uma previsão da variação da temperatura global se uma
próxima erupção do Agung tiver a magnitude da que ocorreu em 1963.

1. O estratovulcão Agung é do tipo


(A) fissural associado a um sistema de falhas tectónicas.
(B) central com cone baixo de vertentes com inclinação suave.
(C) fissural associado ao derrame de extensas escoadas ácidas.
(D) central com cone alto de vertentes íngremes.

2. O magma associado ao Monte Agung


(A) possui uma temperatura da ordem dos 800 °C e teores de sílica que variam entre os 55% e os
60%.
(B) é viscoso, muito rico em sílica e sofreu movimentação de outubro a dezembro de 2017.
(C) pode originar lavas encordoadas que, quando arrefecem no interior da cratera, formam
domos vulcânicos.
(D) é muito rico em água, razão pela qual teve um período de erupção freática.
BANCO DE EXERCÍCIOS 27

3.  ochas formadas a partir de magmas que alimentam o vulcão Agung resultam de um


R
arrefecimento ________ e são de cor ________.
(A) lento … escura (B) rápido … escura
(C) lento … clara (D) rápido … clara

4.  elecione a opção que classifica corretamente as afirmações I a III de acordo com os dados
S
fornecidos.
I.  atividade vulcânica do Monte Agung resulta da subducção da placa Euroasiática sob a
A
placa Indo-australiana.

GEOLOGIA
II. A atividade vulcânica primária do El Chichón extinguiu-se em 1982.
III. Nas Filipinas, a atividade vulcânica e sísmica é condicionada pela convergência entre a
placa pacífica e a placa euroasiática.

(A) I é falsa; II e III são verdadeiras.


(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) I e II são falsas; III é verdadeira.
(D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

5. No estudo sintetizado na figura 2, a variável dependente é a


(A) quantidade de SO2 libertada durante as erupções vulcânicas.
(B) variação da temperatura global do planeta Terra desde 1960.
(C) magnitude e a evolução da erupção vulcânica.
(D) quantidade de CO2 libertada durante as erupções vulcânicas.

6. Uma eventual erupção do Agung em 2018, com magnitude idêntica à de 1963,


(A) poderá reduzir a temperatura global até cerca de 0,2 °C, entre 2018 e 2020.
(B) poderá afetar todo o planeta por um período superior a 15 anos.
(C) permitirá um aumento de absorção de radiação solar devido à formação de aerossóis de
ácido sulfúrico.
(D) produzirá o maior arrefecimento global desde 1961, superior a 0,5 °C.

7.  previsão de chuva intensa em novembro de 2017 para Bali, que não se veio a verificar, fez com
A
que as autoridades indonésias emitissem um alerta de perigo de ocorrência de fluxos de lama.
Explique a formação destes fluxos, no contexto da atividade eruptiva atual do Agung, e a
importância da emissão deste alerta.

Grupo XII

Quem observa a ilha do Fogo, no arquipélago de Cabo Verde, a partir de uma fotografia aérea ou de
satélite, pode constatar a ausência de uma grande área da zona leste da grande caldeira da ilha do Fogo.

Esta ausência no relevo é o resultado do colapso de parte do cone vulcânico, que ocorreu há cerca
de 73 000 anos. Estima-se que, de uma só vez, cerca de 160 km3 de material litológico tenha desa-
bado em direção ao mar. Como resultado, formou-se uma onda com 170 metros de altura que se aba-
teu, 7 minutos e 30 segundos depois, na ilha de Santiago, a 55 quilómetros de distância. Este tsunami
libertou energia suficiente para empurrar blocos rochosos com centenas de toneladas durante cente-
nas de metros, ilha acima.

Atualmente, ainda é possível observar estes enormes blocos dispersos no planalto de Santiago.
Para além destes blocos, é possível observar depósitos sedimentares, constituídos por areias mari-
nhas e conchas, que foram transportadas por esta imensa massa de água.
28 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Altitude (m)
Depósitos de megatsunami

Ilha de Santiago
Ilha doFogo
Colapso do cone vulcânico
(Pico do Fogo, 2829 m)

Escarpa do
colapso

Detritos do colapso

Figura 1 – Localização do colapso da caldeira da ilha do Fogo e dos depósitos na ilha de Santiago.

Megamaremoto em Cabo Verde


Arranque de Blocos arrastados
blocos pelo pelo megamaremoto
Ilha de Santiago megamaremoto 3 Altitude (m)
Ilha do Fogo Velocidade 2 300
55 km média da onda:
250 Ponte 25 de Abril
in 432 km/h
7,5 m 190,5 m
170 m Ilha de santiago 200
Área da ilha 150
que abateu 100
1 Transporte maciço de sedimentos 50
0
Nível do mar há 73 000 anos

Figura 2 – Perfil esquemático do transporte dos blocos rochosos na ilha de Santiago.

Ao contrário dos maremotos causados por sismos, que se propagam a partir de uma reta e não
perdem a energia com a distância, estes maremotos criados por colapsos rochosos surgem num
ponto e produzem ondas concêntricas. Estima-se que as ondas terão chegado às restantes ilhas do
arquipélago de Cabo Verde, embora com diferentes efeitos em todas elas. Também é possível que
este maremoto, mais enfraquecido, tenha chegado à costa africana.
Fontes do texto e imagens:
R. S. Ramalho, G. Winckler, J. Madeira, G. R. Helffrich, A. Hipólito, R. Quartau, K.Adena,
J. M. Schaefer, Hazard potential of volcanic flank collapses raised by new megatsunami
evidence. Sci. Adv. 1, e1500456 (2015).
https://www.publico.pt/2015/10/03/ciencia/noticia/ha-73000-anos-um-megamaremoto-arrasou-cabo-verde-1709932

1. O colapso que ocorreu na caldeira da ilha do Fogo enquadra-se no pensamento geológico do tipo
(A) fixista. (B) mobilista.
(C) uniformitarista. (D) catastrofista.
BANCO DE EXERCÍCIOS 29

2. O tsunami que ocorreu há 73 000 anos na ilha do Fogo propagou-se, aproximadamente, no


sentido
(A) Sudoeste – Nordeste (C) Sueste – Noroeste
(B) Noroeste – Sueste (D) Nordeste – Sudoeste

3.  s blocos que se encontram na ilha de Santiago correspondem a rochas ________ que têm a
O
sua origem na cristalização do magma mais ________.
(A) plutónicas … à superfície (C) vulcânicas … em profundidade
(B) sedimentares … em profundidade (D) vulcânicas … à superfície

GEOLOGIA
4. A principal força responsável por este colapso da caldeira da ilha do Fogo é ________.
(A) a gravidade. (C) a deriva continental.
(B) o tectonismo. (D) o vulcanismo.

5. A formação da caldeira da ilha do Fogo


(A) resulta da extinção da atividade vulcânica.
(B) é consequência da estabilidade gravítica do aparelho vulcânico.
(C) deve-se a variações na recarga da câmara magmática.
(D) deve-se à forma particular da cratera vulcânica.

6.  onda concêntrica gerada na costa leste da ilha do Fogo resultou do desabamento de uma
A
massa rochosa que entrou numa área ocupada por água. Esta onda propagou-se em círculos
cada vez ________ e de ________ altura.
(A) menores …. maior (C) maiores … maior
(B) maiores … menor (D) menores … menor

7.  arranque dos blocos da ilha de Santiago, a cotas reduzidas, corresponde a um fenómeno


O
________. O transporte destes blocos só foi possível num ambiente de ________ energia.
(A) de meteorização … baixa (C) erosivo … baixa
(B) de meteorização … alta (D) erosivo … alta

8.  tualmente, a ilha de Santiago possui mais de 250 000 habitantes. Explique de que forma o
A
estudo e a divulgação de fenómenos idênticos ao que ocorreu no arquipélago de Cabo Verde,
há 73 000 anos, pode ser aplicado na prevenção de catástrofes na atualidade.

Grupo XIII

O vulcão Etna é o mais ativo da Europa havendo registo da mesma desde 1500 a.C.
Conhecido pelas suas frequentes erupções, o Etna é um vulcão ativo em constante crescimento
tendo, na atualidade, 3330 metros de altitude no seu ponto mais alto.
A sua formação teve início no Pleistocénico tardio e no Holocénico e, atualmente, na sua cúpula
existem quatro crateras: a Voragine e a Bocca Nuova, formadas em 1945 e 1968, respetivamente; a
Cratera do Nordeste que existe desde 1911 e é, atualmente, o ponto mais alto do Etna; e a Cratera do
Sudeste, formada em 1971 e que, recentemente, tem sido a mais ativa das quatro. Esta geomorfologia
contrasta com a que ocorreu há um século, quando no cume do Etna havia apenas uma cratera, a
Cratera Central.
Os episódios eruptivos do Etna ocorrem não só nestas crateras, mas também ao longo de fissuras
dos seus flancos.
Este complexo vulcânico apresenta dois estilos de atividade eruptiva que, por vezes, ocorrem em
simultâneo. Fluxos históricos de lava de composição basáltica cobrem grande parte da superfície
30 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

deste imenso vulcão e, atualmente, erupções explosivas persistentes, às vezes com pequenas emis-
sões de lava, ocorrem em uma ou mais crateras. Nos seus flancos, através do sistema de fissuras,
ocorrem taxas de efusão altas, embora menos frequentes. Os fluxos de lava do flanco sudeste esten-
dem-se até ao sopé do vulcão, atingindo o mar.
No dia 24 de dezembro de 2018, o Etna “despertou” eram 7h50 da manhã em Lisboa (mais uma
hora em Itália) e, nas primeiras cinco horas de intensa atividade vulcânica, foram registados mais de
200 abalos sísmicos, sendo que o abalo mais forte atingiu a magnitude de 4,0. De uma nova fissura
lateral foi libertada lava e do seu cume uma nuvem de cinzas levou ao encerramento temporário, na
véspera de Natal, do espaço aéreo da Sicília.
Na madrugada do dia 26 de dezembro de 2018, um sismo de magnitude 4,8, com foco a 1 km de
profundidade, feriu 28 pessoas e provocou a derrocada de inúmeros edifícios na Catânia.

Messina

Monte Etna

A
Epicentro
(26 de dezembro 2018)

Catânia
B

Siracusa

Limite tectónico 0 30 km

Figura 1 – Contexto geotectónico simplificado do Etna.

A Monte Etna B

Mar Tirreno Mar Mediterrâneo


Placa Euro-asiática Sicília Placa Africana

Figura 2 – Perfil simplificado da posição geotectónica do Etna


segundo a direção AB da figura 1.

Adaptado de: https://earthquake.usgs.gov/ e https://geology.com/


BANCO DE EXERCÍCIOS 31

1. O vulcão Etna é um estratovulcão


(A) porque se encontra ainda em formação.
(B) formado por níveis piroclásticos intercalados com níveis lávicos.
(C) devido à formação de pillow lavas no Mar Mediterrâneo.
(D) formado por estratos de basalto.

2. Aquando do início da formação do Etna


(A) o planeta era povoado por dinossáurios.
(B) existia um só continente, a Pangeia.

GEOLOGIA
(C) ocorreu a extinção K-T.
(D) os primeiros hominídeos já deambulavam pela Terra.

3. O episódio eruptivo do Etna, que teve início na véspera do Natal de 2018,


(A) manifestou caráter explosivo devido à libertação, sob pressão, de lavas encordoadas.
(B) foi misto devido à libertação de bombas, lapilli e cinzas.
(C) teve origem em magmas com viscosidade diferente.
(D) manifestou caráter efusivo devido à libertação de lavas ricas em sílica.

4. O limite tectónico associado ao Etna é


(A) resultado da convergência de duas placas litosféricas com diferentes densidades.
(B) um limite construtivo com subducção da placa litosférica mais densa.
(C) consequência de movimentos convectivos ascendentes.
(D) um limite destrutivo com acreção de placa litosférica menos densa.

5.  endo presente os dados fornecidos, fundamente a afirmação: “A altitude do vulcão Etna tem
T
aumentado progressivamente”.

6. O sismo de 26 de dezembro de 2018, com epicentro em Catânia,


(A) deveu-se à libertação de energia no foco equivalente a 4,8 quilos de explosivos.
(B) devido à sua baixa magnitude, dificultou a recolha de dados e a delimitação precisa das
suas isossistas.
(C) libertou quantidades variáveis de energia em função da distância ao epicentro.
(D) apresentou uma magnitude de 4,8 calculada a partir da amplitude das ondas internas e da
distância ao epicentro.

7. A acumulação da energia sísmica que originou o sismo de 26 de dezembro ocorreu em rochas


(A) com comportamento dúctil, a cerca de 1 km de profundidade.
(B) da crusta ricas em silício, alumínio e magnésio.
(C) com comportamento dúctil em condições termodinâmicas elevadas.
(D) litosféricas ricas em ferro e magnésio.

8. As ondas sísmicas
(A) primárias são longitudinais de grande amplitude que se propagam em meio sólido e líquido.
(B) secundárias são transversais de baixa amplitude e velocidade constante.
(C) Love têm origem no foco e propagam-se perpendicularmente à direção de propagação da
frente de onda.
(D) Rayleigh resultam da interferência das ondas P e S e são as que se propagam com menor
velocidade.
32 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

9.  xplique por que razão a monitorização da atividade sísmica associada ao Etna permite
E
acompanhar, de forma indireta, o trajeto na chaminé do magma gerador da nuvem de cinzas.

10.  limite tectónico África-Eurásia é complexo e deve-se ao fecho do Mar de Tétis que se iniciou
O
há cerca de 50 milhões de anos. O Mar Mediterrâneo é o que atualmente resta do Mar de Tétis.

Classifique como verdadeiras ou falsas as afirmações A a D.


A. O fecho do Mediterrâneo será suturado com a formação de uma cadeia montanhosa.
B. A abertura do oceano Atlântico é responsável pelo fecho do oceano Pacífico.
C. Desde a formação da Terra até à atualidade existiu apenas um único supercontinente.
D. À
 luz da tectónica de placas não é previsível que as margens do oceano Atlântico entrem em
subducção.

Grupo XIV

O terramoto de 12 de novembro de 2017 que atingiu o noroeste do Irão, na proximidade da sua


fronteira com o Iraque, teve uma magnitude de 7,3. Na sequência deste sismo perderam a vida cerca
de 600 pessoas, 7460 ficaram feridas e 70 000 desalojadas.

No Irão, os grandes terramotos causam normalmente um grande número de vítimas. Por exemplo,
os terramotos de Rudbar, com magnitude 7,4, em 1990, e o de Bam, com magnitude 6,6, em 2003,
causaram um total de 55 mil vítimas mortais. Com uma magnitude de 7,3, o terramoto de Sarpol-e-
-Zahab foi comparável em magnitude aos de 1990 e 2003, mas, contudo, o número de vítimas foi
substancialmente menor.

Este sismo foi precedido por um evento de magnitude 4,3 que alertou a população que, de ime-
diato, abandonou os edifícios. Foram também registadas mais de 200 réplicas, oito delas com magni-
tude superior a 4.

Na sua origem está um sistema de falhas oblíquas, que afeta a litosfera até uma profundidade de
cerca de 25 km, associado ao limite tectónico entre a placa arábica e a placa euroasiática (figura 1). Ao
longo dos tempos geológicos, da relação dinâmica entre estas duas placas litosféricas resultou a for-
mação das montanhas Zagros, no Irão.
Adaptado de European-Mediterranean Seismological Centre (https://www.emsc-csem.org/).

Epicentro

Turquia Sistema
de falhas
Irão Falha
Mo
Bagdad nta
nh Placa
ISRAEL Iraque as
Za Euroasiática
gr
Cairo Placa os
Arábica
Egito

Arábia Omã
Saudita

Placa
Africana

0 500 km
Etiópia
Somália

Figura 1 – Localização geotectónica do epicentro do sismo


de 12 de novembro de 2017.
BANCO DE EXERCÍCIOS 33

1.  s sismos não são um fenómeno exclusivo do planeta Terra. Durante a Missão Apollo, foram
O
colocados quatro sismógrafos na superfície lunar e os dados por eles recolhidos revelam
(A) que os sismos lunares são de baixa intensidade, no máximo até grau III.
(B) que as rochas lunares ainda evidenciam um comportamento dúctil.
(C) pormenores da estrutura interna da Lua.
(D) que na Lua, tal como na Terra, os sismos são manifestações ativas da geodinâmica interna
dos planetas telúricos.

2. Na Terra, as placas Arábica e Euroasiática são porções de litosfera. Esta

GEOLOGIA
(A) é um subsistema da geosfera.
(B) é constituída apenas por silício, alumínio e magnésio.
(C) é mais recente do que a astenosfera, de acordo com o princípio da sobreposição.
(D) corresponde, no modelo químico, à crusta oceânica e à crusta continental.

3.  movimento das placas litosféricas resulta de correntes de convecção que se estabelecem no


O
________. Os continentes derivam ________ transportados por estas correntes.
(A) núcleo externo ... ativamente
(B) núcleo externo ... passivamente
(C) manto ... ativamente
(D) manto ... passivamente

4. Aquando do sismo de Sarpol-e-Zahab, em novembro de 2017,


(A) o epicentro foi atingido por ondas internas P, S, Love e Rayleigh.
(B) no foco, por ressalto elástico, libertaram-se cerca de 1016 joules de energia sísmica.
(C) no hipocentro, por deformação frágil, libertaram-se cerca de 108 joules de energia elástica.
(D) o epicentro foi calculado com base em inquéritos realizados junto da população atingida.

5. O mecanismo gerador da tensão tectónica responsável pelo sismo de Sarpol-e-Zahab


(A) foi o movimento relativo entre as placas Arábica e Euroasiática, a cerca de 25 km de
profundidade.
(B) teve a sua origem num limite tectónico construtivo.
(C) foi a subducção da placa Arábica sob a placa Euroasiática.
(D) teve na sua origem a atuação continuada de forças de cisalhamento.

6.  a sequência do sismo de Sarpol-e-Zahab, entre a capital do Iraque, Bagdad, e a do Egipto,


N
Cairo, registou-se, nas respetivas estações sismográficas,
(A) uma diminuição da magnitude sísmica.
(B) um aumento do intervalo (S-P).
(C) um aumento da amplitude das ondas sísmicas.
(D) um aumento da profundidade focal.

7. A orogenia das montanhas de Zagros ocorreu em regime de


(A) tensão compressiva com forças de orientação NW-SE.
(B) tensão distensiva com forças de orientação NE-SW.
(C) tensão compressiva com forças de orientação NE-SW.
(D) tensão distensiva com forças de orientação NW-SE.

GFBF10DP-BANCOEXER-03
34 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

8.  ismos tectónicos como os de Sarpol-e-Zahab, Bam e Rudbar produzem ondas sísmicas


S
capazes de radiografar a geosfera. Classifique como verdadeiras ou falsas as afirmações (A) a
(D) relativas à estrutura e dinâmica da geosfera.
(A) Os atuais limites tectónicos são sempre falhas ativas.
(B) A propagação de ondas P e S no núcleo interno indicam que este é sólido.
(C) A transição do manto para o núcleo externo é uma zona de velocidade sísmica ultrabaixa
(ultralow-velocity zone, ULVZ).
(D) A velocidade de propagação das ondas internas transversais é condicionada pela rigidez,
incompressibilidade e densidade dos materiais em que se propagam.

9.  endo por base a dinâmica dos terramotos, explique por que razão o sismo de Sarpol e Zahab
T
teve um menor número de vítimas, por comparação com os terramotos de Bam e de Rudbar.

Grupo XV

O vulcão submarino Bogoslof das ilhas Aleutas (Alasca, Estados Unidos da América) terminou o
ano de 2016 em fase eruptiva. Dos seus 1500 m medidos a partir do fundo oceânico, o Bogoslof
emerge 150 metros acima do nível do mar de Bering.

Atualmente, a parte emersa deste vulcão corresponde a uma ilha com uma área de 0,70 km2. A
primeira emergência conhecida deste vulcão, acima do nível do mar, foi registada durante uma erup-
ção subaquática em 1796. Desde então, partes da ilha foram sucessivamente adicionadas, e erodidas,
por sucessivos episódios eruptivos que ocorreram até 1992.

O Bogoslof é um dos muitos vulcões que constituem o arco insular aleuta (figura 1), sendo classifi-
cado como um estratovulcão, em que lava alterna com tefra.

No dia 20 de dezembro de 2016, o Bogoslof entrou de novo em erupção. Segundo o Alaska Vol-
cano Observatory (AVO), o evento foi testemunhado por pilotos que avistaram uma nuvem de cinzas,
que atingiu cerca de 10 km de altitude tendo progredido para norte.

Placa
Placa Norte-americana
Euro-asiática Juan Fuca

Placa
das
Filipinas Placa N
Placa do Pacífico de Cocos

EUA
Placa
Placa de Spurr
Indo-australiana Nazca Redoubt
Iliamna
Augustine
Mar de Bering Novarupta
Mageik Katmai
Martin Trident
Ukinrek Peulik
Aniakchak
Veniaminof Chigniagak
Makushin Dutton
Isanotski Pavlof
Placa Antártida Kiska Gareloi Kasatochi Bogoslof Fisher
Kagamil Shishaldin
Westdahl
Subducção Tanaga Korovin Carlsile Akutan
Okmok Oceano Pacífico
Little Sitkin Kanaga Vsevidof
Seguam Cleveland
Cerberus Great Sitkin 0 250 km
Amukta Yunaska

Figura 1 – Localização tectónica e ilhas vulcânicas ativas do arco insular aleuta.


BANCO DE EXERCÍCIOS 35

Entretanto, o AVO confirmou a ocorrência de uma breve explosão no dia 22 de dezembro. Desta
vez, o evento eruptivo desta ilha vulcânica inabitada foi detetado através da análise de dados sísmicos
e por equipamento de infra-sons instalados em ilhas vizinhas, e parece ter durado cerca de 30 minu-
tos. No entanto, o AVO e o United States Geological Survey (USGS) emitiram um alerta vermelho para
a aviação nesta área.

No dia 29 de dezembro ocorreu outra erupção, precedida de atividade sísmica, com libertação de
uma pluma de cinzas que se estima ter atingido os 6 km de altitude.

Devido à imprevisibilidade da situação, o Bogoslof findou o ano de 2016 em alerta vermelho para a
aviação e para a sua potencial atividade eruptiva.

GEOLOGIA
Adaptado de Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos
(http://www.cvarg.azores.gov.pt/Paginas/home-cvarg.aspx):
United States Geological Survey (https://www.usgs.gov/);
Volcano Discovery (https://www.volcanodiscovery.com/).

1.  e acordo com os dados fornecidos, ao longo da sua história geológica, o Bogoslof tem
D
manifestado erupções
(A) explosivas.
(B) efusivas.
(C) explosivas e mistas.
(D) efusivas e mistas.

2. Uma análise geoquímica das lavas do estratovulcão Bosgolof poderia revelar


(A) percentagens variáveis de sílica, em diferentes estratos do aparelho vulcânico.
(B) baixos valores de sílica e elevados teores de magnésio e de ferro em todos os estratos do
aparelho vulcânico.
(C) percentagens de sílica superiores a 75% em de sílica todos os estratos do aparelho
vulcânico.
(D) percentagens variáveis de voláteis acumulados na tefra.

3. Indique, fundamentando, o principal perigo vulcânico associado à erupção do Bogoslof no dia


20 de dezembro.

