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João Monlevade, MG
2020
Luiz Marques Júnior
CDU 681.51
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
REITORIA
INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETRICA
FOLHA DE APROVAÇÃO
Membros da banca
Versão final
Aprovado em 23 de Setembro de 2020
De acordo
Documento assinado eletronicamente por Edgard Gregory Torres Saravia, COORDENADOR DO CURSO DE ENGENHARIA ELETRICA, em 02/10/2020,
às 19:08, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.007304/2020-47 SEI nº 0089501
https://sei.ufop.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=102642&infra_sistema=1… 1/1
Agradecimentos
Quando desistir não é uma opção, o sucesso é inevitável! Muitas vezes pensei em
desistir devido a inúmeras dificuldades encontradas durante todo curso, porém através de
todo apoio recebido pelos familiares e amigos, hoje eu posso dizer que atingi o sucesso
nessa fase da minha vida. Não é possível alcançar os objetivos sozinhos, logo, nada mais
justo do que agradecer a todos que estiveram e estão junto a mim.
Agradeço de forma especial ao meu orientador Pablo Henrique Gonçalves por
aceitar conduzir o meu trabalho de pesquisa. Agradeço também a Deus, aos meus pais
Luiz e Maria e a minha irmã Marina por estarem comigo em todos os momentos, me
amparando e aconselhando.
Gostaria de agradecer aos meus amigos, pelas noites de sono perdidas para estudar,
pela união nos trabalhos e estudos, e principalmente pelas cervejas pós-provas no Clube
da Cerveja, fato que nunca falhou, pois se tais momentos não tivessem existido, hoje não
estaria carregando o título de Engenheiro Eletricista. Por fim, agradeço aos que estiveram
junto comigo no Diretório Acadêmico Consolidar, na Bateria Desgoverna e na República
Black Jack, uma vez que estes locais me proporcionaram um enorme crescimento pessoal e
profissional.
"A pergunta que em certas ocasiões me deixa confuso: Sou eu ou os demais que estão
loucos?"
– Albert Einsten
Resumo
Os VAANTs, Veículos Aéreos Autônomos Não Tripulados, estão sendo alvo de estudo e
de desenvolvimento em expansão. Com diversas aplicações, como por exemplo, aquisição
de imagens aéreas, monitoramento, inspeção de dutos e linhas de transmissão de energia,
mapeamento e pulverização de plantações, os VAANTs vêm em uma crescente com
objetivos na redução de custos e realização de missões perigosas. Para que os VAANTs
possam operar satisfatoriamente, robustos métodos de controle devem ser empregados.
Este trabalho apresenta uma análise de cinco técnicas de controle aplicadas a quadrotores.
A metodologia consiste em avaliar parâmetros de desempenho como máximo sobressinal,
erro em regime permanente e velocidade da resposta, analisando-os na planta linearizada
com a presença do controlador e verificando qual possui um melhor resultado. O controle
PID, com sintonia de ganhos pelo método Twiddle, visa encontrar uma melhor resposta
que garanta a minimização do erro médio da planta. O controle PID, com sintonia de
ganhos pelo método Successive Loop Closure, atua de forma que a resposta seja obtida a
partir da saturação dos atuadores. O controle via LQR busca a minimização da função de
custo para otimizar o sistema garantindo a estabilidade. O controle via LQG visa garantir
a atenuação de ruídos presentes no sistema. A técnica de controle via Lyapunov, garante
a estabilidade dos sistemas, lineares e não lineares. Após realizar as simulações em dois
cenários, na presença e na ausência de um ruído, aplicados em quadrotores de dimensões
distintas, as técnicas de controle estudadas apresentam bons resultados, sendo o LQG com
o melhor desempenho.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1.1 Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1.2 Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.1.2.1 Inspeção em linhas de transmissão de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.1.2.2 Busca e salvamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1.2.3 Mapeamento de ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1.2.4 Monitoramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 Representações de sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1.1 Função de transferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1.2 Espaço de estados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 Sistemas de controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2.1 Sistema em malha aberta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2.2 Sistema em malha fechada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Projeto de sistemas de controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3.1 Especificações de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Técnicas de controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4.1 Controle de estabilidade de quadotores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.1 Modelagem matemática do VAANT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.1.1 Matrizes de rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.1.2 Sistema de coordenadas do quadrotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.1.2.1 Referencial inercial F i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.1.2.2 Referencial inercial F v . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.1.2.3 Referencial inercial F v1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.1.2.4 Referencial inercial F v2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.1.2.5 O referencial fixo ao corpo F b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.1.3 Equação de Coriolis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.1.4 Cinemática e dinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.1.4.1 Variáveis de estado do quadrotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.1.4.2 Cinemática do quadrotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.4.3 Dinâmica dos corpos rígidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1.4.4 Forças e momentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.1.5 Modelo matemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.1.6 Modelo matemático simplificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.2 Técnicas de controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.1 Controle PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.1.1 Sintonia do controlador PID por Successive Loop Closure . . . . . . . . . . . . 34
3.2.1.2 Sintonia do controlador PID pelo método Twiddle . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.2.2 Sintonia do controladorLQR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.2.3 Sintonia do controladorLQG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.3.1 Filtro de Kalman . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.4 Sintonia do controladorLyapunov . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2.4.1 Definições matemáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2.4.1.1 Funções escalares definida e semi-definida positivas . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2.4.1.2 Funções escalares definida e semi-definida negativas . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.4.1.3 Funções escalares indefinidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.4.1.4 Forma hermitiana e quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.4.2 Segundo método de Lyapunov . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2.4.2.1 Teorema central da estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.2.4.3 Verificação da estabilidade de Lyapunov para sistemas lineares e invariante no tempo 44
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.1 Controle PID via Successive Loop Closure . . . . . . . . . . . . . . . 48
4.2 Controle PID via Twiddle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.3 Controle via LQR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.4 Controle via LQG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.5 Controle via Lyapunov . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.6 Análise comparativa entre as técnicas de controle . . . . . . . . . . . 64
5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5.1 Trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
1
1 Introdução
1.1 Histórico
Os quadrotores, apesar de serem um assunto relativamente recente, sua aplicação
teve início no século XIX. Os chamados Veículos Aéreos Autônomos Não-Tripulados
(VAANTs), do inglês Autonomous Unmanned Aerial Vehicles (AUAVs), foram usados
primeiramente pelos austríacos, no qual balões sem tripulantes, carregados com explosivos
atacavam alvos em Veneza.
