Você está na página 1de 164

D

Luiz Roberto Dante

L
Fernando Viana

N
IO
ÉD
M
O
N
SI
EN

P •
S
IA
G
LO
O
N
C
TE
S
A
SU
IA M
AT
M
Á
E

A
TIC
E
E
D
A
RE
Á
U
G

Trigonometria e
sistemas lineares
G
U
IA
P
N
L
D
D
IO
ÉD
M
O
N
SI
EN

S

L
IA
G
LO
O
N
C
TE
S
A
SU

N
E
A
TIC
Á
M
E
AT
M
E
D
A
RE

P
Á

IA
Trigonometria e
sistemas lineares

Luiz Roberto Dante


U

Licenciado em Matemática pela Universidade Estadual Paulis-


ta “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp-SP, Rio Claro)
Mestre em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP)
Doutor em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universi-
dade Católica de São Paulo (PUC-SP)
G

Livre-docente em Educação Matemática pela Unesp-SP, Rio


Claro
Ex-professor do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na
rede pública de ensino de São Paulo
Autor de livros didáticos e paradidáticos de Matemática para
alunos e professores da Educação Básica

Fernando Viana
Licenciado e mestre em Matemática pela Universidade Federal
da Paraíba (UFPB)
Doutor em Engenharia Mecânica pela UFPB
Professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia da Paraíba (IFPB)
Professor do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e de
cursos pré-vestibulares há mais de 20 anos
Autor de obras didáticas de Matemática para o Ensino Funda- 1a edição, São Paulo, 2020
mental e o Ensino Médio
D
Presidência: Paulo Serino
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel

L
Coordenação de área: Marcela Maris e Juliana Grassmann dos Santos
Edição: Pamela Hellebrekers Seravalli, Alessandra Maria Rodrigues
da Silva, César Augusto Morais de Souza, Igor Nóbrega,
Marina Muniz Campelo, Nadili L. Ribeiro, Rani de Oliveira e Souza
e Rodrigo Macena
Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha
Revisão: Rosângela Muricy (coord.), Alexandra Costa da Fonseca,
Ana Paula C. Malfa, Ana Maria Herrera, Carlos Eduardo Sigrist,

N
Flavia S. Vênezio, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, Kátia S. Lopes Godoi,
Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana,
Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Paula T. de Jesus,
Sandra Fernandez e Sueli Bossi
Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.),
Alexandre Miasato Uehara e Renato Akira dos Santos (edição de arte),
WYM Design (diagramação)
Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.),
Mariana Sampaio (pesquisa iconográfica), Cesar Wolf (tratamento de imagens)

P
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.),
Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.)
Ilustrações: Dam d’Souza, Paulo Manzi, R2 Editorial e WYM Design
Cartografia: Mouses Sagiorato e Vespúcio Cartografia
Design: Luis Vassallo (proj. gráfico, capa e Manual do Professor)

Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A.


Avenida Paulista, 901, 4o andar
Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200
IA
Tel.: 4003-3061
www.edocente.com.br
atendimento@aticascipione.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
U

Angélica Ilacqua - CRB-8/7057


2020
Código da obra CL 713841
CAE 729711 (AL) / 729713 (PR)
1a edição
G

1a impressão
De acordo com a BNCC.
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens
presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões
de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que,
eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão,
são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Impressão e acabamento

2
Apresentação

D
Caro estudante,

Ao elaborar esta coleção de Matemática e suas Tecnologias para o Ensino Médio,

L
observamos o que há de mais moderno no processo de ensino e aprendizagem dessa
área do conhecimento.

Nosso objetivo com esta coleção é proporcionar a você condições para que pos-
sa compreender e aplicar as principais ideias e ferramentas da Matemática em seu

N
nível de ensino, atribuindo significados e possibilitando a resolução de problemas
do mundo real. Além disso, a coleção foi concebida de modo a dar espaço para que
você seja protagonista do próprio processo de aprendizagem, desenvolvendo uma
educação integral.

P
Todos os conceitos essenciais, próprios do Ensino Médio, foram explorados ao
longo dos volumes de maneira simples, intuitiva e compreensível. As resoluções me-
canizadas e o formalismo excessivo foram evitados; mantivemos, porém, o rigor ne-
cessário, coerente com o nível para o qual a coleção é proposta.
IA
Na abertura de cada capítulo, apresentamos uma imagem relacionada aos con-
teúdos que o compõem, com o objetivo de lhe dar uma percepção de alguns dos
temas que serão estudados. Esperamos que isso instigue sua curiosidade!

Em seguida, você encontra situações contextualizadas e, muitas vezes, integra-


das, que também exprimem os conteúdos e temas. Nelas você pode observar e in-
vestigar a utilização da Matemática de maneira simples, espontânea e eficiente, além
de refletir sobre ela.
U

No decorrer de cada capítulo, apresentamos textos e atividades significativos,


que abordam fatos históricos e contextualizam a construção dos conteúdos que estão
sendo estudados, bem como expõem e promovem a resolução de problemas relacio-
nados a situações reais ou a outras áreas do conhecimento, exploram as tecnologias
digitais – tão presentes em nossa vida – e propiciam o desenvolvimento do pensa-
G

mento computacional.

Desse modo, a coleção como um todo engloba todas as competências gerais da


Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como as competências específicas e
as habilidades da área de Matemática e suas Tecnologias que estão previstas para o
Ensino Médio.

Sugestões e críticas que visem ao aprimoramento deste trabalho serão sempre


consideradas. Seja muito bem-vindo ao estudo da Matemática e suas Tecnologias
que esta coleção lhe proporciona!
Os autores

3
Este volume está organizado em 2 capítulos. Nele você
Conheça seu livro encontrará textos, boxes e seções. Conheça a seguir a

D
estrutura deste volume.

Não escreva no livro.

U
ma doceria recebeu, de duas padarias distintas, enco-
mendas de bombons de chocolate recheados. O primei-

L
ro pedido foi da padaria de Alice: 2 kg de bombons de
morango, 3 kg de brigadeiro e 5 kg de coco. A segunda encomenda
foi feita pela padaria de Douglas: 3 kg de bombons de morango, 3 kg
de brigadeiro e 4 kg de coco.
A doceria cobra R$ 60,00 por quilograma de bombom de chocolate re-
cheado de morango, R$ 40,00 por quilograma de bombom recheado de
brigadeiro e R$ 50,00 por quilograma de bombom recheado de coco.
a) Com o objetivo de organizar e visualizar com maior facilidade essa situação,
copie no caderno as tabelas a seguir e complete-as com as informações do
texto. A primeira tabela deve organizar a medida de massa, em quilogramas,

Na primeira página da abertura de cada das encomendas e a segunda deve mostrar os preços do quilograma de cada
sabor do recheio, em reais.

Medida de massa (em kg) das encomendas de bombons recheados


capítulo, mostramos uma imagem relacionada Sabor do
recheio Morango Brigadeiro Coco

a um ou mais conteúdos ou temas abordados Local


Padaria de Alice

N
Padaria de Douglas

nele. Os textos apresentados nas demais


2
Preço do quilograma dos bombons recheados

CAPÍTULO
páginas da abertura são acompanhados de Sabor do recheio

Morango
Preço (em reais)

perguntas que propõem reflexões sobre os Brigadeiro

Coco

assuntos do capítulo e buscam introduzir, Matrizes e


Tabelas elaboradas para fins didáticos.

b) Observando as tabelas que você preencheu, responda: Qual padaria encomendou

sistemas
mais bombons recheados?

direta ou indiretamente, os conteúdos que c) Quanto a padaria de Alice gastou com os bombons recheados de morango?

lineares

k
toc
d) Quanto a padaria de Douglas gastou com os bombons recheados de coco?

ers
utt
io/Sh
serão estudados. e) Qual foi o valor total pago pela padaria de Alice?

ud
a St
f) Qual foi o valor total pago pela padaria de Douglas?

Afric
Principal matéria-prima do chocolate, Sara também tem uma padaria e deseja comprar R$ 2.000,00 em bombons re-
o cacau (Theobroma cacao) é o fruto cheados de morango e de brigadeiro dessa mesma doceria, mas ainda não decidiu a
da árvore cacaueiro, nativa da América quantidade de cada sabor do recheio.

P
Central e da América do Sul. No
Brasil, os estados do Pará e da Bahia g) Indicando por m e b a medida de massa, em kg, dos bombons recheados de
concentram cerca de 90% da produção morango e de brigadeiro, respectivamente, qual equação representa as possibi-
nacional, contribuindo para que o país lidades de compra para Sara?
ocupe a sétima posição na produção
mundial desse fruto. h) Nessa equação, m e b podem ser quaisquer números reais? Por quê?

84 85

i) Se Sara optar pela compra de 5 kg de bombons recheados de brigadeiro, então Não escreva
no livro. CONHEÇA O CAPÍTULO
quantos quilogramas de bombons recheados de morango ela comprará?
j) Comprando 10 kg de bombons recheados de morango, então quantos quilogra- A BNCC No Conheça o capítulo, apresentamos os
IA
mas de bombons recheados de brigadeiro ela comprará? No decorrer do capítulo,
Objetivos
k) Quantos quilogramas de bombons recheados a padaria de Sara pode comprar se
pedir a mesma quantidade para cada sabor do recheio? • Explorar situações e resolver problemas que envolvem matrizes.
favorecemos o desenvolvimento
das competências gerais da
Educação Básica, bem como
das competências específicas e
objetivos que devem ser atingidos no decorrer
• Reconhecer diferentes transformações geométricas no plano cartesiano:
As respostas que você deu nos itens i, j e k nos indicam que os pares ordenados
(30, 5), (10, 35) e (20, 20) são algumas soluções da equação 3m 1 2b 5 100. Na repre- •
translação, reflexão, rotação e homotetia.
Relacionar transformações geométricas e matrizes.
das habilidades de Matemática
e suas Tecnologias e de
outras áreas do conhecimento
indicadas a seguir. Também
do capítulo e a justificativa de pertinência

deles. Além disso, indicamos as competências
sentação gráfica a seguir, o eixo horizontal representa a medida de massa, em kg, dos Conhecer e criar algoritmos relacionados às transformações geométricas. estão indicados os temas
contemporâneos transversais
bombons recheados de morango (m) e o eixo vertical representa a medida de massa,
• Construir translações, reflexões, rotações e homotetias de figuras no pla- presentes no capítulo.
em kg, dos bombons recheados de brigadeiro (b). Os pontos A, B e C correspondem Competências gerais: CG01,
no cartesiano, bem como composições dessas transformações geométri-
aos pares ordenados (10, 35), (20, 20) e (30, 5), respectivamente.
b

cas, também com o apoio de tecnologia digital.
Utilizar transformações geométricas para analisar fotos de elementos da
CG02, CG03, CG04, CG05,
CG07, CG08, CG10.
Competências específicas
gerais da Educação Básica, bem como as
de Matemática e suas
natureza e construções humanas.
50

45


Resolver problemas relacionados a transformações geométricas.
Explorar situações relacionadas a sistemas lineares.
Tecnologias: CEMAT01,
CEMAT03, CEMAT04.
Competência específica de
competências específicas e as habilidades da
Ciências da Natureza e suas
• Compreender os conceitos de equação linear e sistema de equações Tecnologias: CECNT02.
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da
WYM Design/Arquivo da editora

40 lineares simultâneas. Habilidades de Matemática


e suas Tecnologias:
• Classificar sistemas lineares em possível e determinado, possível e inde- EM13MAT105, EM13MAT301,
35
A(10, 35)


terminado ou impossível.
Determinar as soluções de sistemas lineares utilizando diferentes méto-
EM13MAT315 e EM13MAT405.
Habilidades de outras
áreas do conhecimento:
etapa do Ensino Médio, cujo desenvolvimento
30 dos, como a substituição, a adição e o escalonamento, e representá-los EM13LGG701, EM13CNT204,

25

graficamente.
Interpretar e representar graficamente sistemas lineares 2 3 2 e 3 3 3,
EM13CNT206, EM13CHS101,
EM13CHS106.
Temas contemporâneos
é favorecido no capítulo, e os temas
contemporâneos transversais presentes nele.
também com o auxílio de tecnologia digital. transversais:
20 B(20, 20) • Direito da Criança e do
• Criar algoritmo que descreva os passos de resolução de um sistema linear. Adolescente;
• Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Matemática e de outras • Educação Ambiental;

Consulte as páginas 154 a 158 para saber mais


15
áreas do conhecimento utilizando sistemas lineares. • Saúde.

10
• Compreender o conceito de determinante e o cálculo do determinante
de matrizes 2 3 2 e 3 3 3.

5
C(30, 5) • Discutir sistemas lineares utilizando o determinante da matriz dos coefi-
cientes e o escalonamento do sistema.
da BNCC e ler o descritivo das competências
m

gerais, assim como o descritivo das


U

0 5 10 15 20 25 30 35 Justificativa
É comum, no dia a dia, lidarmos com tabelas, pois elas facilitam a organiza-
ção, a leitura e a interpretação de dados. Em Matemática, podemos relacionar
l) O gráfico acima corresponde a um segmento de reta. Por que não podemos
prolongar esse segmento de reta infinitamente em ambos os sentidos?
tabelas a matrizes, e o estudo desse tipo de representação contribui para que
possamos entender como números dispostos em linhas e colunas se relacio-
competências específicas e das habilidades
m) Liste no caderno outros três possíveis pedidos que a padaria de Sara pode fazer nam. As matrizes também podem ser utilizadas para representar transformações
à doceria na compra de R$ 2.000,00 em bombons recheados de morango e de
brigadeiro.
isométricas e transformações homotéticas de polígonos no plano cartesiano.
Situações que podem ser representadas e resolvidas por sistemas linea-
favorecidas neste volume.
n) Michele também gastou R$ 2.000,00 em bombons recheados de morango e de res também aparecem com frequência no cotidiano. O estudo dos sistemas
brigadeiro da doceria. Ela comprou 10 kg de bombons recheados de brigadeiro lineares, que é feito desde o Ensino Fundamental, é ampliado neste capítulo
a mais do que de morango. Quantos quilogramas de bombons recheados de de modo que possamos resolver problemas relacionados a situações do co-
cada sabor ela comprou? tidiano, da Matemática e de outras áreas do conhecimento.

86 87
G

Funções trigonométricas Explorando as razões trigonométricas no


No início de cada tópico dos triângulo retângulo
Já estudamos como a proporcionalidade das medidas de comprimento dos lados homólogos de triângu-
Situação 1
Não escreva no livro.
O relógio de pêndulo é um tipo de relógio mecânico
que era comumente encontrado nas residências antes da capítulos, você encontra algumas los semelhantes possibilita a obtenção de medidas de comprimento inacessíveis.
No exemplo dado com a cesta de basquete, na atividade 5, usamos um modelo de triângulo retângulo
kaluginsergey/Shutterstock

invenção dos relógios eletrônicos, atômicos e de quartzo.


isósceles feito de papel. Veremos a seguir que é possível usar qualquer triângulo retângulo para determinar
Relógio de pêndulo
Os dois ponteiros de um relógio de pêndulo mostram as horas e os minutos, como
em um relógio moderno de ponteiros que usamos no pulso ou penduramos na parede
situações e questões relacionadas a altura da cesta sem precisar construir um modelo de papel. Para isso, basta saber a medida de abertura de
um dos ângulos agudos do triângulo retângulo e, então, usar as razões trigonométricas adequadas.
de casa. Nesse tipo de relógio, o pêndulo serve para marcar os segundos.
A medida de intervalo de tempo necessária para a elas que permitem investigações Explore para descobrir Não escreva no livro.
WYM Design/Arquivo da editora

que o pêndulo complete uma oscilação completa


WYM Design/Arquivo da editora

Considere os quatro triângulos retângulos representados ao


em um relógio é chamada de período. E o compor-
tamento desse movimento pode ser estudado por
funções envolvendo os conceitos de seno e cosse-
e explorações e que o preparam lado.

1. Esses triângulos são semelhantes? Justifique sua resposta.

2. Considere as medidas de comprimento dos lados desses 6m


no, as quais chamamos de funções do tipo trigo-
nométrica. para os conteúdos do tópico. triângulos retângulos.

a) Calcule a medida de comprimento da hipotenusa de


4m

a) Sabendo que em 1 minuto o pêndulo de um reló- 2m


cada triângulo. 1m
Representação esquemática de um gio oscila 30 vezes, qual é o período desse movi- medida de comprimento da altura
pêndulo simples. Por exemplo, a b) Calcule a razão 2m 2m 4m 4m
mento? medida de comprimento da hipotenusa
partir do instante em que o pêndulo
b) Quantas oscilações um pêndulo deve dar em em cada triângulo. Fique atento
está na amplitude máxima, como
medida de comprimento da base
na imagem, a oscilação completa 1 minuto para que o período do movimento seja c) Calcule a razão em cada triângulo. Quando necessário,
corresponde ao movimento que ele medida de comprimento da hipotenusa
de 1 segundo? indique as respostas
faz até voltar à mesma posição. medida de comprimento da altura
d) Calcule a razão em cada triângulo. usando raízes
medida de comprimento da base quadradas.

3. O que você percebeu nas razões que calculou?


Marés Situação 2
No início deste capítulo, você viu exemplos de diversas
Banco de imagens/Arquivo da editora

Quarta-feira Quinta-feira As razões que você calculou na atividade 2 do Explore para descobrir são razões trigonométricas, que
atividades que se ajustam em decorrência das marés. Para
03:45 15:53 04:15 16:25 definiremos a seguir.
essas e outras atividades, é comum a consulta de uma tábua
de marés, que mostra o horário e o nível do mar nas marés
alta e baixa de cada dia.
1,98 m 2,09 m 1,99 m 2,08 m
No Explore para descobrir, Formalizando algumas razões trigonométricas
Veja a seguir um exemplo de tábua de marés de uma ci-
no triângulo retângulo
dade litorânea, em 2 dias consecutivos, e a representação
gráfica ao lado.
09:52
0,22 m
22:14
0,11 m
10:22
0,21 m
22:43
0,14 m indicamos atividades de
a) Em cada um desses dias estão indicados dois horá- Representação gráfica de uma tábua de marés em
Definição de seno, cosseno e tangente usando semelhança
rios para a maré mais alta e dois para a maré mais 2 dias consecutivos.
exploração, experimentação, de triângulos A
Banco de imagens/Arquivo da editora

Quarta-feira Quinta-feira
baixa. Quais são esses horários? G
b) As marés mais altas que ocorreram nesses dias ti- Horário Nível do mar Horário Nível do mar  com m(AOB 
Considere um ângulo agudo AOB uuur ) 5 u (0° < u < 90°).
veram mesmo nível? E as marés mais baixas?
c) Qual foi a amplitude das marés na quinta-feira, ou
03:45
09:52
ò 1,98 m
ô 0,22 m
04:15
10:22
ò 1,99 m
ô 0,21 m
verificação e sistematização A partir dos pontos C, E, G, » da semirreta OA , traçamos os segmen-
uuur
tos de reta CD, EF , GH , », perpendiculares à semirreta OB . C
E

seja, qual foi a diferença entre a maré mais alta e a 15:53 ò 2,09 m 16:25 ò 2,08 m Pelo caso AA de semelhança de triângulos, temos que os triângulos
mais baixa desse dia?
d) Entre quais horários a maré estava baixando (secando) nesses dias?
22:14 ô 0,11 m 22:43 ô 0,14 m
dos conteúdos apresentados, OCD, OEF, OGH, » formados são semelhantes. Então, podemos escrever:
CD EF GH
O
u
D F H B
5 5 5 » (constante)
e) Qual foi a medida de intervalo de tempo entre as duas marés mais baixas na quarta-feira? E entre as duas
marés mais altas na quinta-feira?
O fenômeno periódico das marés também pode ser modelado por uma função do tipo trigonométrica, pois
possibilitando que você formule OC OE OG
Essas razões dependem apenas do ângulo (ou seja, não depen-
dem do triângulo retângulo considerado). Elas são chamadas de
Fique atento
Para representar a medida de abertura de um
ângulo, é comum o uso de letras minúsculas
seno do ângulo AOB , ou seno de u.

38
as características da variação do nível do mar se repetem, aproximadamente, após o mesmo intervalo de tempo.
ideias e crie estratégias. 20
do alfabeto grego, como u, a, b, etc.

4
D
Atividades resolvidas
10. Escreva a expressão geral dos arcos côngruos a

Banco de imagens/Arquivo da editora


D
cada arco de medida angular dada. E C

a) 45°
3p G
F B

A
Nas Atividades resolvidas,
b) rad

você acompanha a
4 H L
I K
J
Resolução
a) A medida angular do arco é dada em graus Para abrir o cofre, são necessárias três operações
(a 5 45°), então a expressão geral é:
a 1 k ? 360° ~ 45° 1 k ? 360°, com k é Z
(o segredo), girando o disco menor (onde a seta
está gravada), de acordo com as seguintes instru-
ções, a partir da posição indicada:
resolução detalhada de
b) A medida angular do arco é dada em radianos

atividades e problemas
2
3p 1) p no sentido anti-horário.
¯a 5 rad˘, então a expressão geral é: 3
4 3
2) p no sentido horário. Atividades Não escreva no livro.
3p 2
a 1 2kp ~
4
1 2kp, com k é Z

11. Qual é o menor arco não negativo que é côngruo


3
3) p no sentido anti-horário.
4
que visa exemplificar 5. Considere um polígono representado no plano carte-
siano que será transladado de acordo com cada matriz
coluna dada. Para cada item, escreva no caderno quan-
 
9. Considere a matriz B 5  2 1 5 4  relacionada aos
2 4 4 2
Pode-se, então, afirmar corretamente que o cofre
ao arco de medida angular 1 320°, ou seja, qual é a vértices de um polígono no plano cartesiano.
primeira determinação positiva do arco de medida
será aberto quando a seta estiver:
estratégias de resolução. tas unidades serão transladadas e em quais sentidos.
 3  a) Represente esse polígono em um plano cartesiano.

L
a) no ponto médio entre L e A.    
angular 1 320°? a)  2  b)   c)  22 
 21  
b) na posição B. 3  21  b) Faça uma rotação de 180° desse polígono, no sen-
Reflita c) na posição K. 6. Observe o triângulo ABC representado no plano carte- tido anti-horário e em torno da origem (0, 0).

Qual é o significado de um número não negativo? d) em algum ponto entre J e K. siano. c) Escreva no caderno a matriz associada aos vértices

Banco de imagens/Arquivo da editora


Então, como deve ser a primeira determinação y do polígono inicial e do polígono obtido.
e) na posição H.
positiva de um arco?
10. Como vimos, para fazer a rotação de um polígono no
Resolução 7
B plano cartesiano, no sentido anti-horário e em torno da
1. Lendo e compreendendo 6
Resolução origem O(0, 0), consideramos a medida de a graus da
a) O que é dado no problema? 5
Devemos obter o menor valor não negativo de a tal rotação. Para cada vértice (x, y) do polígono, temos a
São dadas as informações sobre o funcionamen- 4
que a 1 k ? 360° 5 1 320°, com k é Z. x   x ? cos a 2 y ? sen a 
to do dispositivo de segurança e as instruções transformação   ñ  .
Então: 3 y   x ? sen a 1 y ? cos a 
para abrir o cofre. C
2 Considere um triângulo ABC cujos vértices podem ser
b) O que se pede? A
1 320 360 1
Pede-se a posição da seta no momento em que se  3 2  . Escreva no
240 3 1 320° 5 240° 1 3 ? 360°
representados pela matriz  5 
abre o cofre. 0 1 2 3 4 5 6 x  21 21 2 
a k
2. Planejando a solução
caderno a matriz dos vértices do polígono obtido após
Conhecemos as operações a serem realizadas com Escreva no caderno a matriz relacionada aos vértices do
cada rotação do polígono inicial, no sentido anti-horá-
Logo, o menor arco não negativo, côngruo ao arco o disco menor e o sentido a ser tomado (horário triângulo obtido pela translação descrita em cada item.
rio e em torno da origem (0, 0).
dado, tem medida angular 240°. ou anti-horário). Então podemos adicionar os va- a) 2 unidades para a direita e 3 unidades para cima.
lores das operações no sentido anti-horário e sub- b) 3 unidades para a esquerda e 4 unidades para baixo. a) Rotação de 90°.
Fique atento trair o valor da operação no sentido horário e, as- c) 2 unidades para a direita e 5 unidades para baixo. b) Rotação de 220°. (Use uma calculadora para calcu-

N
Nesta atividade, dizemos que 240° é a primeira sim, identificar a posição em que a seta deve ficar. lar o valor aproximado de sen 20° e cos 20°, com
 
determinação positiva de 1 320° ou que 1 320° foi 3. Executando o que foi planejado 7. Considere as matrizes M 5  0 1 3  , duas casas decimais.)
reduzido à 1a volta. 2p 3p 3p 8p 1 9p 2 18p p  3 5 1
1 2 5 5 2 11. Duas miniaturas da Torre Eiffel, monumento-símbo-
3 4 2 12 12  0 2 3   21 23 25 24 
Resolvida passo a passo N 5   e Z 5   , que re- lo da cidade de Paris (França), foram fotografadas e
Assim, ao final do movimento, a seta estará na posi-  22 0 24   2 2 1 4 
p verificou-se que as imagens obtidas são homotéticas.
12. (Unifor-CE) O dispositivo de segurança de um ção 2 rad 5 215°, no sentido anti-horário a partir presentam as coordenadas dos vértices dos polígonos
12 Sabendo que a medida de comprimento da altura da
cofre tem o formato da figura a seguir, onde as M, N e Z, respectivamente.
de A. Como o arco entre cada letra do dispositivo tem miniatura maior é de 6,3 cm e que a razão de homote-
12 letras A, B, », L estão igualmente espaçadas (o
360° 2p rad p a) Represente cada polígono em um plano cartesiano. tia é 2,8, qual é a medida de comprimento da altura da
ângulo central entre duas letras vizinhas é o mes- medida angular 5 30° ¯ou 5 rad˘, a
mo) e a posição inicial da seta, quando o cofre se 12 12 6 b) Reflita cada polígono em relação ao eixo y e escreva no miniatura menor?
encontra fechado, é a indicada. seta estará no ponto médio entre A e L. caderno a matriz dos vértices de cada polígono obtido.
c) Agora, reflita cada polígono dado em relação ao
55 eixo x e escreva a matriz dos vértices de cada po-
lígono obtido.
8. Considere o polígono representado no plano cartesia-
no a seguir. Escreva no caderno as matrizes dos vérti-

Wolf Outstanding/Shutterstock
ces desse polígono e do polígono obtido ao fazer a
rotação de 180°, no sentido anti-horário e em torno da
6,3 cm
origem O(0, 0).
y

Banco de imagens/
Arquivo da editora
3
2

P
1

0 1 2 3 4 5 6 x

108

Não escreva no livro.

Formalizando o conceito de sistemas lineares


Equações lineares
Neste capítulo, vamos estudar apenas sistemas formados por equações lineares. Na seção Atividades, você encontra
Equação linear é toda equação que pode ser escrita na forma geral
a1x1 1 a2x2 1 a3x3 1 » 1 anxn 5 b, na qual: x1, x2, x3, », xn são as incógnitas; a1, a2, a3, », an são
O boxe Reflita traz atividades e problemas envolvendo
números reais chamados coeficientes das incógnitas; e b é o termo independente.

As incógnitas x1, x2, x3, » geralmente aparecem como x, y, z, » nos sistemas de equações. Veja alguns
questionamentos contextos cotidianos, da Matemática
exemplos de equações lineares.
a) x 1 y 5 16 é uma equação linear com incógnitas x e y. e reflexões sobre o e de outras áreas do conhecimento,
b) 2x 1 3y 2 2z 5 10 é uma equação linear com incógnitas x, y e z.

conteúdo apresentado. para você aplicar e aprofundar os


IA
c) x 2 5y 1 z 2 4t 5 0 é uma equação linear com incógnitas x, y, z e t. Nela, o termo independente é b 5 0.
d) 4x 2 3y 5 x 1 y 1 1 é uma equação linear com incógnitas x e y.
Pela definição, as equações a seguir não são lineares.
a) xy 5 10 b) x2 1 y 5 6 c) x2 2 xy 2 yz 1 z2 5 1
Reflita
Por que essas
conteúdos estudados. Nela também
há atividades que visam à elaboração
equações não são
lineares?
Solução de uma equação linear
Observe mais exemplos de equações lineares e algumas soluções de cada uma delas.
a) 3x 1 2y 5 18
Dizemos que:
de perguntas e problemas.
• o par ordenado (4, 3) é uma solução da equação, pois 3 ? 4 1 2 ? 3 5 18;
• o par ordenado (6, 0) é uma solução da equação, pois 3 ? 6 1 2 ? 0 5 18;
• o par ordenado (5, 1) não é solução da equação, pois 3 ? 5 1 2 ? 1 = 18.
Fique atento

O par ordenado  a,

18 2 3a 
2
 , com a é R, é a solução geral da equação do exemplo a, pois, para cada valor de a, O boxe Fique atento retoma
obtemos uma solução da equação. Por exemplo, para a 5 2, a solução é (2, 6) e para a 5 0, a solução é (0, 9).

b) 3x 1 y 2 2z 5 8 definições ou nomenclaturas,
Dizemos que:


o terno ordenado (2, 4, 1) é uma solução da equação, pois 3 ? 2 1 4 2 2 ? 1 5 8;
o terno ordenado (0, 6, 21) é uma solução da equação, pois 3 ? 0 1 6 2 2 ? (21) 5 8;
chama a atenção para algo
• o terno ordenado (5, 22, 3) não é solução da equação, pois 3 ? 5 1 (22) 2 2 ? 3 = 8.

Fique atento
que está sendo estudado no

Para a é R e b é R, o terno ordenado  a, b,

28 1 3a 1 b 
2 
é a solução geral da equação do exemplo b, pois, para cada

valor de a e de b, obtemos uma solução da equação. Por exemplo, para a 5 1 e b 5 1, a solução é (1, 1, 22).
momento e apresenta dicas

Graficamente:
cada par ordenado (x, y) de números reais é representado por um ponto do plano;
que podem auxiliá-lo no
• cada terno ordenado (x, y, z) de números reais é representado por um ponto do espaço.
estudo.
U

117

Não escreva no livro.

28. (Unicamp-SP) Em uma família, cada filha tem o mes- Atlântica, ocasionando, também, o desaparecimento
mo número de irmãs e irmãos, e cada filho tem um de espécies de plantas e de animais e prejudicando as
número de irmãs igual ao dobro do número de irmãos. populações que vivem nesse bioma e que dependem dele.
O número total de filhos e filhas dessa família é igual a: Você também pode acessar o site indicado como fonte do
a) 11. b) 9. c) 7. d) 5. texto para ter mais informações da quantidade de espécies
de plantas e de animais, endêmicas e não endêmicas, bem
29. (Etec-SP) A Mata Atlântica é uma série de ecossis- como outros dados desse bioma, e ações do Ministério do
temas de florestas tropicais da América do Sul que Meio Ambiente para a preservação da Mata Atlântica.
abriga uma diversidade de espécies endêmicas. Es- Por fim, converse com a turma sobre quais atitudes
G

tudos estimam que haja um total de 8 732 espécies podem e devem ser tomadas visando à preservação do
entre plantas e vertebrados en- meio ambiente e, juntos, elaborem um documento com
Não escreva no livro. Endêmico
dêmicos nesse bioma, e que a registros das pesquisas e das conclusões a que vocês
Espécie, organismo
16. Um polígono está representado no plano cartesiano e diferença entre a quantidade chegaram. Imagens e mapas podem ser utilizados para
Sobre o assunto daquelas plantas e a quantidade
ou população
enriquecer as informações registradas.
 2 5 5 nativo ou restrito a

No boxe Sobre o assunto,


1
a matriz relacionada aos vértices é   . Metamorfose é a mudança completa de forma, natureza destes vertebrados, nessa or- determinada região
 21 24 24 0  dem, seja de 7 268 espécies. geográfica.
ou estrutura, e essa mudança é representada por Escher 30. Em uma equação química balanceada, a quantidade
Veja em cada item a seguir a matriz dos vértices do nas obras que fazem parte da série “Metamorphose”. Nessas condições, a quantidade de plantas endêmicas de cada átomo antes da reação (os reagentes) deve ser
polígono obtido por uma única transformação geo-

você encontra informações


Escher explora visualmente uma espécie de jogo de nesse bioma é: igual à quantidade de cada átomo ao final da reação
métrica do polígono dado. Considerando as transfor- associação mental que costumava brincar quando
a) 732. b) 1 464. c) 5 813. d) 8 000. e) 16 000. (os produtos). Por exemplo, na combustão do propano
mações geométricas que você estudou, descreva qual criança.
C3H8, a equação química não balanceada é C3H8 1 O2 ñ
delas foi feita em cada item. “Ele se deitava na cama e pensava em dois temas
Sobre o assunto ñ CO2 1 H2O. Repare que, do lado do reagente, exis-
2 1 5 5
a) 
1 4 4 0

para os quais ele teria que criar uma conexão lógica.
[...]
[Na obra Metamorfose 2 (em inglês, Metamorphose
e curiosidades relacionadas A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais diversos do
mundo, mas também um dos mais ameaçados.
tem 3 átomos de carbono C e, do lado do produto, há
apenas 1 átomo de carbono. Então, para balancear a
2)] Escher representou essa cadeia de associações equação, devemos encontrar valores para a, b, c e d, tais
 6 15 15 
b) 
3
 23 212 212 0 
 21 22 2 2 
 por meio do uso de formas geométricas (triângulos,
quadrados, hexágonos, etc.) e figuras (lagartos,
abelhas, pássaros, peças de xadrez, cidades) que,
aos conteúdos estudados, As florestas e demais ecossistemas que compõem
a Mata Atlântica são responsáveis pela produção,
regulação e abastecimento de água; regulação
que a ? C3H8 1 b ? O2 ñ c ? CO2 1 d ? H2O. Uma manei-
ra de determinar esses valores é montar e resolver um
sistema linear de equações. Veja como fica a montagem:
c)   progressivamente, da esquerda para a direita, vão se
 1 22 22 2 
 22 21 25 25 
d)  
transformando umas nas outras – movimento que
justifica o título da série. bem como sugestão de e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e
atenuação de desastres; fertilidade e proteção do
solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e
 3a 5 c

 8a 5 2d
 2b 5 2c 1 d

 1 4 4 0  RONCOLATO, Murilo. As metamorfoses de Escher neste do-

17. O artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher


(1898-1972) se notabilizou pelas obras, em que cos-
cumentário interativo. Nexo Jornal, São Paulo, 29 set. 2018.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/
expresso/2018/09/29/As-metamorfoses-de-Escher-neste-
textos, vídeos, simuladores, remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e
preservar um patrimônio histórico e cultural imenso.
Neste contexto, a conservação dos remanescentes
Esse sistema linear tem quatro incógnitas, mas apenas três
equações. Uma das maneiras de encontrar uma possível
solução para esse sistema, é atribuir um valor para uma
document%C3%A1rio-interativo. Acesso em: 8 jun. 2020.
das incógnitas e, então, resolver o sistema linear obtido.
tumava representar construções impossíveis, como o
preenchimento irregular do plano, as explorações do
infinito e as metamorfoses. Nas obras de Escher, tam-
Uma das maneiras de conhecer a vida e as obras de um
artista é visitar exposições ou acessá-las virtualmente.
Como citamos anteriormente, as obras de Escher podem
museus, entre outros, para de Mata Atlântica e a recuperação da sua
vegetação nativa tornam-se fundamentais para
a sociedade brasileira, destacando-se para isso
a) Escolhendo a 5 1, resolva o sistema linear e monte
a equação química devidamente balanceada.
bém é possível perceber diversos trabalhos envolven-
b) Para cada número natural não nulo que escolhemos
do transformações geométricas.
No site oficial do artista, é possível conhecer as obras
ser visualizadas no site oficial do artista. Além disso, é
possível acessar o catálogo da exposição “O mundo
mágico de Escher”, que ocorreu a partir de 2010 em
complementar e aprofundar áreas protegidas, como Unidades de Conservação
(SNUC – Lei n. 9.985/2000) e Terras Indígenas
(Estatuto do Índio – Lei n. 6001/1973), além de
para a, obtemos uma possível solução do sistema
linear; então esse sistema tem infinitas soluções.
dele. Disponível em: https://mcescher.com/gallery/ algumas cidades do país, apresentando a história do artista Multiplique todos os valores de a, b, c e d que você
mathematical. Acesso em: 6 jun. 2020.
Analise a obra Limite de círculo IV (céu e inferno), cujo tí-
tulo original em inglês é Circle limite IV (heaven and hell).
e das obras, bem como reproduções delas. Disponível em:
https://www.bb.com.br/docs/pub/inst/img/EscherCatalogo.
pdf?fbclid=IwAR0GqQEYJa9VFjDTk5OK6j0SJc77vfPOmHR
seus estudos ou mesmo Áreas de Preservação Permanente e Reserva
Legal (Código Florestal – Lei n. 12.651/2012).
O bioma também é protegido pela Lei n. 11.428/2006,
calculou no item a por um mesmo número natural,
obtendo outra solução para o sistema linear, e veri-
fique que a equação a ? C3H8 1 b ? O2 ñ c ? CO2 1
IHKKJ-s4uF2Urv2jD2JZD6a8. Acesso em: 8 jun. 2020.
realizar pesquisas. conhecida como Lei da Mata Atlântica, 1 d ? H2O continuará balanceada.
M.C. Escher's "Circle Limit IV” © 2020 The M.C. Escher Company - The
Netherlands. All rights reserved. www.mcescher.com

Pesquise para conhecer mais desse artista e das diversas regulamentada pelo Decreto n. 6.660/2008.
obras que ele produziu. Retrato de Antoine-Laurent de
No dia 27 de maio é comemorado o Dia Nacional Lavoisier, século XIX (gravura).
da Mata Atlântica. Demais informações desconhecidas.
18. A figura representada no
Interfoto/Fotoarena

y
Banco de imagens/Arquivo da editora

O processo de balanceamento de
plano cartesiano ao lado 5 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Mata Atlântica. Dispo-
equações químicas é fundamentado
será submetida às trans- nível em: https://www.mma.gov.br/biomas/mata-
4 atl%C3%A2ntica_emdesenvolvimento. Acesso em: 12 jul. 2020.
pela lei de conservação das massas,
formações indicadas. enunciada pelo químico russo Mikhail
3
1o) Reflexão em relação ao Pesquise na internet quais atividades humanas são Vasilyevich Lomonosov (1711-1775) e registrada e divulgada
2 responsáveis pela redução da área ocupada pela Mata pelo químico francês Antoine-Laurent de Lavoisier (1742-1794).
eixo das abscissas.
1
2o) Rotação de 180°, no
sentido anti-horário e 0 1 2 3 4 5 x
123
em torno da origem
do plano.
o
Limite de círculo IV (céu e inferno), de Maurits Cornelis 3 ) Translação em 2 unidades para a esquerda.
Escher, 1960 (xilogravura de 41,5 cm 3 41,5 cm). 4o) Reflexão em relação ao eixo das ordenadas.
Quais medidas de abertura de rotação Escher pode a) Quais são as matrizes relacionadas aos vértices da
ter usado para compor essa obra? figura inicial e da figura final obtidas dessas trans-
a) 45° e 135°.
b) 60° e 120°.
d) 100° e 135°.
e) Apenas 72°.
formações, nessa ordem?
b) Seria possível obter a figura final usando uma única
transformação isométrica da figura inicial? Se sim,
Ao longo do capítulo,
c) 120° e 120°.
apresentamos no boxe Glossário a
qual?

110

definição de algumas palavras ou


expressões da língua portuguesa.

5
Conheça seu livro

D
Conex›es

Eratóstenes e a medida de comprimento


da circunferência da Terra
O matemático, astrônomo, geógrafo, bibliotecário e poeta Eratóstenes (276 a.C.- Fique atento
-194 a.C.) nasceu em Cirene (antiga colônia grega no norte da África), mas viveu e Outra grande
morreu em Alexandria (Egito). Um dos feitos mais reconhecidos dele foi a concepção e contribuição de
execução de um experimento científico em que determinou a medida de comprimen- Eratóstenes foi
a elaboração de
to da circunferência da Terra, que foi considerado o sétimo entre os dez mais belos
Tecnologias digitais experimentos da Física, de acordo com a revista britânica internacional Physics World.
um método (um
algoritmo) para
De acordo com o artigo “Revivendo Eratóstenes” – escrito por Paulo Cesar R. Pe- determinar todos
reira e publicado em 2006 na Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia –, os números primos
menores ou iguais
Constru•‹o de senoides
Na seção Tecnologias digitais, o valor encontrado para a medida de comprimento da circunferência da Terra no ex-
perimento do matemático teria sido de 250 000 estádios.
a certo número

L
natural, que
Vamos utilizar novamente o software GeoGebra, agora para construir uma senoide no plano cartesiano. A conversão entre as unidades de medida de comprimento estádio e quilômetro é ficou conhecido
Inicialmente vamos construir o gráfico da função trigonométrica seno, F: R ñ R dada por F(x) 5 sen x, e
o gráfico da função trigonométrica cosseno, G: R ñ R dada por G(x) 5 cos x.
As imagens reproduzidas aqui são da versão on-line, mas você pode escolher a versão que julgar mais
propomos a utilização de diversas controversa. De acordo com historiadores, o valor considerado mais provável é o de
que 1 estádio equivale a 0,185 quilômetro. Então, aplicando essa conversão, a medida
encontrada por Eratóstenes teria sido de 46 250 km.
como crivo de
Erat—stenes. Talvez
você já tenha
oportuna. estudado esse

tecnologias, como calculadora, A medida de comprimento da circunferência da Terra atualmente aceita é de algoritmo no Ensino

Reprodução/www.geogebra.org
1o passo: Como vamos construir gráficos de funções trigo- 39 941 km, ou seja, a medida obtida experimentalmente há mais de 2 200 anos apre- Fundamental.
nométricas, é interessante ajustar a escala do eixo x para radia- sentava precisão razoável, com erro de aproximadamente 14%.

simuladores e softwares livres, para


nos. Para isso, acesse as configurações de exibição (na parte
superior direita da tela), vá até a aba “Eixo X” e selecione a Sobre o assunto
p
opção para a distância desse eixo. Robert P. Crease (1953-), filósofo e historiador da ciência, nascido nos Estados Unidos,

Reprodu•‹o/Editora Zahar
2
2o passo: No campo de entrada de comando (na versão on-
-line, esse campo está situado na parte esquerda da tela), digi-
fazer explorações, investigações perguntou aos leitores da revista internacional Physics World, na qual escreve uma coluna,
quais experimentos eles julgavam ser os mais belos. Embora ele tenha inicialmente
pedido aos leitores que nomeassem os mais belos experimentos físicos, a maioria deles
te a lei da função f(x)=sen(x) e tecle “Enter”. Em seguida, no compreendeu que a pesquisa era sobre experimentos científicos e, por isso, apareceram
próximo campo de entrada, digite a lei da função g(x)=cos(x)
e tecle “Enter”. Você deverá ter uma imagem como a apresen-
e simulações, calcular medidas citações de experimentos de Química, de Engenharia e de Psicologia.
Com isso, considerando os experimentos que foram citados mais vezes, ele definiu uma
lista e escreveu o livro Os 10 mais belos experimentos científicos (Trad. Maria Inês Duque
tada abaixo.

Fique atento estatísticas, construir e manipular Estrada. Rio de Janeiro: Zahar, 2006), no qual os expõe como em uma galeria de arte. Os
experimentos são apresentados no livro em ordem cronológica, sendo o primeiro o de
Eratóstenes, no qual ele mede o comprimento da circunferência da Terra.
O GeoGebra também aceita o comando f(x)=sin(x) para a função

N
representações gráficas, figuras
Você pode ler o trecho do livro que relata esse experimento, bem como conhecer outros
seno (função sine, em inglês).
Tela do GeoGebra do 1o passo. dos experimentos científicos que tiver interesse.
Capa do livro Os 10 mais belos experimentos científicos.
Reprodução/www.geogebra.org

geométricas, planilhas, entre Embora Eratóstenes não tenha sido a primeira pessoa a estimar uma medida de
comprimento para a circunferência da Terra, ele foi o primeiro que fez isso apresen-

outros.
tando e executando um método detalhado e chegando a valores próximos dos reais.
Em um relato publicado em um livro da biblioteca de Alexandria, Eratóstenes sou-
be que, ao meio-dia do solstício de verão, um poço na cidade de Siena (Itália) não
produzia sombra. Siena dista 5 000 estádios ao sul de Alexandria, e ambas as cidades
estão aproximadamente no mesmo meridiano da Terra. Assim, ele entendeu que, ao
meio-dia do solstício de verão, os raios de luz do Sol incidiriam verticalmente sobre
a cidade de Siena e que, quanto mais curva fosse a superfície da Terra, maior seria o
comprimento da sombra projetada por um objeto em Alexandria no mesmo instante.

46

P
Temas relevantes e atuais que relacionam
Tela do GeoGebra após o 2o passo.

1. Observe os gráficos da função seno F e da função cosseno G que você construiu no GeoGebra. Há quantos
pontos de intersecção entre esses gráficos no intervalo [0, 2p]?

68 diferentes áreas do conhecimento são


explorados na seção Conexões.
As atividades apresentam oportunidades
de interpretação, aplicação, pesquisa,
ampliação e debate do tema da seção.
Não escreva no livro.

Leitura e compreens‹o
IA
Stonehenge e as circunferências concêntricas
O misterioso monumento de Stonehenge, localizado a cerca de 15 quilômetros
ao norte da cidade de Salisbury (Reino Unido), intriga estudiosos há muitos séculos.
Não se sabe ao certo como e para que Stonehenge foi construído, havendo teorias de
que foi erguido para prever eclipses e outros fenômenos celestes, como o nascimento
do Sol e da Lua no solstício e no equinócio, ou que as estruturas são vestígios de um
grande templo religioso.
Na seção Leitura e compreensão,
Chris Gorman/Getty Images

você é convidado a ler e


interpretar diferentes textos que
visam ampliar e enriquecer os
conteúdos estudados no capítulo.

Vista aérea do monumento Stonehenge (Reino Unido). Foto de 2020.

Vista de cima, a parte mais famosa do complexo de Stonehenge era formada por
duas circunferências concêntricas (de mesmo centro) de grandes blocos de pedra, a
maior com diâmetro de medida de comprimento de 32 metros. As pedras chegavam a
U

ter altura com medida de comprimento de 5 metros e podiam pesar quase 5 toneladas.
R2 Editorial/Arquivo da editora

As imagens não
estão representadas

Na seção Vestibulares e Enem,


em propor•ão

propomos questões do Enem e de


Representação
artística de como era
vestibulares de todas as regiões do
originalmente a vista de
cima do monumento
Stonehenge. Brasil relacionadas aos conteúdos
43
estudados no capítulo.
G

Vestibulares e Enem
1. (UFRN) Numa escola, o acesso entre dois pisos des- 5. (UFGD-MS) A umidade relativa do ar em uma deter-
nivelados é feito por uma escada que tem quatro de- minada cidade foi medida das 6 horas da manhã de
graus, cada um medindo
Reprodução/Vestibular UFRN

um dia até às 6 horas da manhã do dia seguinte. Os


Não escreva no livro.
24 cm de comprimento dados obtidos estão representados pela função perió-
por 12 cm de altura. Para
Além da sala de aula atender à política de
dica abaixo.

Conhecimentos e saberes 100


Banco de imagens/Arquivo da editora

acessibilidade do Gover-
90
Umidade relativa do ar (%)

no Federal, foi construída


80
uma rampa, ao lado da
Transformações geométricas e algoritmos 70

Nas páginas anteriores você conheceu e utilizou notações de matrizes para representar transformações matemáticos desenvolvidos escada, com mesma in-
clinação, conforme mos-
tra a foto ao lado.
60
50
isométricas e transformações homotéticas de polígonos no plano cartesiano. 40
Como você viu, quando aplicamos uma transformação geométrica em um polígono, todos os pontos
sofrem a mesma transformação. Então podemos analisá-las agora de outro ponto de vista, utilizando algorit- e utilizados por diferentes Com o objetivo de verificar se a inclinação está de
acordo com as normas recomendadas, um fiscal da
Prefeitura fez a medição do ângulo que a rampa faz
30
20
mos, e considerando um ponto (x, y) qualquer do polígono (que pode ser um dos vértices ou pode pertencer com o solo. 10
a qualquer lado do polígono).

Fique atento
comunidades são O valor encontrado pelo fiscal:
a) estava entre 30° e 45°. c) foi exatamente 45°.
0
6:00 12:00 18:00
Hora do dia
0:00 6:00

b) era menor que 30°. d) era maior que 45°.

apresentados na seção
A expressão que descreve a variação da umidade do ar
Um dos pilares do pensamento computacional é o algoritmo, que é utilizado para estipular uma ordem, uma rotina ou uma
sequência de passos a fim de resolver um problema. 2. (UEG-GO) Do alto de um edifício de 24 metros de al- (dada em porcentagem) como função da hora do dia
tura, um engenheiro vê o topo de um outro edifício (dada pela variável t) é:
Algoritmos não são utilizados apenas para programar cálculos em computadores; eles podem ser utilizados sempre que
mais alto, observando-o sob um ângulo de 30°.
quisermos organizar e ordenar uma sequência de passos, como em uma receita de bolo ou nas instruções para trocar o pneu
de um carro. Além da sala de aula. Sabendo que a distância entre os dois edifícios é de
100 3 metros, a altura do edifício mais alto é:
a) F(t) 5 50 1 20cos (2pt).
p 
b) F(t) 5 50 1 50cos  t  .
 12 
1. Veja a seguir um exemplo de algoritmo da translação de um ponto (x, y) em a unidades para a direita e
b unidades para cima. Esse algoritmo está escrito usando um pseudocódigo, que é a maneira genérica de
escrever os passos com uma linguagem simples, sem utilizar uma linguagem de programação específica. Nela você também será a) 100 3 m.
b) 100 m.
c) 124 m.
d) 124 3 m.
p 
c) F(t) 5 50 1 20sen  t  .
 12 
Início 3. (UFPA) Considere o gráfico da função trigonométrica d) F(t) 5 70t2.
Nomeie de (x, y) o ponto inicial
Nomeie de a o deslocamento para a direita
Nomeie de b o deslocamento para cima
Nesse algoritmo, a, b, x, y, x8 e y8 são as variáveis.
convidado a investigar abaixo, no qual F(p) 5 5: e) F(t) 5 t2 1 20.

