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7. V = Mm×n (R) = {Am×n = (aij )1≤i≤m,1≤j≤n |aij ∈ R; ∀i, j} sobre o corpo R é um espaço
vetorial real; considerando as operações usuais de adição e multiplicação por escalar;
λ ∈ K = R.
8. V = Mm×n (C) = {Am×n = (aij )1≤i≤m,1≤j≤n |aij ∈ C; ∀i, j} sobre o corpo C é um espaço
vetorial complexo; considerando as operações usuais de adição e multiplicação por
escalar; λ ∈ K = C.
9. V = Mm×n (C) = {Am×n = (aij )1≤i≤m,1≤j≤n |aij ∈ C; ∀i, j} sobre o corpo R é um espaço
vetorial real; considerando as operações usuais de adição e multiplicação por escalar;
λ ∈ K = R.
0(t) = 0 + 0t + . . . + 0t j + . . . + 0t n = 0.
0(t) = 0 + 0t + . . . + 0t j + . . . + 0t n = 0.
∀u, v ∈ W ⇒ u + v ∈ W,
∀u ∈ W; ∀λ ∈ K ⇒ λu ∈ W.
1. O conjunto {0} que contém apenas o vetor nulo é denominado espaço vetorial
nulo.
2. Se V é um espaço vetorial sobre o corpo K, então o espaço vetorial nulo {0} e o espaço
vetorial V são os subespaços impróprios ou triviais de V.
Enquanto que os demais são denominados subespaços próprios de V.
3. Se V é um espaço vetorial sobre o corpo K, então o subespaço W de V é também um
espaço vetorial sobre K.
∀u = (x, x), v = (y , y ) ∈ W; ⇒ u + v = (x + y , x + y ) ∈ W
0
3. W = {p(t) ∈ P3 (R)|p(t) + p (t) = 0} é um subespaço vetorial do P3 (R).
(I) Adição de vetores:
0 0 0 0
∀p(t), q(t) ∈ W ⇒ p(t) + q(t) = −p (t) − q (t) = −(p (t) + q (t)) =
0 0
−(p(t) + q(t)) ⇒ (p(t) + q(t)) + (p(t) + q(t)) = 0 ⇒ p(t) + q(t) ∈ W, e
(II) Multiplicação por escalar:
0 0 0
∀p(t) ∈ W; ∀λ ∈ R ⇒ λp(t) = λ(−p (t)) = −(λp (t)) = −(λp(t)) ⇒
0
λp(t) + (λp(t)) = 0 ⇒ λp(t) ∈ W.
x1
x2
5. Seja A ∈ Mn (R) e Xn×1 = então, W = {u = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Rn |AX = 0n×1 };
..
.
xn
onde, Xn×1 é o conjunto solução do sistema linear homogêneo.
W é um subespaço vetorial do Rn .
1. W = {u = (x, y ) ∈ R2 |x = y 2 }
(I) Adição de vetores:
∀u, v ∈ W; tais que, u = (y12 , y1 ) e v = (y22 , y2 )
⇒ u + v = (y12 + y22 , y1 + y2 ) ⇒ y12 + y22 6= (y1 + y2 )2 ⇒ u + v ∈
/ W, e
(II) Multiplicação por escalar:
∀u ∈ W; ∀λ ∈ R ⇒ λu = λ(y12 , y1 ) = (λy12 , λy1 ) ⇒ λy12 6= (λy1 )2 ⇒ λu ∈/ W.
Por (I) e (II), podemos concluir que W não é um subespaço vetorial do R2 .
2. W = {A ∈ Mn (R)|A = A2 }
(I) Adição de vetores:
∀A, B ∈ W; tais que, A = A2 e B = B 2 ⇒ A + B = A2 + B 2 6= (A + B)2
⇒A+B ∈ / W, e
(II) Multiplicação por escalar:
∀A ∈ W; ∀λ ∈ R ⇒ λA = λA2 6= (λA)2 ⇒ λA ∈ / W.
Por (I) e (II), podemos concluir que W não é um subespaço vetorial do Mn (R).
1. Seja o conjunto V = C([a, b]) = {f : [a, b] −→ R|f é uma função contı́nua }, com a
operação de adição de elementos e a operação de multiplicação por escalar definidas em
F (R) = {f : R −→ R|f é uma função }: (f + g )(x) = f (x) + g (x) e (λf )(x) = λf (x).
Verifique se C([a, b]) é um espaço vetorial real.
2. Considere o conjunto V = {x ∈ R|x > 0}. Definido com as operações usuais de adição e
multiplicação por escalar em R : Verique se (V, +, .) é um espaço vetorial real.
3. Sejam V e U espaços vetoriais sobre o mesmo corpo K.
Mostre que Z = V × U = {(v , u)/v ∈ V e u ∈ U} munido das seguintes operações:
(i) (v1 , u1 ) + (v2 , u2 ) = (v1 + v2 , u1 + u2 )
(ii) λ(v , u) = (λv , λu), λ ∈ K
é um espaço vetorial sobre o corpo K.
Figura: W1 e W2 subespaços de V.
Figura: W1 ∩ W2 e W1 ∪ W2 .
28 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo Suplementar - 2021.1
Subespaços Vetoriais
Exemplos
Figura: W1 + W2 = V = R2 .
Definição:
Sejam V um espaço vetorial sobre o corpo K, W1 e W2 subespaços vetoriais de V.
Indicamos por W1 ∩ W2 e denominamos Intersecção dos Subespaços W1 e W2 o
seguinte subconjunto do espaço vetorial V:
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 e u ∈ W2 }
Exemplo: Sejam V = R3 , W1 = {u ∈ R3 | x = 0} e W2 = {u ∈ R3 | y + z = 0}
subespaços vetoriais de V.
Então,
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 e u ∈ W2 }
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | x = 0 e y + z = 0}
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | u = (0, −z, z)}
Definição:
Sejam V um espaço vetorial sobre o corpo K, W1 e W2 subespaços vetoriais de V.
Indicamos por W1 ∪ W2 e denominamos União dos Subespaços W1 com W2 o seguinte
subconjunto do espaço vetorial V:
W1 ∪ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 ou u ∈ W2 }
Exemplo: Sejam V = R3 , W1 = {u ∈ R3 | x = 0} e W2 = {u ∈ R3 | y + z = 0}
subespaços vetoriais de V.
Então,
W1 ∪ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 ou u ∈ W2 }
W1 ∪ W2 = {u ∈ V | x = 0 ou y + z = 0}
W1 ∪ W2 = {u ∈ V | u = (0, y , z) ou u = (x, −z, z)}
Definição:
Sejam V um espaço vetorial sobre o corpo K, W1 e W2 subespaços vetoriais de V.
Indicamos por W1 + W2 e denominamos Soma dos Subespaços W1 com W2 o seguinte
subconjunto do espaço vetorial V:
W1 + W2 = {u ∈ V | u = u1 + u2 ; u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2 }
Exemplo: Sejam V = R3 , W1 = {u ∈ R3 | x = 0} e W2 = {u ∈ R3 | y + z = 0}
subespaços vetoriais de V.
Então,
W1 + W2 = {u ∈ V | u = u1 + u2 ; u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2 }
W1 + W2 = {u ∈ V | u = u1 + u2 ; u1 = (0, y1 , z1 ) ∈ W1 e u2 = (x2 , −z2 , z2 ) ∈ W2 }
W1 + W2 = {u ∈ V | u = (x2 , y1 − z2 , z1 + z2 )}
Definição:
Sejam V um espaço vetorial sobre o corpo K, W1 e W2 subespaços vetoriais de V;
tais que W1 ∩ W2 = {0}.
Indicamos por W1 ⊕ W2 e denominamos Soma Direta dos Subespaços W1 com W2 o
seguinte subconjunto do espaço vetorial V:
W1 ⊕ W2 = {u ∈ V | u = u1 ⊕ u2 ; u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2 }
Exemplo: Sejam V = R3 , W1 = {u ∈ R3 | x = 0} e W2 = {u ∈ R3 | y = z = 0}
subespaços vetoriais de V.
Então,
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | x = 0 e y = z = 0} = {u = (0, 0, 0)} = {0}
W1 ⊕ W2 = {u ∈ V | u = u1 ⊕ u2 ; u1 = (0, y1 , z1 ) ∈ W1 e u2 = (x2 , 0, 0) ∈ W2 }
W1 ⊕ W2 = {u ∈ V | u = (x2 , y1 , z1 )}
1. Note que na soma direta dos subespaços vetoriais, o subespaço vetorial nulo {0} é o
conjunto intersecção destes susbespaços.
2. Os vetores u ∈ W1 ⊕ W2 ; são obtidos de forma única pela soma dos vetores oriundos
de cada subespaço: u = u1 ⊕ u2 ; u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2 .
Exemplo: W1 = {u ∈ R3 | x = 0} e W2 = {u ∈ R3 | y = z = 0}
Então,
u ∈ W1 ⊕ W2 ⇒ u = u1 ⊕ u2 = (x2 , y1 , z1 ); u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2
Note que se tomarmos, por exemplo, um vetor u = (2, 4, −7) ∈ W1 + W2 , então;
u = (2, 4, −7) = (0, y , z) + (x, 0, 0) = (0, 4, −7) + (2, 0, 0);
| {z } | {z }
u1 ∈W1 u2 ∈W2
não conseguimos outros vetores em W1 e W2 cuja soma resulte no vetor u.
Definição:
Sejam V um espaço vetorial sobre o corpo K, W1 e W2 subespaços vetoriais de V.
Dizemos que V é Soma Direta dos Subespaços W1 com W2 se, e somente se,
(I) W1 ∩ W2 = {0}; e
(II) V = W1 + W2 .
notação: V = W1 ⊕ W2
Observe que ∀u ∈ V ⇒ u = u1 ⊕ u2 ; u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2 .
Exercı́cio.1:
Sejam V = Mn (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {A ∈ Mn (R)|A = At } e
W2 = {A ∈ Mn (R)|A = −At } subespaços vetoriais de V.
1. Determine o conjunto (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
2. Determine o conjunto (W1 ∪ W2 ) ⊆ V.
3. Determine o conjunto (W1 + W2 ) ⊆ V.
4. Verifique se W1 é soma direta com W2 .
5. V = W1 ⊕ W2 ? (justifique sua resposta)
Exercı́cio.2:
Sejam V um espaço vetorial sobre o corpo K, W1 e W2 subespaços vetoriais de V.
1. Verifique se o subconjunto W1 ∩ W2 é subespaço vetorial de V;
2. Verifique se o subconjunto W1 ∪ W2 é subespaço vetorial de V;
3. Verifique se o subconjunto W1 + W2 é subespaço vetorial de V;
Exercı́cio.1:
Sejam V = Mn (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {A ∈ Mn (R)|A = At } e
W2 = {A ∈ Mn (R)|A = −At } subespaços vetoriais de V.
1. Determine o conjunto (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
(W1 ∩ W2 ) = {A ∈ Mn (R) | A = At e A = −At }
(W1 ∩ W2 ) = {A = (aij ) ∈ Mn (R) | aij = aji e aij = −aji ; ∀i, j} = {0n } = {0}.
2. Determine o conjunto (W1 ∪ W2 ) ⊆ V.
(W1 ∪ W2 ) = {A ∈ Mn (R) | A = At ou A = −At }
(W1 ∪ W2 ) = {A = (aij ) ∈ Mn (R) | aij = aji ou aij = −aji ; ∀i, j}.
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 e u ∈ W2 }
é um subespaço vetorial de V.
demonstração:
(I) Adição de vetores:
hipóteses: Sejam W1 , W2 subespaçoes vetoriais de V e sejam u, v ∈ (W1 ∩ W2 ) dois
vetores quaisquer;
tese: u + v ∈ (W1 ∩ W2 ).
Por hipótese; u, v ∈ (W1 ∩ W2 ) ⇒ u, v ∈ W1 e u, v ∈ W2 ,
Se u, v ∈ W1 ⇒ u + v ∈ W1 , e; se u, v ∈ W2 ⇒ u + v ∈ W2 ;
pois, por hipótese, W1 e W2 são subespaços vetoriais ;
então, u + v ∈ (W1 ∩ W2 ).
44 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo - 2021.1
Subespaços Vetoriais
Operação: Intersecção
Proposição.1:
demonstração:(continuação)
(II) Multiplicação por escalar:
hipóteses: Sejam W1 , W2 subespaços vetoriais de V e sejam u ∈ (W1 ∩ W2 ) um vetor
qualquer e λ ∈ K;
tese: λu ∈ (W1 ∩ W2 ).
Por hipótese, u ∈ (W1 ∩ W2 ) ⇒ u ∈ W1 e u ∈ W2 ;
E, por hipótese, W1 e W2 são subespaços vetoriais ; então,
Se u ∈ W1 ⇒ λu ∈ W1 , e, se u ∈ W2 ⇒ λu ∈ W2 ;
logo,
λu ∈ (W1 ∩ W2 ).
