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PRÓTESE
SOBRE
IMPLANTE
FUNDAMENTOS E
SEQUÊNCIA CLÍNICA
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PROTOCOLO
CLÍNICO PARA
SELEÇÃO DE
INTERMEDIÁRIOS EM
IMPLANTODONTIA
Mario Cezar S. Oliveira
Emerson Teixeira Machado
Gustavo Santana
Morbeck Leal
Alexander Pedreira da Silva
Alex Correia Vieira
05
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
A
reabilitação oral utilizando implantes
osseointegráveis é uma das moda- COROA
lidades terapêuticas de maior sucesso na
Odontologia devido ao seu alto grau de previ-
sibilidade clínica; em função disso, os implantes
dentários tornaram-se hoje uma prática muito co-
mum dentro dos consultórios odontológicos.
IMPLANTE
01
145
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
EXTERNAS HE
QUANTO AO TIPO
DE CONEXÃO
INTERNAS HI, CM
CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS
PRÉ-FABRICADOS
QUANTO AO MÉTODO
DE CONFEÇÃO
CUSTOMIZADOS/INDIVIDUALIZADOS
RETOS
QUANTO A
ANGULAÇÃO
ANGULADOS
2. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERMEDIÁRIOS QUANTO para edentados totais inferiores com uma
AO TIPO DE CONEXÃO DO IMPLANTE estrutura rígida que esplintava os implan-
tes. Com a popularização da técnica e o au-
Os implantes são classificados de acordo com a interface
mento da abrangência para casos unitários
de união entre estes e o intermediário, podendo assim ser
e múltiplos, surgiram relatos de problemas
classificados em implantes com conexão externa e interna.
mecânicos como afrouxamento e/ou fratura
Classicamente, o hexágono externo (HE), o hexágono in- do parafuso de fixação da prótese ou do
terno (HI) e o cone Morse (CM) são as conexões mais utili- intermediário, cuja consequência foi o de-
zadas em implantes osseointegráveis (Figuras 02A-C). Os senvolvimento de sistemas de travamento
de HE, propostos por Branemark, possuíam um hexágono hexagonal interno que daria maior estabili-
externo sobre o qual era conectado o pilar protético, que dade rotacional e menor estresse no para-
na época limitava-se à construção de uma prótese total fixa fuso de fixação.
146
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
Embora os implantes de hexágono interno tético, que permitiria o acúmulo de bactérias, a possibili-
trouxessem melhoras para a questão do dade de ocorrência de infecção crônica e a consequente
afrouxamento de parafusos, assim como perda óssea periférica.
a distribuição da força resultante de carga
para o sistema osso/implante, ainda não Com a evolução das pesquisas, surgiram os implantes
se considerava resolvido a existência da com conexão tipo Morse com a característica peculiar de
microfenda entre o implante e o pilar pro- não apresentar plataforma protética.
02A
02B
02C
147
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
A conexão CM consiste de uma estrutura formada por melhante a uma peça única, sem nenhum
dois cones - um “macho” e uma “fêmea” - e baseia-se no microgap de interface, conferindo maior
princípio de “cone dentro de cone”. Essa característica resistência aos movimentos rotacionais,
de área de contato entre as superfícies provoca o trava- reduzindo os pontos de tensão e favore-
mento por fricção entre o intermediário e a parede interna cendo a resistência mecânica. Estas ca-
do implante, o que resulta em estresse mínimo ao para- racterísticas fazem com que este sistema
fuso de fixação do pilar. Este íntimo contato das superfí- apresente vantagens sobre as conexões
cies sobrepostas adquire uma resistência mecânica se- tipo hexágono externo e interno.
TABELA 01
148
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
de ambos os mecanismos, com suas vantagens e des- unitários em região estética. A tabela 01
vantagens, ajudará o clínico na escolha do tipo ideal de apresenta uma avaliação comparativa dos
retenção para cada caso específico, promovendo bons parâmetros clínicos que devem ser consi-
resultados estéticos e funcionais. No entanto, com a derados na escolha do tipo de retenção.
03A 03B
03C 03D
149
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
› Melhor resposta tecidual, pois não há escoa- › Risco de inflamação devido ao excesso de ci-
RESPOSTA TECIDUAL
mento de cimento para o sulco perimplantar. mento no sulco perimplantar.
