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Menino canta comigo,

Tu não cantas como eu,


Eu sou boa cantadeira,
Mas esse cantar é meu.

Mas esse cantar é meu,


É meu e com favor,
Eu canto melhor que tu,
Melhor que tu cantador.

Quem acabou de cantar,


Tem uma fina garganta,
Mas as falas não são feitas,
Por aquele que as canta.

Por aquele que as canta,


As falas não são feitas,
Se cantasses como eu,
Ficavam todas satisfeitas.

Acabaste de cantar,
Agora começo eu,
Começa o meu cantar,
A dar combate ao teu.

A dar combate ao teu,


Começa o meu cantar,
Desafia aí ó cantador,
Que no final vais te calar.
Já que me pedes que eu cante,
Vou te fazer a vontade,
Eu não sei que graça tem,
Ouvir cantar quem não sabe.

Ouvir cantar quem não sabe,


Eu não sei que graça tem,
Se eu cantasse como tu,
Não me ouviria mais ninguém.

Falas assim sem saberes,


O que é cantar como eu,
Tens inveja de não teres,
Um cantar igual ao meu.

Um cantar igual ao meu,


~tens inveja de não teres,
Mas eu te ensino cantador,
Basta fazeres os deveres.

O céu é para as estrelas,


O jardim para as flores,
Agora que aqui cheguei,
Boa tarde meus senhores.

Boa tarde, meus senhores,


Boa tarde vos vou dar,
O cantador gosta de me ouvir,
E a cantar o vou ensinar.
Já cantei uma cantiga,
Com esta já la vão duas,
Não me vou daqui embora,
Sem ouvir uma das tuas.

Cantei uma, cantei duas,


Com esta já lá vão três,
Canta lá ó Zé Manel,
Que agora é a tua vez.

Cantigas ao desafio,
Eu gosto de ouvir cantar,
Gente puxando a garganta,
Para ver onde vão parar.

Viva quem agora veio,


Mais quem agora chegou,
Estava para ir embora,
Agora embora não vou.

Sou feliz e estou contente,


Seja de noite ou de dia,
Quando chego aqui eu,
É sempre uma alegria.

Tu julgas que por eu me rir,


Que me deixei enganar,
Eu sou como o marmeleiro,
Que dobra e não quer quebrar.
Canta lá ó meu amigo,
Que a cantar ninguém me enrola,
A ti e aos outros todos,
Faço vos bater a sola.

Pois que venham cantadores,


Que a mim não metem medo,
Eu sou da vila dos arcos,
E isto não é segredo.

Quando te ouço cantar,


Pareces um rouxinol,
Mas cantas tão lentamente,
Tão lento como o caracol.

Zé ouve o que eu te digo,


Não puxes muito por mim,
Porque quando eu começo,
O meu cantar não tem fim.

O meu cantar não tem fim,


Isso te posso dizer,
Escuta-me bem meu amigo,
Comigo vais aprender.

Comigo vais aprender,


Escuta-me bem meu amigo,
Eu te ensino com gosto,
pois gosto de cantar contigo.
Quadras Carinhosas

Os teus lábios são castelos,


Castelos dos meus desejos,
Quem me dera lá beija-los,
Numa batalha de beijos.

Nos caminhos que andei,


Das pessoas que encontrei,
Tu serás um daqueles,
Que jamais esquecerei.

Se eu fosse um anjo,
Viveria para te guardar,
Mas como eu sou humana,
Viverei para te amar.

Queria escrever na água,


Como escrevo no papel,
Queria escrever teu nome,
Na pedra do meu anel.

Formada pela paixão,


Vencida pelo desejo,
Eu recordo com emoção,
O nosso primeiro beijo.

De amiga para amigo,


Começou nossa amizade,
Agora eu te confesso,
Que te amo de verdade.
Tive sede e vim beber,
Aqui ao xocolatí,
Mas assim que te olhei,
Toda a sede eu perdi.

Mas ao ver-te a sede passa,


Já não tenho que beber,
Pois a sede que eu sentia,
Era a vontade de te ver.

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