Por (I) e (II) provamos que
W1 ∩ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 e u ∈ W2 }
é um subespaço vetorial de V.
45 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo - 2021.1
Subespaços Vetoriais
Operação: União
W1 ∪ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 ou u ∈ W2 }
Proposição.2:
demonstração:(continuação)
(I) Adição de vetores:
hipóteses: Sejam W1 , W2 subespaços vetoriais de V tais que W1 ⊆ W2 ou W2 ⊆ W1 ; e
sejam u, v ∈ (W1 ∪ W2 ) dois vetores quaisquer.
tese: u + v ∈ (W1 ∪ W2 ).
Por hipótese, u, v ∈ (W1 ∪ W2 ) ⇒ u ∈ W1 ou u ∈ W2 ; v ∈ W1 ou v ∈ W2 .
Assim, considerando todas as possibilidades;
(1) Se u, v ∈ W1 então u + v ∈ W1 ⇒ u + v ∈ W1 ∪ W2 ;
(2) Se u, v ∈ W2 ⇒ u + v ∈ W2 ⇒ u + v ∈ W1 ∪ W2 ;
(3) Se u ∈ W1 e v ∈ W2 então u + v ∈ / W1 e u + v ∈ / W2 ⇒ u + v ∈ / W1 ∪ W2 .
(4) Se v ∈ W1 e u ∈ W2 então, u + v ∈
/ W1 e u + v ∈/ W2 ⇒ u + v ∈ / W1 ∪ W2 .
Porém, por hipótese, W1 ⊆ W2 ou, W2 ⊆ W1 ; então, nos casos (3) e (4), temos
que u + v ∈ W1 ou u + v ∈ W2 logo, u + v ∈ W1 ∪ W2 .
Proposição.2:
demonstração:(continuação)
Por (I) e (II) provamos que
W1 ∪ W2 = {u ∈ V | u ∈ W1 ou u ∈ W2 }
é um subespaço vetorial de V, Se W1 ⊆ W2 ou W2 ⊆ W1 .
Proposição.3:
demonstração:(continuação)
(II) Multiplicação por escalar:
hipótese: ; Sejam W1 , W2 subespaços vetoriais de V; e sejam λ ∈ K e u ∈ (W1 + W2 ).
tese: λu ∈ (W1 + W2 ).
∀u ∈ (W1 + W2 ) ⇒ u = u1 + u2 ; u1 ∈ W1 e u2 ∈ W2 ,
u1 ∈ W1 ⇒ λu1 ∈ W1 , pois W1 é subespaço vetorial; e, u2 ∈ W2 ⇒ λu2 ∈ W2 , pois
W2 é subespaço vetorial;
então, λu = λ(u1 + u2 ) = (λu1 ) + (λu2 ) ⇒ λu ∈ (W1 + W2 ).
| {z } | {z }
∈W1 ∈W2
Exemplo.1:
Seja V = R3 e seja S = {(2, 0, 0), (0, 0, −1), (0, 1, 0)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
Então, u = (x, y , z) ∈ V é uma combinação linear dos elementos do conjunto S se,
somente se, ∀λ1 , λ2 , λ3 ∈ R;
3
X
u= λi vi = λ1 (2, 0, 0) + λ2 (0, 0, −1) + λ3 (0, 1, 0) = (2λ1 , λ3 , −λ2 ) ⇒ u = (x, y , z);
i=1
portanto, todos os vetores do espaço vetorial R3 é uma combinação linear dos vetores de S.
51 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo - 2021.1
Subespaços Vetoriais
Combinação Linear
Exemplo.2:
Seja V = R3 e seja S = {(2, 3, −1), (0, 1, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z }
v1 v2
Então, u = (x, y , z) ∈ V é uma combinação linear dos elementos do conjunto S se,
somente se, ∀λ1 , λ2 ∈ R
2
X
u= λi vi = λ1 (2, 3, −1) + λ2 (0, 1, 1) = (2λ1 , 3λ1 + λ2 , λ2 − λ1 ) ⇒ u = (x, y , y − 2x)
i=1
x = 2λ1 ⇒ λ1 = 12 x
Exemplo.1:
Seja V = R3 e seja S = {(2, 0, 0), (0, 0, −1), (0, 1, 0)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
Então, W = {u ∈ V | u = (x, y , z)} = R3 é o subespaço gerado por S.
Exemplo.2:
Seja V = R3 e seja S = {(2, 3, −1), (0, 1, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z }
v1 v2
Então, W = {u ∈ V | u = (x, y , y − 2x)} é o subespaço gerado por S.
Propriedades:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K, e sejam S1 = {v1 , v2 , . . . , vn }; n ∈ N∗ , e
S2 = {u1 , u2 , . . . , um }; m ∈ N∗ , subconjuntos finitos de V.
1. S1 ⊂ [S1 ]
2. Se S1 ⊂ S2 então [S1 ] ⊂ [S2 ]
3. [S1 ] + [S2 ] = [S1 ∪ S2 ]
Exercı́cios:
1. Seja V = R3 e seja S = {(2, 0, 1), (0, −2, −1), (1, −1, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
Determine o subespaço gerado por S.
2. Seja V = R2 e seja S = {(2, 0), (−2, −1), (1, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
Determine o subespaço gerado por S.
3. Seja V = R3 e seja W = {u ∈ V | x + 2y = z}.
Determine um sistema de geradores para o subespaço W.
Exercı́cios:
1. Seja V = R3 e seja S = {(2, 0, 1), (0, −2, −1), (1, −1, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
Determine o subespaço gerado por S.
∀λ1 , λ2 , λ3 ∈ R temos
P3que ;
W = {u ∈ V | u = i=1 λi vi = λ1 (2, 0, 1) + λ2 (0, −2, −1) + λ3 (1, −1, 1)} =
W = {u = (x, y , z) ∈ V | u = ((2λ1 + λ3 ), −(2λ2 + λ3 ), (λ1 − λ2 + λ3 ))}
resolvendo o sistema linear:
x = 2λ1 + λ3 ⇒ λ3 = x − 2λ1
y = −2λ2 − λ3 ⇒ λ2 = − 21 (y + λ3 ) ⇒ λ2 = − 12 (y + x − 2λ1 )
z = λ1 − λ2 + λ3 ⇒ z = λ1 + 21 (y + x − 2λ1 ) + x − 2λ1 ⇒ z = −2λ1 + 21 y + 32 x
Observe que as coordenadas de u, x, y , e z, podem assumir qualquer valor em R e, além
disso, não existe a dependência entre os valores destas variáveis. Então,
W = {u = (x, y , z) ∈ V | u = (2λ1 + λ3 , −(2λ2 + λ3 ), (−2λ1 + 21 y + 32 x)} = R3
Exercı́cios:
3. Seja V = R3 e seja W = {u ∈ V | x + 2y = z}.
Determine um sistema de geradores para o subespaço W.
Seja u = (x, y , x + 2y ) ∈ W. Então, podemos escrever u como a seguinte combinação
linear de vetores de W:
u = (x, y , x + 2y ) = (x, 0, x) + (0, y , 2y ) = x(1, 0, 1) + y (0, 1, 2).
Observe que escrevemos u como a combinação linear dos vetores:
v1 = (1, 0, 1) ∈ W e v2 = (0, 1, 2) ∈ W portanto, estes vetores v1 e v2 formam um
conjunto de geradores para o subespaço W.
Ou seja, W = [v1 , v2 ] = [(1, 0, 1), (0, 1, 2)] ou
W = {u = (x, y , z) ∈ V | u = |{z} x .v1 + y .v2 = x(1, 0, 1) + y (0, 1, 2)}
|{z}
λ1 λ2
Exercı́cios:
3. Seja V = R3 e seja W = {u ∈ V | x + 2y = z}.
Determine um sistema de geradores para o subespaço W.
Encontramos S = {(1, 0, 1), (0, 1, 2)} um conjunto de geradores para W.
Contudo, note que não existe apenas um conjunto de geradores para um mesmo
subespaço vetorial.
Podemos obter outros subconjuntos de vetores em W que gere W.
Neste exercı́cio, por exemplo, os subconjuntos S1 = {(2, 0, 2), (0, 3, 6)} e
S2 = {(1, 0, 1), (2, 0, 2), (0, 3, 6)} também são um sistema de geradores para W:
W = [S1 ] e W = [S2 ],
ou;
W = {u = (x, y , z) ∈ V | u = λ1 (2, 0, 2) + λ2 (0, 3, 6)}
W = {u = (x, y , z) ∈ V | u = λ1 (1, 0, 1) + λ2 (2, 0, 2) + λ3 (0, 3, 6)}
Exercı́cios:
Sejam V = M2 (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {A ∈ M2 (R)|A = At } e
W2 = {A ∈ M2 (R)|A = −At } subespaços vetoriais de V.
1. Determine um conjunto de geradores para (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
2. Determine um conjunto de geradores para (W1 + W2 ) ⊆ V.
( dica: utilize a propriedade [S1 ] + [S2 ] = [S1 ∪ S2 ] )
3. Determine um conjunto de geradores para V = M2 (R).
Exercı́cios:
Sejam V = M2 (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {A ∈ M2 (R)|A = At } e
W2 = {A ∈ M2 (R)|A = −At } subespaços vetoriais de V.
1. Determine um conjunto de geradores para (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
2. Determine um conjunto de geradores para (W1 + W2 ) ⊆ V.
( dica: utilize a propriedade [S1 ] + [S2 ] = [S1 ∪ S2 ] )
3. Determine um conjunto de geradores para V = M2 (R).
t t
Exercı́cios:(respostas)
W1 =
{A ∈ M
2 (R)|A
=A}eW
2 = {A ∈ M2 (R)|A = −A }
a b 1 0 0 1 0 0
∀A ∈ W1 ⇒ A = =a +b +c
b c 0 0 1 0 0 1
1 0 0 1 0 0
⇒ W1 = ; ; ;
0 0 1 0 0 1
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
e
0 d 0 1 0 1
∀A ∈ W2 ⇒ A = =d ⇒ W2 = .
−d 0 −1 0 −1 0
| {z }
u1
V = M2 (R) = [v1 ; v2 ; v3 ; u1 ]
Exercı́cios:
Sejam V = P2 (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 = a1 + a2 }
e W2 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 + a1 = 0 e a2 = 0} subespaços vetoriais de V.
1. Determine um conjunto de geradores para (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
2. Determine um conjunto de geradores para (W1 + W2 ) ⊆ V.
3. Determine um conjunto de geradores para V = P2 (R).
4. Determine um subespaço W3 de V tal que V = W2 ⊕ W3 onde, W3 6= W1 .
Exercı́cios:(respostas)
W1 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 = a1 + a2 } e W2 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 + a1 = 0 e a2 = 0}.
⇒ W2 = [(−1 + t)]; λ1 ∈ R
Exemplo.1:
Seja V = R2 e sejam S1 = {(2, 0), (0, −1)} ⊂ V, e S2 = {(2, 0), (0, −1), (0, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z } | {z } | {z }
v1 v2 v1 v2 v3
Então, em S1 , para ∀λ1 , λ2 ∈ R;
P2 2λ1 = 0 ⇒ λ1 = 0
i=1 λi vi = λ1 (2, 0) + λ2 (0, −1) = (0, 0) ⇒ (2λ1 , −λ2 ) = (0, 0) ⇒ −λ2 = 0 ⇒ λ2 = 0
portanto, fazendo a combinação linear nula; obtemos λ1 = λ2 = 0; ou seja, os vetores
em S1 são linearmente independentes.
Enquanto
P3 que em S2 ; para ∀λ1 , λ2 , λ3 ∈ R;
i=1 λ i v i = λ1 (2, 0) + λ2 (0, −1) + λ3 (0, 1) = (0, 0) ⇒ (2λ1 , −λ2 + λ3 ) = (0, 0) ⇒
2λ1 = 0 ⇒ λ1 = 0
−λ2 + λ3 = 0 ⇒ λ2 = λ3
logo, λ1 = 0 e λ2 = λ3 ⇒ 0.(2, 0) + λ3 (0, −1) + λ3 (0, 1) = (0, 0) ⇒ (0, −1) = −(0, 1);
ou seja, os vetores em S2 são linearmente dependentes pois; o vetor v2 pode ser escrito
como combinação linear do vetor v3 e vice-versa.
Exemplo.2:
Seja V = R3 e seja S = {(2, 3, −1), (0, 1, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z }
v1 v2
Então,
P2 ∀λ1 , λ2 ∈ R , fazendo a combinação linear nula:
i=1 i vi = λ1 (2, 3, −1) + λ2 (0, 1, 1) = (0, 0, 0) ⇒ (2λ1 , 3λ1 + λ2 , λ2 − λ1 ) = (0, 0, 0) ⇒
λ
2λ1 = 0 ⇒ λ1 = 0
3λ1 + λ2 = 0 ⇒ λ2 = −3λ1 ⇒ λ2 = 0
−λ1 + λ2 = 0 ⇒ λ1 = λ2 = 0
Observações:
∗
Seja S = {v
P1n, v2 , . . . , vn }; n ∈ N , um subconjunto finito do espaço vetorial V.
