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26 de agosto de 2022
Definição 1
Seja V um conjunto, não vazio, sobre o qual estão definidas as operações
de adição e multiplicação por escalar, isto é:
∙ Se u, v ∈ V , temos que u + v ∈ V .
∙ Se u ∈ V e k ∈ R, temos que ku ∈ V .
O conjunto V com essas duas operações é chamado espaço vetorial real se
forem verificados os seguintes axiomas:
A1 ) Comutatividade: u + v = v + u, ∀u, v ∈ V .
A2 ) Associatividade: u + (v + w ) = (u + v ) + w , ∀u, v , w ∈ V ;
A3 ) Elemento Neutro: existe um único elemento 0V ∈ V tal que
u + 0V = u;
A4 ) Elemento Simétrico: ∀u ∈ V existe um único elemento −u ∈ V tal
que u + (−u) = 0V .
Exemplo 1
O conjunto V = R2 com as operações usuais de adição e multiplicação
por escalar definidas por:
𝛼u = 𝛼(x , y ) = (𝛼x , 𝛼y ), ∀u ∈ V e 𝛼 ∈ R,
é um espaço vetorial.
Exemplo 2
O conjunto V = Rn = {(x1 , x2 , · · · , xn ) | xi ∈ R} com as operações de
adição e multiplicação por escalar definidas por:
Exemplo 3
O conjunto das matrizes m × n, denotado pelo símbolo Mm×n , em relação
às operações usuais de adição de matrizes e multiplicação por escalar, é
um espaço vetorial.
Exemplo 3
O conjunto das matrizes m × n, denotado pelo símbolo Mm×n , em relação
às operações usuais de adição de matrizes e multiplicação por escalar, é
um espaço vetorial.
Exemplo 4
Seja Pn (R) o conjunto de todos os polinômios de grau menor ou igual a n,
isso é,
p(x ) = a0 + a1 x + a2 x 2 + · · · + an−1 x n−1 + an x n
com ai ∈ R para i = 0, 1, ..., n.
Pn (R) constitui um espaço vetorial se considerarmos as operações usuais
de adição de polinômios e multiplicação de polinômio por escalar.
Exemplo 5
O conjunto F (R) = {f : R → R | f é uma função } das funções reais, com
as operações de adição e multiplicação por escalar definidas por:
Exemplo 6
SejaV = R2 . Mostre que esse conjunto não é um espaço vetorial com as
operações definidas abaixo:
∙ k(x1 , y1 ) = (kx1 , y1 ).
Exemplo 7
Mostre que o conjunto V = {(x , y ) ∈ R2 |x , y > 0} é um espaço vetorial
com as seguintes operações não usuais:
u+v =u+w
então v = w .
Teorema 4
Sejam V , um espaço vetorial sobre R, u, v ∈ V e 𝛼, 𝛽 ∈ R. Temos as
seguintes propriedades:
(a) 0R · u = 0V
(b) 𝛼 · 0V = 0V
(c) (−𝛼 · u) = −(𝛼 · u) = 𝛼 · (−u)
(d) Se 𝛼 · u = 0V então 𝛼 = 0R ou u = 0V
(e) Se 𝛼 · u = 𝛼 · v e 𝛼 ̸= 0R então u = v
(f) Se 𝛼 · u = 𝛽 · u e u ̸= 0V então 𝛼 = 𝛽
Definição 2
Seja V um espaço vetorial sobre R e U um subconjunto não vazio de V .
Dizemos que U é um subespaço vetorial de V se U é um espaço vetorial.
Definição 2
Seja V um espaço vetorial sobre R e U um subconjunto não vazio de V .
Dizemos que U é um subespaço vetorial de V se U é um espaço vetorial.
Teorema 5
Um subconjunto não vazio U, de um espaço vetorial V sobre o corpo dos
reais, é um subespaço vetorial de V se e somente se:
(i) Para quaisquer elementos u, v ∈ U, tem-se que u + v ∈ U.
(ii) Para qualquer elemento u ∈ U e qualquer escalar 𝛼 ∈ R tem-se que
𝛼u ∈ U.
Observações:
Exemplo 8
Para cada item abaixo, verifique se W é subespaço vetorial, caso não seja,
apresente um contraexemplo.
a) W = {(x , y ) ∈ R2 |y = 3x };
b) W = {(x , y ) ∈ R2 |y = x + 1};
d) W = {A ∈ M(2,2) |A = AT };
f) W = {p ∈ P2 (R)|p(3) = 0};
Exemplo 9
Mostre que se Ax = 0 é um sistema linear homogêneo de m equações e n
incógnitas, então o conjunto dos vetores-solução é um subespaço de Rn .