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Parte II – Conteúdos
Subespaço vetorial
Base e dimensão
Coordenadas de um vetor
Exercícios de Fixação
Definição. Seja um conjunto , não vazio, sobre o qual estão definidas as operações adição e
multiplicação por um escalar, ou seja,
u, v , u v
e u , u
O conjunto com essas duas operações é chamado espaço vetorial real (ou espaço vetorial
sobre ) se as seguintes propriedades forem satisfeitas:
A) Em relação à adição: u, v, w
A1 ) (u v) w u (v w)
A2 ) u v v u
A3 ) 0 tal que u 0 u
A4 ) u tal que u ( u) 0
M1 ) ( )u u
M2 ) ( )u u u
M3 ) (u v) u v
M 4 ) 1u u
Observação. O conjunto dos escalares utilizado na definição de espaço vetorial pode ser
qualquer corpo que, na maioria das bibliografias para graduação, se refere a (conjunto
dos números reais) ou (conjunto dos números complexos).
Exemplos
2
Exemplo 1 – (x, y); x, y é um espaço vetorial com as operações usuais de
adição e multiplicação por escalar:
x1, y1 x2, y2 x1 x2, y1 y2
(x, y) ( x, y )
3 4 n
Exemplo 2 – Assim, também, os conjuntos , ,..., são espaços vetoriais com as
operações usuais de adição e multiplicação por escalar.
n
Exemplo 3.2 – (1, n) a11, a12,..., a1n ; a1j , também identificado com
são espaços vetoriais relativamente às mesmas operações.
m n( ).
viii. Se v 0 , então 0 ou v 0.
x. u, v e , tem-se ( )v ( v) ( v) .
Sugestão. Demonstre (ou leia em algum livro) cada uma dessas propriedades, é um bom
exercício.
SUBESPAÇOS VETORIAIS
Observações
Exemplos
2
Exemplo 1 – Sejam e (x,2x ); x . Vamos mostrar que é subespaço de
2
.
Evidentemente, , pois (0, 0) .
i. u v x1, 2x1 x2, 2x2 x1 x2, 2x1 2x2 x1 x2, 2(x1 x2 ) , pois a
segunda componente de u v é igual ao dobro da primeira.
ii. u x1,2x1 x1,2 x1 , pois a segunda componente de u é igual ao dobro
da primeira.
2
Portanto, é um subespaço vetorial de que representa geometricamente uma reta
que passa pela origem.
Observemos que ao tomarmos dois vetores u e v da reta que passa pela origem, o vetor
soma u v ainda é uma reta que passa pela origem. E se multiplicarmos um vetor u da
reta por um número real , o vetor u ainda estará nesta reta.
O mesmo não ocorre quando a reta não passa pela origem. Veja o
2
Exemplo 2 – A reta (x, 4 2x ); x não é um subespaço vetorial do . Basta ver
que o vetor nulo (0, 0) .
2 2
Para , os subespaços triviais são (0, 0) e o próprio , enquanto que os outros
subespaços (subespaços próprios) são as retas que passam pela origem.
i. u v x1, y1, z1, 0 x2, y2, z2, 0 x1 x2, y1 y2, z1 z 2, 0 , pois a quarta
componente é nula.
ii. u x, y, z, 0 x, y, z, 0 , pois a quarta componente é nula.
4
Logo, é subespaço vetorial de .
x1 x2
Se u X1 y1 e v X2 y2 são soluções do sistema, então: AX1 0 e AX2 0.
z1 z2
Exercícios de Aprendizagem –
2
x1, x12 x2, x22 x1 x 2 , x1 x2
x, x 2 x, 2 2
x
*
b) com as operações definidas por x y xy e x x , x, y .
2 – Verifique se os seguintes subconjuntos dos espaços vetoriais dados são subespaços vetoriais
destes.
2 2
a) x, y ; y x
a b
b) ; a,b 2
( )
0 0
v ; v ev .
Dem Exercício.