Note que i=1 λi vi = λ1 v1 + λ2 v2 + . . . + λn vn = 0 é um sistema de equações lineares
homogêneo; então,
• Dizemos que S é linearmente independente (LI) se, e somente se, o sistema
homogêneo é possı́vel e determinado, isto é, possui apenas a solução trivial:
λ1 = λ2 = . . . = λi = . . . = λn = 0; ∀i = 1, . . . , n.
• Dizemos que S ⊂ V é linearmente dependente (LD) se, e somente se, o sistema
homogêneo é possı́vel e indeterminado, isto é, possui infinitas soluções, incluindo a
trivial.
Notação:
βV = {v1 , v2 , . . . , vn }
Exemplo.1:
Seja V = R2 e sejam S1 = {(2, 0), (0, −1)} ⊂ V, e S2 = {(2, 0), (0, −1), (0, 1)} ⊂ V.
| {z } | {z } | {z } | {z } | {z }
v1 v2 v1 v2 v3
P2
(i) S1 gera V; pois ∀u ∈ R2 ⇒ u = i=1 λi vi = (2λ1 , −λ2 ); ∀λi ∈ R; e
(ii) S1 é linearmente independente; pois a solução do sistema homogêneo :
P2
i=1 λi vi = (0, 0) ⇔ λi = 0; ∀i = 1, 2 ; é apenas a trivial.
Portanto, S1 forma uma base para V: βR2 = {(2, 0), (0, −1)}.
| {z } | {z }
v1 v2
Enquanto que S2 não forma uma base para V:
P3
(i) S2 gera V; pois ∀u ∈ R2 ⇒ u = i=1 λi vi = (2λ1 , −λ2 + λ3 ); ∀λi ∈ R; mas,
(ii) S2 não é linearmente independente; pois a solução do sistema homogêneo :
P3
i=1 λi vi = (0, 0) ; não é apenas a trivial; o sistema homogêneo obtido pela
combinação linear nula possui infinitas soluções.
77 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo Suplementar - 2021.1
Espaços Vetoriais
Base
Exercı́cios:
Sejam V um espaço vetorial finitamente gerado sobre um corpo K; e βV uma base de V.
Nos itens abaixo, determine uma base para cada um dos espaços vetoriais.
1. V = R3
2. V = C3
3. V = M3 (R)
4. V = M3 (C)
5. V = P3 (R)
6. V = P3 (C)
Exercı́cios:(respostas)
1. V = R3
∀u ∈ R3 ⇒ u = (x, y , z) = x(1, 0, 0) + y (0, 1, 0) + z(0, 0, 1)
P3
⇒ R3 = [(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)] e i=1 λi vi = 0 = (0, 0, 0) ⇔ λ1 = λ2 = λ3 = 0
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
⇒ {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)} é LI ⇒ βR3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)} ; ∀λi ∈ R.
2. V = C3
∀u ∈ C3 ⇒ u = (x, y , z) = x(1, 0, 0) + y (0, 1, 0) + z(0, 0, 1)
P3
⇒ C3 = [(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)] e i=1 λi vi = 0 = (0, 0, 0) ⇔ λ1 = λ2 = λ3 = 0
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
⇒ {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)} é LI ⇒ βC3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)} ; ∀λi ∈ C.
Exercı́cios:(respostas)
3. V = M3 (R); então, ∀A ∈ M3 (R)
a11 a12 a13 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
A = a21 a22 a23 = a11 0 0 0 +a12 0 0 0 +a13 0 0 0 +a21 1 0 0
a a32 a33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
31
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+a22 0 1 0 +a23 0 0 1 +a31 0 0 0 +a32 0 0 0 +a33 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1
" 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0
M3 (R) = 0 0 0 ; 0 0 0 ; 0 0 0 ; 1 0 0 ; 0 1 0 ; 0 0 1 ;
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 #
0 0 0 ; 0 0 0 ; 0 0 0 = [v1 ; v2 ; v3 ; v4 ; v5 ; v6 ; v7 ; v8 ; v9 ]
1 0 0 0 1 0 0 0 1
e; {v1 ; v2 ; v3 ; v4 ; v5 ; v6 ; v7 ; v8 ; v9 } é LI : 9i=1 λi vi = 0 = 03 ⇔ λi = 0, ∀i = 1, . . . , 9.
P
⇒ βM3 (R) = {v1 ; v2 ; v3 ; v4 ; v5 ; v6 ; v7 ; v8 ; v9 } ; ∀λi ∈ R.
80 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo Suplementar - 2021.1
Espaços Vetoriais
Base
Exercı́cios:(respostas)
4. V = M3 (C); então, ∀A ∈ M3 (C)
a11 a12 a13 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
A = a21 a22 a23 = a11 0 0 0 +a12 0 0 0 +a13 0 0 0 +a21 1 0 0
a a32 a33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
31
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
+a22 0 1 0 +a23 0 0 1 +a31 0 0 0 +a32 0 0 0 +a33 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1
" 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0
M3 (C) = 0 0 0 ; 0 0 0 ; 0 0 0 ; 1 0 0 ; 0 1 0 ; 0 0 1 ;
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 #
0 0 0 ; 0 0 0 ; 0 0 0 = [v1 ; v2 ; v3 ; v4 ; v5 ; v6 ; v7 ; v8 ; v9 ]
1 0 0 0 1 0 0 0 1
e; {v1 ; v2 ; v3 ; v4 ; v5 ; v6 ; v7 ; v8 ; v9 } é LI : 9i=1 λi vi = 0 = 03 ⇔ λi = 0, ∀i = 1, . . . , 9.
P
⇒ βM3 (C) = {v1 ; v2 ; v3 ; v4 ; v5 ; v6 ; v7 ; v8 ; v9 } ; ∀λi ∈ C.
81 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo Suplementar - 2021.1
Espaços Vetoriais
Base
Exercı́cios:(respostas)
5. V = P3 (R)
∀p(t) ∈ P3 (R) ⇒ p(t) = a0 + a1 t + a2 t 2 + a3 t 3 = a0 (1) + a1 (t) + a2 (t 2 ) + a3 (t 3 )
⇒ P3 (R) = [|{z}
1 ; |{z} t 2 ; |{z}
t ; |{z} t 3 ] e;
v 1 v v v
P42 3 4
Exercı́cios:
Sejam V um espaço vetorial finitamente gerado sobre um corpo K; e βV uma base de V.
Determine uma base, diferente das obtidas nos exercı́cios acima, para cada um dos espaços
vetoriais definidos a seguir.
1. V = R3
2. V = C3
3. V = M3 (R)
4. V = M3 (C)
5. V = P3 (R)
6. V = P3 (C)
1. V = Rn
∀u ∈ Rn ⇒ u = (x1 , x2 , . . . , xn ) = x1 (1, 0, . . . , 0) + x2 (0, 1, . . . , 0) + . . . + xn (0, 0, . . . , 1)
⇒ Rn = [(1, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1)] e
P n
i=1 λi vi = 0 = (0, 0, . . . , 0) ⇔ λ1 = . . . = λn = 0 ⇒ os vetores são LI
⇒ βRn = {(1, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1)} ; ∀λi ∈ R; i = 1, . . . , n.
Nesta base, os vetores são canônicos:
v1 = (1, 0, . . . , 0) = e1 ; v2 = (0, 1, . . . , 0) = e2 ; . . . ; vn = (0, 0, . . . , 1) = en
Portanto,
βRn = {e1 , e2 , . . . , en }
é denominada base canônica do espaço vetorial real Rn .
2. V = Cn sobre K = C
∀u ∈ Cn ⇒ u = (x1 , x2 , . . . , xn ) = x1 (1, 0, . . . , 0) + x2 (0, 1, . . . , 0) + . . . + xn (0, 0, . . . , 1)
⇒ Cn = [(1, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1)] e
P n
i=1 λi vi = 0 = (0, 0, . . . , 0) ⇔ λ1 = . . . = λn = 0 ⇒ os vetores são LI
⇒ βCn = {(1, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1)} ; ∀λi ∈ C; i = 1, . . . , n.
Nesta base, os vetores são canônicos:
v1 = (1, 0, . . . , 0) = e1 ; v2 = (0, 1, . . . , 0) = e2 ; . . . ; vn = (0, 0, . . . , 1) = en
Portanto,
βCn = {e1 , e2 , . . . , en }
é denominada base canônica do espaço vetorial complexo Cn .
3. V = Cn sobre K = R
∀u ∈ Cn ⇒ u = (x1 , x2 , . . . , xn ) = x1 (1, 0, . . . , 0) + x2 (0, 1, . . . , 0) + . . . + xn (0, 0, . . . , 1)
Observe que neste caso, xi ∈ C; ∀i = 1, . . . , n ⇒ xi = ai + bi i; ai , bi ∈ R. Então, xi não pode
ser um escalar no corpo R. Porém, como ai , bi ∈ K = R podem ser os escalares:
u = (a1 + b1 i)(1, 0, . . . , 0) + (a2 + b2 i)(0, 1, . . . , 0) + . . . + (an + bn i)(0, 0, . . . , 1); ∀ai , bi ∈ K = R
u = a1 (1, 0, . . . , 0) + b1 i(1, 0, . . . , 0) + a2 (0, 1, . . . , 0) + b2 i(0, 1, . . . , 0) + . . . + an (0, 0, . . . , 1) +
bn i(0, 0, . . . , 1); ∀ai , bi ∈ K = R
u = a1 (1, 0, . . . , 0) + b1 (i, 0, . . . , 0) + a2 (0, 1, . . . , 0) + b2 (0, i, . . . , 0) + . . . + an (0, 0, . . . , 1) +
bn (0, 0, . . . , i); ∀ai , bi ∈ K = R
Cn = [(1, 0, . . . , 0); (i, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); (0, i, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1); (0, 0, . . . , i)]
| {z } | {z } | {z } | {z } | {z } | {z }
e1 e2 e3 e4 e2n−1 e2n
P2n
e i=1 λi vi = 0 = (0, 0, . . . , 0) ⇔ λ1 = . . . = λ2n = 0 ⇒ os vetores são LI
Portanto, βCn = {e1 , e2 , . . . , en , . . . , e2n } é denominada base canônica do espaço vetorial
real Cn .
87 MAT A07 - Álgebra Linear A - Semestre Letivo - 2021.1
Espaços Vetoriais
Bases Canônicas
···
a11 a12 a1n
a21 a22 ··· a2n
4. V = Mn (R); então, ∀A ∈ Mn (R); A = .
.. .. ..
.. . . .
an1 an2 ··· ann
1 0 ··· 0 0 1 ··· 0 0 0 ···
0
0 0 · · · 0 0 0 · · · 0 0 0 · · · 0
A = a11 . . . +a12 . . . + . . . + ann . . .
. . . ... ..
.. .. . . .. .. .. .. .. ..
.
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
| {z } | {z } | {z }
e1 e2 en2
Mn (R) = [e1 ; e2 ; . . . ; en2 ] , e {e1 ; e2 ; . . . ; en2 } é LI.
···
a11 a12 a1n
a21 a22 ··· a2n
5. V = Mn (C); K = C; então, ∀A ∈ Mn (C); A = .
.. .. ..
.. . . .
an1 an2 ··· ann
1 0 ··· 0 0 1 ··· 0 ···
0 0 0
0 0 · · · 0 0 0 · · · 0 0 0 ··· 0
A = a11 . . . +a12 . . . +...+ ann .
.. .. . . ... .. .. . . ... ..
..
.
..
.
..
.
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
| {z } | {z } | {z }
e1 e2 en2
Mn (C) = [e1 ; e2 ; . . . ; en2 ], e {e1 ; e2 ; . . . ; en2 } é LI.
···
a11 a12 a1n
a21 a22 ··· a2n
6. V = Mn (C); K = R; então, ∀A ∈ Mn (C); A = . .. =
.. ..
.. . . .
an1 an2 ··· ann
1 0 ··· 0 i 0 ··· 0 ··· 0 ···
0 0 0 0 0
0 0 · · · 0 0 0 · · · 0 0 0 · · · 0 0 0 ··· 0
=a1 . . . +b1 . . . + . . . + an 2 . . +bn2 ..
.. .. . . ... .. .. . . ... ..
..
.
..
. .. .
..
.
..
.
..
.
