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CORPO ETÉRICO ou DUPLO ETÉRICO: 6° corpo

CONCEITOS:
Em escala hierárquica, o Duplo Etérico corresponde ao sexto corpo do ―Agregado
Humano‖. Contudo, é bom lembrar que Duplo Etérico não é sinônimo de Corpo Espiritual.
O Duplo Etérico é um campo energético, uma malha de energia responsável pela ligação
entre o Corpo Físico e o Corpo astral. Formado por uma energia mais densa que a do Corpo
Astral, e mais sutil que a do Corpo Físico; funciona como mediador plástico entre eles.
Para alguns estudiosos, o Duplo Etérico parece ser mais uma matriz energética do que
propriamente um corpo. É um campo de força vital que permeia cada parte do corpo físico;
é o pano de fundo, a verdadeira base para a matéria física. Formado por uma rede ou trama
de dutos de energia que, em suas dezenas de milhares, se entrelaçam e formam, em alguns
locais, vários focos; dos quais, os mais importantes receberam dos hindus, o nome de
chacras.
Na tentativa de entender o Duplo Etérico, selecionamos alguns conceitos interessantes:
Segundo Wagner Borges, o Duplo Etérico é um campo energético bastante densificado,
através do qual o Espírito se une ao Corpo Físico. É uma zona intermediária pela qual
passam as correntes energéticas que mantém o corpo humano vivo. Sem essa zona
intermediária, seria impossível a consciência utilizar as células de seu cérebro físico, visto
que as emanações emocionais oriundas do seu Espírito não teriam acesso à matéria física.
Na visão de Ricardo Di Bernardi, Duplo Etérico é um invólucro energético, vibratório,
luminoso, vaporoso e provisório, que coexiste estruturalmente, e envolve, o corpo físico.
Está ligado à doação ou exteriorização de energias; pois é nele que se situam os chacras ou
centros de força. Atua como veículo e reserva de nossa energia vital, absorvendo o fluído
vital e distribuindo-o pelo corpo humano, além de transformá-lo em fluidos sutis, enviados
ao corpo astral – ou perispírito. É também responsável pela elaboração do ectoplasma, nos
processos de irradiação e passes magnéticos; onde haja projeção de energia vital em direção
ao paciente. Magos, médiuns, paranormais e feiticeiros usam (conscientemente ou não), a
projeção do seu Corpo Etérico com finalidades terapêuticas ou criminosas.
Segundo Annie Bessant, o que denominamos ―Duplo Etérico‖ exprime a natureza da parte
mais sutil do nosso Corpo Físico. É formado por éteres variados – sua base é o éter
cósmico; mas sua composição externa, é o éter físico, emanado do próprio Planeta. É
chamado de duplo porque representa uma duplicata do nosso corpo físico; sua sombra, por
assim dizer. É perfeitamente visível a olhos treinados, apresentando-se na cor azul do lado
esquerdo e alaranjado do lado direito; e, quando em intensa atividade, tende ao azul-
cinzento- violáceo. Sua contextura é fina ou grosseira, correspondente à qualidade e
natureza do corpo físico. Está ligado ao Chacra Esplênico, do qual recebe a vitalidade
oriunda dos raios solares. É graças ao duplo Etérico que a Força Vital ou Prana circula ao
longo dos nervos e lhes permite atuar como transmissores da motricidade e da sensibilidade
às impressões externas. Durante o sono, o Espírito exterioriza-se para fora do corpo físico,
deixando, conjuntamente, as duas partes: grosseira e etérea – corpo físico e duplo etérico.
Diante da morte, o Espírito exterioriza-se também, mas desta vez, em definitivo; arrastando
consigo, o Duplo Etérico que abandona, completa e definitivamente o Corpo Físico. Este
Duplo Etérico aparece, muitas vezes, na câmara mortuária, imediatamente após a morte; e
sempre à pequena distância do cadáver; sendo, também, a causa determinante das
numerosas aparições dos fantasmas, errando em volta do túmulo, onde jaz o Corpo Físico
que vitalizou durante a vida.
José Lacerda de Azevedo esclarece que, embora pareça um fantasma, o Duplo Etérico não é
espiritual, e se dissolve em questão de horas, após a morte física. Pode ser visualizado em
cemitérios, assumindo a forma de uma leve nuvem que, aos poucos, se dissolve. Pode servir
também de alimento vital para Espíritos humanos inferiores e à imensa variedade de seres
habitantes do Astral; principalmente, os zoologicamente inferiores; e os que costumam
frequentar cemitérios. Daí, Duplo Etérico desativado ser, facilmente, confundido com
fantasmas.
Em Magia de Redenção, Ramatís discorre sobre os cascões nos cemitérios; que nada mais
são do que resquícios de Duplo Etérico desativado. Todo ser vivo tem Duplo Etérico; daí, a
desintegração dessa matéria orgânica de animais mortos em decomposição ser a responsável
pelo fenômeno conhecido como Fogo Fátuo; e que o folclore se encarregou de chamar de
Boitatá.
Em “Elucidações do Além”, Ramatís considera que, apesar do Duplo Etérico ser um corpo
invisível para os olhos carnais, à visão espiritual ele se apresenta como uma densa capa,
algo física, que é sensível ao perfume, frio, calor, magnetismo; e também afetada pelos
condimentos, ácidos substâncias hipnóticas, sedativos ou entorpecentes; e até pelo toque
humano, em alguns momentos de maior condensação.
Vale lembrar ainda, que o tabagismo, o uso de drogas e de certos medicamentos podem
proporcionar o bloqueio do fluxo energético nos chacras e no Duplo Etérico, prejudicando
a distribuição de energia no organismo. Exemplo conhecido disso é o caso da Talidomida,
um medicamento recomendado para tratamento de enjoos na gravidez, e que produzia um
bloqueio nas articulações dos ombros dos bebês em formação; impedindo o fluxo das
energias que deveriam formar os braços. Resultado disso foi o grande número de bebês que
nasceram apresentando deficiências físicas irreversíveis.
Dentro desse contexto, ser possível perceber que grande parte das doenças e desarmonias,
bem como feridas, bloqueios e dores diversas, encontram-se alojadas no Duplo Etérico;
influenciando, posteriormente, no Corpo Físico. É também, nesse complexo energético, que
se realizam as conhecidas Cirurgias Espirituais.