Exemplos
2 2 2
Exemplo 1 – Sejam , (x, y ) ; y 0 e (x, y ) ; x 0 .
1 a bt ct 2 ; a 2b c 0 e 2 a bt ct 2 ; a 0 .
Atenção. Para não cometermos confusões e possíveis erros, devemos entender que, embora
possamos utilizar as mesmas letras a, b, c para representar um elemento “genérico” dos
1 (2b c) bt ct 2 e 2 a bt c t 2; a 0 bt c t2 .
Exemplo 3 –
a b a b
Sejam 2 2
( ), 1 ; a d b, c 0 e 2 ; a c d, b 0 .
c d c d
d b b a 0
Note que podemos escrever 1 e 2 .
0 d a a
d b a
b 0 0 0
. Portanto 1 2 .
0 a 0 0
d a d 0
Exemplo 4 – Considere 1
, 2
,..., k
subespaços vetoriais de um espaço vetorial . Mostre
que 1 2
... k
é subespaço vetorial de . Este resultado vale para uma coleção
qualquer de subespaços de ?
Observação. A união 1 2 de dois subespaços vetoriais pode não ser subespaço vetorial.
2
Por exemplo, sejam 1 (x,2x ); x e 2 (x, x ); x subespaços vetoriais do .
2 2
Verifique que 1 2 (x, y ) ; y x ou y 2x não é subespaço vetorial do .
u w ; u ew .
Dem Exercício.
Exemplos
2 2 2
Exemplo 1 – Sejam , (x, y ) ; y 0 e (x, y ) ; x 0 .
3
Exemplo 2 – Considere os subespaços do dados por (x, y, z ); x y z 0 e
(x, y, z ); x y . O espaço soma é dado por .
d b b a 0
Exemplo 3 – Considerando 1 e 2 . Podemos ver que
0 d a a
d b b a 0 a d b b
0 d a a a a d
a d b b
E daí 1 2
; a , b, d . Neste caso, podemos fazer a d c e
a a d
c b b x y
reescrever 1 2
a c
; a ,b, c , ou ainda, 1 2 z w; x w y .
p q (2b c) (b b )t (c c )t 2
Exemplos
3
Exemplo 1 – Sejam , ou seja, (a,b, c); a,b, c e os seus subespaços
3
é soma direta de 1 e 2, pois 1 2 (a,b, c); a,b, c e 1 2 (0, 0, 0) .
3
Confirmando o teorema acima, v (a,b, c) podemos expressar, de modo único,
(a,b, c) (a,b, 0) (0, 0, c) .
a b a b
Exemplo 2 – Sejam 1 ; a d eb c e 2 ; a ceb d subespaços
c d c d
de 2( ) . Determine
b) 1 2;
c) verifique se 2( ) 1 2
.
Definição. Sejam ,
1 2
,..., k
subespaços vetoriais de um espaço vetorial . A soma de 1
a
k
é definida por 1 2 k
u1 u2 uk ; ui i
, i 1,2,..., k .
Definição. Sejam 1
, 2
,..., k
subespaços vetoriais de um espaço vetorial . Dizemos que
soma de 1
a k
é uma soma direta se i 1 i 1 i 1 k
0 , para
i 1,2,..., k . Neste caso, usamos a notação 1 2 k
para denotar a soma direta de
1
a k
.
3
Exemplo – Mostre que 1 2 3
onde 1
(x, 0, 0); x ,
2
(0, y, 0); y e 3
(0, 0, z ); z .
COMBINAÇÃO LINEAR
Exemplos
8 14 2 3
Exemplo 3 – Para que valor de k a matriz A é combinação linear de A1
0 k 0 2
1 2
e A2 ?
0 4
3) Por definição, A 0 .
5) A observação 4 nos permite concluir que um espaço vetorial pode ser gerado por uma
infinidade de vetores, mas existe um número mínimo de vetores para gerá-lo.