Antes das Grandes Guerras Mundiais, estudantes de engenharia pesquisavam um
método para transportar objetos explosivos pelo ar, surgindo assim os primeiros mísseis.
O engenheiro Nikola Tesla, no ano de 1915, desenvolveu uma análise da capacidade bélica
que uma frota de veículos denominados VAANTs possuíam (UBIRATAN, 2015).
Em 1951, a Ryan Aeronautical Company (construtora do monomotor “Spirit of
St. Louis”, que cruzou o Atlântico Norte em 1927), começou a desenvolver o Firebee, um
drone a jato, indicado na Figura 1, considerado o primeiro drone moderno, designado a
atuar como alvo aéreo (UBIRATAN, 2015).
1.1.1 Classificação
Veículos aéreos no geral, são classificados de acordo com sua topologia como
aeronaves de asas fixas (aviões), asa rotativa (helicóptero e multicópteros), entre outras
(balões, dirigíveis, entre outros). Cada topologia possui determinadas características
que apresentam vantagens diferenciadas em relação a sua aplicação. As Figuras 2 e
3 exemplificam configurações de aeronaves de asa fixa e asa rotativa respectivamente.
1.1.2 Aplicação
Os VAANTs podem ser utilizados em diversas aplicações onde a presença de
seres humanos são dispensáveis, possibilitando reduzir custos, ou desejável, como missões
perigosas, eliminando o risco de acidentes com o piloto. Algumas das aplicações já realizadas
utilizando VAANTs são: Aquisição de imagens aéreas, monitoramento, mapeamento em
ambientes, inspeção de dutos e linhas de transmissão energizadas, busca e resgate em
áreas perigosas, pulverização de plantações, entre outros. Será detalhado algumas de suas
aplicações no decorrer desta seção.
VAANTs também podem ser utilizados para explorar e mapear ambientes fecha-
dos e desconhecidos. Em ambientes perigosos também são utilizados os VAANTs para
identificação e mapeamento, como por exemplo quando se deseja mapear um vulcão.
A Figura 6 é um exemplo de um mapeamento realizado por um VAANT onde a linha
preta é uma estrada em Kelok Sembilan, a linha azul é o rio Sanipan em um vale, que
atravessa a área de pesquisa e os círculos amarelos marcam a área de interesse da pesquisa.
Para este mapeamento foi utilizado a técnica persistent scatterer interferometry (PSI)
(ROKHMANA; ANDARU, 2016).
Capítulo 1. Introdução 6
1.1.2.4 Monitoramento
1.2 Motivação
Com o passar dos anos, o uso dos veículos aéreos autônomos não tripulados
(VAANTs) vem sendo descentralizado dos campos de guerra, abordando áreas comerciais
e industriais. Hoje em dia, a variação de suas aplicações se equivalem a variação de seus
modelos nos quais alguns impasses são encontrados. De acordo com sua aplicação, os
VAANTs necessitam do acréscimo de acessórios como sensores, câmeras e até mesmo trem
de pouso, fazendo com que suas dimensões sejam diferentes em determinadas aplicações.
Técnicas de controle são incorporadas para atenuar ações indesejadas porém, nem
sempre é simples escolher a melhor técnica. Cada técnica possui suas especificações,
tanto com relação aos resultados atingidos, quanto ao suporte para sua implementação.
Entretanto, depara-se com outra dificuldade que é o fato do modelo matemático dos
VAANTs possuir características não lineares e requerer técnicas de controle com maior
complexidade.
Atualmente vem sendo feitas diversas pesquisas para o desenvolvimento dos VA-
ANTs em busca de um desempenho satisfatório e de baixo custo.
1.3 Objetivos
Este trabalho tem como finalidade avaliar o desempenho das aeronaves autônomas
a fim de obter uma melhor técnica de controle a ser aplicada aos VAANTs. Para isto
deve-se cumprir algumas etapas
• Estabelecer as dimensões dos quadrotores utilizados, para obter uma base de dados
para as análises;
2 Revisão bibliográfica
an y[n] + an−1 y[n − 1] + · · · + a1 y[1] + a0 y[0] = bm x[m] + bm−1 x[m − 1] + · · · + b1 x[n] + b0 x[n].