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 i
| {z } | {z } | {z } | {z }
e1 e2 e2n2 −1 e2n2
7. V = Pn (R)
∀p(t) ∈ Pn (R) ⇒ p(t) = a0 + a1 t + . . . + an t n = a0 (1) + a1 (t) + . . . + an (t n )
⇒ Pn (R) = [|{z}
1 ; |{z} t n ] e {e1 , e2 , . . . , en+1 } é LI.
t ; . . . ; |{z}
e1 e2 en+1
9. V = Pn (C); sobre K = R
∀p(t) ∈ Pn (C) ⇒ p(t) = a0 + a1 t + . . . + an t n ; a0 , a1 , . . . , an ∈ C
⇒ p(t) = (c1 + d1 i).1 + (c2 + d2 i).t + . . . + (cn+1 + dn+1 i).t n ; ∀ci , di ∈ R
⇒ p(t) = c1 (1) + d1 (i) + c2 (t) + d2 (it) + . . . + cn+1 (t n ) + dn+1 (it n )
⇒ Pn (C) = [|{z}
1 ; |{z}
i ; |{z}
t ; |{z} t n ; |{z}
it ; . . . ; |{z} it n ] e {e1 , e2 , . . . , e2(n+1) } é LI.
e1 e2 e3 e4 e2(n+1)−1 e2(n+1)
Teorema da Invariância:
Seja V um espaço vetorial, finitamente gerado, sobre o corpo K. Então duas bases
quaisquer de V têm o mesmo número de vetores.
Corolário.1:
Se um subconjunto finito de V gera V, então podemos extrair deste subconjunto uma
base para V.
Definição:
Seja V um espaço vetorial, finitamente gerado, sobre o corpo K, e seja
βV = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base qualquer de V.
Dizemos que o o número de vetores (elementos) de βV é a DIMENSÃO do
espaço vetorial V.
E ainda, dizemos que V é um espaço vetorial de DIMENSÃO FINITA.
Notação:
dim(V) = n
Exemplos:
1. Seja V = R2 e seja βR2 = {(2, 0), (0, −1)} ⊂ V, então dim(R2 ) = 2.
| {z } | {z }
v1 v2
2. Seja V = R e βR3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)}, então dim(R3 ) = 3.
3
3. Seja V = C3 ; K = C, e βC3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)}, então dim(C3 ) = 3.
4. Seja V = C3 ; K = R, e βC3 = {(1, 0, 0); (i, 0, 0); (0, 1, 0); (0, i, 0); (0, 0, 1); (0, 0, i)}, então
dim(C3 ) = 6.
Exemplos:
5. Seja V = M3 (R)
( 1 0 0
0 1 0
0 0 1
0 0 0
0 0 0
e βM3 (R) = 0 0 0 ; 0 0 0 ; 0 0 0 ; 1 0 0 ; 0 1 0 ;
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 )
0 0 1 ; 0 0 0 ; 0 0 0 ; 0 0 0 ; então,
0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1
dim(M3 (R)) = 9
.
6. Seja V = M3 (C); K = C, e βM3 (C) = βM3 (R) então dim(M3 (C)) = 9.
Exemplos:
7. Seja V = M3 (C); K = R, e βM3 (C) = {v1 ; v2 ; . . . ; v18 } então
⇒ dim(M3 (C)) = 2(9) = 18.
8. Seja V = P3 (R) e βP3 (R) = {1; t; t 2 ; t 3 }; então dim(P3 (R)) = 4.
9. Seja V = P3 (C); K = C e βP3 (C) = {1; t; t 2 ; t 3 } então dim(P3 (C)) = 4.
10. Seja V = P3 (C); K = R e βP3 (C) = {1; i; t; it; t 2 ; it 2 ; t 3 ; it 3 } então dim(P3 (C)) = 8.
Exemplos:
11. Seja V = Rn e βRn = {(1, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1)}, então dim(Rn ) = n.
12. Seja V = Cn ; K = C, e βCn = {(1, 0, . . . , 0); (0, 1, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1)}, então
dim(Cn ) = n.
13. Seja V = Cn ; K = R, e βCn = {(1, 0, . . . , 0); (i, 0, . . . , 0); . . . ; (0, 0, . . . , 1); (0, 0, . . . , i)},
então dim(Cn ) = 2n.
Exemplos:
14. Seja V = Mm×n (R) e βMm×n (R) = {e1 ; e2 ; e3 ; . . . ; em.n }; então, dim(Mm×n (R)) = m.n.
15. Seja V = Mn (R) e βMn (R) = {e1 ; e2 ; e3 ; . . . ; en2 }; então, dim(Mn (R)) = n2 .
16. Seja V = Mn (C); K = C, e βMn (C) = βMn (R) então dim(Mn (C)) = n.n = n2 .
17. Seja V = Mn (C); K = R, e βMn (C) = {e1 ; e2 ; . . . ; e2n2 } então dim(Mn (C)) = 2(n.n) = 2n2 .
Exemplos:
18. Seja V = Pn (R) e βPn (R) = {1; t; t 2 ; . . . ; t n }; então dim(Pn (R)) = n + 1.
19. Seja V = Pn (C); K = C e βPn (C) = {1; t; t 2 ; . . . ; t n } então dim(Pn (C)) = n + 1.
20. Seja V = Pn (C); K = R e βPn (C) = {1; i; t; it; t 2 ; it 2 ; . . . ; t n ; it n } então
dim(Pn (C)) = 2(n + 1).
Teorema do Completamento:
Seja V um espaço vetorial, de dimensão finita, sobre o corpo K; dim(V) = n.
Então, qualquer subconjunto finito de vetores LI de V pode ser completado a fim de
formar uma base para V.
βV = S ∪ {um+1 , um+2 , . . . , un }.
Corolário:
Se dim(V) = n, então qualquer subconjunto finito de V com n vetores LI forma
uma base para V.
Proposição:
Seja V um espaço vetorial, de dimensão finita, sobre o corpo K; e seja W um
subespaço de V.
Se
dim(W) = dim(V),
então
W = V.
Teorema:
Seja V um espaço vetorial, de dimensão finita, sobre o corpo K; e sejam W1 e W2
subespaços de V.
Então,
dim(W1 ) ≤ dim(V)
e
dim(W2 ) ≤ dim(V).
Além disso,
Corolário: Se V = W1 ⊕ W2 , então,
Observação:
W1 ⊕ W2 ⇒ W1 ∩ W2 = {0} ⇒ βW1 ∩W2 = ∅ ⇒ dim(W1 ∩ W2 ) = 0.
Exercı́cio.1:
Sejam V = M2 (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {A ∈ M2 (R)|A = At } e
W2 = {A ∈ M2 (R)|A = −At } subespaços vetoriais de V.
1. Determine uma base e a dimensão para W1 e W2 .
2. Determine uma base e a dimensão para (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
3. Determine uma base e a dimensão para (W1 + W2 ) ⊆ V.
4. Determine a dimensão de V = M2 (R).
5. Determine um subespaço W3 de V tal que V = W2 ⊕ W3 onde, W3 6= W1 .
Exercı́cio.2:
Sejam V = P2 (R) um espaço vetorial sobre o corpo K = R, W1 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 = a1 + a2 }
e W2 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 + a1 = 0 e a2 = 0} subespaços vetoriais de V.
1. Determine uma base e a dimensão para W1 e W2 .
2. Determine uma base e a dimensão para (W1 ∩ W2 ) ⊆ V.
3. Determine uma base e a dimensão para (W1 + W2 ) ⊆ V.
4. Determine a dimensão de V = P2 (R).
5. Determine um subespaço W3 de V tal que V = W1 ⊕ W3 onde, W3 6= W2 .
Exercı́cio.1:(respostas)
{A ∈ M2 (R)|A = At } e W2
W1 = = {A ∈ M2 (R)|A = −At }
1 0 0 1 0 0
W1 = ; ; ; e {e1 ; e2 + e3 ; e4 } é LI ⇒ βW1 = {e1 ; e2 + e3 ; e4 }
0 0 1 0 0 1
| {z } | {z } | {z }
v1 =e1 v2 =e2 +e3 v3 =e4
⇒ dim(W
1 ) = 3.
0 1
W2 = ; e {e2 − e3 } é LI ⇒ βW2 = {e2 − e3 } ⇒ dim(W2 ) = 1.
−1 0
| {z }
u1 =e2 −e3
Exercı́cio.1:(respostas)
W1 = {A ∈ M2 (R)|A = At } e W2 = {A ∈ M2 (R)|A = −At }
W1 ∩ W2 = {0}
⇒ W1 ∩ W2 = [∅] ⇒ βW1 ∩W2 = ∅ ⇒ dim(W1 ∩ W2 ) = 0.
Exercı́cio.1:(respostas)
W1 = {A ∈ M2 (R)|A = At } e W2 = {A ∈ M2 (R)|A = −At }
dim(W1 + W2 ) = dim(W1 ) + dim(W2 ) − dim(W1 ∩ W2 ) = 3 + 1 − 0 = 4
⇒ βW1 +W2 = {e1 , e2 , e3 , e4 }.
E, como V = M2 (R) = W1 + W2 , temos que :
dim(V) = dim(W1 + W2 ) = 4
Exercı́cio.1:(respostas)
W1 = {A ∈ M2 (R)|A = At } e W2 = {A ∈ M2 (R)|A = −At }
βW1 = {e1 ; e2 + e3 ; e4 } ⇒ dim(W1 ) = 3.
βW2 = {e2 − e3 } ⇒ dim(W2 ) = 1.
W3 =? um subespço de V tal que V = W2 ⊕ W3 onde, W3 6= W1 .
Então, V = W2 ⊕ W3 se, e somente se,
(i) V = W2 + W3 ;
⇒ dim(V) = dim(W2 + W3 ).
(ii) W2 ∩ W3 = {0};
⇒ dim(W2 ∩ W3 ) = 0.
Exercı́cio.1:(respostas)
Por (i) e (ii), temos
dim(V) = dim(W2 + W3 ) ⇒ dim(V) = dim(W2 ) + dim(W3 )
⇒ dim(W3 ) = dim(V) − dim(W2 ) ⇒ dim(W3 ) = 4 − 1 = 3 .
Então, temos que obter vetores u1 , u2 , u3 ∈ V para gerar W3 porém, estes vetores
u1 , u2 , u3 ∈ V complementam βW2 formando uma base para V: βV = βW2 ∪ {u1 , u2 , u3 };
Exercı́cio.2:(respostas)
W1 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 = a1 + a2 } e W2 = {p(t) ∈ P2 (R)|a0 + a1 = 0 e a2 = 0}.
∀p(t) ∈ W1 ⇒ W1 = [(1 + t); (1 + t 2 )]; e {(1 + t); (1 + t 2 )} é LI; ⇒ βW1 = {(1 + t); (1 + t 2 )}
⇒ dim(W1 ) = 2.
∀p(t) ∈ W2 ⇒ W2 = [(−1 + t)] e {(−1 + t)} é LI; ⇒ βW2 = {(−1 + t)} ⇒ dim(W2 ) = 1.
Exercı́cio.2:(respostas)
W1 = [(1 + t); (1 + t 2 )]; e, W2 = [(−1 + t)];
Exercı́cio.2:(respostas)
dim(W1 + W2 ) = dim(W1 ) + dim(W2 ) − dim(W1 ∩ W2 ) = 2 + 1 − 0 = 3
⇒ βW1 +W2 = {e1 , e2 , e3 }.
E, como V = P2 (R) = W1 + W2 , temos que :
dim(V) = dim(W1 + W2 ) = 3
Exercı́cio.2:(respostas)
βW1 = {(1 + t); (1 + t 2 )}; e, βW2 = {(−1 + t)};
W3 =? um subespço de V tal que V = W1 ⊕ W3 onde, W3 6= W2 .
Então, V = W1 ⊕ W3 se, e somente se,
(i) V = W1 + W3 ;
⇒ dim(V) = dim(W1 + W3 ).
(ii) W1 ∩ W3 = {0};
⇒ dim(W1 ∩ W3 ) = 0.
Exercı́cio.2:(respostas)
Por (i) e (ii), temos
dim(V) = dim(W1 + W3 ) ⇒ dim(V) = dim(W1 ) + dim(W3 )
⇒ dim(W3 ) = dim(V) − dim(W1 ) ⇒ dim(W3 ) = 3 − 2 = 1 .
Então, temos que obter um vetor u ∈ V para gerar W3 .
Porém, tem que ser um vetor u ∈ V que complete βW1 formando uma base para V:
βV = βW1 ∪ {u}; podemos por exemplo, tomar u = t:
• u=t∈ / W1 : λ1 (1 + t) + λ2 (1 + t 2 ) + λ3 (t) = 0 + 0t + 0t 2
⇒ λ1 + λ2 = 0; λ1 + λ3 = 0; λ2 = 0 ⇒ λ1 = λ2 = λ3 = 0 ⇒ {1 + t; 1 + t 2 ; t} é LI.
• u=t∈ / W2 : λ1 (−1 + t) + λ2 (t) = 0 + 0t + 0t 2 ⇒ −λ1 = 0; λ1 + λ2 = 0; 0 = 0
⇒ λ1 = λ2 = 0 ⇒ {−1 + t; t} é LI.
⇒ βW3 = {t} = {e2 } ⇒ βV = {(1 + t); (1 + t 2 ); t} = {e1 + e2 ; e1 + e3 ; e2 }.
Agora, ∀p(t) ∈ W3 ⇒ p(t) = λ.t ⇒ W3 = {p(t) ∈ P2 (R) | a0 = a2 = 0}
Figura: v1 ∈ W1 e v2 ∈ W2 .