Exemplos
1 2 3 1
Exemplo 6 – O conjunto A , gera o subespaço
2 3 1 1
x y
; x, y de 2 .
y x 2y
3
Exemplo 7 – Considere o subespaço (1,1,2), ( 2, 0,1), ( 1,1, 3) do , determine a(s)
equação(ões) homogênea(s) que caracteriza(m) .
1. A A;
2. A B A B ;
3. A A;
5. A B A B
Demonstrações
3 3 3
Exemplo 1 – , (x, y, z ) ; x y 0 e (x, y, z ) ; y 2z x 0 .
3 3
a) (x, y, z ) ; x y (x , x , z ) (x , x , 0) (0, 0, z ) ; x, z
x (1,1, 0) z (0, 0,1) ; x, z
(1,1, 0), (0, 0,1)
3 3
b) (x, y, z ) ; x y 2z (y 2z, y, z ) (y, y, 0) (2z, 0, z ) ; y, z
y(1,1, 0) z (2, 0,1) ; y, z
(1,1, 0), (2,1, 0)
3 3
c) . Considerando (x, x, z ) e (y 2z , y , z ) , temos que
x y 2z x x 2z
0 z
x y x y
x y
z z z z
3
Que nos dá (x, x, 0) x (1,1, 0) ; x (1,1, 0) .
Exemplo 2 – 3( ), t3 4t 2 t, t 3 5t 2 5, 3t 3 e t3 4t, t 1, 1
a) t3 4t 2 t, t 3 5t 2 5, 3t 3
c)
i) Obtendo as equações que caracterizam . Queremos os elementos de 3( ) que são
combinação linear dos vetores geradores de . Então
at 3 bt 2 ct d (t 3 4t 2 t) (t 3 5t 2 5) (3t 3 )
1 1 3 a 5a 5c d
0 0 1
operações elementares 15
4 5 0 b sobre linhas 0 0 0 b c d
1 0 0 c 1 0 0 c
0 5 0 d 0 1 0 d /5
Para que este sistema seja possível é necessário que b c d 0 . Esta é a equação
homogênea que caracteriza os elementos de . Assim,
at 3 bt 2 ct d 3( ); b c d 0 .
1 0 0 a 1 0 0 a
operações elementares
0 0 0 b sobre linhas 0 0 0 b
4 1 0 c 0 0 1 c d a
0 1 1 d 0 1 0 c a
Para que este sistema seja possível é necessário que b 0 . Esta é a equação homogênea que
caracteriza os elementos de . Assim,
a t3 b t2 ct d 3( ); b 0
Temos que at 3 bt 2 ct (b c) 3( ) e a t3 0t 2 ct d 3( ) .
Então, os elementos de tem que ter
a a
a a
b 0
b 0
c c
c d
b c d
d) t3 4t 2 t, t 3 5t 2 5, 3t 3, t 3 4t, t 1, 1
t
1 1
Exemplo 3 – 2( ) , A 2 ( ); A A e .
0 1
a b a c a b a b
a) Observe que 2 ( ); 2( ); b c , logo,
c d b d c d c d
a b a 0 0 b 0 0
2( ) ; a, b, d
b d 0 0 b 0 0 d
1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0
a b d ; a,b, d , ,
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1
1 1
b)
0 1
c)
a b
b d 2( )
a b a a
Assim,
c d 2( ) ; a b d ec 0
0 a 2( ) .
a a
b a 0 0
Então, os elementos de tem que ter a 0 . Logo, .
b 0 0 0
d a
1 0 0 1 0 0 1 1
d) , , ,
0 0 1 0 0 1 0 1
Todos os exemplos de espaços vetoriais vistos até agora são de espaços finitamente gerados.
Exemplos
3
Exemplo 1 – Em , os vetores u (2, 1, 3) , v ( 1, 0, 2) e w (2, 3,1) são L.D.,
pois podemos escrever a combinação linear 3u 4v w (0, 0, 0) .
