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Instituto Federal do Paraná

Cursos Técnico em Administração e Informática - 3º ano


Disciplina: Física II
Professor: Átila
Aluno: João Pedro Meneses Carvalho

Som: Timbre e Altura


O que é som? O som é uma vibração que viaja pelo ar e transfere energia,
mas nunca matéria. À medida que o meio através do qual a onda se propaga muda,
a velocidade do som muda. Ele é uma onda que pode se propagar através do ar e
outros meios devido a vibrações moleculares. O som é percebido quando
direcionado ao nosso aparelho auditivo e convertido em estímulos elétricos enviados
ao cérebro para interpretação.

Os seres humanos podem ouvir uma faixa de frequências sonoras chamadas


de espectro audível, que se estende de aproximadamente 20 Hz a 20.000 Hz. Sons
com frequências abaixo de 20 Hz são chamados de infrassom e sons com
frequências acima de 20.000 Hz são chamados de ultrassom. Outros animais, como
cães, gatos e morcegos, podem ouvir uma faixa muito maior de frequências. A
velocidade com que uma onda sonora se propaga depende apenas das
propriedades do meio em que ela se propaga, a velocidade do som no ar é de
aproximadamente 340 m/s. Devido à natureza ondulatória do som, ele pode passar
por diversos fenômenos como reflexão, refração, difração e interferência. Este último
pode cancelar ou adicionar duas ou mais ondas sonoras, dependendo da posição.

O som possui algumas características, e umas delas são o timbre e a altura.


A altura está relacionada com a sua frequência. Um som alto é um som de alta
frequência, também chamado de agudo. Por outro lado, o baixo é um som de baixa
frequência, portanto é um som grave. O timbre do som é o que nos permite distinguir
a natureza de sua fonte. Ao ouvirmos dois sons de mesma frequência e intensidade,
mas que foram produzidos por instrumentos diferentes, podemos facilmente
diferenciá-los. O timbre é o modo de vibração da onda sonora, e cada fonte sonora
possui o seu timbre característico.
Nível Sonoro e Sensibilidade Auditiva
O ouvido humano capta sons com frequências entre 20 Hz e 20.000 Hz, mas
apenas se a intensidade sonora desses sons for forte o suficiente. Por exemplo:

● Não conseguimos ouvir uma folha a cair - a intensidade sonora é muito


fraca.
● O som de um concerto é agradável - intensidade sonora moderada.

● Um avião a jacto faz muito barulho ao descolar - intensidade sonora


elevada.

Para saber se o som emitido pela fonte sonora é forte ou fraco, obtém-se o
nível do som gerado. O nível de volume relaciona o volume de um som com o
volume do som mais baixo que podemos ouvir. Um Sonómetro é usado para medir o
nível de som. As unidades utilizadas para quantificar o Nível Sonoro são o Bel (B),
embora seja mais comum utilizar-se o deciBel (dB), que corresponde a um décimo
do Bel.

Escala de Decibéis
O que é a sensibilidade auditiva? O aparelho auditivo encontrado na cabeça
é dividido em três partes. A primeira parte é a orelha externa, onde está localizado o
canal auditivo. A segunda parte é a orelha média, também chamada de cavidade
timpânica, que contém o tímpano e os ossículos. A terceira parte é a orelha interna,
onde se concentram a cóclea e o nervo auditivo. Para receber o som, as ondas
sonoras devem entrar no ouvido externo, viajar pelo canal auditivo e atingir o
tímpano, fazendo assim com que ele vibre.

Nesse momento, os dois ossos da cavidade timpânica, o martelo e a bigorna,


ativam outro osso, o estribo, e levam essa informação para o ouvido interno. Ao
passar por cada um desses obstáculos, as ondas sonoras são aplicadas e viajam
em direção à cóclea. O nervo auditivo contém células nervosas que enviam sinais de
ondas sonoras para o cérebro. Neste momento, percebe-se o som.