4. A sinalização do episódio eruptivo de 22 de dezembro foi efetuada


(A) de forma direta por pilotos de aviação.
(B) por métodos geofísicos.
(C) por métodos geoquímicos.
(D) de forma direta e indireta.

5. Na região das ilhas Aleutas ocorre um movimento ________ de placas litosféricas ________.
(A) divergente … sobre a astenosfera elástica
(B) divergente … oceânicas
(C) convergente … oceânicas
(D) convergente … sobre a astenosfera elástica

6.  e acordo com os dados fornecidos, classifique, do ponto de vista tectónico, o tipo de


D
vulcanismo do Bogoslof.

7.  endo por referência a Teoria da Tectónia de placas, explique a formação das ilhas do arco
T
insular das Aleutas representado na figura 1.
36 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

8.  s afirmações seguintes são relativas à atividade vulcânica em geral. Selecione a afirmação que
A
as classifica corretamente.
I.  rupções vulcânicas podem provocar mudanças climáticas pois a concentração de poeiras
E
e os gases vulcânicos na atmosfera superior pode interferir com a reflexão e absorção da
radiação solar.
II. A
 s manifestações de vulcanismo secundário estão relacionadas com a energia térmica emi-
tida por corpos magmáticos quentes não muito profundos.
III. O
 vapor de água, o dióxido de carbono, o dióxido de enxofre e o metano são os principais
constituintes da fração magmática da astenosfera.

(A) I e II são verdadeiras; III é falsa.


(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

9. Possuem elevado potencial geotérmico os locais onde se verifica um


(A) aumento do gradiente geotérmico.
(B) baixo grau geotérmico.
(C) menor fluxo geotérmico.
(D) elevado grau geotérmico.

10.  aça corresponder cada uma das manifestações de vulcanismo expressas na coluna A, à
F
respetiva designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) Rocha magmática caracterizada por um baixo teor em sílica e baixa
viscosidade. 1. Chaminé vulcânica
(b) Medida da massa total de rocha extruída durante uma erupção vulcânica, 2. Aparelho vulcânico
geralmente expressa em kg. 3. Magnitude eruptiva
(c) Forma resultante da extrusão de lava com elevada viscosidade, que se 4. Basalto
instala sobre o centro eruptivo. 5. Riolito
(d) Abertura pontual (cratera) ou linear (fissura) através da qual o material 6. Piroclasto
vulcânico irrompe à superfície da Terra. 7. Domo lávico
(e) Conduta de saída do magma desde a câmara magmática até à superfície, 8. Agulha vulcânica
num vulcão.

Grupo XVI

No dia 13 de novembro de 2016, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter abalou a ilha sul
da Nova Zelândia, com registo de duas vítimas mortais. Nas doze horas que se seguiram foram regis-
tadas mais de 250 réplicas que foram diminuindo progressivamente de magnitude (de M = 6 a M = 3).

Situada no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, a Nova Zelândia é frequentemente abalada por
sismos violentos. O último grande terramoto, de 7,1 de magnitude, aconteceu no mês de setembro do
mesmo ano a nordeste de Gisborne, na ilha norte.

De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos da América, o epicentro foi localizado a
55 quilómetros de Amberley e a cerca de 95 quilómetros de Christchurch, a 22 quilómetros de profun-
didade. Habitantes de outras zonas do país, como Dunedin, a mais de 300 quilómetros de Christ-
church, e Auckland, na ilha norte do país, relataram ter sentido o abalo (figura 1).

A capital, Wellington, também foi duramente atingida, com danos nos edifícios e estradas. Várias
pessoas fugiram das suas casas devido à ameaça de tsunami, fenómeno que não se veio a verificar.
BANCO DE EXERCÍCIOS 37

O Centro de Tsunamis do Pacífico considerou não haver perigo da formação de um tsunami, mas a
Proteção Civil neozelandesa lançou um aviso para toda a costa este da ilha e para as Ilhas Chatham,
divulgando a carta de risco de tsunami (figura 2). A autoridade civil lembrou, após esta ocorrência sís-
mica, que “a primeira onda pode não ser a maior” e aconselhou os neozelandeses a manterem-se
afastados da costa e a procurarem abrigo num ponto alto pois “as ondas podem continuar a formar-se
durante as próximas horas”.

Christchurch, a maior cidade da ilha sul e a terceira mais populosa da Nova Zelândia, foi abalada
em 2011 por um forte sismo que provocou a morte de mais 185 pessoas. Apesar da magnitude mais
baixa (6,3 na escala de Richter), a intensidade e violência do tremor provocaram maior destruição,
nomeadamente de uma parte do centro da localidade, tendo a famosa catedral da cidade, construída

GEOLOGIA
no final do século XIX, ficado gravemente danificada.

M 7.8 - 55 km NNE de Amberley, Nova Zelândia


2016-11-13 | 11:02:57 UTC | 42,729°S 173.056°E | 22,0 km de profundidade

Magnitude ≥ 7.0 N Níveis de ameaça N


0 - 69 km de Tsunami
70 - 299 < 0,2 m
300 - 600 0,2 - 1 m
Auckland 1-3m Auckland
Limites tectónicos
destrutivo 46 mm 3-5m
Gisborne /ano 5-8m
conservativo
construtivo >8m Gisborne
Ilha Norte
Área Ilha Norte
aA

epicentral
Zon

M a r d a Ta s m â n i a
M a r d a Ta s m â n i a
Wellington 41 mm /ano Wellington
Placa 41 mm /ano
Indoaustraliana Sismo Oceano Pacífico
13 de novembro
41 mm
Amberley 2016 Amberley
no

/ano Christchurch
/a

B
na Christchurch
m
m

Zo Banks Ilha Sul Banks


39

Placa Pacífica
Ilha Sul
C
na Ilhas Chattam Ilhas Chattam
Zo Dunedin Dunedin
Oceano Pacífico 0 200 km 0 200 km

Figura 1 – Localização geotectónica do sismo de 13 de Figura 2 – Níveis de ameaça de tsunami para as ilhas
novembro de 2016 e distribuição dos focos de sismos da Nova Zelândia, em 13 de novembro de 2016.
ocorridos com magnitude ≥7 (Nova Zelândia). Fontes
(adaptado): U.S. Geological

Survey em https://earthquake.usgs.gov/earthquakes/eqarchives/poster/2016/20161113.php)
Adaptado do jornal digital Observador.

1. Os terramotos são causados por


(A) forças endógenas de natureza tectónica.
(B) energias exógenas excepcionais.
(C) forças antrópicas descontroladas.
(D) forças endógenas e antrópicas e energias exógenas.

2. O “Anel de Fogo” é a área do planeta


(A) onde se registam sismos tectónicos.
(B) em subdução de placa litosférica.
(C) onde ocorrem erupções vulcânicas fissurais.
(D) que corresponde ao limite da placa Pacífica.
38 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

3. Identifique a afirmação verdadeira relativa à magnitude sísmica de Richter.


(A) A magnitude máxima é limitada pela resistência da astenosfera e desde o início da sismolo-
gia instrumental nunca se observaram sismos com magnitude superior a 9.
(B) A magnitude é medida diretamente nos sismogramas.
(C) A escala de magnitude não tem limite superior nem inferior, mas o limite de sensibilidade
atual dos sismógrafos não permite o registo de sismos com M<2.
(D) Os sismos de elevada magnitude são os mais frequentes.

4. Na área epicentral deste sismo,


(A) a placa Indo-australiana move-se para noroeste a uma velocidade de aproximadamente
40 mm/ano.
(B) a placa do Pacífico move-se para sudoeste a uma velocidade de aproximadamente 41 mm/ano.
(C) no limite tectónico entre as placas Indo-australiana e Pacífica ocorre essencialmente subducção.
(D) ocorre acreção da placa Pacífica sob a placa Indo-australiana.

5. De acordo com a Teoria do Ressalto Elástico, um sismo ocorre quando


(A) se verifica acumulação de energia em massas rochosas litosféricas por atuação de forças.
(B) o limite de resistência/elasticidade de uma massa rochosa litosférica é atingido.
(C) há libertação de energia em massas rochosas litosféricas no estado dúctil.
(D) sempre que no interior da litosfera ocorre uma libertação de energia.

6. A vibração sísmica que se propaga do foco ao epicentro é originada pelas ondas internas
(A) P. (C) P e S.
(B) S. (D) P, S, Rayleigh e Love.

7. Tectonicamente, a emissão de alerta de tsunami deveu-se, principalmente, à


(A) necessidade de proteger pessoas e património.
(B) quantidade de energia libertada no epicentro.
(C) orientação tectónica da placa litosférica oceânica.
(D) localização geográfica do epicentro.

8. De acordo com a escala MCS (Mercalli, Cacani e Sieberg), este sismo


(A) modificou de modo percetível a paisagem natural.
(B) teve no seu epicentro uma intensidade de grau superior ou igual a VI.
(C) libertou no seu hipocentro uma quantidade de energia superior à da bomba atómica de
Hiroshima.
(D) provocou intensa destruição devido à sua grande profundidade focal.

9.  s afirmações I, II e III são relativas ao sismo de 13 de novembro de 2016 que ocorreu na Nova
A
Zelândia. Selecione a afirmação que as classifica corretamente.
I. O maior risco de tsunami no território neozelandês limitou-se à área epicentral deste sismo.
II. Em Auckland, o risco de tsunami foi baixo porque esta região não é afetada por sismos.
III. O comprimento e a velocidade de deslocação dos tsunamis são diretamente proporcionais à
profundidade do oceano.

(A) As afirmações I e II são verdadeiras; a afirmação III é falsa.


(B) A afirmação I e III são verdadeiras; a afirmação II é falsa.
(C) As afirmações I e III são falsas; a afirmação II é verdadeira.
(D) As afirmações I e II são falsas; a afirmação III é verdadeira.
BANCO DE EXERCÍCIOS 39

10.  xplique a distribuição da atividade sísmica nas ilhas norte e sul da Nova Zelândia, em função
E
da profundidade do foco de sismos com magnitude superior ou igual a 7, de acordo com os
dados geotectónicos da figura 1.

Grupo XVII

Três satélites gémeos, lançados em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA), no âmbito da mis-
são Swarm, têm observado o campo magnético terrestre nos últimos três anos (figura 1). Com os
dados recolhidos por esta missão espacial, a ESA elabora modelos do campo geomagnético que
permitem identificar fenómenos que ocorrem no interior da Terra (figura 2). A compilação destes dados

GEOLOGIA
permitiu uma descoberta surpreendente: a cerca de 3000 km de profundidade, sob a Sibéria e o
Alasca, está a correr um rio de ferro líquido.

Este rio tem cerca de 420 km de largura, estende-se por 7000 km de comprimento e é provável que
atinja os 5000 km de profundidade. A sua velocidade estimada é de 5 m/hora e terá triplicado nos últi-
mos 15 anos. Esta corrente pode parecer muito lenta “mas nunca vimos nada mover-se tão depressa
no interior da Terra”, sublinha Christopher Finlay “e pode ser importante no dínamo que gera o campo
magnético da Terra. Também pode estar a causar mudanças na taxa de rotação do núcleo interno da
Terra”.

Para a formação do campo magnético terrestre contribuem várias fontes: o núcleo externo, rochas
magnetizadas presentes na crusta terrestre e a ionosfera, uma das camadas exteriores da atmosfera.
“As medições precisas dos satélites da constelação Swarm vão permitir separar as diferentes fontes de
magnetismo, tornando mais claro o contributo do núcleo”, explica a ESA.

“É provável que haja mais surpresas”, antevê Rune Floberghagen, responsável da ESA pela missão
Swarm. “O campo magnético está sempre a mudar, o que até pode levar a corrente de ferro derretido
a mudar de direção.”
Adaptado de:
Jornal Público [https://www.publico.pt/2016/12/27/ciencia/noticia/
ha-um-rio-de-ferro-que-corre-cada-vez-mais-depressa-no-interior-da-terra-1756178]
Livermore, P., Hollerbach, R. & Finlay, C. An accelerating high-latitude jet in Earth’s core. Nature Geoscience.

Figura 1 – Ilustração da corrente de ferro fluido e da órbita dos satélites


que a identificou (ESA).
40 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Figura 2 – Modelo geomagnético da Terra registado entre janeiro e junho de 2014 (missão Swarm, ESA).
Unidade de medida da intensidade do campo geomagnético – nanoTesla (nT)

1. Os satélites Swarm constituem um método ________ da estrutura interna da geosfera.


(A) geoquímico de estudo direto
(B) geofísico de estudo indireto
(C) geoquímico de estudo indireto
(D) geofísico de estudo direto

2. Admite-se que o núcleo terrestre é principalmente constituído por ferro porque


(A) a recolha e análise geoquímica de amostras de magmas provenientes do núcleo confirmam
esta hipótese.
(B) a aceleração da gravidade na superfície da geosfera varia na razão inversa da sua
densidade.
(C) o comportamento das ondas sísmicas internas S na transição manto-núcleo confirma esta
composição.
(D) a comparação entre a densidade média da geosfera e a da crusta permite deduzir a existên-
cia no seu interior de materiais com densidade compatível com a do ferro.

3.  lassifique como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações relativas ao campo magnético


C
terreste.
(A) A magnetosfera localiza-se entre as descontinuidades de Gutenberg e Lehmann.
(B) O campo geomagnético é um escudo que protege a Terra da radiação cósmica e das partí-
culas eletricamente carregadas emitidas pelo Sol.
(C) O registo paleomagnético da crusta oceânica relativamente ao rifte apoia as Hipóteses da
Expansão dos Fundos Oceânicos (Hess) e Deriva Continental (Wegener).
BANCO DE EXERCÍCIOS 41

(D) A inversão dos pólos geomagnéticos e geográficos ocorre ciclicamente ao longo do tempo
geológico.
(E) De acordo com os dados da missão Swarm, o aumento da intensidade do campo magnético
numa determinada região do globo permite inferir um aumento da intensidade do fluxo de
material no núcleo externo sob essa região.
(F) N
 a litosfera existem rochas com minerais magnéticos na sua composição – como a magne-
tite, a pirrotite e o quartzo – que preservam a direção do campo geomagnético vigente
aquando da sua formação.
(G) Entre janeiro e junho de 2014, a intensidade do campo geomagnético em Portugal Continen-
tal e nos Arquipélago dos Açores foi de cerca de 44 000 nT e menor no Arquipélago da

GEOLOGIA
Madeira.
(H) O campo magnético terrestre protege a Terra de forma homogénea.

4. As anomalias magnéticas
(A) constituem uma evidência indireta da inversão da polaridade do campo magnético terrestre
ao longo do tempo geológico.
(B) positivas ocorrem em zonas geológicas que se formaram em período de polaridade inversa.
(C) negativas ocorrem em zonas geológicas que se formaram em período de polaridade
normal.
(D) ocorrem nos pólos magnéticos da geosfera, pois são zonas de fraqueza do campo magné-
tico, formando auroras polares.

5. Explique o contributo do núcleo externo para a formação do campo magnético terrestre.

6.  ma forma de tratamento de resíduos nucleares consiste na sua colocação no interior de


U
contentores metálicos, rodeados por uma estrutura em betão, e o seu armazenamento em
depósitos geológicos a grandes profundidades, em zonas de baixo risco de acidentes por
longos períodos de tempo. O armazenamento ilegal destes contentores é atualmente considerado
um crime ambiental. Explique por que razão missões como a Swarm poderão, no futuro, realizar
vigilância ambiental no âmbito do armazenamento ilegal de resíduos nucleares de elevada
toxicidade.

7.  ara a definição dos modelos físico e químico da estrutura interna da Terra concorrem diversas
P
áreas científicas. Faça corresponder cada uma das afirmações relativas às diferentes camadas
estruturais da geosfera expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) C onstituída fundamentalmente por minerais ferromagnesianos e silicatos 1. Crusta continental


de alumínio e de magnésio. 2. Crusta oceânica
(b) Desvia a trajetória das ondas sísmicas internas diretas originando zonas 3. Litosfera
de sombra sísmica.
4. Astenosfera
(c) A sua temperatura atinge valores da ordem dos 7000 ºC.
5. Manto
(d) As complexas reações químicas que ocorrem a esta profundidade estarão
na origem da formação das plumas térmicas. 6. Núcleo externo
(e) Corresponde a cerca de 83% do volume da geosfera e 67% de sua 7. Núcleo interno
massa. 8. Camada D’’

8. Dados da astrogeologia permitem inferir


(A) a composição do núcleo através da análise de meteoritos pétreos.
(B) a composição do manto através da análise de meteoritos férricos.
(C) o estado físico das camadas que constituem o interior da geosfera.
(D) a composição química das camadas que constituem o interior da geosfera.
42 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

9. As zonas mais profundas das bacias oceânicas são


(A) as planícies abissais, afirmação apoiada pelas anomalias gravimétricas negativas a elas
associadas.
(B) os taludes continentais, afirmação apoiada pelas anomalias gravimétricas a eles apositivas
associadas.
(C) as fossas oceânicas, afirmação apoiada pelas anomalias gravimétricas negativas a elas
associadas.
(D) os cumes da dorsal médio-oceânica, afirmação apoiada pelas anomalias gravimétricas posi-
tivas a eles associadas.

10.  geodinâmica interna e a externa modelam a geosfera desde a sua formação até à atualidade.
A
São considerados, respetivamente, agentes modeladores internos e externos da geosfera
(A) a erosão e o intemperismo.
(B) os glaciares e o vento.
(C) o vulcanismo e o tectonismo.
(D) o tectonismo e o intemperismo.

Grupo XVIII

Um sismo, com a magnitude de 6,2, atingiu no dia 24 de agosto, o centro de Itália, provocando um
rasto de destruição e vítimas. A cidade de Amatrice, na região italiana de Lácio, província de Rieti, foi
das mais atingidas pelo forte sismo.

No Instituto Geofísico da Universidade do Porto (IGUP) foi obtido o registo deste sismo através dos
sismómetros da estação sísmica de longo período do sistema WWSSN (World Wide Standard Seismo-
graph Network).

As ondas primárias, ondas P, foram registadas no IGUP cerca das 2:40, 1:40 UTC, ou seja 4 minutos
depois da ocorrência do sismo. Seguiram-se as ondas secundárias, as ondas S, e depois as ondas
superficiais de maior amplitude.

Veneza
Milão Pó Golfo
de
Veneza

Florença
Amatrice
Tib

Ma
rA
re

dr

Roma tic
o
Nápoles
Sardenha M a r Ti r r e n o

Mar Mediterrâneo
Sicília

0 125 km

Figura 1 – Localização da região onde ocorreu o sismo.


BANCO DE EXERCÍCIOS 43

12,0
9,6
7,2
4,8
2,4
W ?
2,4 P S
4,8
7,2

GEOLOGIA
9,6
12,0
01:36:11

01:37:11

01:39:11

01:40:11

01:42:11

01:43:11

01:45:11

01:46:11

01:48:11

01:49:11

01:51:11

01:52:11

01:54:11

01:55:11

01:57:11

01:58:11
Figura 2 – Sismograma obtido pelos sismómetros da estação sísmica de longo período do sistema WWSSN;
assinala-se o momento de chegada das ondas P (Primárias) e das ondas S (Secundárias).

Esta zona de Itália é afetada por uma confluência de placas tectónicas, pelo que é considerada
uma zona de elevada sismicidade. Geologicamente, este sismo ocorreu como resultado de um movi-
mento confluente entre as placas tectónicas Adriática e Euroasiática, num processo designado por
subducção. Este movimento provocou um deslocamento semelhante entre a placa Euroasiática e a
placa Africana.

Nas últimas décadas, a ocorrência de sismos em Itália provocou um número de vítimas da ordem
da dezena de milhar. Pergunta-se: porquê Itália? Será que os geólogos não conseguem prever a ocor-
rência dos sismos?

Os geólogos não conseguem prever o momento em que o sismo irá ocorrer, mas podem calcular a
probabilidade de ocorrência de sismos no futuro. Quanto mais eles compreendem as forças tectónicas
que existem na Terra, maior é o conhecimento sobre o momento de ocorrência de um sismo.
Adaptado de notícia publicada pelo Instituto Geofísico da Universidade do Porto
Serra do Pilar, Vila Nova de Gaia

1.  ocorrência deste sismo em Itália é um argumento a favor do ________ defendido por Wegener
A
e dos que defendiam o ________ como pensamento geológico dominante.
(A) mobilismo … catastrofismo
(B) fixismo … catastrofismo
(C) catastrofismo … mobilismo
(D) fixismo … uniformitarismo

2. O sismo ocorrido em Itália deve-se à


(A) tipologia das rochas presentes na região mais afetada.
(B) localização da região num vale profundo densamente habitado.
(C) instabilidade tectónica da região.
(D) estabilidade tectónica da região.

3. O movimento que se regista entre a placa Adriática e Euroasiática é


(A) convergente. (B) divergente.
(C) transformante. (D) cisalhante.
44 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

4. Por ocorrer um fenómeno de subducção, o limite entre as placas tectónicas é


(A) construtivo. (B) transformante.
(C) destrutivo. (D) neutro.

5.  estudo sísmico é um método que permite investigar o interior da ________ porque os geólogos
O
________.
(A) geosfera … não podem aceder ao seu interior de outra forma
(B) geosfera … podem recolher dados sobre a natureza das rochas atravessadas pelas ondas
sísmicas
(C) hidrosfera … podem calcular a velocidade de propagação das ondas sísmicas superficiais
(D) biosfera … podem identificar as rochas que constituem o seu interior

6.  s métodos usados pelos geólogos permitiram que, desde os meados do século XVIII até aos
O
nossos dias, o conhecimento sobre o funcionamento da Terra fosse cada vez maior. Explique de
que forma o sismo de Amatrice se enquadra no neocatastrofismo.

Grupo XIX

O campo magnético terreste, CMT, é variável no tempo e no espaço e resulta da conjugação de três
fontes geradoras: o núcleo, a crusta e a própria magnetosfera.
A SAMA (South Atlantic Magnetic Anomaly) é uma anomalia magnética que se regista no Atlântico
Sul. Em 2009, G. A. Hartmann e I. G. Pacca, investigadores da Universidade de S. Paulo, Brasil, publi-
caram um artigo sobre esta anomalia.
De acordo com os dados recolhidos por estes investigadores, a SAMA é uma área em que a inten-
sidade magnética é cerca de metade da esperada para regiões a esta latitude. Medições geomagné-
ticas revelam que, na geosfera, as intensidades mais elevadas se localizam nos pólos, sendo aí da
ordem dos 60 x 103 nT (nanoTesla, unidade de intensidade do campo magnético terrestre utilizada em
Geofísica) e as mais baixas ao nível do equador, na ordem dos 30,5 x 103 nT.
Qual a causa desta anomalia? E quais as suas consequências?
A morfologia e a localização desta anomalia (figura 1), bem como a variação ao longo do tempo da
intensidade do campo geomagnético a ela associado (tabela 1) resultam de processos magnetodinâ-
micos que ocorrem no núcleo externo da Terra. Segundo Hartmann e Pacca, a SAMA pode estar rela-
cionada com a inversão de fluxos no núcleo externo, sob a região do Atlântico Sul, ao nível da fronteira
manto núcleo, isto é, na CMB (core-mantle boundary). Atualmente, a América do Sul está praticamente
toda abrangida pela SAMA, cujo centro se localiza no Paraguai.
As áreas geomagnéticas de muito baixa intensidade comportam-se como janelas na tela magnética
que protege a Terra do fluxo de partículas solares. Consequentemente, nestas regiões há maior proba-
bilidade de ocorrerem interferências ao nível das comunicações via rádio e satélite, assim como pro-
blemas no processo de transmissão de energia elétrica.
Segundo Hartmann e Pacca, uma melhor compreensão deste e de outros fenómenos magnéticos
só será possível através do aprofundamento do conhecimento do geomagnetismo e da interação dinâ-
mica que se estabelece na CMB, isto é, na fronteira manto-núcleo.
Tal como no Atlântico Sul, em zonas continentais também se registam intensas anomalias magnéti-
cas. É o caso de Kursk, na Rússia, à latitude de 51°, onde se concentram 3/5 das reservas de minério
de ferro conhecidas neste país, quase 4% das reservas comprovadas do planeta. O magnetismo anor-
malmente elevado desta região foi detetado pela primeira vez por geógrafos russos em 1770; no
entanto, o primeiro poço para a extração de minério de ferro foi aberto somente em 1923.