Exemplo 2 – Em 3 , os polinômios p1 2 2x 3x 2 4x 3, p2 5x 3x 2 x3 e
p3 4x 2 2x 3 são L.I., pois a1p1 a2p2 a3p3 0 somente quando a1 a2 a3 0.
2
Exemplo 3 – Em , iˆ (1, 0) e jˆ (0,1) são L.I.
2
Exemplo 4 – Em , iˆ (1, 0) e jˆ (0,1) e v (3, 2) são L.D., pois podemos escrever
a combinação linear 3iˆ 2 jˆ v (0, 0) .
Dem
Ou, equivalentemente
Teorema 4’. Um conjunto A v1, v2, , vn é L.I. se, e somente se, nenhum desses vetores
pode ser escrito como combinação linear dos outros.
Do teorema acima podemos concluir que para o caso particular de um conjunto de dois
vetores u, v é L.D. se, e somente se, um vetor é múltiplo escalar do outro, ou seja, u kv
(ou v ku ), onde k é uma constante.
Exemplo
1 2 3 6
A , 2 é um conjunto L.D., pois podemos escrever a
4 3 12 9
1 2 3 6 0 0 3 6 1 2
combinação linear 3 . Notemos que 3 .
4 3 12 9 0 0 12 9 4 3
2
a) 2, 1 , 1, 3 .
b) 1 2x x 2, 2 x 3x 2, 3 4x 7x 2 2 .
3
c) Considere os vetores em dados por u u1, u2, u3 , v v1, v2, v3 e w w1, w2, w 3 .
Determine uma condição necessária e suficiente para que os vetores u, v e w sejam
linearmente independentes.
De fato, voltando ao exemplo (d), A (1, 0), (0,1), (3, 2) temos que qualquer subconjunto
próprio de A é L.I.: A1 (1, 0) , A2 (0,1) , A3 (3, 2) , A4 (1, 0), (0,1) ,
A5 (1, 0), (3, 2) , A6 (0,1), (3, 2) . Porém verificamos que o conjunto A é LD.
1 2 n
1 2 n
det 0
(n 1) (n 1) (n 1)
1 2 n
1 1(x 0 ) 2 2 (x 0 ) n n (x 0 ) 0
1 1
(x 0 ) 2 2 0
(x ) n n 0
(x ) 0
.........................................................
(n 1) (n 1) (n 1)
1 1 (x 0 ) 2 2 (x 0 ) n n (x 0 ) 0
As igualdades podem ser vistas como um sistema de n equações nas incógnitas 1, 2,..., n ,
cuja matriz dos coeficientes tem determinante diferente de zero. Portanto, esse sistema tem
uma única solução 1 2 n 0 . Logo, as funções 1, 2,..., n são LI.
i) B é L.I.
ii) B gera .
Exemplos
2
Exemplo 1 – B (1,1), ( 1, 0) é base do .
2
Note que quaisquer dois vetores não colineares do , portanto L.I. formam uma base desse
espaço.
2
Exemplo 2 – B (1, 0), (0,1) é base do , denominada base canônica.
n
Exemplo 3 – B e1,e2, ,en é base canônica do , onde e1 1, 0, 0, ,0 ,
n
e2 0,1, 0, , 0 ,..., en 0, 0, ,1 são vetores LI então v pode ser escrito
v x1e1 x2e2 xnen .
2
Exemplo 6 – B (1,2), ( 2, 4) não é base do , pois é LD.
2 2
Exemplo 7 – B (3, 1) não é base do , pois não gera todo . Esse conjunto gera uma
2
reta que passa pela origem: (3, 1) (x, y ) ; x 3y .
3 3
Exemplo 8 – B (1,2,1),( 1, 3, 0) não é base do , pois não gera todo . B gera o
3 3
subespaço do dado por x, y, z ; 3x y z 0 e por ser LI é base de .
Observação. Todo conjunto LI de um espaço vetorial é base do subespaço por ele gerado.