(2.1)
Uma representação da Equação 2.1 de forma simplificada é expressada pela Equação
2.2.
N
X M
X
ak y[n − k] = bk x[n − k]. (2.2)
k=0 k=0
£[saída]
G(s) = £[entrada] condições iniciais
=
(2.4)
Y (s) bm sm +bm−1 sm−1 +···+b1 s1 +b0 s0
= X(s)
= an sn +an−1 sn−1 +···+a1 s1 +a0 s0
.
Utilizando o conceito de função de transferência, pode-se representar a dinâmica
de um sistema de uma equação em s. A ondem do sistema é dado pela maior potência
expressa no denominador da função de transferência (OGATA, 2011).
Em OGATA (2011), algumas características da função de transferência são aponta-
das
• Se a função de transferência de um sistema não for conhecida, ela pode ser de-
terminada experimentalmente com o auxílio de entradas conhecidas e do estudo
das respectivas respostas do sistema. Uma vez determinada, a função de transfe-
rência fornece uma descrição completa das características dinâmicas do sistema,
independentemente de sua descrição física.
ẋ = Ax + Bu
. (2.5)
y = Cx + Du
Tratando-se x ∈ Rn o vetor de estado n-dimensional, o ponto indica a derivada
temporal, u ∈ Rr é o vetor de entradas formado por r funções temporais, y ∈ Rm é o vetor
de m-dimensões de saída medidas e A,B,C e D são matrizes contantes.
É importante ressaltar duas observações sobre a representação em espaço de estado,
são elas (AGUIRRE, 2004).
c(tp ) − c(∞)
M áximo sobressinal percentual = ∗ 100%.
c(∞)
• td - Tempo de atraso: tempo necessário para que a resposta alcance metade de seu
valor final pela primeira vez.
• tr - Tempo de subida: tempo necessário para que a resposta passe de 10% a 90%, ou
de 5% a 95%, ou de 0% a 100%. Este trabalho usa de 0% a 100%.
• tp - Tempo de pico: tempo necessário para que a resposta atinja o primeiro pico de
sobressinal.
• ts - Tempo de acomodação: tempo para que a resposta alcance valores em uma faixa
( geralmente de 2% ou de 5%) em torno do valor final, permanecendo indefinidamente.
A faixa escolhida para este estudo foi de 2%.
3 Contextualização teórica
O vetor p pode ser expresso tanto no referencial F 0 (representado por (bi0 , bj 0 , kb 0 )),
quanto no referencial F 1 (representado por (bi1 , bj 1 , kb 1 )). No referencial F 0 tem-se
onde
cos(θ) sen(θ) 0
R10 = −sen(θ) cos(θ) 0 . (3.6)
0 0 1
É utilizado R10 para denotar uma matriz rotação de coordenadas do referencial F 0
para as coordenadas do referencial F 1 . De modo semelhante, utilizando a regra da mão
direita, uma rotação sobre o eixo y se dá
cos(θ) 0 −sen(θ)
0
R1 = 0 1 0 . (3.7)
sen(θ) 0 cos(θ)
De mesmo modo, a rotação sobre o eixo x se dá
1 0 0
0
R1 = 0 cos(θ) sen(θ) . (3.8)
0 −sen(θ) cos(θ)
A matriz R10 das equações acima são exemplos de uma classe mais geral de matrizes
de rotação que possuem as seguintes propriedades:
Capítulo 3. Contextualização teórica 22
Definição 1
(Rab )−1 = (Rab )T = (Rba ).
Definição 2
Rbc Rab = Rac .
Definição 3
det.Rab = 1.
~ + N~W + W~Q.
q = ON (3.9)
~ = (p.n
ON b )n
b. (3.10)
Capítulo 3. Contextualização teórica 23
p − (p.n
b )n
N~W =
b
N Qcosµ. (3.11)
kp − (p.n bk
b )n
Assim
N~W = ((kpk .n
b )n
b )cosµ. (3.12)
p×n
W~Q =
b
N Qsenµ. (3.13)
kpk senϕ
Assim
N~W = −n
b × psenµ. (3.14)
q0 = (1 − cosθ)(p.
n b + cosφp − senφ(n
b ).n
b × p),
0 x
p0
−p0y
= (1 − cosθ)p0z 0 + cosφ p0y − senφ p0x ,
1 p0z 0
(3.16)
cosφ senφ 0
= −senφ cosφ 0 p0 ,
0 0 1
= R01 p0 .
Figura 18 – Referencial inercial. O eixo x aponta para o Norte, enquanto o eixo y aponta
para o Leste e o eixo z aponta para o centro da terra .
cosψ senψ 0
v1
Rv (ψ) = −senψ cosψ 0
. (3.18)
0 0 1
pv2 = Rv1
v2
(θ) pv1 . (3.19)
Capítulo 3. Contextualização teórica 26
cosθ 0 −senθ
v2
Rv1 (θ) = 0
1 0
. (3.20)
senθ 0 cosθ
pb = Rv2
b
(φ) pv2 . (3.21)
1 0 0
b
Rv2 (φ) = 0 cosφ senφ . (3.22)
0 −senφ cosφ
d d
p= p + ωb × p . (3.23)
dti dtb i
b v2
Rv2 (φ̇)Rv1 (θ̇)Rvv1 (ψ̇) = I. (3.26)
φ̇
1 sφtgθ cφtgθ p
θ̇ = 0 cφ −sφ q . (3.27)
ψ̇ 0 sφsecθ cφsecθ r
Na Equação 3.27, c = cosseno, s = seno, tg = tangente e sec = secante.
dv
m = f. (3.28)
dti
Na Equação 3.28
• m é a massa do quadrotor;
• v é a velocidade do quadrotor;
Após calcular a força de controle e aplicar nas coordenadas do corpo, uma vez que
ω é medida também nessas coordenadas, reduz-se a Equação 3.29 em função do referencial
∆ ∆
fixo ao corpo, em que vb = (u,v,w)T e vbb/i = (p,q,r)T .
