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COORDENADORES

Mauricio Andrade Barreto


Luciano de Castellucci Barbosa
Amélia Mamede

PRÓTESE
SOBRE
IMPLANTE
FUNDAMENTOS E
SEQUÊNCIA CLÍNICA
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PROTOCOLO
CLÍNICO PARA
SELEÇÃO DE
INTERMEDIÁRIOS EM
IMPLANTODONTIA
Mario Cezar S. Oliveira
Emerson Teixeira Machado
Gustavo Santana
Morbeck Leal
Alexander Pedreira da Silva
Alex Correia Vieira

05
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

A
reabilitação oral utilizando implantes
osseointegráveis é uma das moda- COROA
lidades terapêuticas de maior sucesso na
Odontologia devido ao seu alto grau de previ-
sibilidade clínica; em função disso, os implantes
dentários tornaram-se hoje uma prática muito co-
mum dentro dos consultórios odontológicos.

Desde a introdução dos primeiros implantes, uma sé-


rie de inovações tem sido propostas visando melhorar
os resultados obtidos com esse tratamento. Isso levou
ao surgimento de diversos sistemas e desenhos de im-
plantes com o objetivo de solucionar problemas exis-
tentes no protocolo original de Branemark, como perda INTERMEDIÁRIO

óssea periférica, conhecida hoje como saucerização,


e ainda problemas mecânicos como desaperto e fratu-
ras de parafuso.

A gama de componentes protéticos sobre implante acom-


panhou a mesma evolução, visando proporcionar uma
melhor estética e função nas reabilitações com próteses
sobre implantes. Intermediários são dispositivos utilizados
para executar a ligação entre o implante e a prótese, tam-
bém definidos como conexões protéticas, pilares, compo-
nente transmucoso e abutments (Figura 01).

IMPLANTE

01 › Implante cone Morse, intermediário e


coroa protética.

01

145
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

1. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS

EXTERNAS HE
QUANTO AO TIPO
DE CONEXÃO
INTERNAS HI, CM
CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS

PILARES PARA PRÓTESES CIMENTADAS


QUANTO AO TIPO
DE RETENÇÃO
PILARES PARA PRÓTESES PARAFUSADAS

PRÉ-FABRICADOS
QUANTO AO MÉTODO
DE CONFEÇÃO
CUSTOMIZADOS/INDIVIDUALIZADOS

RETOS
QUANTO A
ANGULAÇÃO
ANGULADOS

2. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO para edentados totais inferiores com uma
AO TIPO DE CONEXÃO DO IMPLANTE estrutura rígida que esplintava os implan-
tes. Com a popularização da técnica e o au-
Os implantes são classificados de acordo com a interface
mento da abrangência para casos unitários
de união entre estes e o intermediário, podendo assim ser
e múltiplos, surgiram relatos de problemas
classificados em implantes com conexão externa e interna.
mecânicos como afrouxamento e/ou fratura
Classicamente, o hexágono externo (HE), o hexágono in- do parafuso de fixação da prótese ou do
terno (HI) e o cone Morse (CM) são as conexões mais utili- intermediário, cuja consequência foi o de-
zadas em implantes osseointegráveis (Figuras 02A-C). Os senvolvimento de sistemas de travamento
de HE, propostos por Branemark, possuíam um hexágono hexagonal interno que daria maior estabili-
externo sobre o qual era conectado o pilar protético, que dade rotacional e menor estresse no para-
na época limitava-se à construção de uma prótese total fixa fuso de fixação.

146
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

Embora os implantes de hexágono interno tético, que permitiria o acúmulo de bactérias, a possibili-
trouxessem melhoras para a questão do dade de ocorrência de infecção crônica e a consequente
afrouxamento de parafusos, assim como perda óssea periférica.
a distribuição da força resultante de carga
para o sistema osso/implante, ainda não Com a evolução das pesquisas, surgiram os implantes
se considerava resolvido a existência da com conexão tipo Morse com a característica peculiar de
microfenda entre o implante e o pilar pro- não apresentar plataforma protética.

