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Prefácio ................................................................................................................................... 2
As propriedades físicas do som .................................................................................... 8
Exercícios ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
02. Timbre ............................................................................................................................ 10
Instrumentos de sopro .................................................................................................. 13
Metal ................................................................................................................................ 17
Vozes ............................................................................................................................... 21
Exercícios ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
03. Notação musical ............................................................................................................. 27
Origem .............................................................................................................................. 28
Notas ................................................................................................................................ 30
Figuras ............................................................................................................................. 31
Linhas e espaços suplementares ................................................................................ 34
Relação entre as claves ............................................................................................... 36
Regras de grafia............................................................................................................. 36
Linha de oitava ............................................................................................................... 37
4. Intensidade ........................................................................................................................ 38
Sinais de dinâmica......................................................................................................... 38
Dinâmica progressiva .................................................................................................... 39
5. Duração ............................................................................................................................. 41
Figuras ............................................................................................................................. 41
Valores proporcionais ................................................................................................... 42
O ritmo e suas propriedades ........................................................................................ 43
Alteração no andamento............................................................................................... 47
Ligadura........................................................................................................................... 48
Ponto de diminuição (Staccato)................................................................................... 50
Fermata ........................................................................................................................... 51
Sincopa ............................................................................................................................ 57
Compasso acéfalo, tético e anacruse. ....................................................................... 58
6. Altura ........................................................................................................................... 65
Tom e semitom............................................................................................................... 65
Escala .............................................................................................................................. 67
Prefácio
Sidnei Duarte
01. O som
Quando estas vibrações são irregulares temos os ruídos (sons sem alturas
determinadas).
As propriedades físicas do som
Não devemos confundir som alto com som forte, ou som baixo com som
fraco.
Alto e baixo tem relação com alturas (notas), ou seja, com a freqüência.
Forte e fraco tem relação com a intensidade, volume sonoro, portanto, com
a amplitude.
Timbre é a propriedade que nos permite distinguir as origens dos sons, o
perfil de onda emitido por cada instrumento.
02. Timbre
Instrumentos de corda
Contrabaixo
Cordas percutidas: Quando as cordas são estimuladas por méis percussivos. Ex:
Piano e berimbau.
Piano Berimbau
Instrumentos de sopro
Flautim Flauta-doce
Flauta Transversal
saxofone
Corne-ingles Fagote
Contra fagote oboé
Obs.: Embora a Flauta e o Saxofone sejam feitos de metal, a Flauta tem natureza
timbristica a madeira e o Saxofone utiliza palheta simples.
Metal
tuba Bombardino
Instrumentos de percussão
Bombo Pandeiro
Tambor Caixa
celesta Carrilhão
castanholas prato
Triangulo
reco-reco agogô
cuíca Chocalho
Obs.: Cada família desses instrumentos tem seus sons característicos, por serem
feitos de materiais diferentes e também executados de formas diversas. Na
mesma família há diferentes timbres, pois além do material usado na construção
desses instrumentos, o tamanho também influencia no perfil sonoro.
Vozes
Grupo Vocal
Tessitura: É o espaço sonoro que compreende a nota mais aguda e a nota mais
grave que um instrumento ou voz pode alcançar.
Orquestra de Câmara
Orquestra
Big band
Grupos Vocais
Grupo Vocal
03. Notação musical
O sistema moderno teve suas origens nas neumas, símbolos utilizados para
representar as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano, por volta do
século VIII. Inicialmente, as neumas (ou pneumas), pontos e traços que
representavam intervalos e regras de expressão (tais como melismas), eram
posicionadas sobre as sílabas do texto e serviam como um lembrete da forma de
execução para os que já conheciam a música. No entanto este sistema não
permitia que pessoas que nunca a tivessem ouvido pudessem cantá-la, pois não
era possível representar com precisão as alturas e durações das notas, para
resolver este problema as notas passaram a ser representadas com distâncias
variáveis em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas.
Este sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas, com a utilização de claves
que permitiam alterar a extensão das alturas representadas. Inicialmente o
sistema não continha símbolos de durações das notas pois elas eram facilmente
inferidas pelo texto a ser cantado. Por volta do século X, quatro figuras diferentes
foram introduzidas para representar durações relativas entre as notas.