Portanto, em coordenadas do corpo, a Equação 3.28 torna-se
u̇ rv − qw fx
1
v̇ = pw − rv + f . (3.30)
m y
ẇ qu − pv fz
Capítulo 3. Contextualização teórica 29
dhb
= m. (3.31)
dti
Em que m é o torque aplicado e h é o movimento angular. Usando a Equação de
Coriolis obtém-se
dh dh
= + ω b × h = m. (3.32)
dti dtb i
Tomando como modelo representado na Figura 20, nota-se que o modelo é simétrico
em relação aos eixos, logo, Jxy = Jxz = Jyz = 0, assim
J
x
0 0
J = 0 Jy 0 . (3.34)
0 0 Jz
1
Jx
0 0
J −1 = 0 1
0 . (3.35)
Jy
1
0 0 Jz
Capítulo 3. Contextualização teórica 30
2M R2
Assumindo que a inércia da esfera sólida é J = 5
,obtém-se
2M R2
Jx = + 2l2 m ; (3.36)
5
2M R2
Jy = + 2l2 m ; (3.37)
5
2M R2
Jz = + 4l2 m . (3.38)
5
∆
Definindo mb = (τφ , τθ , τψ ) é possível escreve a Equação 3.32 nas coordenadas do
corpo como
Jy −Jz
ṗ
Jx
qr J1x τφ
q̇ = JzJ−Jx pr + J1 τθ . (3.39)
y y
Jx −Jy 1
ṙ Jz
pq τ
Jz ψ
Este tópico descreve forças e torques que agem sobre o quadrotor. Uma vez que
não há superfícies de elevação (aerodynamics lifting surfaces), as forças e movimentos
aerodinâmicos são desprezíveis. As forças e momentos são ocasionados principalmente
devido a gravidade e aos quatro propulsores, como apresentado na Figura 22.
Como visto na Figura 22, os motores dianteiro e traseiro giram no sentido horário
e os motores esquerdo e direito giram em sentido anti-horário. A força total é apresentada
na Equação 3.40, observando a Figura 23
Capítulo 3. Contextualização teórica 31
F = Ff + Fr + Fb + Fl . (3.40)
τφ = l (Fl − Fr ) . (3.41)
τψ = τr + τl − τf − τb . (3.42)
F∗ = k1 δ∗ . (3.43)
τ∗ = k2 δ∗ . (3.44)
Nota-se a presença de funções não lineares neste modelo revelando que o sistema
é não linear. Para a aplicação de técnicas de controle destinadas a sistemas lineares é
necessário a simplificação deste modelo.
F
p̈n = − cos φ sin θ ; (3.52)
m
Capítulo 3. Contextualização teórica 33
F
p̈e = sin φ ; (3.53)
m
F
ḧ = g − cos φ cos θ ; (3.54)
m
1
φ̈ = τφ ; (3.55)
Jx
1
θ̈ = τθ ; (3.56)
Jy
1
ψ̈ =
τψ . (3.57)
Jz
Observa-se que as variáveis angulares a serem controladas, roll, pitch e yaw não
possuem funções não lineares.
Kp Z t de (t)
u (t) = Kp e (t) + e (t) dt + Kp Td . (3.58)
Ti 0 dt
Existem diversos métodos de sintonia para o controlador PID, através do ajuste de
seus parâmetros. Dois destes serão aplicados para o controle dos quadrotores, Successive
Loop Closure (SLC) e Twiddle. O primeiro método se baseia na saturação dos atuadores do
sistema, fazendo com que o desempenho não seja limitado por tais restrições, facilitando a
aplicação para o quadrotor que possui limitações em relação aos ângulos de inclinação em
cada eixo. O segundo, é baseado em estratégia de sintonia fina e visa encontrar a melhor
resposta com o menor erro médio possível, sua versatilidade trás uma vantagem ao ser
aplicado em quadrotores, como já encontrado em trabalhos.