6. (UFTM-MG) Robô da Nasa anda em Marte: em seu


A seta ó pode indicar que uma variável do algoritmo vai receber um
Crie (x8, y8) valor (um número explicitado no algoritmo, o valor de outra variável
questões e propor ações primeiro “test-drive”, o Curiosity andou 4,5 m, girou
Banco de imagens/Arquivo da editora

Calcule x8 ó x 1 a ou o resultado de um cálculo). Por exemplo, em x8 ó x 1 a, a por 120° e percorreu mais 2,5 m, em 16 minutos.
5
Calcule y8 ó y 1 b variável x8 do algoritmo recebe o valor do cálculo x 1 a. (O Estado de S. Paulo, 24.08.2012.)

que podem auxiliar a


Saída: (x8, y8) A figura esquematiza a trajetória
Banco de imagens/Arquivo da editora

Fim
do robô, contida em um plano,
A 120¡
Usando esse algoritmo, podemos determinar, por exemplo, a translação de um ponto (2, 3) em 3 unida- onde todos os trechos por ele
210 29 28 27 26 25 24 23 22 21 0
des para a direita e 5 unidades para baixo. Acompanhe.
Algoritmo Cálculos correspondentes
Fique atento
Observe que
comunidade em que vive. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 percorridos foram em movi-
mento retilíneo. Suponha que
esse robô retorne ao ponto de
4,5 m
2,5 m
B

Início x52 Interpretando o gráfico, podemos concluir que F(3p) d

Além disso, utilizará as


atribuímos à partida (P), mantendo a mesma
Nomeie de (x, y) o ponto inicial y53 é igual a:
variável a o velocidade média desenvolvida
a) 4. b) 5. c) 6. d) 7. e) 8. P
Nomeie de a o deslocamento para a direita a53 valor 3, pois o anteriormente.
deslocamento
b 5 25 Adotando como valor da raiz quadrada de um núme-

ideias do pensamento
Nomeie de b o deslocamento para cima 4. (Uncisal) Numa praça circular de diâmetro 60 m há um
será para ro decimal o número inteiro mais próximo, é correto
Crie (x8, y8) (x8, y8) passeio que une seus pontos situados mais ao Norte e
a direita, e
mais ao Nordeste. Se desprezarmos sua largura e ado- afirmar que, para ir do ponto B ao ponto P, o robô irá
A variável x8 recebe o valor do cálculo indicado: atribuímos à
tarmos 2 5 1,4, qual é o comprimento aproximado, demorar, aproximadamente:

computacional para analisar


Calcule x8 ó x 1 a variável b o
x8 5 2 1 3 5 5 em metros, desse passeio?
valor 25, pois o a) 9 min 6 s. d) 13 min 12 s.
A variável y8 recebe o valor do cálculo indicado: deslocamento a) 3042 c) 882 e) 360 b) 12 min 6 s. e) 11 min 30 s.
Calcule y8 ó y 1 b será para baixo.
y8 5 3 1 (25) 5 22

Saída: (x8, y8)


Fim
O valor de saída é o valor das variáveis x8 e y8:
(5, 22)
e compreender problemas, 80
b) 1800 d) 552 c) 10 min 40 s.

Assim, o ponto transladado tem coordenadas (5, 22).


2  5 
  ñ  
bem como modelar e
3  22 

111
automatizar resoluções.

6
Sum‡rio

D
L
Capítulo 1: Trigonometria ..................................... 8 Capítulo 2: Matrizes e sistemas lineares .... 84

Trigonometria no triângulo ........................................... 12 Matrizes e transformações geométricas ................... 88


Explorando a semelhança de triângulos ................ 13 Explorando as matrizes ............................................... 89

N
Formalizando o conceito de semelhança Formalizando a definição de matriz ........................ 90
de triângulos .................................................................. 14
Um pouco da história das matrizes ......................... 91
Um pouco da história da Trigonometria ................ 15
Leitura e compreensão .................................................. 94
Formalizando as relações métricas
no triângulo retângulo ................................................ 17 Transformações geométricas .................................... 96

P
Explorando as razões trigonométricas Tecnologias digitais ......................................................... 103
no triângulo retângulo ................................................ 20
Além da sala de aula ....................................................... 111
Formalizando algumas razões
trigonométricas no triângulo retângulo ................. 20 Conexões ............................................................................ 113

Leitura e compreensão .................................................. 25 Sistemas lineares .............................................................. 115


IA
Formalizando a definição de seno Um pouco da história da resolução
e cosseno de ângulos obtusos ................................. 29 dos sistemas de equações ......................................... 116
Funções trigonométricas ................................................ 38 Formalizando o conceito
de sistemas lineares ..................................................... 117
Conceitos trigonométricos básicos
na circunferência ........................................................... 39 Tecnologias digitais ......................................................... 127
Leitura e compreensão .................................................. 43 Escalonamento de sistemas lineares ....................... 132
U

Conexões ............................................................................ 46 Sistemas lineares, matrizes


e determinantes ............................................................ 141
Tecnologias digitais ......................................................... 53
Explorando a ideia de seno e cosseno Vestibulares e Enem ....................................................... 146
de um número real ....................................................... 57
Tabela de razões trigonométricas ................. 148
G

Formalizando a definição de seno e cosseno


de um número real ....................................................... 58
Respostas ....................................................................... 149
A função seno ................................................................ 62
A função cosseno ......................................................... 64 Lista de siglas das atividades
extraídas de provas oficiais .............................. 153
As senoides e os fenômenos periódicos ............... 66
Tecnologias digitais ......................................................... 68 A Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) ....................................................... 154
Leitura e compreensão .................................................. 77
Vestibulares e Enem ....................................................... 80 Referências bibliográficas comentadas ...... 159

7
D
L
N
P
IA

1
CAPÍTULO

U
G

Trigonometria
ck
sto
er
utt
Sh
an/
Ko
Lila

O surfe é um esporte praticado


na superfície da água, geralmente no
mar, e consiste em deslizar nas ondas
em cima de uma prancha.

8
Não escreva no livro.

D
Q
uando vamos à praia em diferentes horários, podemos
perceber a variação do nível do mar, que ocorre devi-
do à maré − fenômeno periódico de elevação e dimi-

L
nuição do nível do mar causado pelas forças de atração exercidas
pela Lua e pelo Sol sobre a Terra.
A Lua exerce mais influência de atração nas águas do mar do que o
Sol, pois, apesar de ele ter aproximadamente 27 milhões de vezes mais
massa do que a Lua, está cerca de 390 vezes mais afastado da Terra.

N
O maior e o menor nível das águas do mar são chamados, respectivamente,
de maré alta e maré baixa. A cada dia, a força gravitacional da Lua, que orbita
ao redor da Terra, atrai as águas e provoca correntes marítimas que geram, em
cada local, 2 marés altas (nas águas que estão na direção da Lua e em oposição
a ela) e 2 marés baixas (nos intervalos entre as marés altas).

P
Porém, como a Terra também está em movimento no Sistema Solar, rotacionando
em torno do próprio eixo, esses ciclos de 2 marés altas e 2 marés baixas não aconte-
cem exatamente a cada 24 horas. Se considerássemos apenas esses fatores e a força
gravitacional da Lua, a medida de intervalo de tempo entre 2 marés altas consecutivas
(ou entre 2 marés baixas consecutivas) seria de 12 horas e 26 minutos. Considerando
IA
que há outros fatores envolvidos, que também influenciam um pouco nas marés, esse
intervalo de tempo pode variar alguns minutos para mais ou para menos a cada ciclo
de marés.
R2 Editorial/Arquivo da editora

atração gravitacional
da Lua

maré baixa
U

04_01_i001_Mat_Dante_1AtO2g21_LE
maré alta
ILUSTRA NOVA. Ilustrar ar�s�ca da Terra
e Lua mostrando variações da maré. Além
Lua Terra
das cotas indicadas, colocar também cota
G

“Polo Norte”

polo norte
maré alta
maré baixa

Representação artística, fora de escala e em cores fantasia, da atração gravitacional


da Lua no nível do mar na Terra, desconsiderando a força gravitacional do Sol.

a) O que você entende por fenômeno periódico?


b) O texto citou três fenômenos periódicos que influenciam o nível do mar. Qual é o
período de repetição de cada um deles? Se necessário, faça uma pesquisa para
responder a essa pergunta.

9
Nas cidades litorâneas, diversas atividades se ajustam em decorrência das marés

D
alta e baixa.
O surfe, por exemplo, é uma prática esportiva que depende do nível do mar e de
outros fatores. Quando a maré está baixa (também chamada de maré seca), a camada
de água é menor e as ondulações têm mais contato com o fundo do mar, possibilitan-
do ondas com melhores formações. Quando a maré está alta (também chamada de

L
maré-cheia), a camada de água é maior e os surfistas afirmam que a onda está “gorda”
e não está tão boa para surfar.
A pesca também é influenciada pelo nível do mar e geralmente apresenta melhores
resultados com maré alta, pois há maior movimentação de todos os seres vivos mari-
nhos. Outros fatores importantes para a pesca durante a maré alta são a baixa inclina-

N
ção do fundo do mar e o fato de haver pouco vento, dificultando a formação de ondas.

Rachaphak/Shutterstock

P
A zona costeira brasileira se estende
por mais de 8 500 km, abrangendo
17 estados. A pesca em águas salgadas
costuma ser feita na areia da praia,
como nesta foto, em costões ou em
IA
alto-mar (pesca embarcada).

O turismo de certas cidades litorâneas brasileiras também se ajusta em decorrência


das marés. Existem praias nas quais o mar forma, durante a maré baixa, o que cha-
mamos de piscinas naturais. Nesses locais, em determinados dias e horários, o nível
do mar fica tão baixo que é possível observar as rochas ou os recifes que geralmente
estão submersos, bem como a vida marinha. Andre Dib/Pulsar Imagens
U

A área de proteção ambiental


Costa dos Corais, no litoral
sul de Pernambuco e litoral
G

norte de Alagoas, atrai muitos


turistas pelas piscinas naturais
que se formam nas marés
baixas. Foto de 2018.

O fenômeno das marés que citamos nessas atividades pode ser modelado, aproxi-
madamente, por fun•›es do tipo trigonomŽtrica, como você estudará neste capítulo.

Sobre o assunto
Para compreender melhor o fenômeno periódico das marés, você pode buscar na internet vídeos que mostram
os movimentos da Terra, da Lua e do Sol e simulam o deslocamento das águas, formando marés alta e baixa nas
diferentes partes da Terra. Veja uma sugestão de vídeo produzido pelo Nexo Jornal.
Como funciona a influência da Lua nas marés. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sYss-N7EnEw.
Acesso em: 30 jun. 2020.

10
CONHEÇA O CAPÍTULO

D
A BNCC
No decorrer do capítulo,
Objetivos favorecemos o desenvolvimento
das competências gerais da
• Reconhecer a semelhança e a congruência de triângulos, bem como as Educação Básica, bem como

L
das competências específicas e
relações métricas em triângulos retângulos. das habilidades de Matemática
• Resolver e elaborar problemas utilizando a semelhança e a congruência e suas Tecnologias e de
outras áreas do conhecimento
de triângulos e as relações métricas em triângulos retângulos. indicadas a seguir. Também
• Explorar e compreender as razões trigonométricas seno, cosseno e tan- estão indicados os temas

N
contemporâneos transversais
gente em triângulos retângulos e as relações entre elas. presentes no capítulo.
• Utilizar a calculadora para determinar o valor exato ou aproximado das Competências gerais: CG01,
CG02, CG05, CG07, CG08.
razões trigonométricas de ângulos agudos.
Competência específica
• Resolver e elaborar problemas aplicando as razões trigonométricas em de Matemática e suas
Tecnologias: CEMAT03.

P
triângulos retângulos.
Habilidades de Matemática
• Compreender a lei dos senos e a lei dos cossenos em triângulos quaisquer. e suas Tecnologias:
• Resolver e elaborar problemas utilizando a lei dos senos e a lei dos cossenos. EM13MAT306, EM13MAT308.
Habilidades de outras
• Explorar situações relacionadas a fenômenos reais periódicos. áreas do conhecimento:
• Compreender conceitos trigonométricos relacionados à circunferência. EM13LGG104, EM13LGG402,
EM13LGG701, EM13LGG703,
IA
• Utilizar tecnologia digital para construir e explorar arcos côngruos. EM13CNT204, EM13CNT301,
EM13CNT302, EM13CNT310,
• Conhecer a definição de seno e cosseno de números reais e as definições EM13CHS106, EM13CHS201.
das funções trigonométricas seno e cosseno. Temas contemporâneos


transversais:
Compreender a representação de fenômenos reais periódicos por fun-
• Ciência e tecnologia;
ções que envolvem seno e cosseno. • Saúde.
• Construir os gráficos de funções trigonométricas no plano cartesiano,
com o uso de tabela de pontos e com o apoio de tecnologia digital.

U

Identificar e comparar características das funções trigonométricas e das


representações gráficas delas.
• Resolver e elaborar problemas relacionados a fenômenos reais periódicos com-
parando com as características das funções trigonométricas seno e cosseno.
G

Justificativa
Trigonometria é a área da Matemática na qual os triângulos e as relações
entre lados e ângulos são estudados, bem como é nela que se investigam
as funções que chamamos de funções trigonométricas. Você já fez alguns
estudos dessa área, envolvendo as medidas de comprimento dos lados de
triângulos retângulos; mas há muito mais a aprender!
As funções trigonométricas são úteis para modelar e analisar fenômenos
reais que se repetem periodicamente, como o movimento de uma roda-
-gigante, que se repete sempre da mesma maneira, ou os ciclos periódicos
de marés alta e baixa em uma praia.

11
Trigonometria no triângulo

D
Não escreva no livro.
Situação 1

Nattaly/Shutterstock

L
Decoração
Uma loja de decoração de interiores tem, em um dos ambientes, um papel
de parede composto de regiões planas brancas e regiões planas pretas limitadas
por triângulos. Elas estão dispostas de modo que, juntas, podem compor outras

N
regiões triangulares maiores. Por exemplo: a medida de comprimento do lado de
2 regiões triangulares pretas pequenas é equivalente à medida de comprimento
do lado de uma região triangular média branca; a medida de comprimento do
lado da região triangular grande branca é equivalente à medida de comprimento
do lado de 3 regiões triangulares pretas.

P
a) Quantas regiões triangulares pretas cabem em uma região triangular média
Papel de parede composto
branca? E em uma região triangular grande branca?
de diferentes regiões planas
b) Junte-se a um colega, observem as composições de regiões triangulares e res- triangulares formando
pondam: Vocês acham que uma região triangular preta e uma região triangular padrões geométricos.

pequena branca têm as mesmas medidas de abertura dos ângulos internos? E


IA
elas têm as mesmas medidas de comprimento dos lados?
c) E como são as medidas de abertura dos ângulos internos de uma região trian-
gular preta e de uma região triangular grande branca?

As imagens não
estão representadas
em proporção
Situação 2
Treliças
U

Treliças são estruturas utilizadas na construção civil para dar sustentação à obra. A tesoura, como a da imagem
a seguir, é um tipo de treliça formada por uma rede de triângulos que, devido à rigidez da estrutura, é usada
para suporte de coberturas, como o telhado de casas.
As medidas de comprimento das vigas de uma tesoura precisam ser calculadas de acordo com cada projeto e
G

com o tipo de telha que será utilizada no telhado. Considere que, em determinado projeto, um arquiteto calculou
que a tesoura de um telhado deveria ter 6 m de medida de comprimento da largura e 0,75 m de medida de com-
primento da altura.
WYM Design/
Arquivo da editora

0,75 m

6m

Para fazer o croqui dessa estrutura, é necessário utilizar conceitos de semelhança Croqui

de triângulos e representar medidas de comprimento proporcionais às reais. Esboço de desenho,


pintura, planta baixa ou
a) Considere um croqui em que a largura dessa tesoura foi representada com medida projeto arquitetônico.
de comprimento de 30 cm. Qual é a relação entre essa medida no desenho e a me-
dida real no telhado? Justifique sua resposta.
b) E qual deve ser a medida de comprimento da altura da tesoura nesse croqui? Justi-
fique sua resposta.

12
D
Situação 3
Dotta2/Arquivo da editora

Esquadro
Você se lembra do teorema de Pitágoras? Trata-se de um teorema

L
muito importante, que é utilizado em várias áreas de estudo, além da
Matemática, e cujo nome homenageia o filósofo e matemático grego
Pitágoras de Samos (c. 570 a.C.-c. 495 a.C.). Ele relaciona as medidas de O esquadro é um
comprimento dos lados de um triângulo retângulo: o quadrado da me- instrumento muito
usado na Engenharia
dida de comprimento do maior lado (a hipotenusa) é igual à soma dos

N
e na Arquitetura para
quadrados das medidas de comprimento dos outros lados (os catetos). traçar retas paralelas e
retas perpendiculares.
Fique atento Ele também pode
Lembre-se de que, em um triângulo retângulo, o maior lado (que é oposto ao ângulo reto) é ser usado para medir
chamado de hipotenusa, os outros dois lados (que são perpendiculares entre si) são chamados comprimentos e

P
de catetos, e os ângulos agudos são complementares (a soma das medidas de abertura é 90°). traçar alguns ângulos.
Este esquadro tem a
forma de um triângulo
a) Considere um triângulo retângulo cujos lados têm medidas de comprimento a, b e retângulo (triângulo
c, sendo a a maior medida. Escreva no caderno a relação entre essas medidas de que tem um dos
comprimento usando o teorema de Pitágoras. ângulos internos com
medida de abertura
b) Considere um esquadro como o da foto, cujos lados menores têm medidas de com-
IA
de 90°).
primento de 15 cm e 20 cm. Utilizando o teorema de Pitágoras, determine a medida
de comprimento do maior lado desse esquadro.

Explorando a semelhan•a de tri‰ngulos


Todas as situações citadas nesta página e na anterior envolvem uma mesma figura
geométrica plana: o triângulo.
U

Vamos retomar alguns conhecimentos que você já deve ter visto sobre essa figura
e aprofundar o estudo.

Explore para descobrir Não escreva no livro.

Observe os triângulos ABC e MNO a seguir, nos quais estão indicados os pares de ângulos congruentes desses triângulos.
G

12,9 cm Fique atento


Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora

A C
O Lembre-se de
15 cm
que dois ângulos
N
9,6 cm são congruentes
18 cm 10,75 cm quando têm a
8 cm mesma medida
de abertura.
M
B

a) Qual é a razão entre as medidas de comprimento dos lados AB e MN ?

b) Qual é a razão entre as medidas de comprimento dos lados AC e MO ?

c) E qual é a razão entre as medidas de comprimento dos lados BC e NO ?

d) As razões que você calculou são todas iguais? O que você pode concluir sobre os triângulos ABC e MNO?

13
Formalizando o conceito de Não escreva no livro.

D
semelhança de triângulos
Os triângulos ABC e MNO da página anterior são semelhantes. Veja a definição de
semelhança de triângulos.

L
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os ângulos correspondentes
(homólogos) são congruentes e os lados correspondentes (homólogos) têm
medidas de comprimento proporcionais.

N
Observe os triângulos ABC e A8B8C8.

A
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

A8

P
c b b8
c8 No triângulo ABC, a é a medida de
comprimento do lado BC ,
b é a medida de comprimento
do lado AC e c é a medida de
B a C B8 a8 C8 comprimento do lado AB.
IA
Esses triângulos são semelhantes, pois satisfazem todas as condições da definição. Fique atento
Veja como indicamos.
O símbolo á
A µ µ
 à A8 significa

nABC á nA8B8C8 ^  B $àBµ8 e a 5 b 5 c 5 k (razão de semelhança) “semelhante”,
 a8 b8 c8 o símbolo ^
Cµ µ
 à C8 significa “se, e
somente se”, e o
A razão de semelhança dos triângulos corresponde à razão das medidas de com- símbolo à significa
U

primento de dois lados homólogos quaisquer dos triângulos. “congruente”.

Se dois triângulos são semelhantes com razão de semelhança k, então quaisquer


outros elementos lineares homólogos desses triângulos também têm medidas de
comprimento proporcionais com razão k.
G

A A8 Reflita
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

Qual é a razão de
semelhança dos
h8 c8 b8
h c b triângulos ABC e
MNO da página
anterior?
B8 a8 C8

B a C

a b c h a1b1c
nABC á nA8B8C8 ^ 5 5 5 5 5k
a8 b8 c8 h8 a8 1 b8 1 c8

Fique atento
Quando a razão de semelhança de dois triângulos é k 5 1, dizemos que, além de semelhantes,
eles também são congruentes. Nesse caso, além dos três ângulos correspondentes (homólogos)
serem congruentes, os três lados correspondentes (homólogos) também são congruentes entre si.

14
Para saber se dois triângulos são semelhantes, não precisamos verificar sempre os Fique atento

D
três pares de ângulos homólogos e os três pares de lados homólogos. Podemos veri- Você já estudou
ficar apenas alguns dos elementos, escolhidos convenientemente, conforme os casos os casos de
de semelhança de triângulos. semelhança de
triângulos no Ensino
1º caso: AA (ângulo, ângulo) 2º caso: LLL (lado, lado, lado) Fundamental.
Relembre-os

L
Se dois triângulos têm dois ângulos homólogos Se dois triângulos têm os três lados
respectivamente congruentes, então eles são homólogos com medidas de comprimento e pesquise a
semelhantes. proporcionais, então eles são semelhantes. demonstração de
cada um deles.
A A

Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora


A8 A8

N
c b
c8 b8

B C B8 C8
B a C B8 a8 C8
µàA µ8
A  a b c

P
 ~ nABC á nA8B8C8 5 5 ~ nABC á nA8B8C8
$ µ
B à B8  a8 b8 c8

3º caso: LAL (lado, ângulo, lado)


Se dois triângulos têm dois lados homólogos com medidas de comprimento proporcionais, e os ângulos
compreendidos entre esses pares de lados são congruentes, então os triângulos são semelhantes.
IA
Ilustrações: Banco de imagens/
Arquivo da editora

A
A8
$àB µ8 
c
B 
b c8 c a  ~ nABC á nA8B8C8
b8 5 
c8 a8 
B a C B8 a8 C8

Um pouco da história da Trigonometria


U

No estudo da Trigonometria (do grego trigónos 1 métron, que significa “medida


dos triângulos”), o conceito de proporcionalidade é central e foi um dos conhecimen-
tos geométricos mais úteis ao longo dos séculos.
Usando semelhança de triângulos, o astrônomo e matemático grego Aristarco de
G

Samos (310 a.C.-230 a.C.) comparou as medidas de distância entre a Terra e o Sol e
entre a Terra e a Lua (veja mais sobre isso na página 25). Com esse mesmo conheci-
mento, matemáticos árabes estabeleceram as razões trigonométricas.
De Agostini Picture Library/Album/
Fotoarena/Museu Nacional Romano,
Roma. Itália.

O filósofo, matemático, engenheiro e astrônomo grego Tales de Mileto (624 a.C.-


-547 a.C.), considerado um dos mais versáteis gênios da Antiguidade, levou para a Gré-
cia os conhecimentos geométricos desenvolvidos pelos egípcios e começou a aplicar a
eles os procedimentos da Filosofia grega. Com o método de comparar sombras, atual-
mente conhecido como teorema de Tales, realizou muitos cálculos até então inéditos.
O mais famoso deles foi o método para obter a medida de distâncias inacessíveis.
Uma das aplicações mais conhecidas do método que Tales desenvolveu é a deter-
Busto de Tales de
minação da medida de comprimento da altura de uma pirâmide pela sombra que ela
Mileto no museu
projeta no solo. Nacional Romano
Fontes de consulta: BOYER, Carl C. História da Matemática. São Paulo: (Itália).
Blucher, 2012. ROSA, Carlos Augusto de Proença. História da ciência:
da Antiguidade ao Renascimento científico. 2. ed. Brasília-DF: Funag, 2012.

15
Atividades Não escreva no livro.

D
1. Junte-se a três colegas e pesquisem o método que Ta- 6. Considerando o

Dam d'Souza/Arquivo da editora


As imagens não
estão representadas
les utilizou, de acordo com o historiador e filósofo gre- método usado na em proporção

go Plutarco (c. séc. I), para calcular a medida de compri- atividade anterior,
mento da altura de uma pirâmide utilizando a sombra usando um modelo
que ela projeta. de triângulo retân-

L
gulo isósceles de
2. Considere os triângulos isósceles ABC e DEF, de bases
papel, determine a
$ à E.
BC e EF , tal que B $ Com um colega, verifiquem
medida de compri-
que esses triângulos são semelhantes. mento da altura do
180 cm
A mastro da bandeira
Banco de imagens/Arquivo da editora

3. A figura ao lado 300 cm

N
mostra um qua- do esboço ao lado.
16 2 x
drado PQSR ins-
crito em um triân- P x 7. Junte-se a três colegas para realizar esta atividade.
Q
16
gulo ABC. Sendo a) Usem o método da atividade 5 e determinem as
BC 5 24 cm e a al- x x medidas de comprimento de algumas alturas (casa,
tura relativa a essa

P
edifício, poste, árvore, etc.). Organizem em uma ta-
base com medida B x bela o nome do objeto, as medidas obtidas experi-
R S C
de comprimento 24 mentalmente e a medida calculada.
de 16 cm, calcule b) Agora, escolham um dos objetos e elaborem um
a medida de comprimento do lado desse quadrado. problema para que outro grupo calcule a medida de
4. Retome as situações 1 e 2 da página 12. comprimento da altura do objeto. Fiquem atentos
a todos os dados que vocês precisam informar no
a) Na situação 1, as regiões planas são limitadas por
IA
enunciado e, se julgarem necessário, façam no ca-
triângulos. Observe as respostas que você deu ao
derno um esboço da situação.
item b e responda: Os triângulos que determinam
uma região triangular preta e uma região triangular 8. A medida de comprimento da altura de uma árvore é de
pequena branca são semelhantes? Se sim, qual é a 10 m, a medida de distância entre ela e o observador é
razão de semelhança deles, nessa ordem? de 50 m, e a medida de distância entre a árvore e uma
torre é de 70 m. Considerando que o olho do observa-
b) E os triângulos que determinam uma região trian-
dor, o topo da árvore e o topo da torre estão alinhados,
gular preta e uma região triangular grande branca
qual é a medida de comprimento da altura da torre?
são semelhantes? Se sim, qual é a razão de seme-
lhança deles, nessa ordem?

Dam d'Souza/
Arquivo da editora
U

c) Na situação 2, a tesoura do telhado tem o formato


de triângulo. Quais seriam as medidas das dimen- 10 m
sões do desenho no croqui, em centímetros, se a ra- M
O 50 m A 70 m
3
zão de semelhança com as medidas reais fosse ?
50 9. Outra maneira de calcular medidas de comprimento
5. A semelhança de triângulos pode ser usada para deter-
G

inacessíveis é usando a sombra de objetos, pois, como


minar medidas de comprimento inacessíveis, como a da
os raios solares incidem paralelamente entre si, eles
altura em que se encontra uma cesta de basquete oficial,
geram sombras com medidas de comprimento propor-
Dam d'Souza/Arquivo da editora

em relação ao piso da quadra. E


cionais às dos objetos.
Observe o esboço Por exemplo,
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

da situação e, con- veja nas imagens


siderando o uso F uma vareta finca-
de um modelo de da no chão e as
triângulo retângulo D sombras geradas
isósceles DGF, fei- pelos raios sola-
G C
to de papel, com res na vareta e
o lado DG paralelo no prédio e cal-
ao chão, determine cule a medida de
a medida de com- 175 cm comprimento da 1,2 m
primento da altura altura do prédio.
dessa cesta.
130 cm 0,3 m 4m
A B

16
Formalizando as relações métricas

D
no triângulo retângulo
Utilizando a semelhança de triângulos, podemos obter as relações métricas no triân-
gulo retângulo: fórmulas que relacionam as medidas de comprimento dos lados e das
alturas do triângulo retângulo.

L
A altura relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo ABC o divide em dois triân-
gulos retângulos semelhantes a ele e semelhantes entre si. Observe.
A A A

Ilustrações: Banco de imagens/


Arquivo da editora
N
a
b
b b
c h c
h h

a b a b
B D C B m D D n C
a

P
Como os três triângulos têm todos os ângulos internos congruentes, eles são se-
melhantes pelo caso AA. Assim:
nABC á nDBA á nDAC
Fique atento
Lembre-se de algumas nomenclaturas dos triângulos retângulos, considerando o triângulo ABC acima.
IA
Ao traçarmos a altura AD, perpendicular à hipotenusa BC, ficam definidos os seguintes elementos:
• AD é a altura relativa à hipotenusa (e tem medida de comprimento h);
Fique atento
• BD é a projeção ortogonal do cateto AB sobre a hipotenusa (e tem medida de comprimento m);
• CD é a projeção ortogonal do cateto AC sobre a hipotenusa (e tem medida de comprimento n). As fórmulas
c2 5 am e b2 5 an
relacionam os
Da semelhança dos triângulos ABC e DBA, estabelecemos uma relação métrica: mesmos elementos
AB DB c m nos triângulos DBA
5 ~ 5 ~ c 2 5 am
BC BA a c e DAC. Podemos
U

Da semelhança dos triângulos ABC e DAC, temos: generalizá-las


assim: em um
AB DA c h
5 ~ 5 ~ ah 5 bc triângulo retângulo,
BC AC a b o quadrado
AC DC b n da medida de
5 ~ 5 ~ b2 5 an
BC AC a b comprimento
G

de um cateto é
Da semelhança dos triângulos DBA e DAC, segue que: igual ao produto
DA DC h n das medidas de
5 ~ 5 ~ h2 5 mn
DB DA m h comprimento da
hipotenusa e da
Somando membro a membro as relações c2 5 am e b2 5 an, obtemos: projeção ortogonal
b2 1 c2 5 am 1 an ~ b2 1 c2 5 a(m 1F
E55 n) ~ b2 1 c2 5 a2 desse cateto.
a
VSenturk/Shutterstock

A relação métrica b 1 c 5 a é conhecida como teorema de Pitá-


2 2 2

goras: em um triângulo retângulo, o quadrado da medida de compri-


mento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas de
comprimento dos catetos.

Monumento em homenagem
a Pitágoras, na ilha de Samos
(Grécia). Foto de 2018.

17
Atividades resolvidas

D
1. Calcule o valor de x em cada figura.

Ilustrações: Banco de imagens/


Arquivo da editora
a) b) c)
x
2 3 8
6 x

L
x
5
4 a

Resolução
a) Usando a relação métrica c2 5 am, obtemos:

N
22 5 4x ~ 4 5 4x ~ x 5 1
b) Pelo teorema de Pitágoras, obtemos:
32 1 x2 5 52 ~ 9 1 x2 5 25 ~ x2 5 16 ~ x 5 4 (Consideramos apenas o valor positivo, pois a medida de
comprimento x não pode ser negativa.)
c) Pelo teorema de Pitágoras, calculamos inicialmente a medida de comprimento a:

P
a2 5 62 1 82 ~ a2 5 100 ~ a 5 10 (a também não pode ser negativo)
Agora, pela relação métrica ah 5 bc, obtemos: 10x 5 6 ? 8 ~ x 5 4,8
2. Uma rodovia cruza uma hidrovia perpendicularmente por meio de uma ponte. Ambas podem ser considera-
das retilíneas. No mesmo instante em que um carro cruza a ponte, a uma medida de velocidade constante de
100 km/h, uma barcaça passa sob a ponte a 60 km/h e prossegue a viagem a essa velocidade. Após 15 minutos,
qual será a medida de distância aproximada entre o automóvel e a barcaça supondo que ambos estejam no
IA
mesmo plano horizontal?

Resolução

Banco de imagens/Arquivo da editora


A medida de velocidade constante do carro é 100 km/h; logo, em 15 minutos ele terá per-
corrido 25 km. Por sua vez, a barcaça está a 60 km/h; logo, ela terá percorrido 15 km nesses
d 25
15 minutos.
Então, temos ao lado um esboço da situação, em que d pode ser calculado pelo teorema de
Pitágoras:
d 2 5 152 1 252 5 225 1 625 5 850 ~ d 5 5 34 (d não pode ser negativo) 15
U

Portanto, usando uma calculadora, determinamos que a medida de distância entre o automóvel e a barcaça
será de aproximadamente 29,15 km.

Atividades Não escreva no livro.


G

10. Determine o valor de x, y, z e w neste triângulo retângulo. 12. Calcule os valores de c, r, x e y indicados no triângulo.
Banco de imagens/
Arquivo da editora
Banco de imagens/
Arquivo da editora

x 12
y 3 2
c 7
w z
15
y x
11. Calcule as medidas de comprimento b, c e h indicadas
r
no triângulo retângulo a seguir.
A 13. Em um triângulo retângulo, a razão entre as medidas
de comprimento das projeções ortogonais dos catetos
Banco de imagens/
Arquivo da editora

c b
h 9
sobre a hipotenusa é . Sabendo que a hipotenusa
16
B C tem medida de comprimento de 10 cm, calcule as me-
5 15
a didas de comprimento dos catetos.

18
Não escreva no livro.

14. Durante um treinamento, dois atletas partem de uma 17. (Enem) Para decorar uma mesa de festa infantil, um

D
mesma cidade em direção reta: um em sentido leste chefe de cozinha usará um melão esférico com diâmetro
e o outro em sentido norte. Determine a medida de medindo 10 cm, o qual servirá de suporte para espe-
distância entre eles depois de 2 horas sabendo que tar diversos doces. Ele irá retirar uma calota esférica do
correm com medida de velocidade constante de melão, conforme ilustra a figura, e, para garantir a esta-
20 km/h e 25 km/h, respectivamente. bilidade deste suporte, dificultando que o melão role

L
sobre a mesa, o chefe fará o corte de modo que o raio
15. (Enem) A unidade de medida utilizada para anunciar o
r da seção circular de corte seja de pelo menos 3 cm.
tamanho das telas de televisores no Brasil é a polega-
Por outro lado, o chefe desejará dispor da maior área
da, que corresponde a 2,54 cm. [...] Dizer que a tela de
possível da região em que serão afixados os doces.
uma TV tem x polegadas significa que a diagonal do

Reprodução/Enem, 2017.
retângulo que representa sua tela mede x polegadas,

N
conforme ilustração.

Reprodução/Enem, 2019.
x

O administrador de um museu recebeu uma TV con-


vencional de 20 polegadas, que tem como razão do
comprimento (C ) pela altura (A) a proporção 4 : 3, e P Para atingir todos os seus objetivos, o chefe deverá
cortar a calota do melão numa altura h, em centíme-
tro, igual a:
IA
precisa calcular o comprimento (C ) dessa TV a fim de 91
a) 5 2 . d) 4.
colocá-la em uma estante para exposição. 2
b) 10 2 91. e) 5.
A tela dessa TV tem medida do comprimento C, em
centímetro, igual a: c) 1.
a) 12,00. c) 30,48. e) 50,80.
18. (UFGD-MS) O esquadrejamento ou ato de colocar no
b) 16,00. d) 40,64. esquadro, na construção civil, é a verificação das me-
didas dos alicerces, paredes ou de qualquer parte em
16. O hexafluoreto de enxofre é um gás sintético formado
que seja necessário obter um ângulo reto, com o obje-
por 6 átomos de flúor e um átomo de enxofre e é um
tivo de garantir a perpendicularidade e o paralelismo
U

ótimo isolante elétrico. Também é um gás 5 vezes mais


da obra, evitando uma edificação defeituosa. Muitos
denso do que o ar e, por isso, ao ser inalado, gera o
construtores realizam esse procedimento com o uso
efeito de tornar a voz mais grave (efeito contrário ao
de marcações e medidas utilizando as relações do tri-
do gás hélio, que deixa a voz mais fina). A geometria
ângulo retângulo, na parte da obra em que se deseja
molecular dessa substância é octaédrica, com o átomo
verificar o esquadro.
de enxofre localizado no centro da estrutura e ângulos
G

de ligação com medida de abertura de 90¡. Considerando isso e que as sequências das medições
Supondo que a medida de dadas nas alternativas são todas referentes a lados de
R2 Editorial/Arquivo da editora

distância entre o átomo de um triângulo, [indique no caderno] a alternativa com


enxofre e qualquer átomo as medidas que indicam o esquadrejamento correto
de flúor seja de 150 pm, na construção de um alicerce.
qual é a medida de distân- a) 20 cm, 30 cm e 40 cm.
cia entre quaisquer 2 áto- b) 20 cm, 40 cm e 50 cm.
mos de flúor que não sejam Estrutura idealizada do
c) 35 cm, 45 cm e 70 cm.
opostos ao átomo de enxo- hexafluoreto de enxofre.
d) 60 cm, 80 cm e 120 cm.
fre? Use 2 â 1,41.
e) 90 cm, 120 cm e 150 cm.
Fique atento 19. Escolha uma situação real que possa ser representada
O picômetro (pm) é uma unidade de medida de por um triângulo retângulo e elabore um problema que
comprimento que equivale à bilionésima parte do possa ser resolvido usando uma ou mais relações métri-
milímetro (1 pm 5 1029 mm 5 10212 m), muito usada cas estudadas. Em seguida, peça a um colega que o re-
para medir dimensões atômicas. solva enquanto você soluciona o problema que ele criou.

19
Explorando as razões trigonométricas no

D
triângulo retângulo
Já estudamos como a proporcionalidade das medidas de comprimento dos lados homólogos de triângu-
los semelhantes possibilita a obtenção de medidas de comprimento inacessíveis.
No exemplo dado com a cesta de basquete, na atividade 5, usamos um modelo de triângulo retângulo

L
isósceles feito de papel. Veremos a seguir que é possível usar qualquer triângulo retângulo para determinar
a altura da cesta sem precisar construir um modelo de papel. Para isso, basta saber a medida de abertura de
um dos ângulos agudos do triângulo retângulo e, então, usar as razões trigonométricas adequadas.

N
Explore para descobrir Não escreva no livro.

WYM Design/Arquivo da editora


Considere os quatro triângulos retângulos representados ao
lado.

1. Esses triângulos são semelhantes? Justifique sua resposta.

P
2. Considere as medidas de comprimento dos lados desses 6m
triângulos retângulos.
4m
a) Calcule a medida de comprimento da hipotenusa de 2m
cada triângulo. 1m
medida de comprimento da altura
b) Calcule a razão 2m 2m 4m 4m
medida de comprimento da hipotenusa
IA
em cada triângulo. Fique atento
medida de comprimento da base
c) Calcule a razão em cada triângulo. Quando necessário,
medida de comprimento da hipotenusa
indique as respostas
medida de comprimento da altura usando raízes
d) Calcule a razão em cada triângulo.
medida de comprimento da base quadradas.

3. O que você percebeu nas razões que calculou?

As razões que você calculou na atividade 2 do Explore para descobrir são razões trigonométricas, que
U

definiremos a seguir.

Formalizando algumas razões trigonométricas


no triângulo retângulo
G

Definição de seno, cosseno e tangente usando semelhança


A
de triângulos
Banco de imagens/Arquivo da editora

G
µ com m(AOB µ
Considere um ângulo agudo AOB uuur ) 5 u (0° < u < 90°). E
A partir dos pontos C, E, G, » da semirreta OA , traçamos os segmen-
uuur
tos de reta CD, EF , GH , », perpendiculares à semirreta OB . C
Pelo caso AA de semelhança de triângulos, temos que os triângulos
OCD, OEF, OGH, » formados são semelhantes. Então, podemos escrever: u
O
D F H B
CD EF GH
5 5 5 » (constante)
OC OE OG Fique atento
Essas razões dependem apenas do ângulo (ou seja, não depen-
Para representar a medida de abertura de um
dem do triângulo retângulo considerado). Elas são chamadas de ângulo, é comum o uso de letras minúsculas
seno do ângulo AOBµ , ou seno de u. do alfabeto grego, como u, a, b, etc.

20
Assim, considerando apenas o triângulo OCD, escrevemos: Fique atento

D
CD medida de comprimento do cateto oposto a u O lado CD do
sen u 5 5 , para 0° < u < 90°
OC medida de comprimento da hipotenusa triângulo OCD é o
cateto oposto ao
De modo análogo, da semelhança dos demais triângulos, obtemos as razões: ângulo interno O µ,

OD OF OH CD EF GH que tem medida

L
5 5 5 » (constante) 5 5 5 » (constante) de abertura u.
OC OE OG OD OF OH
Para simplificar a
Essas razões também dependem apenas do ângulo e são chamadas, respectiva- linguagem, dizemos
mente, de cosseno de u e tangente de u: que CD é o cateto
oposto a u.
OD medida de comprimento do cateto adjacente a u

N
cos u 5 5 , para 0° < u < 90°
OC medida de comprimento da hipotenusa

CD medida de comprimento do cateto oposto a u


tan u 5 5 , para 0° < u < 90°
OD medida de comprimento do cateto adjacente a u

P
CD OD CD
As razões sen u 5 , cos u 5 e tan u 5 são chamadas razões
OC OC OD
trigonométricas em relação ao ângulo agudo considerado.
Como citamos, as razões trigonométricas dependem apenas do ângulo agudo, e
não do triângulo retângulo considerado. Vamos provar isso.
Considere os triângulos ABC e
IA
C8

Ilustrações: Banco de imagens/


Arquivo da editora
A8B8C8, retângulos em A e A8, que
têm um par de ângulos agudos con- C a8
b8
gruentes (por exemplo, B $àB µ8 ). a
b
Nesse caso, os triângulos são seme-
lhantes pelo caso AA, pois B$àB µ8 e A c B
A8 c8 B8
µ µ
A à A8 (são ângulos retos).
Da semelhança desses triângulos, temos:
U

b a b b8 c a c c8 b c b b8
5 ~ 5 5 ~ 5 5 ~ 5
b8 a8 a a8 c8 a8 a a8 b8 c8 c c8
Além disso, das razões trigonométricas no nABC, temos:
$5 b
sen B $5 c
cos B $5 b
tan B
a a c
G

E das razões trigonométricas no nA8B8C8, temos:


µ8 5 b8
sen B µ8 5 c8
cos B µ8 5 b8
tan B
a8 a8 c8
$ 5 sen B
Portanto, sen B $ 5 cos B
µ8, cos B $ 5 tan B
µ8 e tan B µ8 . Como B
$àB
µ8 , concluímos
que o seno, o cosseno e a tangente dizem respeito apenas ao ângulo agudo, e não ao
triângulo considerado.

Reflita
C
Considere um triângulo retângulo no qual um dos ângulos
WYM Design/Arquivo da editora

agudos tem medida de abertura u.


Junto com um colega, justifiquem no caderno cada hipotenusa
cateto oposto a u
afirmação a seguir.
• sen u é um número entre 0 e 1. u
• cos u é um número entre 0 e 1. B
cateto adjacente a u
A
• tan u é um número maior do que 0.
21
Relações entre seno, cosseno e tangente Fique atento

D
Usamos a notação sen2 a
As razões trigonométricas seno, cosseno e tangente de um mesmo ângulo se
para indicar (sen a)2.
relacionam de várias maneiras, como veremos a seguir.

• Relação fundamental do triângulo retângulo: sen2 a 1 cos2 a 5 1, para 0° < a < 90°.
Acompanhe a demonstração. C

Banco de imagens/Arquivo da editora


L
Considere um ângulo de vértice B e medida de abertura a e um triângulo
ABC, retângulo em A. a
Verificamos o que acontece com a relação sen a 1 cos a usando as defini-
2 2 b

ções dessas razões trigonométricas e lembrando que, do teorema de Pitágo- a

N
ras, temos a2 5 b2 1 c2.
B c A
2
c 
2
b  b2 1 c 2 a2
sen2 a 1 cos2 a 5   1   5 5 2 51
a a a 2
a
Portanto, sen2 a 1 cos2 a 5 1, para 0° < a < 90°.
sen a

P
• tan a 5
cos a
, para 0° < a < 90°.

Observe a demonstração dessa relação, considerando novamen- Fique atento


te o triângulo ABC acima, retângulo em A, com um dos ângulos Também podemos fazer:
agudos com medida de abertura a. b
tan a 5 ¯dividimos ambos os termos
Usando as definições dessas razões trigonométricas, obtemos: c
IA
b b
da razão por a, com a = 0˘
sen a b c
5 a 5 5 tan a. b
cos a c c
sen a
a tan a 5 a 5
sen a c cos a
Portanto, tan a 5 , para 0° < a < 90°. a
cos a
• Seno, cosseno e tangente em ângulos complementares: Se dois ângulos agudos são complementares,
então o seno de um ângulo é igual ao cosseno do ângulo complementar e a tangente de um ângulo é
igual ao inverso da tangente do ângulo complementar.
U

1
sen a 5 cos b, cos a 5 sen b e tan a 5 , para 0° < a < 90°, 0° < b < 90° e a 1 b 5 90°.
tan b

Acompanhe a demonstração para um triângulo ABC, retângulo em A e com ân- C


Banco de imagens/
Arquivo da editora
G

gulos agudos complementares, com medidas de abertura a e b. b


Aplicando as definições de seno, cosseno e tangente nesse triângulo, temos: a b
b
sen a 5 5 cos b; portanto sen a 5 cos b. a
a B c A
c
cos a 5 5 sen b; portanto cos a 5 sen b.
a
c 1 1 1
tan a 5 5 5 5 sen b; portanto tan a 5 .
b b tan b tan b
c
Observações
• Das duas primeiras relações, surgiu o nome cosseno como “seno do complemento”.
• Com essas relações, sempre que conhecermos as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente de um
ângulo agudo, passamos a conhecer imediatamente as razões trigonométricas do ângulo complementar.
1 1
Por exemplo, sabendo que sen 30° 5 , passamos a saber que cos 60° 5 , pois 30° e 60° são medidas
2 2
de abertura de ângulos complementares.

22
Atividades Não escreva no livro.

D
20. Examine o triângulo retângulo e calcule o valor de 28. Nesta atividade, você e um colega vão construir uma
cada razão trigonométrica. tabela de valores muito importantes.

Banco de imagens/
Arquivo da editora
a) Inicialmente, calculem sen 45°, cos 45° e tan 45° utili-
b
zando o triângulo retângulo obtido de um quadrado.
9 15

L
L
a

Banco de imagens/
Arquivo da editora
12 L 2 L 2
L L L
a) sen a c) tan a e) cos b
45° 45°
b) cos a d) sen b f) tan b

N
L L
21. Os resultados que você obteve na atividade anterior são b) Calculem sen 30°, cos 30° e tan 30° utilizando o triân-
coerentes com as afirmações do Reflita da página 21? gulo retângulo obtido de um triângulo equilátero.
22. Considere o triângulo retângulo representado a seguir.

Banco de imagens/
Arquivo da editora
A y
B
Banco de imagens/
Arquivo da editora

b L 30° L 30° L

P
L 3 L 3
2 2
z
x
u L L L
2 2 2
C
c) Agora, calculem sen 60°, cos 60° e tan 60° utilizan-
a) Qual é o valor da soma b 1 u?
do o mesmo triângulo retângulo do item b. Lem-
IA
b) Indique as razões correspondentes a sen b, cos b, brem-se de que 30° e 60° são medidas de abertura
tan b, sen u, cos u e tan u. de ângulos complementares.
23. Em um triângulo EFG, que é retângulo em E, temos d) Copiem esta tabela no caderno e completem-na
com os valores que vocês encontraram.
$ 5 5 , cos F
sen F $ 5 11 e tan F $ 5 5 11 . Junte-se a
6 6 11 Medida de abertura sen cos tan
um colega para realizar os itens a seguir. Se necessário,
30°
desenhem no caderno o triângulo EFG.
µ , cos G
a) Calculem sen G µ e tan G
µ. 45°
U

b) Se a hipotenusa do nEFG tem medida de compri-


60°
mento de 30 cm, então qual é a medida de com-
primento de cada cateto?
e) Copiem novamente a tabela do item d no cader-
c) Calculem o valor de cada expressão. no e, utilizando uma calculadora ou uma planilha
• (sen F$)2 1 (cos F$)2 • sen2 Gµ 1 cos2 Gµ eletrônica, calculem o valor de cada razão e o re-
G

$ µ
sen G gistrem na tabela na forma decimal. Se necessário,
sen F
• cos F$ • µ
cos G
façam aproximações para 3 casas decimais.

24. Neste triângulo retângulo, temos cos a 5


12 . Fique atento
13
• Em um triângulo retângulo com ângulos de medidas de
Banco de imagens/
Arquivo da editora

x abertura de 90°, 45° e 45°, os catetos são congruentes.


5
a
• Em um triângulo retângulo com ângulos de medidas de
abertura de 90°, 60° e 30°, a medida de comprimento do
a) Calcule sen a e tan a. cateto menor (oposto ao ângulo de medida de abertura de
30°) é a metade da medida de comprimento da hipotenusa.
b) Determine a medida de comprimento da hipotenusa.
1 29. Novamente com um colega, usem transferidor e régua
25. Se tan a 5 , com 0° < a < 90°, então qual é o valor
3 para construir um triângulo retângulo que tenha um
de sen a?
4 ângulo interno com medida de abertura de 40°. Me-
26. Sabendo que sen a 5 , com 0° < a < 90°, qual é o çam o comprimento dos lados do triângulo que vocês
5
valor de cos a? construíram e, em seguida, calculem sen 40°, cos 40° e
1 tan 40°, com aproximação de 3 casas decimais.
27. Qual é o valor de tan a se cos a 5 e 0° < a < 90°?
4

23
Cálculo do valor das razões trigonométricas

D
de ângulos agudos
Na atividade 28 da página anterior, você e um colega calcularam os valores do
seno, do cosseno e da tangente de ângulos com medidas de abertura de 30°, 45° e
60°.

L
Razões trigonométricas
Fique atento
Medida de abertura sen cos tan
Ângulos com essas medidas
1 3 3 de abertura são comumente
30°

N
2 2 3 chamados de ‰ngulos not‡veis,
2 2 ou seja, ângulos que merecem
45° 1
2 2 atenção especial.
3 1
60° 3
2 2

P
Observe, nessa tabela, que a sequência de valores da coluna do seno aparece in-
vertida na coluna do cosseno. Isso ocorre porque 30° e 60° são medidas de abertura
de ângulos complementares, e 45° é complementar de si mesmo. Observe também
como os valores da coluna da tangente equivalem à razão dos valores do seno e do
sen a
cosseno, pois tan a 5 , para 0° < a < 90°.
cos a
IA

mirbasar/Shutterstock
Muitas vezes, para resolver problemas com triângulos retân-
gulos, precisamos conhecer o seno, o cosseno ou a tangente
de 30°, 45° e 60° ou de outros ângulos agudos. Para determinar
esses valores, podemos utilizar uma calculadora científica (físi-
ca, no smartphone, no computador ou on-line) ou consultar uma
tabela de razões trigonométricas com medidas de abertura de
ângulos de um em um grau, de 1° a 89°. Veja a seguir alguns
exemplos de cálculos e, na página 148, compare com os valores
U

na tabela de razões trigonométricas (que apresenta valores exa-


tos e valores aproximados com 3 casas decimais).
a) sen 50°
Com uma calculadora: Detalhe de uma calculadora científica.
Ilustrações:
WYM Design/
Arquivo da editora
G

sen 5 0 5 0.76604444311

b) cos 20°
Com uma calculadora:
cos 2 0 5 0.93969262078

c) tan 35°
Com uma calculadora:

tan 3 5 5 0.70020753821

Fique atento
Observe se a calculadora científica está aceitando valores em graus e,
se necessário, ajuste-a para essa unidade de medida.