Grande parte do que desenvolvimento da notação musical deriva do
trabalho do monge beneditino Guido d'Arezzo ( 992 -1050). Entre suas
contribuições estão o desenvolvimento da notação absoluta das alturas (onde
cada nota ocupa uma posição na pauta de acordo com a nota desejada). Além
disso foi o idealizador do solfejo, sistema de ensino musical que permite ao
estudante cantar os nomes das notas. Com essa finalidade criou os nomes pelos
quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si) em
substituição ao sistema de letras (A B C D E F G), que eram usadas
anteriormente, os nomes foram retirados das sílabas iniciais de um Hino a São
João Batista, chamado Ut queant Laxis. Como Guido d'Arezzo utilizou a italiano
em seu tratado, seus termos se popularizaram e é essa a principal razão para que
a notação moderna utilize termos em italiano.
O uso de linhas para dividir as seções da partitura surgiu no século XV, mas no
princípio cada seção não tinha uma duração definida e as linhas só serviam como
auxílio visual para facilitar a leitura. Somente no século XVII as seções
(compassos) passaram a ter duração regular relacionada à divisão rítmica da
música.
Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação
com pautas de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental,
mantendo-se assim até os dias de hoje. O sistema padrão pode ser utilizado para
representar música vocal ou instrumental, desde que seja utilizada a escala
cromática de 12 semitons ou qualquer de seus subconjuntos, como as escalas
diatônicas e pentatônicas. Com a utilização de alguns acidentes adicionais, notas
em afinações microtonais também podem ser utilizadas.
Notas
Os sons musicais são representados por sete notas; dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.
Existe também a forma literal, utilizados nos paises anglo-germanicos (Estados
Unidos, Inglaterra, Alemanha, Áustria). Nestes paises as notas musicai são
representadas por letras do alfabeto:
A B C D E F G
lá si dó ré mi fá sol
Sancte Iohannes.
Figuras
Além das alturas que representam os sons, temos ainda as figuras, que
representam as durações dos sons.
As três partes da figura:
Pentagrama
A pauta onde são escritos os símbolos musicais é chamado de pentagrama
(do grego, penta/grama, cinco linhas), é composto de cinco linhas e quatro
espaços.
Claves
Clave da palavra italiana chiave (chave), são sinais colocados no início do
pentagrama para determinar as alturas das notas e estabelecer seus nomes.
Existem três tipos de claves:
Clave de sol
Grafada na segunda linha, determinando a nota sol nesta linha, clave usada
para sons agudos e médios.
Clave de dó
Grafada na primeira, segunda, terceira ou quarta linha, determinando a nota
dó na linha que estiver clave usada para sons médios.
Clave de fá
Grafada na terceira ou quarta linha, determinando a nota fá na linha que
estiver clave usada para sons médios e graves.
Regras de grafia
As figuras escritas abaixo da terceira linha têm a haste virada para cima, a
direita da cabeça, as figuras escritas acima da terceira linha têm a haste virada
para baixo, a esquerda da cabeça. As figuras escritas na terceira linha podem ter
a haste tanto para cima quanto para baixo. O comprimento da haste equivale a
uma oitava.
O colchete é sempre voltado para a direita, com as hastes escritas
conforme a regra vista anterior.
As figuras que possuem colchetes podem ser unidas por uma ou mais
barras, de acordo com o número de colchetes da figura.
Linha de oitava
Sinais de dinâmica
Acentos
Podemos acentuar uma ou mais notas através do uso de uma intensidade
maior do que as demais. Os sinais de acentuação devem ser colocados junto à
cabeça das figuras, conforme suas posições no pentagrama.
Figuras
As figuras não têm valor fixo e sim proporcional, sendo que cada uma vale
sempre a metade da anterior e o dobro da seguinte. Qualquer uma das figuras
pode ser tomada como unidade de tempo, ou seja, dá-se o valor de um tempo ou
uma pulsação, deduzindo-se os valores das demais, sempre com a proporção de
metade da anterior e dobro da seguinte.