0
Figura: Coordenadas de v1 e v2 em relação às bases βV e βV .
Teorema:
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita, sobre o corpo K; e sejam
βV = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base ordenada de V.
Então, ∀u ∈ V; u é escrito de forma única como combinação linear dos
elementos de βV .
Definição:
Seja V um espaço vetorial, de dimensão finita, sobre o corpo K, e seja
βV = {v1 , v2 , . . . , vn } uma base ordenadaPqualquer de V.
Dada a combinação linear, ∀u ∈ V, u = ni=1 λi vi ; ∀λi ∈ K; dizemos que λi é a
i-ésima coordenada do vetor u em relação à base βV .
E ainda, denotamos por [u]βV e denominamos matriz das coordenadas do
vetor u em relação à base ordenada βV ; a matriz coluna n × 1 cuja i-èsima
linha é formada pela coordenada λi , i = 1, . . . , n; ou seja,
λ1
λ2
[u]βV = . .
..
λn
Exemplo.1: 0
Seja V = P2 (R); sejam βP2 (R) = {t + t 2 , 3t, 2 − t} e βP2 (R) = {1, t, t 2 } duas bases ordenadas
de V; e seja p(t) = 2 + 5t 2 ∈ P2 (R).
Então,
p(t) = 2 + 5t 2 = α1 (t + t 2 ) + α2 (3t) + α3 (2
− t) ⇒ 2α3 = 2; (α1 + 3α2 − α3 ) = 0; α1 = 5;
5
⇒ α1 = 5; α3 = 1; α2 = − 34 ⇒ [p(t)]βP (R) = − 43
2
1
2
p(t) = 2 + 5t 2 = λ1 1 + λ2 t + λ3 t 2 ⇒ λ1 = 2; λ2 = 0; λ3 = 5 ⇒ [p(t)]β 0 = 0.
P2 (R)
5
Exemplo.1:
Observe que cada vetor da base βP2 (R) = {t + t 2 , |{z}
3t , 2 − t } também pode ser escrito como
| {z } | {z }
q(t) r (t) s(t)
0
combinação linear dos vetores da base βP2 (R) = {1, t, t 2 }:
q(t) = t + t 2 = a11 (1) + a21 (t) + a31 (t 2 )
r (t) = 3t = a12 (1) + a22 (t) + a32 (t 2 )
s(t) = 2 − t =a13 (1) + a23 (t) + a33 (t 2 )
0 0 2
[q(t)]β 0 = 1; [r (t)]β 0 = 3; e [s(t)]β 0 = −1.
P2 (R) P2 (R) P2 (R)
1 0 0
Podemos obter uma matriz A3 com estas matrizes das coordenadas representando as
colunas de A3 :
A3 = [ [q(t)]β 0 [r (t)]β 0 [s(t)]β 0 ]
P2 (R) P2 (R) P2 (R)
Exemplo.1:
Agora, podemos utilizar a matriz A3 para obter a matriz das coordenadas de qualquer
vetor de V em relação à base βV :
[p(t)]β 0 = A3 [p(t)]βV
V
0 0 2 5 2
[p(t)]β 0 = [(2 + 5t 2 )]β 0 = 1 3 −1 − 34 = 0
V V
1 0 0 1 5
Observe que det(A3 ) 6= 0 ⇒ A3 é invertı́vel!
Portanto,
⇒ A−1 0 = A
3 [p(t)]βV
−1 −1
3 A3 [p(t)]βV ⇒ [p(t)]βV = A3 [p(t)]βV
0 .
Desse
modo, −1
5 0 0 2 2 0 0 1 2
− 4 = 1 3 −1 0 = 1 1 − 1 0
3 6 3 3
1
1 1 0 0 5 2 0 0 5
Teorema:
Seja V um espaço vetorial, de dimensão finita, sobre o corpo K; e sejam
0
βV = {v1 , v2 , . . . , vn } e βV = {u1 , u2 , . . . , un } duas bases ordenadas de V.
Então, existe uma única matriz An ∈ Mn (K) invertı́vel tal que ∀u ∈ V tem-se que;
(a) [u]β 0 = An [u]βV ; e
V
Teorema:(continuação)
0
Isto é; ∀u ∈ V e βV = {v1 , v2 , . . . , vn }, βV = {u1 , u2 , . . . , un } duas bases ordenadas de V temos
que; P
n Pn
u = j=1 λj vj ; ∀λj ∈ K; ∀j (1); e u = i=1 αi ui ; ∀αi ∈ K; ∀i (2).
E ainda, Pn
∀vj ∈ βV ⇒ vj = i=1 aij ui ; ∀aij ∈ K (3);
então,
Psubstituindo (3) em P(1): P
n Pn n n Pn Pn
u = j=1 λj ( i=1 aij ui ) = j=1 i=1 (aij λj )ui = i=1 ( j=1 aij λj )ui ; ∀aij , λj ∈ K (4).
Fazendo
Pn (2)Pn= (4): Pn Pn
u = i=1 ( j=1 aij λj )ui = i=1 (αi )ui ⇒ αi = j=1 aij λj ; ∀i
Na
forma
matricial;
α1 a11 . . . a1n λ1
α2 a21 . . . a2n λ2
.. = .. .. .. ⇒ [u]βV0 = An [u]βV
..
. . . . .
αn an1 ... ann λn
[u]β 0 = An [u]βV
V
observação.1:
0 0 0
βV −1 β β β
A−1
n = ([I] 0 ) = [I]βVV ⇒ [I]βV0 [I]βVV = [I]βVV [I]βV0 = In .
βV βV βV
0
β
[u]βV = [I]βVV [u]β 0
V
[I]ββVV = In .
observação.3: transitividade:
00
βV
[I]βV0 = [I] 0 [I]βV00 .
βV βV βV
Exercı́cios:
Seja V = R3 , sejam as bases ordenadas βR3 = {(1, 1, 0); (0, 0, 2); (0, 1, 3)} e
0
βR3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)}, e seja u = (−1, 3, 5) ∈ R3 .
1. Determine a matriz das coordenadas do vetor [u]β 0 .
R3
Exercı́cios: (Respostas)
V = R3 , e as bases ordenadas βR3 = {(1, 1, 0); (0, 0, 2); (0, 1, 3)} e
| {z } | {z } | {z }
e1 +e2 2e3 e2 +3e3
0 0
βR3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)} note que βR3 é a base canônica!
| {z } | {z } | {z }
e1 e2 e3
[u]β 0 = ?
R3
Considerando um vetor qualquer v = (x, y , z) ∈ R3 ;
v = (x, y , z) = x(1, 0, 0) + y (0, 1, 0) + z(0, 0, 1)
Note queascoordenadas do vetor são as coordenadas
em relação à base canônica:
x −1
[v ]β 0 = y ⇒ [u]β 0 = [(−1, 3, 5)]β 0 = 3 .
R3 R3 R3
z 5
Exercı́cios: (Respostas)
V = R3 , e as bases ordenadas βR3 = {(1, 1, 0); (0, 0, 2); (0, 1, 3)} e
| {z } | {z } | {z }
e1 +e2 2e3 e2 +3e3
0
βR3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)}
| {z } | {z } | {z }
e1 e2 e3
Como também,
1 0 0
[(1, 1, 0)]β 0 = 1 ; [(0, 0, 2)]β 0 = 0 ; e, [(0, 1, 3)]β 0 = 1;
R3 R3 R3
0 2 3
Portanto,
1 0 0 0 1 0 0
β
[I]βV0 = 1 0 1 ⇒ [I]βVV = ([I]βV0 )−1 = 23 − 32 21
βV βV
0 2 3 −1 1 0
Exercı́cios: (Respostas)
V = R3 , e as bases ordenadas βR3 = {(1, 1, 0); (0, 0, 2); (0, 1, 3)} e
| {z } | {z } | {z }
e1 +e2 2e3 e2 +3e3
0
βR3 = {(1, 0, 0); (0, 1, 0); (0, 0, 1)}
| {z } | {z } | {z }
e1 e2
e3
0 1 0 0
β
[I]βVV = 32 − 32 21
−1 1 0
0 0
0 −1 −1 1
β
Assim, [u]β 3 = [(−1, 3, 5)]β 3 = = 32 − 32 21 3 = − 72 .
[I]βVV [u]β 0
R R 3
R
−1 1 0 5 4
7
Ou seja, u = (−1, 3, 5) = −1(1, 1, 0) − 2 (0, 0, 2) + 4(0, 1, 3).
Exercı́cios: (Respostas)
Sejam V um espaço vetorial e W1 um subespaço vetorial de V tal que,
0
βW1 = {e1 , e2 }; e βW1 = {e1 + e2 , 2e1 }; e seja u ∈ W1 ; u = 3e1 − 3e2 .
0
βW
1
1 2
Então, [I]βW =
1 1 0
0
βW1 β W1 −1 0 1
[I] 0 = ([I]βW ) = 1 1
2 −2
βW 1
1
0
βW 1 2 −3 3
Assim, [u]βW = [3e1 − 3e2 ]βW = [I]βW1 [u]β 0 = = .
1 1 1 W1 1 0 3 −3
e;
βW1 0 1 3 −3
[u]β 0 = [3e1 − 3e2 ]β 0 = [I] 0 [u]βW = 1 1 = .
W1 W1 βW
1
1
2 − 2 −3 3
Exercı́cios: (Respostas)
Sejam V um espaço vetorial e W1 um subespaço vetorial de V tal que,
0
βW1 = {e1 , e2 }; e βW1 = {e1 + e2 , 2e1 }; e seja u ∈ W1 ; u = 3e1 − 3e2 .
0
βW
1
1 2
Sabendo que [I]βW = . Assinale a alternativa correta:
1 1 0
1 2 −3
( ) [u]β =
0
W1 1 0 3
1 2 3
( ) [u]β 0 =
W1 1 0 −3
0 1 −3
( ) [u]β 0 = 1 1
W1 −2 3
2
0 1 3
( ) [u]β 0 = 1 1
W1
2 − 2 −3
137 MAT A07 - Álgebra Linear A - Professora: Isamara C. Alves
Universidade Federal da Bahia - UFBA
Instituto de Matemática e Estatı́stica - IME
Departamento de Matemática
Definição:
Sejam os vetores u = (x1 , x2 , . . . , xn ) e v = (y1 , y2 , . . . , yn ) ∈ Rn .
Denotamos por u • v e denominamos Produto Escalar de u e v o escalar obtido
do seguinte modo
n
X
u•v = xi yi = x1 y1 + x2 y2 + . . . + xn yn .
i=1
Exemplo:
Sejam os vetores u = (1, 2, −3) e v = (−3, 5, 2) ∈ R3 .
Determine u • v .
Então, o Produto Escalar de u e v
3
X
u•v = xi yi = 1.(−3) + 2.5 + (−3).2 = 1.
i=1
Definição:
Seja o vetor u = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Rn .
Denotamos por ||u|| e denominamos Norma do vetor u (ou Comprimento do
vetor u) o escalar não-negativo obtido do seguinte modo
v
u n
√ uX q
||u|| = u • u = t xi xi = x12 + x22 + . . . + xn2 .
i=1
Exemplo:
Sejam os vetores u = (1, 2, −3) e v = (−3, 5, 2) ∈ R3 .
Determine ||u|| e ||v ||.
v
u n
√ uX q √
||u|| = u • u = t xi xi = (1)2 + (2)2 + (−3)2 = 14
i=1
e
v
u n
√ uX q √
||v || = v •v =t yi yi = (−3)2 + (5)2 + (2)2 = 38.
i=1
Definição:
Seja o vetor u = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Rn .
Denotamos por d(u, v ) e denominamos Distância entre os vetores u e v o
escalar não-negativo obtido do seguinte modo
Exemplo:
Sejam os vetores u = (1, 2, −3) e v = (−3, 5, 2) ∈ R3 .
Determine d(u, v ).
p q
d(u, v ) = ||u − v || = (u − v ) • (u − v ) = (4)2 + (−3)2 + (−5)2
√
d(u, v ) = 50.
Definição:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K = R e sejam u, v ∈ V. Denotamos por hu, v i e
denominamos Produto Interno em um espaço vetorial real V a operação que
associa a cada par de vetores u e v em V e um escalar em R; tal que valem as seguintes
propriedades ∀u, v , w ∈ V e ∀α ∈ R :
1. Simetria: hu, v i = hv , ui
2. Distributividade: hu + v , w i = hu, w i +hv , w i e hu, v + w i = hu, v i +hu, w i
3. Homogeneidade: hαu, v i = α hu, v i = hu, αv i
4. Positividade: hu, ui ≥ 0 e hu, ui = 0 se, e somente se, u = 0
Definição:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K = C e sejam u, v ∈ V. Denotamos por hu, v i e
denominamos Produto Interno em um espaço vetorial complexo V a operação
que associa a cada par de vetores u e v em V e um escalar em C; tal que valem as seguintes
propriedades ∀u, v , w ∈ V e ∀α ∈ C :
1. Simetria Hermitiana: hu, v i = hv , ui
2. Distributividade: hu + v , w i = hu, w i +hv , w i e; hu, v + w i = hu, v i +hu, w i
3. Homogeneidade: hαu, v i = α hu, v i e; hu, αv i = α hu, v i
4. Positividade: hu, ui ≥ 0 e hu, ui = 0 se, e somente se, u = 0
Exemplo.1:
Seja βRn = {e1 , e2 , . . . , en } e seja u = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Rn ⇒ u = ni=1 xi ei ; ∀xi ∈ R.