24
Não escreva no livro.

Leitura e compreensão

D
Aristarco e as medidas de distância entre a Terra e o Sol
e entre a Terra e a Lua

L
Desde a Antiguidade as pessoas têm curiosidade de saber o quão distantes da Terra estão o Sol e a Lua.
Nos eclipses solares o disco lunar encobre o Sol, o que nos leva à conclusão de que o Sol está muito mais
distante da Terra do que a Lua. Porém, quantas vezes mais distante? Para tentar responder a essa pergunta,
Aristarco de Samos teve algumas boas ideias.
Aristarco observou a Lua nos momentos em que ela está metade iluminada e metade escura, ou seja, nas

N
posições de quarto minguante e quarto crescente. A imagem abaixo mostra o Sol (ponto S ), a Terra (ponto T )
e a Lua (ponto L), representados com dimensões e órbitas sem proporção, com fins meramente ilustrativos.
Imaginando, na imagem ao lado,
que a Lua gire em torno da Terra no sen- L
tido horário, a posição L indica o quarto

P
Paulo Manzi/
Arquivo da editora
minguante, e, nesse momento, o ângu- DL
$ é reto. Na posição L8, simétrica
lo TLS S a
sur u T
de L em relação à reta ST , a Lua está DS
em quarto crescente e o ângulo TLµ8S é
também reto. Ocorre que a medida de
L8
intervalo de tempo que a Lua leva para
IA
ir de L até L8 é menor do que a que ela
Representação esquemática sem proporção e em cores fantasia.
leva para ir de L8 até L, e isso é observá-
vel na representação ao lado.
Considerando o ciclo lunar de 29,5 dias e a medida de intervalo de tempo em que a Lua passa de min-
guante para crescente, Aristarco estimou a medida de abertura m(STL µ ) 5 a em cerca de 87° e, dessa maneira,
$
m(T SL ) 5 u 5 90° 2 87° 5 3°. Sendo DL e DS as medidas de distância entre a Terra e a Lua e entre a Terra e
D
o Sol, respectivamente, em notação moderna teremos L 5 sen 3° â 0,052. Portanto, pela observação de
DS
U

1
Aristarco, DS â DL â 19DL e o Sol estaria 19 vezes mais distante da Terra do que a Lua.
0,052

A ideia de Aristarco foi boa, porém ele cometeu erros muito grandes nas medidas de abertura dos ângulos,
uma vez que era muito difícil saber exatamente quando a Lua estava em quarto minguante ou quarto crescente.
No século XX, com instrumentos mais precisos, foi possível determinar que a medida de abertura u
G

é equivalente a 0,15° e, usando o mesmo método de Aristarco mais de 2 200 anos atrás, chegamos a DS 5
5 1 1
DL â DL â 382DL. Essa estimativa é bem próxima da real; entretanto, atualmente sabe-
sen (0,15°) 0,00262
mos que um valor ainda mais preciso seria DS 5 390DL, ou seja, comparando essas medidas, concluímos que a
medida de distância entre o Sol e a Terra é 390 vezes maior do que a medida de distância entre a Lua e a Terra.
Fontes de consulta: ÁVILA, Geraldo Severo de Souza. Várias faces da Matemática: tópicos para licenciatura e leitura geral. 2. ed. São Paulo:
Blucher, 2010. OLIVEIRA, T. B. de; LIMA, V. T.; BERTUOLA, A. C. Aristarco revisitado. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 38, n. 2, 2016.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbef/v38n2/0102-4744-rbef-38-02-e2304.pdf. Acesso em: 10 jul. 2020.

1. Todos os cálculos apresentados consideram as medidas médias de distância entre a Terra e o Sol e entre a
Terra e a Lua. Mas, como as órbitas da Terra ao redor do Sol e da Lua ao redor da Terra são elípticas, essas
medidas são maiores ou menores do que a média dependendo do dia.
a) Pesquise a maior e a menor distância entre a Terra e o Sol e entre a Terra e a Lua.
b) Calcule a maior e a menor razão entre essas medidas.

25
Atividades resolvidas

D
3. Resolva o triângulo retângulo a seguir. Resolvida passo a passo
5. (Unifor-CE) Uma pessoa está a 80 3 m de um
Banco de imagens/
Arquivo da editora
B
prédio e vê o topo do prédio sob um ângulo de
b 30°, como mostra a figura abaixo.
x

L
4

Banco de imagens/Arquivo da editora


a
A C
4 3

N
Fique atento
30°
Resolver um triângulo retângulo é determinar
as medidas não conhecidas de todos os seis 1,60 m
elementos (as medidas de comprimento dos
três lados e as medidas de abertura dos três 80 3 m
ângulos). Nesse caso, conhecemos as medidas de

P
comprimento de dois lados e a medida de abertura Se o aparelho que mede o ângulo está a 1,6 m de
de um ângulo interno. distância do solo, então podemos afirmar que a al-
tura do prédio em metros é:
Resolução
a) 80,2. c) 82,0. e) 83,2.
Pela figura, conhecemos AB 5 4, AC 5 4 3 e b) 81,6. d) 82,5.
m(Aµ ) 5 90° e precisamos calcular BC 5 x, m(C
µ) 5
IA
5 a e m(B$) 5 b. Resolução

• ( )
2
x2 5 42 1 4 3 5 16 1 48 5 64 ~ x 5 8 1. Lendo e compreendendo
(x não pode ser negativo) a) O que é dado no problema?
4 1
• sen a 5 5 5 0,5 ~ a 5 30°
8 2
São dadas a medida de distância do aparelho ao
prédio, a medida de comprimento da altura em
• m(Aµ ) 1 m(B µ ) 5 180° ~ 90° 1 b 1 30° 5
$) 1 m(C que ele se encontra e a inclinação do ângulo de
visão com a horizontal.
5 180° ~ b 5 60°
µ ) 5 30° e m(B
$) 5 60°. b) O que se pede?
Logo, BC 5 8, m(C
U

A medida de comprimento da altura do prédio,


4. Uma rampa lisa, com medida de comprimento de em metros.
10 metros, faz com o plano horizontal um ângulo 2. Planejando a solução
com medida de abertura de 30°. Uma pessoa que
De acordo com os dados do enunciado, podemos
sobe essa rampa inteira eleva-se quantos metros
completar algumas informações na imagem apre-
verticalmente?
G

sentada e observar o triângulo retângulo formado.


Banco de imagens/Arquivo da editora

Banco de imagens/Arquivo da editora

10 m x
x
h
30o
30°

Resolução 1,60 m 1,60 m


Pela figura, temos um triângulo retângulo em que
a hipotenusa tem medida de comprimento 10 m e
o cateto oposto ao ângulo de medida de abertura 80 3 m
de 30° tem medida de comprimento x. Usando a
definição de seno, obtemos: Podemos calcular a medida de comprimento h da
x x altura do prédio adicionando as medidas de com-
sen 30° 5 ~ 0,5 5 ~x55 primento x do cateto oposto a 30° e 1,60 m da al-
10 10
Logo, a pessoa eleva-se 5 metros verticalmente. tura do aparelho.

26
Para obter o valor de x, usaremos a definição de Agora, calculamos a medida de comprimento h da

D
tangente. altura do prédio:
3. Executando o que foi planejado
h 5 x 1 1,6 5 80 1 1,6 5 81,6
Calculamos a medida de comprimento x do cateto
oposto a 30°: Logo, a medida de comprimento da altura do pré-
3 x 3 dio é de 81,6 metros.
tan 30° 5 ~ 5 ~ 3x 5 80 ? 3 ? 3 ~

L
3 80 3 3 4. Emitindo a resposta
~ 3x 5 240 ~ x 5 80 A resposta é a alternativa b.

Atividades

N
Não escreva no livro.

30. Observe os valores aproximados que você e um cole- 35. Observe o esboço de uma escada.
ga calcularam no item e da atividade 28 e verifique se

Banco de imagens/
Arquivo da editora
eles condizem com os valores indicados na tabela de
60°
razões trigonométricas. x 4m

P
31. Agora, observe também as afirmações do Reflita da pá- a
gina 21 e verifique se elas condizem com os valores
indicados na tabela de razões trigonométricas de ân- a) Qual é a medida de comprimento da rampa suporte
gulos agudos. da escada?

32. Retome a construção do triângulo retângulo que você e b) Qual é a medida de abertura do ângulo formado
um colega fizeram na atividade 29 e os valores experi- pela escada e o chão?
IA
mentais que obtiveram para sen 40°, cos 40° e tan 40°. 36. As ruas Canário e Tico-Tico são perpendiculares. A
Consultem a tabela de razões trigonométricas e verifi- medida de distância entre os pontos A e B é de 50 m.
quem se os valores estão próximos. As ruas Canário e Sabiá cruzam-se em B formando um
ângulo de medida de abertura de 60°.
Fique atento
Qual é a medi-

Banco de imagens/
Arquivo da editora
Nas atividades a seguir, sempre que necessário, use da de períme- B
uma calculadora científica ou consulte a tabela de razões
Rua Canário
tro do triângulo Ru
trigonométricas. aS
ABC determi- ab

nado pelos cru-
33. Para cada triângulo retângulo abaixo, determine o
U

zamentos des-
seno, o cosseno e a tangente de b usando a defini- A Rua Tico-Tico C
sas três ruas?
ção dessas razões trigonométricas. Depois, consulte a
tabela de razões trigonométricas e determine o valor
aproximado de b, em graus. 37. Para determinar a altura de uma torre, um topógra-
fo coloca o teodolito a 100 m da base e obtém um
a) C b) C
G
Ilustrações: Banco de imagens/
Arquivo da editora

ângulo de medida de abertura de 30°, conforme


mostra a imagem. O teodolito é um instrumento que
4 10
2 mede a abertura de ângulos horizontais ou verticais
6
muito utilizado em topografia.
b
b
Dam d’Souza/Arquivo da editora

B 2 3 A
A 8 B

34. Determine o valor de x e de y em cada figura a seguir.


h
a) b)
70° x 30°
50°
Ilustrações:Banco de imagens/
Arquivo da editora

8m
y 70°
8 dm x
100 m

Sabendo que a luneta do teodolito está a 1,70 m do


solo, qual é a medida de comprimento aproximada da
altura da torre?

27
Não escreva no livro.

D
38. A imagem a seguir foi reproduzida do livro em latim Qua- 39. Veja o croqui que um arquiteto desenhou para a cons-
drans Apiani astronomicus, do humanista alemão Petrus trução de uma casa, usando a estrutura de tesoura
Apianus (1495-1552), publicado em 1532. Ela mostra a para sustentar o telhado.
medição do comprimento da altura de uma torre.

Banco de imagens/
Arquivo da editora
6m 6m

http:alunos.cc.fc.ul.pt/Arquivo da editora
20¡

L
3m

a) Determine a que altura se encontra o ponto mais

N
alto da tesoura projetada, em relação ao solo.
b) Se o arquiteto tivesse projetado uma medida de
Aparentemente o homem viu a torre sob um ângulo abertura do ângulo maior do que 20°, mantendo a
de medida de abertura de 50°, andou 246 unidades medida de comprimento de 6 m, então a altura do
de comprimento para trás e novamente viu a torre, ponto mais alto da tesoura seria maior ou menor

P
agora sob um ângulo de medida de abertura de 25°, do que a calculada no item a? Escolha uma nova
como mostra o esboço a seguir. medida de abertura e faça os cálculos.
40. Para saber a medida de comprimento da largura de
WYM Design/
Arquivo da editora

um rio, sem atravessá-lo, podemos utilizar um teodo-


torre lito e, com os conhecimentos de razões trigonomé-
tricas, efetuar os cálculos. Veja um exemplo de como
50º 25º
IA
podemos proceder.
246
• Marcamos com uma estaca um ponto A na margem
Considerando esses dados, qual seria a medida de do rio em que estamos e consideramos um ponto
comprimento da altura da torre, na unidade de medida B na outra margem (que pode ser uma árvore ou
de comprimento adotada e sem considerar a altura da outro objeto que possamos visualizar).
pessoa que mede? • Escolhemos um ponto C na mesma margem do rio
que o ponto A, de modo que conhecemos a medida
Sobre o assunto µ seja
de distância entre C e A e que o ângulo BAC
reto.
Você já pensou em como grandes alturas são medidas?
U

Em construções feitas pelo ser humano, às vezes • Fixamos o teodolito no ponto C e medimos a abertu-
podemos consultar a medida indicada no projeto ra do ângulo ACBµ .
arquitetônico ou utilizar um teodolito, como na situação Considere que, em determinado rio, a medida de distân-
da torre desta atividade. Quando isso não é possível cia entre os pontos C e A seja de 8 metros, e que a medi-
ou quando queremos medir a altura de uma montanha,
da obtida para a abertura do ângulo BCAµ tenha sido de
por exemplo, precisamos recorrer a outros processos
70°, como na imagem a seguir. Nessas condições, qual é
G

de medição, e o avanço das tecnologias é nosso aliado


para conseguir medidas cada vez mais precisas.
medida de comprimento da largura desse rio?
Dam d’Souza/Arquivo da editora

Pesquise os aparelhos e os processos de medições


de grandes alturas e como eles evoluíram ao longo
dos anos, gerando atualizações das medidas. Veja a
seguir sugestões de sites que podem ser consultados. B
(Acesso em: 17 jun. 2020.)
Geociências: IBGE revê as altitudes de sete pontos
culminantes. Disponível em: https://agenciadenoticias.
ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-
de-noticias/releases/15275-geociencias-ibge-reve-as- L
altitudes-de-sete-pontos-culminantes.
Por que é tão difícil determinar a altura de montanhas.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/
70¡
revista/vert_fut/2016/04/160407_vert_future_montanha_
altura_fd. 8m A
C

28
Não escreva no livro.

reta normal

Banco de imagens/
Arquivo da editora
D
41. Um arame com medida de comprimento de 120 m é Considere um raio lu-
esticado do topo de um prédio até o solo. Calcule a minoso monocromá-
60°
medida de comprimento da altura do prédio sabendo tico que passa de um meio A
que o arame forma com o solo um ângulo com medida meio A para um meio B meio B
de abertura de 25°. de acordo com a ima- 45°
gem ao lado.
42. Quando um raio de luz passa de um meio A para um

L
meio B e sofre uma variação na velocidade de propa- O meio A é o ar, em que nA 5 1. Com um colega,
gação, dizemos que ocorreu uma refração. De acordo determine o índice de refração absoluto nB do meio B.
com a lei de Snell-Descartes, podemos relacionar o
índice de refração de cada meio (nA e nB) e o seno do 43. Escolha um dos três triângulos da atividade 34 e ela-
ângulo que esse raio forma com a reta normal (ângu- bore um problema que possa ser representado por

N
lo i$ de incidência e ângulo r$ de refração) usando a ele. Em seguida, compare sua criação com as dos
fórmula nA ? sen i$ 5 nB ? sen r$ . colegas.

Formalizando a definição de seno

P
e cosseno de ângulos obtusos
Como vimos, as razões trigonométricas definidas para ângulos agudos, associados a triângulos retângulos,
constituem uma ferramenta bastante útil na resolução de problemas.
Para ampliar o estudo para ângulos obtusos, não podemos recorrer a triângulos retângulos. Então, neste
momento, vamos aprender a lidar na prática com o cálculo do seno e do cosseno de ângulos obtusos. A parte
IA
teórica, que fundamenta o que formalizaremos agora, será feita mais adiante, ainda neste capítulo.
Inicialmente, considere as definições a seguir.
Fique atento
• sen 90° 5 1 e cos 90° 5 0 .
Lembre-se de que
• O seno de um ângulo obtuso, de medida de abertura a, é igual ao seno do suple- dois ângulos são
suplementares
mento desse ângulo: sen a 5 sen (180° 2 a) . quando a soma
• O cosseno de um ângulo obtuso, de medida de abertura a, é igual ao oposto do das medidas de
abertura é 180°.
U

cosseno do suplemento desse ângulo: cos a 5 2cos (180° 2 a) .


Veja os exemplos.

a) sen 120°
3
O suplemento de 120° é 60°, portanto sen 120° 5 sen (180° 2 120°) 5 sen 60° 5 .
G

2
3
Logo, sen 120° 5 ou, consultando a tabela de razões trigonométricas, sen 120° â 0,866.
2
b) cos 120°
1
cos 120° 5 2cos (180° 2 120°) 5 2cos 60° 5 2
2
1
Logo, cos 120° 5 2 ou cos 120° 5 20,5.
2

Atividades Não escreva no livro.

44. Calcule o valor de cada razão trigonométrica. 45. Determine o valor de cada expressão.
a) sen 135° c) sen 150° a) sen 20° 2 sen 160° 1 cos 44° 1 cos 136°
b) cos 135° d) cos 150° b) sen 10° ? cos 50° 1 cos 130° ? sen 170°

29
Lei dos senos

D
Acompanhe a seguinte situação-problema: Uma empresa de fornecimento de energia, ao instalar a rede
elétrica em uma fazenda, precisou colocar dois postes em lados opostos de um lago para permitir a passa-
gem da fiação. Com isso surgiu um pequeno problema: para fazer o projeto da rede, seria necessário saber a
medida de distância entre os postes, e a presença do lago impedia a medição direta.

L
Um dos engenheiros posicionou-se em um local onde era possível visualizar os dois postes e medir a dis-
tância entre eles. Com um teodolito, ele mediu a abertura do ângulo entre a linha de visão dele e os postes,
obtendo 120°. Um auxiliar mediu a distância entre o engenheiro e o poste mais afastado e obteve 100 m;
outro auxiliar mediu o ângulo entre a linha do poste mais próximo do engenheiro e a linha entre os postes,
obtendo 45°. Com essas informações, o engenheiro ficou satisfeito, pois ele já conseguiria calcular a medida

N
de distância d entre os postes.
A seguir vamos descobrir como fazer esse cálculo.
Representação da realidade Modelo matemático
Dam d'Souza/Arquivo da editora

P
Banco de imagens/Arquivo da editora
A

100 m

d
IA
O
120°

Os pontos A e B representam
45° as posições dos postes, que
distam d, e o ponto O representa
B a posição do engenheiro.

O triângulo AOB é obtusângulo, e a resolução desse problema consiste em determinar a medida de


comprimento do lado AB . Para isso, vamos estudar um teorema, conhecido como lei dos senos: Em qual-
quer triângulo ABC, as medidas de comprimento a, b e c dos lados são proporcionais aos senos dos ângulos
U

opostos A $ eC
µ, B µ , respectivamente.
A

Banco de imagens/Arquivo da editora


H2
a b c
5 5
µ
sen A $
sen B µ
sen C b
c
G

h1
h2
Acompanhe a demonstração desse teorema para um triângulo
acutângulo ABC.
Traçando as alturas AH1 e BH2 , obtemos os triângulos retângulos B H1 C
ACH1 e BCH2. a

• No nACH1, retângulo em H1, temos: • No nBCH2, retângulo em H2, temos:


sen Cµ 5 h1 ~ h 5 b ? sen C
µ sen Cµ 5 h2 ~ h 5 a ? sen Cµ
1 2
b a
No nABH1, retângulo em H1, temos: No nABH2, retângulo em H2, temos:
sen B$ 5 h1 ~ h 5 c ? sen B
$ µ 5 h2 ~ h 5 c ? sen Aµ
c
1 sen A 2
c
Comparando as igualdades, temos: Comparando as igualdades, temos:
µ 5 c ? sen B
$ ~ b c µ 5 c ? sen A
µ ~ a c
b ? sen C 5 (I) a ? sen C 5 (II)
$
sen B µ
sen C sen Aµ µ
sen C

30
Não escreva no livro.
De (I) e (II), concluímos que:

D
a b c
5 5
µ
sen A $
sen B µ
sen C

Reflita
Verifique que esse teorema também vale para um triângulo obtusângulo e para um triângulo

L
retângulo.

Ilustrações: Banco de imagens/


Arquivo da editora
A C

H2 a
h1 b
c h2 b

H1 B a C

N
A c B

Utilizando a lei dos senos, podemos resolver a situação apresentada

Banco de imagens/Arquivo da editora


A
na página anterior.
Pela lei dos senos, temos:

P
100 m
100 d 100 d
5 ~ 5 ~ 2d 5 100 3 ~
sen 45° sen 120° 2 3
2 2 O d
120°
100 3 100 3 ? 2 100 6
~ d5 5 5 5 50 6 â 122,47
2 2? 2 2 45°
IA
Logo, a medida de distância d entre os postes é de aproximadamente B
122,47 metros.

Atividades resolvidas
6. Em um triângulo isósceles, a base tem medida de comprimento de 6 cm, e o ângulo oposto à base tem medida
de abertura de 120°. Calcule a medida de comprimento dos lados congruentes desse triângulo.
Resolu•‹o
U

Sendo x a medida de comprimento dos lados congruentes do

WYM Design/Arquivo da editora


triângulo descrito, podemos fazer um esboço da situação:
x 120° x
Sabemos que:
1 30°
sen 30° 5 5 0,5
2 6 cm
G

3
sen 120° 5 sen (180° 2 120°) 5 sen 60° 5 â 0,866
2
Então, pela lei dos senos, obtemos:
6 x 6 x 6 6 3 6 3
5 ~ 5 ~ 3?x 56~x5 5 5 5 2 3 â 3,46
sen 120° sen 30° 3 1 3 3? 3 3
2 2
Ou, utilizando o valor aproximado de sen 120°, obtemos:
6 x 6 x
5 ~ â ~ x 5 3,46
sen 120° sen 30° 0,866 0,5
Logo, cada lado congruente do triângulo isósceles tem medida de comprimento de 2 3 cm ou de aproxima-
damente 3,46 cm.

Reflita
Em um triângulo isósceles, a altura relativa à base é também mediana do triângulo e bissetriz do ângulo interno
oposto à base. Use esse fato e resolva esta atividade de outra maneira.

31
µ ) 5 48° e m(B
7. Em um triângulo ABC, temos BC 5 5 cm, m(A $ ) 5 25°. Calcule a medida de comprimento apro-

D
ximada do lado AB .

Resolução A

WYM Design/Arquivo da editora


Podemos fazer um esboço do triângulo ABC descrito:
Pela lei dos senos, temos: 48°
BC AC AB

L
5 5
µ
sen A sen B$ µ
sen C
Queremos saber qual é a medida de comprimento AB; então
BC AB 25°
podemos usar a igualdade 5
µ
sen A µ e, para isso, preci-
sen C B 5 cm C
µ.

N
samos saber o valor de sen C
48° 1 25° 1 m(Cµ ) 5 180° ~ m(C µ ) 5 180° 2 73° 5 107°
sen 107° 5 sen (180° 2 107°) 5 sen 73° â 0,956
Então:
BC AB 5 AB 5 AB

P
5 ~ 5 ~ â ~ AB â 6,43
µ
sen A µ
sen C sen 48° sen 107° 0,743 0,956
Portanto, a medida de comprimento do lado AB é de aproximadamente 6,43 cm.

Atividades Não escreva no livro.


IA
46. Observe cada triângulo e calcule o valor de x. Atualmente, teatros modernos costumam ser em am-
x bientes fechados e contam com tecnologias de som e de
a) c)
Ilustrações: Banco de
imagens/Arquivo da editora

iluminação que permitem boa visualização do palco, in-


105° 75° x
100 5 2 dependentemente da posição do espectador na plateia.
45° Considere, por exemplo, um teatro no qual está insta-
45°
lado um ponto de luz cujo feixe de iluminação abran-
ge um ângulo de medida de abertura de 45° e que a
b) d) posição desse ponto de luz e a frente do palco podem
3 2 45° ser perfeitamente circunscritos, de modo que o raio
U

x x
da circunferência tem medida de comprimento de
60° 45° 30° 20 metros, como na figura a seguir.
8
WYM Design/Arquivo da editora

ponto de luz

47. Em um triângulo ABC, conhecemos m(A µ ) 5 45°,


$
m(B ) 5 30° e a 1 b 5 2 1 1. Calcule o valor de a. 45º
G

48. Distintas maneiras de se co-


Irina Miladinov/Shutterstock

municar fazem parte da his-


tória da humanidade desde
a Pré-História, como a utili- 20 m
zação da fala, da dança, da
música, do desenho, da imi- palco
tação, da linguagem teatral,
entre outras. O teatro que
conhecemos atualmente no a) Nessa situação, qual é a medida de comprimento
Ocidente teve origem na Teatro Odeão de Herodes da frente desse palco?
Grécia, por volta do século Ático, em Atenas (Grécia), b) Se a medida de abertura do ângulo do feixe de
VI a.C. Na época, os palcos construído em torno do iluminação fosse de 51°, você poderia calcular a
eram ao ar livre, feitos de século II d.C. Foto de medida de comprimento da frente desse palco
pedras e com uma grande 2019. da mesma maneira que calculou no item anterior?
arquibancada para a plateia acompanhar o espetáculo. Qual seria a medida de comprimento nesse caso?

32
Lei dos cossenos

D
Voltemos ao problema da empresa de fornecimento de energia em medir a distância entre os postes, ci-
tado inicialmente na página 30. Se o engenheiro tivesse encontrado alguma dificuldade para obter a medida
de abertura de 45° para o ângulo ou não quisesse obtê-la, poderia ter medido a distância entre o local onde
ele estava e o poste mais próximo. Assim, além da medida de abertura do ângulo (120°) que o engenheiro já

L
havia medido e da medida de distância entre o poste mais afastado e ele (100 m), o engenheiro teria obtido
a medida de distância d entre o poste mais próximo e ele (que, nesse caso, é de 36,6 m).
De posse dessas informações, também é possível calcular a medida de distância d entre os postes. Ob-
serve as representações.
Representação da realidade Modelo matemático

N
A

Banco de imagens/Arquivo da editora


Dam d'Souza/Arquivo da editora

100 m

P
O d
120¡

36,60 m

B
Os pontos A e B representam as posições dos postes, que
IA
distam d, e o ponto O representa a posição do engenheiro.

Observando o modelo matemático, percebemos que o problema consiste em determinar a medida de


comprimento d de um lado de um triângulo, quando conhecemos a medida de abertura do ângulo oposto
a esse lado e as medidas de comprimento dos outros dois lados do triângulo.
Para resolver o problema com esses dados, precisamos estudar mais um teorema, conhecido como lei
dos cossenos: Em qualquer triângulo ABC, o quadrado da medida de comprimento de um lado é igual à
soma dos quadrados das medidas de comprimento dos outros dois lados menos duas vezes o produto das
medidas de comprimento desses lados pelo cosseno do ângulo que eles formam.
U

µ
a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos A
A
Banco de imagens/
Arquivo da editora

c b $
b2 5 a2 1 c2 2 2ac ? cos B
G

B C µ
c2 5 a2 1 b2 2 2ab ? cos C
a

µ ; a demonstração das outras rela-


Vamos provar apenas a primeira relação, considerando o ângulo agudo A
ções é análoga e você pode fazê-las no caderno.
Acompanhe a demonstração desse teorema para um triângulo acutângulo ABC.
Traçando a altura BH , obtemos os triângulos retângulos ABH e CBH. B
Banco de imagens/
Arquivo da editora

• No nABH, temos:
µ 5 AH ~ AH 5 c ? cos A
cos A µ
c a h c
Pelo teorema de Pitágoras, obtemos:
µ )2 ~ h2 5 c2 2 c2 ? cos2 A
c2 5 h2 1 (AH)2 ~ h2 5 c2 2 (c ? cos A µ (I)
• No nCBH, temos: C H A

µ )2 ~ b
a2 5 h2 1 (CH)2 ~ a2 5 h2 1 (b 2 AH)2 ~ h2 5 a2 2 (b 2 c ? cos A
~ h2 5 a2 2 b2 1 2bc ? cos Aµ 2 c 2 ? cos2 A
µ (II)

33
De (I) e (II), concluímos que: Reflita

D
a2 2 b2 1 2bc ? cos A µ 2 c 2 ? cos2 A
µ 5 c2 2 c 2 ? cos2 A
µ ~
Depois de
acompanhar a
µ
~ a2 5 b2 1 c2 2 2bc ? cos A demonstração do
teorema para um
Agora, utilizando a lei dos cossenos, podemos resolver a situação apresentada na triângulo acutângulo,
página anterior. verifique no caderno

L
que ele também vale

Banco de imagens/Arquivo da editora


A
para um triângulo
retângulo e para um
triângulo obtusângulo.
100 m

N
d
O
120¡

36,60 m

P
B

Pela lei dos cossenos, temos:


d 2 5 1002 1 (36,6)2 2 2 ? 100 ? 36,6 ? cos 120° ~ d 2 5 15 000 ~
~ d 5 15 000 5 50 6 â 122,47
IA
Logo, a medida de distância d entre os postes é de aproximadamente 122,47 me-
tros, e essa medida é a mesma encontrada na página 31.

Fique atento
Podemos considerar o teorema de Pitágoras (a2 5 b2 1 c2) como um caso particular da lei dos
cossenos, pois cos 90° 5 0.

Atividades resolvidas
U

Resolvida passo a passo


8. (Unesp-SP) Um professor de geografia forneceu a

Reprodução/Unesp, 2013.
seus alunos um mapa do estado de São Paulo que in-
formava que as distâncias aproximadas em linha reta
G

entre os pontos que representam as cidades de São


Paulo e Campinas e entre os pontos que represen-
tam as cidades de São Paulo e Guaratinguetá eram,
respectivamente, 80 km e 160 km. Um dos alunos ob-
servou, então, que as distâncias em linha reta entre
os pontos que representam as cidades de São Paulo,
Campinas e Sorocaba formavam um triângulo equilá-
tero. Já um outro aluno notou que as distâncias em li-
nha reta entre os pontos que representam as cidades
de São Paulo, Guaratinguetá e Campinas formavam
um triângulo retângulo, conforme mostra o mapa.
Com essas informações, os alunos determinaram que a distância em linha reta entre os pontos que representam
as cidades de Guaratinguetá e Sorocaba, em km, é próxima de:
a) 80 ? 2 1 5 ? 3 . d) 80 ? 5 1 3 ? 2 .
b) 80 ? 5 1 2 ? 3 . e) 80 ? 7 ? 3 .
c) 80 ? 6 .

34
Resolução primento de dois lados e a medida de abertura do

D
1. Lendo e compreendendo ângulo entre eles.
a) O que é dado no problema? 3. Executando o que foi planejado
Um mapa com as medidas de distância em linha Pela lei dos cossenos, obtemos:
reta entre algumas cidades, a informação de que d 2 5 802 1 1602 2 2 ? 80 ? 160 ? cos 150° ~
as distâncias em linha reta entre os pontos que re-
~ d 2 5 6 400 1 25 600 2 25 600 ? (2cos 30°) ~
presentam as cidades de São Paulo, Campinas e

L
 3
Sorocaba formam um triângulo equilátero e que ~ d 2 5 32 000 2 25 600 ? 2  ~
as distâncias em linha reta entre os pontos que  2 
representam as cidades de São Paulo, Guaratin-
~ d 2 5 32 000 1 12 800 ? 3 ~
guetá e Campinas formam um triângulo retângulo.
b) O que se pede? ~ d 5 32 000 1 12 800 ? 3 5

N
A medida de distância em linha reta entre os 5 5 ? 802 1 2 ? 802 ? 3 5
pontos que representam as cidades de Guaratin- 5 80 5 1 2 ? 3
guetá e Sorocaba, em quilômetros.
2. Planejando a solução 4. Emitindo a resposta
Considerando as informações do enunciado, temos A resposta é a alternativa b.

P
o seguinte modelo matemático da situação, repre- 5. Ampliando o problema
sentado por um triângulo obtusângulo. a) Uma empresa privada de transporte coletivo faz
Guaratinguetá
Banco de imagens/Arquivo da editora

o percurso entre algumas cidades do estado de


São Paulo, como Sorocaba, Guaratinguetá, Cam-
pinas e a capital do estado, cobrando uma taxa
fixa de R$ 20,00 e uma taxa de R$ 1,50 por quilô-
metro rodado. Considerando os percursos entre
IA
160 km
d as cidades citadas, qual é o mais caro para os
passageiros? Quanto custa esse percurso?
150¡
São Paulo b) Converse com os colegas sobre o sistema de
transportes no Brasil e pesquisem ações que po-
80 km dem ser adotadas para priorizar a utilização de
meios de transporte que causem menos impacto
Sorocaba
ao meio ambiente. Depois, debatam a necessi-
A medida de distância d pode ser calculada pela lei dade e a viabilidade de implementação delas na
dos cossenos, pois conhecemos a medida de com- região onde vocês moram.
U

Atividades Não escreva no livro.

49. Calcule a medida de comprimento x em cada triângulo. 50. Em um triângulo ABC, conhecemos as medidas
G

µ ) 5 30°, b 5 2 3 e c 5 3. Calcule a medida de


m(A
a) c)
Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora

comprimento a do terceiro lado do triângulo.

3 x µ ) 5 45°, a 5 4
51. Considere o triângulo ABC tal que m(A
x 4
e b 5 4 2 . Determine a medida de comprimento c do
60¡ outro lado do triângulo.
67¡
1
52. No triângulo abaixo, AC 5 3, BC 5 4, AB 5 3 e
b) A
µ ) 5 a. Determine o valor de cos a.
m(A
5
A
Banco de imagens/
Arquivo da editora

B 60¡ x
a

8
B
C C

35
Não escreva no livro.

D
53. Em um triângulo, dois lados têm medidas de compri- O observador se locomove do ponto A para um pon-
mento de 10 cm e 6 cm e formam entre si um ângulo to B, distante 2 km de A, de onde também pode ver
de medida de abertura de 120°. Calcule a medida de o ponto P.
comprimento do terceiro lado desse triângulo.

Dam d'Souza/Arquivo da editora


54. Em um triângulo ABC, sabemos que m(A µ ) 5 45°,

L
b 5 8 2 e c 5 10. Calcule a medida de comprimento
do terceiro lado.
P
55. Em um paralelogramo, dois lados têm medidas de
comprimento de 14 cm e 10 cm e formam um ângulo
de medida de abertura de 60°. Com um colega, calcu- A

N
le as medidas de comprimento das diagonais do para-
lelogramo.

56. (FCMSCSP) Considerando


B

Banco de imagens/Arquivo da editora


a figura ao lado, qual o va-
lor de sen a? r

P
3r Sabendo que m(BAPµ ) 5 120° e m(ABP$ ) 5 45°, qual é
O a
2 a medida de distância entre A e P?
r 60. Uberaba, Uberlândia e Araguari são cidades do Triân-
gulo Mineiro e a localização delas pode ser represen-
tada pelo triângulo a seguir.
57. Resolva no caderno o triângulo dado.

Banco de imagens/Arquivo da editora


IA
Araguari
Banco de imagens/Arquivo da editora

36°
68°
y
132° 140 km
x Uberlândia
50°
a Uberaba
5
Considerando os dados indicados na figura, determi-
58. Elabore um problema que possa ser representado ne a medida de distância aproximada entre Uberaba
U

pelo triângulo da atividade anterior e cuja resposta e Uberlândia.


seja uma das medidas que você calculou. Em seguida,
61. (Enem) Uma desenhista projetista deverá desenhar
compare sua criação com as dos colegas.
uma tampa de panela em forma circular. Para realizar
59. Suponha que um observador esteja no ponto A e esse desenho, ela dispõe, no momento, de apenas um
queira saber a distância entre os pontos A e P, sendo compasso, cujo comprimento das hastes é de 10 cm,
G

P o local onde se localiza uma árvore do outro lado de um transferidor e uma folha de papel com um plano
um rio, conforme representado na imagem a seguir. cartesiano. Para esboçar o desenho dessa tampa, ela
afastou as hastes do compasso de forma que o ângulo
Dam d'Souza/Arquivo da editora

formado por elas fosse de 120°. A ponta-seca está re-


presentada pelo
Reprodução/Enem, 2017.

ponto C, a ponta
do grafite está
P representada
pelo ponto B e a
cabeça do com-
A passo está re-
presentada pelo
ponto A confor-
me a figura.

36
Não escreva no livro.

D
Após concluir o desenho, ela o encaminha para o setor 1 700 km e que a medida de distância entre a Flórida
de produção. Ao receber o desenho com a indicação e a ilha de Porto Rico (vértice P) seja de aproximada-
do raio da tampa, verificará em qual intervalo este se mente 1 600 km. Além disso, a medida de abertura do
encontra e decidirá o tipo de material a ser utilizado na ângulo BFP$ pode ser considerada 60°.
sua fabricação, de acordo com os dados. De acordo com esses dados, qual é a medida de perí-
metro do triângulo BFP?

L
Intervalo de valores
Tipo de material
de raio (cm) (
a) 100 33 1 273 km ) (
d) 100 33 1 723 km )
I 0<R,5 b) 100 ( 33 1 417 ) km e) 100 ( 33 1 3 372 km )
II 5 < R , 10 c) 100 ( 33 1 457 ) km
III 10 < R , 15 63. Dois barcos partem de um ponto T, percorrendo rotas

N
IV 15 < R , 21 lineares em direção aos pontos A e B, com medidas de
velocidade constante de 60 km/h e 45 km/h, respecti-
V 21 < R , 40
vamente. Os barcos chegam aos pontos A e B após
Considere 1,7 como aproximação para 3. O tipo de 2 horas, e a medida de abertura do ângulo formado
material a ser utilizado pelo setor de produção será: entre os percursos é de aproximadamente 113°.

P
T

WYM Design/Arquivo da editora


a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.

62. O Triângulo das Bermudas é uma região situada no oce- 113¼


ano Atlântico, entre as ilhas Bermudas, a ilha de Porto
Rico e o estado da Flórida (EUA), que envolve muitos A
mitos. Nessa região triangular ocorreram desapareci- B
mentos, supostamente sem explicação, de aviões, bar-
IA
cos e navios. Um dos desaparecimentos mais famosos a) Nessa situação, qual é a medida de distância entre
aconteceu em dezembro de 1945, quando 5 bombar- os barcos nesses pontos?
deiros da marinha estadunidense sumiram sem deixar b) Qual seria a medida de distância entre os barcos
vestígios durante um exercício de treinamento. nesses pontos se a medida de abertura do ângulo
Muitas teorias foram elaboradas para explicar o misté- formado entre os percursos fosse de 76°?
rio de aviões e navios desaparecidos, como a possibili- 64. O famoso relógio de quatro faces, localizado no Palá-
dade de terem ocorrido acidentes por causas naturais cio de Westminster, em Londres (Inglaterra), junto do
(tempestades, furacões, tsunamis, terremotos, etc.) ou sino Big Ben, foi construído em 1859 e é um símbolo
por falhas humanas. da realeza britânica.
U

Tri‰ngulo das Bermudas

JArmando e ClauEleone/Shutterstock
Vespucio Cartografia/Arquivo da editora

75º O Ilhas Bermudas


B

OCEANO
ATLÂNTICO
G

FLÓRIDA
Golfo (EUA)
do
México F

Trópico de Câncer

CUBA

HAITI REP.
DOMINICANA P
0 275 JAMAICA O relógio de quatro faces e o sino Big Ben fazem parte
Porto Rico
km (EUA) da estrutura conhecida como Elizabeth Tower. Foto de
2016.
Fonte de consulta: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed.
Rio de Janeiro, 2018.
Os ponteiros das horas e dos minutos desse relógio
Suponha que a medida de distância entre o vértice B têm medidas de comprimento de 2,7 m e 4,7 m, res-
do triângulo (localizado nas ilhas Bermudas) e o vérti- pectivamente. Quando esse relógio marca 14:00, qual
ce F (localizado na Flórida) seja de aproximadamente é a medida de distância entre as pontas dos ponteiros?

37
Funções trigonométricas

D
Não escreva no livro.
Situação 1 O relógio de pêndulo é um tipo de relógio mecânico
que era comumente encontrado nas residências antes da

L
kaluginsergey/Shutterstock
invenção dos relógios eletrônicos, atômicos e de quartzo.
Relógio de pêndulo
Os dois ponteiros de um relógio de pêndulo mostram as horas e os minutos, como
em um relógio moderno de ponteiros que usamos no pulso ou penduramos na parede
de casa. Nesse tipo de relógio, o pêndulo serve para marcar os segundos.

N
A medida de intervalo de tempo necessária para
WYM Design/Arquivo da editora

que o pêndulo complete uma oscilação completa


em um relógio é chamada de período. E o compor-
tamento desse movimento pode ser estudado por
funções envolvendo os conceitos de seno e cosse-

P
no, as quais chamamos de funções do tipo trigo-
nométrica.
a) Sabendo que em 1 minuto o pêndulo de um reló-
Representação esquemática de um gio oscila 30 vezes, qual é o período desse movi-
pêndulo simples. Por exemplo, a
mento?
partir do instante em que o pêndulo
IA
está na amplitude máxima, como b) Quantas oscilações um pêndulo deve dar em
na imagem, a oscilação completa 1 minuto para que o período do movimento seja
corresponde ao movimento que ele
de 1 segundo?
faz até voltar à mesma posição.

Marés Situação 2
No início deste capítulo, você viu exemplos de diversas

Banco de imagens/Arquivo da editora


Quarta-feira Quinta-feira
atividades que se ajustam em decorrência das marés. Para
U

03:45 15:53 04:15 16:25


essas e outras atividades, é comum a consulta de uma tábua
1,98 m 2,09 m 1,99 m 2,08 m
de marés, que mostra o horário e o nível do mar nas marés
alta e baixa de cada dia.
Veja a seguir um exemplo de tábua de marés de uma ci-
09:52 22:14 10:22 22:43
dade litorânea, em 2 dias consecutivos, e a representação
G

0,22 m 0,11 m 0,21 m 0,14 m


gráfica ao lado.
a) Em cada um desses dias estão indicados dois horá- Representação gráfica de uma tábua de marés em
2 dias consecutivos.
rios para a maré mais alta e dois para a maré mais
Quarta-feira Quinta-feira
baixa. Quais são esses horários?
b) As marés mais altas que ocorreram nesses dias ti- Horário Nível do mar Horário Nível do mar
veram mesmo nível? E as marés mais baixas? 03:45 ò 1,98 m 04:15 ò 1,99 m
09:52 ô 0,22 m 10:22 ô 0,21 m
c) Qual foi a amplitude das marés na quinta-feira, ou
seja, qual foi a diferença entre a maré mais alta e a 15:53 ò 2,09 m 16:25 ò 2,08 m
mais baixa desse dia? 22:14 ô 0,11 m 22:43 ô 0,14 m

d) Entre quais horários a maré estava baixando (secando) nesses dias?


e) Qual foi a medida de intervalo de tempo entre as duas marés mais baixas na quarta-feira? E entre as duas
marés mais altas na quinta-feira?
O fenômeno periódico das marés também pode ser modelado por uma função do tipo trigonométrica, pois
as características da variação do nível do mar se repetem, aproximadamente, após o mesmo intervalo de tempo.

38
Não escreva no livro.

Conceitos trigonométricos básicos Fique atento

D
na circunferência Faremos a partir
daqui o estudo
A partir de agora, vamos fazer um estudo mais abrangente do seno e do cosseno, apenas do seno e
em contextos nos quais os triângulos são insuficientes para as definições necessárias. do cosseno para
posteriormente
Então, precisamos estabelecer novos “ambientes” para a Trigonometria: inicialmente

L
trabalhar a função
vamos considerar arcos e ângulos em uma circunferência e, depois, estabelecer a defi- seno e a função
nição de circunferência trigonométrica. cosseno, que são
Essa ampliação permitirá o estudo de movimentos periódicos, como o das marés. funções periódicas.

Arcos e ângulos em uma circunferência

N
Veja inicialmente alguns conceitos da Geometria plana.
Fique atento
• Arco: parte de uma circunferência que é delimitada por dois pontos, incluindo-os.
Se os dois pontos
na circunferência

Banco de imagens/
Arquivo da editora
B

P
coincidirem, então
teremos um arco

arco AB nulo ou um arco de
O
uma volta.
A

Banco de imagens/
Arquivo da editora
AŠB

» , estamos nos referindo ao arco que vai do ponto A


IA
Quando falamos em arco AB O
para o ponto B da circunferência, no sentido anti-horário.
A cada arco podemos associar duas medidas: a medida de comprimento (medida
linear) e a medida angular. Para compreender essas medidas, considere um ponto A
sobre uma circunferência de centro O e raio com medida de comprimento r. Deslo-
cando o ponto A sobre a circunferência, ele percorre uma medida de comprimento L
na circunferência ao mesmo tempo que gira um ângulo de medida de abertura a em Fique atento
torno do centro O. Esse movimento do ponto A descreve um arco de circunferência
A medida de
U

de medida de comprimento L e medida angular a. comprimento L


de um arco
B
Banco de imagens/
Arquivo da editora

depende do raio da
L
r circunferência, mas
a a medida angular
r A
O a não.
G

Reflita
Para a medida do comprimento L de um arco, usamos unidades de medida como o Considere cinco
circunferências
metro, o centímetro e o quilômetro. Para a medida angular a, usamos geralmente
concêntricas (de
unidades de medida como o grau (que você já conhece) e o radiano (que você verá mesmo centro), de
na próxima página). raios diferentes, e
• Arco e ângulo central: a medida angular de qualquer arco de circunferência é um mesmo ângulo
central subtendendo
igual à medida de abertura do ângulo central que o subtende. arcos em todas as
Por exemplo, considerando a imagem acima, temos: circunferências. Os
cinco arcos têm
»
Arco AB µ
Ângulo central AOB a mesma medida
angular? E a
» : a.
Medida angular do AB µ : a.
Medida de abertura do AOB mesma medida de
» : L. comprimento?
Medida de comprimento do AB

39
Unidades para medir ângulos e arcos

D
Recorde como a unidade de medida grau é obtida: O ângulo de medida de aber-
1
tura de 1° é o ângulo correspondente a da circunferência.
360
Assim, em uma circunferência, um ângulo central de 1° determina um arco de me-
dida angular 1°.

L
Veja alguns exemplos de medidas angulares de arcos, em graus.

Ilustrações: Banco de imagens/


Arquivo da editora
A B A AŠB

N
A

B
» de medida angular
Arco AB » de medida angular
Arco AB » de medida angular
Arco AB » de medida angular
Arco AB
90° (um quarto de volta). 270° (três quartos de volta). 180° (meia volta). 360° ou 0° (uma volta ou nulo).

P
Reflita
Agora, conheça a unidade de medida radiano.
“Retificando” ou
Em uma circunferência cujo raio tem medida de comprimento r, um arco de medida “esticando” o
angular 1 rad (lemos: um radiano) é definido como um arco cuja medida de compri- » , de medida
arco AB
mento também é r. angular 1 rad, obtemos
um segmento de
IA
Assim, o ângulo central de medida de abertura 1 rad subtende um arco de medida
reta com medida de
angular 1 rad. comprimento igual à do
Banco de imagens/Arquivo da editora

B raio da circunferência.
B r

Banco de imagens/
Arquivo da editora
L
»
Arco AB
a
r A L5r 1 rad
A
O O r
a 5 1 rad

Use um transferidor e
»
verifique, no arco AB
U

acima, a quantos graus


Proporcionalidade da medida de comprimento corresponde 1 rad.
e da medida angular de arcos
Explore para descobrir
G

Não escreva no livro.


WYM Design/Arquivo da editora

Considere uma circunferência cujo raio tem medida de comprimento de L Fique atento
1 cm. A medida de comprimento dessa circunferência é C 5 2p ? 1 cm 5
180¼ Lembre-se de
5 2p cm.
que a medida de
Um arco de medida angular 180° corresponde à metade da comprimento C de
circunferência, ou seja, uma semicircunferência. Então a medida de uma circunferência,
2p cm com raio de medida
comprimento desse arco é L 5 5 p cm.
2 de comprimento r,
a) Qual é a medida de comprimento L de um arco de medida angular 90° nessa circunferência? é dada por
b) E de um arco de medida angular 45°? C 5 2pr, em que
p é um número
c) A medida de comprimento de cada arco dessa circunferência é diretamente proporcional à irracional:
medida angular do arco? Justifique sua resposta.
p 5 3,141592»
d) Em uma circunferência cujo raio tem medida de comprimento de 2 cm, essa relação de proporcionalidade se manteria?
E em uma circunferência com raio de medida de comprimento r? Justifique suas respostas.

40
A medida de comprimento de um arco e a medida de abertura do ângulo central

D
que o subtende são proporcionais; então, a medida de comprimento do arco e a me-
dida angular do arco também são proporcionais.

Banco de imagens/Arquivo da editora


Considere uma circunferência cujo raio tem medida de com- B
primento r. Se, por definição, um arco de medida angular 1 rad r
L Fique atento
tem medida de comprimento r, então um arco de medida an- a Na relação L 5 a ? r,
r A

L
gular 2 rad tem medida de comprimento 2r e, generalizando, O a medida angular a
um arco de medida angular a rad tem medida de comprimento deve estar em
radianos.
L5a?r .

Relação entre as unidades de medida angular de arcos

N
Como cada arco de medida de comprimento r corresponde à medida angular 1 rad, podemos afirmar que
o arco correspondente à circunferência tem medida angular L 5 a ? r 5 2p ? 1 rad 5 2p rad.
B

Ilustrações: Banco de imagens/


Arquivo da editora
O
AŠB B
O

P
A
O
A
O

B
A
IA
» de medida angular
Arco AB » de medida
Arco AB » de medida
Arco AB » de medida angular
Arco AB
360° ou 2p rad.  360°   360°  3
angular 180°  angular 90°  270° ¯ de 360°˘ ou arco de
 2   4 
ou ou
4
 2p  p  2p  3p 3
p rad  rad . rad  rad . rad ¯ de 2p rad˘.
 2  2  4  2 4

Assim, sabendo que 180° é equivalente a p rad, pode- Fique atento


mos fazer a conversão de unidades entre graus e radianos A conversão das unidades de medida angular é útil
usando diferentes estratégias. Acompanhe alguns exem- em algumas situações, pois é mais simples responder
U

à pergunta “Qual é a medida de comprimento de um


plos de medidas angulares de arcos.
arco de medida angular 2 rad?” do que à pergunta
a) a 5 90° “Qual é a medida de comprimento de um arco de
1 1 medida angular 115°?”.
90° é o mesmo que de 180°; então, é de p rad. Por exemplo, considere uma circunferência com raio
2 2
p de medida de comprimento 10 cm. Calculamos:
Logo: 90° 5
G

rad. L 5 a ? r 5 2 ? 10 cm 5 20 cm
2
C 5 2p ? r â 2 ? 3,14 ? 10 5 62,8
Ou podemos calcular de outra maneira: C L 62,8 cm L
5 ~ 5 ~ L â 20
180° p rad p 360° 115° 360° 115°
90° 5 5 5 rad Então, a medida de comprimento desse arco é de 20 cm.
2 2 2
b) a 5 30°
1 1 p
30° é o mesmo que de 180°; então, é de p rad. Logo: 30° 5 rad.
6 6 6
Ou, usando regra de três:
Em graus Em radianos
180 p
30 a
6
180 p p
5 ~ 6a 5 p ~ a 5
30 1 a 6
p
Logo: 30° 5 rad.
6
41
c) a 5 60°

D
1 1 p
60° é o mesmo que de 180°; então, é de p rad. Logo: 60° 5 rad.
3 3 3
d) a 5 120°
p 2p
120° é o dobro de 60°; então é o dobro de rad. Logo: 120° 5 rad.
3 3

L
p 11p
e) a 5 330° 5 11 ? 30° 5 11 ? rad 5 rad
6 6
3p
f) a 5 rad
4

N
3p 3 ? 180°
rad 5 5 135°
4 4
3p
Logo: rad 5 135°.
4

P
g) a 5 1 rad Fique atento
Em graus Em radianos Como 2p rad 5 360°, os valores
180 p que aparecem arredondados
nos exemplos g e h são:
a 1
180 p 180 180  180  °
5 ~ pa 5 180 ~ a 5 â â 57,3° 1 rad 5   â 57° 178 44,89
p  p 
IA
a 1 3,14
p
Logo: 1 rad â 57,3°. 1° 5 rad â 0,01745 rad
180
h) a 5 1°
180 p p 3,14
5 ~ 180a 5 p ~ a 5 â â 0,017
1 a 180 180
Logo: 1° â 0,017 rad.
7p p
i) a 5 rad 5 7 ? rad 5 7 ? 30° 5 210°
U

6 6

Fique atento
Quando a medida angular está em radianos, podemos omitir a unidade de medida. Por exemplo:
7p 7p
a5 rad ou, simplesmente, a 5 .
G

6 6
Assim, quando a unidade da medida angular não for indicada, subentende-se que é o radiano.
Veja outros exemplos.
p p
5 30° 5 45°
6 4

Atividades resolvidas
9. Determine a medida angular, em radianos, de um arco de medida de comprimento de
20 cm, em uma circunferência com raio de medida de comprimento de 8 cm.