02A

02B

02C

02A-C › Conexão hexágono externo (A).


Conexão cone Morse (B) e conexão hexá-
gono interno (C).

147
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

A conexão CM consiste de uma estrutura formada por melhante a uma peça única, sem nenhum
dois cones - um “macho” e uma “fêmea” - e baseia-se no microgap de interface, conferindo maior
princípio de “cone dentro de cone”. Essa característica resistência aos movimentos rotacionais,
de área de contato entre as superfícies provoca o trava- reduzindo os pontos de tensão e favore-
mento por fricção entre o intermediário e a parede interna cendo a resistência mecânica. Estas ca-
do implante, o que resulta em estresse mínimo ao para- racterísticas fazem com que este sistema
fuso de fixação do pilar. Este íntimo contato das superfí- apresente vantagens sobre as conexões
cies sobrepostas adquire uma resistência mecânica se- tipo hexágono externo e interno.

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS DIFERENTES CONEXÕES IMPLANTE-INTERMEDIÁRIO

TIPO DE CONEXÃO VANTAGENS DESVANTAGENS

› Microfendas na junção pilar protético/implante.

› Complicações mecânicas frequentes como


HEXÁGONO › Menor custo. afrouxamento e/ou fratura de parafuso.
EXTERNO › Boa estabilidade mecânica em casos múltiplos. › Ausência de selamento biológico na conexão
implante-pilar.
› Presença de saucerização.

› Ausência de selamento biológico na conexão


HEXÁGONO › Boa estabilidade mecânica em casos unitários implante-pilar.
INTERNO múltiplos.
› Presença de saucerização.

› Ausência de microfendas na junção pilar


protético/implante.
› Boa estabilidade mecânica em casos unitá-
rios e múltiplos. › Maior custo.
CONE MORSE
› Melhor transmissão de força do pilar protético › Planejamento protético/cirúrgico mais criterioso.
ao implante.
› Menor incidência de saucerização.

› Estabilidade tecidual a longo prazo.

TABELA 01

148
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

4. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO evolução das conexões implante-inter-


AO TIPO DE RETENÇÃO COM A PRÓTESE mediário e diminuição das complicações
mecânicas nas próteses, sobretudo nos
Existe uma grande discussão na literatura a respeito de
implantes cone Morse, existe uma ten-
qual tipo de retenção devemos utilizar nas próteses im-
plantossuportadas, se devemos utilizar próteses aparafu- dência atual de se trabalhar com próte-

sadas ou cimentadas (Figuras 03A-D). O conhecimento ses cimentadas, principalmente em casos

de ambos os mecanismos, com suas vantagens e des- unitários em região estética. A tabela 01
vantagens, ajudará o clínico na escolha do tipo ideal de apresenta uma avaliação comparativa dos
retenção para cada caso específico, promovendo bons parâmetros clínicos que devem ser consi-
resultados estéticos e funcionais. No entanto, com a derados na escolha do tipo de retenção.

03A 03B

03C 03D

03A-D › Coroa cimentada sobre intermediá-


rio personalizado (A,B). Coroa aparafusada
(notar o orifício de acesso ao parafuso por
oclusal) (C,D).

149
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

PARÂMETROS PRÓTESE PARAFUSADA PRÓTESE CIMENTADA

› Realizada pelo cimento, requer o mesmo ra-


ciocínio da prótese fixa convencional, necessá-
› Realizada pelo parafuso, possível em casos
RETENÇÃO rio altura interoclusal mínima de 4 mm para o
com limitada altura interoclusal (< 4 mm).
pilar (adicionar mais 1,5-2 mm para o material
de cobertura).

› Ligeiramente comprometida pela restauração


ESTÉTICA › Sem comprometimento estético.
do orifício de acesso ao parafuso de fixação.

REVERSIBILIDADE › Possível e fácil. › Imprevisível e difícil.

