Notação musical é o sistema de escrita que representa graficamente
uma peça musical, é o conjunto de sinais que representam a organização de sons permitindo que o intérprete execute com a ideia do autor.
Antes da notação musical atual
tivemos outros tipos de notações. O sistema moderno teve suas origens nas neumas, que eram símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano. Inicialmente as neumas, pontos e traços que representavam intervalos e regras de expressão, eram posicionadas sobre as sílabas do texto e serviam de lembrete de como executar. No entanto, esse sistema não permitia que pessoas
sem conhecimento da partitura da música pudessem cantar; não era
possível representar com precisão as alturas e durações das notas.
Grande parte do desenvolvimento da notação
musical deriva do trabalho do monge beneditino Guido D'Arezzo que em seus estudos percebeu que a construção de uma escala musical simplificada poderia facilitar o aprendizado dos alunos e ao mesmo tempo diminuir os erros de interpretação de uma peça musical. Entre suas contribuições estão o desenvolvimento da notação absoluta das alturas, onde cada nota ocupa uma posição na pauta de acordo com a nota desejada.
D'Arezzo foi também o idealizador do solfejo, que é o sistema de ensino
musical que permite ao aluno cantar o nome das notas. O monge aproveitou as palavras de um hino cantado em louvor a São João Batista, observando as iniciais de cada um dos versos em latim ele criou as notas: tu - ré - mi - fá - sol - lá - San.
As notas dó e si foram adaptadas no século XVII, quando foi feita uma
revisão do sistema original. Como Guido utilizou o sistema silábico italiano em seu tratado, seus termos se popularizaram e é esse a principal razão para que a notação moderna utilize termos em italiano. O sistema alfabético foi introduzido em meados de 540 d.c. pelo papa Gregório Grande, e é utilizado até hoje sendo uma forma de leitura de notas chamado cifras