Apostila | Teoria Musical - Nível 1, Aula 2

Escrito por Lucas Telles e Thiago Norberto

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AS NOTAS MUSICAIS

A NOTA MUSICAL é um som único, que soa de forma constante em uma determinada
afinação. Um som é considerado afinado no contexto musical quando ele está calibrado em
um padrão predeterminado, como o caso do temperamento musical1 ou do diapasão. Na
cultura musical ocidental, existem 7 nomes para notas musicais, que são:

Dó → Ré → Mi → Fá → Sol → Lá → Si

As notas musicais se intercalam de forma cíclica. A sequência iniciada na nota Dó, depois de
passar por todas as notas e chegar na nota Si, retorna ao Dó e é seguida pelo Ré, pelo Mi, e
assim por diante, seguindo o mesmo ciclo novamente.

Ciclo das 7 notas musicais

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O temperamento musical é o sistema de afinação utilizado na música ocidental
moderna e que predetermina os valores fixos das constâncias de vibração das ondas
sonoras correspondentes a cada nota musical.
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Com isso, é possível observar que, no contexto musical, não existe primeira ou última nota; é
como um círculo, onde não há início nem fim. O Dó não é a primeira nota, nem o Si é a
última. O ciclo das notas pode ser enxergado a partir de qualquer ponto, como você pode
conferir no exemplo abaixo, com uma sequência que se inicia na nota Sol:

Sol → Lá → Si → Dó → Ré → Mi → Fá → Sol

E, da mesma forma que o ciclo pode começar no Dó e seguir passando por Ré, Mi, Fá, Sol, Lá
e Si, ele também pode caminhar no sentido contrário: Dó, Si, Lá, Sol, Fá, Mi e Ré. O som de
cada nota continua sempre o mesmo, mas o resultado do movimento é diferente. Em
resumo, a sequência das notas é um ciclo sem uma nota inicial, sem uma nota final, e pode
ser feita partindo de qualquer nota, podendo seguir tanto em um sentido quanto no outro.

Dó → Ré → Mi → Fá → Sol → Lá → Si → Dó

Dó → Si → Lá → Sol → Fá → Mi → Ré → Dó

AGUDO E GRAVE

A sequência iniciada na nota Dó, que caminha pela ordem Ré Mi Fá Sol Lá Si, ou seja, indo
em direção ao Si, segue na direção AGUDA, de modo que cada nova nota da sequência é
mais aguda do que a anterior. A nota Ré, por exemplo, é mais aguda que a nota Dó, assim
como o Mi é mais agudo que o Ré. Com isso, ao completar todo o ciclo que passa pelas notas
Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, o novo Dó alcançado está em uma região do espectro sonoro
diferente do Dó inicial, sendo ele, por sua vez, mais agudo que o Dó anterior. Sempre que a
sequência das notas musicais segue esse mesmo sentido, os sons se tornam cada vez mais
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agudos. Esse movimento pode ser feito de forma infinita, até o ponto em que a sonoridade
atinja regiões tão agudas que o ouvido humano não seja mais capaz de ouvir.

Dó
Si ↑
Lá ↑
Sol ↑
Fá ↑
Mi ↑
Ré ↑
Dó ↑

Por outro lado, a sequência das notas musicais pode ser feita na direção oposta aos sons
agudos, seguindo pelo movimento Dó Si Lá Sol Fá Mi Ré, até chegar no Dó novamente. Esse
outro sentido é denominado GRAVE. Sendo assim, a nota Si é mais grave que a nota Dó,
assim como o Lá é mais grave que o Si. E, da mesma forma que ocorre com os sons agudos,
esse movimento pode ser feito de forma infinita, até o momento em que o ouvido humano
não será mais capaz de detectar as notas.

Dó ↓
Si ↓
Lá ↓
Sol ↓
Fá ↓
Mi ↓
Ré ↓
Dó
Em resumo, sempre que as notas musicais sobem a escada, o som fica mais agudo a cada
novo degrau e, a cada novo passo no sentido contrário, em que as notas descem a escada, o
som fica mais grave.
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Ciclo das notas musicais e relação grave/agudo

A MELODIA

Como descrito, cada nota musical tem um som diferente, e esses sons aparecem nas
músicas em formas e combinações variadas. Essas combinações podem ser feitas tanto
separadas, com cada nota sendo tocada após a outra, quanto ao mesmo tempo, com notas
soando simultaneamente. Quando as notas musicais aparecem consecutivamente, ou seja,
uma seguida da outra, elas formam a chamada MELODIA. Em uma canção, a cantora ou o
cantor geralmente são os músicos responsáveis por executar a melodia, que é feita
entoando as notas musicais enquanto pronuncia a letra da música. Confira abaixo o exemplo
da melodia da música Imagine do John Lennon:
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Como pode ser observado no exemplo acima, a melodia é um elemento musical feito a
partir de uma sucessão de notas musicais que soam separadamente, ou seja, em que as
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notas são executadas uma de cada vez. Além disso, cada melodia possui uma identidade
própria, de forma que suas notas, quando tocadas na sequência e no ritmo que a compõem,
mostram uma personalidade exclusiva. Ao cantar uma música, a melodia é o elemento
principal a ser lembrado; musicalmente, é ela que torna o reconhecimento de cada música
como algo único e, por isso, ela geralmente é apresentada no primeiro plano, possuindo um
grande destaque dentro da execução musical.

Em uma canção, a presença da melodia é bem evidente, já que as notas musicais dela são
conectadas à poesia, sendo o resultado dessa junção a parte cantada da canção. Porém, nas
músicas instrumentais, a melodia também costuma estar presente, e, nesse caso, ela não é
necessariamente conectada a uma letra, podendo ser feita por diferentes instrumentos que
vão além da própria voz.

Outro elemento musical de grande importância formado pelas notas musicais é o ACORDE.
Enquanto a melodia entoa uma nota após a outra, o acorde é o resultado de 3 ou mais notas
musicais soando ao mesmo tempo. Confira o quadro comparativo abaixo:
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Do ponto de vista da função de cada um desses dois elementos no contexto musical, a

melodia pode ser lembrada como o elemento de destaque e de definição da identidade de
uma música, enquanto os acordes geralmente ocorrem como pano de fundo,
acompanhando e criando o clima para a execução da melodia. Como exemplo, pode-se
pensar em uma música feita por voz e violão: a voz cantando a melodia no primeiro plano,
enquanto o violão acompanha a voz executando os acordes.

Créditos
Direção: Adriano Ferreira
Supervisão: Lucas Telles
Escrito por: Lucas Telles e Thiago Norberto
Revisão de conteúdo: Rafael Brito e Dudu Barretto
Revisão de português: Ana Luisa dos Anjos
Design: Gabriela Barros e Iago Oliveira