Adaptado de: HARTMANN e PACCA, Time evolution of the South Atlantic Magnetic Anomaly,
Anais da Academia Brasileira de Ciências (2009) 81(2): 243-255.
BANCO DE EXERCÍCIOS 45

GEOLOGIA
Figura 1 – SAMA entre 1950 e 2005, por aplicação de modelos teóricos, antes de 1840, e por medição direta da inten-
sidade magnética, após 1840. O triângulo vermelho representa o centro da SAMA (Hartmann e I. G. Pacca, 2009).

Tabela 1
Registo da variação da intensidade magnética no centro da SAMA (nT/ano)

Ano nT
1590 - 1640 - 3,7
1640 - 1690 - 7,4
1690 - 1740 - 3,9
1740 - 1790 - 17,8
1790 - 1840 - 30,4
1840 - 1890 - 48,5
1890 - 1940 - 14,3
1940 - 1990 - 34,6
Média (nT/ano) - 20,1
46 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. Uma anomalia geomagnética é


(A) um aumento da intensidade do campo magnético terrestre num dado local da superfície da
geosfera.
(B) uma diminuição da intensidade do campo magnético terrestre num dado local da superfície
da geosfera.
(C) um desvio relativamente à intensidade do campo magnético terrestre previsto para um dado
local da superfície da geosfera.
(D) uma inversão da polaridade magnética num dado local da superfície da geosfera.

2. No Paraguai, a SAMA é uma anomalia ________ pois a sua intensidade é ________.


(A) negativa … inferior a 32 × 103 nT
(B) positiva … da ordem dos 32 × 103 nT
(C) negativa … da ordem dos 62 × 103 nT
(D) positiva … superior a 62 × 103 nT

3. A intensa anomalia magnética de Kursk, na Rússia,


(A) e a SAMA são originadas por processos magnetodinâmicos idênticos.
(B) tal como a SAMA é positiva.
(C) deve-se à dimensão da estrutura geológica magnetizada existente nesse local.
(D) tal como a SAMA é negativa.

4. A SAMA registou o seu maior agravamento entre


(A) 1740 e 1790.
(B) 1790 e 1840.
(C) 1840 e 1890.
(D) 1890 e 1940.

5.  s afirmações seguintes são relativas à caracterização da SAMA. Selecione a alternativa que as


A
avalia corretamente.
I. A área da superfície da geosfera abrangida pela SAMA tem vindo a aumentar.
II. A SAMA é uma consequência das correntes de convecção do núcleo externo.
III. O
 índice de absorção de protões, eletrões e neutrões na área abrangida pela SAMA é inferior
ao de outras localidades da superfície da geosfera à mesma latitude.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6.  ntre as margens continentais do Atlântico Norte também se registam anomalias magnéticas


E
devido
(A) à densidade da crusta oceânica.
(B) à polaridade do campo magnético ao longo do tempo.
(C) ao elevado teor de ferro e de magnésio do manto.
(D) à expansão dos seus fundos oceânicos a partir do rifte.

7.  xplique a importância das anomalias magnéticas no âmbito da prospeção e localização de


E
recursos metálicos.
BANCO DE EXERCÍCIOS 47

Grupo XX

Para os primeiros estudos da estrutura interna da Terra contribuíram os grandes sismos, que permi-
tiram estabelecer, entre 1906 e 1936, um modelo base em camadas concêntricas – a crusta, o manto
e o núcleo.

Mais tarde, as ondas sísmicas geradas por ensaios nucleares e pelas bombas atómicas permitiram
definir com mais precisão a estrutura do modelo, dado permitirem conhecer, com rigor, o foco e a
quantidade de energia libertada.

Por outro lado, o desenvolvimento de métodos de prospeção sísmica, no âmbito da atividade


mineira, petrolífera, hidrogeológica,..., proporcionou um conhecimento cada vez mais pormenorizado

GEOLOGIA
da estrutura da crusta e do manto superior. Estes métodos baseiam-se na produção de sismos artifi-
ciais, cujas ondas são detetadas por geofones.

Por si só, estes métodos não permitem o conhecimento da toda a estrutura interna da Terra, na
medida em que as ondas geradas artificialmente para a sua aplicação apenas permitem o estudo dos
níveis estruturais superficiais, dado serem ondas de baixa energia e, portanto, com baixa capacidade
de penetração no globo terrestre. Já os sismos naturais de grande magnitude produzem ondas com
energia suficiente para atravessar todo o planeta, o qual reage vibrando como um todo. A representa-
ção gráfica dos tempos de trajeto das ondas sísmicas, às respetivas distâncias dos sismógrafos,
designa-se curva tempo-distância ou, abreviadamente, curva t-x (figura 1).
Fonte: GUIMARÃES, P., 2000, Estrutura Interna da Terra – contributos da sismologia

Distância epicentral (km)


11 459 15 798
4450 8900 13 340 17 790

45
LQ

40
LR SS SP
SK
35 ? ? S
KK
SK
30 KS
KK
Tempo (min.)

S
S SKS
PP
25 S PKS
SK
P2
PK
20
PKP
S PP PKP
ScS
15 ta da)
ifra
Pc s P (d
P
P
PP

10 PcP
LP

5
P
0
20 40 60 80 100 120 140 160 180
103 142
Distância epicentral (º)

Figura 1

1. Um método direto para investigar a estrutura interna da geosfera é o estudo


(A) do paleomagnetismo dos fundos oceânicos.
(B) de rochas da litosfera.
(C) das anomalias gravimétricas na superfície geosférica.
(D) do comportamento das ondas sísmicas.
48 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

2.  s ondas sísmicas P geradas por grandes sismos naturais atravessam todo o planeta porque
A
são
(A) de grande magnitude.
(B) elásticas.
(C) de elevada intensidade.
(D) longitudinais.

3.  5150 km de profundidade, sensivelmente, as ondas sísmicas aumentam a sua velocidade de


A
propagação porque são transmitidas para um meio
(A) fluido.
(B) de maior densidade.
(C) com maior temperatura.
(D) sólido.

4.  elecione a única alternativa que classifica corretamente as afirmações 1, 2 e 3, relativas à


S
estrutura interna da geosfera.
I. O limite entre a litosfera e a astenosfera é assinalado pela descontinuidade de Mohorovicic.
II. A zona de sombra é uma faixa da superfície terrestre onde não se propagam ondas sísmicas
internas.
III. U ma das zonas de baixa velocidade das ondas sísmicas internas situa-se no manto
superior.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) I e II são falsas; III é verdadeira.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) I é falsa; II e III são verdadeiras.

5.  aça corresponder V (afirmação verdadeira) ou F (afirmação falsa) a cada uma das letras das
F
afirmações que se seguem, relativas à estrutura interna da geosfera.
(A) A pressão aumenta com a profundidade gerando um gradiente geobárico.
(B) A astenosfera – zona de baixa velocidade sísmica – localiza-se no manto inferior.
(C) A velocidade de propagação das ondas sísmicas diminui em profundidade função do
aumento da densidade.
(D) O estudo da composição de alguns meteoritos apoia a hipótese de uma composição ferroni-
quélica para o núcleo.
(E) A propagação das ondas sísmicas internas atinge a sua velocidade máxima no manto.
(F) A litosfera é a camada da geosfera constituída pela crusta e pelo manto superior.
(G) A velocidade de propagação das ondas sísmicas superficiais, a partir do foco sísmico, é
sensivelmente constante.
(H) A análise comparativa da densidade média do planeta e da crusta indicia a existência, no
interior da geosfera, de materiais muito densos.

6.  om base nos dados da curva t-x da figura 1, explique a ausência de atividade sísmica
C
expressiva na zona de sombra.
BANCO DE EXERCÍCIOS 49

• Referência ao calcário como uma rocha resultante da


PROPOSTA DE SOLUÇÕES precipitação da calcite por diminuição da agitação de
águas pouco profundas.
Grupo I • Relação entre a abundância de calcário quimiogénico na
1. Opção B. região do MCE e a existência de condições favoráveis à
fossilização.
2. Opção C.
3. Opção D. Grupo III
4.  ariável dependente – variação do clima/temperatura.
V Interpretação do perfil geológico:
Variável independente – quantidade de 180 nos 1.º Deposição dos arenitos triásicos (1).
sedimentos marinhos.
2.º Deposição dos calcários (2).

GEOLOGIA
5. Opção D.
3.º Dobramento dos arenitos (1) e dos calcários (2).
6. Opção A.
4.º Fase erosiva.
7. Opção A.
5.º Deposição e deformação dos calcários e das margas (3).
8. Opção B.
6.º Fase erosiva.
9. Tópicos de resposta:
7.º Formação dos argilitos (4) e dos calcários cretácicos
• Referência à deposição lenta de sedimentos (cerca de 1 (5).
centímetro / 1000 anos).
8.º Esforços tectónicos com formação de uma falha.
• Referência ao princípio do gradualismo, da perspetiva
9.º Fase erosiva atual e deposição do cascalho e areias
uniformitarista, que defende que os processos
(6).
geológicos são lentos e graduais.
1. Opção C.
• Relação entre a deposição de sedimentos e a perspetiva
uniformitarista. 2. Opção A.

10.1. Q
 uanto mais elevada a quantidade de 18O identificada nos 3. Opção D.
sedimentos do fundo oceânico, mais baixa a temperatura 4. Opção B.
global/ Quanto menor a quantidade de 18O identificada 5. B– D– A– E–C
nos sedimentos do fundo oceânico, mais alta é a
6. Tópicos de resposta:
temperatura global. De acordo com os dados do gráfico,
para valores de 18O de (–2) regista-se um período de • Segundo o Princípio do Atualismo, que defende que o
hothouse e para valores de entre (+4) a (+6), presente é a chave do passado, as leis naturais são
aproximadamente, regista-se um período de coolhouse a constantes no tempo e no espaço.
icehouse. • Assim, fenómenos geológicos que ocorreram no
10.2. Tópicos de resposta: passado podem ser interpretados e explicados com
base em observações efetuadas na atualidade pois as
• Referência à libertação de CO2 para a atmosfera, por
causas desses fenómenos passados são idênticas às
queima de combustíveis fósseis.
que provocam o mesmo tipo de fenómeno no presente.
• Relação entre a manutenção das emissões de CO2 para
7.  orque as rochas sedimentares e as metamórficas
P
a atmosfera e a passagem para um estado warmhouse
formam-se a partir de rochas preexistentes cuja idade é
ou hothouse devido ao agravamento do efeito estufa.
anterior à diagénese e ao metamorfismo.
• Relação entre um estado climático hothouse e a
8. (A), (B) e (C) são falsas; (D) é verdadeira.
ausência de glaciares continentais devido ao degelo
induzido pelo aquecimento global. 9. Opção A.

Grupo II Grupo IV

1. Opção C. 1. C–E–A–D–B

2. Opção A. 2.  rincípios da sobreposição, da interseção e da


P
continuidade lateral.
3. Opção D.
3. Opção B.
4. Opção B.
4.  s afirmações (A) e (D) são falsas; (B) e (C) são
A
5. Opção B.
verdadeiras.
6.1. A
 s águas na região do MCE serão duras, com uma
5. Tópicos de resposta:
concentração em CaCO3 entre 150 e 300 mg/L.
• O 40K decaiu 1 semivida pois verifica-se que 50% dos
7. (a) – 2; (b) – 5; (c) – 3.
átomos-pai (40K) se transformaram em 50% de átomos-
8. (a) – 2; (b) – 1; (c) – 3; (d) – 2; (e) – 3. -filho (40Ar), ou seja,“2 40K : 2 40Ar = 50% 40K : 50% 40Ar”.
9. C–E–B–D–A • O granito tem 1300 Ma.
10. Tópicos de resposta: 6. Opção D.
• Referência a um aumento da probabilidade de formação 7. Opção A.
de fósseis em ambientes aquáticos pouco profundos e
8. Opção C.
de correntes fracas.
GFBF10DP-BANCOEXER-04
50 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo V • A atração gravítica é diretamente proporcional à


1. E–B–C–D–A densidade dos materiais da geosfera.
• Sendo a densidade média da geosfera da ordem dos
2. Tópicos de resposta:
5,5, no local deste depósito há um aumento da
• De acordo com o princípio da sobreposição, numa
densidade, logo há um aumento da atração gravítica.
sucessão não deformada de estratos sedimentares, os
estratos sedimentares mais antigos são cobertos Grupo VIII
sucessivamente pelos mais recentes.
1. Opção C.
• A deformação evidenciada (falhas) não afetou a ordem
desta sobreposição. 2. Opção A.
• O conteúdo fossilífero permite afirmar que o estrato 3 é 3. Opção B.
paleozoico e que o 2 é mesozoico; sendo o estrato 1 4. Opção B.
posterior ao 2, é possível afirmar que as rochas do
5. Opção D.
estrato 1 são mais recentes do que as rochas do estrato
3. 6. Opção D.

3. Opção B. 7. Opção A.

4.1. Opção C. 8. Tópicos de resposta:


• De acordo com a sismogenética, um sismo resulta da
4.2. Opção A.
libertação rápida e repentina de energia acumulada em
5. Opção C. rochas sob tensão tectónica, atingindo o seu limite de
6. (a) – 3; (b) – 4; (c) – 6. resistência elástica.
7. C–E–D–A–B • A magnitude é um parâmetro de caracterização de um
sismo que permite calcular a quantidade de energia
Grupo VI libertada no foco/hipocentro.
1. Opção C. • A série de sismos que ocorreu no Quénia resultou da
libertação de menores quantidades de energia, aspeto
2. Opção D.
característico de zonas sob a ação estados de tensão
3. Opção A. tectónica em que predominam forças distensivas.
4. Opção C. 9. Opção A.
5. Opção B. 10. Opção B.
6. Opção B.
Grupo IX
7. Opção B.
1. Opção C.
8. (a) – (1); (b) – (3); (c) – (5); (d) – (6).
2. Opção A.
9. Tópicos de resposta:
• Granito – Atmosfera: os agentes atmosféricos são 3. Opção B.
fatores de meteorização e de erosão do granito. 4. Opção B.
• Granito – Biosfera: os seres vivos constituem 5. C–E–B–D–A
importantes agentes de meteorização do granito.
6. Opção D.
• Granito – Hidrosfera: a água é um importante fator de
meteorização e de erosão do granito. 7.  s investigadores admitem atualmente que o vulcanismo
O
de Cabo Verde é do tipo hotspot. Um hotspot é um ponto
Grupo VII geoestacionário que corresponde ao afloramento crustal
1. Opção B. de uma pluma térmica. Na atualidade, o afastamento da
placa Africana a partir da CMO localiza, sobre o hotspot,
2. Opção D.
a ilha do Fogo.
3. Opção A.
4. Opção B. Grupo X
5. Opção B. 1. E rupção do tipo explosivo devido ao tipo de materiais
vulcânicos expelidos – lapilli, cinzas e pedra-pomes.
6. Opção C.
2. Opção C.
7. Opção B.
3. Opção B.
8. Opção D.
4. Opção C.
9. Tópicos de resposta:
• Desenvolve-se um arco vulcânico, tipo Andes. 5. Opção D.
• Se esta margem continental se tornar ativa significa que 6. Opção A.
neste local se formou um novo limite tectónico entre 7. (A) e (B) são verdadeiras; (C) e (D) são falsas.
placas com subducção.
8. Opção B.
10. Opção B.
9. Tópicos de resposta:
11. Opção A. • O conhecimento da história eruptiva de um vulcão
12. Tópicos de resposta: permite estimar o seu comportamento futuro.
• Anomalias gravimétricas positivas.
BANCO DE EXERCÍCIOS 51

• Através do mapa de isopacas da figura 1, podemos 7. Opção B.


delimitar a área de abrangência das cinzas vulcânicas 8. Opção D.
projetadas em 1563 e definir a zona de risco vulcânico
9. Tópicos de resposta:
para este tipo de material vulcânico.
• O magma gerador da nuvem de cinzas é de elevada
• A identificação dos perigos vulcânicos (neste caso, as
viscosidade pelo que apresenta resistência em fluir.
cinzas) e a definição das zonas de risco permite uma
• Esta resistência permite a acumulação de tensão nas
melhor gestão e planeamento das atividades humanas.
rochas envolventes que, atingido o seu limite, fraturam,
Grupo XI libertando repentinamente, na forma de ondas sísmicas
(P e S), a energia acumulada.
1. Opção D.
• A análise do comportamento das ondas P e S no
2. Opção B. contacto com o corpo magmático (reflexão e/ou

GEOLOGIA
3. Opção C. refração) permite radiografá-lo sismicamente e, assim,
4. Opção C. acompanhar a sua progressão.
5. Opção B. 10.  s afirmações (A) e (B) são verdadeiras e as afirmações
A
(C) e (D) são falsas.
6. Opção A.
7. Tópicos de resposta: Grupo XIV
• A atividade eruptiva atual do Agung, do tipo explosivo, 1. Opção C.
caracteriza-se por intensa libertação de gases e de
2. Opção A.
cinzas vulcânicas.
• Em regime de precipitação intensa, estas cinzas 3. Opção D.
misturam-se com a água da chuva, originando fluxos 4. Opção B.
de lama. E =10(2,4*M-1,2) joules
• A emissão destes alertas é importante pois, à medida
E = 10(2,4*7,3-1,2) joules
que os fluxos de lama descem as encostas do monte
Agung, com uma altitude de 3142 m, crescem em E = 1016 joules
volume e em velocidade, aumentando o seu poder 5. Opção D.
destrutivo. 6. Opção B.

Grupo XII 7. Opção C.

1. Opção D. 8.  s afirmações (A), (B) e (C) são verdadeiras; a (D) é


A
falsa.
2. Opção A.
9. Tópicos de resposta:
3. Opção D.
• Os terramotos resultam da libertação de grandes
4. Opção A. quantidades de energia quando as rochas sob tensão
5. Opção C. ultrapassam a sua capacidade de resistência elástica e a
6. Opção B. libertam de forma súbita e repentina.
• Por vezes, o terramoto é antecedido de pequenas
7. Opção D.
libertações de energia que geram sismos de baixa
8. Tópicos de resposta: magnitude, designados abalos premonitórios, como foi
• A investigação de fenómenos idênticos ao da ilha do o caso do sismo de Sarpol-e-Zahab.
Fogo permite conhecer a dinâmica dos colapsos • Estes abalos premonitórios, em zonas com um
rochosos em contexto vulcânico e a propagação das histórico elevado de ocorrência de terramotos, permitiu
ondas marinhas resultantes. que a população abandonasse os edifícios,
• Caso ocorra um fenómeno semelhante, e apesar do reduzindo-se, assim, o número de vítimas.
reduzido tempo de aviso, será possível antecipar planos
de prevenção de modo a minimizar potenciais perdas Grupo XV
humana. 1. Opção C.
Grupo XIII 2. Opção A.
1. Opção B. 3.  principal perigo vulcânico é a pluma de cinzas/
O
/partículas rochosas vulcânicas com diâmetro inferior a
2. Opção D.
2 mm. A ejeção em altitude de cinzas pode interferir com
3. Opção C. o equipamento de aeronaves, dadas as suas
4. Opção A. características abrasivas.
5. Tópicos de resposta: 4. Opção B.
• Vulcão ativo – deposição continuada de materiais 5. Opção D.
eruptivos nas encostas do seu cone.
6. É um vulcanismo interplaca de subducção (da placa
• Vulcão de subducção – as forças tectónicas convergentes
Pacífica sob a placa Norte-americana).
empurram verticalmente a placa de menor densidade – a
Euroasiática – onde se localiza o Etna. 7. Tópicos de resposta:
• As ilhas do arco insular das Aleutas são de natureza
6. Opção D.
vulcânica e estão associadas ao limite tectónico
52 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

destrutivo que resulta da convergência das placas • O armazenamento destes barris em depósitos
Pacífica e Norte-americana. geológicos gera, dada a sua composição metálica,
• A subducção da placa mais densa/placa Pacífica é a anomalias magnéticas positivas, o que permite a
acompanhada de um aumento de pressão e de localização geográfica.
temperatura, o que induz a sua desidratação. 7. (a) – 3; (b) – 6; (c) – 7; (d) – 8; (e) – 5.
• A migração/ascensão destes fluidos de elevadas
8. Opção D.
temperaturas permite a diminuição da temperatura de
fusão das rochas por onde circula com formação de 9. Opção C.
magmas. 10. Opção D.
• Os limites tectónicos com movimentos convergentes
são zonas de tensão sísmica com formação de fraturas Grupo XVIII
e falhas que permitem ascensão destes magmas e a 1. Opção A.
formação das ilhas vulcânicas. 2. Opção C.
8. Opção A. 3. Opção A.
9. Opção B. 4. Opção C.
10. (a) – 4; (b) – 3; (c) – 7; (d) – 2; (e) – 1. 5. Opção B.