Teorema 7. Seja um espaço vetorial finitamente gerado por A v1, v2, , vn . Então,
podemos extrair de A uma base para .
2 2
Exemplo – A (1, 0), (2,3), (0, 1), ( 1, 4) gera . Obtenha, de A uma base para .
Dem Vamos mostrar que todo subconjunto B de que contem mais de n elementos é
L.D. Suponhamos então um tal conjunto B no qual existem elementos distintos u1, u2, , um ,
com m n . Como os elementos de B geram , existem escalares bij tais que
n
wj bij vi ; j 1,..., m
i 1
Consideremos uma combinação linear dos elementos de B , isto é,
m n n m
a1w1 a2w2 am wm aj bij vi a jbij vi
j 1 i 1 i 1 j 1
Com m n , podemos encontrar escalares a1, a2,..., am , não todos nulos, solução do sistema
m
linear homogêneo a jbij 0 com i 1,2,..., n . Logo, a1w1 a2w2 amwm 0 . Assim,
j 1
Corolário 1. Duas bases quaisquer de um mesmo espaço vetorial de dimensão finita têm o
mesmo número de vetores.
Dem Supunha B v1, v2, , vn e B w1, w2, , wm duas bases de . Como B gera
e B é L.I. em , pelo Corolário anterior temos que m n . De outro modo, também temos
que n m , ou seja, m n.
Dem Exercício.
Exemplos
2
1) dim 2
n
2) dim n
4) dim m n mn
5) dim n n 1
6) dim 0 0 , pois 0 é gerado pelo conjunto vazio e, portanto, não possui base.
Dem Suponhamos que os elementos v1, v2, , vn A são todos distintos e que
a1v1 a2v2 anvn bu 0
a1 a2 an
Então, b 0 . Caso contrário, u v1 v2 v , e u estaria no subespaço A .
b b b n
Assim, tem-se que a1v1 a2v2 anvn 0 . Logo, v1, v2, , vn , u é L.I.
Exemplos
2
1 – Complete o conjunto A (2,1) para uma base do .
Dem Exercício.
v1, v2, , vk que é parte de uma base de , v1, v2, , vk , u1, u2, ,u e também é parte de
uma base de , v1, v2, , vk , w1, w2, , wm . O subespaço é gerado pelo conjunto
k m
De fato, considere a combinação linear nula aivi bj u j c pw p 0 .
i 1 j 1 p 1
m k
Então, tem-se que cpw p aivi bj u j , o que mostra que o elemento
p 1 i 1 j 1
m
cpw p w . Por, outro lado, w . Logo, w , o que significa que
p 1
m k m k
cpw p aivi c pw p aivi 0 .
p 1 i 1 p 1 i 1
Como v1, v2, , vk , w1, w2, , wm é L.I. temos que cada um dos escalares cp 0 e ai 0 . Do
Exemplos
4
2 – Sabendo que 0, 1,2, 4 , 1, 0, 1,2 , 1, 1,1,6 e que , determine a
dimensão do subespaço vetorial . Justifique sua resposta.
Dem Exercício.
Dem Exercício.
3 3
Exemplo – , dim 3 . A dimensão de qualquer subespaço do só poderá ser
0, 1, 2 ou 3. Portanto, temos
a. dim 0 então 0 , ou seja, (0, 0, 0) é a origem.
3
d. dim 3 , então .
2) Se soubermos que a dim n , para obtermos uma base de basta que apenas uma das
condições de base esteja satisfeita, pois a outra ocorrerá como conseqüência. Ou seja
a. Se dim n , qualquer subconjunto de com n vetores LI é uma base de .
Base ordenada. Dizemos que uma base B v1, v2, , vn de um espaço vetorial é uma
base ordenada quando fixamos uma ordem dos vetores de B , ou seja, dizemos qual vetor é 1º,
2º, 3º, ..., n ésimo.
2
Por exemplo, B (1, 0),(0,1) e B (0,1),(1, 0) representam a mesma base do mas não
2
a mesma base ordenada do .