As pessoas com sensibilidade auditiva captam e recebem sons de maneira


diferente. Isso geralmente resulta em uma sensibilidade anormal aos sons de baixa
e média intensidade e, portanto, menor tolerância aos sons do dia a dia. Existem
várias causas de hiperacusia. Por exemplo, pode ser adquirido como resultado de
defeitos genéticos no ouvido interno. Pode haver malformações do músculo tensor
do tímpano ou dos músculos estapedianos.

Outra causa da hipersensibilidade auditiva está relacionada a questões


emocionais, como estresse e ansiedade. É importante destacar outra causa que
provavelmente está mais diretamente relacionada a esse problema: Exposição
excessiva a níveis excessivos de decibéis.

Uma maneira de minimizar e eliminar a hipersensibilidade é com um gerador


de tons de ruído branco. Estes podem ajudar a resolver problemas, especialmente
em pacientes com hiperacusia. Nesses casos, o som deve sempre ser aplicado ao
ouvido de forma suave e gradual, começando em um nível bem baixo.

Sons da Música: Intervalos, Afinação, Frequência das Notas e Tom

Em poucas palavras, um intervalo é a "distância" entre duas notas. Essa


distância é medida em tons e semitons. Por exemplo: Há um intervalo de duas notas
entre as notas C (Dó) e E (Mi). Esse intervalo será classificado de acordo com a
ordem natural das notas (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Sí).
Seguindo este raciocínio, se a nota Dó é a primeira nota da escala, a nota
Mi ocupa a terceira posição:

Portanto, dizemos que Mi é a terça de Dó. E uma terça é um intervalo de dois


tons. Se em outro caso, o Sol é a primeira nota da sequência, a terça é a nota Si:

Na música, existem diferentes tipos de intervalos, sendo eles: harmônicos,


melódicos, ascendente, descendente, justos e maiores. Os harmônicos se dão
quando duas notas são tocadas simultaneamente. Os melódicos quando as notas
são tocadas sucessivamente. Os intervalos ascendentes ocorrem quando a primeira
nota é mais grave que a segunda, e os descendentes quando a primeira nota é mais
aguda que a segunda. Os justos são determinados pelas distâncias da 1ª nota para
a 4ª, 5ª e 8ª nota. Os maiores são determinados pelas distâncias da 1ª nota para a
2ª, 3ª, 6ª e 7ª nota.
A afinação é um elemento muito importante para o mundo da música. Seja
para instrumentos, como também para a voz de um cantor. No entanto, essa
característica vai muito além de um violão fora do tom ou de uma pessoa que não
saiba cantar. A afinação corresponde ao processo de produzir sons equivalentes a
outros. Dessa forma, as frequências em Hertz são utilizadas para chegarmos a
medida perfeita, principalmente quando se trata de instrumentos de cordas. Além
disso, dependendo do tipo do instrumento, pode ocorrer um efeito chamado
ressonância, que ocorre quando uma corda ecoa ao ser tocada. Ou seja, isso é um
sinal que foi bem feita. A afinação pode envolver o ajuste por uníssonos, ou então,
por intervalos naturais. Assim, considerando a altura das notas de um instrumento
com outro, ou, por exemplo, de uma corda de guitarra a uma outra corda. Todavia,
muitos músicos utilizam aparelhos para executar a afinação. Por exemplo,
afinadores digitais, às vezes até embutidos no instrumento,e diapasões, que são
muito utilizados para afinar pianos.
Falando de frequência nas notas musicais, pode-se dizer que a música é um
perfeito exemplo da integração da arte com a matemática e a tecnologia. As notas
musicais são sons com frequências determinadas, de tal forma que existe uma
relação matemática exata entre elas. A escala musical nada mais é do que uma
sequência de sons, disposta de forma ascendente ou descendente, de acordo com a
frequência, na qual se fundamenta a música. As escalas musicais são obtidas por
meio de uma relação matemática bem definida entre as frequências de cada nota
musical.

Frequência das Notas

Desde Pitágoras, as divisões em intervalos matematicamente relacionados


têm sido usadas, mas em escalas diferentes. Isso ocorre porque o ouvido humano
os percebe como sons simultâneos agradáveis ​com várias frequências entre si. Em
outras palavras, tocar as frequências de 261,6 Hz e 523,3 Hz ao mesmo tempo tem
um efeito agradável.

