Histologia

Glossário (breve vocabulário) – Sistema Nervoso Central e Periférico

 Glossário contém a definição da palavra selecionada, a descrição das características

histológicas, quando for o caso, e as suas respectivas funções.

Células ependimárias: são células cilíndricas pavimentosas a cúbicas, abundantes em

mitocôndrias e feixes de filamentos intermediários, podendo ser ciliadas e possuí
prolongamentos do corpo celular – locais onde o sistema nervoso é mais delgado essas células
formam uma membrana limitante interna e externa, formada por pedicelos delgados fundidos.
Tem origem neuroepitelial e reveste os ventrículos cerebrais e o canal central da medula
nervosa.

Células de Purkinje: presentes em maior tamanho na camada de células de Purkinje, no córtex

cerebelar, tem forma de frasco e estão presentes somente no cerebelo. Possui dendritos
arborizados projetando se para a camada molecular e axônios mielinizados projetados para a
camada granular do córtex cerebelar. É responsável por integras sinapses excitatórias e
inibitórias para formar uma resposta, também, é a única célula capaz de enviar informações
para fora do córtex cerebelar.

Plexo Coróide: é uma estrutura no interior do encéfalo, formada por algumas células
ependimárias modificadas das pregas da pia-máter. Possuí muitas pequenas dobras e é
revestido por um epitélio cúbico simples. Sua função é produzir e secretar líquido cefálio
raquidiano (LCR) – líquido presente no interior de cavidades existentes no sistema nervoso
central e em torno das estruturas que compõem o sistema nervoso central.

Meninges: são chamadas meninges as três camadas de tecido conjuntivo que recobrem o
cérebro e a medula – a camada mais externa, dura-máter; a camada intermediária, aracnoide;
e a camada mais externa, pia-máter.

A dura-máter é constituída de tecido conjuntivo denso e é constituída de duas

camadas: a dura periosteal, camada rica em feixes de fibras colágeno, células
osteoprogenitoras e fibroblastos, é muito vascularizada; e a dura-meníngea que é constituída
de fibroblastos com finas fibras colágenas e pouco vascularizada. Existe uma camada de
células interna á meninge, a camada celular limitante, composta por fibroblastos, achatados e
com longos prolongamentos, ligados uns aos outros, nesta camada no lugar de fibras
colágenas um material extracelular amorfo circunda os fibroblastos entre a camada celular
limitante e a dura-meníngea.

A camada aracnídea é avascular, constituída de fibroblastos, colágeno e algumas

fibras elásticas. Possui duas regiões: uma em contato com a dura-máter e outra, mais
profunda, em contato com a camada pia-máter. Na camada mais profunda, juntamente a
poucas fibras colágenas, formando trabéculas que preenchem o espaço subaracnóideo estão
as células trabeculares da aracnoide – células achatadas com longos prolongamentos unidos
por desmossomos e junções comunicantes. Assim como na camada pia-máter, tem sua
superfície recoberta por células epiteliais pavimentosas, constituído por fibroblastos
modificados.

A camada mais interna e associada ao tecido cerebral é a pia-máter, constituída por

fibroblastos modificados e é ricamente vascularizada, esses vasos são circundados por de
células da pia-máter, macrófagos, mastócitos e linfócitos, além de fibras elásticas e colágenas.
É dividida por células neurogliais do tecido nervoso subjacente.

Barreira Hematoencefálica: barreira altamente seleta entre o sangue e o tecido nervoso do

SNC. Formada por células endoteliais que revestem os capilares contínuos – vasos
sanguíneos que caminham pelo SNC circundados por uma lâmina basal, essa é envolvida por
prolongamentos dos astrócitos (glia limitante perivascular), os quais ajudam a manter o
equilíbrio neuroquímico do meio extracelular do SNC. Por meio de mecanismos como a
formação das faixas de oclusão e poucas vesículas de pinocitose presente no citoplasma, as
células endoteliais dificultam a passagem de macromoléculas de um lado para o outro da
barreira hematoencefálica, sendo o transporte dessas moléculas mediado por um receptor (no
caso das vesículas), ou ainda por meio de transporte ativo (macromoléculas), possibilitando
que poucas moléculas passem facilmente pela barreira.

Célula de Schwann: são células neurogliais diferentes das demais, localizadas no SNP. São
células achatadas, com núcleo achatado, complexo de Golgi pouco desenvolvido e poucas
mitocôndrias. A porção externa dessas células são envolvidas por uma lâmina basal que
afunda nos nódulos de Ranvier – interrupções na bainha de mielina. Sua função é envolver os
axônios, podendo formar o tipo de revestimento mielínico (revestimento com mielina) ou
amielínico.

São as células de Schwann que produzem fibras reticulares que compõe o tecido
conjuntivo de da camada mais interna de tecido conjuntivo um nervo, o qual reveste um axônio.

Gânglios nervosos sensoriais: são associados á alguns nervos cranianos e cada um dos
nervos espinhais. Abrigam corpos pseudo-unipolares de nervos sensitivos envolvidos por
células satélites achatadas, rodeadas por um envolto de tecido conjuntivo constituído de
células capsulares e colágeno. Os nervos associados possuem especializações que recebem e
traduzem estímulos do ambiente externo e interno.

Endoneuro: é a camada mais externa do tecido conjuntivo de um nervo, rodeando cada axônio.
Formado por tecido conjuntivo frouxo com uma fina camada de fibras reticulares, possuí
poucos fibroblastos, macrófagos fixos, capilares e mastócitos no líquido extracelular. Fica em
contato com a lâmina basal das células de Schwann e tem importante papel na regulação do
microambiente da fibra nervosa.

Perineuro: é uma camada intermediaria que recobre cada um dos feixes nervosos dos nervos,
constituído de tecido conjuntivo denso, é mais delgado que o epineuro. É internamente
revestido por células epitelióides rodeadas de uma lâmina basal, tendo a presença de algumas
fibras elásticas e fibras colágenas. Progressivamente se reduz a uma camada de células
achatadas.

Epineuro: a camada mais externa de tecido conjuntivo que reveste o nervo. Formado por tecido
conjuntivo denso não-modelado, fibras elásticas espessas e colágenas da bainha alinhadas
para evitar o estiramento do feixe nervoso. É gradativamente mais delgado à medida que o
nervo se ramifica.