Dizemos então que a1, a2, , an são as coordenadas do vetor v na base B , que
a1
a2
representamos v ou v a1, a2, , an
B B
an
Exemplos
2
1 – Escrever as coordenadas do vetor v (2, 3) na base:
2
a) canônica do ;
b) B (1,1),( 1,1) .
5
(1,1)
2
( 1,1)
(1,1)
1( 1,1)
2
a) p(t ) 2 4t t2 2( ) na base B 1, 1 t, 1 t2 .
4
b) v (3, 2, 5,1) em relação à base B 1,2, 3, 0 , 1, 0,2, 0 , 0, 0, 1, 0 , 0,1, 0,2 .
1 2 1 2 0 1 0 0 0 3
c) A 2( ) na base , , , .
0 3 2 1 1 0 1 2 0 0
Comentário. Note que, cada base ordenada B do espaço vetorial determina uma bijeção
n
v a1, a2,..., ai ,...., an
n
Entre o conjunto de elementos de e o conjunto das n uplas de . Além disso, temos
n n
que se v a1, a2,..., ai ,...., an e u b1,b2,...,bi ,...., bn então
n
v u a1 b1,..., ai bi ,...., an bn
n
v a1,..., ai ,...., an
a1
a2
Como podemos relacionar as coordenadas de v em relação à base A , v
A
an
b1
b2
com as coordenadas de v na base B , v ??
B
bn
Já que A u1, u2, , un é uma base de , podemos escrever cada vetor vi como
combinação linear dos u j , isto é, existe uma única família de escalares aij tais que
a11 a21 an 1
B a12 a22 an 2
Denotando I temos que
A
B
v I v .
A A B
Então,
B
i) A matriz I é chamada matriz mudança da base B para a base A .
A
B
ii) Comparando I com a matriz de coeficientes aij em (*), observe que esta matriz é
A
obtida colocando as coordenadas vi em relação à base A na i ésima coluna.
B
iii) Note que uma vez obtida I podemos encontrar as coordenadas de qualquer vetor v
A
em relação à base A , multiplicando a matriz pelas coordenadas de v na base B
(supondo-as conhecidas)
B A
1) Se as bases A e B são iguais então I I I (matriz identidade).
A A
1
B B A
3) A matriz mudança de base I é sempre inversível e I I .
A A B
a1
a2
4) Se a matriz das coordenadas de v em relação uma base A de é v e
A
an
A
P I a matriz mudança de base de A para B (outra base de ). Então a matriz das
B
1
coordenadas de v em relação a B é dada por v P v .
B A
Exemplos
3
1 – Considere as bases do : base canônica e (1,1,1), (1, 0,1), (1, 0, 1) e o vetor
v (2,1, 4) . Determine
a) v
c) v
2 2
2 – Sejam ( 1,1), (1,1) e (2, 0), (0,2) bases ordenadas de e u . Se
u (4, 2) então determine u .
2
1 – Verifique se os conjuntos abaixo são subespaços de .
2
a) x, y ; y ax, a constante real
2
b) x, y ; y x .
2
c) x, y ; y x3
2
d) x, y ; y sen x
3
a.1) x, y, z ; x y z 1 .
3
a.2) x, y, z ; x 2y z .
3
a.3) x, y, z ; xy 0 .
b) 2 .
b.2) A ; A2 A .
b.3) A ; A é inversível .
c) 2 .
c.1) at 2 bt c ; a 2b c 0 .
c.2) at 2 bt c ; c 4 .
d.1) f ; f ( x) f (x ) .
d.2) f ; f 3 0 .
b) 1 2;
c) 1 2.
b) 0 ;
c) F ( , ).
5 – Escreva, se possível, cada vetor v como combinação linear dos elementos de S , sendo:
1 1 3 2 0 0 0 0 4 1
a) v e S , , , .