Grupo XVI 6. Tópicos de resposta:


• O neocatastrofismo é a corrente de pensamento
1. Opção A.
geológico que aceita os princípios do uniformitarismo,
2. Opção D. em que se defende que a evolução da Terra se deve a
3. Opção C. fenómenos naturais lentos.
4. Opção B. • No entanto, este mesmo pensamento admite a
existência de catástrofes, tal como o sismo de Amatrice,
5. Opção B.
que podem provocar profundas alterações geológicas.
6. Opção C.
7. Opção D. Grupo XIX

8. Opção B. 1. Opção C.

9. Opção D. 2. Opção A.

10. Tópicos de resposta: 3. Opção C.


• De acordo com os dados da figura 2, há um predomínio 4. Opção C.
de ocorrência de sismos de foco superficial, 5. Opção B.
registando-se apenas um sismo de foco intermédio e
6. Opção D.
um sismo de foco profundo.
• Tratando-se de uma zona complexa do ponto de vista 7. Tópicos de resposta:
tectónico – com limites destrutivos e conservativos – • O ser humano explora recursos metálicos, como, por
explica-se o maior número de sismo de foco superficial exemplo, o ferro.
em função da acumulação e libertação de energia em • Concentrações anómalas de ferro num determinado
ambiente rochoso frágil, em resultado da atuação de local geram anomalias magnéticas intensas.
forças compressivas e cisalhantes. • A localização destas anomalias permite a localização
• O processo de subducção associado às zonas A e C é dos depósitos de metais e posterior prospeção.
responsável pela maior concentração de epicentros. Grupo XX
Grupo XVII 1. Opção B.
1. Opção B. 2. Opção B.
2. Opção D. 3. Opção D.
3.  erdadeiras – afirmações (B), (C), (E) e (G);
V 4. Opção B.
Falsas – afirmações (A), (D), (F) e (H). 5.  firmações verdadeiras: A, D, E e H. Afirmações falsas:
A
4. Opção A. B, C, F e G.
5. Tópicos de resposta: 6. Tópicos de resposta:
• O núcleo externo é constituído por uma liga metálica • A zona de sombra sísmica é a região da superfície da
rica em ferro e níquel no estado líquido. geosfera, situada entre os 11 459 km/103º e os
• O movimento desta liga gera correntes elétricas que, 15 798 km/142º de distância do epicentro, onde não se
por sua vez, criam o campo magnético do planeta. propagam ondas sísmicas internas de elevada energia
6. Tópicos de resposta: devido ao ângulo de refração/reflexão que lhes é imposto
• Estes satélites orbitam a Terra registando os valores do pela presença do núcleo externo metálico e fluido.
campo magnético. • Nesta zona e como evidencia a curva t-x, propagam-se
• Os resíduos nucleares são armazenados em inúmeras ondas, sendo, contudo, ondas que sofreram
contentores metálicos. reflexões/refrações múltiplas, razão pela qual são ondas
de baixa energia que não geram atividade sísmica
significativa.
Domínio 1: Biodiversidade I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII

1. A Biosfera
1.1. Diversidade biológica ✗ ✗ ✗
1.2. Níveis de organização biológica ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
1.3. Extinção e conservação de espécies ✗
2. A célula
2.1. Unidade estrutural e funcional ✗ ✗ ✗
2.2. Constituintes básicos ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 2: Obtenção de matéria
1. Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos
1.1. Importância da membrana na obtenção de matéria ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
1.2. Ingestão, digestão e absorção ✗ ✗ ✗
2. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos
2.1. Fotossíntese ✗ ✗ ✗
Domínio 3: Distribuição da matéria
1. O transporte nas plantas
1.1. Absorção de água e de sais minerais pela raiz ✗
1.2. Transporte no xilema ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
1.3. Transporte no floema ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2. O transporte nos animais
2.1. Sistemas de transporte ✗ ✗ ✗
2.2. Fluidos circulantes ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 4: Transporte e utilização de energia pelos seres vivos
1. Obtenção de energia
1.1. Respiração aeróbia ✗ ✗ ✗ ✗
1.2. Fermentação ✗ ✗
2. Trocas gasosas em seres multicelulares
2.1. Trocas gasosas nas plantas ✗ ✗ ✗ ✗
BANCO DE EXERCÍCIOS

2.2. Trocas gasosas nos animais ✗ ✗ ✗


53

BIOLOGIA
54 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo I

As condições para a existência de vida e as particularidades da Terra geram uma dinâmica externa e
interna que originam uma grande variedade de ambientes, cruciais para a existência de uma enorme
diversidade de seres vivos.

Os processos de desertificação, as alterações climáticas, a poluição generalizada, a destruição de


habitats naturais, a introdução de espécies exóticas e invasoras e a exploração excessiva de espécies
animais e vegetais são causas determinantes para a perda de biodiversidade.

Ao longo da história da Terra sempre houve extinção de espécies e perdas acentuadas de biodiversi-
dade. Normalmente, estas extinções em massa estiveram associadas a grandes catástrofes naturais
provocadas, em parte, por alterações climáticas, geológicas, entre outras. Atualmente, a investigação
científica tem vindo a divulgar resultados alarmantes sobre o estado de conservação da biodiversidade a
nível global, evidenciando os principais constrangimentos e fatores de perturbação, revelando que a bio-
diversidade se encontra cada vez mais ameaçada devido não só a causas naturais, como no passado,
mas principalmente devido a causas antropogénicas.
Adaptado de Estela Silva, Tese de Doutoramento “Biodiversidade, serviços de ecossistema, ecologia
da paisagem: transposição didática e conceções do corpo docente e discente.”

Antirrhinum rothmaleri, bocas-de-lobo-de-Trás-os-Montes, é uma planta endémica do Nordeste de


Portugal, adaptada a um tipo de habitat muito específico (afloramentos de rochas ultrabásicas). A
população é constituída por um número reduzido de núcleos populacionais (seis), os quais se poderão
segregar em duas subpopulações, uma na zona de Vinhais e outra na zona de Morais-Sabor. É ava-
liada como “Em Perigo”, porque se estima que a população seja constituída por menos de 250 indiví-
duos maduros. A sua distribuição é extremamente restrita e localizada e todos os núcleos conhecidos
são de pequena dimensão, o que torna os diferentes núcleos populacionais vulneráveis a fenómenos
estocásticos* de extinção local. Outras ameaças identificadas incluem expansão de atividades extrati-
vas e obras de ampliação ou beneficiação de locais de culto religioso. Recomenda-se a criação de
uma rede de microrreservas botânicas que deverá ser gerida de modo a potenciar o aumento do efe-
tivo populacional e a qualidade do seu habitat.
Adaptado de Lista Vermelha da Flora _Vascular_de_Portugal_Continental_2020

*
Estocástico – diz-se dos processos que não estão submetidos senão a leis do acaso.

1. As principais causas, expressas no texto, que na atualidade levam à perda de biodiversidade são
(A) as perturbações geológicas.
(B) as perturbações climáticas.
(C) as causas naturais.
(D) as causas antropogénicas.

2. A população de Antirrhinum rothmaleri


(A) engloba o conjunto de organismos da espécie Antirrhinum rothmaleri que ocupam uma
determinada área, num determinado momento.
(B) engloba o conjunto de organismos da espécie Antirrhinum rothmaleri que ocupam áreas dis-
tintas, num determinado momento.
(C) engloba o conjunto de organismos da —espécie Antirrhinum rothmaleri que uma ocupam
determinada área, em momento distintos.
(D) engloba o conjunto de organismos da espécie Antirrhinum rothmaleri que ocupam determina-
das áreas, em momentos distintos.
BANCO DE EXERCÍCIOS 55

3. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.

Transcreva para a folha de respostas cada uma das letras, seguida do número que corresponde
à opção selecionada. A cada letra corresponde um só número.

No Nordeste de Portugal, os afloramentos de rochas ultrabásicas constituem o(a) ___(a)___ das
bocas-de-lobo-de-Trás-os-Montes pertencentes a uma ___(b)___. Encontram-se em ___(c)___,
pois existem cerca de 250 indivíduos maduros. Pertencem ao reino Plantae, pois são ___(d)___ e
___(e)___.

(a) (b) (c) (d) (e)

1. biótopo 1. população 1. expansão 1. multicelulares 1. eucariontes


2. habitat 2. espécie 2. extinção 2. unicelulares 2. microconsumidores
3.comunidade 3. sistema 3. perigo 3. coloniais 3. autotróficos

4.  acumulação de poluentes como o pesticida DDT, presente em cadeias alimentares das quais
A
fazem parte a espécie Antirrhinum rothmaleri, é maior em ________. Este processo é designado
________.
(A) aves, como a águia … bioampliação
(B) herbívoros, como o coelho … bioampliação

BIOLOGIA
(C) aves, como a águia … biorremediação
(D) herbívoros, como o coelho … biorremediação

5. As afirmações que se seguem dizem respeito às bocas-de-lobo-de-Trás-os-Montes.

Seleciona a alternativa que as avalia corretamente.


As relações intraespecíficas são aquelas que as bocas-de-lobo-de-Trás-os-Montes estabe-
I. 
lecem entre si.
II. Nos ecossistemas a matéria dissipa-se para o ambiente, deixando de poder ser reutilizada.
III. As bocas-de-lobo-de-Trás-os-Montes, nas cadeias a que pertencem, ocupam sempre o pri-
meiro nível trófico.
(A) I e III são falsas; II é verdadeira. (C) I e II são falsas; III é verdadeira.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

6.  s bocas-de-lobo-de-Trás-os-Montes, Antirrhinum rothmaleri, espécie ________, vivem adaptadas


A
a um determinado local, onde a energia circula de forma ________.
(A) exótica … unidirecional (C) endémica … cíclica
(B) endémica … unidirecional (D) exótica … cíclica

7.  aça corresponder a cada uma das afirmações expressa na coluna A, o respetivo nível de
F
organização biológica que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) C
 onjunto de fatores químicos e físicos do ambiente em que vive a 1. Biocenose
comunidade. 2. Ecossistema
(b) 
Engloba as diferentes populações que vivem na mesma região e as 3. Biótopo
relações que estabelecem entre si. 4. Tecido
(c) 
Conjunto de células semelhantes com uma mesma função. 5. Órgão

8. Atualmente, estamos a assistir a uma enorme perda da biodiversidade.


Explique em que medida a intervenção do ser humano na biodiversidade pode levar ao
aparecimento de epidemias, como a COVID-19.
56 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo II

As células, consideradas as menores unidades dos organismos vivos, são constituídas por muitos
elementos ainda menores, sendo cada um deles dotado de uma função própria. O tamanho das célu-
las humanas é sempre microscópico, embora possa variar um pouco. Até a maior célula, o óvulo
fecundado, é tão pequena que não é visível a olho nu.

As células humanas encontram-se envoltas por uma membrana superficial que sustenta o seu con-
teúdo. Contudo, essa membrana não é apenas um saco. Ela apresenta recetores que identificam a
célula para outras células. Além disso, esses recetores reagem na presença de substâncias produzi-
das no organismo e na presença de medicamentos introduzidos nele; por meio desta característica,
podem selecionar as substâncias ou os medicamentos que entram ou saem da célula. As reações
produzidas nos recetores alteram ou controlam frequentemente as funções celulares. Exemplo disto é
a insulina, que é uma proteína que adere aos recetores da membrana celular para manter níveis ade-
quados de açúcar no sangue, permitindo assim a entrada de glicose nas células.
Adaptado de https://www.msdmanuals.com

Invólucro nuclear

Núcleo
Poro nuclear
Membrana
plasmática
Nucléolo
Mitocôndria
Retículo
endoplasmático

Centríolos

Lisossoma
Complexo de Golgi
Citoplasma

Vacúolo
Ribossomas

Figura 1

1.  e acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, os organismos como o ser


D
humano estão integrados no Reino Animal, uma vez que apresentam
(A) células eucarióticas e obtêm a matéria orgânica por ingestão.
(B) organização multicelular e obtenção de matéria orgânica por ingestão.
(C) células eucarióticas e obtêm a matéria orgânica por absorção.
(D) organização multicelular e obtenção de matéria orgânica por absorção.

2. A insulina faz parte de um grupo de biomoléculas


(A) cujos monómeros são designados oses ou monossacarídeos.
(B) cujos monómeros são designados ácidos gordos ou glicerol.
(C) cujos monómeros são designados nucleótidos.
(D) cujos monómeros são designados aminoácidos.
BANCO DE EXERCÍCIOS 57

3.  as células humanas observam-se membranas celulares superficiais onde existem moléculas


N
constituídas por uma molécula de glicerol ligada a um fosfato e a dois ácidos gordos, que se
designam
(A) proteínas.
(B) colesterol.
(C) fosfolípidos.
(D) nucleótidos.

4.  s células ovo podem ser observadas ao microscópio ótico composto. Considere as seguintes
A
afirmações, referentes à microscopia ótica.
Quanto menor é a ampliação, maior é o campo de observação.
I. 
II. A imagem é simétrica e invertida em relação ao objeto.
III. A primeira focagem deve ser feita utilizando o parafuso micrométrico.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

BIOLOGIA
5. Através das reações de hidrólise, os monómeros de um polímero,
(A) como a glicose, juntam-se.
(B) como a insulina, juntam-se.
(C) como a insulina, separam-se.
(D) como a glicose, separam-se.

6.  aça corresponder cada uma das afirmações da coluna A, ao respetivo termo que consta na
F
coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Peptidoglicano
(a) Polissacarídeo estrutural presente nas bactérias.
2. Lisossomas
(b) Organelo responsável pela síntese de moléculas lipídicas da célula.
3. Celulose
(c) Organito que participa em fenómenos de autofagia.
4. Retículo endoplasmático liso

7.  nalise as afirmações que se seguem relativas ao processo de desnaturação reversível de uma


A
proteína. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos.
(A) Recuperação da estrutura inicial da proteína.
(B) Perda da função biológica da proteína.
(C) Alteração da estrutura da proteína.
(D) Proteína sujeita a um agente desnaturante.
(E) Remoção do agente desnaturante.

8.  lgumas células, designadamente bactérias heterotróficas, intervêm na decomposição da


A
matéria orgânica.

Explique a importância deste processo na reciclagem de matéria nos ecossistemas naturais.


58 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo III

Observe, com atenção, a figura 1. D

C NH2

N
O C

O P O N O
O O
A O
NH
N G
O OH NH2
6 CH2OH
N
5C O P O N
O
H H O H2N
H O
4C 1C NH
N A
OH OH H OH O OH NH2
2
3C C N
O P O N
H OH O
O O

NH
O OH U
B
O P O N O
O O
O
H H
OH OH

Figura 1 – Biomoléculas.

1. Identifique as biomoléculas representadas na figura 1.

2. A molécula representada em A está para o amido assim como


(A) um aminoácido está para uma proteína.
(B) um aminoácido está para um ácido nucleico.
(C) um ácido nucleico está para um nucleótido.
(D) um ácido nucleico está para uma proteína.

3. A molécula representada em B é considerada


(A) uma molécula anfipática.
(B) uma molécula polar.
(C) uma molécula apolar.
(D) uma molécula orgânica.

4.  s mioglobinas são moléculas pertencentes ao grupo representado pela letra ________ na figura
A
1. São compostos ________.
(A) D … quaternários, constituídos por menos de cinquenta monómeros
(B) D … quaternários e apresentam nitrogénio na sua constituição molecular
(C) A … ternários e não apresentam nitrogénio na sua constituição molecular
(D) A … ternários, constituídos por mais de cem monómeros

5. Um nucleótido de RNA possui sempre


(A) um grupo fosfato e ribose.
(B) um grupo fosfato e desoxirribose.
(C) uracilo e ribose.
(D) timina e desoxirribose.
BANCO DE EXERCÍCIOS 59

6.  aça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A, o respetivo conceito,
F
referido na coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Maltose
(a) Ose constituída por seis carbonos. 2. Glicose
(b) Ligação entre a glutamina e a histidina. 3. Água
(c) Molécula cujos monómeros podem ser constituídos por um grupo 4. Ribose
fosfato, um uracilo e uma pentose. 5. Ligação peptídica
(d) Composto inorgânico que intervém no metabolismo celular. 6. DNA
(e) Dissacarídeo constituído por dois monómeros de glicose. 7. Ligação éster
8. RNA

7. Considere os dados seguintes:


• A análise de duas proteínas mostrou que cada uma delas era constituída por 130
aminoácidos.
• Outra análise mostrou que as duas proteínas continham aminoácidos nas mesmas proporções:
21% de leucina, 20% de glicina, 18% de arginina, 14% de tirosina, 10% de glutamina, 7% de
triptofano, 4% de lisina, 2% de cisteína, 2% de prolina e 2% de histidina.

BIOLOGIA
Explique, recorrendo aos dados fornecidos, se se poderá afirmar que as duas proteínas em aná-
lise são iguais.

Grupo IV

As aquaporinas (AQPs) são proteínas intrínsecas de membrana, fisiologicamente importantes, que


transportam água (aquaporinas ortodoxas) e também, em alguns casos, outros pequenos solutos
como o glicerol (aquagliceroporinas). Em mamíferos, treze aquaporinas (AQP0-AQP12) são conheci-
das até à data, sendo diferencialmente expressas em diversas células e tecidos. Recentemente, foram
encontradas evidências em ratinhos e posteriormente em humanos obesos, que a deficiência da AQP7
está relacionada com obesidade por causar hipertrofia dos adipócitos. São várias as patologias que
têm sido associadas à disfunção de aquaporinas, sendo pois importante a descoberta de moléculas
capazes de modular a sua atividade. Estudou-se o efeito do Auphen, um composto organometálico de
Au (III), no transporte da água e do glicerol através de aquaporinas.

De forma a avaliar o efeito inibitório do Auphen no transporte de água e glicerol em estirpes de leve-
duras, as células inicialmente equilibradas em solução isotónica de sorbitol 1,4 M e incubadas com o
inibidor durante 30 min à temperatura ambiente, foram sujeitas ao mesmo tipo de choques
hiperosmóticos.

Na Figura 1, no painel A observa-se o efeito do Auphen no transporte de água e no transporte de


glicerol, painel B.

A B
Sem
6,0 6,0 inibição
Ps × 10-6 (cm/s)
Pf × 10-4 (cm/s)

27% 34%
Inibição
4,0 4,0 Figura 1 – Efeito Auphen
com
Auphen 100 µM, a 23 ºC e a pH 7,4,
2,0 2,0 93% 84% na permeabilidade à água
(A) e na permeabilidade ao
0,0 0,0 glicerol (B) das várias
pUG35 AQP3 AQP7 pUG35 AQP3 AQP7 estirpes de leveduras.

Notas: Pf – Coeficiente de permeabilidade à água (cm.s –1); Ps – Coeficiente de permeabilidade ao soluto (cm.s –1);
AQP3 e AQP7– aquagliceroporinas.
Adaptado de https://run.unl.pt/bitstream/10362/11102/1/Mosca_2013.pd
60 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. As aquoporinas são consideradas, inequivocamente, proteínas se


(A) apresentarem na sua constituição um elevado número de aminoácidos.
(B) se as ligações glicosídicas ligam os monómeros que as constituem.
(C) desempenhar funções estruturais.
(D) forem compostos orgânicos.

2. De acordo com os dados obtidos na experiência, é correto afirmar que


(A) o efeito inibitório do Auphen é maior para a água do que para o glicerol.
(B) o efeito inibitório do Auphen é igual para a água e para o glicerol.
(C) o efeito inibitório do Auphen é maior para o glicerol do que para a água.
(D) o efeito inibitório do Auphen não foi significativo no estudo.

3. Na experiência descrita, a variável dependente corresponde


(A) à temperatura de incubação.
(B) à temperatura e ao tempo de incubação.
(C) à presença de Auphen.
(D) à permeabilidade das porinas relativamente à água e ao glicerol.

4. O transporte efetuado pelas aquaporinas é


(A) a osmose. (B) a difusão facilitada.
(C) o transporte ativo. (D) a difusão simples.

5. As aquoporinas são consideradas proteínas


(A) intrínsecas, pois encontram-se na periferia da membrana plasmática.
(B) periféricas, pois atravessam a membrana plasmática.
(C) intrínsecas, pois atravessam a membrana plasmática.
(D) periféricas, pois encontram-se na periferia da membrana plasmática.

6.  as membranas biológicas dos adipócitos, estão presentes os complexos lipoproteicos onde


N
predominam lípidos complexos, os fosfolípidos. Essas moléculas
(A) organizam-se nas membranas numa monocamada.
(B) ocupam posições fixas na estrutura da membrana.
(C) podem apresentar glícidos associados à sua região hidrofílica.
(D) apresentam duas longas cadeias de ácidos gordos hidrofílicos.

7.  aça corresponder a cada um dos tipos de transporte transmembranar, que constam da coluna
F
A, o termo ou expressão que as identifica, expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada
número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
1. Transporte ativo
(a) Passagem de oxigénio através da membrana celular. 2. Difusão facilitada
(b) 
Passagem de substâncias com intervenção de uma proteína 3. Difusão simples
transportadora e sem gasto de ATP.
4. Endocitose
(c) 
Processo utilizado pela célula para englobar partículas sólidas, que
lhe irão servir de alimento. 5. Pinocitose
6. Fagocitose

8. Indique o sentido preferencial do movimento da água num adipócito cujo meio intracelular
apresenta uma diminuição da pressão osmótica.
BANCO DE EXERCÍCIOS 61

9.  eduzir os níveis de semimetais tóxicos, como o arsénio (As) presente no arroz é uma questão
R
de saúde pública. Os níveis e as formas de As variam muito em solos de cultivo de arroz em
diferentes regiões. As aquaporinas possuem a habilidade de transportar semimetais.
Explique em que medida a presença de outras espécies de plantas que apresentam elevados
níveis de aquaporinas em zonas de cultivo de arroz contaminadas poderá ter vantagens para a
saúde pública.

Grupo V

Dictyostelium discoidieum podia entrar na lista dos seres vivos mais estranhos. Esta amiba micros-
cópica, quando lhe falta comida, agrega-se a mais uns milhares de irmãos-amibas para se transformar
num corpo parecido com uma lesma de meio centímetro: é capaz de recolher bactérias para levar
para outros locais onde não haja alimento.

BIOLOGIA
Figura 1 – Colónia de Dictyostelium discoidieum com bactérias, quando
está na forma de pedúnculo, pronto para lançar esporos de amiba.

A descoberta foi feita por Debra Brock, da Universidade Rice, em Houston, no Texas (EUA). Era a
primeira vez que a cientista olhava para os esporos de uma amiba selvagem, explicou a Science que
noticiou a descoberta.
Depois das amibas se juntarem para formar a tal “lesma social” que se comporta como um único
indivíduo, esta lesma movimenta-se até encontrar uma nova zona com comida e toma a forma de um
pedúnculo com um corpo redondo na extremidade. Lá dentro, muitas amibas multiplicam-se, transfor-
mam-se em esporos e libertam-se para recuperar a sua vida individual.
Foi nesta fase que Debra Brock viu bactérias a saírem deste corpo redondo. A equipa testou se
todas as amibas transportavam bactérias e descobriu que só cerca de um terço é que tinha essa
capacidade. A equipa descobriu que as amibas “agricultoras” mantinham o comportamento mesmo
depois dos cientistas matarem as bactérias e colocarem as amibas em culturas sem bactérias. As ami-
bas multiplicavam-se e os descendentes, na presença de novas bactérias, repetiam o cultivo. De
alguma forma, mantinham uma memória genética desta capacidade. As bactérias transportadas eram
de várias espécies, mas cerca de metade não servia como alimento das amibas, o que à partida não
parece trazer benefícios. A equipa tentou compreender isto e verificou que as amibas não comem
todas as bactérias que existem no meio para conseguirem armazenar algumas, ao contrário das ami-
bas que não fazem o cultivo e comem todas as bactérias. Mais, as “agricultoras” só andam cerca de
1,5 centímetros quando se transformam na versão “lesma social”, enquanto as outras movem-se mais
de três centímetros.
Mas quando estas amibas vão colonizar novos territórios sem comida, as bactérias que trazem aca-
bam por multiplicar-se e transformam-se em alimento. Aqui, as “agricultoras” prosperam. Há mais
exemplos na natureza de outras espécies que fazem agricultura. Há formigas e térmitas que cultivam
fungos, mas vão mais longe: tratam da terra onde colocam os fungos e matam quaisquer predadores
que possam diminuir o rendimento da cultura. Nestes casos, a simbiose chegou ao extremo, já que
estes fungos não existem na natureza no estado selvagem e dependem das formigas para
sobreviverem.
Adaptado de https://www.publico.pt/2011/01/20/ciencia/
noticia/a-amiba-e-a-bacteria-uma-historia-de-agricultura-microscopica-1476152
62 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. Dictyostelium discoidieum é, inequivocamente, um ser eucarionte porque


(A) possui parede celular. (C) apresenta DNA.
(B) possui plasmalema. (D) possui organelos membranares.