P
Na forma matricial;
hu, v i = Y t X = Y t In X .
Exemplo.2:
Seja βCn = {e1 , e2 , . . . , en } e seja u = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Cn ⇒ u = ni=1 xi ei ; ∀xi ∈ C.
P
Na forma matricial;
t
hu, v i = Y X = Y t In X .
Exemplo.3:
Seja V = C([a, b]) sobre K = R.
O produto interno usual ∀f , g ∈ C([a, b]) é dado por,
Z b
hf , g i = f (x)g (x)dx
a
Exemplo.4:
Seja V = Mn (R) sobre K = R.
O produto interno usual ∀A, B ∈ Mn (R) é dado por,
n X
X n
t
hA, Bi = tr (B A) = aij bij .
i=1 j=1
Exercı́cios:
1. Seja V = Rn e u = (x1 , . . . , xn ), v = (y1 , . . . , yn ) ∈ Rn .
Verifique se as operações abaixo definem um produto interno em Rn .
Pn
(a) hu, v i = Pi=1 xi |yi |
n
(b) hu, v i = | P i=1 xi yi P
|
n n
(c) hu, v i = ( i=1 xi )( j=1 yj )
Pn
(d) produto Pescalar ponderado: hu, v i = i=1 wi xi yi ; ∀wi > 0; i = 1, . . . , n
n
(e) hu, v i = i=1 wi xi yi ; ∀wi ≤ 0; i = 1, . . . , n
Exercı́cios:
2. Seja V = P2 (R) e sejam p(t) = a0 + a1 t + a2 t 2 , q(t) = b0 + b1 t + b2 t 2 ∈ P2 (R).
Mostre que a operação abaixo define um produto interno em P2 (R).
hp(t), q(t)i = 2i=0 ai bi .
P
hu, v i = Y t An X .
hu, v i = Y t An X .
observação:
Note que a matriz do produto interno em relação à base ordenada βV :
A = (aij ) ∈ Mn (K)
onde;
aij = hvj , vi i ; ∀i, j = 1, . . . , n;
é uma matriz hermitiana, ou seja, At = A:
Exemplo.1:
Sejam V = Rn munido com produto interno Pusual e βR =P{e1 , e2 , . . . , en } a base
n
= ([v]βV )t [u]βV .
logo; In é a matriz do produto interno em relação à base canônica βRn .
Exemplo.2:
Sejam V = R2 munido com produto interno usual e βR2 = {(−1, 1), (1, 1)} uma base ordenada.
| {z } | {z }
v1 v2
Considerando o produto interno euclidiano na forma matricial ∀u, v ∈ R2 , temos;
= ([v]βR2 )t A2 [u]β 2 .
R
temos que;
a12 = hv2 , v1 i = hv1 , v2 i = (1.1) + (−1.1) = 0 = a21 ;
a11 = hv1 , v1 i = (1.1) + (−1. − 1) = 2;
a22 = hv2 , v2 i = (1.1) + (1.1) = 2;
logo, a matriz do produto interno em relação à base βR2 :
2 0
A2 = = At2 .
0 2
Exemplo.3:
Sejam V = P2 (R) munido com produto interno:
R1
hp(t), q(t)i = 0 p(t)q(t)dt ; ∀p(t), q(t) ∈ P2 (R); e βP2 (R) = {1, t, t 2 } a base canônica.
Considerando o produto interno definido na forma matricial temos;
hp(t), q(t)i = Y t A3 X = ([q(t)]βP (R) )t A3 [p(t)]βP (R) ; então,
2 2
R1 2
a12 = hv2 , v1 i = hv1 , v2 i = 0 (1)(t)dt = t2 |10 = 12 = a21 ;
R1 R1 3
a13 = hv3 , v1 i = hv1 , v3 i = 0 (1)(t 2 )dt == 0 t 2 dt = t3 |10 = 13 = a31 ;
R1 1 4
a23 = hv3 , v2 i = hv2 , v3 i = 0 (t)(t 2 )dt = 0 t 3 dt = t4 |10 = 41 = a32 ;
R
R1
a11 = hv1 , v1 i = 0 (1)(1)dt = t|10 = 1;
R1 3
a22 = hv2 , v2 i = 0 (t)(t)dt = t3 |10 = 31 ;
R1 2 2 5
a33 = hv3 , v3 i = 0 (t )(t )dt = t5 |10 = 51
1 12 13
Exemplo.3: (Continuação)
Note que podemos utilizar a matriz do produto interno em relação à base canônica
βP2 (R) , para calcular o produto interno definido:
R1
hp(t), q(t)i = 0 p(t)q(t)dt ; ∀p(t), q(t) ∈ P2 (R).
Sejam p(t) = 3 + 4t + 5t 2 e q(t) = 3 − t 2 ∈ P2 (R),
então;
hp(t), q(t)i = Y t A3 X = ([q(t)]βP (R) )t A3 [p(t)]βP (R)
2 2
3
4 = 17 .
5
Definição:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K. Uma norma ou comprimento em V é uma
operação que para cada u ∈ V associa um número real ||u||, que possui as seguintes
propriedades:
∀u, v ∈ V e ∀α ∈ K;
1. Positividade: ||u|| ≥ 0 com ||u|| = 0 se, e somente se, u = 0
2. Homogeneidade: ||αu|| = |α| ||u||
3. Desigualdade Triangular: ||u + v || ≤ ||u|| + ||v || .
Dizemos que um espaço vetorial munido de uma norma é um espaço normado
denotado por (V, ||.||).
Exemplo.1:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K. munido de produto interno. Então, ∀u ∈ V a
operação definida por : p
||u|| = hu, ui ∈ R,
satisfaz as propriedades de norma.
observação: A norma definida acima será denotada por ||.||2 e denominada Norma
Euclidiana.
Exemplo.2:
Seja V = C([0, 1]) um espaço vetorial munido do produto interno usual
R1
hf , g i = 0 f (x)g (x)dx ; ∀f (x)g (x) ∈ C([0, 1]).
p
Então, ∀f ∈ C([0, 1]) a operação definida por : ||f ||2 = hf , f i, define a norma euclidiana
em C([0, 1]).
Exemplo.3:
Seja V = C([0, 1]) um espaço vetorial.
R1
Então, ∀f ∈ C([0, 1]) a operação definida por : ||f ||1 = 0 |f (x)|dx, define uma norma em
C([0, 1]).
Definição:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K. Uma métrica ou distância em V é uma
operação que para cada par de vetores u, v ∈ V associa um número real d(u, v ), e satisfaz as
seguintes propriedades:
1. Positividade: d(u, v ) ≥ 0 com d(u, v ) = 0 se, e somente se, u = v
2. Simetria: d(u, v ) = d(v , u)
3. Desigualdade Triangular: d(u, v ) ≤ d(u, w ) + d(w , v ); ∀u, v , w ∈ V .
Dizemos que um espaço vetorial munido de uma métrica é um espaço métrico
denotado por (V, d(. , .)).
Exemplo.1:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K. com uma norma ||.||. Então, ∀u ∈ V a operação
definida por :
d(u, v ) = ||u − v || ∈ R,
satisfaz as propriedades de distância.
Exemplo.2:
Seja V = C([0, 1]) um espaço vetorial munido do produto interno usual:
R1
hf , g i = 0 f (x)g (x)dx ; ∀f (x)g (x) ∈ C([0, 1]), e
p
norma euclidiana : ||f ||2 = hf , f i.
Determine a métrica euclidiana para q f (x) = x e g (x) = x 2 ∈ C([0,
qR 1]) :
p R1 1
d(f , g ) = ||f − g ||2 = hf − g , f − g i = 0
(f (x) − g (x))2 dx = 0
(x − x 2 )2 dx
qR q q √
1 2
d(f , g ) = 0
(x − 2x 3 + x 4 )dx = 13 − 24 + 15 = 30 1
= 3030 .
Definição:
Seja V um espaço vetorial real munido do produto interno h., .i. O Ângulo entre dois vetores
u, v ∈ V é definido como sendo o valor θ ∈ [0, π] que satisfaz a seguinte equação
hu, v i
cosθ = .
||u||2 ||v ||2
observação: Pela Desigualdade de Cauchy-Schwarz, | hu, v i | ≤ ||u||2 ||v ||2 , temos que
hu, v i
−1 ≤ ≤ 1;
||u||2 ||v ||2
Definição:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K munido do produto interno h., .i.
Dizemos que dois vetores u, v ∈ V são Ortogonais se, e somente se, hu, v i = 0.
Notação:
u⊥v
Propriedades:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K munido do produto interno h., .i.
Então,
1. 0⊥v ; ∀v ∈ V
2. Se u⊥v então v ⊥u
3. Se v ⊥u; ∀u ∈ V então v = 0
4. Se v ⊥w e u⊥w então (v + u)⊥w
5. Se v ⊥u e α ∈ K então αv ⊥u
Definição:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K munido do produto interno h. , .i; e seja
S = {v1 , . . . , vn } ⊂ V tais que
hvi , vj i = 0; i 6= j.
Teorema:
Seja V um espaço vetorial sobre o corpo K munido do produto interno h. , .i; e seja
S = {v1 , . . . , vn } um Conjunto Ortogonal em V; tais que vj 6= 0; j = 1, . . . , n.
Então, S é um Conjunto Linearmente Independente em V.
Definição:
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e seja βV = {v1 , . . . , vn } uma base ordenada.
Dizemos que βV é uma Base Ortogonal se, e somente se, βV é um Conjunto
Ortogonal em V.
Além disso, Dizemos que βV é uma Base Ortonormal se, e somente se, βV é um
Conjunto Ortonormal em V.
Teorema:
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e seja βV = {v1 , . . . , vn } uma Base Ortogonal .
Então, todo vetor u ∈ V, é escrito de forma única do seguinte modo:
n
X hu , vi i hu , vi i
u= λi vi ; λi = = ; i = 1, · · · , n.
hvi , vi i ||vi ||2
i=1
hu , v1 i hu , v2 i hu , vn i
u= 2
v1 + 2
v2 + · · · + vn .
||v1 || ||v2 || ||vn ||2
t h hu ,v1 i hu ,v2 i it
hu ,vn i
[u]βV = λ1 λ2 ... λn = hv 1 ,v1 i hv2 ,v2 i . . . hvn ,vn i .
Definição:
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e seja βV = {v1 , . . . , vn } uma Base Ortogonal .
Dizemos que as coordenadas de u ∈ V em relação à βV :
hu , vi i
λi = ; i = 1, . . . , n;
hvi , vi i
hu , vi i
λi = ; i = 1, . . . , n;
||vi ||2
são os Coeficientes de Fourier de u em relação à βV .
Teorema:
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e seja βV = {v1 , . . . , vn } uma Base Ordenada .
Então, o conjunto ortogonal {u1 , . . . , un } pode ser obtido a partir de βV utilizando o
Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt descrito do seguinte modo:
u1 = v1 ; e
j−1 j−1
X hvj , ui i X hvj , ui i
∀j = 2, . . . , n ⇒ uj = vj − u i = vj − λ i ui ; λ i = ; i = 1, . . . , n;
hui , ui i ||ui ||2
i=1 i=1
hvj , u1 i hvj , u2 i hvj , uj−1 i
uj = vj − (λ1 u1 + λ2 u2 + . . . + λj−1 uj−1 ) = vj − u 1 + u 2 + . . . + uj−1 .
||u1 ||2 ||u2 ||2 ||uj−1 ||2
Observação:
Considerando uma Base ordenada βV = {v1 , . . . , vn } do espaço vetorial de dimensão finita
sobre o corpo K munido do produto interno h. , .i; para obter o vetor uj ; j = 2, . . . , n da nova
base, fazemos a projeção ortogonal de cada vj ; j = 2, . . . , n sobre os novos vetores
0
obtidos ui ; i = 1, . . . , j − 1 de βV . Veja o exemplo abaixo para V = R2 :
Exemplo.1:
Seja V = R2 munido do produto interno usual; e seja βR2 = {(2, 1), (1, 1)} uma base ordenada.
| {z } | {z }
v1 v2
0
Determine a partir de βR2 , uma base ordenada ortogonal βR2 = {u1 , u2 } para R2 com relação
ao produto interno usual.