› Melhor resposta tecidual, pois não há escoa- › Risco de inflamação devido ao excesso de ci-
RESPOSTA TECIDUAL
mento de cimento para o sulco perimplantar. mento no sulco perimplantar.

› Fratura da cerâmica de cobertura devido ao


› Mucosite ou perimplantite devido a presença
COMPLICAÇÕES orifício de acesso; afrouxamento/fratura do pa-
de cimento no sulco.
rafuso de fixação da prótese.

TABELA 02

04A 04B

04C 04D

TAB. 02 › Parâmetros clínicos que devem ser


considerados na escolha do tipo de retenção.

04A-D › Dica clínica: remover o excesso de


cimento no análogo minimiza o escoamen-
to de cimento para o sulco peri-implantar.

150
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

5. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO do caso. Já os pilares customizados são


AO MÉTODO DE CONFECÇÃO construídos de forma individualizada para
uma situação clínica específica, customi-
Quanto ao método de fabricação, os pilares podem ser
zando altura interoclusal, diâmetro e altura
divididos em dois grupos: Grupo 1 - Pré-fabricados (es-
toque) e Grupo 2 - Customizados (individualizados). Os de cinta cervical. Praticamente todos os

pilares do primeiro grupo são pilares padronizados para fabricantes apresentam em seus catá-

atender às demandas clínicas diversas, com padrões pre- logos uma grande variedade de pilares
definidos para altura de cinta cervical, diâmetro e altura pré-fabricados com a finalidade de re-
interoclusal, sem considerar a característica individual solver inúmeras situações clínicas.

PILAR PRÉ-
FABRICADO PILAR
05B CUSTOMIZADO

05D

05A

05C

05A-D › Exemplos de pilares pré-fabricados


(catálogo Neodent) (A-C). Comparação en-
tre um pilar pré-fabricado e um pilar custo-
mizado (D).

151
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

6. INTERMEDIÁRIOS PRÉ-FABRICADOS PARA CONE MORSE DE ALGUNS SISTEMAS


DISPONÍVEIS NO MERCADO NACIONAL

PRÓTESE PRÓTESE
PRÓTESE CIMENTA- PRÓTESE CIMENTADA
FABRICANTE PARAFUSADA PARAFUSADA
DA UNITÁRIA MULTIPLA
UNITÁRIA MÚLTIPLA

› Munhão Universal (Reto


ou Angulado)
› Munhão anatômico
› Mini Pilar CM (Reto
(Reto ou angulado)
NEODENT › Pilar CM ou Angulado) x
› Munhão universal Exact
› Micro Pilar
(Reto ou Angulado)
› Munhão Anatômico
Exact (Reto ou angulado)

› Abutment cônico CM
› Abutment Cônico › Abutment EUCLA CM
› Mini-abutment CM
› Abutment EUCLA › Abutment Cimentado › Abutment UCLA CM
SIN (Reto ou angulado)
CM CM (Reto ou Angulado) › Abutment cimentado CM
› Micro-mini-abut-
› Abutment UCLA CM (Reto ou Angulado)
ment CM

› Pilar Standart › Pilar Standart (Reto ou › Pilar Standart (Reto


› Pilar regular › Pilar Balance Base Angulado) ou Angulado)
ANKYLOS › Pìlar Balance (Reto ou Angulado) › Pilar Balance Anterior › Pilar regular
Anterior (Reto ou › Pilar Standart (Reto ou Angulado) › Pilar balance anterior (Reto
Angulado) › Pilar Regular ou Angulado)

STRAUMAN
› Pilar SynOcta Cimentado › Pilar SynOcta Cimentado
TISSUE › Pilar synOcta › Pilar SynOcta
› Pilar sólido › Pilar sólido
LEVEL
› Pilar multi-base
STRAUMANN ›Pilar SRA (Reto ou › Pilar Cimentável
(Reto ou Angulado)
Angulado) › Pilar anatômico (Reto › Pilar cimentável
BONE LEVEL › Pilar SRA (Reto ou
› Pilar Variobase ou Angulado)
angulado)

TABELA 03

06 › Prótese total fixa inferior: os mini-pi-


lares são os intermediários mais utiliza-
dos para reabilitações totais de maxila e
mandíbula.