Capítulo 3. Contextualização teórica 34
umax
kp =
. (3.59)
emax
Considerando um sistema de segunda ordem com realimentação proporcional ao
erro e realimentação derivativa na saída, a função de transferência em malha fechada é
dada por
φ bx kp (s + kkpi )
= 3 . (3.60)
φd s + bx Kd s2 + bx kp s + bx ki
Para selecionar kd , fixa-se o valor de kp e considera-se ki = 0, a função de transfe-
rência em malha fechada do sistema da Equação 3.60 torma-se
φ bx kp
d
= 2 . (3.61)
φ s + bx K d s + bx k p
O modelo do sistema que se deseja controlar é dado pela Equação 3.55 que representa
a equação de movimento para o ângulo φ. O torque é dado por τφ = l(Fl + Fr ) e a força é
diretamente proporcional ao comando PWM tal que F = k1 δ, assim
No qual 4δφ = (δl − δr )/2 é a variação de comando calculada pelo controlador que
será somada ao motor esquerdo e diminuirá no motor direito. Analisando essa condição de
acordo com a Equação 3.55, bx é dado por
2lk1
bx = . (3.63)
Jx
É importante também, conhecer a forma canônica da função de transferência de
segunda ordem com zeros inexistentes que é dada pela forma padrão
Y (s) ωn2
H(s) = = 2 . (3.64)
X(s) s + 2ζωn s + ωn2
Capítulo 3. Contextualização teórica 35
bx
1 + ki = 0. (3.67)
s3 + bx kd s2 + kp bx s
Utilizando o método lugar das raízes é possível encontrar um valor para ki de forma
que o coeficiente de amortecimento do sistema permaneça próximo a 0,8.
O projeto feito para o controle do ângulo φ pode ser refeito o controle do ângulo θ
mudando apenas a constante bx para by = 2lk1 /Jy e alterando as respectivas nomenclaturas.
De forma semelhante, para realizar o controle do ângulo ψ pode ser utilizado o mesmo
projeto realizado para o controle do ângulo φ alterando o bx por bz com bz = 4k2 /Jz .
O método Twiddle possui grande versatilidade, podendo ser aplicado aos mais
diversos processos, tendo sido aplicado inclusive em quadrotores (GOLDSTEIN, 2012). O
método foi criado baseado em estratégia de sintonia fina e nos critérios de desempenho de
integrais de erro, para gerar uma técnica que minimize o erro médio medido na resposta
da planta. Para executar o método, é importante conseguir reproduzir a performance da
planta a ser controlada em uma simulação, pois para atingir a minimização do erro podem
ser necessárias muitas iterações.
O método tem como parâmetros um vetor P de ganhos a serem inseridos no
controlador PID (P = [Kp , Ti , Td ]), um vetor dP de variação diferencial para os ganhos
de P , e uma porcentagem de variação ξ para os parâmetros do vetor dP . Inicialmente,
os valores de P são inseridos no controlador PID, e a simulação executa um teste com
estes valores, medindo o erro total E obtido. A seguir, o primeiro parâmetro de P (Kp )
é acrescido de dP e o teste é refeito. Caso o valor de E seja menor do que na iteração
anterior, o que indica que a variação feita foi na direção certa, o valor de Kp continua sendo
Capítulo 3. Contextualização teórica 36
ẋ = Ax + Bu. (3.68)
Em que x(t) ∈ <n e u(t) ∈ <n . Deseja-se encontrar a lei de controle que minimiza
o índice de desempenho J, como visto em DOMINGUES (2009)
1Z ∞ T
min J = (x Qx + uT Ru)dt. (3.69)
u 2 0
Sendo Q(n x n) uma matriz de tamanho, em que n corresponde ao número de estados
a serem controlados, semidefinida positiva, e R(m x m) uma matriz, em que m corresponde ao
número de entradas do processo, maior que zero. Considerando que x(0) é a condição inicial
e assumindo-se que todos os estados são observáveis busca-se encontrar um controlador
que atenda
u = −Kx. (3.70)
ẋ = (A − BK)x = Ac x. (3.71)
1Z ∞ T
J= (x (Q + K T RK)x) dt. (3.72)
2 0
Espera-se encontrar um vetor K que minimize o índice de desempenho J para
otimizar o sistema. Percebe-se que a entrada de controle u(t) e o estado x(t) são diretamente
proporcionais a J, sendo assim, o fato de encontrar um J simplificado implica que x(t) vai
a zero quando o t tende ao infinito, garantindo a estabilidade do sistema de malha fechada.
Capítulo 3. Contextualização teórica 37
1Z ∞ d T 1
J= (x P x) = xT (0)P x(0). (3.74)
2 0 dx 2
Admitindo que o sistema de malha fechada é estável, quando x(t) tende a zero com
t tendendo ao infinito, a Equação 3.74 evidencia que J é dependente da matriz P e das
condições iniciais, não da matriz K como visto anteriormente.
Sendo assim, é possível obter o ganho K considerando a suposição feita na Equação
3.73. Diferenciando-se a Equação 3.73 e substituindo a equação do sistema de malha
fechada (Equação 3.71) tem-se:
ẋT P x + xT P ẋ + xT Qx + xT K T RKx = 0,
xT ATc P x + xT P Ac x + xT Qx + xT K T RKx = 0, (3.75)
xT (ATc P + P Ac + Q + K T RK)x = 0.
Percebe-se que a última equação foi mantida para todos os valores de x(t), logo, o
tempo entre parênteses deve ser nulo. Dessa forma tem-se a equação quadrática da matriz
(Equação 3.76)
ATc P + P Ac + Q + K T RK = 0,
(A − BK)T P + P (A − BK) + Q + K T RK = 0, (3.76)
AT P + P A + Q + K T RK − K T B T P − P BK = 0.