Resolu•‹o
Pelo enunciado, sabemos que L 5 20 cm e r 5 8 cm. Então:
L 20 8 cm 20 cm 20
a5 5 5 2,5 ou 5 ~ a5 5 2,5
r 8 1 rad a 8
Portanto, a medida angular desse arco é 2,5 rad.

42
Não escreva no livro.

Leitura e compreensão

D
Stonehenge e as circunferências concêntricas
O misterioso monumento de Stonehenge, localizado a cerca de 15 quilômetros

L
ao norte da cidade de Salisbury (Reino Unido), intriga estudiosos há muitos séculos.
Não se sabe ao certo como e para que Stonehenge foi construído, havendo teorias de
que foi erguido para prever eclipses e outros fenômenos celestes, como o nascimento
do Sol e da Lua no solstício e no equinócio, ou que as estruturas são vestígios de um

N
grande templo religioso.

Chris Gorman/Getty Images


P
IA
U

Vista aérea do monumento Stonehenge (Reino Unido). Foto de 2020.

Vista de cima, a parte mais famosa do complexo de Stonehenge era formada por
duas circunferências concêntricas (de mesmo centro) de grandes blocos de pedra, a
G

maior com diâmetro de medida de comprimento de 32 metros. As pedras chegavam a


ter altura com medida de comprimento de 5 metros e podiam pesar quase 5 toneladas.
R2 Editorial/Arquivo da editora

As imagens não
estão representadas
em proporção

Representação
artística de como era
originalmente a vista de
cima do monumento
Stonehenge.

43
Não escreva no livro.
Leitura e compreensão

As circunferências concêntricas apresentavam alto grau

Simon Chapman/Lnp/Shutterstock
D
de exatidão, considerando que a construção do monumen-
to teve início aproximadamente em 3500 a.C. e que, depois
de três fases de obra, foi concluída por volta de 1100 a.C.
Atualmente, relaciona-se Stonehenge à existência do povoa-
do de Durrington, estabelecido na região no mesmo perí-

L
odo da construção do monumento. Acredita-se, também,
que o número p já era conhecido por esse povo, ou pelo
menos um valor aproximado de p, e que eles conheciam o
número de dias que compõem o ano (360 dias ou aproxi-
mações dele), assim como o início e o término das estações

N
do ano. Vista de Stonehenge
Observando a foto acima, podemos perceber que as pedras da circunferência durante o solstício de
maior sustentam pedras transversais. A formação do conjunto permite observar a tran- verão no hemisfério
norte. Foto de 2018.
sição do Sol tanto no solstício de verão quanto no de inverno do hemisfério norte.
Fontes de consulta: EDO4U. Conheça a história do Stonehenge, o misterioso círculo de pedras. Empresa Brasil

P
de Comunicação, 2 abr. 2015. Disponível em: https://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/07/conheca-
historia-do-stonehenge-o-misterioso-circulo-de-pedras. KHAN ACADEMY. Stonehenge. Disponível em: https://
pt.khanacademy.org/humanities/prehistoric-art/neolithic-art/a/stonehenge. Acesso em: 23 jun. 2020.

1. O solstício é o momento em que a Terra recebe maior intensidade de luz solar em


um dos hemisférios em razão de sua inclinação de 23,5° em relação ao eixo de
IA
translação em torno do Sol. Geralmente, o dia e a noite não têm a mesma duração
em cada dia do ano, e nos solstícios essa diferença é a maior possível.
O equinócio é o momento em que a luz solar incide sobre o globo terrestre de
igual forma, nos dois hemisférios, fazendo com que o dia e a noite tenham igual
duração.
Os solstícios ocorrem em duas datas do ano, marcando as entradas do inverno e
do verão, dependendo do hemisfério. Pesquise em quais datas eles ocorrem em
cada hemisfério.
U

2. Atualmente há apenas ruínas do que foi o monumento de Stonehenge. Observe o


destaque em uma foto de 2010, na qual é possível observar boa parte das pedras
que formam a maior circunferência do monumento.

Refuge/Alamy/Fotoarena
O ângulo traçado na foto tem vértice no centro da
G

maior circunferência do monumento e tem medi-


da de abertura de aproximadamente 157°. Quan-
B
tos metros uma pessoa caminharia ao percorrer o
comprimento do arco AB » dessa circunferência?

As imagens não
estão representadas
em proporção

A
Vista aérea das ruínas de
Stonehenge (Reino Unido).
Foto de 2010.

44
Atividades Não escreva no livro.

D
65. Converta cada medida angular dada de graus para ra- 100 partes iguais, bem como um segundo é a unidade
dianos ou vice-versa. que divide o minuto em 100 partes iguais.
5p A ideia não foi muito bem-sucedida, mas atualmente
a) 45° d) 135° g) rad
4 ainda encontramos na maioria das calculadoras científi-
p 4p

L
cas as três unidades de medida: grau, radiano e grado.
b) 210° e) rad h) rad
6 3 Junte-se a um colega para responder às perguntas,
5p considerando o texto acima.
c) 300° f) rad
6 a) A quantos grados equivale meia volta de circunfe-
66. Calcule a medida de abertura, em radianos, do ân- rência? E uma volta inteira?

N
gulo central correspondente a um arco de medida de b) A quantos grados equivale 1 rad?
comprimento de 15 cm contido em uma circunferência
com r 5 3 cm. c) A quantos graus equivale 1 gr?

67. Qual é a medida de comprimento do arco correspon- 72. (Enem) As coordenadas usualmente utilizadas na lo-
dente a um ângulo central de medida de abertura 45°, calização de um ponto sobre a superfície terrestre são
contido em uma circunferência com r 5 2 cm? a latitude e a longitude. Para tal, considera-se que a

P
Terra tem a forma de uma esfera.
68. Determine a medida angular, em radianos, de cada Um meridiano é uma circunferência sobre a superfí-
arco de circunferência dado. cie da Terra que passa pelos polos Norte e Sul, re-
a) L 5 12 cm b) L 5 4p cm presentados na figura por PN e PS. O comprimento
Ilustrações: WYM Design/
Arquivo da editora

da semicircunferência que une os pontos PN e PS tem


a comprimento igual a 20 016 km. A linha do Equador
IA
10 cm a também é uma circunferência sobre a superfície da
6 cm
Terra, com raio igual ao da Terra, sendo que o plano
que a contém é perpendicular ao que contém qual-
quer meridiano.
Seja P um ponto na superfície da Terra, C o centro da
Terra e o segmento PC um raio, conforme mostra a
69. Um pêndulo tem medida de comprimento de 15 cm e,
figura. Seja j o ângulo que o segmento PC faz com o
quando em movimento, as posições extremas formam
plano que contém a linha do Equador. A medida em
um ângulo de medida de abertura de 60°. Qual é a
graus de j é a medida da latitude de P.
medida de comprimento do arco que a extremidade
U

do pêndulo descreve no movimento?

Reprodução/Enem, 2019.
70. (PUC-MG) Ao projetar prédios muito altos, os enge-
nheiros devem ter em mente o movimento de oscila-
ção, que é típico de estruturas de arranha-céus. Se o
ponto mais alto de um edifício de 400 m descreve um
G

 1 °
arco de   , a medida do arco descrito por esse
 2
ponto, em metros, é:
3p 4p 10p 11p
a) p. b) . c) . d) . e) .
4 3 9 10
71. Em 1792, durante a Revolução Francesa, houve na
França uma reforma de pesos e medidas que culmi-
nou na adoção de uma nova unidade de medida de Suponha que a partir da linha do Equador um navio
abertura de ângulos. O objetivo era que a unidade de viaja subindo em direção ao Polo Norte, percorrendo
medida de abertura de ângulos ficasse em conformi- um meridiano, até um ponto P com 30 graus de latitu-
dade com o sistema métrico decimal. Assim, essa nova de. Quantos quilômetros são percorridos pelo navio?
unidade dividia o ângulo reto em 100 partes iguais, a) 1 668 d) 6 672
chamadas grados (gr). Um grado (1 gr) é, então, a uni-
dade que divide o ângulo reto em 100 partes iguais, b) 3 336 e) 10 008
e um minuto é a unidade que divide o grado em c) 5 004

45
Conex›es

D
Eratóstenes e a medida de comprimento
da circunferência da Terra

L
O matemático, astrônomo, geógrafo, bibliotecário e poeta Eratóstenes (276 a.C.- Fique atento
-194 a.C.) nasceu em Cirene (antiga colônia grega no norte da África), mas viveu e Outra grande
morreu em Alexandria (Egito). Um dos feitos mais reconhecidos dele foi a concepção e contribuição de
execução de um experimento científico em que determinou a medida de comprimen- Eratóstenes foi

N
a elaboração de
to da circunferência da Terra, que foi considerado o sétimo entre os dez mais belos
um método (um
experimentos da Física, de acordo com a revista britânica internacional Physics World. algoritmo) para
De acordo com o artigo “Revivendo Eratóstenes” – escrito por Paulo Cesar R. Pe- determinar todos
reira e publicado em 2006 na Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia –, os números primos
o valor encontrado para a medida de comprimento da circunferência da Terra no ex- menores ou iguais

P
a certo número
perimento do matemático teria sido de 250 000 estádios. natural, que
A conversão entre as unidades de medida de comprimento estádio e quilômetro é ficou conhecido
controversa. De acordo com historiadores, o valor considerado mais provável é o de como crivo de
que 1 estádio equivale a 0,185 quilômetro. Então, aplicando essa conversão, a medida Eratóstenes. Talvez
você já tenha
encontrada por Eratóstenes teria sido de 46 250 km.
estudado esse
A medida de comprimento da circunferência da Terra atualmente aceita é de
IA
algoritmo no Ensino
39 941 km, ou seja, a medida obtida experimentalmente há mais de 2 200 anos apre- Fundamental.
sentava precisão razoável, com erro de aproximadamente 14%.

Sobre o assunto
Robert P. Crease (1953-), filósofo e historiador da ciência, nascido nos Estados Unidos,

Reprodu•‹o/Editora Zahar
perguntou aos leitores da revista internacional Physics World, na qual escreve uma coluna,
quais experimentos eles julgavam ser os mais belos. Embora ele tenha inicialmente
pedido aos leitores que nomeassem os mais belos experimentos físicos, a maioria deles
U

compreendeu que a pesquisa era sobre experimentos científicos e, por isso, apareceram
citações de experimentos de Química, de Engenharia e de Psicologia.
Com isso, considerando os experimentos que foram citados mais vezes, ele definiu uma
lista e escreveu o livro Os 10 mais belos experimentos científicos (Trad. Maria Inês Duque
Estrada. Rio de Janeiro: Zahar, 2006), no qual os expõe como em uma galeria de arte. Os
experimentos são apresentados no livro em ordem cronológica, sendo o primeiro o de
G

Eratóstenes, no qual ele mede o comprimento da circunferência da Terra.


Você pode ler o trecho do livro que relata esse experimento, bem como conhecer outros
dos experimentos científicos que tiver interesse.
Capa do livro Os 10 mais belos experimentos científicos.

Embora Eratóstenes não tenha sido a primeira pessoa a estimar uma medida de
comprimento para a circunferência da Terra, ele foi o primeiro que fez isso apresen-
tando e executando um método detalhado e chegando a valores próximos dos reais.
Em um relato publicado em um livro da biblioteca de Alexandria, Eratóstenes sou-
be que, ao meio-dia do solstício de verão, um poço na cidade de Siena (Itália) não
produzia sombra. Siena dista 5 000 estádios ao sul de Alexandria, e ambas as cidades
estão aproximadamente no mesmo meridiano da Terra. Assim, ele entendeu que, ao
meio-dia do solstício de verão, os raios de luz do Sol incidiriam verticalmente sobre
a cidade de Siena e que, quanto mais curva fosse a superfície da Terra, maior seria o
comprimento da sombra projetada por um objeto em Alexandria no mesmo instante.

46
Não escreva no livro.

Então, ao meio-dia do solstício de verão, usando as medidas de comprimento de um objeto (que pode ter

D
sido uma torre ou uma coluna, por exemplo) e da sombra produzida, ele calculou a medida de abertura do
ângulo formado entre a direção dos raios de luz do Sol e a vertical local, obtendo u 5 7,2°.

coluna em Alexandria
u

L
Ilustrações: R2 Editorial/Arquivo da editora
u

ró Alexandria sombra da coluna 5 000 estádios


T

p ico
d e Câncer Siena

N
poço em Siena
Linh
a do Eq
uador
Tró
pico
de Ca pricórnio

Representação esquemática, sem escala e em cores


fantasia, indicando os dados e a geometria que teriam
sido utilizados por Eratóstenes no experimento.
P a 5 7,2°
IA
Como o arco associado ao ângulo central de 7,2° tem medida de comprimento de 5 000 estádios, que é a
distância entre Alexandria e Siena, Eratóstenes concluiu que a medida de comprimento da circunferência da
Terra seria 50 vezes a distância entre Alexandria e Siena (pois 7,2° 5 360° : 50), ou seja, seria de 250 000 estádios.
Usando novamente a conversão de que 1 estádio equivale a 0,185 quilômetro, a medida de comprimento
da circunferência da Terra no experimento teria sido de 46 250 km.
Esse cálculo também poderia ser feito usando a relação L 5 a ? r que você estudou. Observe.

Alexandria
WYM Design/Arquivo da editora
U

L
• L 5 5 000 estádios (medida de distância entre Alexandria e Siena)
a
• a 5 7,2° â 0,1256 rad
r Siena
O • r é a medida de comprimento do raio da Terra.

Representação sem
escala da situação.
G

L 5 a ? r ~ 5 000 â 0,1256 ? r ~ r â 39 808,92


39 808,92 estádios â 7 364,65 km
Sabendo que C 5 2pr e considerando p â 3,14, obtemos a medida de comprimento C da circunferência
da Terra: C â 2 ? 3,14 ? 7 364,65 km â 46 250 km.

O formato da Terra
Muitas especulações já foram feitas sobre o formato da Terra.
Aristóteles (384-322 a.C.) apresentou argumentos muito convincentes para a esfericidade da Terra. Ob-
servou que, durante os eclipses lunares, o contorno da sombra da Terra projetada na Lua é circular [...]. Além
disso, notou diferença nos horários de observação de um mesmo eclipse para observadores situados em locais
diferentes. Ele se deu conta, ainda, de que o aspecto do céu também muda, conforme a latitude do observador.
Todas essas evidências culminavam no formato esférico. Ele chegou a conceber a Terra com forma esférica.
Faltava determinar seu tamanho (raio). [...]

47
Conex›es Não escreva no livro.

Com o desenvolvimento da teoria de gravitação de Newton ficou claro que a distribuição das forças gravi-

D
tacionais de um corpo de grande massa dá a ele a forma esférica, já que num corpo esférico, todos os pontos
na superfície estão à mesma distância do centro, expressando a atuação da gravidade.
PICAZZIO, Enos (org.). O céu que nos envolve: introdução à Astronomia para educadores e iniciantes. São Paulo: Odysseus, 2011.

No século XVI, com a realização da primeira circum-navegação registrada (também chamada de primeira
“volta ao mundo”), a humanidade teve uma prova direta do formato aproximadamente esférico da Terra e

L
das medidas de comprimento do raio e da circunferência do planeta. Essa circum-navegação foi iniciada em
1519 pelo navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521) e foi concluída em 1522 pelo navegador
e explorador espanhol Sebastián Elcano (1476-1526).
Fontes de consulta: PEREIRA, Paulo Cesar R. Revivendo Eratóstenes. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, São Carlos,
n. 3, 2006. Disponível em: http://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/74/64. FERREIRA, Carlos Augusto; BISCH, Sérgio

N
Mascarello. Qual é o tamanho do Universo? Uma proposta de sequência de ensino investigativo sobre os métodos de Eratóstenes e
Aristarco para medir os tamanhos da Terra e da Lua. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, São Carlos, n. 28, 2019.
Disponível em: http://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/398/414. PICAZZIO, Enos (org.). O céu que nos envolve: introdução
à Astronomia para educadores e iniciantes. São Paulo: Odysseus, 2011. Acesso em: 28 maio 2020.

Conecte com o texto

P
1. Observe novamente a representação do experimento de Eratóstenes e justifique por que a medida de
abertura a do ângulo central é igual à medida de abertura u do ângulo formado pelo raio solar e a coluna
de Alexandria, ou seja, por que as medidas de abertura a e u são iguais.
2. Assumindo que a medida de comprimento da sombra produzida pela colu-

R2 Editorial/Arquivo da editora
u
na em Alexandria fosse de 1 metro, qual seria a medida de comprimento x
IA
da altura da coluna?
u

1m
U

Pesquise e debata
3. Construa perguntas que iniciem com a expressão “Se o formato da Terra fosse plano, então»” e elabore
as respostas. Depois, compartilhe-as com os colegas e, juntos, verifiquem se as respostas correspondem
ao que acontece na realidade. Veja um modelo.
G

Pergunta: Se o formato da Terra fosse plano, então como seriam as medidas de comprimento das sombras
de varetas iguais, em posições perpendiculares à superfície terrestre, situadas no mesmo meridiano, mas
em diferentes latitudes do planeta?
Resposta: As medidas de comprimento das sombras seriam iguais. Isso não acontece na realidade, o que
indica que o formato da Terra não é plano.
4. É possível encontrar informações veiculadas na internet que defendem que a Terra é plana, discordando
de fundamentos validados cientificamente. Junte-se com quatro colegas para realizar esta atividade.
• Conversem sobre essas informações e façam uma pesquisa, sob uma perspectiva científica, dos argu-
mentos que podem ser utilizados para refutar esse tipo de informação.
• Discutam os impactos que a disseminação dessas informações, muitas vezes originadas em fake
news, têm na sociedade.
• Elaborem um material para comunicar as conclusões e as justificativas científicas sobre o formato
esférico da Terra, para públicos variados, acompanhado das fontes de pesquisa. Esse material pode
ser um texto, um vídeo ou um podcast, de modo que possa ser compartilhado em mídias sociais.

48
Circunferência orientada e circunferência

D
trigonométrica
Como você viu, as medidas angulares de arcos em uma circunferência variam de
0° ou 0 rad (arco nulo) até 360° ou 2p rad (arco de uma volta), assim como as medi-
das de abertura de ângulos centrais. Assim, nesse estudo, não fazia sentido falar em

L
um arco de medida angular 720° ou em um ângulo de medida de abertura 720°, por
exemplo.
A partir de agora, ao estabelecer a circunferência trigonométrica, poderemos am-
pliar as noções de seno e cosseno de um ângulo para medidas de abertura maiores do
que 360° e para medidas de abertura negativas, e, posteriormente, estudar a função

N
seno e a função cosseno.

Circunferência orientada
A cada número real, podemos associar um percurso em uma circunferência. No
caso de uma circunferência cuja medida de comprimento do raio é 1 (r 5 1), a medida

P
de comprimento desse percurso corresponde ao número real escolhido.

Circunfer•ncia orientada é toda circunferência na qual convencionamos como


positivo um dos sentidos do percurso (horário ou anti-horário).
IA
Neste livro, convencionamos como positivo o sentido anti-horário. Assim, se o nú-
mero real for positivo, então o percurso será feito no sentido anti-horário, e, se o número
real for negativo, então o percurso será feito no sentido horário.
sentido anti-horário (1)
Banco de imagens/Arquivo da editora

O
U

sentido horário (2)

Como vimos, a medida de comprimento L de um arco de circunferência depende


da medida de comprimento r do raio da circunferência, mas a medida angular a não.
G

Sabendo que L 5 a ? r (com a em radianos), para r 5 1, temos L 5 a .


Veja alguns exemplos dessa associação de números reais a percursos em uma cir-
cunferência. B
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

p
a) Número real .
2 A
O
A esse número associamos, em uma circunferência com r 5 1, o percurso no
» de medida de comprimento p .
sentido anti-horário, representado pelo arco AB
2

p
b) Número real 2 .
2 O A
A esse número associamos, em uma circunferência com r 5 1, o percurso no
» de medida de comprimento p .
sentido horário, representado pelo arco AB
2 B

49
Atividades Não escreva no livro.

D
73. Esboce no caderno o desenho para representar, em uma circunferência com raio de medida de comprimento 2 uni-
dades de comprimento, cada arco de medida de comprimento dada.
3p p
a) p b) 2p c) 2 d)
2 4

L
Circunferência trigonométrica

Circunferência trigonométrica é a circunferência orientada, de centro na origem do sistema de coordenadas

N
cartesianas ortogonais, cujo raio tem medida de comprimento 1 e na qual o sentido positivo é o anti-horário.

Vamos associar um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais à circunferência trigonométrica de


centro O, fixando o ponto A(1, 0) como origem dos arcos.
y

Banco de imagens/Arquivo da editora


P
B
1 Reflita
Os pontos B, A8 e B8
dessa circunferência
A8 A x trigonométrica
21 O correspondem a quais
1 1 origem
pares ordenados?
IA
dos
arcos (1, 0)
2
B8

Os eixos x e y dividem a circunferência trigonométrica em quatro partes congruentes, chamadas quadran-


tes, como mostrado abaixo.
y

90° B
U
Fernando Blanco Calzada/Shutterstock

2o 1o
quadrante quadrante
A8 0° A x
180° o O o 360°
3 4
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

quadrante quadrante
G

270° B8

y
p
2 B

2o 1o
quadrante quadrante
A8 0 A x
p O 2p
3o 4o
quadrante quadrante A circunferência trigonométrica
é uma representação gráfica
que auxilia na resolução
3p B8 de diversos problemas de
2 Trigonometria.

50
Observações

D
• Os pontos A, B, A8 e B8 são pontos dos eixos e, por isso, não são considerados
pontos dos quadrantes.
• Para todo ponto (x, y) pertencente à circunferência trigonométrica, temos
21 , x , 1 e 21 , y , 1.
• Analisando os arcos com medida angular de 0° a 360° (ou de 0 a 2p rad), podemos

L
afirmar que:
• são do primeiro quadrante os arcos com medidas angulares entre 0° e 90°
p p p p
¯ou 0 e ˘, como os arcos de 30° 5 , 45° 5 e 60° 5 ;
2 6 4 3

N
• são do segundo quadrante os arcos com medidas angulares entre 90° e 180°
p 2p 5p
¯ou e p˘, como os arcos de 120° 5 e 150° 5 ;
2 3 6
• são do terceiro quadrante os arcos com medidas angulares entre 180° e 270°
3p 7p 4p
¯ou p e ˘, como os de 210° 5 e 240° 5 ;

P
2 6 3
• são do quarto quadrante os arcos com medidas angulares entre 270° e 360°
3p 5p 16p
¯ou e 2p˘, como os de 300° 5 e 320° 5 .
2 3 9

Arcos côngruos (ou arcos congruentes)


IA
Toda vez que dois arcos diferentes, iniciados em (1, 0), têm extremidade final no
mesmo ponto da circunferência (por exemplo, 0 e 2p), os chamamos de arcos côngruos
ou arcos congruentes. É conveniente notar que as medidas angulares de todos os
arcos côngruos diferem entre si de um múltiplo de 360¡, ou de 2p, que é a medida de
comprimento de cada volta.
y
B
U

p
x Ao número está
A 3
associado o ponto B.
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora
G

y
y B
B

x x
A A

p p
Ao número 1 2p também Ao número 1 2 ? 2p está
3 3
está associado o ponto B. associado o mesmo ponto B.

Fique atento
Observe que na circunferência trigonométrica há vários números reais associados à mesma
extremidade de arco.

51
Imagine o ponto B como um móvel que se desloca sobre a circunferência no senti- Não escreva no livro.

D
do anti-horário, a partir do ponto A.

• Na primeira figura, o ponto deslocou-se 60° ou p de A até B.


3
• Na segunda figura, o ponto deslocou-se 1 volta inteira (360° ou 2p) e mais 60° ou
p 7p
, ou seja, deslocou-se 420° ou .

L
3 3
• Na terceira figura, o ponto deslocou-se 2 voltas inteiras (2 ? 360° ou 2 ? 2p) e mais
p 13p
60° ou , ou seja, 780° ou .
3 3
Supondo que o ponto se deslocasse k voltas inteiras, o número associado à extre-

N
midade B do arco AB » seria escrito assim:

p
60° 1 k ? 360° ou 1 k ? 2p, com k é Z
3

P
Então, podemos definir arcos côngruos.

Dois arcos são côngruos (ou congruentes) quando as medidas angulares diferem
de um múltiplo de 360° ou 2p.

Veja exemplos de arcos côngruos.


IA
p p
a) 30° e 30° 1 360° ¯ou e 1 2p˘.
6 6
p p
b) 45° e 45° 1 2 ? 360° ¯ou e 1 2 ? 2p˘.
4 4
p p
c) 60° e 60° 2 3 ? 360° ¯ou e 2 3 ? 2p˘.
3 3

Reflita
U

No exemplo a, podemos afirmar que são côngruos os arcos de medidas angulares 30° e 390° ou
p 13p
e . No exemplo b, quais arcos são côngruos?
6 6
G

No último exemplo, o sinal negativo significa que as 3 voltas completas foram da-
17p
das no sentido horário. Dizemos, nesse caso, que 60° 2 3 ? 360° 5 21 020° ou 2
3
são arcos negativos.
De modo geral:
• se um arco tem medida angular a, em graus, então a medida angular dos arcos

côngruos a ele pode ser dada pela expressão a 1 k ? 360°, com k é Z ;

• se um arco tem medida angular a radianos, então a medida angular dos arcos côn-

gruos a ele pode ser dada pela expressão a 1 k ? 2p ou a 1 2kp, com k é Z ;

• como a cada ponto da circunferência podem estar associados infinitos arcos côn-
gruos, dizemos que o arco da primeira volta positiva (entre 0° e 360° ou entre 0 e
2p), associado a um ponto da circunferência, é a primeira determinação positiva
de qualquer arco côngruo associado ao mesmo ponto.

52
Não escreva no livro.

Tecnologias digitais

D
Construção de arcos côngruos no GeoGebra
Software livre
O GeoGebra é um software livre de Matemática que pode ser utilizado em di-

L
Qualquer programa
versos conteúdos de Números, Álgebra e Geometria. Ele foi criado pelo matemático gratuito de computador
austríaco Markus Hohenwarter (1976-) e recebeu diversos prêmios na Europa e nos cujo código-fonte deve
ser disponibilizado para
Estados Unidos.
permitir o uso, o estudo,
Neste momento, vamos usar o GeoGebra para construir arcos côngruos. a cópia e a redistribuição.

N
Você tem diversas opções de uso do GeoGebra Classic: em um computador, pode
fazer o download no site www.geogebra.org/download (acesso em: 24 jun. 2020); em
um smartphone, pode baixá-lo na loja oficial de aplicativos do sistema operacional do
aparelho; ou pode acessá-lo on-line no site https://www.geogebra.org/classic (acesso
em: 24 jun. 2020).

P
As imagens que utilizaremos aqui são da versão on-line. Mas você

Reprodução/www.geogebra.org
pode escolher a opção de uso que julgar mais oportuna.
1o passo: Selecione a opção “Círculo dados Centro e Um de seus
Pontos” e clique nos pontos (0, 0) e (1, 0), nessa ordem. Com isso,
você construiu uma circunferência trigonométrica. Você deverá ter uma
imagem como a apresentada ao lado.
IA
Note que o GeoGebra atribui automaticamente nomes aos pontos
criados: pontos A e B, respectivamente. Além disso, na parte esquerda da
tela (no caso da versão on-line), o software mostra as coordenadas desses
pontos, além de nomear a circunferência como "círculo c" e apresentar a
equação correspondente a ela.
2o passo: Selecione a ferramenta “Controle Deslizante”, clique sobre
Tela do GeoGebra após o 1o passo.
algum local da tela, marque a opção “Ângulo” e mude o valor máximo,
que inicialmente estava em 360°, para 3 600°, possibilitando dar 10 vol-

Reprodução/www.geogebra.org
U

tas na circunferência trigonométrica. Certifique-se de que o incremento


esteja indicado como 1°.
3o passo: Agora, selecione a opção “Ângulo com Amplitude Fixa”,
clique sobre os pontos B e A, nessa ordem. Na janela que aparecer,
digite a para a medida de abertura e deixe selecionado o sentido anti-
G

-horário.
Como a medida angular de um arco corresponde à medida de aber-
tura do ângulo central que o subtende, podemos considerar o controle
deslizante de a como a medida angular do arco BB8 » , que é criado no
software. o
Tela do GeoGebra durante o 2 passo.
Reprodução/www.geogebra.org

Tela do GeoGebra durante


o 3o passo.

53
Não escreva no livro.
Tecnologias digitais

Note que, apesar de termos criado o ângulo com medida de abertura a (entre 0° e 3 600°), o GeoGebra

D
cria uma medida b que corresponde à primeira determinação positiva (primeira volta) de a. Assim, a e b são
medidas angulares de arcos côngruos.
Fique atento

Reprodução/www.geogebra.org
Você pode ampliar
ou reduzir a imagem

L
no GeoGebra
usando as
ferramentas de zoom
(na parte inferior
direita da tela) ou
utilizando o scroll do

N
mouse (a “rodinha”
que fica na parte
superior da maioria
dos mouses).

Tela do GeoGebra após o 3o passo.


4o passo: Movendo o con-
P
Reprodução/www.geogebra.org
trole deslizante de a, variamos
IA
a medida angular a do arco BB»8
e, consequentemente, a primei-
ra determinação positiva b. Ar-
raste o controle deslizante até
a 5 1 500° e observe, durante
o movimento, que o ponto B8
percorre 4 voltas completas e
para em b 5 60°, pois 1 500° 5
U

5 4 ? 360° 1 60°. Então, 60° é


um arco côngruo a 1 500°.

Tela do GeoGebra após o 4o passo.


G

»8 na
5o passo: Arraste o controle deslizante de a para diferentes valores e observe o respectivo arco BB
circunferência trigonométrica e o valor de b que é exibido. Você também pode utilizar a seta que aparece
ao lado do controle deslizante e ativar o simulador, que vai aumentar a medida angular a até 3 600° e depois
diminuir até 0°, e assim sucessivamente. Enquanto o GeoGebra mostra a simulação, você pode alterar a ve-
locidade com que a aumenta ou diminui.
1. A construção que você fez no GeoGebra permite obter rapidamente a primeira de- Fique atento
terminação positiva b de cada medida angular a considerada. Use essa construção
Salve as construções
para responder aos itens.
que você fizer.
a) Qual é a medida angular da primeira determinação positiva do arco de 3 000°?
b) Quais são os arcos côngruos a 35° na segunda, terceira, quarta e quinta voltas da circunferência trigo-
nométrica?
c) O ponto B8 obtido com a 5 2 000° está na mesma posição do ponto B8 obtido com a primeira determi-
nação positiva b 5 200°? Por quê?
d) O ponto B8 obtido com a 5 3 000° está na mesma posição do ponto B8 obtido com a primeira determi-
nação positiva b 5 300°? Por quê?

54
Atividades resolvidas

D
10. Escreva a expressão geral dos arcos côngruos a

Banco de imagens/Arquivo da editora


D
cada arco de medida angular dada. E C
F B
a) 45°
G A
3p
b)

L
rad
4 H L
I K
J
Resolução
a) A medida angular do arco é dada em graus Para abrir o cofre, são necessárias três operações
(a 5 45°), então a expressão geral é: (o segredo), girando o disco menor (onde a seta

N
a 1 k ? 360° ~ 45° 1 k ? 360°, com k é Z está gravada), de acordo com as seguintes instru-
ções, a partir da posição indicada:
b) A medida angular do arco é dada em radianos 2
3p 1) p no sentido anti-horário.
¯a 5 rad˘, então a expressão geral é: 3
4 3
2) p no sentido horário.
3p 2
a 1 2kp ~ 1 2kp, com k é Z

P
4 3
3) p no sentido anti-horário.
4
11. Qual é o menor arco não negativo que é côngruo
Pode-se, então, afirmar corretamente que o cofre
ao arco de medida angular 1 320°, ou seja, qual é a
será aberto quando a seta estiver:
primeira determinação positiva do arco de medida
angular 1 320°? a) no ponto médio entre L e A.
b) na posição B.
IA
Reflita c) na posição K.
Qual é o significado de um número não negativo? d) em algum ponto entre J e K.
Então, como deve ser a primeira determinação e) na posição H.
positiva de um arco?
Resolução
1. Lendo e compreendendo
Resolução
a) O que é dado no problema?
Devemos obter o menor valor não negativo de a tal
São dadas as informações sobre o funcionamen-
que a 1 k ? 360° 5 1 320°, com k é Z.
to do dispositivo de segurança e as instruções
U

Então: para abrir o cofre.


b) O que se pede?
1 320 360
Pede-se a posição da seta no momento em que se
240 3 1 320° 5 240° 1 3 ? 360° abre o cofre.
a k
2. Planejando a solução
G

Conhecemos as operações a serem realizadas com


Logo, o menor arco não negativo, côngruo ao arco o disco menor e o sentido a ser tomado (horário
dado, tem medida angular 240°. ou anti-horário). Então podemos adicionar os va-
lores das operações no sentido anti-horário e sub-
Fique atento trair o valor da operação no sentido horário e, as-
Nesta atividade, dizemos que 240° é a primeira sim, identificar a posição em que a seta deve ficar.
determinação positiva de 1 320° ou que 1 320° foi 3. Executando o que foi planejado
reduzido à 1a volta. 2p 3p 3p 8p 1 9p 2 18p p
1 2 5 5 2
3 4 2 12 12
Resolvida passo a passo Assim, ao final do movimento, a seta estará na posi-
12. (Unifor-CE) O dispositivo de segurança de um p
ção 2 rad 5 215°, no sentido anti-horário a partir
cofre tem o formato da figura a seguir, onde as 12
de A. Como o arco entre cada letra do dispositivo tem
12 letras A, B, », L estão igualmente espaçadas (o
ângulo central entre duas letras vizinhas é o mes- 360° 2p rad p
medida angular 5 30° ¯ou 5 rad˘, a
mo) e a posição inicial da seta, quando o cofre se 12 12 6
encontra fechado, é a indicada. seta estará no ponto médio entre A e L.

55
4. Emitindo a resposta

D
A resposta é a alternativa a.
5. Ampliando o problema

a) Um casal comprou um dispositivo de segurança idêntico ao citado na atividade e determinou que o segredo
seria composto das letras iniciais dos nomes deles e do nome do filho, formando a sequência L, H e L de códigos.
Sendo assim, quais operações são necessárias para abrir o cofre, com a seta partindo de A?

L
b) Junte-se com dois ou três colegas e, juntos, criem segredos em um dispositivo similar ao da atividade, se-
guindo os mesmos modelos de instrução. Depois de criarem os segredos, troquem-nos com outro grupo e o
desafiem a abrir o cofre.

N
Atividades Não escreva no livro.

74. Escreva no caderno a expressão geral dos arcos con- 76. Calcule no caderno a primeira determinação positiva
gruentes a cada arco de medida angular dada. de cada arco.
10p

P
5p a) 780° c) 2400° e) rad
a) 60° c) rad 3
4
15p 9p
11p b) 1 140° d) rad f) rad
b) 120° d) rad 2 2
6
77. Faça esta atividade com um colega.
75. Escreva no caderno a expressão geral, em radianos, de
7p
IA
» representado na circunferência trigono-
cada arco AP a) Converta rad para graus.
4
métrica.
b) Qual é a medida de comprimento de um arco cor-
a) y
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

respondente a um ângulo central de medida de


abertura 60°, contido em uma circunferência com
P r 5 1,5 cm?
30¡ x
O A c) Calcule a medida angular do menor arco não nega-
tivo côngruo de 2 650°.
14p
d) Qual é a expressão geral dos arcos côngruos de ?
3
U

b) y
P 78. Em 2019, durante um importante evento de espor-
tes radicais, o norte-americano Mitchie Brusco (1997-)
45¡ x conquistou a façanha de se tornar o primeiro atleta a
O A fazer uma manobra de 1 260° com o skate.
G

David Berding/Icon Sportswire/Getty Images

c) y Fazer diferentes
P manobras com
o skate, e cada
120¡
x vez mais difíceis
O A ou com mais
voltas ao redor
de si mesmo, é
uma das metas
d) y dos participantes
de competições
profissionais, pois
x elas dão maiores
O 260¡ A pontuações.

A manobra de 1 260° consiste em dar quantas voltas


P no ar em torno de si mesmo?

56
Explorando a ideia de seno e cosseno

D
de um número real
No começo deste capítulo, definimos as razões trigonométricas sen a e cos a para ângulos agudos, ou
seja, para 0 < a < 90°. Para esses valores de a foi demonstrada uma importante relação:

L
sen2 a 1 cos2 a 5 1

Depois, os valores de sen a e cos a foram estendidos para a 5 0° (ângulo nulo), a 5 90° (ângulo reto) e
90° < a < 180° (ângulos obtusos), a fim de possibilitar a resolução de problemas que envolvem triângulos

N
quaisquer.

sen 90° 5 1 cos 90° 5 0

sen a 5 sen (180° 2 a) cos a 5 2cos (180° 2 a)

No entanto, não justificamos essas relações quando as apresentamos. Agora, tendo ampliado o ambiente

P
de trabalho para a circunferência trigonométrica, vamos definir os valores de sen t e cos t para todo número
real t, ou seja, o seno de um número real e o cosseno de um número real, em vez de seno e cosseno de
medidas de abertura de ângulos, e vamos justificar os valores apresentados anteriormente. Faremos essa
IA
definição usando uma função F.
Nesse caso, para cada número real t associamos um único ponto P(t) da circunferência trigonométrica.
Veja como determinar esse ponto.
• Quando t 5 0, o ponto P coincide com A(1, 0).
y Fique atento
Banco de imagens/Arquivo da editora

2
p Lembre-se de como podemos definir
2 uma função: Dados dois conjuntos não
1 p
4 vazios A e B, uma função F de A em B é
A ä P(1, 0) x uma relação que associa cada elemento
U

O x é A a um único elemento y é B.
p
2
21 4 O conjunto A é o domínio (D) da função F,
p o conjunto B é o contradomínio (CD) e
2
2
–2 o conjunto de todos os y obtidos pela
função é o conjunto imagem Im(F).
G

O ponto P está associado ao número real 0.

• Quando t > 0, medimos na circunferência trigonométrica, a partir do ponto A(1, 0), um arco de medida
de comprimento t, no sentido positivo (sentido anti-horário). A extremidade desse arco é o ponto P(t).
Observe os exemplos.
a) y b) y c) y
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

2 2 2
p p p
2 P 2 2
1 1 P 1p
P p
p
4 4
4
x x x
O A O A O A
p p p
2 2 2
21 4 21 4 21 4
p p p
2 2 2
2 2 2
–2 –2 –2

O ponto P está associado ao O ponto P está associado ao Ao número 1 associamos o


p p ponto P.
número real . número real .
4 2

57
• Quando t < 0, medimos na circunferência trigonométrica, a partir do ponto

D
A(1, 0), um arco de medida de comprimento t, no sentido negativo (sentido
horário). A extremidade desse arco é o ponto P (t).
Observe os exemplos.
a) y b) y c) y

Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora


2 2 2
p p p

L
2 2 2
1 p 1 p 1 p
4 4 4
x x x
O A O A O A
P p p p
2 2 2
21 4 21 4 4
P 21

N
p p p
2 2 2
2 2 2
–2 –2 –2

p
O ponto P está associado ao Ao número real 2 O número real 21 está
p 2 associado ao ponto P.
número real 2 . associamos o ponto P.
4

P
Formalizando a definição de seno
e cosseno de um número real
Para cada número real t fica associado um ponto P(t), chamado de imagem de t
IA
» na
na circunferência trigonométrica, que representa a extremidade do arco AP
circunferência, cuja medida de comprimento é t.

Com essa função, definimos seno e cosseno de um número real t.

Dado t é R (ou seja, t pertencente ao conjunto dos números reais), sendo (x, y)
as coordenadas do ponto P(t), por definição, temos cos t 5 x e sen t 5 y.
U

R
Banco de imagens/Arquivo da editora

t
y

p
P(cos t, sen t) 2
G


1
sen t t
0 ä 2p x sen t é a ordenada de P.
0
F p cos t O (1, 0) cos t é a abscissa de P.

3p
2

Fique atento
Apesar de estarmos estudando apenas o seno e o cosseno de um número real t, podemos salientar que a razão trigonométrica
sen a
tangente que vimos anteriormente no triângulo retângulo, tan a 5 (sendo a a medida de abertura de um ângulo agudo
cos a
sen t
de um triângulo retângulo), também é válida para a tangente de um número real: tan t 5 , com cos t = 0.
cos t

58
Observações

D
• Em uma circunferência trigonométrica, o eixo das abscissas também é chamado
eixo dos cossenos, e o eixo das ordenadas também é chamado eixo dos senos.
• Quando 0 < t < p, observamos que sen t 5 sen a e cos t 5 cos a, em que a é a
medida de abertura do ângulo central que subtende o arco de medida de compri-
mento t. Assim, temos a conexão entre seno e cosseno de um número real e seno

L
e cosseno de um ângulo.
• A relação fundamental entre seno e cosseno é válida para qualquer número real t:
sen2 t 1 cos2 t 5 1

N
Observe nas figuras a seguir o que acontece com os valores de sen t (ordenada do
ponto P) e cos t (abscissa do ponto P), quando P coincide com um dos pontos A(1, 0),
B(0, 1), A8(21, 0) e B8(0, 21) dos eixos da circunferência trigonométrica. Repare que,
como definimos anteriormente, sen 90° 5 1 e cos 90° 5 0.
y
Ilustrações: Banco de imagens/
Arquivo da editora

P
t 5 0 (0°)

AŠP x sen 0 5 0
O

cos 0 5 1
IA
y p y 3p
t5 (90°) t5 (270°)
1 BŠP 2 2

p 3p
sen 51 sen 5 21
x 2 A x 2
A
O O

p 3p
50
U

cos cos 50
2 2
21 B8 ä P

y y

t 5 p (180°) t 5 2p (360°)
G

A8 Š P A x sen p 5 0 AŠP x sen 2p 5 0


21 O O 1

cos p 5 21 cos 2p 5 1

Redução ao 1o quadrante
Para medidas de abertura de ângulos obtusos, você já viu que podemos calcular
o seno e o cosseno associando-os ao ângulo complementar. O mesmo ocorre para o
seno e o cosseno de números reais quando P está no 2o quadrante da circunferência
trigonométrica.
Na próxima página vamos mostrar por que essas relações são válidas e como pode-
mos calcular o seno e o cosseno de números reais, com P em qualquer quadrante. Para
isso, vamos usar a simetria dos pontos na circunferência trigonométrica.

59
Para determinar o seno ou o cosseno de um número real em que P está no 2o qua-

D
drante, basta compará-lo com o número real correspondente do 1o quadrante, simétri-
co em relação ao eixo y.

p
< x < p (ponto P no 2o quadrante)
2

L Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora


y p y
2p (60°) 3p p
(120°) 3
3 4 4

60° 60° x x
O O

N
2p  2p  p 3p  3p  p
sen 5 sen p 2  5 sen cos 5 2cos  p 2  5 2cos
3  3  3 4 4  4

P
Para determinar o seno ou o cosseno de um número real em que P está no 3o qua-
drante, basta compará-lo com o número real correspondente do 1o quadrante, simétrico
em relação à origem dos eixos.

3p
IA
p<x< (ponto P no 3o quadrante)
2

Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora


y y

p p
(30°) 6
6
30° x x
30° O O
7p
(210°) 7p
6
6
U

7p  7p  p 7p  7p  p
sen 5 2sen  2 p  5 2sen cos 5 2cos  2 p  5 2cos
6  6  6 6  6  6

Para determinar o seno ou o cosseno de um número real em que P está no 4o qua-


G

drante, basta compará-lo com o número real correspondente do 1o quadrante, simétri-


co em relação ao eixo x.
3p
< x < 2p (ponto P no 4o quadrante)
2
y y p
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

p 3
(45°)
4

45° x x
O 45° O

7p
(315°)
4 5p
3

7p  7p  p 5p  5p  p
sen 5 2sen 2p 2  5 2sen cos 5 cos 2p 2  5 cos
4  4  4 3  3  3

60
Quando o número real é maior do que 2p, para calcular o seno e o cosseno basta considerar o arco côn-

D
gruo a ele na primeira volta e, depois, reduzi-lo ao 1o quadrante.

x > 2p

Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora


y 13p y
(390°)
6
côngruo p
p 6

L
a (30°)
6
x x
O O

23p 11p
c™ngruo a
6 6

N
13p p 23p 11p  11p  p
sen 5 sen cos 5 cos 5 cos 2p 2  5 cos
6 6 6 6  6  6

Atividades resolvidas

P
13. Faça um esboço de cada número real em uma circunferência trigonométrica e calcule o valor do seno ou
cosseno indicado.
2p 5p 7p
a) sen b) cos c) cos
3 4 2
Resolu•‹o
p 2p p p 2p

Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora


2p y 5 2
a) Temos < < p, então:
IA
2 3 3 3 3

2p  2p  p 3 x
sen 5 sen p 2  5 sen 5 â 0,866 O
3  3  3 2

y
5p 3p p
5
5p
2p
b) Temos p < < , então: 4 4
4 2
5p  5p  p 2 x
cos 5 2cos  2 p  5 2cos 52 â 20,707 O
U

4  4  4 2
5p
4

7p 3p y
c) Temos 5 1 2p , então:
2 2
x
G

7p 3p O
cos 5 cos 50
2 2
7p 3p
5 1 2p
2 2

Atividades Não escreva no livro.

79. Calcule o valor de cada seno ou cosseno na forma decimal. Depois, confira as respostas com um colega.

5p 7p 37p  4p 
a) sen b) sen c) sen d) cos 6p e) sen 2 
6 5 6  9 
80. Junte-se a um colega e, juntos, calculem os possíveis valores reais de x em cada item.

2 1
a) sen x 5 21 b) sen x 5 c) sen x 5 2 d) sen x 5 0
2 2

61
A função seno

D
Agora que sabemos como obter o valor de seno e de cosseno de números reais,
podemos definir as funções trigonométricas, formalizando o que estudamos até aqui,
agora do ponto de vista de funções.
Assim, dado um número real x, podemos associar a ele o valor do seno de um ângu-

L
lo com medida de abertura x radianos (ou de um arco com medida angular x radianos).

A função trigonométrica seno é a função real de variável real que associa, a


cada número real x, o valor real sen x.
F: R ñ R

N
x î F(x) 5 sen x

R R

Banco de imagens/Arquivo da editora


Im Fique atento
y 5 sen x

P
Para cada número
x1 sen x1 real x existe sempre
um único valor real
para sen x.
p 2
4 2
IA
Gráfico da função seno
Para construir o gráfico da função seno no plano cartesiano, primeiro escolhemos
alguns valores de x da primeira volta positiva (0 , x , 2p) e consideramos os respecti-
vos valores da função. Em alguns casos, usaremos valores aproximados para os senos.
Em seguida, marcamos esses pontos em um plano cartesiano e traçamos a curva
U

que representa o gráfico.

Fique atento
O gráfico de uma função F: R ñ R é o conjunto formado por todos os pares ordenados (x, y),
para x é R, y é R e y 5 F(x). Podemos representar o gráfico de uma função no plano cartesiano.
G

p p p p 2p 3p 5p
x 0
6 4 3 2 p
3 4 6

1 2 3 3 2 1
sen x 0 1 0
2 2 2 2 2 2

sen x 0 0,5 0,7 0,9 1 0,9 0,7 0,5 0

7p 5p 4p 3p 5p 7p 11p
x 2p
6 4 3 2 3 4 6

1 2 3 3 2 1
sen x 2 2 2 21 2 2 2 0
2 2 2 2 2 2

sen x 20,5 20,7 20,9 21 20,9 20,7 20,5 0

62
Veja o gráfico inicialmente para x é [0, 2p] e, depois, para x é R.

D
y

Banco de imagens/Arquivo da editora


1
0,9
0,7

L
0,5
7p 5p 4p 3p 5p 7p 11p
6 4 3 2 3 4 6 x
p p p p 2p 3p 5p p 2p
0
6 4 3 2 3 4 6
20,5

N
20,7
20,9
21

Como a função seno é definida no conjunto dos números reais, ou seja, o domínio é R, a curva pode ser

P
estendida para valores de x menores do que zero e para valores maiores do que 2p. O gráfico da função
F: R ñ R, definida por F(x) 5 sen x, é a curva chamada senoide, que tem o seguinte aspecto:

Banco de imagens/Arquivo da editora


y

1
p 3p
2
22p 2 x
IA
2p 2
24p 3p 0 p p 2p 4p
2 2
2
21

Fique atento
O gráfico da função seno é simétrico em relação à origem do plano cartesiano.

Periodicidade da fun•‹o seno


U

Uma função F: R ñ R é chamada periódica quando existe um número p = 0 tal que F(t 1 p) 5 F(t) para
todo t é R. Quando isso ocorre, temos F(t 1 kp) 5 F(t) para todo t é R e todo k é Z. O menor número
p > 0 tal que F(t 1 p) 5 F(t) para todo t é R é chamado período da função F.
Para encontrar o período, podemos observar no gráfico da função o deslocamento horizontal necessário
G

para que os valores dela comecem a se repetir.


Analisando a função seno, os valores da função se repetem periodicamente nos intervalos », [22p, 0],
[0, 2p], [2p, 4p], », pois o ponto P(t), associado ao número real t, descreve um fenômeno periódico quando
percorre a circunferência trigonométrica. Daí dizermos que a função seno é periódica.
A repetição dos valores da função seno pode ser observada no gráfico da função.
y
WYM Design/Arquivo da editora

22p x
24p 0 2p 4p

21
período (p) período (p) período (p) período (p)

Para todo x é R, temos sen x 5 sen (x 1 2p) 5 sen (x 1 4p) 5 » O período da função seno é 2p e o
indicamos assim: p 5 2p.

63
Não escreva no livro.
Sinal dos valores da função seno

D
Observando os sinais dos valores da função seno, vemos que são positivos no 1o e 2o quadrantes e
negativos no 3o e 4o quadrantes.
y

Banco de imagens/Arquivo da editora


p
2

L
Reflita
1 1 Quais são os valores de sen x para
p 0 x p 3p
x 5 0, x 5 , x 5 p e x 5 e
2 2
2p
seus arcos côngruos?
2 2

N
3p
2

Algumas características da função seno

P
Apresentamos a seguir algumas características da função seno F: R ñ R definida por F(x) 5 sen x.
• A função seno tem domínio D(F) 5 R e conjunto imagem Im(F) 5 [21, 1], ou seja, todos os números reais
que estão entre 21 e 1, incluindo esses números.
• Essa função assume valor máximo 1 e valor mínimo 21, ou seja, o maior valor que ela assume é 1 e o me-
nor é 21. Além disso, essa função tem amplitude (diferença entre os valores máximo e mínimo) igual a 2.
IA
• A função seno é periódica, de período p 5 2p.