2. Para Dictyostelium discoidieum, as bactérias são fonte


(A) de matéria inorgânica e energia. (C) de matéria orgânica e energia.
(B) apenas de matéria inorgânica. (D) apenas de energia.

3. As bactérias referidas no documento são seres


(A) procariontes e possuem apenas ribossomas como organelos membranares.
(B) procariontes, apresentando nucleoide.
(C) eucariontes e possuem apenas ribossomas como organelos membranares.
(D) eucariontes, apresentando nucleoide.

4. No tubo digestivo ________ das formigas, os glícidos são hidrolisados em ________.


(A) completo … aminoácidos (C) completo … monossacarídeos
(B) incompleto … aminoácidos (D) incompleto … monossacarídeos

5. As amibas ingerem bactérias por


(A) exocitose, que permanecem sempre no interior de vesículas pinocíticas.
(B) endocitose, que permanecem temporariamente no interior de vesículas pinocíticas.
(C) exocitose, que permanecem sempre no interior de fagossomas.
(D) endocitose, que permanecem temporariamente no interior de fagossomas.

6. Nos mamíferos, ao contrário das amibas


(A) a digestão é exclusivamente extracelular.
(B) existe uma cavidade gastrovascular ramificada.
(C) os resíduos não digeridos são eliminados pela boca.
(D) a faringe permite a captura ativa de alimento.

7.  amiba, quando se encontra em água destilada, aumenta o ritmo de contração dos seus
A
vacúolos, verificando-se que
(A) o interior das células é isotónico em relação ao meio extracelular.
(B) a água foi transportada ativamente para o interior das células.
(C) a pressão osmótica no exterior das células é superior à do meio intracelular.
(D) a pressão osmótica do meio intracelular é superior à pressão osmótica do meio extracelular.

8.  rdene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


O
relacionados com o processo de nutrição das amibas pertencentes à espécie Dictyostelium
discoidieum, quando expostas à escassez de alimento.
A – Formação da “lesma social”.
B – Deslocação para um local com alimento.
C – A lesma toma a forma de pedúnculo.
D – Formação de um vacúolo digestivo.
E – Fusão dos lisossomas com as vesículas que contêm as bactérias.

9. “ Há formigas e térmitas que cultivam fungos, mas vão mais longe: tratam da terra onde colocam
os fungos e matam quaisquer predadores que possam diminuir o rendimento da cultura.”
Explique a função dos fungos mencionados nos ecossistemas.
BANCO DE EXERCÍCIOS 63

Grupo VI

As membranas celulares têm características e funções comuns a todos os seres vivos e, por isso, a
sua estrutura básica é fundamentalmente a mesma em todas as células. No entanto, a sua composição
pode variar quer em diferentes seres vivos, quer em diferentes tipos de células do mesmo ser vivo.
Podem também ter variações de composição como resposta a condições de stress ambiental a que as
células são sujeitas. Numa experiência levada a cabo por Raimundo Júnior e seus colaboradores foram
analisadas as membranas de células de folhas de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) sujeitos a diferentes situa-
ções de stress hídrico (falta de água). Na figura 1 estão representados os resultados obtidos para o teor
em ácidos gordos saturados e insaturados nas diferentes condições experimentais testadas.

2,5

2,0
Índice de insaturação

1,5

1,0

BIOLOGIA
0,5

0,0
Controlo S1 S2 R1 R2

Figura 1 – Índice de insaturação (percentagem de ácidos gordos insaturados no total de ácidos gordos das mem-
branas) em lípidos da membrana de folhas de Phaseolus vulgaris em condições controlo (Controlo); stress mode-
rado – 20 dias de desidratação (S1); stress severo – 45 dias de desidratação (S2); plantas re-hidratadas durante 2
dias (R1) e plantas re-hidratadas durante 6 dias (R2).

Martins Júnior R. R., Oliveira M. S. C., Baccache M. A., & Paula F. M. (2008). Effects of water deficit and rehydration on the
polar lipid and membranes resistance leaves of Phaseolus vulgaris L. cv. Pérola. Brazilian Archives of Biology and Techno-
logy, 51(2), 361-367.

1. Indique qual a hipótese que poderá estar na base da experiência cujos resultados estão
apresentados no gráfico.

2.  o gráfico, a primeira coluna do lado esquerdo (Controlo) representa os resultados obtidos no


N
grupo controlo. Nesse grupo
(A) utilizaram-se células cujas membranas só possuíam ácidos gordos insaturados.
(B) as plantas de feijoeiro foram regadas em dias alternados.
(C) utilizaram-se células cujas membranas só possuíam ácidos gordos saturados.
(D) as plantas de feijoeiro foram tratadas de forma a não terem stress hídrico.

3. Nas membranas e nas paredes das células do feijoeiro, podemos encontrar, respetivamente,
(A) fosfolípidos e celulose. (C) ácidos gordos e fosfolípidos.
(B) fosfolípidos e ácidos gordos. (D) amido e celulose.

4. O resultado da digestão dos triglicerídeos pelas lipases é


(A) glicerol e glicose. (C) glicerol e ácidos gordos.
(B) fosfatos e ácidos gordos. (D) glicose e frutose.
64 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

5. As enzimas são ________ cujas unidades básicas são os ________.


(A) proteínas … aminoácidos (C) glícidos … aminoácidos
(B) proteínas … monossacáridos (D) glícidos … monossacáridos

6.  endo em conta os resultados da experiência apresentados no gráfico da figura 1, quanto maior


T
o stress hídrico ________ a quantidade de ácidos gordos insaturados na membrana, o que
significa que deveremos observar ________ da sua fluidez.
(A) maior … um aumento (B) menor … um aumento
(C) menor … uma diminuição (D) maior … uma diminuição

7.  s células possuem, nas suas membranas, aquaporinas, que são ________ capazes de
A
reabsorver água por difusão ________.
(A) fosfolípidos … simples (B) proteínas … facilitada
(C) fosfolípidos … facilitada (D) proteínas … simples

8.  m células animais, a presença de uma maior quantidade de ácidos gordos insaturados


E
determinada uma maior fluidez da membrana.

Relacione o índice de insaturação das membranas celulares com a maior ou menor facilidade
das células efetuarem processos de exocitose.

GRUPO VII

As células humanas recorrem a um mecanismo de endocitose mediada por recetor para incorpora-
rem colesterol nas suas membranas e para sintetizarem outros esteroides.

O colesterol pode ser transportado na corrente sanguínea sob a forma de partículas designadas
lipoproteínas de baixa densidade (LDL), que são um complexo formado por lípidos (triglicerídeos, fos-
folípidos e colesterol) e uma proteína. Os complexos LDL ligam-se a recetores LDL da membrana e
entram na célula por endocitose.

A hipercolesterolemia familiar é uma doença hereditária que se caracteriza por uma elevada concen-
tração de colesterol no sangue, resultante da incapacidade de os complexos de LDL entrarem nas célu-
las devido a defeitos ou à ausência das proteínas recetoras. Em consequência, o colesterol acumula-se
no sangue, contribuindo para o desenvolvimento precoce de aterosclerose, resultante da acumulação de
depósitos lipídicos nas paredes das artérias. Esta progressiva acumulação de lípidos diminui o calibre
dos vasos, dificultando o fluxo sanguíneo, podendo conduzir a enfarte do miocárdio e a AVC.
Notas: LDL do inglês Low-density lipoproteins AVC – Acidente vascular cerebral
Baseado em Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.

1. Os recetores membranares dos LDL são


(A) moléculas orgânicas de natureza proteica.
(B) moléculas inorgânicas de natureza proteica.
(C) moléculas orgânicas de natureza lipídica.
(D) moléculas inorgânicas de natureza lipoproteica.

2. A entrada das moléculas de colesterol nas células efetua-se


(A) por difusão facilitada com intervenção de permeases.
(B) por difusão simples com intervenção de permeases.
(C) sem atravessar diretamente a bicamada fosfolipídica.
(D) sem que ocorram alterações da morfologia da membrana celular.
BANCO DE EXERCÍCIOS 65

3. A hipercolesterolemia familiar resulta de


(A) um aumento da absorção intestinal de colesterol.
(B) uma diminuição da absorção intestinal de colesterol.
(C) modificações da composição das membranas celulares.
(D) modificações dos complexos de LDL.

4. Elevadas concentrações de LDL podem conduzir a


(A) uma diminuição do aporte de oxigénio às células.
(B) uma diminuição da espessura das paredes das artérias.
(C) um aumento do calibre das artérias.
(D) um aumento do consumo de oxigénio nas células.

5.  transporte de iões sódio (Na+) e potássio (K+) através da membrana celular contra o gradiente
O
de concentração ________ o consumo de energia e contribui para um ________ das concentrações
entre o meio intracelular e o meio extracelular.
(A) implica … equilíbrio (B) não implica … equilíbrio
(C) não implica … desequilíbrio (D) implica … desequilíbrio

BIOLOGIA
6.  m diversos organismos unicelulares e em alguns multicelulares, a endocitose é um processo
E
que permite a obtenção de alimento. Nestes casos a formação de ________ é precedida pela
fusão de vesículas de endocitose com ________.
(A) vacúolos digestivos … lisossomas
(B) vesículas golgianas … lisossomas
(C) vesículas de transporte do RER … vacúolos digestivos
(D) lisossomas … vacúolos digestivos

7.  s seres unicelulares que realizam fagocitose para obtenção de alimento são classificados
O
como seres
(A) heterotróficos por ingestão, realizando com digestão extracelular.
(B) autotróficos por absorção, realizando com digestão extracelular.
(C) heterotróficos por ingestão, realizando digestão intracelular.
(D) heterotróficos por absorção, realizando digestão intracelular.

8.  aça corresponder cada uma das descrições relativas ao movimento de substâncias expressas
F
na coluna A à respetiva designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) A velocidade de movimento dos solutos é diretamente proporcional ao (1) Transporte ativo
gradiente de concentrações. (2) Difusão simples
(b) A água movimenta-se de um meio hipotónico para um meio hipertónico. (3) Difusão facilitada
(c) O movimento do soluto realiza-se através de permeases a favor do (4) Osmose
gradiente de concentração. (5) Pinocitose

9. Indivíduos que apresentam valores elevados de LDL, mas que não sofrem de hipercolesterolemia
familiar, apresentam valores da concentração de LDL mais baixa após a prática de exercício físico.
Foi colocada a hipótese de indivíduos com hipercolesterolemia familiar apresentarem uma maior
resistência à diminuição da concentração de LDL associada à prática de exercício físico quando
comparada com os outros indivíduos.
Explique a fundamentação da hipótese apresentada.
GFBF10DP-BANCOEXER-05
66 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo VIII

A RuBP carboxilase-oxigenase (rubisco) é a enzima que permite a fixação de CO2 no ciclo de Cal-
vin. No entanto, esta enzima também é capaz de usar O2 como substrato e, neste caso, ocorre a perda
do CO2 anteriormente fixado. A este fenómeno chama-se fotorrespiração.

O que determina se a rubisco se liga ao CO2 ou ao O2 são as concentrações relativas destes dois
gases e a temperatura. Em condições normais, a rubisco usa o CO2 como substrato, no entanto,
quando há uma acumulação de O2 nas células das folhas, verifica-se um aumento de ligações ao O2
devido à sua maior proporção relativamente ao CO2.

Por outro lado, com temperaturas amenas, a afinidade (tendência para se ligar) da rubisco para o
CO2 é cerca de 80 vezes maior do que a sua afinidade para o O2. Contudo, à medida que a tempera-
tura aumenta, a rubisco capta O2 com mais frequência.

Algumas plantas desenvolveram estratégias que minimizam as consequências da fotorrespiração.


Baseado em https://pt.khanacademy.org/

1.  uando as concentrações de O2 são baixas e a temperatura amena, a atividade enzimática da


Q
rubisco promove
(A) reações de carboxilação.
(B) reações de descarboxilação.
(C) a ligação do CO2 ao PGA.
(D) a ligação do CO2 ao PGAL.

2. Quando a rubisco se liga ao O2 irá ocorrer ________ da produção de ________ no ciclo de Calvin.
(A) um aumento … glicose
(B) uma diminuição … glicose
(C) um aumento … ATP
(D) uma diminuição … ATP

3. A fotorrespiração pode ser considerada um processo


(A) vantajoso para as plantas que o realizam.
(B) alternativo à fase fotoquímica da fotossíntese.
(C) que é independente das condições do meio.
(D) que é dependente das condições do meio.

4. A ocorrência de fotorrespiração é ________ por temperaturas ________.


(A) promovida … baixas
(B) despromovida … elevadas e elevada concentração de oxigénio
(C) promovida … elevadas e elevada concentração de oxigénio
(D) despromovida … elevadas

5. Durante o ciclo de Calvin ocorre


(A) consumo de ATP e formação de NADPH.
(B) formação de ATP e consumo de NADPH.
(C) consumo de ATP e de NADPH.
(D) formação de ATP e de NADPH.
BANCO DE EXERCÍCIOS 67

6.  a fase dependente diretamente da luz da fotossíntese são consumidas moléculas ________ e


N
produzidas moléculas de ________.
(A) água … ADP (B) ADP … NADP+
(C) ATP … NADPH (D) água … ATP

7. Imediatamente após a entrada dos compostos orgânicos da seiva floémica nas células dos
tecidos de reserva ocorre
(A) síntese de polímeros com consumo de moléculas de água.
(B) síntese de polímeros com libertação de moléculas de água.
(C) hidrólise de polímeros com consumo de moléculas de água.
(D) hidrólise de polímeros com libertação de moléculas de água.

8.  rdene as expressões A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


O
relacionados com a obtenção de matéria orgânica em seres fotoautotróficos.
A – Síntese de glicose
B – Fixação do CO2
C – Oxidação da molécula de água
D – Fosforilação de ADP

BIOLOGIA
E – Oxidação de NADPH

9.  xplique em que medida situações de falta de água no solo poderão ser responsáveis por um
E
aumento da fotorrespiração.

Grupo IX

Há uma enorme rã nas Caraíbas que come tarântulas e serpentes

Na escuridão da noite nas florestas das Caraíbas, a galinha-da-montanha – uma das maiores rãs do
mundo – foi surpreendida a comer tarântulas e serpentes.

No mundo animal, as tarântulas e as serpentes estão entre os maiores predadores das rãs. Mas,
desta vez, a história acontece ao contrário. Gonçalo M. Rosa, do Centro de Biologia Ambiental da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e outros investigadores que trabalharam na ilha de
Montserrat, no mar das Caraíbas, em 2009, descobriram grandes rãs de tons acastanhados – as gali-
nhas-da-montanha (Leptodactylus fallax) – a comer tarântulas-de-montserrat (Cyrtopholis femoralis),
espécie endémica daquela ilha. Na verdade, aquela rã é o primeiro predador confirmado da tarântula-
-de-montserrat, dizem os autores do estudo publicado esta semana na revista Tropical Zoology.

A rã de hábitos noturnos, que passa o dia escondida em buracos e reentrâncias nas rochas, ali-
menta-se sobretudo de pequenos grilos e pequenas aranhas que encontra no chão da floresta. Mas o
seu menu é mais diversificado.

A 9 de setembro de 2009, às 20 horas, uma tarântula dirigiu-se devagar na direção de uma rã


quando foi subitamente capturada. Desta vez foram precisos seis minutos para a galinha-da-montanha
acabar de comer a tarântula. Estas observações foram feitas durante uma expedição coordenada pelo
Zoo de Jersey, e da qual Gonçalo M. Rosa fez parte, para tentar travar a progressão do fungo Batra-
chochytrium dendrobatidis, que ameaça a galinha-da-montanha.

Segundo Gonçalo M. Rosa, “as rãs não serão propriamente imunes ao veneno das tarântulas. Mas
as rãs abocanham, mordem e mastigam as tarântulas de tal forma que não lhes dão oportunidade de
espalhar o veneno”, explicou. Mais tarde, em outubro de 2011 e na ilha de Dominica, investigadores
encontraram restos de serpente-de-julia (Liophis juliae) nas fezes da mesma espécie de rã. Na opinião
do biólogo, este estudo “dá-nos uma perspetiva que não é tão usual: a maioria dos relatos de interação
de rãs e tarântulas mostram estes aracnídeos como predadores vorazes das indefesas rãs. Aqui assis-
timos ao oposto: uma rã a ingerir sem problemas uma tarântula”.
68 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Além disso, a rã apresenta uma dieta da qual também fazem parte serpentes. Contudo, as capaci-
dades predatórias da rã não lhe garantem a sobrevivência. Hoje, a galinha-da-montanha está classifi-
cada como Criticamente Ameaçada pela União Mundial de Conservação da Natureza (UICN). Esta
espécie existia em pelo menos seis ilhas das Caraíbas mas hoje já só existe em duas: Montserrat e
Dominica. Segundo os investigadores, o declínio deste anfíbio deve-se à perda de habitat, sobrecaça
para consumo e espécies exóticas invasoras. “A recente introdução do fungo Batrachochytrium den-
drobatidis naquelas duas ilhas causou um declínio dramático nas populações que ainda restavam",
acrescentam os investigadores. A população de Dominica foi quase extirpada na sua totalidade e a de
Montserrat foi afetada pelo fungo mais tarde. Em muitos ribeiros da ilha, os números baixaram também
drasticamente. Vários programas têm juntado esforços para proteger esta espécie de outro obstáculo
à rã – o vulcão da ilha de Montserrat. Este tem tido uma atividade muito intensa e um terço da ilha está
inacessível, sob as cinzas. Muitas áreas de floresta desapareceram.
Fonte: Público, 22 de setembro de 2012 (adaptado)

1. A quitina é uma substância que pode ser encontrada


(A) nas membranas das células das galinhas-da-montanha (Leptodactylus fallax).
(B) n a parede celular do fungo Batrachochytrium dendrobatidis e no exoesqueleto das
tarântulas-de-montserrat.
(C) no esqueleto da serpente-de-julia (Liophis juliae).
(D) na parede celular do fungo Batrachochytrium dendrobatidis e no esqueleto da serpente-de-
-julia (Liophis juliae).

2. Os grilos e as aranhas que servem de alimento às galinhas-da-montanha


(A) possuem dois fluidos circulatórios distintos, o sangue e a linfa.
(B) apresentam um sistema circulatório duplo e incompleto.
(C) possuem nos vasos o mesmo fluido que preenche as lacunas.
(D) apresentam pigmentos respiratórios nos seus fluidos circulantes.

3.  s células musculares da galinha-da-montanha obtêm a maior quantidade de ATP, necessária


A
para a sua atividade
(A) em consequência da redução de moléculas de NADH que ocorre no citoplasma.
(B) por processos anabólicos que ocorrem no interior das mitocôndrias.
(C) por processos catabólicos que ocorrem no citoplasma.
(D) em consequência da oxidação de moléculas de NADH.

4. A galinha-da-montanha, ao alimentar-se de tarântulas


(A) ocupa o 2.º nível trófico da cadeia alimentar.
(B) é um consumidor de 1.ª ordem.
(C) é considerado um macroconsumidor.
(D) transforma matéria inorgânica em matéria orgânica.

5.  s rãs, para se movimentarem de forma eficaz, necessitam de uma rápida condução de


A
impulsos nervosos. A elevada velocidade dos impulsos nervosos, que ocorre nos neurónios
motores das rãs, é assegurado pela
(A) existência de mielina em torno dos axónios.
(B) existência de um potencial de repouso.
(C) despolarização da membrana dos neurónios.
(D) existência de um potencial de ação.
BANCO DE EXERCÍCIOS 69

6.  xplique em que medida a atividade do vulcão da ilha de Montserrat contribui para a ameaça à
E
sobrevivência das galinhas-da-montanha (Leptodactylus fallax).

7.  aça corresponder cada uma das descrições relativas a processos envolvidos na nutrição dos
F
vertebrados expressos na coluna A à respetiva designação, presente na coluna B.

Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(a) Pequenas gotículas lipídicas são captadas por vesículas


endocíticas das células da parede intestinal. (1) Fagocitose
(b) Entrada de água da linfa intersticial para o interior das células. (2) Pinocitose
(c) Entrada de glicose para as células, a favor do gradiente de (3) Transporte ativo
concentração, com intervenção de uma proteína transmembranar (4) Exocitose
específica (GLUT). (5) Difusão simples
(d) Células glandulares libertam enzimas, contidas no interior de (6) Difusão facilitada
vesículas, para o tubo digestivo. (7) Osmose
(e) Libertação de iões Ca2+ do interior das células para o lúmen (8) Endocitose mediada por recetores
intestinal com consumo de ATP.

BIOLOGIA
Grupo X

A taxa máxima de fotossíntese de Citrus sinensis (L.) ocorre em temperaturas do ar em torno de


22 °C a 25 °C. Sob condições naturais, sem deficiência hídrica no solo e com fluxo fotossintético de
fotões saturante, a taxa de fotossíntese é máxima por volta das 9h30, decrescendo posteriormente,
com o aumento da temperatura e do déficit de pressão de vapor (DPV). A redução na taxa de fotossín-
tese com o aumento de DPV e da temperatura está relacionada, respetivamente, com a queda da
condutância total da folha e da condutância do mesofilo. A taxa de transpiração em Citrus aumenta
com o DPV, apesar dos estomas se fecharem parcialmente, consequentemente a eficiência instantâ-
nea do uso da água pela planta é menor nos horários de alta demanda atmosférica por água. Também
noutras espécies arbóreas observaram-se menores taxas de fotossíntese no período da tarde, pare-
cendo estarem relacionadas com o valor do DPV no ar e com o DPV entre o ar e a folha.

Nesta experiência utilizou-se vinte e quatro plantas de laranjeira 'Valência', de aproximadamente


três anos, seis enxertadas sobre cada um dos seguintes porta-enxertos: limoeiro 'Cravo', 'Trifoliata',
tangerina 'Cleópatra' e citrange 'Troyer'. Aproximadamente um ano antes do início desta experiência,
estas plantas foram transplantadas para seis tanques; cada um deles com quatro plantas, uma por
porta-enxerto. Cada tanque possuía 4,0 m de comprimento por 0,5 m de largura por 0,6 m de profun-
didade e esta repleto de terra fértil. Os tanques com as plantas foram irrigados mantendo-se a terra
com humidade próxima à capacidade de campo.

As medidas descritas abaixo foram coletadas em dias claros nos meses de janeiro (21 e 22), março
(10 e 11) e julho (7 e 8).

O potencial da água nas folhas (Y f) foi determinado às 7h00 e às 14h00, com três repetições para
cada tratamento. As folhas utilizadas foram as localizadas do lado oposto àquelas utilizadas nas medi-
das de trocas gasosas.

As taxas de fotossíntese (A) e de transpiração (E) e a condutância estomática (g) foram medidas.
As medidas de trocas gasosas foram feitas no período da manhã, entre 9h00 e 11h00, e no período da
tarde, entre 13h00 e 15h00. Somente foram considerados os dados medidos quando o fluxo fotossin-
tético de fotões (FFF) era maior que 700 mmol m –2 s–1, isto é, quando em níveis saturantes para a fotos-
síntese em citrus. As folhas utilizadas nas diferentes épocas de medidas tinham idade aproximada-
mente iguais, isto é, ao redor de seis meses.