0 1 0 0 0 3 1 0 9 5
b) v 2, 7 e S 1, 0 , 2, 9 .
c) v 0, 0, 3 e S 2, 0, 0 , 0,1, 0 .
d) v p(t ) t3 4t 2 t 1 e S 2, 3t, t 2 1, t 3 .
e) v f (x ) sen2 x e S cos2 x, 3 .
3
b) x, y, z ; x 2y 3z 0 .
a b
c) 2 ; a c 0 e d 0 .
c d
d) at 3 bt 2 ct d 3 ; b c e a 0
4
a) 1, 0, 0, 0 , 1,1, 0, 0 , 1,1,1, 0 , 1,1,1,1 .
2
b) 1,1 , 1,1 , 1,2 .
1 1 1 1 1 1 1 1
c) , , , 2 .
1 1 1 1 0 0 1 1
0 2 0 3 0 0 0 0 0
d) , , 2 3 .
2 0 0 0 0 0 0 1 0
e) t 2 t, t , 1 2
.
f) t 2, 5t 2 3, 1 2 .
3
a) 1, 0, 0 , 0,5, 2 , 7, 0,2 , 3, ,2 em .
c) A 2 ;A At em 2 .
d) Os subespaços do Exercício 6.
e) sen x, cos x , C ( , ).
f) ex , e2x , e 3x , C ( , ).
3
a) 2,1, 0 , 3, 0,1 , 1,2,1 em .
3
b) 2,1, 2 , 4, 2, 4 em .
4
c) 1,1,1,1 , 0,1, 0, 0 , 0, 0, 0,1 , 0, 0,1, 0 em .
1 0 2 1 3 1
d) , , em 2 .
1 0 1 0 4 0
e) t3 t, t 2 2t, 1 em 3 .
4
x, y, z, w ; x y w z 0 e
a)
x , y, z, w ; z 0 e w 0
3
x, y, z ; x 0 e
b)
0,2, 0 , 1,2, 3 , 7,12,21 , 1, 2, 3
x y
; x 2y w 0, z 0 e
z w
c) 2
x y
; y 3z 0, w 0
z w
4
x , y, z, w ; x w y z w 0
b)
x, y, z, w ; x z 0
5
16 – Determine uma base do que contenha o conjunto 1,1, 0, 0, 0 , 1, 0,1, 0, 0 . Justifique
sua resposta.
3
17 – Sendo 1, 2, 3 , 3,5,1 , 7, 12,1 , encontre um subespaço do tal que
3
.
5
18 – Sejam 1 e 2 subespaços do . Sabendo-se que:
dim 1 2 4;
4
19 – Sabendo que e 1,2, 3, 4 , 3,6,9,12 , determine a dimensão de .
Justifique.
3
a) Um conjunto L.I. de 3 vetores que não geram o ;
4 4
c) Um subespaço de tal que e dim 4;
5 5
d) Dois subespaços e de tais que dim dim 3 e .
B 1, 1, 1 , 1, 2, 0 , 3, 1, 0
a) 4, 5, 3
B 1, 2, 1 , 0, 3, 2 , 1, 1, 4
1 1 1 0 0 0 0 0
1 2 B , , ,
b) 0 0 0 0 0 1 1 0
1 0
B base canônica de 2
( )
B t3 t 2, t 2 t, t 2, 3
c) 2t 3 5t 2 2t
B base canônica de 3
( )
3
24 – No espaço consideremos as bases A e1,e2,e3 e B g1, g2, g3 relacionadas da
g1 e1 e3
seguinte forma g2 2e1 e2 e3 . Determine
g3 e1 2e2 e3
a) A matriz mudança de base de A para B ;
1 2
do mesmo espaço 2( ) é dada por I
1 1
. Determine a base .
3
26 – Considere as bases u1, u2, u3 e w1, w2, w3 do , relacionadas da seguinte
w1 u1 u2 u3
forma w2 2u2 3u3 . Determine:
w3 3u1 u3
1
3
b) Seja u tal que u 2 . Obtenha u .
3