Mas, e o que é tom? O tom é a nota que dá a sensação de repouso numa


melodia ou harmonia, pois a música é um diálogo entre tensão e relaxamento. A
tonalidade de uma música caracteriza a hierarquia de uma nota, que é a nota
principal, o centro da música onde todas as outras vão girar em torno dela. Em
resumo, para compreender isso, basta testar na prática com as músicas que você
toca e ver, ao final de cada música o acorde ou nota (no caso de melodia), que dá a
sensação de REPOUSO. Essa nota é o TOM da música, ela atrai as outras notas, as
quais tem o efeito de tensão (suspensão), umas mais e outras menos.
Instrumentos Musicais: Cordas e Tubos Sonoros

Um instrumento de cordas é aquele que funciona vibrando uma corda sob


tensão. Isso requer esfregar, bater e beliscar. Eles pertencem a uma classe
chamada cordofones de acordo com o sistema Hornbostel-Sachs. Existem mais de
300 instrumentos deste gênero listados. Eles são divididos em três classes de
cordas:

● Pinçadas/beliscadas;
● Friccionadas;
● Percutidas.

Os instrumentos de cordas beliscadas são aqueles cujos sons acontecem por


meio do toque das mãos ou da palheta. Simplificando, se a corda for movida
ligeiramente de sua posição original e soltá-la, ela emitirá um som. É assim que as
vibrações são geradas e o som é gerado. Alguns exemplos de instrumentos de
cordas beliscadas são: violão, baixo e guitarra. Os instrumentos de cordas
friccionadas funcionam por meio do atrito de um arco de madeira na corda. Seu som
é conhecido por suas vibrações harmoniosas e timbre longo. Geralmente possuem
formato arredondado, característica importante para uma boa execução. Dois tipos
de instrumentos desse tipo são: violino e violoncelo. Os instrumentos de cordas
percutidas são aqueles cujo som acontece por meio da vibração de suas cordas ou
marteladas. A intensidade de suas notas pode variar de acordo com a força de suas
batidas. O piano é um instrumento de corda percutida que foi criado por um italiano,
no século XVII. A sonoridade de um piano é tão rica que ele agrupa todos os sons
de instrumentos juntos.

Os instrumentos de sopro como a flauta, corneta e a clarineta, se parecem com


tubos, abertos nas duas extremidades ou abertos em uma e fechados em outras.
Portanto, um tubo sonoro é basicamente uma coluna de ar na qual são geradas
ondas estacionárias longitudinais. Essas ondas são criadas pela sobreposição de
ondas de pressão geradas em uma extremidade e ondas refletidas na outra
extremidade.

Existem dois tipos de tubos sonoros, os fechados e os abertos. Na figura abaixo, é


possível observar que a onda estacionária longitudinal na ponta da extremidade
forma um arco e um nó na ponta fechada. Neste tipo de tubo ou em todos os tipos
de vibração, apenas o número de nós intermediários aumenta.

Tubo sonoro fechado

De acordo com a figura vemos que a distância entre um ventre e um nó consecutivo


equivale a um quarto do comprimento de onda, assim, temos (λ/4). Como a
frequência de vibração é dada por f = v/λ, podemos estabelecer que: Em um tubo
fechado, as frequências naturais são múltiplos ímpares da relação (v/4L), como se
observa na seguinte equação:

Podemos ver na figura abaixo que a onda estacionária longitudinal formada


apresenta um ventre nas duas extremidades. O modo mais simples de vibrar
corresponde a um nó no ponto central. Podemos ver que a cada novo modo de
vibração, surge mais um nó intermediário.
A distância entre dois ventres consecutivos é igual a meio comprimento de onda, ou
seja, (λ/2), temos que a frequência é dada por f = v/λ. Na equação, v é a velocidade
da onda dentro do tubo. Desta forma, podemos estabelecer que: Em um tubo aberto,
as frequências naturais de vibração são dadas pela seguinte equação:

Para N = 1 tem-se a frequência fundamental, para N = 2 tem-se o segundo


harmônico, para N = 3 tem-se o terceiro harmônico, e assim por diante.

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