De forma equivalente a uma equação escalar, é possível completar quadrado na
equação acima. Tal procedimento é mais complicado, e para que seja possível, supõe-se
que
K = R−1 B T P. (3.77)
Capítulo 3. Contextualização teórica 38
Simplificando, tem-se
AT P + P A + Q − P BR−1 B T P = 0. (3.79)
xpred
k = Ad x̂k−1 + Bd uk . (3.82)
Pkpred = Ad Pk−1
pred T
Ad + Qd . (3.83)
Concluindo esta etapa, realiza-se a etapa de correção, onde é feita uma ponderação
dos estados preditos com valores lidos pelos sensores. Esta ponderação é realizada pela
matriz de ganho calculada por
x̂k = xpred
k + Kk (yk − Cd xpred
k ). (3.85)
Finalmente a matriz de covariância do erro de estimação é feita a partir de
Pk = (I − Kk Cd )Pkpred . (3.86)
kx − xe k ≤ k. (3.89)
sendo kx − xe k é a norma Euclidiana estipulada por:
1
kx − xe k = [(x1 − x1e )2 + (x2 − x2e )2 + (x3 − x3e )2 + · · · + (xn − xne )2 ] 2 . (3.90)
Capítulo 3. Contextualização teórica 41
kx − xe k ≤ δ. (3.91)
kΦ(t, x0 , t0 ) − xe k ≤ ε. (3.92)
Uma função f (x) é definida negativa se −f (x) é definida positiva. De forma análoga,
a função f (x) é semi-definida negativa se −f (x) é semi-definida positiva.
Uma função f (x) é dita indefinida se em uma região assume valores positivos e
negativos simultaneamente.
f (x) = x∗ P x. (3.95)
Lyapunov definiu a sua função como uma representação algébrica da energia, dado
que, em sistemas assintoticamente estáveis a energia armazenada dentro do domínio de
atração decai com o passar do tempo, até assumir um valor mínimo no estado de equilíbrio.
A função de lyapunov busca encontrar funções dependentes dos estados e do tempo, sendo
descrita como f (x1 , x2 , x3 , ..., xn , t) ou simplesmente f (x, t) de forma que tal função seja
definida positiva e sua derivada seja definida negativa, isto é, funções assintoticamente
estáveis.
Capítulo 3. Contextualização teórica 44
no qual
f (0, t) = 0. (3.98)
Se houver uma função escalar V (x, t) contínua, sua primeira derivada contínua, e
satisfaça as seguintes condições
3. V̇ (Φ(t, x0 , t0 )) 6= 0 se x 6= 0.
ẋ = Ax. (3.99)
V (x) = x∗ P x. (3.100)
No qual P é uma matriz definida positiva, real e simétrica para um vetor de estado
x real. A derivada de V (x) em relação ao tempo durante toda sua trajetória é
Capítulo 3. Contextualização teórica 45
Sendo V (x) definida positiva, é necessário que V̇ (x) seja definida negativa, para
cumprir as condições de estabilidade assintótica, portanto
V̇ = x∗ Qx. (3.105)
4 Resultados e discussões
Os momentos de inércia são calculados a partir das Equações 3.36, 3.37 e 3.38
utilizando os parâmetros dos VAANTs. Os resultados estão apresentados na Tabela 3,
Capítulo 4. Resultados e discussões 47
ressalta-se que os cálculos para os eixos φ e θ são idênticos, devido a simetria entre os
eixos, então Jx = Jy .
Referência
15
10
Ângulo (º) 5
-5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Ruido
2
1
Ângulo (º)
-1
-2
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Fonte: Do autor
700
= 7. kp = (4.1)
100
Para determinar o kd , fixa-se o valor de kp e considera-se ki = 0. Sendo a função
de transferência de malha fechada do sistema igual a
φ kp bx
d
= 2 . (4.2)
φ s + kd bx s + kp bx
Ao comparar os coeficientes do polinômio do denominador da Equação 4.2 com a
função de transferência canônica do sistema de segundo ordem, tem-se
q
ωn = k p bx . (4.3)
Capítulo 4. Resultados e discussões 49
2ζωn
kd = . (4.4)
bx
Utiliza-se o coeficiente de amortecimento ζ igual a 0, 8, uma vez que um valor
menor do que 0, 4 produz uma máximo sobressinal excessivo no sistema e acima de 0, 8
o sistema responde de forma lenta, encontrando um kd correspondente. É realizado um
cálculo computacional para descobrir o valor ki através do software MATLAB, por meio
da função rlocus, aplicando a Equação 3.67. Diante disso, o valor de ki é determinado
quando o coeficiente de amortecimento ζ seja igual ou o mais próximo possível de 0, 8.
Observa-se a Figura 28, que os ganhos de todos os VAANTs são iguais a 0 (zero),
no instante que o coeficiente de amortecimento é igual a 0, 8.
Fonte: Do autor
Para o eixo z os cálculos são realizados de forma semelhante aos do eixo x, sendo
que o novo ângulo de trabalho é entre −180o a 180o e substitui-se bx por bz nas equações
do modelo. Realizando estes cálculos, encontra-se os ganhos kp , ki e kd dispostos na Tabela
6, calculados para os quatro VAANTs.
Capítulo 4. Resultados e discussões 50
Fonte: Do autor
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
Como este método de sintonia é realizado a partir dos limites de saturação dos
atuadores, um aspecto importante a considerar no projeto é o esforço de controle necessário,
o qual irá indicar se o sistema poderá, ou não, atingir especificações rigorosas, exigindo
muito do desempenhos com relação à resposta dinâmica do sistemas.
O esforço de controle está exibido nas Figuras 31 e 32. sendo que cada gráfico
representa o esforço de cada quadrotor.
