Você está na página 1de 72

Álgebra Linear

26 de agosto de 2022

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 1 / 16


Espaços Vetoriais

Definição 1
Seja V um conjunto, não vazio, sobre o qual estão definidas as operações
de adição e multiplicação por escalar, isto é:
∙ Se u, v ∈ V , temos que u + v ∈ V .
∙ Se u ∈ V e k ∈ R, temos que ku ∈ V .
O conjunto V com essas duas operações é chamado espaço vetorial real se
forem verificados os seguintes axiomas:

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 2 / 16


Espaços Vetoriais

A1 ) Comutatividade: u + v = v + u, ∀u, v ∈ V .
A2 ) Associatividade: u + (v + w ) = (u + v ) + w , ∀u, v , w ∈ V ;
A3 ) Elemento Neutro: existe um único elemento 0V ∈ V tal que
u + 0V = u;
A4 ) Elemento Simétrico: ∀u ∈ V existe um único elemento −u ∈ V tal
que u + (−u) = 0V .

M1 ) Associatividade: (𝛼𝛽)u = 𝛼(𝛽u), ∀u ∈ V e 𝛼, 𝛽 ∈ R;


M2 ) Distributividade para Adição de Elementos: 𝛼(u + v ) = 𝛼u + 𝛼v ,
∀u, v ∈ V e 𝛼 ∈ R;
M3 ) Distributividade para Multiplicação por Escalar: (𝛼 + 𝛽)u = 𝛼u + 𝛽u,
∀u ∈ V e 𝛼, 𝛽 ∈ R;
M4 ) Elemento Identidade: 1 · u = u, ∀u ∈ V .

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 3 / 16


Espaços Vetoriais

∙ A definição de espaço vetorial não especifica quem são os elementos do


conjunto V, veremos mais adiante que esses elementos, chamados de
vetores, podem ser polinômios, matrizes, funções, sequências, entre outros.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 4 / 16


Espaços Vetoriais

∙ A definição de espaço vetorial não especifica quem são os elementos do


conjunto V, veremos mais adiante que esses elementos, chamados de
vetores, podem ser polinômios, matrizes, funções, sequências, entre outros.

∙ A definição de espaço vetorial também não especifica as operações de


soma e multiplicação por escalar, na maioria das vezes elas serão as
operações usuais, porém em algumas aplicações podemos definir outras
operações não tão familiares.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 4 / 16


Espaços Vetoriais

∙ A definição de espaço vetorial não especifica quem são os elementos do


conjunto V, veremos mais adiante que esses elementos, chamados de
vetores, podem ser polinômios, matrizes, funções, sequências, entre outros.

∙ A definição de espaço vetorial também não especifica as operações de


soma e multiplicação por escalar, na maioria das vezes elas serão as
operações usuais, porém em algumas aplicações podemos definir outras
operações não tão familiares.

∙ Se na Definição 1 tivéssimos tomado para escalares o conjunto C


(números complexos), V seria um espaço vetorial complexo.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 4 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 1
O conjunto V = R2 com as operações usuais de adição e multiplicação
por escalar definidas por:

u + v = (x1 , y1 ) + (x2 , y2 ) = (x1 + x2 , y1 + y2 ), ∀ u, v ∈ V ,

𝛼u = 𝛼(x , y ) = (𝛼x , 𝛼y ), ∀u ∈ V e 𝛼 ∈ R,
é um espaço vetorial.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 5 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 2
O conjunto V = Rn = {(x1 , x2 , · · · , xn ) | xi ∈ R} com as operações de
adição e multiplicação por escalar definidas por:

u + v = (x1 , x2 , · · · , xn ) + (y1 , y2 , · · · , yn ) = (x1 + y1 , x2 + y2 , · · · , xn + yn )

𝛼u = (𝛼x1 , 𝛼x2 , · · · , 𝛼xn )


é um espaço vetorial.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 6 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 3
O conjunto das matrizes m × n, denotado pelo símbolo Mm×n , em relação
às operações usuais de adição de matrizes e multiplicação por escalar, é
um espaço vetorial.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 7 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 3
O conjunto das matrizes m × n, denotado pelo símbolo Mm×n , em relação
às operações usuais de adição de matrizes e multiplicação por escalar, é
um espaço vetorial.