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com seis repetições. Médias e desvio padrão
foram calculados para os dados mensais e diários. As comparações de A, g, E e de Y f entre período
da manhã e da tarde e entre meses. Os resultados encontram-se expressos na figura 1.
70 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

12 12
janeiro março julho

Taxa de fotossíntese
9 9

μmol.m-2.s-1
6 6

3 3

0 0
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde

0,3 0,3
janeiro março julho
Condutância
mol.m-2.s-1

0,2 0,2

0,1 0,1

0,0 0,0
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde

6 janeiro março julho 6


Taxa de transpiração
mmol.m-2.s-1

4 4

2 2

0 0
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde

Troyer Cravo Trifoliata Cleópatra

Figura 1 – Variação da taxa de fotossíntese, da condutância estomática e da transpiração em função


do período do dia e do mês de medida em laranjeira “Valência” sobre quatro espécies de porta-enxerto.

Adaptado de https://doi.org/10.1590/S0103-90162002000100007

1.  taxa da fotossíntese no período da ________, nos meses ________, foi ________ do que no
A
período ________.
(A) … manhã … janeiro e março … menor … tarde
(B) … tarde … janeiro e março … menor … manhã
(C) … tarde … janeiro e julho … menor … manhã
(D) … manhã … janeiro e julho … maior … tarde

2. A taxa de fotossíntese e a condutância estomática ________ no mês ________.


(A) … aumentaram … março …
(B) … diminuíram … março …
(C) … aumentaram e diminuíram, respetivamente, … janeiro …
(D) … diminuíram e aumentaram, respetivamente, … janeiro …

3. A ________ contribuiu para a fiabilidade dos resultados.


(A) idade das folhas aproximadamente igual
(B) idade diferente das folhas
(C) idade das folhas com 4 meses
(D) espessura das folhas
BANCO DE EXERCÍCIOS 71

4. Durante a fase independente diretamente da luz, em Citrus sinensis verifica-se


(A) absorção da energia de comprimento de onda correspondente ao verde.
(B) redução da água e fixação de dióxido de carbono.
(C) oxidação da água e imediata libertação de oxigénio.
(D) fixação de dióxido de carbono com produção de compostos orgânicos.

5. O movimento da seiva elaborada efetua-se, possivelmente, por


(A) transpiração associado a transporte no floema.
(B) transporte ativo associado a transpiração.
(C) transporte no floema associado a fluxo de massa.
(D) fluxo de massa associado a transpiração.

6.  rdene as letras de A a E, de modo a reconstituir, segundo uma relação causa-efeito, a sequência


O
dos processos ocorridos nas células-guarda de Citrus sinensis sujeitas a stress hídrico.
A – Fecho dos ostíolos.
B – Diminuição da concentração de iões potássio no interior das células.
C – Saída de água das células de forma passiva.
D – Diminuição da turgescência das células de Citrus sinensis.

BIOLOGIA
E – Redução da pressão osmótica do conteúdo celular.

7.  lgumas plantas, tais como catos, estão adaptadas a ambientes secos e usam a via do
A
metabolismo ácido das crassuláceas (CAM). Nestas plantas, as reações dependentes da luz e o
uso de CO2 no ciclo de Calvin estão separadas temporalmente. Só à noite é que as plantas CAM
abrem os seus estomas, permitindo a difusão de CO2 para o interior das folhas.

Explique em que medida o comportamento descrito contribui para a adaptação das plantas
CAM a ambientes secos.

GRUPO XI

A espécie Pinus sylvestris L. é uma planta que se distribui pela Ásia, norte e centro da Europa e
alguns sistemas montanhosos da Europa mediterrânica. Ocorre em altitudes compreendidas entre os
200 m e os 2100 m, embora, em Portugal, só prospere em encostas serranas acima dos 700 m. Em
Portugal, é cultivada com frequência nos andares montano e altimontano das serras do norte e centro,
onde regenera facilmente. Muito plantado a partir do final do século XIX (Gerês, Cabreira, Marão,
Nogueira, entre outras) e sobretudo com o Plano de Povoamento Florestal, onde ocupou lugar de des-
taque no leque de espécies utilizadas.

A descoberta de uma população de Pinus sylvestris L. na serra do Gerês, nos finais do século XIX,
abriu desde logo um debate sobre o carácter autóctone desta espécie em Portugal.

É indiferente ao pH do solo. É uma espécie maioritariamente de sombra, embora suporte bem a luz.
Requer precipitações médias anuais entre 400 mm e 800 mm, temperaturas ótimas entre 0 ºC e 20 ºC.
Tolera a poluição atmosférica e a exposição marítima e a seca. Costumam produzir híbridos com
outras espécies do mesmo género.

As árvores são facilmente mortas pelos fogos, não conseguindo regenerar pelas raízes. Constitui
uma fonte de alimento para larvas de lepidópteros(1) e está associada a mais de 50 insetos. As folhas
produzem secreções que inibem o crescimento de plantas sob a copa da árvore.
Adaptado de http://museuvirtual.activa-manteigas.com/index.php/places/arvores/pinheiro-silvestre-pinus-sylvestris-l/

(1) Lepidópteros – grupo de insetos que inclui as borboletas e as mariposas.


72 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. As paredes celulares de Pinus silvestrys são constituídas por


(A) celulose, um polímero de aminoácidos. (C) celulose, um polímero de monossacarídeos.
(B) amido, um polímero de monossacarídeos. (D) amido, um polímero de aminoácidos.

2. O Pinus silvestrys L. é uma espécie maioritariamente de sombra e indiferente ________ e tolera a


________.
(A) à temperatura … seca
(B) ao pH do solo … baixa concentração de oxigénio
(C) à temperatura … baixa concentração de oxigénio
(D) ao pH do solo … seca

3. Nas coníferas, das quais fazem parte Pinus silvestrys L.,


(A) o transporte da seiva bruta é devido, sobretudo, à tensão ao nível das folhas.
(B) o transporte da seiva bruta é devido, sobretudo, à pressão radicular.
(C) apresentam pressão radicular e o transporte da seiva elaborada é devido à tensão ao nível
das folhas.
(D) não apresentam pressão radicular e o transporte da seiva elaborada é devido à tensão ao
nível das folhas.

4.  s afirmações seguintes referem-se à teoria da adesão-coesão-tensão, relativamente ao


A
movimento de água no interior de Pinus silvestrys L.
I – A tensão negativa a que se refere a teoria é exercida ao nível da raiz das plantas.
II – D
 e acordo com esta teoria, o movimento de água na planta é feito sem qualquer gasto de
energia metabólica.
III – A
 teoria referida pressupõe a natureza apolar das moléculas de água.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

5.  aça corresponder cada uma das designações expressas na coluna A ao conceito expresso na
F
coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(a) Tecido complexo constituído por células maioritariamente mortas, que (1) Xilema
têm como função transportar a seiva lenhosa. (2) Floema
(b) Eliminação de água no estado líquido em locais específicos da folha. (3) Gutação
(c) Formação de bolhas de ar no xilema, que criam uma zona de (4) Cavitação
descontinuidade que impede o transporte da seiva. (5) Exsudação

6.  m muitas plantas no início da manhã, quando o ar está húmido, observa-se nas pontas e nas
E
extremidades das folhas gotículas de água. Ordene as letras de A a E, de modo a traduzirem a
sequência correta dos acontecimentos relacionados com o fenómeno observado, segundo uma
relação de causa-efeito.
A – São transportados iões do solo para a raiz por transporte ativo.
B – A água desloca-se por osmose do solo para a raiz.
C – Saída de gotas de água pelos estomas aquíferos ao nível das folhas.
D – Aumento da pressão radicular.
E – Aumento da pressão no interior dos vasos xilémicos e ascensão da seiva xilémica.
BANCO DE EXERCÍCIOS 73

7.  xplique a importância da presença de cutina na epiderme das folhas em ambientes xéricos


E
(com falta de água).

Grupo XII

Efeito de bicarbonato de potássio sobre a severidade do oídio em plantas de soja

Na cultura da soja, dezenas de doenças são causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus.
De entre as doenças, o oídio, causado pelo fungo Erysiphe diffusa, requer, em algumas condições, a
utilização de fungicidas para garantir a produção, caso contrário as perdas podem atingir até 40%. O
oídio da soja, causado por Erysiphe diffusa, é considerado uma doença esporádica podendo ocasio-
nar perdas quando atinge proporções epidémicas. No contexto da procura de tratamentos alternati-
vos, foi realizado um estudo em ambiente de estufa, tendo-se utilizado uma variedade de soja suscetí-
vel de ser infetada pelo oídio. Em vasos de plástico de 5 litros de volume, contendo uma mistura de
solo vermelho e substrato de casca de pinheiro (80%:20%, respetivamente), foram semeadas quatro
sementes, mas deixando desenvolver apenas duas plantas por vaso. Foram realizados seis tratamen-
tos diferentes com cinco repetições, totalizando 30 vasos. As plantas foram mantidas na estufa e no
30.° dia foi realizada a primeira aplicação dos produtos. Os tratamentos semanais consistiram na pul-
verização das plantas com concentrações de 0%, 0,25%, 0,50%, 0,75% e 1% (p/v) de bicarbonato de
potássio, princípio ativo do produto Kaligreen®, e um fungicida (piraclostrobina + epoxiconazole) na
dosagem recomendada.

BIOLOGIA
A inoculação do oídio foi feita através de dispersão, colocando na estufa plantas já infetadas, sobre
as quais foi aplicada ventilação forçada. As avaliações da severidade da doença foram realizadas
semanalmente, antes das pulverizações, sempre no período da manhã. Paralelamente, verificou-se
que as plantas que receberam 0,5%, 0,75% e 1% do produto apresentaram sinais de fitotoxicidade,
traduzidos pelo reduzido desenvolvimento e alteração morfológica da área foliar (Tabela 1).

Tabela 1 – Efeito do bicarbonato de potássio (Kaligreen®) sobre a percentagem de área afetada por Erysiphe diffusa em
plantas de soja mantidas em estufa.

1.a avaliação 2.a avaliação 3.a avaliação 4.a avaliação 5.a avaliação
Tratamento
30 dias após 38 dias após 44 dias após 51 dias após 58 dias após
20,85* a D 31,50 a C 41,67 a B 86,25 a A 84,17 a A
0
9,08 b B 11,30 b B 23,25 b A 23,08 b A 31,33 b A
0,25‰
3,43 b A 4,65 b A 10,75 c A 7,43 c A 10,55 c A
0,50‰
4,22 b A 5,23 b A 2,50 c A 2,75 c A 0,60 d A
0,75‰
2,98 b A 4,12 b A 6,33 c A 0,62 c A 0,10 d A
1,00‰
0,98 b A 0,95 b A 2,21 c A 2,63 c A 1,63 d A
*Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e pela mesma letra maiúscula na linha não diferem estatistica-
mente. A primeira avaliação foi realizada no 30.º dia após a emergência e as demais no 38.º, 44.º, 51.º e 58.º dia após
a emergência.

Figura 3 – Efeito do bicarbonato de potássio (Kaligreen®) nas concentrações de 0,25% (A), 0,5% (B), 0,75% (C) e 1%
(D) no controle de Erysiphe diffusa de soja. Fonte: Medice, R.; Bettiol, W.; Altéa, U.Q.M. Efeito de bicarbonato de potás-
sio sobre a severidade do oídio em plantas de soja. Summa Phytopathologica, v.39, n.1, p.35-39, 2013. (adaptado)
74 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1. O bicarbonato de potássio mostrou-se capaz de controlar o oídio da soja


(A) apenas em concentrações superiores a 0,50%.
(B) apenas em concentrações inferiores 0,75%.
(C) em todas as concentrações em que em que houve aplicação deste produto.
(D) de forma inversamente proporcional ao aumento da sua concentração.

2. O objetivo do estudo foi


(A) avaliar a eficiência do bicarbonato de potássio no controle do oídio da soja.
(B) avaliar a eficiência do fungicida no controle do oídio da soja.
(C) determinar a concentração que produzia toxicidade.
(D) determinar a concentração mínima de bicarbonato de potássio capaz de controlar o oídio da soja.

3. A translocação floémica que ocorre nas plantas da soja implica


(A) diminuição da pressão de turgescência nas células dos tubos crivosos que se encontram
nas zonas de produção de compostos orgânicos.
(B) consumo de ATP por parte das células dos tubos crivosos.
(C) um gradiente de concentração entre os locais de produção e os de armazenamento de com-
postos orgânicos.
(D) uma diminuição da pressão osmótica nas células dos tubos crivosos que se encontram nas
zonas de produção de compostos orgânicos.

4. Durante a fase química da fotossíntese, ocorre


(A) fixação do CO2 e redução do NADPH.
(B) consumo de ATP e redução de NADPH.
(C) fixação de CO2 e libertação de O2.
(D) consumo de ATP e oxidação de NADPH.

5.  m situações de stress hídrico (carência de água), nas células estomáticas das plantas de soja,
E
ocorre
(A) diminuição do volume dos vacúolos.
(B) aumento da pressão de turgescência.
(C) entrada de iões K+.
(D) aumento do volume dos vacúolos.

6.  s fungos do género Fusicoccum produzem uma toxina – a fusicocina – que tem a capacidade
O
de estimular as bombas de protões, presentes nas membranas celulares, a bombear iões H+
para o interior das células. Em condições extremas, as plantas morrem por desidratação.

Explique o processo que provoca a morte das plantas quando as células-de-guarda são infeta-
das por este fungo.
BANCO DE EXERCÍCIOS 75

Grupo XIII

Quercus robur L., carvalho-alvarinho, pertence ao género Quercus e à família Fagaceae, é uma
árvore de folha caduca, que pode atingir uma altura de 30-40 metros. De copa bastante ramificada,
possui tronco e ramos de casca lisa quando jovens, tornando-se grossa e fendida com a idade. O
sistema radicular forma raízes secundárias bastante profundas que lhe conferem grande capacidade
de resistência ao vento.

Originária da Europa e muito característica da flora portuguesa, o carvalho-alvarinho é uma das


espécies com maior área natural de expansão no continente europeu e um dos representantes da
vegetação secular de Portugal, correspondendo o seu habitat a matas em clima temperado, com
maior influência climática atlântica.

Os carvalhais de carvalho-alvarinho estão entre os ecossistemas cuja riqueza faunística é mais ele-
vada em Portugal continental, possuindo uma grande importância no que respeita à conservação da
natureza. Estes carvalhais representam uma importante fonte de alimento, albergando uma grande
biodiversidade de flora e fauna. Desenvolve-se idealmente em climas húmidos, oceânicos, onde se
sinta pouco a secura estival, e necessita de muita água e solos com boa retenção de água, apresen-
tando baixa tolerância a frios intensos ou geadas. Ocorre em bosques caducifólios mistos, mas tam-
bém pode formar bosques onde é a espécie principal.
Adaptado de https://gulbenkian.pt/jardim/garden-flora/carvalho-alvarinho/

BIOLOGIA
1. Na maioria das plantas, o movimento ascendente da seiva bruta é causado principalmente por
(A) evapotranspiração nas folhas.
(B) transporte mediado e com gasto de energia.
(C) um gradiente de concentração de sacarose.
(D) difusão facilitada.

2.  lguns insetos, como os pulgões, introduzem os estiletes nas nervuras das folhas para se
A
alimentarem de seiva elaborada. Para a obtenção dessa seiva, o(s) tecido(s) vegetal(ais) que
deve(m) ser atingido(s) pelo aparelho bucal desses insetos é(são) o(os) ________ e este(s)
________ energia metabólica para que ocorra ingestão da seiva.
(A) xilema … dispendem
(B) floema … não dispendem
(C) xilema e floema … não dispendem
(D) floema … dispendem

3. Relativamente às plantas vasculares, pode afirmar-se que:


I – O floema é um tecido complexo formado por células maioritariamente mortas.
II – A seiva elaborada é constituída principalmente, por água e sais minerais.
III – O parênquima floémico é constituído por células vivas com função de reserva.
(A) I e II são verdadeiras e III é falsa.
(B) I e II são falsas e III é verdadeira.
(C) I e III são verdadeiras e II é falsa.
(D) II e III são falsas e I é verdadeira.

4. O transporte no xilema, contrariamente ao floema, ocorre ________, por ação ________.


(A) em sentido bidirecional … de um gradiente de pressão
(B) apenas em sentido descendente … de um gradiente de pressão
(C) em sentido bidirecional … da tensão
(D) em sentido ascendente … da tensão
76 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

5. O floema é um tecido complexo porque é


(A) constituído maioritariamente por células vivas.
(B) formado por diferentes tipos de células.
(C) constituído maioritariamente por células mortas.
(D) formado apenas por um tipo de células.

6.  rdene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de algumas etapas


O
que dizem respeito à atividade metabólica de Quercus robur L.
A – Fluxo de sacarose no floema da folha até ao floema do caule.
B – A glicose é transformada em sacarose.
C – Oxidação catabólica da glicose nas células da raiz.
D – Produção de hidratos de carbono nos cloroplastos.
E – Produção de energia metabólica nas células da raiz.

7. Considere que foi removido um anel da casca de um carvalho-alvarinho.

Refira o tecido de transporte que seria afetado e faça uma previsão das consequências desta
remoção.

Grupo XIV

Nos Osteichthyes, peixes ósseos, encontra-se uma linhagem ancestral que chama atenção: os pei-
xes pulmonados. Estes animais são caracterizados pela presença de um ou dois pulmões primitivos na
sua estrutura corporal, os quais podem ser responsáveis pela sua respiração total ou parcial, que com-
plementa a respiração branquial.

Em geral, os peixes pulmonados respiram por brânquias durante a fase jovem de seu ciclo de vida,
especialmente durante o estágio larval, as quais são perdidas, na maioria das espécies, de acordo
com o desenvolvimento do peixe. Desta forma, estes peixes passam a respirar através dos seus pul-
mões primitivos. A formação pulmonar dá-se através da ligação entre o trato alimentar e a bexiga nata-
tória, que é revestida por inúmeros vasos sanguíneos. Para respirar, os dipnoicos posicionam o seu
focinho acima da superfície da água, abrindo a boca para sugar o ar ao redor, produzindo um som
característico. Todas as espécies realizam este procedimento, com exceção do peixe-pulmonado-
-australiano (Neoceratodus forsteri), que inala o ar através das narinas e respira durante a maior parte
do tempo pelas brânquias, quando a água está bem oxigenada; por outro lado, quando os níveis de
oxigénio encontram-se reduzidos, esta espécie utiliza o seu pulmão primitivo para complementar a sua
taxa respiratória. Assim como nos vertebrados terrestres, as trocas gasosas dos peixes pulmonados
ocorre em pequenas vesículas situadas dentro do saco pulmonar.

Além da perda ou inutilização parcial das brânquias, os peixes pulmonados também apresentam
dentes que se fundem formando placas dentárias, utilizadas para mastigar o alimento. Estes animais
são omnívoros e consomem peixes, caranguejos e lagostas, podendo atuar também como canibais.
Adaptado de https://www.infoescola.com/biologia/peixes-pulmonados/

1. Nas veias dos mamíferos, a velocidade de circulação do sangue é


(A) superior à verificada nas artérias e a presença de válvulas força o movimento de sangue num
único sentido.
(B) inferior à verificada nas artérias e a presença de válvulas força o movimento de sangue num
único sentido.
(C) superior à verificada nas artérias e ausência de válvulas força o movimento de sangue num
único sentido.
(D) inferior à verificada nas artérias e a ausência de válvulas força o movimento de sangue num
único sentido.
BANCO DE EXERCÍCIOS 77

2.  os peixes da espécie Neoceratodus forsteri, as substâncias passam ________ para as células e


N
vice-versa, ao nível ________.
(A) da hemolinfa … do hemocélio
(B) da linfa … do hemocélio
(C) da hemoglobina … dos tecidos
(D) da linfa … dos tecidos

3. Os peixes, geralmente, apresentam uma circulação


(A) simples, passando no coração sangue venoso e arterial.
(B) dupla, passando no coração apenas sangue venoso.
(C) simples, passando no coração apenas sangue venoso.
(D) dupla, passando no coração sangue venoso e arterial.

4. O coração dos peixes possui


(A) duas cavidades com um septo ventricular incompleto.
(B) três cavidades com um septo ventricular incompleto.
(C) duas cavidades com a inexistência de septo ventricular.

BIOLOGIA
(D) três cavidades com a inexistência de septo ventricular.

5. Na maioria dos peixes pulmonados, a hematose


(A) na fase larvar é pulmonar e na fase adulta é branquial.
(B) na fase larvar é branquial e na fase adulta é pulmonar.
(C) na fase larvar e adulta é branquial.
(D) na fase larvar e adulta é pulmonar.

6. As artérias e as veias dos dipnoicos diferem porque


(A) as artérias transportam apenas sangue arterial e as veias transportam apenas sangue
venoso.
(B) as artérias transportam apenas sangue venoso e as veias transportam apenas sangue
arterial.
(C) as veias levam o sangue para fora do coração e as artérias levam o sangue para o coração.
(D) as artérias levam o sangue para fora do coração e as veias levam o sangue para o coração.

7.  ontrariamente aos peixes pulmonados, alguns animais simples e de reduzidas dimensões,


C
como a hidra e a planária, não necessitam de verdadeiros sistemas de transporte.
Ordene as letras de A a E, de modo a traduzirem a sequência correta dos acontecimentos rela-
cionados com o fenómeno mencionado, segundo uma relação de causa-efeito.
A – Água passa para cavidade gastrovascular.
B – Entrada da água pela boca.
C – Difusão do oxigénio da água da cavidade gastrovascular para as células.
D – Movimento do animal.
E – Saída do dióxido de carbono pela boca.

8.  elacione o tipo de ambiente onde vivem a hidra e a planária com a simplicidade da estratégia
R
que esses animais utilizam para assegurar o transporte de substâncias entre as células e o meio.
78 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo XV

Documento 1

O limulus ou caranguejo-ferradura não é de facto um caranguejo nem mesmo um crustáceo: é um


artrópode quelicerado, que, apesar do seu nome, está mais próximo das aranhas e escorpiões do que
dos caranguejos. pertencendo à outra ordem dos artrópodes. Como alguns outros crustáceos, aracní-
deos e moluscos, o transporte do oxigénio é mediado pelo cobre e não pelo ferro. O caranguejo ferra-
dura usa hemocianina para transportar oxigénio no sangue. A hemocianina é uma metaloproteína com
dois átomos de cobre que fixam reversivelmente a molécula de oxigénio. A hemocianina está dispersa
no sangue, não estando ligado a células, ao contrário do que acontece com a hemoglobina das hemá-
cias humanas e da maioria dos animais.

Documento 2

Observe, com atenção, a figura 1.

Capilares sanguíneos
Linfa
intersticial Célula

Espaço intercelular

Capilar linfático

Arteríola
Vénula

Vaso linfático

Linfa
circulante

Figura 1 – Interação entre o sistema cardiovascular e o sistema linfático.

1. O sangue é constituído por um líquido – o plasma sanguíneo – formado


(A) por água, sais minerais e substâncias orgânicas, como as proteínas.
(B) por água, sais minerais e substâncias inorgânicas, como o RNA.
(C) apenas por água e sais minerais.
(D) apenas por substâncias orgânicas.