Capítulo 4. Resultados e discussões 52
Tamanho do PWM ( s)
Tamanho do PWM ( s)
500 500
0 0
-500 -500
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Tempo (s) Tempo (s)
VAANT 3 VAANT 4
Tamanho do PWM ( s)
Tamanho do PWM ( s)
500 500
0 0
-500 -500
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
Tamanho do PWM ( s)
500 500
0 0
-500 -500
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Tempo (s) Tempo (s)
VAANT 3 VAANT 4
Tamanho do PWM ( s)
Tamanho do PWM ( s)
500 500
0 0
-500 -500
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
Nesta análise, o ponto importante a ser observado é a amplitude dos picos, que
ocorre no instante da mudança de estado. Com base nos gráficos acima, de forma a facilitar
a análise, a amplitude do pico está disponível na Tabela 8.
Capítulo 4. Resultados e discussões 53
Vale salientar que os ganhos de controle para o eixo y é equipolente aos ganhos
do eixo x. O procedimento é novamente executado para o eixo z, e os resultados obtidos
estão apontados na Tabela 10.
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Twiddle PID por Twiddle
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
Com base nas respostas apresentadas acima, é possível quantizar alguns parâmetros
de desempenho expostos na Tabela 11.
Capítulo 4. Resultados e discussões 55
1
Jx
φ(s) = τφ (s). (4.5)
s2
Reescrevendo essa equação na forma de espaço de estados, substituindo o torque
do sistema pelo calculado na Seção 3.1.4.4 tem-se
φ̇ 0 1 φ 0
f (x, u) = = + ∆δφ . (4.6)
φ̈ 0 0 φ̇ bx
Capítulo 4. Resultados e discussões 56
2lk1
no qual bx = Jx
, então
0 1 0
A= e B = . (4.7)
0 0 bx
O objetivo principal do controlador a ser projetado é determinar a variação de
comando do PWM necessário para regular o ângulo φ em seu estado atual para o desejado.
Projetar um controlador linear quadrático (LQR) implica em determinar a matriz
K, tal que u = −Kx conforme visto na Seção 3.2.2, sendo assim, deve-se escolher as
matrizes Q e R definidas positivas. Um modo para definir essas matrizes é utilizando a
regra de Bryson (ORAL, ÇETIN e UYAR (2010)) de forma que
1
Qii = i ∈ {1, 2, · · · , n}. (4.8)
(maximo valor de xi )2
1
Rjj = j ∈ {1, 2, · · · , m}. (4.9)
(maximo valor de ui )2
sendo Q e R diagonais.
Desse modo, as matrizes Q e R escolhidas são
1
1002
0 h
1
i
Q= 1
e R= 7002
. (4.10)
0 10002
Em que xmax
1 = (50◦ − (−50◦ )) = 100◦ , xmax
2 = (500◦ /s − (−500◦ /s)) = 1000◦ /s e
umax = 700.
Com essas matrizes, é possível encontrar a matriz K composta por [k1 k2 ] através
do software MATLAB usando a função lqr que recebe como parâmetros as matrizes
A, B, Q e R. Sendo assim, a Tabela 12 exibe os valores dos ganhos calculado para todos
os VAANTs que estão sob estudos.
Fonte: Do autor
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Regulador Linear-Quadrático (LQR)
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Fonte: Do autor
1
Jx
φ(s) = τφ (s). (4.11)
s2
cujo sua representação matemática em espaço de estados é
0 1 0
A= , B = , (4.12)
0 0 bx
h i
C= 1 0 e D = 0.
Para realizar o controle via LQG utiliza-se uma ferramenta do software MATLAB,
o Simulink, nesta ferramenta se aplica o bloco denominado Kalman Filter que realiza os
cálculos descritos na Seção 3.2.3 facilitando o projeto deste controlador. Este bloco exige
Capítulo 4. Resultados e discussões 59
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Pode-se observar que o índice de máximo sobressinal dos quatro VAANTs tiveram
seus valores semelhantes e relativamente pequenos, inferindo que em nenhum dos casos a
aplicação de ações próximas ao limite de saturação poderá danificar o atuador. O Erro
em regime permanente foi desprezível para este estudo, sendo assim a saída é equivalente
ao sinal de entrada, em regime permanente. Com relação a velocidade de resposta do
sistema, o comportamento é rápido quando se analisa os índices de desempenho do tempo
de atraso, subida, pico e acomodação, tornando esta técnica eficiente quanto se objetiva
velocidade de resposta. Para o IAE os valores encontrados são baixos, isso significa que o
comportamento da saída mais se assemelha ao sinal de entrada.
É necessário ressaltar que, em todos os casos, o ruído foi atenuado com sua nova
variância em torno de 0, 001, lembrando que a variância do ruído é de 0, 1. Ou seja, nesta
técnica o sinal de saída mal sofre a interferência do ruído, graças ao filtro implementado
ao controlador.
Capítulo 4. Resultados e discussões 61
x1 = φ,
x2 = φ̇.
e a entrada de controle
u = ∆δφ .
logo
x2
f (x, u) = . (4.13)
bx u
O objetivo do controlador utilizando a teoria de estabilidade de Lyapunov é deslocar
o estado inicial x0 para o estado de equilíbrio xe . Para isto, é preciso escolher uma função
de Lyapunov que seja definida positiva dado o estado desejado xd = (xd1 , 0). Nesse caso,
pretende-se alcançar a posição xd1 com velocidade nula, para garantir o equilíbrio nesta
posição. Desta forma, a função de Lyapunov escolhida é
V (x) = xT P x. (4.14)
Veja que
ẋ1 = x2 ,
ẋ2 = bx u.