Então, utilizando o Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt :
u1 = v1 = (2, 1);
Exemplo.2: R1
Seja V = P3 (R) munido do produto interno hp, qi = −1 p(t)q(t)dt; e seja
βP3 (R) = {|{z}
1 , |{z} t 2 , |{z}
t , |{z} t 3 }.
v1 v2 v3 v4
0
Determine a partir de βP3 (R) uma base ordenada ortogonal βP3 (R) = {u1 , u2 , u3 , u4 } para P3 (R)
com relação ao produto interno definido.
Então, utilizando o Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt :
u1 = v1 = 1;
hv2 ,u1 i ht,1i
u2 = v2 − hu1 ,u1 i u1 = t − h1,1i 1=t
hv3 ,u1 i hv3 ,u2 i ht 2 ,1i ht 2 ,t i
u3 = v3 − ( hu1 ,u1 i u1 + hu2 ,u2 i u2 ) = t − ( h1,1i 1 + ht,ti t) = t 2 − 13
2
Teorema:
Todo espaço vetorial V de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno h. , .i
admite uma base ortonormal.
Então, a base ortonormal βV∗ = {u1∗ , . . . , un∗ } pode ser obtida a partir de
βV = {v1 , . . . , vn } utilizando o Processo de Ortonormalização de Gram-Schmidt
descrito do seguinte modo:
u1
u1 = v1 ⇒ u1∗ = ;
||u1 ||2
j−1
X hvj , ui i uj
∀j = 2, . . . , n ⇒ uj = vj − ui ⇒ uj∗ = .
hui , ui i ||uj ||2
i=1
Exercı́cio.1:
Seja V = R3 munido do produto interno usual; e seja βR3 = {(1, 1, 1), (0, 2, 1), (0, 0, 1)} uma
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
base ordenada.
0
Determine a partir de βR3 , uma base ordenada ortogonal βR3 = {u1 , u2 , u3 } para R3 com
relação ao produto interno usual.
Exercı́cio.2:
Seja V = M2 (R) munido do produto interno usual; e seja
um subespaço de V.
Determine a partir da base ordenada βW = {e1 + e3 + e4 , e1 − e4 , e1 }, uma base
| {z } | {z } |{z}
v1 v2 v3
ordenada ortogonal para o subespaço W.
Definição:
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e S um conjunto não vazio de elementos de V .
O conjunto
S ⊥ = {u ∈ V | hu, v i = 0; ∀v ∈ S},
é denominado S perpendicular.
Se S é um subespaço vetorial de V então S ⊥ é denominado complemento
ortogonal de S em V.
Teorema:
O conjunto S ⊥ é um subespaço vetorial de V mesmo que S não o seja.
Além disso, se S é um subespaço de V, tem-se que
S ∩ S ⊥ = {0}.
Isto é,
S ⊕ S ⊥.
Teorema:
Sejam V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e W1 , W2 subespaços vetoriais de V.
Então,
(W1 + W2 )⊥ = W1⊥ ∩ W2⊥ .
Exemplo.1:
Seja V = R2 munido do produto interno h. , .i usual; e seja
W = {u ∈ R2 | y − 2x = 0}
um subespaço vetorial de V.
Determine o subespaço W ⊥ .
∀v ∈ W ⊥ ⇒ hv , ui = 0 ⇒ x + 2y = 0 ⇒ x = −2y .
Portanto,
W ⊥ = {v ∈ R2 | x + 2y = 0}
Teorema:
Sejam V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e W um subespaço vetorial de V.
Então,
V = W ⊕ W ⊥.
Isto é,
∀u ∈ V ⇒ u = v + w ; v ∈ W, w ∈ W ⊥ .
Corolário:
Sejam V um espaço vetorial de dimensão finita sobre o corpo K munido do produto interno
h. , .i; e W um subespaço vetorial de V.
Então,
dim(V) = dim(W) + dim(W ⊥ ).
Além disso,
(W ⊥ )⊥ = W.
Exemplo:
Sejam V = R4 munido do produto interno usual; e W = {u ∈ R4 | x − 2y + z + t = 0} um
subespaço vetorial de V. Então,
W = [(2, 1, 0, 0), (−1, 0, 1, 0), (−1, 0, 0, 1)] = [2e1 + e2 , −e1 + e3 , −e1 + e4 ] e; {v1 , v2 , v3 } é LI
| {z } | {z } | {z }
v1 v2 v3
⇒ βW = {v1 , v2 , v3 } ⇒ dim(W) = 3.
Como V = W ⊕ W ⊥ ⇒ dim(V) = dim(W) + dim(W ⊥ ) ⇒ dim(W ⊥ ) = dim(V) − dim(W) ⇒
dim(W ⊥ ) = 4 − 3 = 1 ⇒ W ⊥ = [w ]; w = (x, y , z, t).
Agora, resolvendo o sistema homogêneo: hw , vi i = 0; i = 1, 2, 3.
x = t; y = −2t; z = t; t ∈ R ⇒ ∀w ∈ W ⊥ ; w = t(1, −2, 1, 1)
⇒ W ⊥ = [(1, −2, 1, 1)] ⇒ βW ⊥ = {(1, −2, 1, 1)}.
Verifique se V = W1 ⊕ W2 .
(a) Considere os seguintes subespaços de R3 :
W1 = {(x, y , z) ∈ R3 /x + z = 0} e
W2 = {(x, y , z) ∈ R3 /x + y = 0 e z = 0}.
R3 = W1 ⊕ W2 ?.
(b) Considere os seguintes subespaços de P2 (R):
W1 = {p(t) ∈ P2 (R) | a0 = a1 },
W2 = {p(t) ∈ P2 (R) | a2 = 0}.
P2 (R) = W1 ⊕ W2 ?.
Sejam o espaço vetorial V = R3 e, W1 = [(−1, 1, −1), (1, 2, 1)], W2 = [(2, 2, 1), (1, 1, −1)]
subespaços de V.
1. Identifique uma base para os subespaços: W1 , W2 , W1 ∩ W2 , e W1 + W2 .
2. Determine a dimensão dos subespaços: W1 , W2 , W1 ∩ W2 , e W1 + W2 .
3. V = W1 ⊕ W2 ?
Sejam os seguintes subespaços de R3 : W1 = [(1, 0, 0)], W2 = [(1, 1, 0), (0, 1, 1)]. Verifique se
R3 = W1 ⊕ W2 .
Considere o espaço vetorial real R4 . Determine uma base para este espaço contendo elementos
do conjunto S = {(1, 0, −2, 2), (1, 2, −2, 1)}.
Considere o espaço vetorial C3 sobre o corpo K. Determine uma base para C3 nos itens abaixo:
Determine os valores de a ∈ R de modo que o conjunto S = {(a, 1, 0), (1, a, 1), (0, 1, a)} seja
uma base para o espaço vetorial R3 .
Considere o espaço vetorial real R3 e a base βR3 = {(1, 1, 1)(1, 0, 1), (1, 0, −1)}.
Determine as coordenadas do vetor u = (3, 1, 6) ∈ R3 com relação à base βR3 .
Seja βP2 (R) = {1, 1 + t, 1 + t 2 } uma base ordenada do espaço vetorial real P2 (R). Determine
as coordenadas do vetor p(t) = 2 + 4t + t 2 em relação à base βP2 (R) .
Sejam βP2 (R) = {t, 1 + t, 1 − t 2 } e γP2 (R) = {e1 , e2 , e3 } bases ordenadas do espaço vetorial
P2 (R). Seja p(t) = 2 + 4t + t 2 ∈ P2 (R). Determine [p(t)]βP2 (R) e [p(t)]γP2 (R) usando as
matrizes mudança de base: [I ]βγ e [I ]γβ .
1 1 0
Considere a matriz mudança de base [I ]γβ = 0 −1 1 . Encontre:
1 0 −1
-1 1
(a) [v ]β onde [v ]γ = 2 (b) [v ]γ onde [v ]β = 1
3 −4
Professora: Isamara
Subespaços Vetoriais
Exercı́cio.1 (Solução)
Considerando os subespaços de R3 :
W1 = {(x, y , z) ∈ R3 | x + z = 0} e
W2 = {(x, y , z) ∈ R3 | x + y = 0 e z = 0}.
(a) W1 ∩ W2 = {(x, y , z) ∈ R3 /x = −z e x = −y e z = 0}
W1 ∩ W2 = {(x, y , z) ∈ R3 /x = y = z = 0}
=⇒ W1 ∩ W2 = {0} é o subespaço nulo.
(b) W1 + W2 = {u ∈ R3 | u = u1 + u2 ; u1 ∈ W1 , u2 ∈ W2 }; então,
W1 + W2 = {u ∈ R3 | u = (−z1 , y1 , z1 ) + (−y2 , y2 , 0) = (−z1 − y2 , y1 + y2 , z1 )} = R3 ;
logo; a soma é também um subespaço vetorial.
(c) Enquanto que W1 ∪ W2 não será um subespaço do R3 ; pois W1 ∩ W2 = {0}, ou seja, um
subespaço não é um subconjunto do outro.
W1 = [(2, 1, 0), (−3, 0, 1)] = [2e1 + e2 , −3e1 + e3 ] =⇒ 2e1 + e2 , −3e1 + e3 são L.I.; então :
βW1 = {2e1 + e2 , −3e1 + e3 }.
W2 = [(1, 0, 1), (1, 1, 3)] = [e1 + e3 , e1 + e2 + 3e3 ] =⇒ e1 + e3 , e1 + e2 + 3e3 são L.I.; então :
βW2 = {e1 + e3 , e1 + e2 + 3e3 }.
W1 ∩ W2 = {u = λ1 (2e1 + e2 ) + λ2 (−3e1 + e3 ) e u = λ3 (e1 + e3 ) + λ4 (e1 + e2 + 3e3 )} =⇒
λ1 (2e1 + e2 ) + λ2 (−3e1 + e3 ) = λ3 (e1 + e3 ) + λ4 (e1 + e2 + 3e3 ) =⇒ λ1 = λ2 = λ4 e λ3 = −2λ4 ;
assim, λ4 (2e1 + e2 ) + λ4 (−3e1 + e3 ) = −2λ4 (e1 + e3 ) + λ4 (e1 + e2 + 3e3 ) para λ4 = 1:
(2e1 +e2 )+(−3e1 +e3 ) = −2(e1 +e3 )+(e1 +e2 +3e3 ) =⇒ (−e1 +e2 +e3 ) = (−e1 +e2 +e3 ) = u
u é L.I.; então βW1 ∩W2 = {−e1 + e2 + e3 }.
W1 = [(2, 1, 0), (−3, 0, 1)] = [2e1 + e2 , −3e1 + e3 ] =⇒ 2e1 + e2 , −3e1 + e3 são L.I.; então :
βW1 = {2e1 + e2 , −3e1 + e3 }.
W2 = [(1, 0, 1), (1, 1, 3)] = [e1 + e3 , e1 + e2 + 3e3 ] =⇒ e1 + e3 , e1 + e2 + 3e3 são L.I.; então :
βW2 = {e1 + e3 , e1 + e2 + 3e3 }.
W1 +W2 = [2e1 +e2 , −3e1 +e3 , e1 +e3 , e1 +e2 +3e3 ] =⇒ 2e1 +e2 , −3e1 +e3 , e1 +e3 , e1 +e2 +3e3
são L.D.; pois da combinação linear nula:
λ1 (2e1 + e2 ) + λ2 (−3e1 + e3 ) + λ3 (e1 + e3 ) + λ4 (e1 + e2 + 3e3 ) = 0 =⇒ λ1 = λ2 = −λ4 ; λ3 =
−2λ4 ; λ4 ∈ R; temos que retirar um vetor que torna os vetores linearmente dependentes.
Fazendo, por exemplo: λ4 = 1 e substituindo na combinação linear acima:
−(2e1 + e2 ) − (−3e1 + e3 ) − 2(e1 + e3 ) + (e1 + e2 + 3e3 ) = 0 =⇒ (e1 + e2 + 3e3 ) =
(2e1 + e2 ) + (−3e1 + e3 ) + 2(e1 + e3 ), logo, podemos retirar o vetor e1 + e2 + 3e3 , e assim,
βW1 +W2 = {2e1 + e2 , −3e1 + e3 , e1 + e3 }.
W1 = {(x, y , z, w ) ∈ R4 | x + y − z + w = 0 e z − w = 0} = {(−y , y , w , w ) =
y (−1, 1, 0, 0) + w (0, 0, 1, 1)} = [(−1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1)] = [e2 − e1 , e3 + e4 ] e o conjunto
{e2 − e1 , e3 + e4 } é L.I.;
então : βW1 = {e2 − e1 , e3 + e4 }.
W2 = {(x, y , z, w ) ∈ R4 | x + y + z = 0}{(−y − z, y , z, w ) =
y (−1, 1, 0, 0) + z(−1, 0, 1, 0) + w (0, 0, 0, 1)} = [(−1, 1, 0, 0), (−1, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)] =
[e2 − e1 , e3 − e1 , e4 ]; e o conjunto {e2 − e1 , e3 − e1 , e4 } é L.I.;
então : βW2 = {e2 − e1 , e3 − e1 , e4 } .