2. Os leucócitos presentes na figura 1


(A) conseguem passar entre as células dos capilares sanguíneos e têm função de transporte.
(B) conseguem passar entre as células dos capilares sanguíneos e têm função imunológica.
(C) n ão conseguem passar entre as células dos capilares sanguíneos e têm função
imunológica.
(D) n ão conseguem passar entre as células dos capilares sanguíneos e têm função de
transporte.
BANCO DE EXERCÍCIOS 79

3.  o caranguejo-ferradura, ao contrário dos mamíferos, o oxigénio é transportado para as células


N
ligado
(A) à hemoglobina.
(B) irreversivelmente à hemoglobina.
(C) irreversivelmente à hemocianina.
(D) reversivelmente à hemocianina.

4. O fluido intersticial forma-se quando a pressão sanguínea é


(A) menor do que a pressão osmótica do sangue e há saída do fluido dos capilares.
(B) maior do que a pressão osmótica do sangue e há saída do fluido dos capilares.
(C) menor do que a pressão osmótica do sangue e há entrada do fluido dos capilares.
(D) maior do que a pressão osmótica do sangue e há entrada do fluido dos capilares.

5. A linfa intersticial difere do plasma


(A) apenas na quantidade de água.
(B) apenas na quantidade de sais minerais.
(C) devido ausência de proteínas na linfa.
(D) devido maior número de proteínas na linfa.

BIOLOGIA
6.  stabeleça a correspondência entre as afirmações presentes na coluna A ao conceito expresso
E
na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(1) Plaquetas sanguíneas
(a) Proteína com ferro associado às hemácias. (2) Leucócitos
(b) Intervêm na coagulação sanguínea. (3) Hemocianina
(c) Transporta algum dióxido de carbono. (4) Hemoglobina
(5) Hemácias

7.  s caranguejos-ferradura iniciam uma longa migração em direção às praias da costa atlântica


O
dos Estados Unidos da América. Estes animais são poiquilotérmicos (animais cuja temperatura
corporal varia com a do meio ambiente), ao contrário, por exemplo, das aves e dos mamíferos,
que são animais homeotérmicos (aqueles cuja temperatura corporal interna permanece
constante, independentemente das variações da temperatura do meio externo).

Justifique a constituição do sistema circulatório de um animal homeotérmico que realize migra-


ções anuais.

Grupo XVI

O cardiologista John Kheir, do Hospital Infantil de Boston (EUA), liderou um estudo com coelhos em
que se verificou que os coelhos com a traqueia bloqueada sobreviveram até 15 minutos sem respira-
ção natural, apenas por meio de injeção de oxigénio na corrente sanguínea. A técnica poderá prevenir
a paragem cardíaca e os danos cerebrais induzidos pela privação de oxigénio, além de evitar a para-
lisia cerebral quando há comprometimento de oxigenação fetal.
Adaptado da Revista Quanta, ano 2, n.° 6, agosto e setembro de 2012, p. 19
80 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

1.  oxigénio é utilizado no processo de respiração celular, sobre o qual foram efetuadas as


O
seguintes afirmações.
I. O CO2 é libertado apenas durante a glicólise.
II. No ciclo de Krebs, há formação de ATP.
III. O ciclo de Krebs ocorre nas cristas mitocondriais.
IV. O oxigénio é utilizado apenas na cadeia respiratória.

(A) I, II e III são verdadeiras e a IV é falsa.


(B) I e II são verdadeiras e II e IV são falsas.
(C) II e IV são verdadeiras e I e III são falsas.
(D) I, III e IV são verdadeiras e II é falsa.

2.  s mitocôndrias convertem a glicose, que é um ________ com função ________, em ________,


A
durante a ________.
(A) hidrato de carbono … energética … ATP … respiração celular
(B) lípido … energétic … ADP … respiração celular
(C) hidrato de carbono … reguladora … ATP … respiração aeróbia
(D) lípido … reguladora … ATP … respiração aeróbia

3.  s coelhos ingerem plantas que assimilam nitrogénio. Este é incorporado, posteriormente, em


O
compostos orgânicos do grupo dos ________, em que os monómeros estabelecem entre si
ligações ________.
(A) lípidos … fosfodiéster (C) ácidos nucleicos … peptídicas
(B) prótidos … peptídicas (D) glícidos … glicosídicas

4.  respiração aeróbia é um processo de obtenção de energia que ocorre ________, e em que o


A
recetor final de eletrões é uma molécula ________.
(A) no citoplasma … inorgânica (C) na mitocôndria … inorgânica
(B) no citoplasma … orgânica (D) na mitocôndria … orgânica

5.  s células musculares dos coelhos em situações de esforço físico, podem obter energia, ATP,
A
através da fermentação. Neste processo verifica-se
(A) alto rendimento energético, por oxidação incompleta de uma molécula de glicose.
(B) a libertação de CO2 e ocorre a oxidação incompleta de uma molécula de piruvato.
(C) a produção de ácido acético e ocorre a oxidação incompleta de uma molécula de piruvato.
(D) baixo rendimento energético, por oxidação incompleta de uma molécula de glicose.

6.  rdene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


O
relacionados com o percurso efetuado pelo ar rico em oxigénio, no ser humano, para garantir a
ocorrência de respiração aeróbia.
A – Utilização de duas moléculas de ATP para ativação da glicose.
B – Produção de ATP durante a glicólise.
C – Passagem de ar pelas fossas nasais.
D – Consumo de oxigénio ao nível das membranas internas das mitocôndrias.
E – Difusão indireta de oxigénio para as células.

7.  xplique em que medida a técnica utilizada nos coelhos e descrita no texto supracitado é
E
importante para prevenir problemas como os danos cerebrais causados pela privação de
oxigénio nos neurónios.
BANCO DE EXERCÍCIOS 81

Grupo XVII

A fermentação é um processo metabólico utilizado pelas leveduras, fungos unicelulares, bactérias


para a obtenção de ATP a partir de um substrato.

A qualidade dos produtos alimentares e a sua influência na nutrição e na saúde humana tem vindo
a ter um lugar de destaque nos meios científicos. Essa preocupação deve-se ao grande número de
produtos alimentares existentes e à tendência atual de se ingerir produtos naturais. Dentro desses pro-
dutos destaca-se o iogurte. A qualidade deste produto é uma consequência, das condições de fabri-
cação, da qualidade, dos aspetos microbiológicos e do tratamento térmico do leite, da cultura láctica
utilizada, uma vez que, da sua ação sobre os componentes do leite, resultarão as características dese-
jáveis no produto. Um dos grandes problemas, que tem contribuído para a perda do consumo do
produto, é a contaminação por fungos e leveduras que podem causar alterações de sabor, cor e alte-
rações nas embalagens. Em face disto, foi desenvolvida um estudo com o objetivo de verificar a quali-
dade química de diferentes marcas de iogurte.

MATERIAL E MÉTODOS
– Obtenção das amostras de iogurte: foram utilizadas quatro marcas de diferentes iogurtes, com
e sem adição de polpa de frutas, totalizando seis tratamentos. As amostras são oriundas de lotes
de fabricação diferentes e foram recolhidas mensalmente em diferentes estabelecimentos ao
longo de três meses. As amostras foram transportadas em caixas de material isotérmico contendo
cubos de gelo, sempre à mesma temperatura e transportadas imediatamente para o Laboratório

BIOLOGIA
de Microbiologia do Departamento de Biologia.

– Preparação das amostras: cada amostra foi prontamente identificada por números. A homoge-
neização das amostras foi efetuada na própria embalagem e após a abertura das mesmas,
observou-se a aparência do produto. Em condições asséticas, prepararam-se as amostras.

– D eterminação de pH: o pH foi determinado pela medida direta com um pHmétro da marca
Hanna Instruments, introduzindo-se o elétrodo diretamente nas amostras.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Setenta e duas amostras de iogurtes foram analisadas quanto às características químicas, em três
diferentes lotes de fabricação (abril, maio e junho) em supermercados.

Característica química do iogurte: pH


Os valores obtidos para o pH em todos os diferentes lotes de fabricação (abril/maio/junho), encon-
tram-se expressos na Tabela 1. Nessa tabela, cada valor representa a média de quatro repetições.
Pelos dados dos valores de pH dos iogurtes, observou-se que todos os valores dos seis tratamentos
(iogurtes) diferiram em relação aos lotes e entre os diferentes tipos de iogurte. Ocorreu uma interação
significativa entre os iogurtes e os lotes analisados.

Tabela 1 – Valores de pH de quatro marcas diferentes de iogurte,


comercializados em supermercados e recolhidos em três lotes
diferentes (abril/maio/junho).

LOTES
Tratamento I II III
1 (sem sabor) 4,39 4,25 4,29
2 (com sabor) 3,76 4,25 3,81
3 (com sabor) 4,00 4,17 3,81
4 (com sabor) 4,10 4,27 4,35
5 (com sabor) 4,11 4,21 4,19
6 (com sabor) 3,95 3,98 4,03

Notas: pH desejável entre os 4,2-4,5.


GFBF10DP-BANCOEXER-06
82 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

O valor de pH implica alterações na atividade metabólica das bactérias, podendo favorecer um


determinado grupo em detrimento de outro. No caso da fermentação do iogurte, bactérias do género
Lactobacillus crescem e toleram valores de pH mais baixos do que as pertencentes ao género
Streptococcus.
Adaptado de https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611999000100027#tab1

1. Este estudo teve como objetivo


(A) apenas determinar a qualidade microbiológica de diferentes iogurtes.
(B) determinar a qualidade química de diferentes iogurtes.
(C) determinar a qualidade microbiológica e química de diferentes iogurtes.
(D) determinar as propriedades organoléticas de diferentes iogurtes.

2. O iogurte que manteve os valores de pH em torno do valor desejável nos três lotes foi
(A) o iogurte 1.
(B) o iogurte 2.
(C) o iogurte 3.
(D) o iogurte 4.

3. A variável dependente neste estudo foi


(A) o iogurte sem sabor.
(B) o iogurte com sabor.
(C) o pH.
(D) o género das bactérias presentes.

4. De acordo com os dados obtidos na experiência, é correto afirmar que


(A) o tratamento 5 foi o que manteve sempre o pH abaixo do desejado.
(B) o tratamento 6 foi o que manteve sempre o pH abaixo do desejado.
(C) o tratamento 4 foi o que manteve sempre o pH abaixo do desejado.
(D) o tratamento 3 foi o que manteve sempre o pH abaixo do desejado.

5. A fiabilidade dos resultados foi garantida


(A) apenas pela utilização de amostras com sabor.
(B) apenas pela utilização de amostras sem sabor.
(C) pela utilização do medidor de pH da Hanna Instruments.
(D) pelas repetições efetuadas.

6. Escreva a equação geral da fermentação lática, utilizando as seguintes moléculas:

(A) 2ATP
(B) 2ADP
(C) C6H12O6
(D) 2Pi
(E) 2C3H6O3

7.  s bactérias podem utilizar a fermentação como processo de obtenção de energia a partir da


A
glucose. Explique em que medida o pH condiciona esse processo.
BANCO DE EXERCÍCIOS 83

Grupo XVIII

As doenças transmissíveis por insetos acometem milhões de pessoas em todo o mundo, causando
milhares de mortes. Mosquitos são vetores de doenças para cerca de 700 milhões de habitantes ao
ano, especialmente em países tropicais e subtropicais. A leishmaniose é uma dessas doenças e está
presente mundialmente em áreas dispersas. A doença humana é causada por Leishmania sp. Os
mosquitos-pólvora (Phlebotomus sp. e Lutzomyia sp.) transmitem a doença a hospedeiros vertebrados
como o ser humano.

As manifestações da doença incluem síndromes viscerais, cutâneas e da mucosa. Os parasitas


podem permanecer localizados na pele (leishmaniose cutânea), alcançar a mucosa (leishmaniose
mucosa) ou propagaram-se para fígado, baço e medula óssea (leishmaniose visceral).

O diagnóstico é feito pela demonstração de parasitas em amostras ou culturas e, cada vez mais,
por ensaios baseados em PCR. A sorologia pode também ser útil no diagnóstico da leishmaniose vis-
ceral, mas não da forma cutânea. O tratamento da doença é variável e passa pela utilização de
antibióticos.

A prevenção da doença passa pelas medidas protetoras pessoais incluindo aplicação de repelen-
tes contra insetos à pele exposta e roupas protetoras, e pelo controle dos reservatórios não humanos.

Os repelentes fazem com que os insetos, principalmente os mosquitos, não encontrem o ser
humano. Para isso, na produção de repelentes, usam-se substâncias que têm a capacidade de entupir

BIOLOGIA
os microscópicos poros das antenas desses animais quando eles se aproximam de nós. É que os
mosquitos usam as antenas para cheirar as coisas e saber onde elas estão. Como nós respiramos e
transpiramos o tempo todo, não paramos de libertar cheiros que atraem os insetos. Com o repelente,
os insetos ficam sem saber onde picar. Porém, a eficiência dos repelentes ainda enfrenta alguns pro-
blemas, porque os organismos humanos libertam 340 substâncias químicas e ninguém tem certeza
sobre quais são as que atraem os insetos. Por outro lado, existem 2500 espécies de mosquitos e não
há repelente que consiga “atrapalhar” as antenas de todos. Por isso, não existe um produto totalmente
eficaz.
Adaptado de https://www.msdmanuals.com e https://super.abril.com.br/

1. As trocas gasosas entre o organismo dos mosquitos-pólvora e o meio ocorrem por


(A) difusão direta, através do tegumento.
(B) difusão direta, através dos espiráculos.
(C) difusão indireta, através de superfícies humedecidas
(D) difusão indireta, através de superfícies muito vascularizadas.

2. No ser humano, os pulmões possibilitam


(A) difusão indireta de gases numa superfície respiratória muito vascularizada.
(B) oxigenação do sangue através de uma superfície respiratória desidratada.
(C) difusão direta de gases por hematose pulmonar.
(D) troca de gases através de uma grande espessura dos alvéolos pulmonares.

3. Nos peixes cartilagíneos, as trocas gasosas efetuam-se através de


(A) brânquias, que não se encontram recobertas pelos opérculos.
(B) tegumento, pelo que é designada respiração cutânea.
(C) pulmões, pelo que é designada de respiração pulmonar.
(D) brânquias, que se encontram recobertas pelos opérculos.
84 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

4. A intensa atividade metabólica dos mosquitos-pólvora implica


(A) a presença de um elevado número de ribossomas.
(B) a presença de reduzido número de mitocôndrias.
(C) a entrada indireta do oxigénio pelas traqueias.
(D) a entrada direta do oxigénio pelas traqueias.

5. A utilização de repelentes de insetos como o DEET (dietiltoluamida) tem como ação


(A) impedir a difusão dos cheiros nas traqueias.
(B) impedir os insetos de detetarem os cheiros.
(C) impedir os insetos de se locomoverem.
(D) impedir a difusão dos gases nas traqueias.

6.  rdene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


O
relacionados com o percurso efetuado pelo ar rico em O2, nos insetos, para garantir a ocorrência
de respiração aeróbia.
A – Utilização de moléculas de ATP para a ativação da glicose.
B – Produção de energia metabólica durante a glicólise.
C – Passagem de ar pelas traqueias.
D – Consumo de O2 ao nível das mitocôndrias.
E – Difusão direta de O2 para as células.

7. A quitina faz parte do exoesqueleto dos insetos e da constituição das traqueias dos insetos.
Justifique a importância das traqueias serem constituídas por este polissacarídeo estrutural.

Grupo XIX

A fasciolíase hepática é uma doença causada por Fasciola hepatica, verme achatado e de corpo
foliáceo. No estado adulto este animal hermafrodita não apresenta sistema circulatório, nem respirató-
rio, o tubo digestivo é incompleto, ocorrendo digestão intra e extracelular.
F. hepatica é um parasita que pode ser encontrado no fígado e canais biliares de diversos animais
homeotérmicos, ocorrendo em ovinos, caprinos, bovinos, suínos e em seres humanos.
F. hepatica é um tremátode digenético, isto é, necessita de um hospedeiro intermediário para com-
pletar seu desenvolvimento. Os ovos produzidos pelo parasita nos canais biliares acumulam-se na
vesícula biliar e através do canal colédoco passam para os intestinos delgado e grosso. Os ovos che-
gam ao ambiente juntamente com as fezes e desenvolvem-se em lugares húmidos com temperaturas
acima de 10 °C. O tempo necessário para eclosão depende das condições ambientais. Na época do
verão, a eclosão ocorre em aproximadamente 21 dias. No inverno, esse período pode chegar a mais
de 90 dias. A eclosão liberta do ovo uma larva denominada de miracídio, que é extremamente ágil em
meio aquoso. O miracídio procura o hospedeiro intermediário, que neste caso é um molusco do género
Lymnaea (caramujo). A larva, após penetrar no molusco, sofre algumas alterações. Transforma-se em
esporocisto e logo a seguir em rédias. No interior das rédias formam-se as cercárias, formas infetantes
do parasita. As cercárias abandonam o molusco e nadam até se prenderem nas folhas da vegetação
aquática, onde enquistam formando as metacercárias, que são formas de resistência ao ambiente,
onde podem sobreviver por muitas semanas. O ciclo no molusco pode durar de dois a três meses,
conforme as condições ambientais.

A população de moluscos aumenta durante as estações chuvosas e diminui com temperaturas bai-
xas e nos períodos de seca. Os moluscos sobrevivem na lama seca durante vários meses e resistem,
também, às baixas temperaturas. Moluscos desse género produzem cerca de 3000 ovos/mês. A pro-
dução de uma nova geração de moluscos leva aproximadamente um mês, em condições
adequadas.
BANCO DE EXERCÍCIOS 85

A epidemiologia da fasciolíase é influenciada pelo tipo de pastagem realizado pelos animais. A pas-
tagem em áreas alagadas, lugares onde os moluscos têm o seu habitat, facilita a continuação do ciclo
biológico do parasita.

O ser humano pode-se infetar por meio da ingestão de água e hortícolas contendo a forma infetante
do parasita (metacercárias).
adaptado de: Moda de Oliveira S. & Spósito Filha E. Fasciolose hepatica
in http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=67

4a 4b 4c
5 Cercárias 6 Metacercárias em planta aquática
Esporocistos Rédeas Cercárias ingerida por humanos ou porcos
nadando
livremente causando infeção

i
no tecido do caramujo

BIOLOGIA
4
Caramujo
7 Desenquista
no duodeno

3
Os miracídios eclodem, 7
penetram no caramujo 8

8 Adultos no
intestino
delgado
2
i = Estágio Infecioso d
Ovos
d = Estágio Diagnóstico embrionados
1 Ovos não
na água
embrionados
nas fezes

Figura 3 – Ciclo de vida Fasciola hepatica.

1. Os surtos de fasciolíase, que ocorrem em animais bovinos, estão associados


(A) à pastagem em ambientes propícios ao desenvolvimento de moluscos do género Lymnaea.
(B) ao contacto com animais infetados.
(C) à ingestão de miracídios presentes no pasto.
(D) a períodos de seca.

2. O facto de Fasciola hepatica ser um parasita digenético implica que


(A) o ser humano seja o hospedeiro definitivo.
(B) os animais homeotérmicos sejam hospedeiros intermediários.
(C) parasite o caramujo.
(D) passe por um estádio de enquistamento.
86 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

3.  contração dos músculos do tubo digestivo do porco ocorre quando há libertação de ________
A
na placa motora, o que é ________ pela propagação do impulso nervoso.
(A) hormonas … precedido
(B) hormonas … sucedido
(C) neurotransmissores … sucedido
(D) neurotransmissores … precedido

4. Em Fasciola hepatica, a digestão


(A) ocorre de forma sequencial ao longo do tubo digestivo, desde a boca até ao ânus.
(B) permite a obtenção de nutrientes simples que são absorvidos para a corrente sanguínea.
(C) pode ocorrer no interior de vacúolos digestivos.
(D) ocorre apenas na cavidade gastrovascular.

5. Tanto em Fasciola hepatica como no porco


(A) o fluido circulante é transportado dentro de vasos.
(B) a obtenção de energia a nível celular é feita recorrendo à oxidação de compostos orgânicos.
(C) é necessário que ocorra hematose para a realização da respiração celular.
(D) as trocas gasosas efetuam-se por difusão direta.

6.  rdene os seguintes termos de A a E de modo a reconstituir a sequência de estruturas


O
envolvidas na síntese e transporte das enzimas hidrolíticas, necessárias ao processo de digestão
extracelular realizado por Fasciola hepatica.
A – Membrana plasmática
B – Vesículas do retículo
C – Complexo de Golgi
D – Retículo Endoplasmático Rugoso
E – Vesículas de secreção

7.  drenagem das áreas de pastagens tem sido apontado como uma forma de controlar a
A
fasciolíase.

Explique de que forma estas medidas poderão contribuir para diminuir a ocorrência desta
parasitose.

Grupo XX

O peixe-gelo-austral (Chaenocephalus aceratus) habita os mais frios ambientes marinhos da Terra.


Estes animais perderam a capacidade de produzir hemácias e hemoglobina funcional. O oxigénio é
transportado sob a forma dissolvida no plasma, apresentando uma capacidade de transporte por uni-
dade de sangue de apenas 10% quando comparada com outras espécies aparentadas.

A perda da capacidade de produzir hemácias e hemoglobina terá ocorrido durante a evolução des-
tes peixes, quando as temperaturas das águas do Antártico começaram a descer, o que permitiu que
a concentração de oxigénio dissolvido na água aumentasse consideravelmente.

O peixe-gelo desenvolveu mecanismos para compensar a ausência de hemácias e de hemoglo-


bina, incluindo um coração muito volumoso com elevado débito, melhorias ao nível do sistema vascular
e alterações na densidade e morfologia das mitocôndrias.

Além disso, estes animais desenvolveram a capacidade de sintetizar proteínas anticongelantes, o


que lhes permite viverem em águas com temperaturas inferiores a 0 ºC.
Baseado em https://www.nature.com/articles/s41559-019-0812-7
BANCO DE EXERCÍCIOS 87

1.  o peixe-gelo ocorre uma difusão ________ dos gases respiratórios, ________ a proteínas
N
transportadoras.
(A) direta … recorrendo (C) direta … não recorrendo
(B) indireta … recorrendo (D) indireta … não recorrendo

2. A perda da capacidade de produzir hemácias e hemoglobina está associado a


(A) um aumento a capacidade de transporte de oxigénio até às células.
(B) um aumento da quantidade de sangue que abandona o coração por unidade de tempo.
(C) uma diminuição da quantidade de sangue que abandona o coração por unidade de tempo.
(D) um aumento de proteínas transportadoras de oxigénio.

3. A capacidade dos peixes-gelo viverem em águas com temperaturas inferiores a 0 ºC depende


(A) da presença de prótidos especiais no seu sangue.
(B) da sua capacidade de regular a temperatura corporal.
(C) da ausência de hemoglobina nos eritrócitos, o que impede a formação de gelo.
(D) do aumento do número de cavidades cardíacas.

4.  s reações ________ que ocorrem mitocôndrias dos peixes permitem obter energia a partir da
A

BIOLOGIA
________ da glicose.
(A) anabólicas … oxidação incompleta
(B) catabólicas … oxidação completa
(C) anabólicas … oxidação completa
(D) catabólicas … oxidação incompleta

5. Os peixes são seres heterotróficos pois


(A) reduzem matéria orgânica para obterem energia.
(B) reduzem matéria inorgânica para obterem energia.
(C) oxidam matéria orgânica para obterem energia.
(D) oxidam matéria inorgânica para obterem energia.