Exemplo 4
Seja Pn (R) o conjunto de todos os polinômios de grau menor ou igual a n,
isso é,
p(x ) = a0 + a1 x + a2 x 2 + · · · + an−1 x n−1 + an x n
com ai ∈ R para i = 0, 1, ..., n.
Pn (R) constitui um espaço vetorial se considerarmos as operações usuais
de adição de polinômios e multiplicação de polinômio por escalar.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 7 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 5
O conjunto F (R) = {f : R → R | f é uma função } das funções reais, com
as operações de adição e multiplicação por escalar definidas por:

∙ (f + g)(x ) = f (x ) + g(x ) para todos f , g ∈ F (R)

∙ (𝛼f )(x ) = 𝛼f (x ) para todo f ∈ F (R) e 𝛼 ∈ R


é um espaço vetorial.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 8 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 6
SejaV = R2 . Mostre que esse conjunto não é um espaço vetorial com as
operações definidas abaixo:

∙ (x1 , y1 ) + (x2 , y2 ) = (x1 + x2 , y1 + y2 );

∙ k(x1 , y1 ) = (kx1 , y1 ).

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 9 / 16


Espaços Vetoriais

Exemplo 7
Mostre que o conjunto V = {(x , y ) ∈ R2 |x , y > 0} é um espaço vetorial
com as seguintes operações não usuais:

∙ (x1 , y1 ) + (x2 , y2 ) = (x1 · x2 , y1 · y2 );

∙ k · (x1 , y1 ) = (x1k , y1k ).

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 10 / 16


Espaços Vetoriais

Teorema 1 (Unicidade do elemento neutro)


Seja V um espaço vetorial sobre R. Então, existe um único elemento
neutro da operação de adição 0V ∈ V .

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 11 / 16


Espaços Vetoriais

Teorema 1 (Unicidade do elemento neutro)


Seja V um espaço vetorial sobre R. Então, existe um único elemento
neutro da operação de adição 0V ∈ V .

Teorema 2 (Unicidade do elemento simétrico)


Seja V um espaço vetorial sobre R. Então, todo elemento u ∈ V possui
um único elemento simétrico.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 11 / 16


Espaços Vetoriais

Teorema 1 (Unicidade do elemento neutro)


Seja V um espaço vetorial sobre R. Então, existe um único elemento
neutro da operação de adição 0V ∈ V .

Teorema 2 (Unicidade do elemento simétrico)


Seja V um espaço vetorial sobre R. Então, todo elemento u ∈ V possui
um único elemento simétrico.

Teorema 3 (Lei do Cancelamento)


Sejam V um espaço vetorial sobre R e u, v , w ∈ V . Se

u+v =u+w

então v = w .

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 11 / 16


Espaços Vetoriais

Teorema 4
Sejam V , um espaço vetorial sobre R, u, v ∈ V e 𝛼, 𝛽 ∈ R. Temos as
seguintes propriedades:
(a) 0R · u = 0V
(b) 𝛼 · 0V = 0V
(c) (−𝛼 · u) = −(𝛼 · u) = 𝛼 · (−u)
(d) Se 𝛼 · u = 0V então 𝛼 = 0R ou u = 0V
(e) Se 𝛼 · u = 𝛼 · v e 𝛼 ̸= 0R então u = v
(f) Se 𝛼 · u = 𝛽 · u e u ̸= 0V então 𝛼 = 𝛽

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 12 / 16


Subespaços Vetoriais

Definição 2
Seja V um espaço vetorial sobre R e U um subconjunto não vazio de V .
Dizemos que U é um subespaço vetorial de V se U é um espaço vetorial.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 13 / 16


Subespaços Vetoriais

Definição 2
Seja V um espaço vetorial sobre R e U um subconjunto não vazio de V .
Dizemos que U é um subespaço vetorial de V se U é um espaço vetorial.

Teorema 5
Um subconjunto não vazio U, de um espaço vetorial V sobre o corpo dos
reais, é um subespaço vetorial de V se e somente se:
(i) Para quaisquer elementos u, v ∈ U, tem-se que u + v ∈ U.
(ii) Para qualquer elemento u ∈ U e qualquer escalar 𝛼 ∈ R tem-se que
𝛼u ∈ U.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 13 / 16


Subespaços Vetoriais

Observações:

1) Todo espaço vetorial V admite pelo menos dois subespaços: o


subespaço nulo, denotado por {0}, e o próprio espaço vetorial V.