W1 ∩ W2 = {u = (−y , y , w , w ) e u = (−y − z, y , z, w )} = [(−1, 1, 0, 0)] = [e2 − e1 ]
= {e2 − e1 } é L.I.;
então : βW1 ∩W2 = {e2 − e1}.
W1 + W2 = [(−1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1), (−1, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)] = [e2 − e1 , e3 + e4 , e3 − e1 , e4 ]; e
{e2 − e1 , e3 + e4 , e3 − e1 , e4 } é L.I.;
então : βW1 +W2 = {e2 − e1 , e3 + e4 , e3 − e1 , e4 }.
0 0 0 1 0 0 0 1
são LI. E, observe que as linhas da matriz escalonada formam a base canônica.
então, ⇒ βR4 = {(e1 + e3 + 2e4 ), (2e1 − e2 + e3 + 3e4 ), e1 , e4 }.
ou βR4 = {e1 , e2 , e3 , e4 }.
1. S = [(− 72 , 32 , 1)] = [− 27 e1 + 32 e2 + e3 ] =⇒ βS = {− 72 e1 + 32 e2 + e3 };
2. fazendo em
W; y = x + z =⇒ W = [(1, 1, 0), (0, 1, 1)] = [e1 + e2 , e2 + e3 ] =⇒ βW = {e1 + e2 , e2 + e3 },
determinando agora a intersecção dos subespaços:
∀u ∈ W ∩ S =⇒ u = λ1 (− 72 e1 + 32 e2 + e3 ) = λ2 (e1 + e2 ) + λ3 (e2 + e3 ) =⇒ u = 0 =⇒
W ∩ S = {0} =⇒ βW∩S = ∅.
3. dim(W +S) = dim(W)+dim(S)−dim(W ∩S) = 1+2−0 = 3 =⇒ dim(W +S) = dim(R3 )
e W + S ⊆ R3 =⇒ W + S = R3 ; então uma base pode ser:
βW+S = {e1 , e2 , e3 }.
1. W1 = [(−1, 1, −1), (1, 2, 1)] = [−e1 +e2 −e3 , e1 +2e2 +e3 ] =⇒ {−e1 +e2 −e3 , e1 +2e2 +e3 }
é L.I. =⇒ βW1 = {−e1 + e2 − e3 , e1 + 2e2 + e3 },
W2 = [(2, 2, 1), (1, 1, −1)] = [2e1 + 2e2 + e3 , e1 + e2 − e3 ] =⇒ {2e1 + 2e2 + e3 , e1 + e2 − e3 }
é L.I. =⇒ βW2 = {2e1 + 2e2 + e3 , e1 + e2 − e3 }.
W1 + W2 = [−e1 + e2 − e3 , e1 + 2e2 + e3 , 2e1 + 2e2 + e3 , e1 + e2 − e3 ];
verificando a dependência linear entre os vetores:
α1 (−e1 + e2 − e3 ) + α2 (e1 + 2e2 + e3 ) + α3 (2e1 + 2e2 + e3 ) + α4 (e1 + e2 − e3 ) = 0 =⇒
α1 = −α4 , α2 = 2α4 , α3 = −2α4 , α4 ∈ R =⇒ para
α4 = 1; −e1 + e2 − e3 = 2(e1 + 2e2 + e3 ) − 2(2e1 + 2e2 + e3 ) + (e1 + e2 − e3 ) =⇒
βW1 +W2 = {e1 + 2e2 + e3 , 2e1 + 2e2 + e3 , e1 + e2 − e3 }
W1 ∩ W2 = {u = α1 (−e1 + e2 − e3 ) + α2 (e1 + 2e2 + e3 ) = α3 (2e1 + 2e2 + e3 ) + α4 (e1 +
e2 − e3 )} = {u = 3(−e1 − e2 − e3 )} = [−e1 − e2 − e3 ] =⇒ βW1 ∩W2 = {−e1 − e2 − e3 },
Sejam os seguintes subespaços de R3 : W1 = [(1, 0, 0)], W2 = [(1, 1, 0), (0, 1, 1)]. Verifique se
R3 = W1 ⊕ W2 .
Considere o espaço vetorial real R4 . Determine uma base para este espaço contendo elementos
do conjunto S = {(1, 0, −2, 2), (1, 2, −2, 1)}.
Considere o espaço vetorial C3 sobre o corpo K. Determine uma base para C3 nos itens abaixo:
Determine os valores de a ∈ R de modo que o conjunto S = {(a, 1, 0), (1, a, 1), (0, 1, a)} seja
3
uma base para o espaço
√ √ vetorial R .
∗
Para a ∈ R − {− 2, 2}.
W1 = {u = (x, y , z, w ) ∈ R4 | x + z = y e w = 0} = {u = (x, x + z, z, 0) =
x(1, 1, 0, 0) + z(0, 1, 1, 0)} ; W1 = [e1 + e2 , e2 + e3 ] e W2 = [e1 , 3e3 + e4 ].
W1 ∪ W2 não é um subespaço vetorial do R4 porque W1 6⊂ W2 e W2 6⊂ W1 .
W1 + W2 = [e1 + e2 , e2 + e3 , e1 , 3e3 + e4 ] e
λ1 (e1 + e2 ) + λ2 (e2 + e3 ) + λ3 (e1 ) + λ4 (3e3 + e4 ) = 0 ⇐⇒ λi = 0; i = 1, 2, 3, 4. Assim,
βW1 +W2 = {e1 +e2 , e2 +e3 , e1 , 3e3 +e4 } ⇒ dim(W1 +W2 ) = 4 ⇒ dim(W1 ∩W2 ) = 4−2−2 = 0
⇒ βW1 ∩W2 = ∅.
Portanto, W1 ⊕ W2 e, como dim(W1 + W2 ) = 4 = dim(R4 ) ⇒ R4 = W1 + W2
⇒ R4 = W1 ⊕ W2 .
Para achar um subespaço W tal que R4 = W1 ⊕ W e W 6⊆ W2 . Podemos definir, por exemplo,
uma base ordenada βW = {e2 , e4 } cujos vetores completam W1 e não geram W2 . Ou seja,
βR4 = βW1 ∪ βW = {e1 + e2 , e2 + e3 , e2 , e4 }.
Considere o espaço vetorial real R3 e a base βR3 = {(1, 1, 1)(1, 0, 1), (1, 0, −1)}.
Determine as coordenadas do vetor u = (3, 1, 6) ∈ R3 com relação à base βR3 .
u = (3, 1, 6) = α1 (1, 1, 1) + α2 (1, 0, 1)+ α3 (1,0, −1) = (α1 + α2 + α3 , α1 , α1 + α2 − α3 ) ⇒
1
α1 = 1, α2 = 72 , α3 = − 32 ⇒ [u]β 3 = 72 .
R
− 32
p(t) = 2 + 4t + t 2 = α1 (1) + α2 (1 + t) + α3 (1 + t 2 ) =
−3
(α1 + α2 + α3 )(1) + α2 (t) + α3 (t 2 ) =⇒ α1 = −3, α2 = 4, α3 = 1 =⇒ [p(t)]βP = 4 .
2 (R)
1
0
(b) A matriz mudança da base canônica βM2 (R) = {e1 , e2 , e3 , e4 } para a base
0
β β
βM2 (R) = {e1 + e4 , 3e2 , 2e1 − e3 , e1 } : [I ]β = ([I ]β 0 )−1 , portanto, obtendo facilmente a
1 0 2 1 0 0 0 1
β 0 3 0 0 β
0
β −1 0 1 0 0
matriz [I ]β 0 = 3
0 0 −1 0 e; [I ]β = ([I ]β 0 ) = 0 0 −1 0 .
1 0 0 0 1 0 2 −1
0
β
(c) [u]βM = [I ]β [u]β 0
2 (R) M2 (R)
0 0 0 1 1 4
0 1 0 0 3 1
[u]βM = 3 =
2 (R) 0 0 −1 0 −1 1
1 0 2 −1 4 −5
( ) Solução: (F)
( ) Solução: (F)
( ) Solução: (F)
( ) Solução: (F)
( ) Solução: (F)
( ) Solução: (F)
( ) Solução: (V)
( ) Solução: (F)
(b) Determine uma base ortonormal βR∗ 2 para R2 a partir da base βR2 .
Considerando a base βR2 = {e1 − e2 , e1 + e2 } notamos que é uma base ortogonal pois os
vetores são ortogonais. Podemos utilizar o processo de Gram-Schmidt para obter uma
base ortonormal βR∗ 2 = {v1∗ , v2∗ } a partir de βR2 .
Visto que βR2 é uma base ortogonal então só é necessário√
normalizar
√
os vetores da base:
v1∗ = ||vv11||2 == √ v1 == √ (1,−1) = (1,−1)
√
2
= ( 2
2
, − 2
2
)
hv1 ,v1 i h(1,−1),(1,−1)i
√ √
v2∗ = v2
== √
||v2 ||2
v2
== √ (1,1) = (1,1)
√ = ( 2, 2)
2 2 2
hv2 ,v2 i h(1,1),(1,1)i
√ √ √ √
∗ 2 2 2 2
Assim, βR2 = {( 2 , − 2 ), ( 2 , 2 )} é uma base ortonormal para R2 .
(b) Considerando a base βR3 = {e1 , e2 − e3 , e2 + e3 } notamos que é uma base ortogonal pois
os vetores são dois a dois ortogonais. Podemos utilizar o processo de Gram-Schmidt
para obter uma base ortonormal βR∗ 3 = {v1∗ , v2∗ , v3∗ } a partir de βR3 .
Visto que βR4 é uma base ortogonal então só é necess’ario normalizar os vetores da
base:
v1∗ = ||vv11||2 = v1 = e1
(0,1,−1)
v2∗ = v2
||v2 ||2 =√ v2
=√ = (0,1,−1)
√
2
= (0, √12 , − √12 )
hv2 ,v2 i h(0,1,−1),(0,1,−1)i
v3∗ = v3
||v3 ||2 = √ v3 = √ (0,1,1) = (0,1,1)
√
2
= (0, √12 , √12 )
hv3 ,v3 i h(0,1,1),(0,1,1)i
Assim, βR∗ 3 = {(1, 0, 0), (0, √12 , − √12 ), (0, √12 , √12 )}
3
é uma base ortonormal para R .
(c) βR∗ 3 = {(1, 0, 0), (0, √12 , − √12 ), (0, √12 , √12 )}
Então; ∀λi ∈ R
u = e1 − 2e2 + 3e3 = λ1 (1, 0, 0)+ λ2 (0, √12 , − √12 )+ λ3 (0, √12 , √12 )
Resolvendo o sistema de equações lineares:
λ1 = 1
√1 λ2 + √1 λ3 = −2
2 2
− √12 λ2 + √12 λ3 = 3
ou, utilizando
D os coeficientes deE Fourier: λ1 = h(1, −2, 3), (1, 0, 0)i = 1
λ2 = (1, −2, 3), (0, √12 , − √12 ) = − √22 − √32 = − √52
D E
λ3 = (1, −2, 3), (0, √12 , √12 ) = − √22 + √32 = √12
h √ √ it
[u]β ∗ = 1 − 5 2 2 2
2
3
R
Sem respostas
Uma alternativa para obter uma base para R4 é utilizar a ortogonalidade dos vetores para
verificar se são LI. Então; considerando W1 + W2 = [e1 + e4 , 3e2 , 2e1 − e3 ], vamos utilizar o
produto interno usual:
he1 + e4 , 3e2 i = h(1, 0, 0, 1), (0, 3, 0, 0)i = 0 ⇒ v1 ⊥v2
h3e2 , 2e1 − e3 i = h(0, 3, 0, 0), (2, 0, −1, 0)i = 0 ⇒ v2 ⊥v3
porém, he1 + e4 , 2e1 − e3 i = h(1, 0, 0, 1), (2, 0, −1, 0)i = 2 6= 0 ⇒ v1 6⊥ v3
então o conjunto não é ortogonal e, assim, não podemos afirmar que a independência linear.
Porém, utilizando o processo de ortogonalização de Gram-Schmidt;
podemos obter um conjunto ortogonal a partir do conjunto {e1 + e4 , 3e2 , 2e1 − e3 }:
u1 = (1, 0, 0, 1) = e1 + e4 ;
u2 = (0, 3, 0, 0) − h(0,3,0,0),(1,0,0,1)i
h(1,0,0,1),(1,0,0,1)i (1, 0, 0, 1) = (0, 3, 0, 0) = 3e2
u3 = (2, 0, −1, 0) − h(2,0,−1,0),(1,0,0,1)i h(2,0,−1,0),(0,3,0,0)i
h(1,0,0,1),(1,0,0,1)i (1, 0, 0, 1) − h(0,3,0,0),(0,3,0,0)i (0, 3, 0, 0) =
(2, 0, −1, 0) − (1, 0, 0, 1) = (1, 0, −1, −1) = e1 − e3 − e4
Assim, βW1 +W2 = {e1 + e4 , 3e2 , e1 − e3 − e4 } é uma base ortogonal para W1 + W2