6. O sistema circulatório dos peixes é ________ e, por isso, estes ________ hemocélio.
(A) fechado … apresentam
(B) aberto … apresentam
(C) fechado … não apresentam
(D) aberto … não apresentam

7.  respiração aeróbia é um processo de obtenção de energia que permite um ________


A
rendimento energético e em que o acetor final dos eletrões é uma molécula ________.
(A) elevado … orgânica
(B) baixo … orgânica
(C) baixo … inorgânica
(D) elevado … inorgânica

8.  s modificações que o peixe-gelo apresenta estão associadas a alterações das condições


A
ambientais que ocorreram no passado.

Explique em que medida essas alterações das condições do meio permitiram a sobrevivência
dos peixes que perderam a capacidade de produzir hemácias e hemoglobina.
88 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo XXI

Foi realizada uma investigação com o objetivo de avaliar a condutância estomática (medida do grau
de abertura estomática) em plantas de Jatropha curcas L. As plantas de Jatropha curcas L. utilizadas
na investigação tinham aproximadamente 9 meses de idade, oriundas de sementes e cultivadas em
vasos de 15 kg, foram mantidas em estufa por forma a se desenvolverem adequadamente. Antes do
início do ensaio foram efetuadas regas em dias alternados, por forma a manter o solo à capacidade de
campo. A água a ser reposta foi estimada a partir do cálculo da evapotranspiração potencial. Foram
feitas adubações regulares de macro e micronutrientes, de modo a manter as plantas num bom nível
nutricional. Efetuaram-se também tratamentos fitossanitários para evitar infestações de pragas e
doenças.

O delineamento experimental foi conduzido com quatro modalidades, cada uma com cinco repeti-
ções. No grupo de controlo, o solo foi sempre mantido à capacidade de campo (quando todos os
microporos do solo estão ocupados com água) e os grupos de quatro, oito e dezoito dias de supres-
são de rega, S4, S8 e S18, respetivamente. Após esse período, a humidade do solo foi restabelecida e
as plantas foram assim mantidas por, pelo menos, uma semana, de modo a recuperarem.

No gráfico da figura 1 encontra-se registada a variação da condutância estomática de Jatropha


curcas quando submetido ao défice hídrico.

0,6
C
0,5
S4
0,4 S8
gs (mol.m-2.s-1)

S18
0,3

0,2

0,1

0
30 - maio
1 - junho
3 - junho
5 - junho
7 - junho
9 - junho
11 - junho
13 - junho
15 - junho
17 - junho
19 - junho
21 - junho
23 - junho
25 - junho
27 - junho

Figura 1 – Variação da condutância estomática (gs) em plantas de Jatropha


curcas submetidas ao défice hídrico por 4(S4), 8(S8) e 18(S18). Cada ponto
corresponde à média de cinco medidas efetuadas nas primeiras horas da
manhã. Os valores representam as médias +/ - erro padrão. As setas marcam
o dia em que cada tratamento foi reidratado.

Adaptado de: Respostas de Jatropha curcas L. ao défice hídrico, Caracterização bioquímica e ecofisiológica.
Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Agronómica. Disponível em: www.repository.utl.pt

1. Na experiência descrita, o controlo corresponde a


(A) C, cujo solo foi mantido à capacidade de campo.
(B) S4, cujo solo foi mantido à capacidade de campo.
(C) S8, cujo solo foi mantido à capacidade de campo.
(D) S18, cujo solo foi mantido à capacidade de campo.

2. Nesta situação experimental, as variáveis independente e dependente são, respetivamente, a


(A) supressão de rega e a condutância estomática.
(B) tratamentos sanitários e a supressão de rega.
(C) tratamentos sanitários e a condutância estomática.
(D) condutância estomática e a supressão de rega.
BANCO DE EXERCÍCIOS 89

3. Jatropha curcas inclui-se no grupo das plantas


(A) avasculares, pelo que o movimento dos solutos ocorre por difusão célula a célula.
(B) avasculares, uma vez que possui tecidos especializados na condução de seiva elaborada.
(C) vasculares, pelo que a translocação de seiva bruta e elaborada é efetuada por tecidos
condutores.
(D) vasculares, pois o movimento dos solutos ocorre exclusivamente por difusão célula a célula.

4. Na experiência descrita, ao fim de 4, 8 e 18 dias de stress hídrico todos os tratamentos


(A) não atingiram o valor zero na condutância estomática (gs).
(B) atingiram o valor zero na condutância estomática (gs).
(C) atingiram em simultâneo o valor 0,19 de condutância estomática (gs).
(D) atingiram em simultâneo o valor 0,23 de condutância estomática (gs).

5.  ________ de oxigénio em Jatropha curcas através dos estomas das folhas ocorre quando a
A
pressão de turgescência das células-guarda é ________.
(A) fixação … elevada (C) fixação … reduzida
(B) libertação … reduzida (D) libertação … elevada

BIOLOGIA
6.  stabeleça a correspondência entre as afirmações presentes na coluna A ao conceito expresso
E
na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(1) Estomas
(a) Estruturas que permitem as trocas gasosas com o
(2) Tracoides
exterior nas folhas.
(3) Gutação
(b) Eliminação de água pelas folhas, no estado líquido.
(4) Exsudação
(c) Entrada de água ao nível da raiz.
(5) Absorção radicular

7.  m estudos efetuados com plantas, sob condições de défice hídrico, tem sido demonstrada a
E
relação direta entre o fecho dos estomas e a redução da concentração intercelular de CO2 .

Explique, tendo em conta os resultados destes estudos, em que medida o decréscimo na assi-
milação do CO2 intervêm na atividade fotossintética.

Grupo XXII

A mandioca é uma das plantas de cultivo agrícola mais importante a nível mundial. Contudo, a sua utili-
zação na alimentação humana pode constituir um desafio, dado que os tecidos destas plantas quando
sofrem lesões produzem glicosídeos cianogénicos (GC), os quais podem originar cianeto altamente tóxico.
Os GC desempenham um papel importante na defesa destas plantas em relação aos animais que dela
se alimentam, incluindo os seres humanos. Assim, para evitar o envenenamento, é necessário sujeitar
a mandioca a um processamento muito cuidadoso. Contudo, estes métodos de processamento dimi-
nuem consideravelmente o valor nutritivo destas plantas. Foi realizado um trabalho de investigação
com o objetivo de compreender como é que os GC eram produzidos e conduzidos até à zona subter-
rânea da planta (parte utilizada na alimentação humana).

Procedimento:
1. Plantas geneticamente iguais (clones) cresceram em estufa com condições controladas e
idênticas.
2. Após 9 semanas de crescimento, um grupo de plantas foi sujeita à remoção do floema
caulinar abaixo da 5.ª folha, enquanto outro grupo foi deixado intacto.
90 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

3. Determinou-se, em ambos os grupos, os níveis de GC em diferentes regiões das plantas


(gráficos da Fig. 2).

Resultados:

Primeiro pecíolo
2
1

Ápice caulinar
3
4
Terceiro pecíolo

6 7

I II

Figura 1 – Esquema representativo da planta (I) e da intervenção feita no caule para remoção do floema (II).
(Os algarismos representam o número da folha.)

25
GC (μmol) por g de peso fresco

A
20

15

10

0
8
GC (μmol) por parte da planta

7 B
6
5
4
3
2
1
0
Ápice 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7
Nº. da folha Nº. do pecíolo Nº. do entrenó

Figura 2 – Níveis de GCs em diferentes zonas das plantas com o caule intacto (A) e com o floema removido
abaixo da 5.ª folha (B).

Baseado em Jørgensen, K. et al. (2005). Cassava Plants with a Depleted Cyanogenic Glucoside Content in Leaves and
Tubers. Distribution of Cyanogenic Glucosides, Their Site of Synthesis and Transport, and Blockage of the Biosynthesis by
RNA Interference Technology. Plant Physiology. 139: 363-374

1. A hipótese que esteve na base da realização da experiência foi


(A) plantas sujeitas à remoção do floema não produzem GC.
(B) as moléculas precursoras do cianeto são produzidas nas folhas e transportadas para a parte
subterrânea da planta.
(C) as moléculas de cianeto são produzidas na parte aérea da planta, sendo transportadas para
a parte subterrânea pelo xilema.
(D) plantas sujeitas à remoção do floema produzem maior quantidade de GC.
BANCO DE EXERCÍCIOS 91

2. Os resultados obtidos permitem concluir que a principal fonte de GC localiza-se


(A) nas folhas. (B) nos pecíolos.
(C) nos entrenós. (D) abaixo da 5.ª folha.

3. Na experiência descrita, constitui uma variável independente


(A) a quantidade de GC produzida.
(B) a presença de tecidos condutores de seiva bruta.
(C) o número de folhas por planta.
(D) a presença de tecidos condutores de seiva elaborada.

4.  a mandioca, os glícidos são transportados desde o local de síntese até aos locais de
N
armazenamento subterrâneo
(A) exclusivamente ao longo de células vivas.
(B) sem necessidade de consumo de ATP.
(C) exclusivamente ao longo de células mortas.
(D) devido a forças de tensão geradas nas folhas resultantes da transpiração.

5. O fecho dos estomas nas plantas de mandioca resulta

BIOLOGIA
(A) da entrada de iões potássio (K+) para as células-guarda.
(B) do aumento da pressão de turgescência nas células-guarda.
(C) da diminuição da pressão osmótica nas células-guarda.
(D) da entrada de água para as células estomáticas.

6. Os glicosídeos cianogénicos ou os seus derivados


(A) são produzidos regularmente por todas as plantas.
(B) interferem com o metabolismo de seres heterotróficos.
(C) aumentam o valor nutritivo da mandioca.
(D) aumentam a sua concentração após o processamento da mandioca.

7.  rdene as expressões A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que


O
conduz à chegada de água às folhas de uma planta.
A – Aumento da pressão osmótica nas células do parênquima foliar.
B – Deslocação da coluna de água ao longo do xilema.
C – Entrada de água do solo para a raiz.
D – Aumento da pressão osmótica nas células da raiz.
E – Perda de água ao nível das folhas.

8.  cianeto é capaz de bloquear a cadeia respiratória, uma vez que inibe uma enzima responsável
O
pela transferência de eletrões para o oxigénio.

Explique em que medida a produção de glicosídeos cianogénicos constitui uma estratégia efi-
caz de defesa das plantas que, como a mandioca, são capazes de produzir estes compostos.

9. A parte da planta da mandioca que é utilizada na alimentação humana são os tubérculos.

Explique em que medida a produção de plantas geneticamente modificadas, que bloqueassem


a condução de CG ao longo do floema, poderia contribuir para uma utilização mais fácil e com
mais elevado valor nutricional.
92 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

Grupo IV
PROPOSTA DE SOLUÇÕES 1. Opção A.
2. Opção C.
Grupo I
3. Opção D.
1. Opção D.
4. Opção B.
2. Opção A.
5. Opção C.
3. (a) – 2; (b) – 1; (c) – 3; (d) – 1; (e) – 3.
6. Opção C.
4. Opção A.
7. (a) – 3; (b) – 2; (c) – 6.
5. Opção B.
8.  eferência ao facto de a água se deslocar para o meio
R
6. Opção B.
onde a pressão osmótica é elevada, que no caso
7. a – 3; b – 1; c – 4. mencionado será para o exterior dos adipócitos, meio
hipertónico.
8. Tópicos de resposta:
• Referência ao facto de o ser humano modificar os 9. Tópicos de resposta:
habitats, levando à destruição da biodiversidade neles • Referência às aquaporinas/proteínas intrínsecas
existente. presentes nas membranas celulares transportarem
• Relação entre a interferência do ser humano nos semimetais para o interior das células.
habitats e a exposição a agentes infeciosos, como o • Referência ao facto de a presença destas proteínas em
vírus SARS-CoV-2. determinadas plantas, em solos contaminados com
• Relação entre a exposição a agentes infeciosos, como substâncias tóxicas, como os semimetais, ser uma
os vírus/ vírus SARS-CoV-2 e o aparecimento de medida de fitorremediação.
doenças como a Covid-19.
Grupo V
Grupo II 1. Opção D.
1. Opção B. 2. Opção C.
2. Opção D. 3. Opção B.
3. Opção C. 4. Opção C.
4. Opção C. 5. Opção D.
5. Opção C. 6. Opção A.
6. (a) – 1; (b) – 4; (c) – 2. 7. Opção D.
7. D–C–B–E–A 8. A–C–B–E–D
8. Tópicos de resposta: 9. Tópicos de resposta:
• Referência ao facto de a decomposição ser o processo • Referência ao facto de os fungos viverem em simbiose
pelo qual a matéria orgânica é transformada em matéria com as formigas e as térmitas.
mineral/inorgânica.
• Referência ao facto de os fungos reciclarem os
• Referência ao facto de este processo permitir devolver a materiais do solo/decompositores na natureza.
matéria mineral ao meio e reduzir a acumulação de
matéria orgânica/contribuir para a reciclagem dos Grupo VI
ecossistemas naturais. 1. O stress hídrico influencia a quantidade de ácidos gordos
Grupo III saturados e insaturados presentes na membrana.
OU Em resposta ao stress hídrico há variação na
1. A – Glicose/monossacarídeo; B – Água; C – RNA;
proporção de ácidos gordos saturados e insaturados.
D – Proteína.
2. Opção D.
2. Opção A.
3. Opção A.
3. Opção B.
4. Opção C.
4. Opção B.
5. Opção A.
5. Opção A.
6. Opção C.
6. (a) – 2; (b) – 5; (c) – 8; (d) – 3; (e) – 1.
7. Opção B.
7. Tópicos de resposta:
• Referência ao facto de com base nos dados fornecidos 8. Tópicos de resposta:
não se poder afirmar com toda a certeza que as duas • Referência aos processos de exocitose que envolvem
proteínas são iguais, apesar de possuírem o mesmo movimentos da membrana plasmática.
número de aminoácidos, os mesmos tipos de • Relação entre o índice de insaturação e a mobilidade da
aminoácidos e nas mesmas proporções; membrana plasmática.
• Referência ao facto de a sequência desses aminoácidos • Relação entre a mobilidade e os processos de
podere ser diferente e, nesse caso, as proteínas serão exocitose.
também diferentes.
BANCO DE EXERCÍCIOS 93

Grupo VII 3. Opção A.


1. Opção A. 4. Opção D.
2. Opção C. 5. Opção C.
3. Opção C. 6. B–C–E–D–A
4. Opção A. 7. Tópicos de resposta:
5. Opção D. • Referência ao facto de as plantas CAM viverem em
ambientes com falta de água pelo que apresentam
6. Opção A. mecanismos que lhes permite sobreviver nessas
7. Opção C. condições.
8. (a) – 2; (b) – 4; (c) – 3. • Referência ao facto de as plantas CAM durante o dia
fecharem os estomas e durante a noite abrirem,
9. Tópicos de resposta: permitindo a difusão do dióxido de carbono para o
• Referência à necessidade de recetores para a entrada de interior das folhas, evitando assim as perdas de água
LDL nas células. por transpiração durante o dia/período mais quente.
• Referência ao facto de os indivíduos com HF não
Grupo XI
apresentarem (ou apresentarem poucos) recetores
necessários a entrada de LDL. 1. Opção C.
• Relação entre ausência de recetores e a não entrada de 2. Opção D.
LDL para as células, mantendo-se elevada a sua
concentração no sangue. 3. Opção A.
4. Opção B.
Grupo VIII
5. (a) – 1; (b) – 3; (c) – 4.
1. Opção A.

BIOLOGIA
6. A–B–D–E–C
2. Opção B.
7. Tópicos de resposta:
3. Opção D.
• Referência ao facto de a presença de cutina na
4. Opção C. epiderme das folhas impermeabilizar as células
5. Opção C. epidérmicas.
• Relação entre a impermeabilização das células
6. Opção D.
epidérmicas das folhas e a menor perda de água para o
7. Opção B. exterior, o que favorece a sobrevivência das plantas em
8. C–D–B–E–A ambientes xéricos (com falta de água).

9. Tópicos de resposta: Grupo XII


• Relação entre a falta de água e o fecho dos estomas. 1. Opção C.
• Relação entre o fecho dos estomas e o aumento da 2. Opção A.
concentração do O2 (proveniente da fotossíntese) no
interior da folha. 3. Opção C.
• Relação entre o aumento da concentração de O2 e o 4. Opção D.
aumento da fotorrespiração (devido à maior afinidade 5. Opção A.
da rubisco para o O2).
6. Tópicos de resposta:
Grupo IX • Relação entre o aumento da atividade das bombas de
1. Opção B. protões e o aumento da pressão de turgescência/
aumento da pressão osmótica seguida da entrada de
2. Opção C.
água.
3. Opção D. • Relação entre o aumento da pressão de turgescência e
4. Opção C. a abertura dos estomas.

5. Opção A. • Relação entre a abertura dos estomas e a perda de


água, provocando a morte da planta por desidratação.
6. Tópicos de resposta:
• Relação entre a atividade vulcânica com libertação de Grupo XIII
cinzas e o desaparecimento de áreas florestais (por 1. Opção A.
limitar as trocas gasosas/a fotossíntese).
2. Opção B.
• Relação entre o desaparecimento de áreas florestais e a
perda do habitat desta espécie com a limitação da sua 3. Opção B.
proliferação/sobrevivência. 4. Opção D.
7. (a) – 2; (b) – 7; (c) – 6; (d) – 4; (e) – 3. 5. Opção B.
Grupo X 6. D–B–A–C–E
1. Opção A.
2. Opção B.
94 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 10

7. Tópicos de resposta: 7. Tópicos de resposta:


• Referência ao facto de o anel extraído corresponder ao • Referência ao facto de o oxigénio administrado por
tecido floémico, pois este possui uma posição periférica injeção na corrente sanguínea nos coelhos com a
em relação ao xilema, no caule. traqueia bloqueada terem sobrevivido;
• Relação entre a remoção do floema, quando o anel é • Referência ao facto de a técnica usada poder ser
retirado e a interrupção da translocação da seiva utilizada em situações privação de oxigénio/ ou levar ao
elaborada proveniente dos órgãos fotossintéticos desenvolvimento de técnicas que possam ser utilizadas
(folhas), e a acumulação desta no bordo superior da em situações de privação de oxigénio.
zona submetida ao corte, e a morte da planta. • Referência ao oxigénio ser o acetor final da cadeia
respiratória, etapa da respiração, essencial para a
Grupo XIV
produção de ATP.
1. Opção B. • Relação entre a produção ATP na respiração e a
2. Opção D. funcionalidade celular dos neurónios.
3. Opção C. Grupo XVII
4. Opção C. 1. Opção B.
5. Opção B. 2. Opção A.
6. Opção D. 3. Opção C.
7. D–B–A–C–E 4. Opção B.
8. Tópicos de resposta: 5. Opção D.
• Referência ao meio onde vivem esses animais que é 6. C6H12O6 +2ADP+ 2Pi ͢ 2C3H6O3 + 2ATP
aquático;
7. Tópicos de resposta:
• Relação entre o meio em que vive a planária e a hidra e
a eliminação do perigo de dessecação. • Referência ao facto de bactérias como as dos géneros
Lactobacillus e Streptococcus realizarem a fermentação
• Relação entre a não necessidade de um revestimento
lática, como processo de obtenção de energia a partir
impermeável, o que dificultaria as trocas entre as
da glucose.
células e a água do meio e a eficácia das trocas uma vez
que como são animais de dimensão muito pequena, • Relação entre o facto de o pH condicionar o processo
todas as células estão em contacto ou estão próximas fermentativo e as bactérias do género Lactobacillus
da água da cavidade gastrovascular ou do meio, onde crescerem mais e tolerarem valores de pH mais baixos
estão as moléculas necessárias às células de todo o do que as pertencentes ao género Streptococcus, o que
organismo. favorece o processo de obtenção de energia.

Grupo XV Grupo XVIII


1. Opção A. 1. Opção B.
2. Opção B. 2. Opção A.
3. Opção D. 3. Opção A.
4. Opção B. 4. Opção D.
5. Opção C. 5. Opção B.
6. (a) – 4; (b) – 1; (c) – 5. 6. C–E–A–B–D
7. Tópicos de resposta: 7. Tópicos de resposta:
• Referência à constituição do sistema circulatório dos • Referência ao facto de a quitina conferir rigidez às
mamíferos e aves (fechado, com circulação dupla e traqueias.
completa); • Relação entre a constituição das traqueias e a
• Relação entre a manutenção da temperatura corporal, o inexistência do colapso das mesmas, o que facilita as
movimento e o gasto de ATP, e um sistema de trocas gasosas por difusão direta.
transporte muito eficiente, que permita taxas
metabólicas muito elevadas. Grupo XIX
1. Opção A.
Grupo XVI
2. Opção C.
1. Opção C.
3. Opção D.
2. Opção A.
4. Opção C.
3. Opção B.
5. Opção B.
4. Opção C.
6. D–B–C–E–A
5. Opção D.
7. Tópicos de resposta:
6. C–E–A–B–D
• Referência à necessidade de um molusco hospedeiro
para F. hepatica completar o seu ciclo de vida.
BANCO DE EXERCÍCIOS 95

• Relação entre as alterações ambientais/drenagem e a 9. Tópicos de resposta:


diminuição da população de hospedeiros/moluscos. • O processamento reduz o valor nutricional.
• Relação entre a diminuição da população de moluscos • O bloqueio evita a descida de cianeto para os
e a diminuição de fascíolas. tubérculos.
Grupo XX • A não entrada de cianeto no tubérculo evita o
envenenamento e torna possível dispensar o
1. Opção D. processamento, permitindo manter o valor nutricional.
2. Opção B.
3. Opção A.
4. Opção B.
5. Opção C.
6. Opção C.
7. Opção D.
8. Tópicos de resposta:
• Relação entre a diminuição da temperatura da água e a
sua maior saturação em oxigénio.
• Relação entre a maior saturação da água e a maior
saturação dos fluidos corporais/maior quantidade de
oxigénio dissolvido no plasma.
• Relação entre a elevada quantidade de oxigénio
dissolvido no sangue e a não necessidade de hemácias/

BIOLOGIA
hemoglobina para a sobrevivência.

Grupo XXI
1. Opção A.
2. Opção A.
3. Opção C.
4. Opção B.
5. Opção D.
6. (a) – 1; (b) – 3; (c) – 5.
7. Tópicos de resposta:
• Referência aos estomas controlarem as trocas gasosas
entre a planta e o meio exterior, abrindo ou fechando o
ostíolo.
• Relação entre o stress hídrico e o fecho dos estomas.
• Relação entre o fecho dos estomas e a menor entrada
de CO2 pelos ostíolos o que condiciona a taxa
fotossintética.

Grupo XXII
1. Opção B.
2. Opção A.
3. Opção D.
4. Opção A.
5. Opção C.
6. Opção B.
7. E–A–B–D–C
8. Tópicos de resposta:
• Os GC podem conduzir à produção de cianeto.
• O cianeto, ao bloquear a cadeia respiratória, impede a
formação de ATP em quantidade elevada/suficiente para
a manutenção do metabolismo celular, o que justifica a
morte dos animais que ingerem estas plantas.
• Relação entre a morte dos animais e a diminuição do
consumo das plantas.
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