2) Para mostrar que um subconjunto U de um espaço vetorial forma um


subespaço vetorial, devemos mostrar que U é não vazio e que as
propriedades (i) e (ii) do Teorema 5 são satisfeitas. Como todo subespaço
vetorial deve conter o vetor nulo, podemos mostrar que U é não vazio
mostrando que 0V ∈ U.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 14 / 16


Subespaços vetoriais

Exemplo 8
Para cada item abaixo, verifique se W é subespaço vetorial, caso não seja,
apresente um contraexemplo.

a) W = {(x , y ) ∈ R2 |y = 3x };

b) W = {(x , y ) ∈ R2 |y = x + 1};

c) W = {(x , 2)|x ∈ R};

d) W = {A ∈ M(2,2) |A = AT };

e) W = {A ∈ M(2,2) |a11 · a12 = 0};

f) W = {p ∈ P2 (R)|p(3) = 0};

g) W = {f ∈ F (R)|f (−x ) = f (x )}.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 15 / 16


Subespaços vetoriais

Espaço solução de sistemas lineares homogêneos


Se Ax = 0 é um sistema de equações lineares, então cada vetor x que
satisfaz esse sistema é chamado de vetor-solução do sistema.

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 16 / 16


Subespaços vetoriais

Espaço solução de sistemas lineares homogêneos


Se Ax = 0 é um sistema de equações lineares, então cada vetor x que
satisfaz esse sistema é chamado de vetor-solução do sistema.

Exemplo 9
Mostre que se Ax = 0 é um sistema linear homogêneo de m equações e n
incógnitas, então o conjunto dos vetores-solução é um subespaço de Rn .

() Álgebra Linear 26 de agosto de 2022 16 / 16


Álgebra Linear

8 de setembro de 2022

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 1 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Definição 3
Seja V um espaço vetorial sobre R. Um vetor v ∈ V é uma combinação
linear dos vetores v1 , v2 , · · · , vk ∈ V se existirem escalares
𝛼1 , 𝛼2 , · · · , 𝛼k ∈ R tais que:
k
∑︁
v = 𝛼1 .v1 + 𝛼2 .v2 + · · · + 𝛼k .vk = (𝛼i .vi )
i=1

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 2 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Definição 4
Sejam V um espaço vetorial sobre R e S um conjunto finito de elementos
de V , isto é, S = {v1 , · · · , vn }. O subconjunto U construído a partir dos
elementos de S da seguinte forma:
n
{︃ }︃
∑︁
U= u∈V |u= 𝛼i · vi ; 𝛼i ∈ R
i=1

é um subespaço vetorial de V , que vamos denotar por

U = [v1 , · · · , vn ] ou por U = ger (v1 , · · · , vn ).

U é denominado subespaço gerado pelos elementos de S.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 3 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Exemplo 10
Dados os vetores v1 = (1, −3, 2) e v2 = (2, 4, −1) em R3 .

a) Escrever o vetor w = (−4, −18, 7) como combinação linear dos vetores


v1 e v2 .

b) Mostre que o vetor u = (4, 3, −6) não é combinação linear dos vetores
v1 e v2 .

c) Determinar x , y , z de modo que (x , y , z) seja combinação linear dos


vetores v1 e v2 .

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 4 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Exemplo 11
Determine o subespaço do R3 gerado pelo vetor v = (1, 3, 2).

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 5 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Exemplo 11
Determine o subespaço do R3 gerado pelo vetor v = (1, 3, 2).

Exemplo 12
Determine o subespaço U do R3 gerado pelo conjunto
{(1, 0, 1), (0, 1, 1), (−1, 1, 0)}.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 5 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Exemplo 11
Determine o subespaço do R3 gerado pelo vetor v = (1, 3, 2).

Exemplo 12
Determine o subespaço U do R3 gerado pelo conjunto
{(1, 0, 1), (0, 1, 1), (−1, 1, 0)}.

Exemplo 13
Em P2 (R) , determine se p(x ) = 1 − 3x + x 2 pertence ao ger (q(x ), r (x )),
em que q(x ) = 1 − x + x 2 e r (x ) = 2 + 3x .