06

152
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

7. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO 8. O QUE PRECISO SABER ANTES DE


À ANGULAÇÃO ESCOLHER O INTERMEDIÁRIO?

Quanto â angulação, os pilares se classificam em: »» Conhecer qual o sistema de conexão


implante-pilar e o fabricante do implante.
»» Retos: utilizados quando o implante foi bem posiciona-
Para escolher o intermediário é obrigatório
do cirurgicamente, seguindo o posicionamento tridimen-
saber qual foi o implante instalado cirur-
sional ideal.
gicamente e ter disponível o catálogo do
»» Angulados: utilizados para corrigir erros de posiciona- fabricante. Existem inúmeros fabricantes
mento do implante ou adequar o implante a uma determi-
de implantes no mercado, cada um com as
nada situação clínica.
peculiaridades do seu sistema.

07A 07B 07C 07D 07E 07F

07G 07H 07I 07J 07K

07A-K › Pilares pré-fabricados reto e angula-


do (catálogo Neodent) (A,B). Alguns exem-
plos de implantes disponíveis no mercado
nacional (C-G). Tipos de conexões nos pila-
res do sistema Neodent (H-K).

153
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

»» Entender o catálogo
Lembre-se:
Devemos ter em mãos o catálogo do fabricante para com-
»» cada componente e parafuso têm
preender as indicações e características de cada tipo de sempre uma chave e torque específico
intermediário disponível. Efetuar os pedidos sempre pelo de instalação;
código do produto e observar toda a sequência de compo-
»» na maioria dos sistemas as chaves se
nentes necessária para moldagem (transferentes), obten- encaixam a um tambor com um disco
ção de modelos (análogos), componentes para provisório, que roda livre na extremidade para que
protetores de pilar, cilindros de laboratório e parafusos. seja mantida pressão digital durante a
instalação dos componentes e fixação
»» Ter disponível o KIT protético/chaves do sistema
de parafusos;
Alguns fabricantes têm kits e chaves específicas para o »» os parafusos para implante não são
seu sistema, a exemplo do Ankylos e Straumann. O uso de auto-atarrachantes e a resistência ao
uma chave inadequada pode danificar o pilar, o parafuso aperto só deve ser sentida quando a
e até mesmo a própria chave; portanto, quando for realizar cabeça do parafuso tocar na base do
componente.
a instalação do intermediário, tenha sempre disponível as
chaves e os torquímetros originais do fabricante.

9. CHAVES DE INSTALAÇÃO E TORQUES RECOMENDADOS PARA PILARES CONE MORSE


(SISTEMA NEODENT)

CHAVE DE INSTALAÇÃO DO CHAVE E TORQUE PARA


PILAR
PILAR/TORQUE DO PILAR INSTALAÇÃO DA PRÓTESE
› Chave de conexão hexagonal de 1.6 mm › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm
PILAR CM
/ 32N.cm. / 10N.cm.
› Chave de conexão cônica para pilares › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm
MINI PILAR CÔNICO RETO CM
/ 32N.cm. / 10N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 0.9 mm › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm
MINI PILAR CÔNICO ANGULADO CM
/ 15N.cm. / 10N.cm.
› Chave de conexão cônica para pilares › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm
MICROPILAR CM
/ 32N.cm. / 10N.cm.
MUNHÃO ANATÔMICO RETO E › Chave de conexão hexagonal de 0.9 mm
› Prótese cimentada.
ANGULADO CM E EXACT / 15N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm
MUNHÃO UNIVERSAL CM › Prótese cimentada.
/ 32N.cm.
› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm
MUNHÃO UNIVERSAL ANGULADO CM › Prótese cimentada.
/ 15N.cm.
MUNHÃO UNIVERSAL CM EXACT › Chave de conexão hexagonal de 0.9 mm
› Prótese cimentada.
RETO E ANGULADO / 15N.cm.
TABELA 04