• Na função seno, temos sen (2x) 5 2sen x , para todo x real. Então, dizemos que ela é uma função ímpar.
• A função seno pode assumir valores nulos, positivos ou negativos.
• sen x 5 0, para x 5 kp, com k é Z.
p
• sen x > 0, para x do 1o e 2o quadrantes e para x 5 2 1 2kp, com k é Z.
3p
• sen x < 0, para x do 3o e 4o quadrantes e para x 5 2 1 2kp, com k é Z.
U

A função cosseno
Dado um número real x, podemos associar a ele o valor do cosseno de um ângulo com medida de aber-
tura x radianos (ou de um arco com medida angular x radianos).
G

A função trigonométrica cosseno é a função real de variável real que associa, a cada número real x,
o valor real cos x.
F: R ñ R
x î F(x) 5 cos x

Fique atento
Banco de imagens/Arquivo da editora

R R

y 5 cos x Im Para cada número


real x existe sempre
cos x1 um único valor real
x1
para cos x.

p 0
2

64
Gráfico da função cosseno Sobre

D
o assunto
Assim como fizemos com a função seno, para construir o gráfico da função cosse-
Você pode usar um
no, primeiro escolhemos alguns valores de x da primeira volta positiva (0 , x , 2p)
simulador
e consideramos os respectivos valores da função. Em alguns casos, usaremos valores on-line para observar
aproximados para cos x. a relação entre
cada ponto P(t)

L
p p p p 2p 3p 5p da circunferência
x 0
6 4 3 2 3 4 6 p trigonométrica,
associado a um
3 2 1 1 2 3 número real t, e o
cos x 1 0 2 2 2 21 respectivo ponto na
2 2 2 2 2 2

N
senoide que é gráfico
da função seno ou
cos x 1 0,9 0,7 0,5 0 20,5 20,7 20,9 21
cosseno de t.
Por exemplo, o site
PhET Simulações
7p 5p 4p 3p 5p 7p 11p Interativas, da
x 2p

P
6 4 3 2 3 4 6 Universidade de
Colorado (Estados
3 2 1 1 2 3
cos x 2 2 2 0 1 Unidos), disponibiliza
2 2 2 2 2 2 um simulador no qual
você pode escolher
cos x 20,9 20,7 20,5 0 0,5 0,7 0,9 1 as funções seno ou
cosseno e a unidade
de medida grau e
IA
Veja o gráfico inicialmente para x é [0, 2p] e, depois, para x é R. radiano. Modificando

Banco de imagens/Arquivo da editora


a posição do ponto
y na circunferência
1 trigonométrica, o
0,9
respectivo ponto na
0,7
senoide é alterado, e
0,5
vice-versa. Disponível
2p 3p 5p 7p 5p 4p em: https://phet.
3 4 6 p 6 4 3 x colorado.edu/sims/
0 p p p p 3p 5p 7p 11p 2p html/trig-tour/latest/
U

6 4 3 2 2 3 4 6 trig-tour_pt_BR.html.
20,5 Acesso em: 30 jun.
20,7 2020.
20,9
21 Nesse simulador,
você também pode
conhecer e explorar
G

Como a função cosseno é definida no conjunto dos números reais, ou seja, o domínio a função tangente,
dada por F(x) 5
é R, a curva pode ser estendida para valores de x menores do que zero e para valores sen x
5 tan x 5 ,
maiores do que 2p. Assim, o gráfico da função F: R ñ R, definida por F(x) 5 cos x, que cos x
também é uma senoide, é a curva que tem o seguinte aspecto: com cos x = 0.

y
WYM Design/Arquivo da editora

1
3p p p 3p
2 2
2 2 2 2 x
24p 22p 2p 0 p 2p 4p

21

Fique atento
O gráfico da função cosseno é simétrico em relação ao eixo y.

65
y Reflita
Sinal dos valores da

D
p
função cosseno 2 Quais são os valores

Banco de imagens/Arquivo da editora


de cos x para x 5 0,
p
Observando os sinais dos valores da função cosseno, 2 1 x5 ,x5pe
2
vemos que são positivos no 1o e 4o quadrantes e negati- p 0 x
3p
2p x5 e seus arcos
vos no 2o e 3o quadrantes. 2 1 2

L
côngruos?

3p
2

Algumas características da função cosseno

N
A cossenoide não é uma nova curva, e sim uma senoide. Ela corresponde à curva da função seno desloca-
p
da (transladada) unidades para a esquerda. Compare o gráfico da função cosseno com o gráfico da função
2
seno da página 63.
Isso faz com que muitos aspectos relevantes da função cosseno F: R ñ R, definida por F(x) 5 cos x, sejam

P
os mesmos da função seno.
• O domínio da função cosseno também é D(F) 5 R e o conjunto imagem também é Im(F) 5 [21, 1].
• Essa função também assume valor máximo 1 e valor mínimo 21 e tem amplitude igual a 2.
• O período da função cosseno é o mesmo da função seno: a função cosseno é periódica, de período p 5 2p.

• Na função cosseno, temos cos (2x) 5 cos x , para todo x real. Então, dizemos que a função cosseno é
IA
par, diferentemente da função seno, que é ímpar.
• A função cosseno pode assumir valores nulos, positivos ou negativos.

• cos x 5 0, para x 5 p 1 kp, com k é Z.


2
• cos x > 0, para x do 1o e 4o quadrantes e para x 5 2kp, com k é Z.
• cos x < 0, para x do 2o e 3o quadrantes e para x 5 p 1 2kp, com k é Z.
Atividades Não escreva no livro.
U

81. Considere as funções F e G, de R em R, tal que F(x) 5 sen x e G(x) 5 cos x.


 3p   3p 
a) Calcule F(p), G(p), F 2  e G 2  .
 4   4 
b) Determine o valor de x, com x é [0, 2p], tal que F(x) 5 G(x).
p
G

c) Existe x é R tal que < x < p e F(x) 5 G(x)? Justifique sua resposta.
2

As senoides e os fenômenos periódicos


Além das funções trigonométricas seno e cosseno que você estudou, existem outras funções que envol-
vem o seno e o cosseno de um número real, cujos gráficos também são senoides. Veja dois exemplos.
a) H(x) 5 2 1 cos x, com x é R. b) H(x) 5 sen 2x, com x é R.
Funções cujos gráficos são senoides podem ser utilizadas para modelar diversos fenômenos físicos que
têm comportamento periódico, como o nível do mar, visto na abertura deste capítulo, e a pressão arterial ou
a corrente elétrica alternada que você verá nas atividades.
No geral, utilizamos no máximo quatro coeficientes na lei dessas funções para que elas se ajustem,
de maneira bastante razoável, a um fenômeno periódico real. Assim, obtemos uma função F dada por
F(x) 5 a 1 b ? sen (cx 1 d) ou F(x) 5 a 1 b ? cos (cx 1 d) , com b = 0 e c = 0.

66
Não escreva no livro.
O período dessas funções é alterado dependendo do coeficiente c, de modo que Fique atento

D
2p
p5 . A notação |c| indica
|c | o módulo (ou
Além disso, é comum optarmos por associar valores positivos aos coe- valor absoluto) do
coeficiente c. Se c
ficientes b e c, de modo que o conjunto imagem da função F seja Im(F) 5
é positivo ou nulo,
2p
5 [a 2 b; a 1 b], o período seja p 5 e a amplitude seja 2b. então |c|5 c; por

L
c exemplo, |5| 5 5.
Veja as senoides e as características dos exemplos dados acima e um novo exem- Se c é negativo,
plo de função periódica cujo gráfico também é uma senoide. então |c|5 2c; por
exemplo, |22| 5
a) G(x) 5 2 1 cos x, com x é R. 2(22) 5 2.

N
y
WYM Design/Arquivo da editora

O conjunto imagem é
4 Im(G) 5 [2 2 1, 2 1 1] 5 [1, 3].
A 2p 2p
O período é p 5 5 2p
3 1
(o coeficiente c 5 1 é positivo).
G(x) 5 2 1 cos x 2 2
A amplitude é 2 ? 1 5 2.

P
1
x Reflita
2p p 0 p p 3p 2p 5p 3p Compare o conjunto
2
2 21 2 2 2 imagem, o período e a
F(x) 5 cos x
amplitude da função G
22
com os da função
IA
cosseno.
b) H(x) 5 sen 2x, com x é R.
O conjunto imagem é Im(H) 5 [0 2 1, 0 1 1] 5 [21, 1].
y
WYM Design/Arquivo da editora

2p
O período é p 5 5 p.
2 2
A amplitude é 2 ? 1 5 2.

1
H(x) 5 sen 2x
3p
p 2
2 x Reflita
U

2p p 0 p p 2p Compare o conjunto
2
2 2 imagem, o período
F(x) 5 sen x
21 e a amplitude das
funções H e K com os
22
da função seno.
G

c) K(x) 5 2 1 3 ? sen (2x 1 1)


O conjunto imagem é Im(K) 5 [2 2 3, 2 1 3] 5 [21, 5].
y 2p
WYM Design/Arquivo da editora

O período é p 5 5 p.
6 2
A amplitude é 2 ? 3 5 6.
p
5

4
K(x) 5 2 1 3 ? sen (2x 1 1)
3

2 6

1
F(x) 5 sen x x
2p p 0 p p 3p 2p 5p 3p
2
2 21 2 2 2

67
Tecnologias digitais

D
Construção de senoides
Vamos utilizar novamente o software GeoGebra, agora para construir uma senoide no plano cartesiano.

L
Inicialmente vamos construir o gráfico da função trigonométrica seno, F: R ñ R dada por F(x) 5 sen x, e
o gráfico da função trigonométrica cosseno, G: R ñ R dada por G(x) 5 cos x.
As imagens reproduzidas aqui são da versão on-line, mas você pode escolher a versão que julgar mais
oportuna.

Reprodução/www.geogebra.org
1o passo: Como vamos construir gráficos de funções trigo-

N
nométricas, é interessante ajustar a escala do eixo x para radia-
nos. Para isso, acesse as configurações de exibição (na parte
superior direita da tela), vá até a aba “Eixo X” e selecione a
p
opção para a distância desse eixo.
2

P
2o passo: No campo de entrada de comando (na versão on-
-line, esse campo está situado na parte esquerda da tela), digi-
te a lei da função f(x)=sen(x) e tecle “Enter”. Em seguida, no
próximo campo de entrada, digite a lei da função g(x)=cos(x)
e tecle “Enter”. Você deverá ter uma imagem como a apresen-
IA
tada abaixo.

Fique atento
O GeoGebra também aceita o comando f(x)=sin(x) para a função
seno (função sine, em inglês).
Tela do GeoGebra do 1o passo.

Reprodução/www.geogebra.org
U
G

Tela do GeoGebra após o 2o passo.

1. Observe os gráficos da função seno F e da função cosseno G que você construiu no GeoGebra. Há quantos
pontos de intersecção entre esses gráficos no intervalo [0, 2p]?

68
Não escreva no livro.

Agora vamos utilizar o GeoGebra para construir, no plano cartesiano, o gráfico da

D
função F: R ñ R, dada por F(x) 5 a 1 b ? sen (cx 1 d), com b = 0 e c = 0, que é uma
senoide, e observar a influência dos coeficientes no gráfico.
1o passo: Salve a construção que você fez e abra um novo documento no Geo-
Gebra. Verifique se a escala do eixo x está configurada em radianos e, se não estiver,
altere-a como indicado na página anterior.

L
Em seguida, no campo de entrada de comando, insira a lei da função
f(x)=a+b*sen(c*x+d) e tecle “enter”. Observe que * indica a operação de multi-
plicação.
Junto do campo de entrada vão aparecer controles deslizantes para os coeficientes a,
b, c e d. Altere todos os valores para 1, obtendo o gráfico de F(x) 5 1 1 1 ? sen (1x 1 1),

N
ou seja, de F(x) 5 1 1 sen (x 1 1).

Reprodução/www.geogebra.org
P
IA
U

Tela do GeoGebra após o 1o passo.


G

2o passo: Agora você pode observar significados importantes para os coeficientes


a, b, c e d.

2. Altere lentamente o valor de um coeficiente por vez, mantendo os demais, e obser-


ve o que acontece com o gráfico da função.
a) Qual é o efeito do coeficiente a no gráfico da função?
b) Qual é o efeito do coeficiente b, com b = 0, no gráfico da função?
c) Qual é o efeito do coeficiente c, com c = 0, no gráfico da função?
d) Qual é o efeito do coeficiente d no gráfico da função?

3. Alterando os controles deslizantes para a 5 0, b 5 1, c 5 1 e d 5 1,6, você terá


p
aproximadamente o gráfico da função dada por F(x) 5 sen ¯x 1 ˘ . Essa fun-
2
ção é equivalente a qual função que você estudou? Justifique por que elas são
equivalentes.

69
Atividades resolvidas Não escreva no livro.

D
14. Determine o valor máximo da função F: R ñ R dada por F(x) 5 2 1 3 ? sen x.

Resolução
O valor máximo que sen x assume é 1. Então, a função F terá valor máximo quando sen x 5 1:
F(x) 5 2 1 3 ? 1 5 5

L
Logo, o valor máximo é F(x) 5 5.

Resolvida passo a passo


15. (UCS-RS) A pressão arterial P (em mmHg) de uma pessoa varia, com o tempo t (em segundos), de acordo com a fun-
ção definida por P(t) 5 100 1 20cos (6t 1 p), em que cada ciclo completo (período) equivale a um batimento cardíaco.

N
Considerando que 19p â 60, quais são, de acordo com a função, respectivamente, a pressão mínima, a pressão
máxima e a frequência de batimentos cardíacos por minuto dessa pessoa?
a) 80, 120 e 57. c) 80, 100 e 19. e) 100, 120 e 60.
b) 80, 120 e 60. d) 100, 120 e 19.

P
Resolução
1. Lendo e compreendendo
a) O que é dado no problema?
São dadas a lei da função que define a pressão arterial, em função da medida de intervalo de tempo, e uma
60
aproximação p â .
19
IA
b) O que se pede?
Pedem-se a pressão máxima, a pressão mínima e a frequência de batimentos cardíacos por minuto.
2. Planejando a solução
A pressão máxima é obtida quando cos (6t 1 p) é igual a 11 e é mínima quando é igual a 21. Para calcular a
frequência de batimentos cardíacos por minuto, basta multiplicarmos a frequência de batimentos por segundo
por 60, a qual é obtida pelo inverso do período da função.
3. Executando o que foi planejado
Pressão mínima (em mmHg):
U

P (t) 5 100 1 20 ? cos (6t 1 p) 5 100 1 20 ? (21) 5 80


Pressão máxima (em mmHg):
P (t) 5 100 1 20 ? cos (6t 1 p) 5 100 1 20 ? (11) 5 120
60
Usamos a aproximação p â para calcular o período da função:
19
G

60
2p 2p p 19 60 1 20
p5 5 5 â 5 ? 5
c 6 3 3 19 3 19
Então, calculamos a frequência de batimentos cardíacos por minuto (em bpm):
1 1 19
? 60 5 ? 60 5 ? 60 5 57
p 20 20
19
4. Emitindo a resposta
A resposta é a alternativa a.
5. Ampliando o problema
a) De quanto em quanto tempo são atingidas as pressões máximas? E as pressões mínimas?
b) Converse com os colegas sobre a prevalência de doenças cardiovasculares na atualidade e sobre quais se-
riam os principais motivos que as ocasionam e quais hábitos devem ser seguidos para reduzir a possibilidade
de ser acometido por enfermidades desse tipo. Depois da conversa, faça uma análise dos próprios hábitos
e, se necessário, pense em atitudes para melhorá-los.

70
16. Construa o gráfico da função periódica F: R ñ R 17. O gráfico no plano cartesiano a seguir representa

D
dada por F(x) 5 21 1 sen 4x e explicite o domínio, uma função periódica F: R ñ R da forma F(x) 5 a 1
o conjunto imagem e o período da função. 1 b ? cos (cx 1 d). Determine os valores de a, b, c e d.

WYM Design/Arquivo da editora


Resolução
Quando construímos o gráfico da função seno, es-
3
colhemos alguns valores para x, com 0 , x , 2p, e

L
calculamos os respectivos valores da função. Para a 2
função dada, podemos atribuir a uma variável t al-
1
guns valores convenientes, com t 5 4x e 0 , t , 2p,
x
e então calcular os respectivos valores da função.
0 p p 3p 2p
t 5 4x x F(x) 5 21 1 sen 4x 21 2 2

N
F(x) 5 21 1 sen 0 5
0 0
5 21 1 0 5 21
p
p p F(x) 5 21 1 sen 5 Resolução
2
2 8 Representando o gráfico da função cosseno no mes-
5 21 1 1 5 0

P
mo plano cartesiano e observando as senoides, po-
p F(x) 5 21 1 sen p 5 demos perceber algumas características das funções.
p
4 5v 21 1 0 5 21
y

WYM Design/Arquivo da editora


3p
3p 3p F(x) 5 21 1 sen 5
2 3
2 8 F(x) 5 a 1 b ? cos (cx 1 d)
5 21 1 (21) 5 22
2
IA
p F(x) 5 21 1 sen 2p 5 G(x) 5 cos x
2p 1
2 5 21 1 0 5 21
x
Representando esses valores em um plano cartesia- 0 p p 3p 2p
no, traçamos um período completo do gráfico da 21 2 2
função dada.
y
WYM Design/Arquivo da editora

1 • A amplitude de F é o dobro da amplitude da fun-


ção cosseno: 3 2 (21) 5 4. Então, b 5 2.
U

• O conjunto imagem de F é Im(F) 5 [21, 3] e,


então, a 5 1.
p p 3p p
8 4 8 2 x
• O período de F é p 5 2p, o mesmo da função
cosseno. Então, c 5 1.
0
• Temos que F(0) 5 21, então:
G

F(0) 5 1 1 2 ? cos (1 ? 0 1 d) ~ 21 5 1 1
1 2 ? cos d ~ 2 ? cos d 5 22 ~ cos d 5 21 ~
~ d 5 p 1 2kp, com k é Z.
Como a função é periódica, de período 2p,
21
qualquer deslocamento horizontal da forma 2kp
resultará no mesmo gráfico. Então, consideran-
do k 5 0, obtemos d 5 p.
Portanto, a lei dessa função é:
F(x) 5 1 1 2 ? cos (x 1 p).
22

O domínio é D(F) 5 R. Fique atento


O conjunto imagem é Im(F) 5 [21 1 1, 21 2 1] 5 A lei da função também poderia ser F(x) 5 1 1
5 [0, 22]. 1 2 ? cos (x 1 3p), F(x) 5 1 1 2 ? cos (x 1 5p),
2p p F(x) 5 1 1 2 ? cos (x 2 p), », atribuindo outros
O período é p 5 5 . números inteiros para k.
4 2

71
Atividades Não escreva no livro.

D
82. Considerando as funções F e G definidas por F(x) 5 Então:
5 sen 4x e G(x) 5 1 2 cos x, determine o que se pede. a) a 5 22 e b 5 1. d) a 5 1 e b 5 22.
p p
a) F   c) F   e) Im(G) b) a 5 21 e b 5 2. e) a 5 2 e b 5 21.
2 6
c) a 5 1 e b 5 21.

L
b) G(p) d) D(G)
89. Considere um fenômeno periódico que pode ser
83. Em um plano cartesiano, construa o gráfico de cada
modelado pela função F: R 1 ñ R dada por F(x) 5 a 1
função dada a seguir (represente pelo menos um perío-
1 b ? sen (cx), com x em minutos. Em um experimento
do completo) e dê o domínio, o conjunto imagem, o
com esse fenômeno, realizado a cada 1 minuto, desde
período e a amplitude de cada uma delas.
x 5 0, observou-se os resultados aproximados a

N
a) Função F: R ñ R tal que F(x) 5 cos 3x. seguir.
b) Função H: R ñ R tal que H(x) 5 2 ? sen x.
84. Observe os gráficos que você construiu na atividade x 0 1 2 3 4 5 6
anterior.

P
a) Compare o gráfico de F(x) 5 cos 3x com o gráfico F(x) 4,0 6,8 8,0 6,8 4,0 1,2 0,0
da função cosseno.
b) Compare também o gráfico de F(x) 5 cos 3x com o
gráfico da função seno.
x 7 8 9 10 11 12 »
c) Agora, compare o gráfico de H(x) 5 2 ? sen x com o
gráfico da função seno.
F(x)
IA
1,2 4,0 6,8 8,0 6,8 4,0 »
85. Determine o período de cada função F: R ñ R do tipo
trigonométrica dada.
Marque esses pontos em um plano cartesiano e identi-
a) F(x) 5 sen 7x fique a lei de uma função que oferece uma boa aproxi-
 p mação para esses dados.
b) F(x) 5 sen 2x 2 
 4
 90. Em uma roda-gigante, um ponto A, que representa
p
c) F(x) 5 2 ? cos 2x 1  uma das cadeiras, movimenta-se sobre uma circunfe-
 3
rência de centro O, o centro da roda-gigante. A po-
d) F(x) 5 1 1 cos (px 2 3) sição y da cadeira em relação ao solo, no instante t,
U

86. Dada uma função F: R ñ R, cujo gráfico é uma se- é descrita pela lei da função y 5 70 2 15 ? sen t, com
noide, determine o valor máximo e o valor mínimo da t . 0. Diante disso, qual é a medida de comprimento
função para cada lei dada. do diâmetro, em metros, dessa roda-gigante?

a) F(x) 5 sen x 2 10 91. Em certa cidade litorânea, a lei da função H(x) 5 1,3 1
p
b) F(x) 5 6 2 10 ? cos x 1 1,1 ? cos x corresponde às medições do nível do
G

3
c) F(x) 5 3 ? cos2 x 1 1 mar, em metros, em função da medida de intervalo
d) F(x) 5 22 ? cos x de tempo x, em horas, decorrida desde a meia-noite,
com 0 , x , 24.
87. Como podemos obter o gráfico da função do item a
da atividade anterior, já tendo traçado o gráfico da fun- a) Nessa situação, quais são os valores máximo e míni-
ção seno? mo do nível do mar?

88. (UFRGS-RS) Se F(x) 5 a 1 b ? sen x tem como gráfico: b) Construa o gráfico dessa função.

y Fique atento
Banco de imagens/Arquivo da editora

3
Você pode construir o gráfico em um plano cartesiano
2 ou usar o GeoGebra. No caso de escolher o software,
1 insira a lei h(x)=1.3+1.1*cos(pi/3 x), usando o ponto
x como separador decimal e “pi” para representar o p,
0 2p colocando um espaço antes do “x” para que ele fique
21
fora da fração.

72
Não escreva no livro.

D
92. Na corrente elétrica alternada, o fluxo de elétrons que Suponha que a variação da pressão arterial de um pa-
atravessa um condutor tem sentido variante (ou seja, ciente, em mmHg, em função da medida de intervalo
não tem sentido único) em função do intervalo de tem- de tempo, em segundos, é dada por P (t) 5 110 2 20 ?
po. Em um circuito de potência de corrente alternada, 5p
? cos t . Qual seria a pressão sistólica desse pacien-
a forma de onda mais utilizada é a senoidal, podendo 2
ser apresentada de outras formas. te, ou seja, a pressão máxima atingida?

L
Fique atento

OhSurat/Shutterstock
A unidade de medida mmHg significa milímetros de
mercúrio e, embora não esteja relacionada no Sistema
Internacional de Unidades (SI), é a unidade usada
convencionalmente para medir a pressão arterial.

N
94. Considere que, em determinado dia, da 0 h às 24 h, a
expressão que representa o nível A do mar em uma praia,
em metros, em função do horário h, com 0 , h , 24, seja
p 
dada por A(h) 5 2 1 1,5 ? sen  ? h  .

P
6 

O osciloscópio é uma ferramenta usada para visualizar Um grupo de amigos planeja jogar bola nessa praia,
a onda que representa um sinal elétrico e analisar os durante o dia, iniciando a partida 1 hora antes do ho-
parâmetros relacionados, como a corrente e a tensão rário da maré mais baixa e encerrando o jogo 1 hora
elétrica. Na foto, onda senoidal (em amarelo) em depois. Qual é o horário em que eles jogarão bola?
osciloscópio digital, obtida em uma corrente elétrica
a) Das 8 h às 10 h. d) Das 12 h às 14 h.
alternada.
IA
b) Das 9 h às 11 h. e) Das 13 h às 15 h.
Considere que uma possível modelagem de uma corren-
c) Das 11 h às 13 h.
px 2 p
te alternada seja dada pela lei F(x) 5 40 ? sen ,
2 95. O espirômetro é o aparelho que mede o volume de ar
em função da medida de intervalo de tempo x, em segun- inspirado e expirado pelos pulmões de uma pessoa, de-
dos. Qual é o período dessa função? terminando, assim, a capacidade pulmonar dela. Em um
teste realizado em um paciente, foi gerada pelo espirô-
93. O coração tem como função bombear o sangue para o metro uma função que indica a medida de volume de
corpo. Quando isso ocorre, ele gera determinada força ar V nos pulmões, em litros, de acordo com a medida
em direção às paredes das artérias, chamada de pres- de intervalo de tempo t, em segundos, que se passou
U

são arterial. A pressão arterial considerada ideal é 2pt


aquela que apresenta valores de 120 por 80 mmHg. desde o início do teste: V(t) 5 3 1 0,5 ? sen .
5

AMELIE-BENOIST/BSIP/Alamy/Fotoarena
R2 Editorial/Arquivo da editora
G

artéria

Existem diversos tipos de espirômetro para medir


pressão exercida a capacidade pulmonar de uma pessoa. Na foto,
espirômetro com conexão ao computador.
pelo sangue
a) Qual é a medida de volume máxima de ar, em litros,
que o pulmão desse paciente atingiu?
b) E qual é a medida de volume mínima?
Representação esquemática, sem escala e em c) De acordo com essa lei da função, o processo com-
cores fantasia, da pressão exercida pelo sangue pleto de uma respiração (inspirar e expirar) dura
em direção às paredes da artéria. quantos segundos?

73
Não escreva no livro.

D
96. Em Geografia, ao estudarmos o movimento pendular, ou mobilidade pendular, estamos nos referindo ao deslocamento
diário dos habitantes entre cidades próximas, para fins de estudo, trabalho, tratamentos médicos, etc. Esse movimento é
comum em regiões próximas a grandes centros urbanos e capitais. Durante o dia, o número de pessoas nas cidades do
entorno sofre uma baixa, pois muitas se deslocam até a cidade principal, regressando à cidade de moradia ao término
das atividades.
Considere que, em uma cidade, analistas determinaram que o número de pessoas varia de acordo com o horário do

L
 pt p
dia pela lei P (t) 5 32 000 2 9 000 ? sen  2  , em que P é o número de pessoas na cidade e t é o horário do dia,
 12 6
com 0 , t , 24. Em qual horário atinge-se o menor número de habitantes nessa cidade?

Sobre o assunto

N
Atualmente, os movimentos pendulares
Movimento pendular (por trabalho e estudo)
exercem grande importância para o
entendimento da dinâmica dos grandes na concentração urbana de Recife (PE)

VESPUCIO CARTOGRAFIA/Arquivo da editora


centros urbanos, sendo utilizados 35° O

até mesmo para delimitar as regiões

P
metropolitanas. Além disso, os dados
da mobilidade são usados para estudar Itapissuma
Araçoiaba
a organização funcional das regiões
e para organizar o planejamento Igarassu

urbano, principalmente relacionado ao Abreu


Paudalho
transporte. e Lima
Paulista
Observe no mapa ao lado como é o 8° S Camaragibe
IA
Olinda
movimento pendular, restrito a trabalho São Lourenço
da Mata
ou estudo, na concentração urbana de Recife
Recife (PE), de acordo com o Censo
Demográfico de 2010 realizado pelo Moreno
Jaboatão dos OCEANO
Instituto Brasileiro de Geografia e Guararapes ATLÂNTICO
Estatística (IBGE).
Você mora no município em que Cabo de Santo
Agostinho
estuda? Seus familiares moram e
trabalham no mesmo município? Você
diria que o movimento pendular da
U

região onde vive é alto ou baixo? Ipojuca

Pesquise esse assunto e verifique se sua


Intensidade relativa Intensidade absoluta
percepção sobre o movimento pendular e absoluta (Total de pessoas)
na região é próximo da realidade. 6 000 a 7 999 6 000 a 7 999
8 000 a 9 999 8 000 a 9 999
O documento Arranjos populacionais 100000 a 39 999
10 10 000 a 39 999
e concentrações urbanas no Brasil, do 40 000 a 150 000
km
40 000 a 150 000
G

IBGE, indicado como fonte do mapa


ao lado, apresenta muitas informações Fonte de consulta: IBGE. Coordenação de Geografia. Arranjos populacionais e
sobre o assunto, bem como o mapa do concentrações urbanas no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. Disponível
movimento pendular em cada uma das em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/arranjos_
27 unidades de federação do país. Você populacionais/arranjos_populacionais.pdf. Acesso em: 29 jun. 2020.
pode usá-lo para fazer a pesquisa.

97. Como você viu no começo deste capítulo, a maré é um fenômeno periódico de elevação e diminuição do nível do
mar, em decorrência das forças de atração exercidas pela Lua e pelo Sol. Além disso, esse fenômeno tem relação di-
reta com as fases da Lua, mês a mês: nas luas cheia e nova, o nível do mar está mais alto do que o normal, enquanto
nas luas minguante e crescente, está mais baixo.
Fique atento
Durante determinado mês, em uma cidade litorânea, modelou-se a oscilação
5 3  2pt p Lembre-se de que cos p 5 21.
das marés de acordo com a lei da função H(t) 5 1 ? cos  1 , Então, considerando os arcos
2 2  15 3
em que h é a medida do nível do mar e t é o dia do mês em que ela ocorreu. côngruos a p, temos cos (p 1 2kp) 5
5 21, com k Ž Z.
Em quais dias desse mês ocorreram as luas minguante e crescente?

74
Não escreva no livro.

D
98. Na roda-gigante High Roller, na cidade de Las Vegas b) Agora observe os gráficos de duas ondas sonoras
(Estados Unidos), cada passeio dura sempre 30 minu- com frequências diferentes (frequências mais altas
tos. Como o movimento da roda-gigante é periódico, correspondem a sons mais agudos e frequências
ou seja, a cada 30 minutos se repete o movimento dos mais baixas correspondem a sons mais graves).
30 minutos anteriores, ele pode ser descrito por uma
y

WYM Design/Arquivo da editora


função do tipo trigonométrica. Para o caso específico

L
da High Roller, essa função é dada por H(t) 5 86 2 82 ? Alta frequência (som mais agudo)
pt
? cos , em que h é a medida de comprimento da
15
altura da cabine em relação ao chão e t é a medida de x
intervalo de tempo, em minutos, desde que a cabine
começou o movimento.

N
MeMediaPunch Inc/Alamy/Fotoarena
Baixa frequência (som mais grave)

Relacione o período da função que modela cada


onda sonora com a frequência da onda sonora.

P
Fique atento
Timbre é a qualidade do som que permite diferenciar,
por exemplo, uma mesma nota sonora emitida por
diferentes fontes sonoras. Quando representamos
o timbre, obtemos diferentes formas de ondas para
Até o início de 2020, a roda-gigante High Roller era cada fonte sonora. Observe a seguir alguns exemplos
IA
a maior do mundo, com 168 metros de medida de da nota fá emitida por diferentes instrumentos. Essas
comprimento da altura e 28 cabines, cada uma com formas de ondas, apesar de não serem senoides,
capacidade para 40 pessoas. Foto de 2020. também são periódicas, pois se repetem após o
mesmo intervalo de tempo.
Depois de 10 minutos de passeio, qual é a medida de
comprimento da altura em que se encontra uma cabi-
y

Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora


ne que iniciou o movimento no ponto mais baixo da
roda-gigante?
99. Onda sonora é um exemplo de onda mecânica que x
necessita de um meio para se propagar e que pode
U

ser modelada por uma função do tipo trigonométrica.


Trompete.
A sensação auditiva causada por uma onda sonora é
chamada de som. y
a) Observe os gráficos de duas ondas sonoras com in-
tensidades diferentes (quanto maior a intensidade x
G

de uma onda sonora, mais alto é o volume do som).


y
WYM Design/Arquivo da editora

Violão.
Alta intensidade
(volume mais alto)
y
Baixa intensidade
(volume mais baixo)
x
x

Trompete sintetizado.

y
Fique atento
Em cada gráfico acima está representado apenas
um período completo da função. x

Relacione a amplitude da função que modela cada Violão sintetizado.


onda sonora com a intensidade da onda sonora.

75
Não escreva no livro.

D
100. (Enem) Um cientista, em seus estudos para modelar a  p
pressão arterial de uma pessoa, utiliza uma função do pela expressão n(t) 5 3sen  (t 2 5)  1 4, com
 6
tipo P(t) 5 A 1 Bcos (kt), em que A, B e k são cons-
t é [0, 24], sendo t o tempo (medido em horas) e
tantes reais positivas e t representa a variável tempo,
n(t) o nível da maré no instante t (dado em me-
medida em segundo. Considere que um batimento
tros). Com base nessas informações, considere as
cardíaco representa o intervalo de tempo entre duas

L
seguintes afirmativas:
sucessivas pressões máximas.
Ao analisar um caso específico, o cientista obteve os 1. O nível mais alto é atingido duas vezes durante o
dados: dia.
2. Às 11 h é atingido o nível mais baixo da maré.
Pressão mínima 78
3. Às 5 h é atingido o nível mais alto da maré.

N
Pressão máxima 120 4. A diferença entre o nível mais alto e o nível mais
Número de batimentos cardíacos por minuto 90
baixo é de 3 metros.
[Indique no caderno] a alternativa correta.
A função P (t) obtida, por este cientista, ao analisar o
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
caso específico foi:
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

P
a) P (t) 5 99 1 21cos (3pt).
b) P (t) 5 78 1 42cos (3pt). c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

c) P (t) 5 99 1 21cos (2pt). d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.


d) P (t) 5 99 1 21cos (t). e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) P (t) 5 78 1 42cos (t). 103. (Enem) Uma pessoa usa um programa de computa-
IA
101. (Enem) Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia dor que descreve o desenho da onda sonora corres-
e Estatística (IBGE), produtos sazonais são aqueles pondente a um som escolhido. A equação da onda é
que apresentam ciclos bem definidos de produção, dada, num sistema de coordenadas cartesianas, por
consumo e preço. Resumidamente, existem épocas y 5 a ? sen [b(x 1 c)], em que os coeficientes a, b, c
do ano em que a sua disponibilidade nos mercados são positivos. O programa permite ao usuário provo-
varejistas ora é escassa, com preços elevados, ora é car mudanças no som, ao fazer alterações nos valores
abundante, com preços mais baixos, o que ocorre no desses coeficientes. A pessoa deseja tornar o som mais
mês de produção máxima da safra. agudo e, para isso, deve diminuir o período da onda.
A partir de uma série histórica, observou-se que o O(s) único(s) coeficiente(s) que necessita(m) ser
U

preço P, em reais, do quilograma de certo produto alterado(s) é(são):


sazonal pode ser descrito pela função P(x) 5 8 1 a) a. c) c. e) b e c.
 px 2 p 
1 5cos   , onde x representa o mês do ano, b) b. d) a e b.
 6 
sendo x 5 1 associado ao mês de janeiro, x 5 2 ao 104. (Unig-RJ) Verificou-se que o volume de ar, V, em li-
mês de fevereiro, e assim sucessivamente, até x 5 12 tros, nos pulmões de certo indivíduo, em repouso, va-
G

associado ao mês de dezembro. riava em função do tempo t, em segundos, de acordo


Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012 com a função V (t) 5 2,8 1 0,29 ? cos (1,6 ? t 1 p).
(adaptado).
Nessas condições, conclui-se que, em cada ciclo res-
Na safra, o mês de produção máxima desse produto é: piratório, o volume de ar inspirado por esse indivíduo
a) janeiro. d) julho. é de:

b) abril. e) outubro. a) 0,29 litro. d) 2,8 litros.

c) junho. b) 0,58 litro. e) 3,2 litros.

102. (UFPR) A maior variação de maré do Brasil ocorre na c) 1,6 litro.


baía de São Marcos, no estado do Maranhão. A dife- 105. Pense nos diversos fenômenos periódicos que você
rença entre o nível mais alto e o nível mais baixo atin- viu neste capítulo, ou pesquise outros, e elabore um
gidos pela maré pode chegar a 8 metros em algumas problema que seja modelado por uma função do tipo
épocas do ano. trigonométrica. Depois, peça a um colega que resol-
Suponha que em determinado dia do ano o nível va o problema que você elaborou enquanto você re-
da maré da baía de São Marcos possa ser descrito solve o dele.

76
Não escreva no livro.

Leitura e compreensão

D
O desafio de medir o tempo

© 2017 Mark Lynch/distr. Bulls Press


Um grande desafio para a civilização foi quantificar e medir .

L
o tempo. Ao longo do desenvolvimento da humanidade, diver-
sas foram as tentativas, e, apesar de não ser possível descrever
precisamente todas elas, algumas chegaram a nosso conheci-
mento atual.

N
Charge de 2017 de Mark
Lynch. Disponível em: https://
cartoons-a-plenty.com/
comic-strips/history-cartoons/.

P
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo

Acesso em: 8 set. 2020.


As imagens não
estão representadas
em propor•ão

Alguns registros arqueológicos relacionados ao relógio de sol


dizem respeito a obeliscos construídos por volta de 3500 a.C.
com a finalidade de registrar os horários; outros, chamados
IA
de relógios de sombra, deixaram vestígios de que existiram
em 1500 a.C., na Babilônia. Na foto, de 2019, relógio de sol
no Jardim Botânico de Brasília (DF).
Bettmann/Corbis/Latinstock

Andrey Burmakin/Shutterstock

A ampulheta não é um bom


Outro sistema muito antigo usado para
instrumento para determinar horários
medir o tempo é o relógio de água (ou
do dia, mas é excelente para marcar
clepsidra). O exemplar mais antigo
um intervalo de tempo específico.
de que se tem registro foi encontrado
Embora o monge francês Luitprand,
em Karnak (Egito) e é do reinado do
que viveu no século VIII, seja por
faraó Amenhotep III (provavelmente
U

vezes apontado como o criador da


entre 1389 a.C.-1353 a.C.). Ao lado,
ampulheta, os primeiros registros
ilustração de modelo grego de
concretos desse objeto datam do
relógio de água.
século XIV.
ronstik/Shutterstock

razihusin/Shutterstock
G

Em tempos mais recentes,


surgiram os relógios
mecânicos com ponteiros e
os relógios digitais, que são
bastante precisos.
Fontes de consulta: VASCONCELLOS, Lucas. Quando o ser humano começou a contar o tempo? Recreio, 28 maio 2020. Disponível em:
https://recreio.uol.com.br/viva-a-historia/quando-o-ser-humano-comecou-a-contar-o-tempo.phtml.ESCOLA BRITANNICA. Relógio de sol.
Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/rel%C3%B3gio-de-sol/482602. Acesso em: 10 jul. 2020.

O relógio de pêndulo
Dos relógios mecânicos, o de pêndulo tem grande relação com a Matemática. Horologista
Esse modelo de relógio foi inventado em Haia (Holanda), em 1656, pelo físico, Aquele que estuda a
matemático, astrônomo e horologista neerlandês Christiaan Huygens (1629-1695), medição do tempo ou
fabrica instrumentos para
que se baseou em um estudo feito no século XVI pelo físico, matemático e astrônomo marcar o tempo.
italiano Galileu Galilei (1564-1642).

77
Leitura e compreensão

O mecanismo desse modelo se baseia na regularidade da oscilação no movi-

Banco de imagens/Arquivo da editora


D
mento do pêndulo. A amplitude da oscilação deve permanecer constante, pois
u
uma variação de apenas 4° pode fazer o relógio adiantar cerca de 15 segundos por
L
dia. Além disso, o desgaste com o atrito pode ser praticamente desconsiderado
nesse tipo de relógio, pois o mecanismo dispõe de pesos ou molas capazes de
compensar a maior parte da energia dissipada com o desgaste (atrito).

L
A B
No mecanismo do relógio de pêndulo há um dispositivo que permite “dar cor- E
da” nele, ou seja, acumular energia potencial, que vai aos poucos sendo liberada Representação esquemática
de um pêndulo simples.
para que o relógio funcione.
Na representação acima, vemos um modelo de pêndulo simples, do qual podemos destacar alguns

N
conceitos.
Período: medida de intervalo de tempo de uma oscilação completa, que consiste em sair da posição A,
ir até B e voltar à posição A.
Frequência: número de oscilações do pêndulo em determinado intervalo de tempo.
Amplitude: medida da maior distância alcançada pelo pêndulo em relação à posição de equilíbrio E.

P
Medida de abertura u: medida de abertura do ângulo que o braço do pêndulo faz com a posição de equilíbrio,
que deve ser uma medida pequena, menor do que 5°, para configurar o movimento harmônico simples (MHS).

Como o pêndulo faz o relógio funcionar?


O pêndulo está acoplado ao mecanismo do relógio. Sendo a amplitude constante, o mecanismo é acio-
IA
nado em intervalos de tempo iguais, permitindo a precisão do relógio.
Em termos físicos, o movimento do pêndulo é regido pela força gravitacional. A componente dessa força
ur
que atua na oscilação é um vetor Ft , tangente ao braço do pêndulo, que depende apenas

WYM Design/Arquivo da editora


da medida de massa m do pêndulo e do módulo da aceleração gravitacional g, como re- u

presentado na figura ao lado. L

Considerando uma aproximação para uma situação ideal, na qual o braço do pêndulo,
de medida de comprimento L, pode ser aproximado para um fio de massa desprezível,
e desconsiderando os efeitos de forças dissipativas (como o atrito e a resistência do ar), ur
u
Ft
U

podemos calcular o módulo da componente tangencial da força gravitacional pela relação:


Ft 5 mg ? sen u
Assim, essa força tem valor máximo quando a medida de abertura é máxima, e é nula no momento em
que o pêndulo fica perfeitamente na vertical (u 5 0).
G

Sobre o assunto
Nessa relação, temos Ft em função de u. Para escrever a lei de uma função do tipo trigonométrica do movimento periódico
do pêndulo, em função da medida de intervalo de tempo, são necessários conhecimentos matemáticos que não são
estudados no Ensino Médio.
Porém, você pode observar esse movimento periódico do pêndulo em um simulador on-line e perceber os conceitos
envolvidos e a senoide que é obtida.
Por exemplo, o site PhET Simulações Interativas, da Universidade de Colorado (Estados Unidos), disponibiliza um simulador
de pêndulo em que você pode modificar a medida de comprimento do braço, a medida de massa e o módulo da
aceleração gravitacional, além de atribuir valores para o atrito considerado no movimento. Disponível em: https://phet.
colorado.edu/sims/html/pendulum-lab/latest/pendulum-lab_pt_BR.html. Acesso em: 30 jun. 2020.
Outra sugestão é o site My Physics Lab, das Escolas Públicas de Buffalo (Estados Unidos). Nele, você pode observar o
simulador de pêndulo e modificar diversos parâmetros, como a medida de comprimento do braço (length), a medida de
massa (mass) e o módulo da aceleração gravitacional (gravity); além disso, selecionando a aba time graph, você verá a
construção da senoide de acordo com os parâmetros escolhidos. Disponível em: https://www.myphysicslab.com/pendulum/
pendulum-en.html. Acesso em: 30 jun. 2020.

78
Não escreva no livro.

Sem atrito, o relógio pode atrasar ou adiantar?

D
Se a medida de comprimento do braço do pêndulo aumentar (pela dilatação térmica do material devido
ao calor, por exemplo), então o período também vai aumentar e o pêndulo vai demorar mais tempo para com-
pletar uma oscilação e, consequentemente, o relógio vai atrasar. Se a medida de comprimento do fio diminuir,
então o pêndulo completará uma oscilação em menos tempo e, consequentemente, o relógio vai adiantar.

L
Como o movimento do pêndulo é regido pela força gravitacional, o módulo da aceleração gravitacional
local vai influenciar diretamente o período dessa oscilação.
Sendo L a medida de comprimento do braço do pêndulo e g o módulo da aceleração gravitacional do
local, podemos calcular o período T pela relação:
L T 2p

N
T 5 2p ~ 5
g L g

Supondo g 5 10 m ? s22 e p â 3, um pêndulo cujo fio tem medida de comprimento L 5 0,4 m tem período
de 1,2 s.
0,4
T 5 2p 5 (2 ? 3 ? 0,2) 5 1,2

P
10

Os pêndulos e o movimento de rotação da Terra


O físico e astrônomo francês Jean Bernard Léon Foucault (1819-1868) foi o responsável por um dos expe-
rimentos citados no livro Os 10 mais belos experimentos científicos, de Robert P. Crease. Leia o texto a seguir
IA
sobre esse experimento.

Foucault, o pêndulo e a rotação da Terra

Isogood_patrick/Shutterstock
Em 1851, o cientista Jean Bernard Léon Foucault
[...] achou que seria uma boa ideia pendurar um peso
de metal de 28 kg em um cordão de aço de 67 metros
no Panteão de Paris. Para a ciência, foi mesmo.
Para marcar o progresso do gigantesco pêndulo,
U

o cientista ainda amarrou uma caneta no peso e jo-


gou areia úmida no chão abaixo dele. Assim, a plateia
acompanhou abismada como o peso parecia girar sozi-
nho, marcando traços ligeiramente diferentes no solo.
O experimento de Foucault provou que a Terra
G

gira sobre o próprio eixo, no movimento que cha-


mamos hoje de rotação. Não era o pêndulo que real-
mente girava, mas sim o chão do Panteão que “mu- O pêndulo de Foucault é um instrumento que consiste em
dava de lugar”, do ponto de vista do pêndulo [...]. um fio longo (em geral, alguns metros) com um pêndulo
(de dezenas de quilogramas) fixado na ponta do fio. O
JUNQUEIRA, Felipe. Os 10 experimentos científicos mais
pêndulo oscila por causa da aceleração que sofre pelo
importantes da história. Canal Tech, 25 nov. 2019. Disponível
em: https://canaltech.com.br/ciencia/os-10-experimentos- movimento de rotação da Terra e a direção da oscilação
cientificos-mais-importantes-da-historia-156069/. varia com o tempo. Na foto, de 2015, pêndulo de Foucault
Acesso em: 30 jun. 2020. em Los Angeles, Califórnia (Estados Unidos).

O experimento realizado por Foucault é apenas uma das maneiras de verificar experimentalmente o mo-
vimento de rotação da Terra.
1. Se você levasse um relógio de pêndulo para a Lua, ele atrasaria ou adiantaria?
2. E se você levasse um relógio de pêndulo para o deserto do Saara ao meio-dia, ele atrasaria ou adiantaria?
3. Imagine que o fio de um relógio de pêndulo sofreu um aumento de 21% em relação à medida de compri-
mento inicial. Nesse caso, qual foi o aumento percentual do período do pêndulo?

79
Vestibulares e Enem

D
1. (UFRN) Numa escola, o acesso entre dois pisos des- 5. (UFGD-MS) A umidade relativa do ar em uma deter-
nivelados é feito por uma escada que tem quatro de- minada cidade foi medida das 6 horas da manhã de
graus, cada um medindo

Reprodução/Vestibular UFRN
um dia até às 6 horas da manhã do dia seguinte. Os
24 cm de comprimento dados obtidos estão representados pela função perió-

L
por 12 cm de altura. Para dica abaixo.
atender à política de
100

Banco de imagens/Arquivo da editora


acessibilidade do Gover-
90

Umidade relativa do ar (%)


no Federal, foi construída
80
uma rampa, ao lado da
escada, com mesma in- 70

N
clinação, conforme mos- 60
tra a foto ao lado. 50
40
Com o objetivo de verificar se a inclinação está de
30
acordo com as normas recomendadas, um fiscal da
20
Prefeitura fez a medição do ângulo que a rampa faz
10

P
com o solo.
0
O valor encontrado pelo fiscal:
6:00 12:00 18:00 0:00 6:00
a) estava entre 30° e 45°. c) foi exatamente 45°. Hora do dia
b) era menor que 30°. d) era maior que 45°. A expressão que descreve a variação da umidade do ar
2. (UEG-GO) Do alto de um edifício de 24 metros de al- (dada em porcentagem) como função da hora do dia
tura, um engenheiro vê o topo de um outro edifício (dada pela variável t) é:
IA
mais alto, observando-o sob um ângulo de 30°. a) F(t) 5 50 1 20cos (2pt).
Sabendo que a distância entre os dois edifícios é de p 
100 3 metros, a altura do edifício mais alto é: b) F(t) 5 50 1 50cos  t  .
 12 
a) 100 3 m. c) 124 m.
p 
b) 100 m. d) 124 3 m. c) F(t) 5 50 1 20sen  t  .
 12 
3. (UFPA) Considere o gráfico da função trigonométrica d) F(t) 5 70t2.
abaixo, no qual F(p) 5 5: e) F(t) 5 t2 1 20.
U

6. (UFTM-MG) Robô da Nasa anda em Marte: em seu


primeiro “test-drive”, o Curiosity andou 4,5 m, girou
Banco de imagens/Arquivo da editora

por 120° e percorreu mais 2,5 m, em 16 minutos.


5
(O Estado de S. Paulo, 24.08.2012.)
A figura esquematiza a trajetória
G

Banco de imagens/Arquivo da editora


do robô, contida em um plano,
A 120¡
onde todos os trechos por ele
210 29 28 27 26 25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 percorridos foram em movi-
2,5 m
mento retilíneo. Suponha que B
4,5 m
esse robô retorne ao ponto de
Interpretando o gráfico, podemos concluir que F(3p) d
partida (P), mantendo a mesma
é igual a: velocidade média desenvolvida
a) 4. b) 5. c) 6. d) 7. e) 8. P
anteriormente.
4. (Uncisal) Numa praça circular de diâmetro 60 m há um Adotando como valor da raiz quadrada de um núme-
passeio que une seus pontos situados mais ao Norte e ro decimal o número inteiro mais próximo, é correto
mais ao Nordeste. Se desprezarmos sua largura e ado- afirmar que, para ir do ponto B ao ponto P, o robô irá
tarmos 2 5 1,4, qual é o comprimento aproximado, demorar, aproximadamente:
em metros, desse passeio? a) 9 min 6 s. d) 13 min 12 s.
a) 3042 c) 882 e) 360 b) 12 min 6 s. e) 11 min 30 s.
b) 1800 d) 552 c) 10 min 40 s.

80
Não escreva no livro.

7. (Vunesp) Para calcular a distância entre duas árvores si- [Indique no caderno] a alternativa correta que indica a

D
tuadas nas margens opostas de um rio, nos pontos A e distância x, em metros, que a luneta está do centro da
B, um observador que se encontra junto a A afasta-se base da Torre Eiffel:
20 m da margem, na direção da reta AB, até o ponto 1 3
¯obs.: sen 30° 5 e cos 30° 5 ˘
C, e depois caminha em linha reta até o ponto D, a 2 2
40 m de C, do qual ainda

Banco de imagens/Arquivo da editora


B
a) 325,7. c) 322,3 3 .
pode ver as árvores.