O ritmo e suas propriedades
Moderados
Andante - Moderado, nem rápido, nem lento.
Andantino - Semelhante ao andante, mas um pouco mais acelerado.
Moderato- Mais acelerado que o andantino.
Allegretto - Moderadamente rápido.
Rápidos
Allegro - Andamento veloz e ligeiro.
Vivace - Um pouco mais acelerado que o Allegro.
Presto - Andamento muito rápido.
É uma linha curva que une duas ou mais notas que estejam na mesma
altura, somando suas durações. Também chamada de ligadura de valor, apenas a
primeira nota de onde parte a ligadura é articulada, sendo as demais
prolongamento da primeira.
Ponto de aumento
Podemos também prolongar a duração do som colocando um ponto do lado
direito da figura, aumentando seu valor em metade.
Compasso
É a maneira pela qual a musica está dividida, esta divisão pode ser em
partes iguais ou variáveis.
Os compassos são separados por uma linha vertical que abrange todo o
pentagrama, chamada Barra de compasso.
Utilizamos barra dupla para separar as seções da música.
A barra dupla final tem o segundo traço mais grosso e indica o término da
música.
Compasso composto: aquele que tem como unidade de tempo uma figura
ou valor composto.
Fórmula de compasso
No pentagrama, logo após a clave, encontramos dois números sobrepostos.
Trata-se da fórmula de compasso, a qual indica o número de tempos ou pulsações
e a unidade de tempo.
O número superior indica, no compasso simples, quantos tempos deverão
ter o compasso.
O número inferior indica a figura escolhida para valer um tempo. Estas
figuras são representadas por números, os quais nada têm a ver com seus valores
(esta referencia numérica é em relação à semibreve).
Assim, no exemplo acima, as seis colcheias devem ser agrupadas de três em três.
Reunindo as colcheias em grupo de três, teremos dois grupos, ou seja, dois
tempos, cada qual equivalendo a uma semínima pontuada, que é a soma das três
colcheias.
Contratempo
Quando o tempo ou a parte forte for preenchido com pausa é o que se
chama contratempo, provocando o efeito de deslocamento da acentuação natural
do compasso. Pode ser regular ou irregular, é regular quando as figuras que o
compõem têm a mesma duração, irregular quando as figuras têm durações
diferentes.
Sincopa
Se uma nota executada no tempo fraco ou parte fraca do tempo e for
prolongada ao tempo forte ou parte forte do tempo seguinte, teremos o que se
chama síncopa.
Articulação
Na execução instrumental ou vocal a articulação é o ‘sotaque da música’, é
a forma usada para conseguirmos expressão musical.
Nas partituras as articulações vêm expressas pelo compositor através da
indicação de acentos, legato, non legato, staccato e tenuta.
Legato
Do italiano, ligado, quando as notas devem ser ligadas, sem quebra da
frase melódica.
Non legato
Também do italiano, não ligado, quando as notas são executadas não
ligadas.
Staccato
Do italiano, destacado, quando as notas ou grupo de notas devem ser
destacadas, separadas, perdendo metade do seu valor, sendo assim executadas
de forma mais curta do que seu valor real.
Tercina - quiáltera
São grupos de figuras que não obedecem à divisão normal do compasso ou
a subdivisão de seus tempos. As quiálteras são denominadas de acordo com o
número de notas que as formam; 2 notas = duínas; 3 notas = tercinas, 5 notas =
quintinas, assim por diante. Neste módulo iremos estudar apenas as tercinas.
Figuras com colchetes são substituídas por figuras de maior valor com
traços equivalentes ao número de colchetes:
Quando os compassos se repetem, abreviamos assim:
Ritornello
Do italiano, retornar é usado quando a música se repete por um trecho
extenso, uma estrofe. Coloca-se o sinal no inicio do trecho e no fim.
Da capo
Do italiano, do começo, é usado quando a música deve ser repetida desde
o início.
.
Quando a música se repete desde do inicio ou de um determinado ponto e
esta repetição não é integral, escreve-se Fine onde termina.
Na música ocidental existe uma menor distancia entre dois sons, este
intervalo é denominado semitom (sistema de afinação temperado). O tom é a
somatória de dois semitons.