154
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

10. CHAVES DE INSTALAÇÃO E TORQUES RECOMENDADOS PARA PILARES HEXÁGONO


EXTERNO (SISTEMA NEODENT)

CHAVE DE INSTALAÇÃO DO CHAVE E TORQUE PARA


PILAR
PILAR/TORQUE DO PILAR INSTALAÇÃO DA PRÓTESE

› Chave de conexão cônica para pilares › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm


PILAR CÔNICO SF
/ 20N.cm. / 10N.cm.

› Chave de conexão cônica para pilares › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm


MINI PILAR CÔNICO SF RETO 4.1mm
/ 32N.cm. / 10N.cm.

› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm


MINI PILAR CÔNICO ANGULADO
/ 20N.cm. / 10N.cm.

› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm


MUNHÃO UNIVERSAL SF › Prótese Cimentada.
/ 32N.cm (Parafuso Neotorque).

MUNHÃO PERSONALIZAVEL RETO › Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm


› Prótese Cimentada.
E ANGULADO / 32N.cm (Parafuso Neotorque).

› Chave de conexão hexagonal de 1.2 mm


UCLA › Prótese Cimentada ou Parafusada.
/ 32N.cm (Parafuso Neotorque).

TABELA 05

NO SISTEMA STRAUMANN TODOS OS PILARES RECEBEM TORQUE DE 35N.cm


E OS PARAFUSOS DE FIXAÇÃO DA PRÓTESE TORQUE DE 15N.cm

NO SISTEMA ANKYLOS O TORQUE ESTÁ PRESENTE NA CHAVE ESPECÍFICA


PARA O PARAFUSO DE FIXAÇÃO E NÃO NO TORQUÍMETRO

11. SELECIONANDO OS INTERMEDIÁRIOS gono interno, cone Morse ou outra conexão?


Qual o fabricante do implante instalado?
11.1. PARÂMETROS CLÍNICOS

Para seleção de intermediários, independente do implante Respondendo a esses dois questionamen-


instalado, o implantodontista precisa se guiar em alguns pa- tos, devemos ter à disposição o catálogo
râmetros clínicos fundamentais para uma correta escolha. mais atualizado do fabricante e estaremos
aptos a identificar no catálogo quais serão
1. Qual o fabricante e o tipo de conexão protética entre im- as opções de pilares disponíveis para solu-
plante-pilar? Iremos trabalhar com Hexágono externo, Hexá- cionar o caso.

155
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

08A
2. Qual a profundidade do implante em re-
lação à crista óssea e à margem gengival?
CM

Esses dados são fundamentais para a


correta escolha da altura do transmucoso
(cinta gengival).

Para casos anteriores (devido à estética) su-


gere-se 2,0 a 3,0 mm de sulco perimplantar
08B
e para casos posteriores 1,0 a 2,0 mm, sen-
HE
do que gengivas espessas permitem sulcos
mais rasos; assim, o comprimento da cinta
cervical será o resultado da subtração entre
a profundidade total do sulco peri-implantar
e o sulco pretendido. Na presença de con-
torno gengival irregular, principalmente na
08C área correspondente às papilas mesial e

IIPLUS
distal, deve-se optar por pilares preparáveis
devido aos mesmos proporcionarem um sul-
co uniforme em toda a extensão do preparo,
evitando, assim, um sulco muito profundo
nas áreas proximais. Isso também implica-
rá em maior biocompatibilidade dos tecidos
moles com a prótese, principalmente em
08D
grandes volumes gengivais nas proximais.
WS
Para a medida da profundidade pode-
mos utilizar:

»» Sonda milimetrada.
»» Medidor de altura para implantes CM
(Sistema Neodent).
»» Pilar do KIT de seleção de intermediários.