L
Tendo verificado que os b) 324. d) 324 3 .
ângulos DCB µ e BDCµ me- 10. (Enem) A rosa dos ven-

Reprodução/Enem, 2018.
dem, respectivamente, tos é uma figura que re-
cerca de 15° e 120°, que A presenta oito sentidos,
D
valor ele encontrou para a que dividem o círculo

N
distância entre as árvores, C em partes iguais.
se usou a aproximação Uma câmera de vigilân-
6 5 2,4?
cia está fixada no teto de
8. (Acafe-SC) Com o objetivo de auxiliar os maricultores um shopping e sua len-
a aumentar a produção de ostras e mexilhões, um en- te pode ser direcionada

P
genheiro de aquicultura fez um estudo sobre a tempe- remotamente, através
ratura da água na região do sul da ilha, em Florianópo- de um controlador, para qualquer sentido. A lente da
lis. Para isso, efetuou medições durante três dias con- câmera está apontada inicialmente no sentido Oeste e
secutivos, em intervalos de 1 hora. As medições inicia- o seu controlador efetua três mudanças consecutivas,
ram às 5 horas da manhã do primeiro dia (t 5 0) e os a saber:
dados foram representados pela função periódica • 1a mudança: 135° no sentido anti-horário;
 pt p • 2a mudança: 60° no sentido horário;
IA
T(t) 5 24 1 3cos  1  , em que t indica o tempo
6 3
(em horas) decorrido após o início da medição e T(t), a
• 3a mudança: 45° no sentido anti-horário.
Após a 3a mudança, ele é orientado a reposicionar a
temperatura (em °C) no instante t.
câmera, com a menor amplitude possível, no sentido
O período da função, o valor da temperatura máxima e Noroeste (NO) devido a um movimento suspeito de
o horário em que ocorreu essa temperatura no primei- um cliente.
ro dia de observação valem, respectivamente:
Qual mudança de sentido o controlador deve efetuar
a) 6 h, 25,5 °C e 10 h. c) 12 h, 27 °C e 15 h. para reposicionar a câmera?
b) 12 h, 27 °C e 10 h. d) 6 h, 25,5 °C e 15 h. a) 75° no sentido horário.
U

9. (UFT-TO) A Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro do b) 105° no sentido anti-horário.
século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, e
c) 120° no sentido anti-horário.
que se tornou um ícone mundial da França. A torre,
que é o edifício mais alto da cidade, tem 324 me- d) 135° no sentido anti-horário.
tros de altura e é o monumento pago mais visitado e) 165° no sentido horário.
do mundo, com milhões de pessoas frequentando-o
G

anualmente. 11. (UEG-GO) Na competição de skate a rampa em for-


Uma visitante observa o topo da Torre Eiffel sob um ma de U tem o nome de Vert, onde os atletas fazem
ângulo de 30° com a horizontal, utilizando uma lune- diversas manobras radicais. Cada uma dessas mano-
ta com tripé. Sabe-se que a altura do equipamento, no bras recebe um nome distinto de acordo com o total
momento da visualização, conforme a figura a seguir, é de giros realizados pelo skatista e pelo skate, uma de-
de 1,70 m. las é a 180° allie frontside, que consiste num giro de
meia volta.
Reprodução/IFT-TO, 2020.

Sabendo-se que 540° e 900° são côngruos a 180°, um


atleta que faz as manobras 540 Mc Truist e 900 realizou
giros completos de:
a) 1,5 e 2,5 voltas respectivamente.
b) 0,5 e 2,5 voltas respectivamente.
c) 1,5 e 3,0 voltas respectivamente.
d) 3,0 e 5,0 voltas respectivamente.
e) 1,5 e 4,0 voltas respectivamente.

81
Vestibulares e Enem

12. (IFPE) Na cidade de Recife, mesmo que muito discre- O segmento RP é um diâ-

Reprodução/Enem, 2019.
D
tamente, devido à pequena latitude em que nos en- metro dessa circunferên-
contramos, percebemos que, no verão, o dia se esten- cia interna, e o ângulo
de um pouco mais em relação à noite e, no inverno, $ tem medida igual a
PRQ
p
esse fenômeno se inverte. Já em outros lugares do radianos.
5
nosso planeta, devido a grandes latitudes, essa varia-
ção se dá de forma muito mais acentuada. É o caso de Para uma pessoa ir do

L
Ancara, na Turquia, onde a duração de luz solar L, em ponto P ao ponto Q an-
horas, no dia d do ano, após 21 de março, é dada pela dando pela circunferên-
 2p  cia interna no sentido anti-horário, ela percorrerá uma
função L(d) 5 12 1 2,8 ? sen  (d 2 80) .
 365  distância, em quilômetro, igual a:
Determine, em horas, respectivamente, a máxima e a
a) 0,009p. c) 0,06p. e) 0,18p.

N
mínima duração de luz solar durante um dia em Ancara.
b) 0,03p. d) 0,12p.
a) 12,8 e 12 c) 12,8 e 9,2 e) 14,8 e 12
b) 14,8 e 9,2 d) 12 e 12 16. (UEM-PR) O preço dos produtos no mercado varia de
acordo com a procura. A função que descreve o preço
13. (EBMSP-BA) Estudos mostram que a demanda por P (em reais) de uma bermuda em função do mês t do
produtos eficientes, seguros e não tóxicos é crescente.  pt 

P
Roupas feitas com algodão orgânico e corantes natu- ano é dada por P(t) 5 80 1 20sen   . Suponha que
4
rais e cosméticos não testados em animais estão na os meses sejam enumerados de 1 a 12, e que janeiro é
lista de startups que podem crescer. Com base nessas o mês 1. [Indique no caderno] o que for correto.
informações, um jovem empreendedor interessado em
01. D(P) 5 {1, 2, 3, »,11, 12}.
iniciar um negócio continuou pesquisando e constatou
que determinados itens podem apresentar flutuações 02. Em fevereiro a bermuda custa R$ 80,00.
IA
em suas vendas ao longo do ano. 04. Existem três meses no ano em que a bermuda cus-
Considerando-se as vendas mensais de determina- ta R$ 80,00.
do produto, em milhares de reais, dadas pela função 08. O preço mínimo de uma bermuda ocorre no mês
p  de junho.
V(t) 5 8cos  t  1 56, 0 , t , 11, em que t é dado
6  16. O melhor preço de venda ocorre em apenas um
em meses e t 5 0 representa o mês de janeiro, pode- mês do ano.
-se estimar a média de vendas desse produto no se-
gundo bimestre do ano em: 17. (Enem) Um grupo de engenheiros está projetando um
motor cujo esquema de deslocamento vertical do pis-
a) R$ 50.100,00. d) R$ 58.000,00.
tão dentro da câmara de combustão está representado
U

b) R$ 54.000,00. e) R$ 62.400,00. na figura.


c) R$ 56.280,00.

Ilustrações: Reprodução/Enem, 2019.


14. (FGV-SP) O número de quartos ocupados em um hotel
varia de acordo com a época do ano. Estima-se que o
G

número de quartos ocupados em cada mês de deter-


p 
minado ano seja dado por Q(x) 5 150 1 30cos  x  ,
6 
em que x é estabelecido da seguinte forma: x 5 1 re-
presenta o mês de janeiro, x 5 2 representa o mês de
fevereiro, x 5 3 representa o mês de março, e assim
por diante.
Em junho, em relação a março, há uma variação por-
centual dos quartos ocupados em:
a) 220%. c) 230%. e) 250%.
b) 215%. d) 225%.  bt p
A função h(t) 5 4 1 4sen  2  definida para t . 0
2 2
15. (Enem) Uma pista circular delimitada por duas circun- descreve como varia a altura h, medida em centímetro,
ferências concêntricas foi construída. Na circunferência da parte superior do pistão dentro da câmara de com-
interna dessa pista, de raio 0,3 km, serão colocados bustão, em função do tempo t, medido em segundo.
aparelhos de ginástica localizados nos pontos P, Q e R, Nas figuras estão indicadas as alturas do pistão em dois
conforme a figura. instantes distintos.

82
Não escreva no livro.

O valor do parâmetro b, que é dado por um número 20. (IFSC) Um portão de elevação com 4,52 metros de altura

D
inteiro positivo, está relacionado com a velocidade de é articulado em seu centro C, possui sua extremidade
deslocamento do pistão. Para que o motor tenha uma superior A fixa e a extremidade B só pode se mover
boa potência, é necessário e suficiente que, em menos verticalmente, conforme a figura. O portão, que ini-
de 4 segundos após o início do funcionamento (instante cialmente está fechado, é levantado de maneira que a
t 5 0), a altura da base do pistão alcance por três vezes extremidade B

Reprodução/IFSC, 2019.
o valor de 6 cm. Para os cálculos, utilize 3 como aproxi- sobe 4 cm. Isso

L
mação para p. produz um des-
O menor valor inteiro a ser atribuído ao parâmetro b, locamento da
de forma que o motor a ser construído tenha boa po- articulação C.
tência, é: Qual a abertu-
4,52 m
a) 1. b) 2. c) 4. d) 5. e) 8. ra horizontal x,

N
em centíme-
18. (Enem) Um técnico precisa consertar o termostato do
tros, percorri-
aparelho de ar-condicionado de um escritório, que
da pela articu-
está desregulado. A temperatura T , em graus Celsius, 4 cm
lação C?
no escritório, varia de acordo com a função T(h) 5 A 1
p 
1 Bsen  (h 2 12) , sendo h o tempo, medido em a) 24 cm c) 17 cm e) 4 cm

P
 12 
horas, a partir da meia-noite (0 , h , 24) e A e B os b) 30 cm d) 10 cm
parâmetros que o técnico precisa regular. Os funcioná-
21. (Enem) Sobre um sistema cartesiano considera-se uma
rios do escritório pediram que a temperatura máxima
malha formada por circunferências de raios com me-
fosse 26 °C, a mínima, 18 °C, e que durante a tarde
didas dadas por números naturais e por 12 semirretas
a temperatura fosse menor do que durante a manhã.
com extremidades na origem, separadas por ângulos
Quais devem ser os valores de A e de B para que o
IA
p
de rad, conforme a figura.
pedido dos funcionários seja atendido? 6
a) A 5 18 e B 5 8. d) A 5 26 e B 5 28.

Reprodução/Enem, 2018.
b) A 5 22 e B 5 24. e) A 5 26 e B 5 8.
c) A 5 18 e B 5 4.
19. (Enem) Construir figuras de diversos tipos, apenas
dobrando e cortando papel, sem cola e sem tesoura,
é a arte do origami (ori 5 dobrar; kami 5 papel), que
U

tem um significado altamente simbólico no Japão.


A base do origami é o conhecimento do mundo por
base do tato.
Uma jovem resolveu construir um cisne usando técnica
do origami, utilizando uma folha de papel de 18 cm
por 12 cm. Assim, começou por dobrar a folha confor-
G

me a figura.
Reprodução/Enem, 2019.

Suponha que os objetos se desloquem apenas pelas


semirretas e pelas circunferências dessa malha, não
podendo passar pela origem (0; 0).
Considere o valor de p com aproximação de, pelo me-
nos, uma casa decimal. Para realizar o percurso mais cur-
to possível ao longo da malha, do ponto B até o ponto A,
um objeto deve percorrer uma distância igual a:
2?p ?1 2?p?4
a) 18 d) 12
3 3
Após essa primeira dobradura, a medida do segmento
2?p?2 2?p?5
AE é: b) 16 e) 12
3 3
a) 2 22 cm. c) 12 cm. e) 12 2 cm.
2?p?3
c) 14
b) 6 3 cm. d) 6 5 cm. 3

83
D
L
N
P
IA

2
CAPÍTULO

Matrizes e
G

sistemas
lineares
k
toc
ers
utt
/Sh
dio
Stu
ica
Afr

Principal matéria-prima do chocolate,


o cacau (Theobroma cacao) é o fruto
da árvore cacaueiro, nativa da América
Central e da América do Sul. No
Brasil, os estados do Pará e da Bahia
concentram cerca de 90% da produção
nacional, contribuindo para que o país
ocupe a sétima posição na produção
mundial desse fruto.

84
Não escreva no livro.

D
U
ma doceria recebeu, de duas padarias distintas, enco-
mendas de bombons de chocolate recheados. O primei-
ro pedido foi da padaria de Alice: 2 kg de bombons de

L
morango, 3 kg de brigadeiro e 5 kg de coco. A segunda encomenda
foi feita pela padaria de Douglas: 3 kg de bombons de morango, 3 kg
de brigadeiro e 4 kg de coco.
A doceria cobra R$ 60,00 por quilograma de bombom de chocolate re-
cheado de morango, R$ 40,00 por quilograma de bombom recheado de

N
brigadeiro e R$ 50,00 por quilograma de bombom recheado de coco.
a) Com o objetivo de organizar e visualizar com maior facilidade essa situação,
copie no caderno as tabelas a seguir e complete-as com as informações do
texto. A primeira tabela deve organizar a medida de massa, em quilogramas,

P
das encomendas e a segunda deve mostrar os preços do quilograma de cada
sabor do recheio, em reais.

Medida de massa (em kg) das encomendas de bombons recheados


Sabor do
recheio Morango Brigadeiro Coco
IA
Local
Padaria de Alice

Padaria de Douglas

Preço do quilograma dos bombons recheados

Sabor do recheio Preço (em reais)

Morango
U

Brigadeiro

Coco
Tabelas elaboradas para fins didáticos.
G

b) Observando as tabelas que você preencheu, responda: Qual padaria encomendou


mais bombons recheados?
c) Quanto a padaria de Alice gastou com os bombons recheados de morango?
d) Quanto a padaria de Douglas gastou com os bombons recheados de coco?
e) Qual foi o valor total pago pela padaria de Alice?
f) Qual foi o valor total pago pela padaria de Douglas?
Sara também tem uma padaria e deseja comprar R$ 2.000,00 em bombons re-
cheados de morango e de brigadeiro dessa mesma doceria, mas ainda não decidiu a
quantidade de cada sabor do recheio.
g) Indicando por m e b a medida de massa, em kg, dos bombons recheados de
morango e de brigadeiro, respectivamente, qual equação representa as possibi-
lidades de compra para Sara?
h) Nessa equação, m e b podem ser quaisquer números reais? Por quê?

85
i) Se Sara optar pela compra de 5 kg de bombons recheados de brigadeiro, então Não escreva
no livro.

D
quantos quilogramas de bombons recheados de morango ela comprará?
j) Comprando 10 kg de bombons recheados de morango, então quantos quilogra-
mas de bombons recheados de brigadeiro ela comprará?
k) Quantos quilogramas de bombons recheados a padaria de Sara pode comprar se

L
pedir a mesma quantidade para cada sabor do recheio?

As respostas que você deu nos itens i, j e k nos indicam que os pares ordenados
(30, 5), (10, 35) e (20, 20) são algumas soluções da equação 3m 1 2b 5 100. Na repre-
sentação gráfica a seguir, o eixo horizontal representa a medida de massa, em kg, dos

N
bombons recheados de morango (m) e o eixo vertical representa a medida de massa,
em kg, dos bombons recheados de brigadeiro (b). Os pontos A, B e C correspondem
aos pares ordenados (10, 35), (20, 20) e (30, 5), respectivamente.
b

P
50

45

WYM Design/Arquivo da editora


40
IA
A(10, 35)
35

30

25

20 B(20, 20)
U

15

10
G

C(30, 5)
5

m
0 5 10 15 20 25 30 35

l) O gráfico acima corresponde a um segmento de reta. Por que não podemos


prolongar esse segmento de reta infinitamente em ambos os sentidos?
m) Liste no caderno outros três possíveis pedidos que a padaria de Sara pode fazer
à doceria na compra de R$ 2.000,00 em bombons recheados de morango e de
brigadeiro.
n) Michele também gastou R$ 2.000,00 em bombons recheados de morango e de
brigadeiro da doceria. Ela comprou 10 kg de bombons recheados de brigadeiro
a mais do que de morango. Quantos quilogramas de bombons recheados de
cada sabor ela comprou?

86
CONHEÇA O CAPÍTULO

D
A BNCC
No decorrer do capítulo,
Objetivos favorecemos o desenvolvimento
das competências gerais da
• Explorar situações e resolver problemas que envolvem matrizes. Educação Básica, bem como

L
das competências específicas e
• Reconhecer diferentes transformações geométricas no plano cartesiano: das habilidades de Matemática
translação, reflexão, rotação e homotetia. e suas Tecnologias e de
outras áreas do conhecimento
• Relacionar transformações geométricas e matrizes. indicadas a seguir. Também
• Conhecer e criar algoritmos relacionados às transformações geométricas. estão indicados os temas

N
contemporâneos transversais
• Construir translações, reflexões, rotações e homotetias de figuras no pla- presentes no capítulo.
no cartesiano, bem como composições dessas transformações geométri- Competências gerais: CG01,
CG02, CG03, CG04, CG05,
cas, também com o apoio de tecnologia digital. CG07, CG08, CG10.
• Utilizar transformações geométricas para analisar fotos de elementos da Competências específicas
de Matemática e suas

P
natureza e construções humanas.
Tecnologias: CEMAT01,
• Resolver problemas relacionados a transformações geométricas. CEMAT03, CEMAT04.

• Explorar situações relacionadas a sistemas lineares. Competência específica de


Ciências da Natureza e suas
• Compreender os conceitos de equação linear e sistema de equações Tecnologias: CECNT02.
lineares simultâneas. Habilidades de Matemática
e suas Tecnologias:

IA
Classificar sistemas lineares em possível e determinado, possível e inde- EM13MAT105, EM13MAT301,
terminado ou impossível. EM13MAT315 e EM13MAT405.


Habilidades de outras
Determinar as soluções de sistemas lineares utilizando diferentes méto- áreas do conhecimento:
dos, como a substituição, a adição e o escalonamento, e representá-los EM13LGG701, EM13CNT204,
EM13CNT206, EM13CHS101,
graficamente.
EM13CHS106.
• Interpretar e representar graficamente sistemas lineares 2 3 2 e 3 3 3, Temas contemporâneos
também com o auxílio de tecnologia digital. transversais:
• Direito da Criança e do
• Criar algoritmo que descreva os passos de resolução de um sistema linear.
U

Adolescente;
• Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Matemática e de outras • Educação Ambiental;
áreas do conhecimento utilizando sistemas lineares. • Saúde.
• Compreender o conceito de determinante e o cálculo do determinante
de matrizes 2 3 2 e 3 3 3.

G

Discutir sistemas lineares utilizando o determinante da matriz dos coefi-


cientes e o escalonamento do sistema.

Justificativa
É comum, no dia a dia, lidarmos com tabelas, pois elas facilitam a organiza-
ção, a leitura e a interpretação de dados. Em Matemática, podemos relacionar
tabelas a matrizes, e o estudo desse tipo de representação contribui para que
possamos entender como números dispostos em linhas e colunas se relacio-
nam. As matrizes também podem ser utilizadas para representar transformações
isométricas e transformações homotéticas de polígonos no plano cartesiano.
Situações que podem ser representadas e resolvidas por sistemas linea-
res também aparecem com frequência no cotidiano. O estudo dos sistemas
lineares, que é feito desde o Ensino Fundamental, é ampliado neste capítulo
de modo que possamos resolver problemas relacionados a situações do co-
tidiano, da Matemática e de outras áreas do conhecimento.

87
Matrizes e transformações geométricas

D
Banco de imagens/Arquivo da editora

Não escreva no livro. Aluno:


Situação 1 BIMESTRE

L
Turma: 1o 2o 3o 4o
Organização das notas N F N F N F N F
Em muitas escolas do Ensino Básico, bem como em cursos Língua Portuguesa
do Ensino Superior, é comum a atribuição de notas para a ava- e suas Tecnologias
liação da aprendizagem. Essas notas podem ser atribuídas a Matemática

N
provas, trabalhos, desempenho nas aulas ou outras dinâmicas e suas Tecnologias
praticadas no método de avaliação da escola. Ciências
Normalmente, as notas seguem uma escala com números da Natureza
(por exemplo, de 0 a 10 ou de 0 a 100) ou com letras (como de e suas Tecnologias

A a F) e existe um valor mínimo estabelecido pela escola, que é Ciências Humanas


e Sociais Aplicadas
conhecido como média. Muitas vezes essa média corresponde

P
a uma porcentagem mínima a ser atingida; por exemplo, obter Observações:
50% de uma escala de 0 a 10 significa ter nota mínima 5, ou
60% de uma escala de A a F significa ter nota mínima C. Boletim escolar é o
Considere uma escola em que as notas das provas obedecem à escala numérica nome normalmente
de 0 a 10 e que, em determinado período, foram feitas três provas em cada matéria. usado no Brasil para
o documento escolar
Para visualizar e analisar as notas que tirou, Augusto vai organizá-las em linhas e colu-
IA
no qual são indicadas
nas, formando uma tabela. Ele fez as provas 1, 2 e 3 e tirou, respectivamente, 8, 9 e 10 em as notas obtidas
Língua Portuguesa, 9, 7 e 10 em Ciências Humanas e 8, 8 e 9 em Ciências da Natureza. por um estudante.
É comum as notas
a) Copie a tabela no caderno e complete-a organizando as notas de Augusto.
serem organizadas em
bimestres, trimestres
Notas de Augusto
ou semestres,
Prova de acordo com a
Matéria Prova 1 Prova 2 Prova 3 organização curricular
da escola.
Língua Portuguesa
U

Ciências Humanas

Ciências da Natureza
Tabela elaborada para fins didáticos.
G

Em Matemática, tabelas que apresentam dados numéricos dispostos em linhas (filas ho-
rizontais) e colunas (filas verticais) podem ser organizadas em matrizes. Veja como podemos
representar a matriz correspondente aos dados numéricos da tabela que você representou.
Fique atento
 8 9 10  ó  8 9 10  ó
    Uma matriz pode
 9 7 10  ó linhas ou
 9 7 10  ó linhas ser representada
8 8 9  ó  8 8 9  ó usando parênteses
 
ou colchetes. Neste
ò ò ò ò ò ò livro, optamos por
colunas colunas usar a notação entre
parênteses.
b) Em qual matéria Augusto teve o melhor desempenho nessas três provas? Justifique.
c) As notas de Gustavo nas mesmas provas foram 7, 5 e 8 em Língua Portuguesa, 6, 6 e
6 em Ciências Humanas e 9, 7 e 8 em Ciências da Natureza. Represente no caderno
a tabela dessas notas e a matriz correspondente.

88
D
Situação 2
Vendas de roupas
Fazer constantemente o balanço de vendas de uma loja garante saber quantas unidades de cada tipo
de produto foram vendidas no período e planejar a compra de novos produtos para compor o estoque da

L
loja para o período seguinte. O balanço também é útil para mensurar períodos em que determinado tipo de
produto é mais ou menos vendido.
Duas lojas de roupas desejam fazer o balanço das vendas em dois meses consecutivos. A loja 1 vendeu
300 camisas e 250 calças no primeiro mês, enquanto a loja 2 vendeu 270 camisas e 280 calças. No segundo

N
mês, foram vendidas 320 camisas e 280 calças na loja 1 e 300 camisas e 290 calças na loja 2.
a) Construa no caderno uma tabela referente às vendas desses produtos nessas lojas no primeiro mês. Depois,
escreva a matriz correspondente à tabela que você construiu.
b) Agora, construa uma tabela com as vendas dessas lojas no segundo mês e escreva a matriz correspondente.
c) O que indicam os números de uma mesma linha nas matrizes que você indicou nos itens a e b? E o que

P
indicam os números de uma mesma coluna?
d) Obtenha o balanço total das vendas de camisas e de calças nas duas lojas nos dois meses e construa uma ta-
bela com o total em ambos os meses. Depois, escreva a matriz correspondente à tabela que você construiu.

Explorando as matrizes
IA
Diversas empresas dispõem de enorme quantidade de informações referentes a clientes, potenciais clientes,
vendas, compras, marketing, interesses de grupos, etc. Essas informações, porém, não teriam valor se não fos-
sem organizadas de maneira lógica ou se não pudessem ser facilmente recuperadas e relacionadas.
Essa organização das informações é feita usando um banco de dados, que pode ser entendido como uma
coleção de dados e tabelas relacionados entre si. E, como vimos nas situações anteriores, tabelas como essas
podem ser associadas a matrizes.
Antes de formalizar o conceito de matrizes, vamos explorar mais uma situação.
U

Em uma editora, a venda de livros de aventura, romance e ficção no primeiro trimestre de um ano foi or-
ganizada em uma tabela. Uma tabela desse tipo, em que os números estão dispostos em 3 linhas e 3 colunas,
pode ser associada a uma matriz 3 3 3 (lemos: matriz três por três).

Vendas de livros no primeiro trimestre do ano


G

Mês
Gênero Janeiro Fevereiro Março  20 000 32 000 45 000 
 
Aventura 20 000 32 000 45 000  15 000 18 000 25 000 
 
Romance 15 000 18 000 25 000  16 000 17 000 23 000 

Ficção 16 000 17 000 23 000

Tabela elaborada para fins didáticos.

Se quisermos saber: Reflita


• quantos livros de aventura foram vendidos em fevereiro, basta olharmos o número Como seria a matriz
que está na primeira linha e na segunda coluna da matriz; associada à tabela
• quantos livros de romance foram vendidos em janeiro, basta olharmos o número caso as linhas da
que está na segunda linha e na primeira coluna da matriz; tabela fossem as

• quantos livros de ficção foram vendidos em março, basta olharmos o número que
colunas e as colunas
fossem as linhas?
está na terceira linha e na terceira coluna da matriz.

89
Formalizando a definição de matriz

D
Sejam m e n dois números inteiros maiores do que ou iguais a 1.

Matriz m 3 n (lemos: matriz m por n) é uma tabela retangular formada por m ? n


números reais, dispostos em m linhas e n colunas.

L
Dizemos que a matriz é do tipo m 3 n ou de ordem m 3 n. Veja os exemplos.

 
a)  2 3  é uma matriz do tipo 2 3 2 (lemos: dois por dois), pois tem 2 linhas e
 5 1

N
2 colunas.

 1 
 25 1 
b) 2 é uma matriz de ordem 2 3 3 (lemos: dois por três), pois tem
  Reflita
 2 3 0
Quando uma matriz

P
2 linhas e 3 colunas. tem m 5 1 (como a
matriz do item c), a
c) (1 3 22) é uma matriz do tipo 1 3 3. chamamos de matriz
linha e, quando tem
 5 n 5 1 (como a
 
d)  2  é uma matriz 4 3 1. matriz do item d), a
 21  chamamos de matriz
IA
 0  coluna. Analise os
exemplos desses tipos
Quando uma matriz tem m 5 n (a quantidade de linhas é igual à quantidade de de matriz e justifique
colunas, como a matriz do item a), dizemos que a matriz é quadrada do tipo n 3 n, ou os nomes dados a
elas.
simplesmente, matriz quadrada de ordem n.

Representação genérica de uma matriz


U

Explore para descobrir Não escreva no livro.

Os números que aparecem em uma matriz são chamados elementos ou termos da matriz.
Analise, por exemplo, a matriz a seguir.
 3 5 21 
G

 2 
 25 4 10 0 
 6 22 7 2 
 

• O número 3, ou o elemento 3, está na 1 linha e na 1 coluna; indicamos a 5 3 (lemos a como: a um um).


a a
11 11

• O elemento 25 está na 2 linha e na 1 coluna; indicamos a 5 25 (lemos a dois um).


a a
21

• O elemento 2 está na 1 linha e na 2 coluna; indicamos a 5 2 (lemos: a um dois).


a a
12

• O elemento 2 está na 3 linha e na 4 coluna; indicamos a 5 2 (lemos: a três quatro).


a a
34

a) Quais números correspondem aos termos a13, a24 e a32?

b) Como podemos indicar os elementos 10 e 6 dessa matriz?

c) Como podemos representar genericamente todos os elementos de uma matriz 3 3 2?


 ■ ■ 
 
 
 ■ ■ 
 
 ■ ■ 
 

90
Para nomear uma matriz, normalmente usamos uma letra maiúscula e, para representar um elemento qual-

D
quer da matriz, usamos uma letra minúscula com dois índices: o primeiro índice indica em qual linha o ele-
mento se encontra e o segundo indica em qual coluna. Por exemplo, o elemento genérico de uma matriz A
é indicado por aij, em que i representa a linha e j representa a coluna na qual o elemento se encontra.
Assim, uma matriz A do tipo m 3 n pode ser apresentada da seguinte maneira:

L
A 5 (aij)m 3 n, com 1 , i , m, 1 , j , n e i, j é N

(Lemos: matriz A dos elementos aij, do tipo m 3 n.)

E pode ser representada, genericamente, do seguinte modo:

N
⎛ a11 a12 a13 È a1n ⎞
⎜ ⎟
⎜ a21 a22 a23 È a2n ⎟
A 5 ⎜ a31 a32 a33 È a3n ⎟
⎜ ⎟
⎜ ! ! ! ! ⎟
⎜ am1 am2 am3 È amn ⎟

P
⎝ ⎠

a 5 1, se i 5 j
Por exemplo, acompanhe como escrever a matriz X 5 (aij)3 3 3, tal que  ij .
aij 5 0, se i = j
A matriz deve ter 3 linhas e 3 colunas tal que:
• a11 5 a22 5 a33 5 1;
IA
• a12 5 a13 5 a21 5 a23 5 a31 5 a32 5 0.
 1 0 0
Assim, temos a matriz quadrada de ordem 3: X 5  0 1 0  .
 
 0 0 1 

Diagonais de uma matriz


Em uma matriz quadrada de ordem n, os elementos a11, a22, a33, », ann formam a diagonal principal da
U

matriz (são os elementos aij com i 5 j).

 3 2  1 3 10 
 21 6   23 0 8 
diagonal principal  
 5 21 6 
diagonal principal
G

A outra diagonal da matriz quadrada, que vai do último elemento da 1a linha até o 1o elemento da última
linha, é chamada de diagonal secundária.

Um pouco da história das matrizes


Na China, entre os séculos II a.C. e I a.C., diversos textos foram reunidos no livro Jiuzhang suanshu,
provavelmente de diversos autores, para organizar conhecimentos matemáticos. Jiu e zhang são traduzidos
como “nove capítulos”, e suan e shu como “aritmética”; porém, esses termos provavelmente teriam como
significado algo próximo de “a arte dos números” ou “procedimentos de cálculo”. Atualmente, esse livro é
popularmente conhecido como Os nove capítulos da arte matemática.
Nesse livro, foram organizados 246 problemas práticos, com o objetivo de apresentar métodos de re-
solução de problemas diversos da Matemática do dia a dia, bem como da engenharia, da topografia, do
comércio e da tributação. Pela qualidade de exemplos, a obra teve papel fundamental no desenvolvimento
posterior da Matemática na China.

91
Um dos problemas dessa obra é apresentado a seguir, traduzido para o português.

D
Existem três tipos de milho, dos quais três paco-

Reprodução/Acervo da Academia de Matemática e Sistemas Científicos, Pequim, China.


tes do primeiro, dois do segundo e um do terceiro so-
mam 39 medidas. Dois do primeiro, três do segundo e
um do terceiro somam 34 medidas. E um do primeiro,
dois do segundo e três do terceiro somam 26 medi-

L
das. Quantas medidas de milho estão contidas em
um pacote de cada tipo?

No livro citado, os dados contidos nesse proble-


ma são apresentados organizados como a seguir,

N
dispostos da direita para a esquerda, conforme a
cultura oriental.

1 2 3
2 3 2

P
3 1 1
26 34 39

Assim, percebemos que os chineses, há mais de


2 mil anos, já trabalhavam com organizações em li-
nhas e colunas com o objetivo de reunir dados de
IA
um problema. Entretanto, a representação de con-
juntos de números em forma de matrizes aparece Página do capítulo Fang Cheng (“Matrizes retangulares”) do
apenas no século XIX. livro Jiuzhang suanshu.

Em 1826, o matemático francês Augustin-Louis Cauchy (1789-1857) parece ter sido As imagens não
estão representadas
em proporção
o primeiro a nomear essas configurações numéricas de tableau (do francês, “tabela”),
mas apenas em 1850, com o matemático inglês James Joseph Sylvester (1814-1897),
é que esse tipo de configuração numérica recebeu o nome de matriz. Em seguida, em
1858, as matrizes se estabelecem como um novo ramo da Matemática ao ser publica-
U

do o livro Memoir on the theory of matrices (Memória sobre a teoria das matrizes), do
matemático inglês Arthur Cayley (1821-1895).
Granger/Fotoarena

Bridgeman/Easypix Brasil/
Universidade de Oxford, Inglaterra.
G

James Joseph
Augustin-Louis Sylvester, século XIX
Cauchy, século XIX (óleo sobre tela de
(litografia). Demais 112 cm 3 86 cm).
informações Demais informações
desconhecidas. desconhecidas.

Fontes de consulta: SILVA, Everaldo Raiol da. O surgimento das trigonometrias em diferentes culturas e as relações
estabelecidas entre elas. Dissertação (mestrado) – UFPA, Belém, 2014. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/
jspui/bitstream/2011/8551/1/Dissertacao_SurgimentoTrigonometriasDiferentes.pdf. SÁ, Fernanda Lúcia. Estudos
dos determinantes. Caderno Dá-Licença, dez. 2004, n. 5. Disponível em: http://dalicenca.uff.br/wp-content/uploads/
sites/204/2020/05/Estudo_dos_Determinantes.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.

92
Atividades Não escreva no livro.

D
1. Observe as notas de três estudantes no primeiro bi- a) Observando todos os elementos dessa matriz, quais
mestre de um ano escolar. são as misturas heterogêneas dessas substâncias?
b) Por que os elementos da diagonal principal dessa
Notas dos estudantes no primeiro bimestre
matriz são todos iguais a 0?

L
Matéria 3. (Enem) Um professor aplica, durante os cinco dias
Língua Ciências
Matemática úteis de uma semana, testes com quatro questões de
Portuguesa Humanas
Estudante múltipla escolha a cinco alunos. Os resultados foram
representados na matriz.
Ana 6 4 5
 

N
 3 2 0 1 2 
Antônio  
5 7 5  3 2 4 1 2 
 
 2 2 2 3 2 
Beatriz 5 6 7  
 3 2 4 1 0 
 
 0 2 0 4 4 
Tabela elaborada para fins didáticos.  

P
a) Escreva no caderno a matriz correspondente a essa Nessa matriz os elementos das linhas de 1 a 5 repre-
tabela. sentam as quantidades de questões acertadas pelos
alunos Ana, Bruno, Carlos, Denis e Érica, respectiva-
b) O que representam os números da 1a linha da ma-
mente, enquanto as colunas de 1 a 5 indicam os dias
triz que você escreveu?
da semana, de segunda-feira a sexta-feira, respectiva-
c) O que representam os números da 2a coluna? mente, em que os testes foram aplicados.
d) E o que representa o número da 3a linha e 3a coluna? O teste que apresentou maior quantidade de acertos
IA
e) Quais são os elementos da diagonal principal dessa foi o aplicado na:
matriz? a) segunda-feira. d) quinta-feira.

2. Em Ciências da Natureza, ao b) terça-feira. e) sexta-feira.


Shutterstock / m.bonotto

misturar duas ou mais substân- c) quarta-feira.


cias, dizemos que temos uma
mistura homogênea quando 4. Após um período de quedas na quantidade de fre-
não conseguimos identificar quentadores de uma casa de shows, um dos sócios de-
cada substância e temos uma cide registrar a quantidade de pessoas que entram na
U

mistura heterogênea quando casa nas 5 primeiras noites do mês, durante 4 meses.
ainda conseguimos identificar Esses registros foram feitos na matriz A 5 (aij), dada a
quais são as substâncias en- seguir, na qual o elemento aij corresponde ao total de
volvidas. frequentadores na noite i do mês j.
Imagine uma matriz em que
cada elemento representa se  150 120 100 310 
A mistura de água e
 
G

a mistura da substância indi- óleo é heterogênea.  170 180 250 150 


cada na linha com a substân- A5  125 235 180 100 
cia indicada na coluna é homogênea ou heterogênea:  135 100 100 280 
 
se a mistura é homogênea, o elemento é igual a 0 e,  220 150 210 125 
se é heterogênea, é igual a 1.
Se, ao fim do quarto mês, a média de frequentadores
Considere que as substâncias água, óleo, sal e açúcar,
numeradas de 1 a 4, nessa ordem, correspondem às desses dias for a menor dos quatro meses analisados,
linhas e às colunas dessa matriz. Por exemplo, o ele- então o sócio decidirá deixar a sociedade. Conside-
mento da linha 1 e da coluna 3 da matriz representa rando essas informações, classifique cada afirmação
a mistura entre água e sal, que é homogênea. Então, em verdadeira ou falsa.
temos a seguinte matriz: a) A maior quantidade de frequentadores foi registra-
  da na terceira noite do terceiro mês.
 0 1 0 0 
  b) O sócio decidiu deixar a sociedade.
 1 0 1 1 
 
 0 1 0 1  c) A média de frequentadores no quarto mês foi maior
 
 0 1 1 0  do que a média de cada mês anterior.
 

93
Leitura e compreensão

D
Calendário
Um calendário é um sistema de organização das unidades de tempo, com o objetivo

L
de contá-las por períodos longos, de modo a satisfazer as necessidades e preocupações
de uma sociedade.
Os calendários sempre exerceram um papel importante para o planejamento de ati-
vidades agriculturais, de ciclos de migração e de eventos religiosos e civis. [...]
Existem cerca de quarenta calendários atualmente em uso em todo o mundo. [...]

N
Para calendários com base astronômica, a unidade fundamental pode ser o dia (basea-
do na rotação da Terra em torno de seu eixo), o ano (baseado na revolução da Terra em
torno do Sol) ou o mês (baseado na revolução da Lua em torno da Terra). A complexida-
de desses calendários é consequência do fato de que esses ciclos não são constantes
nem comensuráveis uns em relação aos outros. [...] Comensurável

P
Os calendários também incorporam elementos não astronômicos, como ciclos nu- Grandeza cuja medida,
méricos, usos locais ou determinações de autoridades locais. No calendário gregoriano, em relação a uma
unidade ou uma
a semana é um exemplo. grandeza previamente
TARSIA, Rodrigo Dias. O calendário gregoriano. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, fixada, é um número
v. 17, n. 1, p. 50-54, 1995. Disponível em: www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol17a06.pdf. racional.
Acesso em: 8 jun. 2020.
IA
Keron art/Shutterstock

Janeiro Fevereiro Março Abril


Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
U

Maio Junho Julho Agosto


Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
G

Setembro Outubro Novembro Dezembro


Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab

Calendário
Hegírico

O calendário islâmico, ou calendário hegírico, é um calendário baseado no ciclo lunar.

94
Não escreva no livro.

Nosso calendário

D
O calendário que utilizamos atualmente, na maioria dos países do mundo e em

Album/Fotoarena/Pontifícia Universidade Gregoriana,


Cidade do Vaticano, Itália.
todos os países ocidentais, é o calendário gregoriano. Ele foi promulgado em 24 de
fevereiro de 1582, pelo papa Gregório XIII (1502-1585), para substituir o calendário
juliano que era utilizado até então e que carregava um atraso decorrente da conside-
ração incorreta dos anos bissextos.

L
A reforma gregoriana tinha por finalidade fazer regressar o equinócio da primavera
a 21 de março e desfazer o erro de 10 dias já existente [no calendário juliano]. Para isso,
a bula papal mandava que o dia imediato à quinta-feira, 4 de outubro, fosse designado
por sexta-feira, 15 de outubro. Como se vê, embora houvesse um salto nos dias, mante-
Retrato de

N
ve-se intacto o ciclo semanal.
Gregório XIII, de
Para evitar, no futuro, a repetição da diferença, foi estabelecido que os anos secula- Bartolomeo Passerotti,
res só seriam bissextos se fossem divisíveis por 400. Seriam suprimidos, assim, 3 dias c. 1573 (pintura de
em cada 400 anos, razão pela qual o ano 1600 foi bissexto, mas não o foram os anos 128 cm 3 107 cm).
1700, 1800 e 1900, que teriam sido segundo a regra juliana, por serem divisíveis por 4.
A duração do ano gregoriano é, em média, de 365 d 05 h 49 min 12 s, isto é, tem

P
atualmente mais 27 s do que o ano trópico. A acumulação dessa diferença ao longo do tempo representará
um dia em cada 3 mil anos. É evidente que não valia a pena, aos astrônomos de Gregório XIII, atender a tão
pequena e longínqua diferença, nem na atualidade ela tem ainda importância. Talvez lá pelo ano 5000 da nossa
era, se ainda continuarmos com o mesmo calendário, seja necessário levar isso em consideração.
MARQUES, Manuel Nunes. Origem e evolução do nosso calendário.
IA
Disponível em: http://www.mat.uc.pt/~helios/Mestre/H01orige.htm. Acesso em: 8 jun. 2020.

No calendário gregoriano, os anos têm 365 dias, com exceção dos anos bissextos, que têm 366 dias. Um ano
é bissexto quando é múltiplo de 4, mas não é múltiplo de 100, a menos que também seja múltiplo de 400, como
visto no texto acima.
1. Os calendários apresentam números dispostos em linhas e colunas, lembrando uma matriz. Observe o
calendário do ano atual, escreva no caderno a matriz linha correspondente aos 7 dias da semana em que
você realizar esta atividade e identifique o dia de hoje, da forma aij.

2. Observe novamente o calendário do ano atual. Esse ano é bissexto?


U

3. Sabendo disso, quantos anos bissextos haverá no século XXI?

4. (Enem) Existem muitas diferenças entre as culturas cristã e islâmica. Uma das principais diz respeito ao
calendário. Enquanto o calendário cristão (gregoriano) considera um ano como o período correspondente
G

ao movimento de translação da Terra em torno do Sol, aproximadamente 365 dias, o calendário muçul-
mano se baseia nos movimentos de translação da Lua em torno da Terra, aproximadamente 12 por ano, o
que corresponde a anos intercalados de 354 e 355 dias.
Considere que o calendário muçulmano teve início em 622 da era cristã e que cada 33 anos muçulmanos
correspondem a 32 anos cristãos, é possível estabelecer uma correspondência de anos entre os dois ca-
lendários dada por:

(C 5 Anos Cristãos e M 5 Anos Muçulmanos)

a) C 5 M 1 622 2 (M/33). c) C 5 M 2 622 2 (M/33). e) C 5 M 1 622 2 (M/32).


b) C 5 M 2 622 1 (C 2 622/32). d) C 5 M 2 622 1 (C 2 622/33).
5. De acordo com o texto da página anterior, existem cerca de 40 calendários ainda em uso atualmente.
Junte-se com três colegas e, juntos, pesquisem na internet alguns desses calendários, as principais carac-
terísticas e em qual ano estamos em cada um deles.

95
Não escreva no livro.

Transformações geométricas

The Image Bank/Getty Images


D
Além do uso de matrizes relacionado a banco de dados, outra importante
aplicação delas se dá em imagens em uma tela de computador, smartphone
ou televisor.
Essas imagens são, na realidade, formadas por pequenos pontos (os

L
pixels) que correspondem a elementos de uma matriz. Por exemplo, uma
imagem de resolução 800 3 600 tem 480 000 pixels (800 ? 600 5 480 000)
distribuídos em 800 colunas e 600 linhas.
A manipulação de imagens computadorizadas é feita por transformações
Cada pixel é um ponto luminoso
geométricas (translações, reflexões, rotações, ampliações e reduções), algu-

N
de uma tela e vários pixels juntos
mas das quais você já estudou no Ensino Fundamental, e que agora serão formam as imagens na tela.
definidas utilizando matrizes.

Transformações isométricas

P
Transformações geométricas de figuras planas que preservam as medidas de com-
primento dos lados e as medidas de abertura dos ângulos da figura inicial são chama-
das de transformações isométricas ou isometrias.
A translação, a reflexão e a rotação são exemplos de isometria.
Observe a seguir um triângulo ABC, de vértices A(3, 1); B(6, 3) e C(5, 4), sujeito a
cada uma dessas transformações no plano cartesiano.
IA
• Translação do nABC em 2 unidades para a esquerda e 2 unidades para cima no
plano cartesiano.
y
WYM Design/Arquivo da editora

6 C8
Reflita
5 B8
Quais seriam as
C coordenadas dos
4
vértices do nA8B8C8
B
3 se a translação do
U

A8
nABC fosse de
2 3 unidades para a
direita e 1 unidade
1
A para baixo?
x
0 1 2 3 4 5 6
G

• Reflexão do nABC em relação ao eixo y.

y
WYM Design/Arquivo da editora

5 Reflita
C8 C Quais seriam as
4
coordenadas dos
B8 B
3 vértices do nA8B8C8
se a reflexão do nABC
2 fosse em relação ao
1 eixo x?
A8 A
x
0
26 25 24 23 22 21 1 2 3 4 5 6

96
• Rotação do nABC, de 30°, no sentido anti-horário e em torno da origem O (0, 0) do Não escreva no livro.

D
plano cartesiano.
y

WYM Design/Arquivo da editora


6 C8
B8
Reflita
5 Em cada transformação
C isométrica

L
4
exemplificada nesta
B página e na anterior,
3
A8 podemos afirmar
2 que o nA8B8C8 é
congruente ao nABC?
1
30º A Por quê?

N
x
0 1 2 3 4 5 6

Translação
Observe o polígono A8 obtido da translação do polígono A.

P
y Fique atento

Banco de imagens/Arquivo da editora


8
7 Estudamos e
8
6 representamos nas
5 2 matrizes os vértices
4 do polígono inicial e
A
IA
3 do polígono obtido,
2 pois as coordenadas
A8
1 x dos vértices são
suficientes para
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 determiná-los.
Coordenadas dos vértices do polígono A: (0, 2); (3, 6) e (4, 2). Porém, observe
Coordenadas dos vértices do polígono A8: (8, 0); (11, 4) e (12, 0). que todos os
pontos do polígono
Podemos representar as coordenadas dos vértices desses polígonos usando ma- inicial A sofrem a
trizes: a abscissa na primeira linha e a ordenada na segunda linha. Assim, as matrizes mesma translação
U

e têm pontos
relacionadas aos vértices desses polígonos são:
correspondentes no
    polígono A8.
A5  0 3 4 e A8 5  8 11 12 
 2 6 2 0 4 0 
Reflita
O polígono A sofreu uma translação de 8 unidades para a direita e 2 unidades para Nessa translação, qual
G

baixo, gerando o polígono A8. Também podemos descrever essa translação usando é a relação entre as
uma matriz coluna: abscissas dos vértices
correspondentes
 8  ñ Movemos todos os pontos do polígono 8 unidades para a direita ao longo do eixo x. dos polígonos A e
 22  ñ Depois movemos todos os pontos em 2 unidades para baixo ao longo do eixo y. A8? E qual a relação
entre as ordenadas
dos vértices
Fotos: StudioSmart/Shutterstock

correspondentes?

Observando a foto dos favos desta


colmeia, podemos fazer aproximações
e dizer que a imagem de cada favo é
obtida pela translação de outra no plano.

97
Não escreva no livro.

De modo geral, quando transladamos um polígono de vértices (x1, y1), (x2, y2), », (xn, yn)

D
em a unidades para a direita e b unidades para cima, no plano cartesiano, obtemos o polígono
de vértices (x1 1 a, y1 1 b), (x2 1 a, y2 1 b), », (xn 1 a, yn 1 b).
Usando a notação de matrizes, temos a seguinte representação da translação:
 x1 x 2 » x n   x1 1 a x 2 1 a » x n 1 a 

L
  ñ  
 y1 y 2 » y n   y1 1 b y 2 1 b » y n 1 b 

Alguns aplicativos e
Fotos: Every Shutter Counts/Shutterstock

N
programas de edição
de imagens permitem
apagar elementos da foto
substituindo os pixels
desses elementos por
cópias de outra parte da
imagem. Essa cópia e

P
o reposicionamento de
parte da imagem são uma
translação dos pixels.

As imagens não

Reflexão
estão representadas
em propor•ão

Observe o polígono A8 obtido da reflexão do polígono A em relação ao eixo y do


IA
plano cartesiano.
y
Banco de imagens/Arquivo da editora

7 Fique atento
6 Ao refletir um
5 polígono em
A A8
4 relação ao eixo y
3 dizemos que o
2 polígono inicial e
1 x o polígono obtido
U

0 são simétricos em
2827262524232221
21 1 2 3 4 5 6 7 8 9
relação ao eixo y,
que é o eixo de
Coordenadas dos vértices do polígono A: (23, 2), (24, 4), (22, 7) e (28, 4). reflexão ou eixo
Coordenadas dos vértices do polígono A8: (3, 2), (4, 4), (2, 7) e (8, 4). de simetria dessa
As matrizes relacionadas aos vértices desses polígonos são: transformação
G

isométrica.
   
A 5  23 24 22 28  e A8 5  3 4 2 8 
 2 4 7 4   2 4 7 4
blende12/Pixabay/pixabay.com

Reflita
Observando a Nessa reflexão em
foto da borboleta, relação ao eixo y, qual
podemos fazer é a relação entre as
aproximações abscissas dos vértices
e dizer que a correspondentes dos
imagem de um polígonos A e A8?
dos lados da foto E qual é a relação
é obtida refletindo entre as ordenadas
a imagem do outro dos vértices
lado em relação à correspondentes?
reta traçada.

98
Não escreva no livro.

De modo geral, quando refletimos um polígono de vértices (x1, y1),

D
(x2, y2), », (xn, yn) em relação ao eixo y, no plano cartesiano, obtemos
o polígono de vértices (2x1, y1), (2x2, y2), », (2xn, yn).
Usando a notação de matrizes, temos a seguinte representação da reflexão em
relação ao eixo y:

L
 x1 x 2 » x n   2x1 2x 2 » 2x n 
  ñ  
 y1 y 2 » y n   y1 y2 » yn 

N
Fotos: EyeEm/Getty Images

P
IA
Quando tiramos uma selfie em um smartphone ou participamos de uma videochamada, nossa
imagem aparece invertida na tela do aparelho. Mas, quando observamos a foto que foi tirada na
selfie, ela não está mais invertida. Essa inversão da imagem que vemos na tela, em relação à foto
tirada, é obtida por uma reflexão de todos os pixels em relação a um eixo vertical do plano da foto.

Agora, observe o polígono A9 obtido da reflexão do mesmo polígono A, agora em


U

relação ao eixo x do plano cartesiano.


y
Banco de imagens/Arquivo da editora

7
6
5
A
4
G

Coordenadas dos vértices do polígono A:


3 (23, 2), (24, 4), (22, 7) e (28, 4).
2
1
x
210 29 28 27 26 25 24 23 22 21 0 1 2 3
21
22
Coordenadas dos vértices do polígono A9:
23
(23, 22), (24, 24), (22, 27) e (28, 24).
A9
24 Reflita
25 Nessa reflexão em
26 relação ao eixo x,
27 qual é a relação
entre as abscissas
As matrizes relacionadas aos vértices desses polígonos são: e as ordenadas
dos vértices
   
A 5  23 24 22 28  e A9 5  23 24 22 28 
correspondentes dos
 2 4 7 4   22 24 27 24  polígonos A e A9?