FUNÇÕES:
Segundo Ramatís, a função básica do Duplo Etérico é transmitir para a tela do cérebro do
homem, todas as vibrações das emoções e impulsos que o perispírito recebe do Espírito. Ele
também absorve o Prana, ou Energia Vital do mundo oculto, emanada do Sol, conjugando-a
com as forças exaladas do meio físico; e em seguida, as distribui pelo sistema nervoso e por
todas as partes do organismo do homem.
Embora seja formado de matéria quintessenciada, beirando a imaterialidade; o Duplo
Etérico não deixa de ser físico. Pertence aos domínios do Homem-Carne, e decompõem-se
com a morte física.
Vibra em média 1cm acima do Corpo Físico e, durante a existência, não se separa dele;
senão momentaneamente e por curta distância, através de anestesia, transe mediúnico, sono,
coma alcoólico ou hipnotismo; mas tende sempre à sua reintegração.
É nesse corpo energético que vamos encontrar os nadis – sutis condutores de energia; bem
como os chacras – centros de força, responsáveis pela vitalização e harmonia do
organismo; e o cordão de prata, responsável pela ligação que mantém unido Espírito e
Corpo Físico.
O Duplo Etérico tem a função primordial de restabelecer a saúde, automaticamente, sem a
interferência da consciência. Funciona como mediador entre o Corpo Astral e o Corpo
Físico. Possui individualidade própria, mas não tem consciência. É incapaz de atuar por si
ou de modo inteligente, mesmo quando desligado do homem. Embora realize alguns ajustes
e tome algumas providências defensivas, isto se dá devido ao automatismo instintivo e
biológico do próprio organismo carnal. Este, quando se move independentemente do
comando direto do Espírito, revela um sentido fisiológico inteligente e disciplinado,
nutrindo e reparando as células gastas ou enfermas; substituindo-as por outras sadias, de
modo a recuperar-se de todas as perdas materiais.
Além de todas as suas importantes funções de intercâmbio entre as reações do perispírito e
do Corpo Físico, o Duplo Etérico é, ainda, um reservatório de energia vital indispensável à
sobrevivência do organismo humano. Formado por uma camada de energia sutil, que
acompanha e modula a forma do Corpo Físico; essa estrutura compõe a matriz de energia
sob a qual se modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças
ao Corpo Vital que o sustenta.
O Duplo Etérico, quando do desencarne, tem ainda a função de drenar para o cadáver, as
energias residuais acumuladas nos corpos. Assim, livra o desencarnado das sobrecargas
negativas, evitando sofrimentos futuros nos charcos de lama ácida do baixo astral. No
desencarne por suicídio, acidente ou síncope cardíaca, no entanto, ocorre um choque muito
violento, gerado pela desintegração repentina dos chacras; o que provoca um rompimento
dos cordões fluídicos, impedindo a imediata e necessária drenagem, de que comentamos
anteriormente.