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 5 / 18


Combinação Linear e Espaços Gerados

Exemplo 14
Considere o espaço vetorial real U = {(x , y , z) ∈ R3 | x + y − z = 0}.
Determine um sistema de geradores para U.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 6 / 18


Dependência e Independência Linear
Definição 5
Seja V um espaço vetorial sobre R e v1 , v2 , · · · , vn ∈ V . Dizemos que o
conjunto U = {v1 , v2 , · · · , vn } é Linearmente Independente (LI) se, e
somente se, toda combinação linear nula:

𝛼1 .v1 + 𝛼2 .v2 + · · · + 𝛼n .vn = 0

implicar que 𝛼1 = 𝛼2 = · · · = 𝛼n = 0

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 7 / 18


Dependência e Independência Linear
Definição 5
Seja V um espaço vetorial sobre R e v1 , v2 , · · · , vn ∈ V . Dizemos que o
conjunto U = {v1 , v2 , · · · , vn } é Linearmente Independente (LI) se, e
somente se, toda combinação linear nula:

𝛼1 .v1 + 𝛼2 .v2 + · · · + 𝛼n .vn = 0

implicar que 𝛼1 = 𝛼2 = · · · = 𝛼n = 0

Definição 6
Seja V um espaço vetorial sobre R e v1 , v2 , · · · , vn ∈ V . Dizemos que o
conjunto U = {v1 , v2 , · · · , vn } é Linearmente Dependente (LD) se, e
somente se, é possível uma combinação linear nula:

𝛼1 .v1 + 𝛼2 .v2 + · · · + 𝛼n .vn = 0

de forma que nem todos os 𝛼is sejam nulos.


() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 7 / 18
Dependência e Independência Linear

Exemplo 15
Verifique em P2 (R), se os vetores p1 (x ) = x 2 − 2x + 3,
p2 (x ) = 2x 2 + x + 8 e p3 (x ) = x 2 + 8x + 7 são L.I. ou L.D.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 8 / 18


Dependência e Independência Linear

Teorema 6
Considere o espaço vetorial C (n−1) ([a, b]). O conjunto
U = {f1 (x ), f2 (x ), · · · , fn (x )} é linearmente dependente se, e somente
se, o determinante det(A(x)) = 0 para todo x ∈ [a, b], onde a matriz
A(x ) é dada por:

f1 (x ) f2 (x ) ··· fn (x )
⎡ ⎤
′ ′ ′

⎢ f1 (x ) f2 (x ) ··· fn (x ) ⎥

′′ ′′ ′′
f1 (x ) f2 (x ) ··· fn (x )
⎢ ⎥
A(x ) = ⎢ ⎥
⎢ .. .. .. .. ⎥
. . . .
⎢ ⎥
⎣ ⎦
(n−1) (n−1) (n−1)
f1 (x ) f2 (x ) · · · fn (x )

O determinante da matriz A(x ) é denominado Wronskiano das funções


f1 (x ), f2 (x ), · · · , fn (x ) que vamos denotar por W (f1 , f2 , · · · , fn ).

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 9 / 18


Dependência e Independência Linear

Exemplo 16
Mostre que as funções f (x ) = e x e g(x ) = xe x são linearmente
independentes para x ∈ R.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 10 / 18


Dependência e Independência Linear

Exemplo 16
Mostre que as funções f (x ) = e x e g(x ) = xe x são linearmente
independentes para x ∈ R.

Exemplo 17
Mostre que as funções f (x ) = sen(x ) e g(x ) = xsen(x ) são linearmente
independentes para x ∈ R.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 10 / 18


Base e Dimensão

Definição 7
Seja V um espaço vetorial sobre R e B um subconjunto de V . Dizemos
que B é uma base para V se B for:
i) um conjunto gerador de V .
ii) um conjunto Linearmente Independente.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 11 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 18
O conjunto B = {(1, 0), (0, 1)} é L.I. em R2 e gera o espaço R2 . Sendo
assim, B é uma base para o R2 . Essa base é chamada de base canônica do
R2 .

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 12 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 18
O conjunto B = {(1, 0), (0, 1)} é L.I. em R2 e gera o espaço R2 . Sendo
assim, B é uma base para o R2 . Essa base é chamada de base canônica do
R2 .

Exemplo 19
O conjunto B = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} é L.I. em R3 e gera o espaço
R3 . Sendo assim, B é uma base para o R3 . Essa base é chamada de base
canônica do R3 .