99
Não escreva no livro.

De modo geral, quando refletimos um polígono de vértices (x1, y1), (x2, y2), »,

D
(xn, yn) em relação ao eixo x, no plano cartesiano, obtemos o polígono de vértices
(x1, 2y1), (x2, 2y2), », (xn, 2yn).
Usando a notação de matrizes, temos a seguinte representação da reflexão em
relação ao eixo x:

L
 x1 x 2 » x n   x1 x2 » xn 
  ñ  
 y1 y 2 » y n   2y 1 2y 2 » 2y n 

N
Rotação
Observe o polígono A8 obtido da rotação de 180° do polígono A, no sentido anti- Reflita
-horário e em torno da origem O (0, 0) do plano cartesiano. Nessa rotação
de 180°, no sentido
Banco de imagens/Arquivo da editora

y
3 anti-horário e em

P
Coordenadas dos vértices do polígono A: torno da origem
2
A (1, 1), (5, 1), (4, 2) e (4, 3). O (0, 0), qual é
1
25 24 23 22 21 x a relação entre
0 as abscissas e
1 2 3 4 5
21 as ordenadas
A9 Coordenadas dos vértices do polígono A9: dos vértices
22
(21, 21), (25, 21), (24, 22) e (24, 23). correspondentes dos
23
IA
polígonos A e A8? E
se a mesma rotação
As matrizes relacionadas aos vértices desses polígonos são: de 180° fosse feita em
torno da origem
   
A5 1 4 4 5 e A8 5  21 24 24 25  O (0, 0), mas no
 1 3 2 1  21 23 22 21  sentido horário?
JAVID ISGANDAROV/Shutterstock
U
G

Observando a foto do cata-vento,


podemos fazer aproximações e dizer
que a imagem de cada hélice é obtida
pela rotação de outra em relação ao
centro do cata-vento.

De modo geral, quando fazemos a rotação de um polígono de vértices (x1, y1), (x2, y2), »,
(xn, yn), em 180°, no sentido anti-horário e em torno da origem O(0, 0) do plano
cartesiano, obtemos o polígono de vértices (2x1, 2y1), (2x2, 2y2), », (2xn, 2yn).
Usando a notação de matrizes, temos a seguinte representação dessa rotação:

 x1 x 2 » x n   2x1 2x 2 » 2x n 
  ñ  
 y1 y 2 » y n   2y 1 2y 2 » 2y n 

100
Para fazer outras rotações de polígonos no plano cartesiano, no sentido anti-horário e em torno da origem

D
O(0, 0), precisamos considerar a medida de a graus da rotação e calcular o seno e o cosseno de a.
Veja como fica a notação de matrizes nesse caso, para cada vértice (x, y) do polígono.

 x  
  ñ  x ? cos a 2 y ? sen a 
 y  x ? sen a 1 y ? cos a
   

L
Veja um exemplo do polígono B8 obtido da rotação de 72° do polígono B, no sentido anti-horário e em
torno da origem O(0, 0) do plano cartesiano, e o respectivo cálculo das coordenadas dos pontos.
WYM Design/Arquivo da editora

y
6

N
B8
5 3 3 ? cos 72° 2 1 ? sen 72°  3 ? 0,31 2 1 ? 0,95  20,2 
 ñ  â 5 
1  3 ? sen 72° 1 1 ? cos 72°  3 ? 0,95 1 1 ? 0,31  3,16 
4
6  6 ? cos 72° 2 1 ? sen 72°  6 ? 0,31 2 1 ? 0,95  0,91
3  ñ  â 5 
1  6 ? sen 72° 1 1 ? cos 72°  6 ? 0,95 1 1 ? 0,31 6,01

P
2
B 5  5 ? cos 72° 2 3 ? sen 72°  5 ? 0,31 2 3 ? 0,95  21,3
 ñ  â 5 
1 3 5 ? sen 72° 1 3 ? cos 72°  5 ? 0,95 1 3 ? 0,31 5,68 
72°
x

–1 0 1 2 3 4 5 6
IA
As matrizes associadas aos vértices desses polígonos são:
   20,2 0,91 21,3 
B5  3 6 5 e B8 5  
 1 1 3   3,16 6,01 5,68 
Fotos: NazArt/Shutterstock/Pixabay/pixabay.com

U
G

Ao girar uma foto na tela do smartphone, estamos fazendo uma rotação de todos os pixels, em 90°, 180° e 270°,
no sentido anti-horário e em torno do centro da imagem.
Fique atento
Transformação homotética As ampliações e
Nem todas as transformações geométricas de figuras planas preservam as me- reduções de figuras
planas que você
didas de comprimento dos lados e as medidas de abertura dos ângulos da figura
estudou no Ensino
inicial, como as transformações estudadas até aqui. A transformação homotética, ou Fundamental
homotetia, é uma transformação geométrica que preserva a forma da figura inicial, são exemplos de
bem como as medidas de abertura dos ângulos, mas não preserva necessariamente as transformações
medidas de comprimento dos lados. homotéticas.

101
Não escreva no livro.
Observe a seguir um polígono M que foi ampliado em 100% gerando o polígono M8.

D
Nesse novo polígono, as medidas de comprimento dos lados são o dobro das medi-
das correspondentes dos lados no polígono inicial M.
y
WYM Design/Arquivo da editora

12 B8

L
11
10
9
8 Coordenadas dos vértices do
polígono M: A(2, 2); B(2, 6) e C(6, 2).

N
7
B Coordenadas dos vértices do
6
M8 polígono M8: A8(4, 4); B8(4, 12) e
5 C8(12, 4).
4 A8
C8
3
M

P
2
A C
1 x

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

As matrizes relacionadas aos vértices desses polígonos são:


IA
   
M5  2 2 6 e M8 5  4 4 12  Reflita
 2 6 2  4 12 4 
Dados dois polígonos
Geometricamente, para fazer essa transformação homotética do polígono inicial M, homotéticos em um
plano cartesiano,
fixamos um ponto O como centro da homotetia e traçamos, a partir desse ponto, se-
como podemos
mirretas que passam pelos vértices do polígono M. Nesse caso, foi escolhido o ponto calcular a razão da
O(0, 0), origem do plano cartesiano. homotetia? Essa
Então o polígono M8 é obtido fazendo OA8 5 2 ? OA, OB8 5 2 ? OB e OC8 5 2 ? OC. razão pode ser igual
U

Dizemos, nesse caso, que o polígono M8 obtido é homotético ao polígono inicial M, a 0? Justifique sua
resposta.
com razão k 5 2.
Fotos:
harathornchanakul/Shutterstock

Observando a foto destas bonecas russas Matrioskas, podemos fazer aproximações e dizer que a
imagem de cada boneca é obtida da imagem de outra por homotetia em relação ao ponto indicado.

Reflita
De modo geral, quando fazemos a homotetia de um polígono de vértices (x1, y1),
Podemos afirmar
(x2, y2), », (xn, yn), de razão k (com k = 0) e com centro na origem O (0, 0) do plano que dois polígonos
cartesiano, obtemos o polígono de vértices (k ? x1, k ? y1), (k ? x2, k ? y2), », (k ? xn, k ? yn). homotéticos são
Usando a notação de matrizes, temos a seguinte representação dessa homotetia: sempre semelhantes?
Por quê?
 x1 x 2 » x n   kx1 kx 2 » kx n 
  ñ  
 y1 y 2 » y n   ky 1 ky 2 » ky n 

102
Não escreva no livro.

Tecnologias digitais

D
Transformações geométricas no GeoGebra
Mais uma vez, vamos utilizar o software GeoGebra, agora para construir geometri-

L
camente transformações isométricas e transformações homotéticas de polígonos no
plano cartesiano.
Como as atividades que serão realizadas são de Geometria plana, recomendamos
que você use a versão do GeoGebra Geometria: em um computador, você pode fa-

N
zer o download no site www.geogebra.org/download (acesso em: 8 jul. 2020); em
um smartphone, pode baixá-lo na loja oficial de aplicativos do sistema operacional
do aparelho; ou pode acessá-lo on-line no site https://www.geogebra.org/geometry
(acesso em: 8 jul. 2020).
As imagens que utilizaremos a seguir são da versão on-line do GeoGebra Geome-

P
tria, mas você pode escolher a plataforma que julgar mais oportuna.

Translação
Vamos construir um polígono fornecendo as coordenadas dos vértices e, em se- Fique atento
guida, fazer algumas translações em a unidades para a direita e b unidades para cima.
IA
O que o GeoGebra
1o passo: Acesse as configurações de exibição (na versão on-line as configurações nomeia como
são acessadas na parte superior direita da tela) e selecione as opções de exibir os ei- polígono é, na
realidade, uma
xos e de exibir a malha principal. região poligonal.
2o passo: No campo de entrada de comando (situado na parte esquerda da tela),
digite Pol’gono((3,1),(2,3),(4,7),(1,3)) e tecle “Enter”.
Reprodução/www.geogebra.org

U
G

Tela do GeoGebra após o 2o passo.

103
Tecnologias digitais

3o passo: Agora, digite Polígono((3+a,1+b),(2+a,3+b),(4+a,7+b),(1+a,3+b)) e tecle “Enter”. Junto do cam-

D
po de entrada vão aparecer os controles deslizantes para a e b.
Altere para a 5 3 e b 5 1 e observe o polígono obtido.
Fique atento
Quando digitamos Polígono((3,1),(2,3),(4,7),(1,3)) e
Polígono((3+a,1+b),(2+a,3+b),(4+a,7+b),(1+a,3+b)) no campo de

L
entrada do GeoGebra, estamos identificando as coordenadas dos  3 2 4 1  3 1 a 2 1 a 4 1 a 11 a 
  ñ  
vértices do polígono inicial e da transformação geométrica, que 1 3 7 3  11 b 3 1 b 7 1 b 3 1 b 
neste caso é uma translação de a unidades para a direita e
b unidades para cima. Essa notação é análoga à feita com matrizes.

N
Reprodução/www.geogebra.org
P
IA

Tela do GeoGebra após o 3o passo.


U

1. Usando a construção que você fez, siga as instruções de cada item e depois Fique atento
converse com os colegas sobre o que você observou.
Se você precisar, amplie
a) Para a 5 3 e b 5 1, qual foi a translação feita do polígono inicial? ou reduza a imagem no
GeoGebra usando as
b) Altere apenas o controle deslizante de a, observe o que acontece com o ferramentas de zoom (na
polígono transladado para a > 0, a < 0 e a 5 0.
G

parte inferior direita da


tela) ou utilizando o scroll
c) Agora altere apenas o controle deslizante de b e observe o que acontece do mouse (a “rodinha”
com o polígono transladado para b > 0, b < 0 e b 5 0. que fica na parte superior
da maioria dos mouses).
d) Agora, utilize a opção “Distância, Comprimento ou Perímetro” e a opção
Você também pode
“Ângulo” para medir, respectivamente, o comprimento dos lados e a abertu-
mover a imagem
ra dos ângulos do polígono inicial e do polígono transladado. Depois, altere clicando em algum ponto
os controles deslizantes de a e de b e observe o que acontece com essas da tela e arrastando.
medidas indicadas.
2. Salve a construção que você fez e abra um novo documento. Siga todos os passos indicados anterior-
mente, mas escolha outras coordenadas para os vértices do polígono inicial. Em seguida, escolha valores
para a e b e oculte o campo de entrada de comando, de modo que não seja possível ver os controles
deslizantes. Por fim, mostre os polígonos a um colega e peça a ele que escreva no caderno as matrizes
relacionadas aos vértices dos polígonos e que identifique os valores de a e b considerados na translação
do polígono inicial.

104
Não escreva no livro.

Reflexão

D
Vamos novamente construir um polígono fornecendo as coordenadas dos vértices e, em seguida, fazer as
reflexões em relação ao eixo x e ao eixo y do plano cartesiano. Inicialmente, salve a construção que você fez
e abra um novo documento.
1o passo: Repita os procedimentos anteriores para exibir os eixos e a malha principal na tela.
2o passo: No campo de entrada de comando, digite Polígono((-5,2),(-2,4),(-1,1)) e tecle “Enter”.

L
3o passo: Agora, digite Polígono((-5k,2m),(-2k,4m),(-1k,1m)) e tecle “Enter”. Configure inicialmente os
controles deslizantes para k 5 1 e m 5 21.

Reprodução/www.geogebra.org
N
P
IA

Tela do GeoGebra após o 3o passo.

3. Para as reflexões do polígono inicial em relação aos eixos, vamos usar ape- Fique atento
U

nas k 5 1 e m 5 21, ou k 5 21 e m 5 1. Você verá, na próxima


página, o que acontece com
a) Para k 5 1 e m 5 21, como na construção acima, a reflexão do polígono
a construção para k 5 21
inicial foi feita em relação ao eixo x ou ao eixo y? e m 5 21. Para outros
b) Altere os controles deslizantes para k 5 21 e m 5 1. Nesse caso, a reflexão valores de k e m, não temos
G

transformações geométricas
do polígono inicial foi feita em relação a qual eixo do plano cartesiano?
que preservem as medidas
4. Salve a construção que você fez e, em um novo documento, siga todos os de comprimento dos lados e
passos indicados anteriormente, mas escreva outras coordenadas para os as medidas de abertura dos
vértices do polígono inicial e escolha k 5 1 e m 5 21, ou k 5 21 e m 5 1. ângulos do polígono inicial.
Oculte o campo de entrada de comando, mostre os polígonos a um colega e peça a ele que escreva no
caderno as matrizes relacionadas aos vértices dos polígonos e que identifique se a reflexão do polígono
inicial foi em relação ao eixo x ou ao eixo y.

Rotação
Agora vamos construir um polígono, fornecendo as coordenadas dos vértices, e fazer a rotação de 180°,
no sentido anti-horário e em torno da origem O(0, 0) do plano cartesiano. Não se esqueça de salvar as cons-
truções anteriores antes de começar um novo documento.
1o passo: Selecione as opções de exibir os eixos e a malha principal na tela nas configurações do Geo-
Gebra.
2o passo: No campo de entrada de comando, digite Polígono((-4,1),(-4,3),(0,5),(-6,4)) e tecle “Enter”.

105
Tecnologias digitais

3o passo: Agora, digite Polígono((-4k,1k),(-4k,3k),(0k,5k),(-6k,4k)) e tecle “Enter”. Configure o controle

D
deslizante para k 5 21.

Reprodução/www.geogebra.org
L
N
P
IA
Tela do GeoGebra após o 3o passo.

5. Para a rotação de 180°, no sentido anti-horário e em torno da ori- Fique atento


gem do plano, vamos usar apenas k 5 21. Meça o comprimento Você verá, na próxima página, o que
dos lados e a abertura dos ângulos dos dois polígonos e descreva acontece com a construção para k = 21.
o que acontece com essas medidas.
6. Salve a construção que você fez, abra um novo documento e siga todos os passos anteriores, agora es-
colhendo novas coordenadas para os vértices do polígono inicial. Mantenha k 5 21, oculte o campo de
U

entrada de comando e peça a um colega que escreva no caderno as matrizes dos vértices dos polígonos.

Homotetia

Lari Järnefelt/Alamy/Fotoarena
Para fazer a homotetia de um po-
lígono, com centro na origem O(0, 0)
G

do plano, vamos usar a mesma estru-


tura de construção da rotação feita na
página anterior e alterar o valor de k,
com k = 0.

Quando ampliamos ou
reduzimos a visualização de
uma foto em um smartphone,
estamos aplicando uma
homotetia em todos os pixels
da imagem.

106
Não escreva no livro.

7. Abra a construção que você salvou da rotação ou repita os passos, faça uma nova construção e depois

D
converse com os colegas sobre o que você observou.
a) Configure o controle deslizante para k 5 2. Nesse caso, qual é a razão da homotetia?

Reprodução/www.geogebra.org
L
N
P
IA
Tela do GeoGebra com k 5 2.

b) Altere o controle deslizante de k e observe o que acontece com o polígono obtido por homotetia para
k > 1, 0 < k < 1 e k 5 1.
c) Altere novamente o controle deslizante de k e observe agora o que acontece com o polígono obtido por
homotetia para k < 0.
U

d) Meça o comprimento dos lados e a abertura dos ângulos do polígono inicial e do polígono homotético.
Depois, altere o controle deslizante de k e observe o que acontece com essas medidas indicadas.
8. Em um novo documento, construa um novo polígono inicial e construa uma transformação homotética
dele usando o controle deslizante de k. Mostre os polígonos para um colega, ocultando o campo de entra-
da de comando, e peça a ele que escreva no caderno as matrizes dos vértices dos polígonos e identifique
G

a razão da homotetia.

Composição de transformações geométricas


Usando todos os conhecimentos adquiridos nesta seção e as estruturas de escrita dos vértices dos polígo-
nos, podemos fazer composições de transformações geométricas. Acompanhe um exemplo.
1o passo: Acerte a exibição dos eixos e da malha principal na tela.
2o passo: No campo de entrada de comando, digite Polígono((2,-3),(4,-2),(3,-6)) e tecle “Enter”.
3o passo: Digite Polígono((2k+a,-3m+b),(4k+a,-2m+b),(3k+a,-6m+b)) e tecle “Enter”.
Com esse comando você pode configurar os controles deslizantes para compor as transformações geomé-
tricas: transladar o polígono em a unidades para a direita e b unidades para cima; refleti-lo em relação ao eixo x
(k 5 21 e m 5 1) e ao eixo y (k 5 1 e m 5 21); fazer a rotação de 180°, no sentido anti-horário e em torno da
origem (k 5 m 5 21); aplicar a homotetia de centro na origem e razão k 5 m (com k, m = 0).
9. Usando a construção que você fez, escolha quais transformações geométricas você quer fazer com o po-
lígono inicial e atribua os respectivos valores para a, b, k e m. Depois, mostre a construção para um colega
e peça a ele que a confira.

107
Atividades Não escreva no livro.

D
5. Considere um polígono representado no plano carte-
 
siano que será transladado de acordo com cada matriz 9. Considere a matriz B 5  2 1 5 4  relacionada aos
coluna dada. Para cada item, escreva no caderno quan- 2 4 4 2
vértices de um polígono no plano cartesiano.
tas unidades serão transladadas e em quais sentidos.
   3    a) Represente esse polígono em um plano cartesiano.

L
a)  2  b)   c)  22 
 21  21 
3   b) Faça uma rotação de 180° desse polígono, no sen-
6. Observe o triângulo ABC representado no plano carte- tido anti-horário e em torno da origem (0, 0).
siano. c) Escreva no caderno a matriz associada aos vértices

Banco de imagens/Arquivo da editora


y do polígono inicial e do polígono obtido.

N
10. Como vimos, para fazer a rotação de um polígono no
7
B plano cartesiano, no sentido anti-horário e em torno da
6
origem O(0, 0), consideramos a medida de a graus da
5
rotação. Para cada vértice (x, y) do polígono, temos a
4 x   x ? cos a 2 y ? sen a 

P
transformação   ñ  .
3 y   x ? sen a 1 y ? cos a 
C
2 Considere um triângulo ABC cujos vértices podem ser
A
1
 3 2  . Escreva no
representados pela matriz  5 
0 1 2 3 4 5 6 x  21 21 2 
caderno a matriz dos vértices do polígono obtido após
Escreva no caderno a matriz relacionada aos vértices do
IA
cada rotação do polígono inicial, no sentido anti-horá-
triângulo obtido pela translação descrita em cada item.
rio e em torno da origem (0, 0).
a) 2 unidades para a direita e 3 unidades para cima.
b) 3 unidades para a esquerda e 4 unidades para baixo. a) Rotação de 90°.
c) 2 unidades para a direita e 5 unidades para baixo. b) Rotação de 220°. (Use uma calculadora para calcu-
  lar o valor aproximado de sen 20° e cos 20°, com
7. Considere as matrizes M 5  0 1 3  , duas casas decimais.)
 3 5 1
 21 23 25 24  11. Duas miniaturas da Torre Eiffel, monumento-símbo-
 0 2 3 
N 5   e Z 5   , que re- lo da cidade de Paris (França), foram fotografadas e
4 
U

 22 0 24   2 2 1
verificou-se que as imagens obtidas são homotéticas.
presentam as coordenadas dos vértices dos polígonos Sabendo que a medida de comprimento da altura da
M, N e Z, respectivamente.
miniatura maior é de 6,3 cm e que a razão de homote-
a) Represente cada polígono em um plano cartesiano. tia é 2,8, qual é a medida de comprimento da altura da
b) Reflita cada polígono em relação ao eixo y e escreva no miniatura menor?
G

caderno a matriz dos vértices de cada polígono obtido.


c) Agora, reflita cada polígono dado em relação ao
eixo x e escreva a matriz dos vértices de cada po-
lígono obtido.
8. Considere o polígono representado no plano cartesia-
no a seguir. Escreva no caderno as matrizes dos vérti-
Wolf Outstanding/Shutterstock

ces desse polígono e do polígono obtido ao fazer a


rotação de 180°, no sentido anti-horário e em torno da
6,3 cm
origem O(0, 0).
y
Banco de imagens/
Arquivo da editora

3
2
1

0 1 2 3 4 5 6 x

108
Não escreva no livro.

D
12. Em alguns elementos da natureza ou em construções 13. Agora, ainda com um colega, observem as fotos a se-
humanas, podemos fazer aproximações que nos per- guir e identifiquem elementos que podemos associar,
mitem identificar transformações isométricas e trans- aproximadamente, a transformações isométricas e
formações homotéticas. Junte-se com um colega, ana- transformações homotéticas.
lisem juntos as fotos a seguir e identifiquem possíveis
a)

Sue Chillingworth/Shutterstock
aproximações para as transformações que vocês estu-

L
daram.
a)

Kichigin/Shutterstock
As imagens não
estão representadas
em proporção

Parede de azulejos.

N
Olha Polishchuk/Shutterstock
b)

Floco de neve.

P
b)
Nerthuz/Shutterstock
Trecho de partitura e notas musicais.
c)

jannoon028/freepik.com
IA
Violão.
c)
J Vilela/Shutterstock

Marcas feitas de tinta com as palmas das mãos em


uma folha de papel.

14. Escolha uma das fotos das atividades 12 ou 13 e, em


U

um plano cartesiano, faça uma representação geomé-


trica de parte da imagem. Em seguida, represente as
transformações geométricas desse recorte de modo a
Mandala.
compor o restante da imagem.
d)
15. Considere o triângulo y
Banco de imagens/Arquivo da editora
PinkCat/Shutterstock

ABC representado no
plano cartesiano. 7
B
a) Nesse triângulo será 6
aplicada uma ho- 5
motetia de centro 4
na origem do plano 3
Fractal construído em computador.
1 C
e de razão . Qual 2
e)
Dream Expander/Shutterstock

2 A
é a matriz relaciona- 1
da aos vértices do
0 1 2 3 4 5 6 x
triângulo obtido?
b) Desenhe no plano cartesiano o triângulo obtido por
homotetia e que tem vértices representados pela
 21,5 ? 2 21,5 ? 2 21,5 ? 6 
matriz  .
 21,5 ? 2 21,5 ? 6 21,5 ? 2 
Tapete.  

109
Não escreva no livro.

D
16. Um polígono está representado no plano cartesiano e
Sobre o assunto
 2 1 5 5
a matriz relacionada aos vértices é  .
4 0 
Metamorfose é a mudança completa de forma, natureza
 21 2 4 2
ou estrutura, e essa mudança é representada por Escher
Veja em cada item a seguir a matriz dos vértices do nas obras que fazem parte da série “Metamorphose”.
polígono obtido por uma única transformação geo- Escher explora visualmente uma espécie de jogo de

L
métrica do polígono dado. Considerando as transfor- associação mental que costumava brincar quando
mações geométricas que você estudou, descreva qual criança.
delas foi feita em cada item. “Ele se deitava na cama e pensava em dois temas
2 1 5 5 para os quais ele teria que criar uma conexão lógica.
a)   [...]
1 4 4 0 [Na obra Metamorfose 2 (em inglês, Metamorphose

N
 6 2)] Escher representou essa cadeia de associações
3 15 15 
b)   por meio do uso de formas geométricas (triângulos,
 23 212 212 0  quadrados, hexágonos, etc.) e figuras (lagartos,
 21 22 2 2  abelhas, pássaros, peças de xadrez, cidades) que,
c)   progressivamente, da esquerda para a direita, vão se
 1 22 22 2  transformando umas nas outras – movimento que

P
 22 21 25 25  justifica o título da série.
d)  
 1 4 4 0  RONCOLATO, Murilo. As metamorfoses de Escher neste do-
cumentário interativo. Nexo Jornal, São Paulo, 29 set. 2018.
17. O artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/
expresso/2018/09/29/As-metamorfoses-de-Escher-neste-
(1898-1972) se notabilizou pelas obras, em que cos- document%C3%A1rio-interativo. Acesso em: 8 jun. 2020.
tumava representar construções impossíveis, como o
preenchimento irregular do plano, as explorações do Uma das maneiras de conhecer a vida e as obras de um
IA
infinito e as metamorfoses. Nas obras de Escher, tam- artista é visitar exposições ou acessá-las virtualmente.
bém é possível perceber diversos trabalhos envolven- Como citamos anteriormente, as obras de Escher podem
do transformações geométricas. ser visualizadas no site oficial do artista. Além disso, é
possível acessar o catálogo da exposição “O mundo
No site oficial do artista, é possível conhecer as obras mágico de Escher”, que ocorreu a partir de 2010 em
dele. Disponível em: https://mcescher.com/gallery/ algumas cidades do país, apresentando a história do artista
mathematical. Acesso em: 6 jun. 2020. e das obras, bem como reproduções delas. Disponível em:
Analise a obra Limite de círculo IV (céu e inferno), cujo tí- https://www.bb.com.br/docs/pub/inst/img/EscherCatalogo.
tulo original em inglês é Circle limite IV (heaven and hell). pdf?fbclid=IwAR0GqQEYJa9VFjDTk5OK6j0SJc77vfPOmHR
IHKKJ-s4uF2Urv2jD2JZD6a8. Acesso em: 8 jun. 2020.
M.C. Escher's "Circle Limit IV” © 2020 The M.C. Escher Company - The
Netherlands. All rights reserved. www.mcescher.com
U

Pesquise para conhecer mais desse artista e das diversas


obras que ele produziu.

18. A figura representada no y

Banco de imagens/Arquivo da editora


plano cartesiano ao lado 5
G

será submetida às trans- 4


formações indicadas.
3
1o) Reflexão em relação ao
2
eixo das abscissas.
1
2o) Rotação de 180°, no
sentido anti-horário e 0 1 2 3 4 5 x
em torno da origem
do plano.
Limite de círculo IV (céu e inferno), de Maurits Cornelis 3o) Translação em 2 unidades para a esquerda.
Escher, 1960 (xilogravura de 41,5 cm 3 41,5 cm). 4o) Reflexão em relação ao eixo das ordenadas.
Quais medidas de abertura de rotação Escher pode a) Quais são as matrizes relacionadas aos vértices da
ter usado para compor essa obra? figura inicial e da figura final obtidas dessas trans-
a) 45° e 135°. d) 100° e 135°. formações, nessa ordem?
b) Seria possível obter a figura final usando uma única
b) 60° e 120°. e) Apenas 72°.
transformação isométrica da figura inicial? Se sim,
c) 120° e 120°. qual?

110
Não escreva no livro.

Além da sala de aula

D
Transformações geométricas e algoritmos
Nas páginas anteriores você conheceu e utilizou notações de matrizes para representar transformações

L
isométricas e transformações homotéticas de polígonos no plano cartesiano.
Como você viu, quando aplicamos uma transformação geométrica em um polígono, todos os pontos
sofrem a mesma transformação. Então podemos analisá-las agora de outro ponto de vista, utilizando algorit-
mos, e considerando um ponto (x, y) qualquer do polígono (que pode ser um dos vértices ou pode pertencer

N
a qualquer lado do polígono).

Fique atento
Um dos pilares do pensamento computacional é o algoritmo, que é utilizado para estipular uma ordem, uma rotina ou uma
sequência de passos a fim de resolver um problema.
Algoritmos não são utilizados apenas para programar cálculos em computadores; eles podem ser utilizados sempre que

P
quisermos organizar e ordenar uma sequência de passos, como em uma receita de bolo ou nas instruções para trocar o pneu
de um carro.

1. Veja a seguir um exemplo de algoritmo da translação de um ponto (x, y) em a unidades para a direita e
b unidades para cima. Esse algoritmo está escrito usando um pseudocódigo, que é a maneira genérica de
escrever os passos com uma linguagem simples, sem utilizar uma linguagem de programação específica.
IA
Início
Nomeie de (x, y) o ponto inicial
Nomeie de a o deslocamento para a direita Nesse algoritmo, a, b, x, y, x8 e y8 são as variáveis.
Nomeie de b o deslocamento para cima A seta ó pode indicar que uma variável do algoritmo vai receber um
Crie (x8, y8) valor (um número explicitado no algoritmo, o valor de outra variável
Calcule x8 ó x 1 a ou o resultado de um cálculo). Por exemplo, em x8 ó x 1 a, a
Calcule y8 ó y 1 b variável x8 do algoritmo recebe o valor do cálculo x 1 a.
Saída: (x8, y8)
Fim
U

Usando esse algoritmo, podemos determinar, por exemplo, a translação de um ponto (2, 3) em 3 unida-
des para a direita e 5 unidades para baixo. Acompanhe.
Algoritmo Cálculos correspondentes
Fique atento
Observe que
Início x52
atribuímos à
Nomeie de (x, y) o ponto inicial y53
G

variável a o
Nomeie de a o deslocamento para a direita a53 valor 3, pois o
deslocamento
Nomeie de b o deslocamento para cima b 5 25
será para
Crie (x8, y8) (x8, y8) a direita, e
A variável x8 recebe o valor do cálculo indicado: atribuímos à
Calcule x8 ó x 1 a variável b o
x8 5 2 1 3 5 5
valor 25, pois o
A variável y8 recebe o valor do cálculo indicado: deslocamento
Calcule y8 ó y 1 b será para baixo.
y8 5 3 1 (25) 5 22

Saída: (x8, y8) O valor de saída é o valor das variáveis x8 e y8:


Fim (5, 22)

Assim, o ponto transladado tem coordenadas (5, 22).


2  5 
  ñ  
3  22 

111
Além da sala de aula Não escreva no livro.

a) Usando esse algoritmo, determine as coordenadas do ponto obtido pela translação do ponto inicial

D
(21, 0), em 3 unidades para a esquerda e 4 unidades para baixo. Em seguida, represente a translação
usando a notação de matrizes.
b) Agora, escolha as coordenadas de um ponto (x, y), atribua valores para as translações horizontais e ver-
ticais no plano e utilize o algoritmo para determinar as coordenadas do ponto transladado. Em seguida,
represente a translação usando a notação de matrizes.

L
c) Qual é relação entre os valores de saída desse algoritmo e a definição de translação?
2. Observe agora um exemplo de algoritmo, usando pseudocódigo, da reflexão de um ponto (x, y) em rela-
ção ao eixo y.

N
Início
Nomeie de (x, y) o ponto inicial
Crie (x8, y8)
Calcule x8 ó 21 ? x
Calcule y8 ó y
Saída: (x8, y8)

P
Fim

a) Use esse algoritmo para determinar as coordenadas do ponto obtido pela reflexão do ponto inicial
(3, 2) em relação ao eixo y. Em seguida, represente a reflexão usando a notação de matrizes.
b) Copie esse algoritmo no caderno e faça as alterações necessárias para que o cálculo e a saída correspon-
dam à reflexão do ponto inicial em relação ao eixo x.
IA
c) Use o algoritmo que você escreveu para determinar as coordenadas do ponto obtido pela reflexão do
ponto inicial (3, 2), agora em relação ao eixo x. Em seguida, represente a reflexão usando a notação de
matrizes.
3. Agora você vai criar um algoritmo, usando pseudocódigo, com a finalidade de fazer a rotação de um pon-
to (x, y) em 180°, no sentido horário e em relação à origem do plano cartesiano.

4. Crie também um algoritmo, usando pseudocódigo, com o objetivo de fazer a homotetia de um ponto (x, y),
com razão k e centro na origem do plano cartesiano.
U

5. Para fazer a combinação de transformações, devemos aplicar cada algoritmo na ordem em que as trans-
formações serão feitas. Por exemplo, considere a reflexão de um ponto (5, 4) em relação ao eixo y e,
depois, a translação em 2 unidades para cima. Aplicamos primeiro o algoritmo da reflexão em relação ao
eixo y, no ponto (5, 4), e obtemos (25, 4); em seguida, aplicamos o algoritmo da translação, no ponto
G

(25, 4), e obtemos (25, 6). Assim, o ponto inicial é (5, 4) e o ponto obtido dessa composição de transfor-
mações é (25, 6).
5  25 
  ñ  
4  6 
Usando os algoritmos, determine as coordenadas do ponto obtido a partir de cada ponto inicial e da
sequência de transformações geométricas indicadas.
a) O ponto inicial (1, 1) será transladado 2 unidades para a direita e 1 unidade para cima e, depois, será
novamente transladado 1 unidade para a esquerda e 2 unidades para cima.
b) O ponto inicial (3, 4) será refletido em relação ao eixo x e, depois, em relação ao eixo y.
c) O ponto inicial (0, 0) será transladado 3 unidades para baixo, refletido em relação ao eixo x e, por fim,
transladado 2 unidades para a direita.
d) Para o ponto inicial (25, 22), será feita a rotação em 180°, no sentido anti-horário e em torno da origem
1
do plano, depois a reflexão em relação ao eixo y e, por fim, a homotetia de razão .
5
112
Não escreva no livro.

Conexões

D
Gravitação
Rotação e translação

L
Você estudou anteriormente as transformações geométricas chamadas rotação e translação. Em Física,
rotação e translação são tipos de movimento que um corpo rígido (classificação dada para sólidos não male-
áveis) pode executar. Em Astronomia, área da ciência que estuda o Universo e os corpos celestes, temos que
o movimento da Terra é composto de alguns componentes e, entre eles, o movimento de rotação (que ocorre

N
em torno do próprio eixo) e o movimento de translação, também chamado de revolução (que, no caso dos
corpos do Sistema Solar, ocorre em torno do Sol).

Sobre o assunto

P
Rotação da Terra é o movimento que o planeta realiza em torno de um eixo imaginário que passa pelos polos norte e sul
geográficos. A Terra leva cerca de 23 h 56 min 4 s para completar uma rotação em torno de si mesma, em relação às estrelas.
Acesse o site http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/anima/mov/MovimentoTerra_Ecliptica.mp4 (acesso em: 10 jun. 2020) e observe
a animação, com imagens sem escala e em cores fantasia, que representa o movimento de rotação da Terra a partir do Sol. Repare
que o eixo de rotação da Terra tem uma inclinação de aproximadamente 23°, responsável pela existência das estações do ano.
Translação da Terra é a componente responsável pelo movimento do planeta em torno do Sol. Atualmente, a Terra leva
cerca de 365 dias e 6 h 9 min 10 s para completar uma volta em torno do Sol. A animação disponível no site http://www.
IA
astro.iag.usp.br/~gastao/anima/mov/anima_estacoes.gif (acesso em: 10 jun. 2020), com imagens sem escala e em cores
fantasia, representa a órbita da Terra e o movimento de translação dela em torno do Sol, evidenciando o efeito da inclinação
do eixo da Terra ao longo de um ano terrestre.

Newton e o movimento dos planetas


O físico e matemático inglês Isaac Newton (1642-1727) é um personagem muito importante na história da
Ciência. Entre outros feitos, ele formulou métodos de cálculo diferencial e integral, as leis de Newton (que
fundamentam a base da Mecânica clássica) e a lei da gravitação universal, por meio da qual explicou o movi-
U

mento dos planetas em torno do Sol.


A lei de gravitação universal define uma propriedade inerente à matéria, denominada massa gravitacional
(comumente chamada apenas de massa), e representa a tendência natural que um corpo com massa tem de
atrair outro corpo que também tenha massa. Quanto maior for a massa desses corpos, mais intensa será a
força de atração entre eles.
G

mM
A fórmula da lei da gravitação universal é FG 5 G 2 , em que: m é a medida de massa de um objeto A;
d
M é a medida de massa de um objeto B; FG é a intensidade da força de atração, de natureza gravita-
cional, que age sobre os objetos A e B; d é a medida de distância entre os centros dos objetos A e B;
e G é uma constante conhecida como constante gravitacional. No Sistema Internacional de Unidades,
G 5 6,67 ? 10211 m3 ? kg21 ? s22.
Em 1797, o físico e químico britânico Henry Cavendish (1731-1810) realizou um experimento para determi-
nar a medida de densidade global da Terra. Esse experimento foi classificado como o sexto entre os 10 mais
belos experimentos da Física, de acordo com uma pesquisa realizada pela revista Physics World.
No século seguinte, o experimento de Cavendish foi recriado muitas vezes por diversos cientistas, até que
o propósito do experimento mudou: em vez da medida de densidade total da Terra, o experimento passou a
ter como objetivo determinar o valor da constante G da lei da gravitação universal de Newton.
Fontes de consulta: MOVIMENTOS da Terra. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. Universidade de São Paulo, São
Paulo. Disponível em: https://www.iag.usp.br/siae98/fenomastro/movimento.htm. LIMA NETO, Gastão Bierrenbach. Astronomia de posição.
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. Universidade de São Paulo, São Paulo, 6 fev. 2020. Disponível em: http://www.
astro.iag.usp.br/~gastao/AstroPosicao/Curso2020.pdf. Acesso em: 10 jun. 2020.

113
Conex›es Não escreva no livro.

Realizado da forma correta, este experimento revela o poder da força que mantém toda a matéria – todo o

D
Universo – unida. Com este resultado, podem-se descobrir o comportamento de objetos na órbita terrestre, o
movimento dos planetas do sistema solar e o movimento das galáxias desde o tempo do Big Bang.
CREASE, Robert P. Os 10 mais belos experimentos científicos. Tradução de Maria Inês Duque Estrada. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

Conecte com o texto

L
1. Na Terra podemos observar a interação gravitacional de dois corpos quaisquer, sem que um deles seja o
próprio planeta?
mM
2. Como você viu, dados dois corpos, eles exercem entre si forças de intensidade FG 5 G 2 . Consideran-
d
do que o Sol e a Terra sejam esses dois corpos, é possível concluir que ambos experimentam uma força de

N
atração de mesma intensidade entre si. Porém, o Sol permanece aproximadamente no centro do Sistema
Solar, ao passo que a Terra está orbitando em torno do Sol. Debata com os colegas hipóteses de por que
isso ocorre e, depois, façam uma pesquisa para verificar quais das hipóteses de vocês são ou não válidas
do ponto de vista científico.
3. A 2a lei de Newton pode ser formulada como Fr 5 m ? a, em que Fr é a inten-

Nasa/Mars Exploration Program


P
sidade da força resultante que age sobre um corpo, m é a medida de massa
desse corpo, e a é a intensidade da aceleração desenvolvida por ele.
Quando igualamos a intensidade da força resultante com a intensidade
mM
da força gravitacional, obtemos m ? a 5 G 2 , que pode ser simpli-
d
M
IA
ficada para a 5 G 2 . Essa expressão pode ser utilizada para calcular,
d
por exemplo, a intensidade da aceleração gravitacional de um planeta,
substituindo M pela medida de massa do planeta e d pela medida de
comprimento do raio dele. Imagem do planeta Marte,
obtida pelo satélite espacial
a) Sabendo que a medida de massa da Terra é de aproximadamente Viking, da agência espacial
5,97 ? 1024 kg e a medida de comprimento do raio da Terra é de apro- National Aeronautics and Space
ximadamente 6,37 ? 106 m, usando essa relação, calcule a intensidade Administration (Nasa). Além
da coloração avermelhada da
U

da aceleração gravitacional na Terra. superfície, dada prioritariamente


b) A medida de massa de Marte é de aproximadamente 6,39 ? 1023 kg e pela presença de óxidos de ferro,
é possível observar a presença de
a medida de comprimento do raio é de 3,39 ? 106 m. A intensidade da
gelo, caracterizada pela região
aceleração gravitacional de Marte é maior ou menor do que a da Terra? esbranquiçada no polo norte do
planeta.
Pesquise e debata
G

4. Pesquise na internet o que é o canhão orbital de Newton e converse com um colega sobre a explicação
desse experimento. Depois, juntos, elaborem e registrem explicações e previsões a respeito dos movi-
mentos de objetos no Sistema Solar e no Universo com base na análise das interações gravitacionais.

Sobre o assunto
Newton baseou-se em interpretações sobre a dinâmica da Terra e do cosmos para elaborar argumentos e realizar previsões
sobre o funcionamento do Universo. Se matéria atrai matéria, isso significaria que toda a matéria do Universo estaria se
atraindo, de modo que eventualmente iria se colapsar em um único ponto. Porém, evidências astronômicas desde meados
do século XX indicam que, na realidade, o Universo está se expandindo, e observações ainda mais recentes indicam que
essa expansão é acelerada.
A teoria do big bang, que explica o surgimento do Universo, também justifica o afastamento observado entre as galáxias.
O movimento acelerado de afastamento, contudo, é atualmente atribuído à chamada “energia escura”, sobre a qual sabe-se
ainda muito pouco.
Leia mais sobre o assunto em: https://www.ictp-saifr.org/um-papo-sobre-a-expansao-do-universo/. Acesso em: 10 jul. 2020.

114
Sistemas lineares

D
R2 Editorial/Arquivo da editora
Não escreva no livro.
Situação 1

L
Raciocínio lógico
O raciocínio lógico é muito importante para nos ajudar a
desenvolver a criatividade e a capacidade de interpretar di-
versas situações. É comum que atividades de raciocínio lógi-

N
co possam ser representadas e resolvidas usando sistemas
de equações. Cada sistema é um conjunto de equações com
mais de uma incógnita. Essas equações podem ser analisadas
e comparadas para determinar os resultados procurados.
Veja um exemplo de um sistema de equações que tem

P
Imagens como esta circulam com frequência nas
duas equações com duas incógnitas: redes sociais e podem ser usadas para exercitar o
raciocínio lógico de maneira lúdica.
 x 1y 5 5

2x 2 y 5 25 As imagens não
estão representadas
em proporção
a) A imagem acima pode ser representada em linguagem algébrica, usando um siste-
ma de equações. Faça essa representação no caderno e, depois, compare-a com as
IA
representações feitas pelos colegas.
b) Utilizando as três primeiras linhas da imagem, é possível determinar o valor de cada
elemento (cavalo, ferradura e bota) separadamente? Se sim, calcule esses valores.
c) Então, qual é o valor da última linha?
Tatevosian Yana/Shutterstock

Situação 2
U

Maçãs e peras
As feiras livres são caracterizadas como uma
manifestação cultural urbana brasileira, nas quais
G

podemos encontrar frutas, verduras, legumes,


temperos e diversos tipos de produto. As frutas,
por exemplo, costumam ser vendidas por medida
de massa ou por unidade, mas também é comum
que os feirantes ofereçam promoções de um ou
mais produtos.
Por exemplo, em uma barraca da feira, 1 maçã
e 1 pera custam R$ 1,40, enquanto 2 maçãs e
As feiras livres têm características próprias em cada região, com
variação na diversidade de produtos vendidos em função da 1 pera custam R$ 1,80. Podemos relacionar es-
produção local e da época do ano. sas duas situações a um sistema de equações.
a) Compare as duas situações. Quantas maçãs ou peras foram acrescentadas à primeira situação para obter a
segunda? E qual foi a variação no preço?
b) Quanto custa 1 maçã? E quanto custa 1 pera? Escreva no caderno o sistema de equações que representa
as duas situações e verifique se os valores que você calculou estão corretos.

115
Um pouco da história da resolução dos sistemas

D
de equações
Nas páginas 91 e 92 deste capítulo, apresentamos um dos problemas do livro Os nove capítulos da arte
matemática relacionado à representação de matrizes.
Entre os 246 problemas contidos nesse livro, podemos exemplificar outro problema que é representado,

L
 x1 y5 2
em notação moderna, pelo sistema de equações  .
50 x 1 10 y 5 30

Explore para descobrir Não escreva no livro.

N
No Ensino Fundamental você estudou e resolveu sistemas com duas equações e duas incógnitas, como o reproduzido
acima. Com um colega, determine os valores de x e y desse sistema usando a estratégia que preferir.

Os chineses antigos resolveram esse problema de uma maneira que provavelmente foi diferente da que
você utilizou. Eles usaram o que podemos chamar de método de tentativa e erro, que consistia em dar dois

P
“chutes” para o valor de x, calcular os valores correspondentes de y e, então, verificar os erros cometidos no re-
sultado de 50x 1 10y. Após verificá-los, eles aplicavam outro método para calcular os valores corretos de x e y.
Acompanhe essa resolução.
1 1
• Primeiro “chute”: x1 5
2
• Segundo “chute”: x2 5
5
IA
Substituindo x1 na primeira equação, obtemos: Substituindo x2 na primeira equação, obtemos:
1 3 1 9
y1 5 2 2 5 y2 5 2 2 5
2 2 5 5
Substituindo x1 e y1 na segunda equação, de- Substituindo x2 e y2 na segunda equação, calcu-
terminamos o termo independente da segunda
lamos o termo independente da segunda equa-
equação, considerando esses valores:
ção, considerando esses valores:
1 3
50 ? 1 10 ? 5 40 1 9
2 2 50 ? 1 10 ? 5 28
A diferença entre o valor encontrado para o ter- 5 5
U

mo independente e o valor correto, dado no sis- A diferença entre o valor encontrado para o ter-
tema, é: mo independente e o valor correto é:
d1 5 40 2 30 5 10 d2 5 28 2 30 5 22
Sabendo esses valores, os chineses usavam a seguinte proporção para calcular o valor de x:
d1 d2
G

5
x 2 x1 x 2 x2
Assim, considerando os dois “chutes” dados, obtemos:
10 22 1
5 ~ 10x 2 2 5 22x 1 1 ~ 12x 5 3 ~ x 5
1 1 4
x2 x2
2 5
1 7
Então, substituindo na primeira equação do sistema inicial, obtemos: 1y52~y5
4 4
Os valores de x e y agora estão corretos e você deve ter obtido esses valores ao resolver o sistema no
Explore para descobrir.

Atividades Não escreva no livro.

19. Reúna-se com um colega e, juntos, elaborem um problema que possa ser resolvido utilizando um sistema de duas equa-
ções com duas incógnitas. Depois, peça a outra dupla que o resolva aplicando o método dos chineses apresentado acima.

116
Não escreva no livro.

Formalizando o conceito de sistemas lineares

D
Equações lineares
Neste capítulo, vamos estudar apenas sistemas formados por equações lineares.

L
Equação linear é toda equação que pode ser escrita na forma geral
a1x1 1 a2x2 1 a3x3 1 » 1 anxn 5 b, na qual: x1, x2, x3, », xn são as incógnitas; a1, a2, a3, », an são
números reais chamados coeficientes das incógnitas; e b é o termo independente.

As incógnitas x1, x2, x3, » geralmente aparecem como x, y, z, » nos sistemas de equações. Veja alguns

N
exemplos de equações lineares.
a) x 1 y 5 16 é uma equação linear com incógnitas x e y.
b) 2x 1 3y 2 2z 5 10 é uma equação linear com incógnitas x, y e z.
c) x 2 5y 1 z 2 4t 5 0 é uma equação linear com incógnitas x, y, z e t. Nela, o termo independente é b 5 0.

P
d) 4x 2 3y 5 x 1 y 1 1 é uma equação linear com incógnitas x e y.
Pela definição, as equações a seguir não são lineares. Reflita
a) xy 5 10 b) x 1 y 5 6
2
c) x 2 xy 2 yz 1 z 5 1
2 2
Por que essas
equações não são
lineares?
Solução de uma equação linear
IA
Observe mais exemplos de equações lineares e algumas soluções de cada uma delas.
a) 3x 1 2y 5 18
Dizemos que:
• o par ordenado (4, 3) é uma solução da equação, pois 3 ? 4 1 2 ? 3 5 18;
• o par ordenado (6, 0) é uma solução da equação, pois 3 ? 6 1 2 ? 0 5 18;
• o par ordenado (5, 1) não é solução da equação, pois 3 ? 5 1 2 ? 1 = 18.
U

Fique atento
 18 2 3a 
O par ordenado  a,  , com a é R, é a solução geral da equação do exemplo a, pois, para cada valor de a,
 2
obtemos uma solução da equação. Por exemplo, para a 5 2, a solução é (2, 6) e para a 5 0, a solução é (0, 9).
G

b) 3x 1 y 2 2z 5 8
Dizemos que:
• o terno ordenado (2, 4, 1) é uma solução da equação, pois 3 ? 2 1 4 2 2 ? 1 5 8;
• o terno ordenado (0, 6, 21) é uma solução da equação, pois 3 ? 0 1 6 2 2 ? (21) 5 8;
• o terno ordenado (5, 22, 3) não é solução da equação, pois 3 ? 5 1 (22) 2 2 ? 3 = 8.

Fique atento
 28 1 3a 1 b 
Para a é R e b é R, o terno ordenado  a, b,  é a solução geral da equação do exemplo b, pois, para cada
 2
valor de a e de b, obtemos uma solução da equação. Por exemplo, para a 5 1 e b 5 1, a solução é (1, 1, 22).

Graficamente:
• cada par ordenado (x, y) de números reais é representado por um ponto do plano;
• cada terno ordenado (x, y, z) de números reais é representado por um ponto do espaço.

117
Observe:

D Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora


y z y
5 5
B
4 4 5
A 4
3 3
3
2 2

L
2
1 1
22 21 0 1
22 21 0 1 2 3 4 5 x 21 1 2 3 4 5 x
21 21
22
22 22

N
O plano cartesiano é formado pelos eixos x e y e a cada O espaço cartesiano é formado pelos eixos x, y e z e a cada
ponto do plano está associado um par ordenado (x, y) e ponto do espaço está associado um terno ordenado (x, y, z)
vice-versa. Neste plano cartesiano, temos a representação e vice-versa. Neste espaço cartesiano, temos a representação
do ponto A(4, 3). do ponto B(4, 3, 2).

Generalizando, dada a equação linear a1x1 1 a2x2 1 a3x3 1 ... 1 anxn 5 b, dizemos que a ênupla

P
ordenada de números reais (b1, b2, b3, ..., bn) é solução da equação linear se:
a1b1 1 a2b2 1 a3b3 1 ... 1 anbn 5 b
Analogamente, se a1b1 1 a2b2 1 a3b3 1 ... 1 anbn 5 b, então (b1, b2, b3, ..., bn) é solução da equação linear.

Fique atento
IA
Ênupla ordenada é uma sequência ordenada de n valores. Quando a sequência tem dois ou três valores, as ênuplas
ordenadas recebem, respectivamente, os nomes de par ordenado e terno ordenado que você já conhece.

Atividades Não escreva no livro.

20. Identifique se cada equação é linear ou não. b) Par ordenado (3, 25) e equação linear 2x 1 3y 5 21.
a) 5x 2 2y 5 6 e) 3xy 5 10 c) Terno ordenado (1, 3, 2) e equação linear 2x 1 y 1
1 5z 5 15.
U

b) x 1 4y 2 z 5 0 f) x 1 y 5 z 2 2
d) Terno ordenado (0, 0, 0) e equação linear
c) x 1 y 2 z 2 t 5 0 g) 2x 2 y 1 xy 5 8
2x 1 7y 2 3z 5 0.
d) x2 1 y 5 10 h) 2x3 1 y2 1 5z 5 15
22. Calcule o valor de k para que o par ordenado (3, k) seja
21. Em cada item, verifique se o par ou terno ordenado uma solução da equação linear 3x 2 2y 5 5.
G

citado é solução da equação linear dada.


23. O terno ordenado (k, 2, k 1 1) é uma das soluções da
a) Par ordenado (6, 2) e equação linear 4x 2 3y 5 18. equação linear 4x 1 5y 2 3z 5 10. Determine o valor de k.