TABELA 02
04A 04B
04C 04D
150
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
pilares do primeiro grupo são pilares padronizados para fabricantes apresentam em seus catá-
atender às demandas clínicas diversas, com padrões pre- logos uma grande variedade de pilares
definidos para altura de cinta cervical, diâmetro e altura pré-fabricados com a finalidade de re-
interoclusal, sem considerar a característica individual solver inúmeras situações clínicas.
PILAR PRÉ-
FABRICADO PILAR
05B CUSTOMIZADO
05D
05A
05C
151
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
PRÓTESE PRÓTESE
PRÓTESE CIMENTA- PRÓTESE CIMENTADA
FABRICANTE PARAFUSADA PARAFUSADA
DA UNITÁRIA MULTIPLA
UNITÁRIA MÚLTIPLA
› Abutment cônico CM
› Abutment Cônico › Abutment EUCLA CM
› Mini-abutment CM
› Abutment EUCLA › Abutment Cimentado › Abutment UCLA CM
SIN (Reto ou angulado)
CM CM (Reto ou Angulado) › Abutment cimentado CM
› Micro-mini-abut-
› Abutment UCLA CM (Reto ou Angulado)
ment CM
STRAUMAN
› Pilar SynOcta Cimentado › Pilar SynOcta Cimentado
TISSUE › Pilar synOcta › Pilar SynOcta
› Pilar sólido › Pilar sólido
LEVEL
› Pilar multi-base
STRAUMANN ›Pilar SRA (Reto ou › Pilar Cimentável
(Reto ou Angulado)
Angulado) › Pilar anatômico (Reto › Pilar cimentável
BONE LEVEL › Pilar SRA (Reto ou
› Pilar Variobase ou Angulado)
angulado)
TABELA 03
06
152
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
153
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
»» Entender o catálogo
Lembre-se:
Devemos ter em mãos o catálogo do fabricante para com-
»» cada componente e parafuso têm
preender as indicações e características de cada tipo de sempre uma chave e torque específico
intermediário disponível. Efetuar os pedidos sempre pelo de instalação;
código do produto e observar toda a sequência de compo-
»» na maioria dos sistemas as chaves se
nentes necessária para moldagem (transferentes), obten- encaixam a um tambor com um disco
ção de modelos (análogos), componentes para provisório, que roda livre na extremidade para que
protetores de pilar, cilindros de laboratório e parafusos. seja mantida pressão digital durante a
instalação dos componentes e fixação
»» Ter disponível o KIT protético/chaves do sistema
de parafusos;
Alguns fabricantes têm kits e chaves específicas para o »» os parafusos para implante não são
seu sistema, a exemplo do Ankylos e Straumann. O uso de auto-atarrachantes e a resistência ao
uma chave inadequada pode danificar o pilar, o parafuso aperto só deve ser sentida quando a
e até mesmo a própria chave; portanto, quando for realizar cabeça do parafuso tocar na base do
componente.
a instalação do intermediário, tenha sempre disponível as
chaves e os torquímetros originais do fabricante.
154
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
TABELA 05
155
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
08A
2. Qual a profundidade do implante em re-
lação à crista óssea e à margem gengival?
CM
IIPLUS
distal, deve-se optar por pilares preparáveis
devido aos mesmos proporcionarem um sul-
co uniforme em toda a extensão do preparo,
evitando, assim, um sulco muito profundo
nas áreas proximais. Isso também implica-
rá em maior biocompatibilidade dos tecidos
moles com a prótese, principalmente em
08D
grandes volumes gengivais nas proximais.
WS
Para a medida da profundidade pode-
mos utilizar:
»» Sonda milimetrada.
»» Medidor de altura para implantes CM
(Sistema Neodent).
»» Pilar do KIT de seleção de intermediários.
156
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
09A
09B
09C
6.5
5.5
4.5
09D
3.5
2.5
1.5
0.8
09E
157
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
158
FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
11A 11B
11C 11D
11E 11F
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PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
12A 12B
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FUNDAMENTOS E SEQUÊNCIA CLÍNICA
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ISBN 978-85-480-0006-5
www.napoleaoeditora.com.br