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 12 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 18
O conjunto B = {(1, 0), (0, 1)} é L.I. em R2 e gera o espaço R2 . Sendo
assim, B é uma base para o R2 . Essa base é chamada de base canônica do
R2 .

Exemplo 19
O conjunto B = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} é L.I. em R3 e gera o espaço
R3 . Sendo assim, B é uma base para o R3 . Essa base é chamada de base
canônica do R3 .

Exemplo 20
O conjunto {(1, 0, 0), (0, 1, 0)} não é uma base do R3 . Apesar de ser L.I.
ele não gera o R3 .

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 12 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 21
O conjunto {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1), (1, 2, 5)} não é uma base do R3 .
Nesse caso, o conjunto gera R3 , porém não é L.I.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 13 / 18


Base e Dimensão

Teorema 7
Seja B = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base do espaço vetorial V . Então cada
vetor v ∈ V se escreve de maneira única como
v = a1 v1 + a2 v2 + · · · + an vn𝜇 em que a1 , a2 , . . . , an ∈ R.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 14 / 18


Base e Dimensão

Teorema 7
Seja B = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base do espaço vetorial V . Então cada
vetor v ∈ V se escreve de maneira única como
v = a1 v1 + a2 v2 + · · · + an vn𝜇 em que a1 , a2 , . . . , an ∈ R.

Teorema 8
Toda lista de vetores que gera um espaço vetorial V, de dimensão finita,
pode ser reduzida a uma base.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 14 / 18


Base e Dimensão

Teorema 7
Seja B = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base do espaço vetorial V . Então cada
vetor v ∈ V se escreve de maneira única como
v = a1 v1 + a2 v2 + · · · + an vn𝜇 em que a1 , a2 , . . . , an ∈ R.

Teorema 8
Toda lista de vetores que gera um espaço vetorial V, de dimensão finita,
pode ser reduzida a uma base.

Corolário 1
Todo espaço vetorial V, de dimensão finita, tem uma base.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 14 / 18


Base e Dimensão

Teorema 9
Todo conjunto de vetores L.I. de um espaço vetorial V, de dimensão finita,
pode ser estendida a uma base de V.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 15 / 18


Base e Dimensão

Teorema 9
Todo conjunto de vetores L.I. de um espaço vetorial V, de dimensão finita,
pode ser estendida a uma base de V.

Definição 8
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita. Se V tem uma base
consistindo em n vetores, dizemos que V tem dimensão n e denotamos por
dim V = n. Convencionamos que se V é o espaço vetorial nulo, então
dim V = 0.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 15 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 22
a) dim R2 = 2

b) dim Rn = n

c) dim ℳ(2,2) = 4

d) dim Pn (R) = n + 1

e) dim ℳ(n,m) = n × m

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 16 / 18


Base e Dimensão

Teorema 10
Seja V um espaço vetorial com dimensão finita. Então qualquer conjunto
que gera V e que tem uma quantidade de vetores igual a dimensão de V, é
uma base de V.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 17 / 18


Base e Dimensão

Teorema 10
Seja V um espaço vetorial com dimensão finita. Então qualquer conjunto
que gera V e que tem uma quantidade de vetores igual a dimensão de V, é
uma base de V.

Teorema 11
Seja V um espaço vetorial finito. Então qualquer conjunto de vetores L.I.
de V com comprimento igual a dimensão de V é uma base de V.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 17 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 23
Determine a dimensão e uma base do }︀espaço vetorial
W = (x , y , z) ∈ R3 | 2x + y + z = 0 .
{︀

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 18 / 18


Base e Dimensão

Exemplo 23
Determine a dimensão e uma base do }︀espaço vetorial
W = (x , y , z) ∈ R3 | 2x + y + z = 0 .
{︀

Exemplo 24
Determine
{︁ a dimensão e }︁uma base do espaço vetorial
U = A ∈ M2 | A = AT .

Exemplo 25
Determine a dimensão e uma base do espaço vetorial
U = {p ∈ P2 (R) | p(1) = 0}.

() Álgebra Linear 8 de setembro de 2022 18 / 18


Álgebra Linear

21 de setembro de 2022

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 1 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Frequentemente, nos é dado um conjunto U = {v1 , v2 , . . . , vn } de vetores


de Rn e queremos encontrar uma base do subespaço W de Rn gerado
pelos vetores dados, ou seja, uma base para

W = ger(U) = ger (v1 , v2 , . . . , vn ) .