https://kardecriopreto.com.br/duplo-eterico-conceito-espirita-ou-nao/

CORDÃO PRATEADO:
O Cordão Prateado – também conhecido como Cordão Astral, Cordão Fluídico, Fio de
Prata, Cordão Luminoso; dentre outras denominações - é uma extensão do Duplo Etérico;
formando um conduto energético que liga o conjunto formado pelo Corpo Físico e Duplo
Etérico, ao Perispírito; quando este está desdobrado. Sua cor pode variar do prateado
brilhante ao cinza chumbo; bem como sua densidade varia de acordo com o
desenvolvimento do Espírito.
Por ser de natureza energética, não pode ser cortado, embaraçado, torcido ou enroscado
como temem alguns; e só será rompido quando o corpo físico, deixando de funcionar e de
ter a vitalidade necessária; ejetar o perispírito definitivamente, no processo que chamamos,
inadequadamente, de morte. Assim, não é o rompimento do Cordão Prateado que causa a
morte física, mas a morte física que provoca o rompimento do Cordão Prateado.
https://lnovaera.wordpress.com/2019/11/25/o-desencarne-e-o-desligamento-do-corpo-
fisico/

https://boiadeiros.wordpress.com/2012/01/12/cordao-de-prata-e-fluido-vital/

DUPLO ETÉRICO E MEDIUNIDADE:


Nos médiuns, o Duplo Etérico apresenta condição especial: soltura ou predisposição de
deslocamento espontâneo, com relativa liberdade em relação a outros corpos. É como se,
nos médiuns, o Duplo Etérico não estivesse bem aderido ou preso ao Corpo Físico;
soltando-se facilmente e, com isso, provocando uma série de sensações, que podem ser
agradáveis ou não.
Esse desprendimento, em geral, é natural e planejado antes do reencarne do médium, para
facilitar seu trabalho de comunicação com o plano espiritual. Assim, o duplo dos médiuns é
deixado, propositadamente, mais frouxo para facilitar o transe mediúnico; que ocorre,
justamente, quando há uma folga entre o Duplo Etérico e o Corpo Físico do médium. É
nesta brecha que o Espírito comunicante intervém, estabelecendo a sintonia; e dando sua
comunicação através do fenômeno popular e erroneamente chamado de incorporação. A
bem da verdade, o Espírito comunicante não entra nem se apossa do corpo do médium; ele,
simplesmente, sintoniza. Vale lembrar, porém, que, quanto mais o Duplo Etérico se
distancia – ou quanto maior essa brecha – maior também é a inconsciência do médium.
Entre as sensações mais comuns provocadas pela soltura espontânea do Duplo Etérico,
vamos encontrar tontura; enjoo; arrepios ou choques ao longo do corpo; sensação de
estufamento parcial ou generalizado; sensação de estar caminhando no ar e alterações
visuais sem causas aparentes.
É importante destacar, ainda, que o Duplo Etérico em relação ao Corpo Físico, funciona a
exemplo de um disjuntor num painel elétrico. Quando surge um aumento de tensão pela
aproximação de determinada energia mental – seja um Espírito obsessor, por exemplo – o
Duplo Etérico se afasta, imediatamente, da mesma forma que o disjuntor se desliga sob
elevada tensão elétrica. Exatamente aí, ocorrem os chamados ataques epiléticos, onde a
pessoa é vítima, em grau avançado, da ação nefasta de alguma inteligência sombria.
Há quem considere que a atuação mais espetacular do Duplo Etérico acontece nas
manifestações de efeito físico, através da eliminação do Ectoplasma. O deslocamento
momentâneo do Duplo Etérico, durante a prática mediúnica, permite que o ectoplasma
concentrado, principalmente, nos ossos, seja expelido.

https://cantodoaprendiz.files.wordpress.com/2011/08/mediunidade.gif

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