3. Qual a distância vertical entre a mar-


gem gengival e o dente antagonista?
Com essa medida, iremos selecionar um
intermediário com uma altura cérvico-o-
08A-D › Tipos de conexão implante-inter-
mediário do sistema Neodent. clusal compatível com a distância intero-
clusal encontrada.

156
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

09A

09B

09C

6.5

5.5

4.5
09D

3.5

2.5

1.5
0.8

09E

09A-E › Medida da profundidade do sulco mm (C). Utilização de um pilar do KIT de


peri-implantar com sonda milimetrada: de- seleção (Straumann) para definir qual a
ve-se medir a mesial, vestibular e distal do melhor opção de tamanho para o trans-
sulco (A). Utilização do medidor de altu- mucoso (cinta) (D). Medida da distância
ra de sulco para implantes CM (Sistema interoclusal com sonda milimetrada; con-
Neodent) (B). Medidor de altura de sulco siderar a altura do pilar mais o material
para implantes CM Neodent, com medidas da coroa (infraestrutura e cerâmica de
de profundidade variando de 0,8 mm a 6,5 cobertura) (E).

157
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

4. Como está a inclinação do implante? A inclinação do 6. A prótese é unitária ou múltipla? Exis-


implante permite o aparafusamento da prótese por oclu- tem intermediários específicos para as
sal e/ou lingual/palatina? Precisamos entender que em duas modalidades; para as próteses
próteses aparafusadas os orifícios de acesso da prótese unitárias aparafusadas, os pilares ou os
devem estar no centro das superfícies oclusais dos dentes cilindros de confecção da prótese irão
posteriores e na palatina ou lingual dos dentes anteriores. oferecer algum sistema de travamento
Poderemos optar por intermediários angulados para ob- antirrotacional.
termos esses posicionamentos dos orifícios.
7. Vou confeccionar uma prótese ci-
Já em próteses cimentadas, devemos estar atentos se a
mentada ou aparafusada? Geralmente
inclinação do implante permite a confecção da prótese
existem pilares exclusivos para ambas
com volumes adequados para os materiais da infraestru-
as modalidades. Alguns sistemas, como
tura e da cobertura (ex. espaço adequado para o coping e
Ankylos e Straumann, disponibilizam
a cerâmica de cobertura).
um mesmo pilar para as duas formas
5. Qual o diâmetro do dente a ser reposto? Existem inter- de retenção.
mediários com diâmetros diferentes para se adequar ao
espaço protético disponível, bem como ao diâmetro do
dente que será reposto.

10A 10B 10C

10A-C › Exemplos de pilares angulados para


correção de inclinações dos implantes insta-
lados; a maioria dos fabricantes disponibili-
za angulações de 17 e 30 graus.

158
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

11A 11B

11C 11D

11E 11F

11A-F › Intermediários anatômicos com


diâmetros diferentes para se adequar ao
espaço disponível e diâmetro da coroa a
ser reposta (A,B). Pilar com sistema an-
tirrotacional (C). Pilar para próteses múl-
tiplas (pontes e próteses totais fixas para-
fusadas) sem travamento antirrotacional
(D). Pilar CM para prótese unitária apa-
rafusada porterior (E). Pilar para prótese
cimentada (F).

159
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

12. EXEMPLO EM SITUAÇÃO CLÍNICA

Seleção de intermediário em caso unitário posterior.

12A 12B

12C

160
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA

12D

12E

12A-E › Caso inicial: implante CM com ci- determinando ou não a necessidade de


catrizador (Sistema Neodent) instalado se utilizar um intermediário angulado.
na região de segundo pré-molar superior Nesse caso, apesar do posicionamento do
direito (A,B). Medida da profundidade do implante mais por palatina, não precisa-
sulco peri-implantar para determinar a remos de pilar angulado (C,D). Medida da
altura da cinta metálica (transmucoso): distância interoclusal com sonda milime-
profundidade de sulco encontrada de 2,5 trada, distância interoclusal encontrada
mm. O uso do medidor CM irá nos for- de 5,5 mm (E).
necer também a angulação do implante,

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ISBN 978-85-480-0006-5

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