O seguinte algoritmo mostra como encontrar esta base para W .

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 2 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Passo 1: Construa a matriz M cujas colunas sejam os vetores dados.

Passo 2: Reduza M à forma escalonada.

Passo 3: Para cada coluna Ck da matriz escalonada que não tenha pivô,
elimine o vetor vk da lista U dada.

Passo 4: A base será formada pelos vetores não eliminados de U (que


correspondem às colunas com pivôs).

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 3 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Exemplo 26
Seja 𝒲 o subespaço de R5 gerado pelo conjunto 𝒜 = {v1 , v2 , v3 , v4 } , em
que:
v1 = (1, 0, −1, 2, 0), v2 = (2, 1, 3, 0, 0),
v3 = (0, 1, −5, 4, 0), v4 = (1, 0, −11, 10, 0).
Determine uma base para 𝒲.

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 4 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Exemplo 26
Seja 𝒲 o subespaço de R5 gerado pelo conjunto 𝒜 = {v1 , v2 , v3 , v4 } , em
que:
v1 = (1, 0, −1, 2, 0), v2 = (2, 1, 3, 0, 0),
v3 = (0, 1, −5, 4, 0), v4 = (1, 0, −11, 10, 0).
Determine uma base para 𝒲.

Começamos considerando a matriz M cujas colunas são os vetores de 𝒜 :


⎛ ⎞
1 2 0 1

⎜ 0 1 1 0 ⎟⎟
M=⎜ −1 3 −5 −11 ⎟
⎜ ⎟
⎜ ⎟
⎝ 2 0 4 10 ⎠
0 0 0 0

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 4 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Utilizando as operações elementres, escalonamos a matriz M:


⎛ ⎞ ⎛ ⎞
1 2 0 1 1 2 0 1

⎜ 0 1 1 0 ⎟⎟

⎜ 0 1 1 0 ⎟⎟
−1 3 −5 −11 ⎟ 0 5 −5 −10 ⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎜
0 −4 4
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ 2 0 4 10 ⎠ ⎝ 8 ⎠
0 0 0 0 0 0 0 0
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
1 2 0 1 1 2 0 1

⎜ 0 1 1 0 ⎟⎟

⎜ 0 1 1 0 ⎟

0 0 −10 −10 ⎟ 0 0 1 1
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎜ ⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ 0 0 8 8 ⎠ ⎝ 0 0 1 1 ⎠
0 0 0 0 0 0 0 0

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 5 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

⎛ ⎞
1 2 0 1

⎜ 0 1 1 0 ⎟

0 0 1 1 ⎟ = M′
⎜ ⎟

⎜ ⎟
⎝ 0 0 0 0 ⎠
0 0 0 0

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 6 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

⎛ ⎞
1 2 0 1

⎜ 0 1 1 0 ⎟

0 0 1 1 ⎟ = M′
⎜ ⎟

⎜ ⎟
⎝ 0 0 0 0 ⎠
0 0 0 0

Os pivôs da matriz escalonada M ′ aparecem nas colunas C1 , C2 e C3 . Por


isso, eliminamos o vetor v4 dos quatro vetores originais. Os vetores
restantes, v1 , v2 e v3 , que correspondem às colunas com pivôs da matriz
escalonada, formam uma base de W . Assim, em particular, dim W = 3.

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 6 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Exemplo 27
Seja 𝒲 o subespaço de R5 gerado pelo conjunto 𝒜 = {v1 , v2 , v3 , v4 } , em
que:
v1 = (1, 0, −1, 2, 0), v2 = (2, 1, 3, 8, 0),
v3 = (3, 1, 2, 10, 0), v4 = (0, 1, 6, 4, 0).
Determine uma base para 𝒲.

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 7 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Exemplo 27
Seja 𝒲 o subespaço de R5 gerado pelo conjunto 𝒜 = {v1 , v2 , v3 , v4 } , em
que:
v1 = (1, 0, −1, 2, 0), v2 = (2, 1, 3, 8, 0),
v3 = (3, 1, 2, 10, 0), v4 = (0, 1, 6, 4, 0).
Determine uma base para 𝒲.