Capítulo 4. Resultados e discussões 62
É necessário que V̇ (x) seja definida negativa para garantir a estabilidade assintótica
do sistema, para isso, a entrada de controle é escolhida como
p11 (xd1 − x1 ) − x2
u= . (4.17)
p22 bx
Então a Equação 4.16 torna-se
p11
k1 = p22 bx
,
1
k2 = p22 bx
.
Substituindo a entrada de controle (u) encontrada, a função de transferência do
sistema resulta-se em
φ k1 bx
d
= 2 . (4.19)
φ s + k 2 bx s + 1
Nota-se que a função de transferência de malha fechada do sistema, vista na
Equação 4.19 é semelhante a uma função de transferência canônica de segundo ordem.
Comparando as duas funções de transferência tem-se
wn2 = k1 bx ,
2ζwn = k2 bx .
Conforme visto em (OGATA (2011)), para satisfazer a velocidade e o amortecimento
na resposta transitória, ζ deve se encontrar entre 0, 4 a 0, 8. Para este caso, adota-se ζ = 0, 8
e um tempo de acomodação (ts ) de 2 segundos (usando o critério de 2%). A frequência
natural do sistema é dada por
4 4
wn = = = 2, 5Hz. (4.20)
ζts 0, 82
Aplicando o wn nas equações acima, constata-se os ganhos k1 e k2 para todos os
quadrotores em estudo. Sendo assim, a Tabela 16 exibe os valores obtidos dos ganhos para
cada VAANT.
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Examinando o máximo sobressinal, nota-se que os valores são baixos com exceção
do VAANT 2, que possui uma grande discrepância com relação aos demais. Este valor
muito alto impossibilita o uso dos atuadores próximos aos seus limites de trabalho, por
questões de segurança do experimento. O erro em regime permanente é nulo, a vista disto,
a resposta atinge a mesma amplitude do sinal de referência ao decorrer do tempo. A
velocidade de resposta do sistema é rápida, quando se analisa os tempos de atraso, subida,
pico e acomodação, exceto o tempo de acomodação do VAANT 2, que é consideravelmente
maior que os demais, implicando em um atraso para entrar em regime permanente. O
valor de IAE são baixos, isto significa que o comportamento da saída se assemelha ao
valor de referência.
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
67
5 Conclusões
nulos ou mínimos para o erro. Em relação a performance dos atuadores, a técnica que
obteve melhores resultados garantindo uma segurança em relação aos valores operacionais
máximos e mínimos admitidos, foram as técnicas PID pela sintonia Successive Loop Closure
e a Lyapunov, ambas tiveram seus valores muito semelhantes. A escolha da técnica a ser
aplicada depende do desempenho desejado para o sistema, de modo geral, analisando os
parâmetros de desempenho presentes no texto, e a aplicação do quadrotor à ambientes
ruidosos, a melhor técnica analisada nos quatro VAANTs foi a técnica de controle LQG
que, além de possuir o menor erro médio da resposta, índices de desempenho satisfatórios,
é ainda responsável pela atenuação da interferência dos ruídos de forma significativa.
As simulações referentes aos outros VAANTs, para cada técnica de controle utilizada,
bem como os critérios de desempenho atingidos em cada veículo aéreo para o eixo yaw
estão representados a seguir.
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
APÊNDICE A. Resultados Simulados 70
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Successive Loop Closure PID por Successive Loop Closure
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Twiddle PID por Twiddle
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Twiddle PID por Twiddle
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
APÊNDICE A. Resultados Simulados 72
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
PID por Twidlle PID por Twiddle
Referência Referência
10 Saída 10 Saída
Ângulo (º)
Ângulo (º)
5 5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s) Tempo (s)
Fonte: Do autor
A.3 LQR
Para o eixo z, os parâmetros de desempenho atingidos pela técnica estão dispostos
na Tabela 21
As respostas obtidas na planta com o controlador LQR para os outros três veículos
aéreos estão representadas nas Figuras 48, 49 e 50.
APÊNDICE A. Resultados Simulados 73
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Regulador Linear-Quadrático (LQR)
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Fonte: Do autor
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Regulador Linear-Quadrático (LQR)
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Fonte: Do autor
APÊNDICE A. Resultados Simulados 74
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Regulador Linear-Quadrático (LQR)
Referência
10 Saída
Ângulo (º)
5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
Fonte: Do autor
A.4 LQG
Para o eixo z, os parâmetros de desempenho atingidos pela técnica estão dispostos
na Tabela 22.
As respostas obtidas na planta com o controlador LQG para os outros três veículos
aéreos estão representadas nas Figuras 51, 52 e 53.
APÊNDICE A. Resultados Simulados 75
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
APÊNDICE A. Resultados Simulados 76
Fonte: Do autor
A.5 Lyapunov
Para o eixo z, os parâmetros de desempenho atingidos pela técnica estão dispostos
na Tabela 23.
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
APÊNDICE A. Resultados Simulados 78
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
APÊNDICE A. Resultados Simulados 79
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
80
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TERMO DE RESPONSABILIDADE
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Luiz Marques Junior