Novamente, consideramos a matriz M cujas colunas são os vetores de 𝒜 :


⎛ ⎞
1 2 3 0

⎜ 0 1 1 1 ⎟

M=⎜ −1 3 2 6
⎜ ⎟

⎜ ⎟
⎝ 2 8 10 4 ⎠
0 0 0 0

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 7 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

Escalonamos a matriz M usando operações de linha:


⎛ ⎞ ⎛ ⎞
1 2 3 0 1 2 3 0

⎜ 0 1 1 1 ⎟


⎜ 0 1 1 1 ⎟

−1 3 2 6 0 5 5 6
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ 2 8 10 4 ⎠ ⎝ 0 4 4 4 ⎠
0 0 0 0 0 0 0 0
⎛ ⎞
1 2 3 0

⎜ 0 1 1 1 ⎟

0 0 0 1 ⎟ = M′
⎜ ⎟

⎜ ⎟
⎝ 0 0 0 0 ⎠
0 0 0 0
Temos que as colunas da matriz escalonada M ′ que contém pivô são as
colunas de número C1 , C2 e C4 , portanto:

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 8 / 13


Determinando uma base para W = ger (v1 , v2 , v3 , . . . , vn )

ℬ = {v1 , v2 , v4 } = {(1, 0, −1, 2, 0), (2, 1, 3, 8, 0), (0, 1, 6, 4, 0)}


é uma base para 𝒲.

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 9 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Definição 9
Sejam U e W subconjuntos de um espaço vetorial V . A soma U + W de
U e W consiste de todas as somas u + w , em que u ∈ U e w ∈ W . Isto é,

U + W = {u + w | u ∈ U e w ∈ W }.

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 10 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Definição 9
Sejam U e W subconjuntos de um espaço vetorial V . A soma U + W de
U e W consiste de todas as somas u + w , em que u ∈ U e w ∈ W . Isto é,

U + W = {u + w | u ∈ U e w ∈ W }.

Teorema 12
A soma U + W dos subespaços vetoriais U e W do espaço vetorial V é
também um subespaço vetorial de V .

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 10 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Exemplo 28
que W1 = (x , y , z, t) ∈ R4 | y + z = t e
{︀ }︀
Sabendo
W2 = (x , y , z, t) ∈ R4 | x − y = 0 e z − t = 0}, determine uma base
{︀

para W1 + W2 e W1 ∩ W2 .

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 11 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Exemplo 28
que W1 = (x , y , z, t) ∈ R4 | y + z = t e
{︀ }︀
Sabendo
W2 = (x , y , z, t) ∈ R4 | x − y = 0 e z − t = 0}, determine uma base
{︀

para W1 + W2 e W1 ∩ W2 .

Exemplo 29
Sejam W1 = ger((1, 0, −1), (1, 2, 1)) e W2 = ger((1, 1, 1), (1, 0, 0))
a) Determine W1 + W2 .
b) Determine uma base para W1 ∩ W2 .

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 11 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Teorema 13
Sejam U e W subespaços vetoriais de dimensão finita de um espaço
vetorial V . Então U + W tem dimensão finita e

dim(U + W ) = dim U + dim W − dim(U ∩ W ).

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 12 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Teorema 13
Sejam U e W subespaços vetoriais de dimensão finita de um espaço
vetorial V . Então U + W tem dimensão finita e

dim(U + W ) = dim U + dim W − dim(U ∩ W ).

Exemplo 30
Sejam U e W subespaços de R4 tais que dim U = 3 e

U ∩ W = ger((1, −1, 2, 3), (2, 1, −1, −2), (3, 3, −4, −7))

Determine as possíveis dimensões dos subespaços W e U + W .

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 12 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Definição 10
Diz-se que o espaço vetorial V é soma direta de seus subespaços U e W , o
que se denota por V = U ⊕ W , se todo vetor v ∈ V pode se escrever de
maneira única como v = u + w , em que u ∈ U e w ∈ W .

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 13 / 13


Soma de subespaços vetoriais

Definição 10
Diz-se que o espaço vetorial V é soma direta de seus subespaços U e W , o
que se denota por V = U ⊕ W , se todo vetor v ∈ V pode se escrever de
maneira única como v = u + w , em que u ∈ U e w ∈ W .

Teorema 14
O espaço vetorial V é soma direta de seus subespaços U e W se, e
somente se,

(i) V = U + W ;

(ii) U ∩ W = {0}.

() Álgebra Linear 21 de setembro de 2022 13 / 13

Você também pode gostar