Sistemas lineares

Sistema de equações lineares simultâneas m 3 n (lemos: m por n), ou apenas sistema linear m 3 n,
é o conjunto de m equações lineares com n incógnitas, que pode ser representado assim:

a11x1 1 a12 x 2 1 a13 x 3 1 » 1 a1n x n 5 b1



a21x1 1 a22 x 2 1 a23 x 3 1 » 1 a2n x n 5 b2

 æ
am1x1 1 am 2 x 2 1 am 3 x 3 1 » 1 amn x n 5 bm

118
Veja alguns exemplos.

D
3 x 2 2 y 5 6
a)  é um sistema linear 2 3 2 (duas equações e duas incógnitas) nas incógnitas x e y.
 x 1 3y 5 10

 x 2 y 5 3 2 2x 3 x 2 y 5 3
b)  é um sistema linear 2 3 2 com incógnitas x e y, pois equivale ao sistema  .
2x 1 y 5 12 1 y 2x 1 0 y 5 12

L
 x 2 2y 2 z 5 0

c) 2x 2 y 2 z 5 21 é um sistema linear 3 3 3 (três equações e três incógnitas) nas incógnitas x, y e z.
 x 2 y 1z 5 8

 x 1 4y 2 2z 5 1

N
d)  é um sistema linear 2 3 3 (duas equações e três incógnitas) nas incógnitas x, y e z.
3 x 2 y 1 z 5 6

Solução de um sistema linear

P
Fique atento
Dizemos que a ênupla ordenada (b1, b2, b3, », bn) é solução de um sistema
Neste capítulo,
linear quando ela é solução de cada uma das equações do sistema, ou seja, consideraremos
quando satisfaz simultaneamente todas as equações do sistema. sempre que as
soluções de um
Veja alguns exemplos. sistema linear
IA
m 3 n são ênuplas
2x 1 3y 5 13
a) O par ordenado (5, 1) é solução do sistema linear  , pois ordenadas de
3x 2 5y 5 10 números reais.
2 ? 5 1 3 ? 1 5 13
 .
3 ? 5 2 5 ? 1 5 10
2x 1 3y 5 13
b) O par ordenado (2, 3) não é solução do sistema linear  , pois
3x 2 5y 5 10
2 ? 2 1 3 ? 3 5 13
 .
U

3 ? 2 2 5 ? 3 = 10
 x 1 2 y 1 3z 5 1

c) O terno ordenado (1, 3, 22) é solução do sistema linear 4 x 2 y 2 z 5 3 , pois
 x1 y 2 z56

1 1 2 ? 3 1 3 ? (22) 5 1
G


4 ? 1 2 3 2 (22) 5 3 .
1 1 3 2 (22) 5 6


d) O par ordenado (0, 2) é solução do sistema linear 23x 1 y 5 2 , pois
 6 x 2 2y 5 24
23 ? 0 1 2 5 2
 .
6 ? 0 2 2 ? 2 5 24
23 ? 1 1 5 5 2
O par ordenado (1, 5) também é solução desse sistema, pois  .
6 ? 1 2 2 ? 5 5 24
Graficamente:
• cada equação do sistema linear do exemplo a tem duas incógnitas e é repre-
sentada pelos pontos de uma reta do plano;
• cada equação do sistema linear do exemplo c tem três incógnitas e é repre-
sentada pelos pontos de um plano do espaço.

119
Observe:
z

D
5
y 4
3

Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora


2 2 6 y
4 5
1 3
1 2
1

L
0
26 25 24 23
0 1 2 3 4 x 22 2
211 1 1 2 3 4 5 x
22 21 6
23
23
24
24
25
25 22
26
26
Em uma equação linear de duas incógnitas
ax 1 by 5 c, as soluções são os pares

N
ordenados (x, y) que satisfazem a equação.
A representação gráfica de uma equação Em uma equação linear de três incógnitas ax 1 by 1 cz 5 d, as soluções
linear de duas incógnitas, em um plano são os ternos ordenados (x, y, z) que satisfazem a equação. A representação
cartesiano, é uma reta. Neste plano gráfica de uma equação linear de três incógnitas, em um espaço cartesiano, é
cartesiano, temos a representação da um plano. Neste espaço cartesiano, temos a representação da equação linear
equação linear 0,5x 1 y 5 2. x 2 y 1 z 5 3.

P
Atividades Não escreva no livro.

24. Verifique se cada ênupla ordenada é solução do sistema linear dado.


 x 2y 5 0

2x 2 5y 5 11 c) (0, 21) e sistema linear  x 1 y 5 21 .
a) (3, 21) e sistema linear  .
3x 1 6y 5 3 3x 1 y 5 2
IA
 x1 y 1 z50

b) (0, 0, 0) e sistema linear 2x 2 3y 1 5z 5 0 .
4 x 2 7y 2 3z 5 0

Os métodos da substituição e da adição para resolver


sistemas lineares
Existem diversos métodos algébricos que permitem a resolução de sistemas lineares. No Ensino Fun-
U

damental, você deve ter estudado o método da substituição e o método da adição para resolver sistemas
lineares de duas equações lineares com duas incógnitas.
Agora, vamos recordá-los e ampliá-los para resolver sistemas lineares com mais equações lineares e incógnitas.

Explore para descobrir


G

Não escreva no livro.

Junte-se com um colega e reflitam sobre os valores de x que satisfazem cada equação linear dada.

a) 2x 5 8 b) 2x 5 0 c) 0x 5 0 d) 0x 5 5

Método da substituição Fique atento


a) Considere este sistema linear 2 3 2: Quando resolvemos
2x 2 3y 5 24 (primeira equação) um sistema linear
 pelo método da
5x 1 y 5 7 (segunda equação) substituição e uma
Vamos determinar o conjunto solu•‹o S desse sistema linear, ou seja, o conjunto for- das equações tem
mado por todos os pares ordenados de números reais que são solução do sistema. alguma incógnita
com coeficiente 1,
Neste exemplo, vamos usar o método da substituição, que consiste em isolar uma isolar essa incógnita
das incógnitas em uma das equações e, então, substituir a expressão encontrada é a escolha mais
na outra equação, obtendo uma nova equação linear sem essa incógnita. conveniente.

120
Não escreva no livro.
Inicialmente, isolamos uma incógnita de uma das equações. Por exemplo, isolando y na segunda equação

D
5x 1 y 5 7 do sistema, obtemos:
5x 1 y 5 7 ~ y 5 7 2 5x
Em seguida, substituímos y por 7 2 5x na primeira equação 2x 2 3y 5 24 do sistema:
2x 2 3(7 2 5x) 5 24 ~ 2x 2 21 1 15x 5 24 ~ 17x 5 17 ~ x 5 1
Agora, para determinar o valor de y, substituímos x por 1 em uma das equações do sistema. Escolhendo

L
a primeira equação, por exemplo, obtemos:
2 ? 1 2 3y 5 24 ~ 23y 5 26 ~ y 5 2
A solução desse sistema linear é o par ordenado (1, 2) e essa solução é única. Logo, o conjunto solução
é S 5 {(1, 2)}.

N
b) Considere agora este sistema linear 3 3 3: Reflita
2x 2 3y 1 z 5 21 Observe os coeficientes das incógnitas
 desse sistema linear. Quais incógnitas são
 x 2 y 1 2z 5 0
3 x 1 y 2 z 5 4 mais convenientes de se isolar nesse caso?

Para resolver esse sistema, podemos inicialmente escolher uma das incógnitas a ser eliminada, para que

P
tenhamos um novo sistema linear com apenas duas equações e duas incógnitas. Por exemplo, para elimi-
nar a incógnita y, usando o método da substituição, podemos isolá-la na terceira equação 3x 1 y 2 z 5 4:
3x 1 y 2 z 5 4 ~ y 5 4 2 3x 1 z
Então, substituímos y por 4 2 3x 1 z nas outras duas equações do sistema dado.
• Em 2x 2 3y 1 z 5 21:
IA
2x 2 3(4 2 3x 1 z) 1 z 5 21 ~ 2x 2 12 1 9x 2 3z 1 z 5 21 ~ 11x 2 2z 5 11
• Em x 2 y 1 2z 5 0:
x 2 (4 2 3x 1 z) 1 2z 5 0 ~ x 2 4 1 3x 2 z 1 2z 5 0 ~ 4x 1 z 5 4
Com as duas equações encontradas, formamos um novo sistema linear 2 3 2:
11x 2 2z 5 11 Reflita

 4x 1 z 5 4 Faça no caderno a resolução desse sistema
linear 2 3 2 pelo método da substituição e
Agora, resolvendo esse sistema pelo método da substituição,
verifique que x 5 1 e z 5 0.
chegamos a x 5 1 e z 5 0.
U

Então, substituímos x por 1 e z por 0 em uma das equações do sistema. Escolhendo, por exemplo, a equa-
ção 3x 1 y 2 z 5 4 do sistema inicial, obtemos:
3?11y2054~y51
A solução do sistema linear inicial é o terno ordenado (1, 1, 0). Logo, S 5 {(1, 1, 0)}.
G

Método da adição
a) Considere o sistema linear 2 3 2 a seguir:
2x 2 4y 5 16

3x 1 2y 5 0

Neste exemplo, vamos usar o método da adição para determinar o conjunto solução S do sistema.
Inicialmente, observando os coeficientes da incógnita x, optamos por multiplicar ambos os membros da
primeira equação 2x 2 4y 5 16 por 3 e ambos os membros da segunda equação 3x 1 2y 5 0 por 22.
Fazemos isso para que, em seguida, ao adicionar membro a membro as duas equações, obtenhamos uma
nova equação linear sem a incógnita x.

2x 2 4y 5 16 ?3  6 x 2 12y 5 48 Fique atento


 ~ 
3x 1 2y 5 0 ? (22)  26 x 2 4y 5 0 Podemos multiplicar ambos os membros
de uma equação de um sistema linear
216 y 5 48 ~ y 5 23 por qualquer número real diferente de 0.

121
Agora, substituímos y por 23 em uma das equações do sistema. Escolhendo, por Reflita

D
exemplo, a segunda equação 3x 1 2y 5 0 do sistema inicial, obtemos: De que outras maneiras
3x 1 2(23) 5 0 ~ 3x 5 6 ~ x 5 2 poderíamos resolver esse
sistema linear 2 3 2 usando
A solução desse sistema linear é o par ordenado (2, 23). Logo, S 5 {(2, 23)}.
o método da adição?
b) Considere agora o sistema linear 3 3 3 a seguir:

L
2 x 1 3 y 2 z 5 4

 x1 y1 z5 6
3x 2 y 1 2z 5 11

Inicialmente, escolhemos uma das incógnitas a ser eliminada para, então, formar um novo sistema linear
com apenas duas equações com duas incógnitas. Por exemplo, vamos eliminar a incógnita z usando o

N
método da adição.
• Adicionando as duas primeiras equações, obtemos uma equação sem a incógnita z:
3x 1 4y 5 10
• Multiplicamos a segunda equação do sistema inicial por 22 de modo que, ao adicionar a equação ob-

P
tida e a terceira equação do sistema, vamos obter uma nova equação sem a incógnita z:
2 x 1 3 y 2 z 5 4  2x 1 3y 2 z 5 4
 
 x1 y1 z5 6 ? (22) ~ 22x 2 2y 2 2z 5 212
3x 2 y 1 2z 5 11  3x 2 y 1 2z 5 11
 
Agora, adicionamos a segunda e a terceira equações desse novo sistema:
IA
x 2 3y 5 21
Com as duas equações encontradas, formamos um novo sistema linear 2 3 2: Reflita
Faça no caderno a
3x 1 4 y 5 10
 resolução desse sistema
 x 2 3y 5 21 linear 2 3 2 pelo método
Agora, resolvendo esse sistema pelo método da adição, chegamos a x 5 2 e y 5 1. da adição e verifique que
x 5 2 e y 5 1.
Então, substituímos x por 2 e y por 1 em uma das equações do sistema. Es-
colhendo, por exemplo, a equação x 1 y 1 z 5 6 do sistema inicial, obtemos:
U

2111z56~z53
A solução do sistema linear inicial é o terno ordenado (2, 1, 3). Logo, S 5 {(2, 1, 3)}.

Atividades Não escreva no livro.


G

25. Resolva no caderno cada sistema linear dado. Use o sequência de passos a fim de resolver um problema.
método que preferir. Também podemos compreender algoritmo como
x 1 y 5 5 20 x 1 10y 5 10 uma sequência lógica e finita de instruções que de-
a)  c) 
x 2 y 5 1  x1 y5 2 vem ser seguidas para resolver um problema ou exe-
2x 2 y 1 z 5 25 cutar uma tarefa.
2x 1 y 5 0 
b)  d)  2x 2 3y 2 2z 5 25
 x 1 4 y 5 14  x 2 y 1 3z 5 3 Retome as resoluções da atividade 25 e os exemplos
de sistemas lineares que foram resolvidos com os
métodos da substituição e da adição, nesta página e
26. Junte-se com um colega, pensem em situações do
nas anteriores. Agora, imagine que você precisa es-
cotidiano e elaborem problemas que possam ser re-
crever as instruções de como resolver um dos siste-
presentados com cada sistema linear da atividade an-
mas lineares 2 3 2 dados utilizando esses métodos.
terior.
Em seguida, escreva no caderno um algoritmo que
27. Como vimos anteriormente, um dos pilares do pen- explique como fazer essa resolução, organizando
samento computacional é o algoritmo, que é utili- atentamente a sequência e a ordem dos passos para
zado para estipular uma ordem, uma rotina ou uma cada método.

122
Não escreva no livro.

D
28. (Unicamp-SP) Em uma família, cada filha tem o mes- Atlântica, ocasionando, também, o desaparecimento
mo número de irmãs e irmãos, e cada filho tem um de espécies de plantas e de animais e prejudicando as
número de irmãs igual ao dobro do número de irmãos. populações que vivem nesse bioma e que dependem dele.
O número total de filhos e filhas dessa família é igual a: Você também pode acessar o site indicado como fonte do
a) 11. b) 9. c) 7. d) 5. texto para ter mais informações da quantidade de espécies
de plantas e de animais, endêmicas e não endêmicas, bem

L
29. (Etec-SP) A Mata Atlântica é uma série de ecossis- como outros dados desse bioma, e ações do Ministério do
temas de florestas tropicais da América do Sul que Meio Ambiente para a preservação da Mata Atlântica.
abriga uma diversidade de espécies endêmicas. Es- Por fim, converse com a turma sobre quais atitudes
tudos estimam que haja um total de 8 732 espécies podem e devem ser tomadas visando à preservação do
entre plantas e vertebrados en- Endêmico meio ambiente e, juntos, elaborem um documento com

N
dêmicos nesse bioma, e que a registros das pesquisas e das conclusões a que vocês
Espécie, organismo
diferença entre a quantidade chegaram. Imagens e mapas podem ser utilizados para
ou população
daquelas plantas e a quantidade nativo ou restrito a enriquecer as informações registradas.
destes vertebrados, nessa or- determinada região
dem, seja de 7 268 espécies. geográfica.
30. Em uma equação química balanceada, a quantidade
Nessas condições, a quantidade de plantas endêmicas de cada átomo antes da reação (os reagentes) deve ser

P
nesse bioma é: igual à quantidade de cada átomo ao final da reação
a) 732. b) 1 464. c) 5 813. d) 8 000. e) 16 000. (os produtos). Por exemplo, na combustão do propano
C3H8, a equação química não balanceada é C3H8 1 O2 ñ
Sobre o assunto ñ CO2 1 H2O. Repare que, do lado do reagente, exis-
tem 3 átomos de carbono C e, do lado do produto, há
A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais diversos do
apenas 1 átomo de carbono. Então, para balancear a
mundo, mas também um dos mais ameaçados.
IA
equação, devemos encontrar valores para a, b, c e d, tais
As florestas e demais ecossistemas que compõem que a ? C3H8 1 b ? O2 ñ c ? CO2 1 d ? H2O. Uma manei-
a Mata Atlântica são responsáveis pela produção, ra de determinar esses valores é montar e resolver um
regulação e abastecimento de água; regulação sistema linear de equações. Veja como fica a montagem:
e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e  3a 5 c

atenuação de desastres; fertilidade e proteção do  8a 5 2d
 2b 5 2c 1 d
solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e 
remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e Esse sistema linear tem quatro incógnitas, mas apenas três
preservar um patrimônio histórico e cultural imenso. equações. Uma das maneiras de encontrar uma possível
U

Neste contexto, a conservação dos remanescentes solução para esse sistema, é atribuir um valor para uma
das incógnitas e, então, resolver o sistema linear obtido.
de Mata Atlântica e a recuperação da sua
vegetação nativa tornam-se fundamentais para a) Escolhendo a 5 1, resolva o sistema linear e monte
a equação química devidamente balanceada.
a sociedade brasileira, destacando-se para isso
áreas protegidas, como Unidades de Conservação b) Para cada número natural não nulo que escolhemos
G

para a, obtemos uma possível solução do sistema


(SNUC – Lei n. 9.985/2000) e Terras Indígenas
linear; então esse sistema tem infinitas soluções.
(Estatuto do Índio – Lei n. 6001/1973), além de Multiplique todos os valores de a, b, c e d que você
Áreas de Preservação Permanente e Reserva calculou no item a por um mesmo número natural,
Legal (Código Florestal – Lei n. 12.651/2012). obtendo outra solução para o sistema linear, e veri-
O bioma também é protegido pela Lei n. 11.428/2006, fique que a equação a ? C3H8 1 b ? O2 ñ c ? CO2 1
conhecida como Lei da Mata Atlântica, 1 d ? H2O continuará balanceada.
regulamentada pelo Decreto n. 6.660/2008.
Retrato de Antoine-Laurent de
No dia 27 de maio é comemorado o Dia Nacional Lavoisier, século XIX (gravura).
da Mata Atlântica. Demais informações desconhecidas.
Interfoto/Fotoarena

O processo de balanceamento de
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Mata Atlântica. Dispo-
equações químicas é fundamentado
nível em: https://www.mma.gov.br/biomas/mata-
atl%C3%A2ntica_emdesenvolvimento. Acesso em: 12 jul. 2020.
pela lei de conservação das massas,
enunciada pelo químico russo Mikhail
Pesquise na internet quais atividades humanas são Vasilyevich Lomonosov (1711-1775) e registrada e divulgada
responsáveis pela redução da área ocupada pela Mata pelo químico francês Antoine-Laurent de Lavoisier (1742-1794).

123
Classificação e representação gráfica de sistemas lineares

D
Dado um sistema linear m 3 n, de acordo com a quantidade de soluções , ele pode ser classificado como
possível e determinado (tem uma única solução), possível e indeterminado (tem infinitas soluções), ou
impossível (não tem solução).
Acompanhe a resolução algébrica (pelo método da adição) e a representação gráfica de alguns sistemas

L
lineares 2 3 2.

Fique atento
Neste momento, apresentamos exemplos de sistemas lineares 2 3 2, porque você já estudou esse tipo de sistema no
Ensino Fundamental. Entretanto, qualquer sistema linear m 3 n pode ser classificado em possível e determinado, possível e

N
indeterminado ou impossível.
Além disso, a escolha por sistemas lineares 2 3 2 permite a representação gráfica do sistema, em um plano cartesiano.
Nas páginas 128 a 131, exemplificaremos algumas representações gráficas de sistemas lineares 3 3 3 usando o software
GeoGebra.

3x 2 y 5 10
a) Sistema linear 

P
2x 1 5y 5 1
Resolução algébrica
3x 2 y 5 10 15x 2 5y 5 50
?5
 ~ 
2x 1 5y 5 1  2x 1 5y 5 1
17x 5 51 ~ x 5 3
IA
2 ? 3 1 5y 5 1 ~ 6 1 5y 5 1 ~ 5y 5 25 ~ y 5 21
Logo, S 5 {(3, 21)}.
Esse par ordenado é a única solução desse sistema. Então, ele é um sistema possível e determinado
(tem uma única solução).
Representação gráfica
Para representar graficamente esse sistema, devemos representar as equações lineares em um mesmo
plano cartesiano. Cada equação linear do sistema pode ser escrita na forma ax 1 by 5 c, cuja represen-
U

tação no plano é uma reta.


y

Banco de imagens/Arquivo da editora


Então, para cada equação determinamos duas possíveis soluções e 3x 2 y 5 10
traçamos a reta no plano cartesiano. Por exemplo, (4, 2) e (3, 21) são
2x 1 5y 5 1 2
soluções da equação 3x 2 y 5 10, e (22, 1) e (3, 21) são soluções da
equação 2x 1 5y 5 1. 1 2 3 4 x
21
0
G

Como o sistema é possível e determinado, as retas que representam as 22 21 1 (3, 21)


equações são concorrentes (têm um único ponto comum). Neste caso, 22
conforme calculamos algebricamente, a solução do sistema é (3, 21), 23
que corresponde ao ponto de intersecção das retas. 24

Fique atento
Os pontos correspondentes aos pares ordenados de números reais que são solução de uma equação linear com duas
incógnitas determinam uma reta no plano cartesiano. Se existir, o par ordenado correspondente ao ponto de intersecção
das duas retas que representam as equações lineares do sistema linear 2 3 2 é a solução do sistema.
Lembre-se das posições que duas retas podem ter no plano.
Ilustrações: WYM Design/
Arquivo da editors

Duas retas paralelas Duas retas concorrentes Duas retas coincidentes


(não têm pontos comuns). (têm um ponto comum). (têm todos os pontos comuns).

124
Não escreva no livro.
 x 2 2y 5 5

D
b) Sistema linear 
2x 2 4y 5 2
Resolução algébrica

 x 2 2y 5 5 ? (22)  22x 1 4 y 5 210


 ~ 

L
2x 2 4y 5 2  2x 2 4 y 5 2
0 y 5 28

Em 0y 5 28 não existe valor real para y; então, não existe par ordenado de núme-
ros reais que seja solução desse sistema.

N
Dizemos que esse sistema tem como conjunto solução S 5 0 e que ele é um
sistema impossível (não tem solução).

Representação gráfica y

Banco de imagens/Arquivo da editora


Para cada equação determinamos duas possíveis soluções e tra- 1

P
0 x
çamos a reta no plano cartesiano. Por exemplo, os pares orde-
21 1 2 3
nados (1, 22) e (21, 23) são soluções da equação x 2 2y 5 5, 21
2x 2 4y 5 2
e (1, 0) e (3, 1) são soluções da equação 2x 2 4y 5 2. 22

Como o sistema é impossível, as retas que representam as equa- 23


x 2 2y 5 5
ções são paralelas e distintas (não têm pontos comuns).
IA
2x 2 6y 5 8
c) Sistema linear  Reflita
3x 2 9y 5 12 Observe as equações
desse sistema linear. O
Resolução algébrica
que podemos concluir
sobre elas?
2x 2 6y 5 8 ?3  6 x 2 18y 5 24
 ~ 
3x 2 9y 5 12 ? (22)  26 x 1 18y 5 224
0y 5 0
U

Em 0y 5 0, a incógnita y pode assumir qualquer valor real. Fazendo y 5 a, com


a é R, e substituindo em uma das equações do sistema, obtemos:
2x 2 6y 5 8 ~ 2x 2 6a 5 8 ~ 2x 5 8 1 6a ~ x 5 4 1 3a
G

Assim, o par ordenado (4 1 3a, a), com a é R, é a solução geral do sistema.


Então, o conjunto solução desse sistema é S 5 {(4 1 3a, a)}, com a é R, e dizemos
que ele é um sistema possível e indeterminado (tem infinitas soluções).
Representação gráfica
y
Banco de imagens/Arquivo da editora

Para cada equação determinamos duas possíveis soluções e traça-


mos a reta no plano cartesiano. Por exemplo, os pares ordenados
(1, 21) e (22, 22) são soluções tanto da equação 2x 2 6y 5 8 3x 2 9y 5 12
quanto de 3x 2 9y 5 12. 0 2 x
22 21 1 3 4
Como o sistema é possível e indeterminado, as retas que represen- 21
2x 2 6y 5 8
tam as equações são coincidentes (têm todos os pontos comuns). 22
Neste caso, como calculamos algebricamente e podemos visuali-
zar na representação gráfica, qualquer par ordenado correspon-
dente a um ponto dessas retas é uma solução do sistema.

125
O esquema a seguir resume as três possibilidades de classificação de qualquer Fique atento

D
sistema linear m 3 n. A condição
necessária, porém
Wym Design/Arquivo da editora

determinado (sistema possível e determinado) não suficiente, para


termos um sistema
(a solução é única)
linear possível
possível e determinado

L
é a quantidade
(tem solução)
indeterminado (sistema possível e indeterminado) de equações do
sistema sistema ser maior
(tem infinitas soluções)
do que ou igual
à quantidade de

N
impossível (sistema impossível) incógnitas (m . n).

(não tem solução)

A seguir vamos explorar a representação gráfica de sistemas lineares 2 3 2 e 3 3 3


usando tecnologias digitais. Lembrando que cada equação de um sistema linear

P
3 3 3 é representada por um plano do espaço, veja quais são as posições que dois
planos podem ter no espaço.

Ilustrações: WYM Design/


Arquivo da editora
IA
Dois planos paralelos Dois planos secantes, ou Dois planos coincidentes
(não têm pontos comuns). concorrentes (têm uma reta comum). (têm todos os pontos comuns).

Atividades Não escreva no livro.


U

31. Resolva no caderno cada sistema linear pelo método algébrico que preferir e classifique cada sistema.
 3x 2 2y 5 212 5x 2 10 y 5 15
a) 4 x 1 2y 5 4 b)  c) 
2x 1 y 5 5 5x 1 6y 5 8 2x 2 4y 5 6

32. Elabore problemas do cotidiano que possam ser representados com cada sistema linear da atividade anterior. Depois,
G

compare suas criações com as dos colegas.


y (em ¡C)
WYM Design/Arquivo da editora

33. Veja no plano cartesiano ao lado a variação das medidas


de temperatura, em graus Celsius, de duas substâncias I 60
e II. A substância I está sendo resfriada e a substância II
está sendo aquecida. Para ambas as substâncias, a varia-
ção da medida de temperatura começou a ser registrada II
no mesmo instante, com o intervalo de tempo de obser-
vação em minutos.
Qual será a medida de temperatura da substância II quan- 30
do a substância I estiver a 0 °C?
20

x (em min)
0 20 I

126
Não escreva no livro.

Tecnologias digitais

D
Sistemas lineares 2 3 2 no GeoGebra
Como vimos anteriormente, o GeoGebra é um software que pode ser utilizado em diversos conteúdos de

L
Números, Álgebra e Geometria. Neste momento, vamos utilizar novamente a versão GeoGebra Classic para
representar sistemas lineares 2 3 2.
Para usar a versão on-line do GeoGebra Classic, acesse o site https://www.geogebra.org/classic (acesso
em: 8 jul. 2020). As imagens que utilizaremos a seguir são dessa versão, mas você pode escolher a plataforma

N
que julgar mais oportuna.
Vamos representar graficamente o sistema linear 2 3 2 a seguir:

 x 2 2y 5 1

2 x 1 y 5 7

P
1o passo: Acesse as configurações de exibição (na versão on-line, as configurações são acessadas na parte
superior direita da tela) e selecione a opção de exibir os eixos do plano cartesiano.
2o passo: No campo de entrada de comando (situado na parte esquerda da tela), digite x-2y=1 e tecle
“Enter” e digite 2x+y=7 e tecle “Enter”. Observe que essas duas equações são automaticamente nomeadas
de eq1 e eq2 e são representadas por retas no plano cartesiano.
IA
3 o passo: Para determinar o ponto de intersecção dessas retas, se houver, há duas opções: no cam-
po de entrada, digite Interse•‹o(eq1, eq2); ou use a opção “Interseção de Dois Objetos” e selecione
as duas retas.
Em ambos os casos aparecerá o nome do ponto A. Se a intersecção for um ponto (sistema possível e
determinado), então as coordenadas desse ponto também aparecerão na tela; se não for um ponto (sistema
possível e indeterminado ou sistema impossível), então aparecerá uma interrogação.

Reprodução/www.geogebra.org
U
G

Tela do GeoGebra após o 3o passo.


Nesse caso, o sistema é possível e determinado e o ponto A tem coordenadas (3, 1), que é a solução do sistema.

127
Tecnologias digitais

1. Salve a construção que você fez e abra um novo documento para cada sistema linear 2 3 2 a se-

D
guir. Siga todos os passos indicados anteriormente para representar graficamente cada sistema no
GeoGebra e, depois, responda: Qual é a posição das retas que representam o sistema? Se houver,
quais são as coordenadas do ponto de intersecção dessas retas? E qual é a classificação do sistema?
 3x 2 y 5 2
a) 
2x 1 3y 5 6

L
x 1 y 5 3

b)  1
 x 1 y 5 2

N
2x 1 3y 5 10
c) 
6 x 1 9y 5 30

Sistemas lineares 3 3 3 no GeoGebra


Como citamos, em um sistema linear 2 3 2, cada equação representa os pontos de uma reta no plano,

P
e em um sistema linear 3 3 3, cada equação representa os pontos de um plano no espaço. Assim, para
representar graficamente sistemas lineares 3 3 3 no GeoGebra, precisaremos utilizar outra versão, que
nos mostre os eixos x, y e z do espaço.
A versão que utilizaremos para isso é o GeoGebra 3-D. Em um computador, você pode fazer o download
no site www.geogebra.org/download (acesso em: 14 jul. 2020); em um smartphone, pode baixá-lo na loja
IA
oficial de aplicativos do sistema operacional do aparelho; ou pode acessá-lo on-line no site https://www.
geogebra.org/3d (acesso em: 14 jul. 2020).
As imagens que utilizaremos a seguir são da plataforma on-line.
Vamos representar inicialmente o sistema linear 3 3 3 a seguir:

 x 1 2 y 1 3z 5 7

 2x 2 y 1 z 5 21
 2x 1 2 y 2 z 5 1

U

1o passo: No campo de entrada de comando, digite cada equação separadamente e tecle “Enter”:
x+2y+3z=7; 2x-y+z=-1; -x+2y-z=1.
As três equações são automaticamente nomeadas de eq1, eq2 e eq3 e são representadas por planos no
espaço cartesiano. Para visualizar melhor a construção, você pode alterar as cores do plano e mover e girar a
G

imagem clicando em algum ponto da tela, arrastando-a.


Reprodução/www.geogebra.org

Reprodução/www.geogebra.org

Destaque para a representação gráfica da equação eq1 (à esquerda) e para as representações gráficas das equações eq1 e
eq2 (à direita).

128
Não escreva no livro.

D Reprodução/www.geogebra.org
L
N
Tela do GeoGebra após o 1o passo.
P
IA
2o passo: Para determinar o ponto de intersecção desses planos, se houver, vamos usar o campo de en-
trada. Digite Interseção(eq1,eq2), Interseção(eq1,eq3) e tecle “Enter” a cada comando; essas intersecções
são nomeadas de f e g na lateral esquerda da tela e são representadas por retas do espaço. Em seguida,
digite Interseção(f,g).
Para esse exemplo, em que o sistema é possível e determinado, aparece o ponto A de intersecção dos
três planos e as coordenadas desse ponto, que é a solução do sistema: (21, 1, 2).

Reprodução/www.geogebra.org
U
G

Tela do GeoGebra após o 2o passo.

129
Tecnologias digitais

Os passos apresentados anteriormente são úteis para representar graficamente no GeoGebra um sistema

D
linear 3 3 3 que é possível e determinado e para determinar o ponto que é solução dele usando os coman-
dos Interse•‹o. Observe agora apenas a representação gráfica de alguns sistemas lineares 3 3 3 que são
possíveis e indeterminados ou que são impossíveis.

Reprodução/www.geogebra.org
L
N
P
IA
 x 1 y 1 z 51

Tela do GeoGebra com a representação gráfica do sistema linear possível e indeterminado 2x 2 y 1 z 5 3 . A intersecção
dos três planos é uma reta. 5x 1 2y 1 4z 5 6

Reprodução/www.geogebra.org
U
G

 x1 y1 z52

Tela do GeoGebra com a representação gráfica do sistema linear possível e indeterminado 2x 1 2y 1 2z 5 4 . Os três planos
são coincidentes (têm todos os pontos comuns). 3x 1 3y 1 3z 5 6

130
Não escreva no livro.

Reprodução/www.geogebra.org

D
L
Tela do GeoGebra
com a representação
gráfica do sistema
linear impossível

N
x 1 y 1 z 5 1

x 1 y 1 z 5 2 .
 x 1 y 1 z 5 3
Os três planos são
paralelos e distintos
(não têm pontos

P
comuns).

Reprodução/www.geogebra.org
IA
Tela do GeoGebra
com a representação
gráfica do sistema
linear impossível
x 1 y 1 z 5 5

 x 2 y 1 z 5 2.
U

 x 1 y 1 z 5 7
Dois planos são
paralelos distintos e
não há intersecção
dos três planos
simultaneamente.
G

2. Salve a construção que você fez e abra um novo documento para cada sistema linear a seguir. Siga todos
os passos indicados anteriormente para a representação gráfica de um sistema linear 3 3 3 possível e
determinado e determine o terno ordenado que é solução de cada sistema.

 x2y1 z5 6  x 1 2 y 1 3z 5 7
 
a) 2x 2 y 1 z 5 24 b)  2x 2 y 1 z 5 21
 2x 2 y 1 3z 5 10 2x 1 2y 2 z 5 1
 

3. Agora, represente graficamente cada sistema linear 3 3 3 dado a seguir em um novo documento do
GeoGebra e movimente a imagem observando as posições dos planos. Depois, converse com um colega
sobre o que vocês observaram na posição dos três planos de cada sistema linear.

23x 1 y 1 z 5 5 2x 1 y 2 z 5 22  x 1 2y 1 3z 5 5
  
a)  2x 2 y 2 z 5 23 b)  2x 2 y 1 4z 5 12 c) 3x 2 5y 1 2z 5 1
 6 x 2 2y 2 2z 5 10  2 x 2 2 y 1 2z 5 4 4 x 2 y 1 8z 522
  

131
Escalonamento de sistemas lineares

D
Explore para descobrir Não escreva no livro.

Junte-se com um colega e observem o sistema linear 4 3 4:

x 1 y 1 z 1t 58

L
 2y 1 z 1t 52
 2z 1t 55

 2t 56

a) Qual é a quantidade de incógnitas em cada equação linear desse sistema?

b) É possível determinar o valor de alguma incógnita usando apenas a última equação linear? Se sim, qual é o valor?

N
c) Qual é o conjunto solução desse sistema?

Entre todos os métodos que nos permitem resolver e classificar sistemas lineares m 3 n, o processo de
escalonamento se destaca.

P
O sistema linear do Explore para descobrir acima está escalonado. Observando as equações de um sis-
tema linear escalonado, percebemos que a primeira incógnita com coeficiente não nulo de cada linha está
sempre à esquerda da primeira incógnita com coeficiente não nulo da linha seguinte.
Veja outros exemplos de sistemas lineares escalonados.
 x 2 2y 1 5z 5 7

IA
a)  3y 1 2z 5 1
 4z 5 8

3x1 2 2x 2 1 7x 3 5 11
3x1 2 2x 2 1 7x 3 5 11 
b)  ou  4 x 2 1 5x 3 524
 4 x 2 1 5x 3 5 24 
 0x 3 5 0
 x 2 2 y 1 z 1 t5 9
 Fique atento
 x 2 2y 1 z 1 t 5 9  0 y 1 4z 1 5t 5 10
c)  ou  Quando o sistema linear não estiver
 4z 1 5t 5 10 0z 1 0t 5 0
U

 escalonado, é possível escaloná-lo. Isso


 0t 5 0 será visto nas próximas páginas.

Classificação e resolução de sistemas lineares escalonados


G

Para classificar um sistema linear escalonado, basta observar a última linha. Mas é preciso estar atento, pois
a última linha em um sistema linear de n incógnitas é a enésima linha, que, se não existir, deve ser considerada
totalmente nula (0x 1 0y 1 0z 1 » 5 0, que equivale a 0 5 0), como mostram os exemplos b e c acima.

Generalizando, a última linha de um sistema linear escalonado é an ? xn 5 kn,


em que an é o coeficiente, xn é a incógnita e kn é o termo independente.
Para essa equação, podemos ter três situações:
se an = 0, então a solução é única e o sistema linear é possível e determinado;
se an 5 0 e kn 5 0, então temos infinitas soluções e o sistema linear é possível e indeterminado;
se an 5 0 e kn = 0, então não temos soluções e o sistema linear é impossível.

Se o sistema linear é possível, então basta resolvê-lo de baixo para cima. Observe os exemplos na próxima
página e verifique se você resolveu o sistema linear do Explore para descobrir acima de maneira parecida
com o exemplo a.

132
3x 2 2y 1 z 5 26

D

a)  4 y 2 2z 5 0
 5z 5 10

Temos um sistema linear 3 3 3 já escalonado (quantidade de equações 5 quantidade de incógnitas).


Da terceira equação do sistema, chegamos a z 5 2.

L
Fazendo z 5 2 na segunda equação do sistema, obtemos:
4y 2 2 ? 2 5 0 ~ 4y 5 4 ~ y 5 1
Fazendo y 5 1 e z 5 2 na primeira equação do sistema, obtemos:
3x 2 2 ? 1 1 2 5 26 ~ 3x 5 26 ~ x 5 22
Logo, esse sistema é possível e determinado e o conjunto solução é S 5 {(22, 1, 2)}.

N
9 x 2 2y 1 3z 2 w 5 1
 y 2 2z 1 4w 5 6
b) 
 5z 1 2w 5 3
 0w 5 9

P
O sistema linear é 4 3 4 e já está escalonado.
A quarta equação do sistema permite dizer que esse sistema é impossível; logo, o conjunto solução é
S 5 0. Fique atento
x 1 y 1 z 5 0 Um sistema linear em que todos os termos independentes são nulos, como
c)  o sistema do exemplo c, é chamado de sistema linear homogêneo.
 3y 2 6z 5 0
IA
Temos um sistema linear 2 3 3 já escalonado (quantidade de equações < quantidade de incógnitas).
Quando um sistema linear escalonado tem mais incógnitas do que equações e pelo menos um coefi-
ciente não nulo em cada equação, ele é possível e indeterminado, pois as equações que faltam podem
ser consideradas como 0 5 0.
A incógnita que tem coeficiente igual a 0 é chamada incógnita livre; quando conveniente, essa incóg-
nita pode ser omitida na equação.
Nesse exemplo, z é a incógnita livre. Assim, fazendo z 5 a, com a é R, descobrimos a solução geral.
U

Da segunda equação do sistema, obtemos:


3y 2 6a 5 0 ~ y 5 2a
Fazendo z 5 a e y 5 2a na primeira equação do sistema, obtemos:
x 1 2a 1 a 5 0 ~ x 5 23a
Portanto, esse sistema é possível e indeterminado e o conjunto solução é S = {(23a, 2a, a)}, com a é R.
G

2 x 2 y 1 z 2 t 5 2
d) 
 2z 1 3t 5 1

Aqui o sistema linear é possível e indeterminado (está escalonado e tem duas equações e quatro incóg-
nitas). Ele tem 2 incógnitas livres: y e t.
Para determinar a solução geral, fazemos y 5 a e t 5 b, com a é R e b é R, e substituímos nas equações.
1 2 3b
2z 1 3b 5 1 ~ 2x 5 1 2 3b ~ z 5
2
1 2 3b 2a 1 5b1 3
2x 2 a 1 2 b 5 2 ~ 4x 5 2a 2 1 1 3b 1 2b 1 4 ~ 4x 5 2a 1 5b 1 3 ~ x 5
2 4
 2a 1 5b1 3 1 2 3b  
Portanto, o conjunto solução é S =  , a, , b , com a é R e b é R.
  4 2 
Para aprender o processo de escalonamento, é necessário apresentar o conceito de sistemas lineares
equivalentes.

133
Sistemas lineares equivalentes

D
Dois sistemas lineares são equivalentes quando têm o mesmo conjunto solução.

 x 1 y 5 10 3x 1 2y 5 26
Por exemplo, os sistemas lineares  x 2 y 5 2 e  são equivalentes, pois apresentam
 2x 2 5y 5 28

L
como conjunto solução S 5 {(6, 4)}.

Atividades resolvidas

N
x 2 y 5 9 ax 1 y 5 12
1. Calcule os valores de a e b para que os sistemas lineares  e  sejam equivalentes.
x 1 y 5 5 2x 2 by 5 20
Resolu•‹o
x 2 y 5 9
Primeiro resolvemos o sistema linear  , por exemplo, adicionando as duas equações:
x 1 y 5 5
2x 5 14 ~ x 5 7

P
Substituindo x por 7 na primeira equação desse sistema, obtemos:
7 2 y 5 9 ~ y 5 7 2 9 ~ y 5 22
Para que os dois sistemas sejam equivalentes, S 5 {(7, 22)} também deve ser o conjunto solução do outro sistema
linear dado. Então:
ax 1 y 5 12 ~ a ? 7 1 (22) 5 12 ~ 7a 2 2 5 12 ~ 7a 5 14 ~ a 5 2
IA
2x 2 by 5 20 ~ 2 ? 7 2 b ? (22) 5 20 ~ 14 1 2b 5 20 ~ 2b 5 6 ~ b 5 3
Portanto, para os sistemas lineares dados serem equivalentes, devemos ter a 5 2 e b 5 3.

Atividades Não escreva no livro.


34. Verifique se os sistemas lineares dados em cada item 36. Os sistemas lineares  x 1 y 5 20 e  ax 1 2y 5 32
são equivalentes. x 2 y 5 4 3x 2 by 5 20
são equivalentes. Calcule os valores de a e b.
x 1 y 5 6  x 1 2y 5 8
U

a)  e  37. Junte-se com um colega e observem os dois planos


 y 52 x 54
cartesianos abaixo, cujos eixos estão com mesma gra-
duação, cada um contendo a representação gráfica de
 x 1 y 1 z 5 10 x 1 y 2 z 5 7
  um sistema linear 2 3 2. É possível afirmar que esses
b)  y 1 2z 5 5 e  x 1 y 58
  x sistemas lineares são equivalentes? Argumentem de-
z5 1 55
fendendo a resposta de vocês.
G

x 1 y 1 z 5 0 x 1 y 2 z 5 0 y
c)  
y 1 2z 5 0 e  x 1 y 51
 z50  x 50
35. Classifique e resolva no caderno os sistemas lineares
Ilustrações: Banco de imagens/Arquivo da editora

escalonados.
x 2 y 1 z 2 w50 x
2x 2 y 1 3z 5 0 
 y 1z 1 w55
a)  2y 2 z 5 1 d) 
  2z 2 2w 5 1 y
2z 5 26
 2 w52
5x 2 2y 1 z 5 3
 a 1 2b 2 c 1 d 5 2
b)  4y 2 z 5 5 e) 
  c 2d 5 0
0z 5 8

3x 2 2x 2 1 x 3 5 2 3x 2 5y 5 6 x
c)  1 f) 
 x2 2 x3 5 0  2y 5 1

134
Processo para escalonamento de um sistema linear

D
Quando o sistema linear não está escalonado, podemos obter um sistema linear equivalente a ele, que
esteja escalonado, efetuando algumas operações entre as equações do sistema. Veja alguns procedimentos
que podem ser feitos.
• Podemos trocar a posição das equações.

L
3x 2 2y 5 6  x 1 4y 5 1
Por exemplo:  ~ 
 x 1 4y 5 1 3 x 2 2 y 5 6
• Podemos multiplicar ambos os membros de uma equação pelo mesmo número real diferente de 0.
Por exemplo: 3x 2 y 1 z 5 5 ~ 6x 2 2y 1 2z 5 10 (os dois membros da equação foram multiplicados por 2).

N
Podemos multiplicar ambos os membros de uma equação por um mesmo número real diferente de 0 e
adicionar a equação obtida membro a membro com a outra equação.
 x 2 2y 1 4z 5 7 ? (23)  x 2 2y 1 4z 5 7
Por exemplo:  1 ~ 
3x 2 5y 1 9z 5 25  y 2 3z 5 4

P
Fique atento
Quando multiplicamos ambos os membros de uma equação do sistema linear por um mesmo número e adicionamos a
equação obtida membro a membro com a outra equação, estamos fazendo um procedimento semelhante à resolução
pelo método da adição.
Aplicativos e programas de computador que resolvem sistemas lineares o fazem pelo método do escalonamento.


IA
Se no processo de escalonamento obtivermos uma equação com todos os coeficientes iguais a 0 e o ter-
mo independente diferente de 0, então essa equação será suficiente para afirmar que o sistema linear é
impossível, isto é, o conjunto solução é S 5 0.
Por exemplo: 0x 1 0y 1 0z 5 7 ~ S 5 0
Vejamos agora alguns exemplos nos quais os sistemas lineares são escalonados e depois classificados e
resolvidos.
 x 1 2y 1 z 5 7 ? (22) ?3
a)  2x 1 7y 1 z 5 21 1

23x 2 5y 1 2z 5 28 1
U


Para anular os coeficientes de x na segunda e terceira equações do sistema dado, podemos:
• multiplicar a primeira equação do sistema por 22 e adicionar com a segunda;
• multiplicar a primeira equação do sistema por 3 e adicionar com a terceira. Fique atento
Depois, podemos trocar as posições das duas últimas equações obtidas para que É conveniente, mas
G

não obrigatório,
o coeficiente de y seja 1 na nova segunda equação.
que o primeiro
 x 1 2y 1 z 5 7  x 1 2y 1 z 5 7  x 1 2y 1 z 5 7 coeficiente da
   equação que vai ser
 3y 2 z 5 7 ~  y 1 5z 5 13 ? (23) ~  y 1 5z 5 13
   multiplicada seja 1
 y 1 5 z 5 13 3 y 2 z5 7 1  2 16z 5 232
 ou 21.
O sistema linear obtido está escalonado e é equivalente ao sistema linear dado.
Podemos agora resolvê-lo.
• 216z 5 232 ~ z 5 2
• y 1 5 ? 2 5 13 ~ y 5 13 2 10 5 3
• x 1 2 ? 3 1 2 5 7 ~ x 5 7 2 6 2 2 5 21
O sistema linear é possível e determinado, com S 5 {(21, 3, 2)}.
 x 1 2y 2 z 5 3 ? (23) ? (22)  x 1 2y 2 z 5 3  x 1 2y 2 z 5 3
 1  
b) 3x 2 y 1 z 5 1 ~  2 7y 1 4z 528 ~  27y 1 4z 5 28
 2 x 1 4 y 2 2z 5 6 1 0 x 1 0 y 2 0 z 5 0  0z 5 0
  

135
O sistema linear é possível e indeterminado (pois após o escalonamento, obtivemos um sistema linear

D
2 3 3). Nesse caso, z é a incógnita livre e pode assumir qualquer número real. Fazendo z 5 a, com
a é R, obtemos:
8 1 4a
• 27y 1 4a 5 28 ~ 27y 5 28 2 4a ~ y 5
7
8 1 4a 52a

L
• x12? 2 a 5 3 ~ 7x 1 16 1 8a 2 7a 5 21 ~ 7x 5 5 2 a ~ x 5
7 7
  5 2 a 8 1 4a  
Logo, o conjunto solução desse sistema é S 5  , , a , com a é R.
 7 7 
Fique atento

N
No sistema linear escalonado do exemplo b, x e y também poderiam ser incógnitas livres se fizéssemos outras
operações entre as equações. Se considerássemos x 5 b (com b é R) na terceira equação do sistema escalonado,
então a solução geral seria dada em função de x, e considerando y 5 g (com g é R) na terceira equação do sistema
escalonado, então a solução geral seria dada em função de y.

2x 2 4 y 1 10z 5 6 : 2  x 2 2y 1 5z 5 3 ? (23)  x 2 2y 1 5z 5 3 Fique atento

P
c)  ~ 1~ 
3x 2 6y 1 15z 5 11 3x 2 6y 1 15z 5 11 0 x 2 0y 1 0z 5 2 Dividir ambos
os membros de
O sistema linear é impossível; portanto, S 5 0. uma igualdade
por 2 equivale a
1
 3x 2 2y 5 25  x 1 3y 5 2 ? (23) ? 1  x 1 3y 5 2 multiplicar por .
  1  2
d)  x 1 3y 5 2 ~ 3x 2 2y 5 25 ~  2 11y 5 211
IA
 2 x 1 4y 5 5 2x 1 4 y 5 5 1  7y 5 7
  

Esse sistema linear tem a quantidade de equações maior do que a quantidade de incógnitas (3 3 2).
As duas primeiras equações obtidas formam um sistema linear escalonado. Podemos resolver a segun-
da equação:
211y 5 211 ~ y 5 1
Esse valor y 5 1 também satisfaz a terceira equação 7y 5 7 do sistema escalonado. Então, substi-
tuímos y por 1 na primeira equação do sistema escalonado:
Fique atento
U

x 1 3 ? 1 5 2 ~ x 5 2 2 3 5 21
Logo, o sistema linear dado é possível e determinado e tem S 5 {(21, 1)}. Ao resolver a
terceira equação
do sistema linear
 x 2 2y 5 4 ? (24) ? (26)  x 2 2y 5 4
 1  escalonado
e) 4 x 2 6y 5 10 ~  2y 5 26 obtido no item e,
6 x 2 9 y 5 0 1  3y 5 224
G

  chegamos a
3y 5 224 ~
O sistema formado pelas duas primeiras equações obtidas está escalonado. ~ y 5 28.
Resolvemos a segunda equação do sistema escalonado: Não podemos ter,
simultaneamente,
2y 5 26 ~ y 5 23
y 5 23 e y 5 28.
Esse valor y 5 23 não satisfaz a terceira equação do sistema escalonado: Então, de fato, o
3 ? (23) 5 29 = 224. sistema linear é
Logo, o sistema linear é impossível e S 5 0. impossível.

 3x 2 9 y 5 6 :3  x 2 3y 5 2 ? (25) ? 2  x 2 3y 5 2
  1   x 2 3y 5 2
f)  5x 2 15y 5 10 ~  5x 2 15y 5 10 ~ 0 x 2 0y 5 0 ~ 
2 2x 1 6 y 5 24 2 2x 1 6 y 5 24 1 0 x 1 0 y 5 0  0y 5 0
  
A incógnita y é livre. Para y 5 a, com a é R, obtemos:
x 2 3a 5 2 ~ x 5 2 1 3 a
Logo, o sistema linear é possível e indeterminado, e o conjunto solução é S = {(2 1 3a, a)}, com a é R.

136
Atividades Não escreva no livro.

D
38. Escalone, classifique e resolva cada sistema linear c) Essa solução também é solução de um sistema
dado. linear homogêneo quando an 5 0? Justifique
sua resposta.
 x 1 3y 1 z 5 0
a) 3x 2 3y 1 z 5 8 d) Ao escalonar um sistema linear homogêneo 2 3 2,
 2y 1 z 5 0 obteve-se a última linha na forma an ? xn 5 0, com

L
an = 0. Como é a representação gráfica desse
 x 1 2y 1 4z 5 0
 sistema?
b) 2x 1 3y 2 z 5 0
 x 214z 5 0 e) Escalone o sistema linear homogêneo
 x 1y 1 z 5 4  x1 y 1 z50
 
2x 1 2y 1 4z 5 0 e classifique-o.

N
c) 2x 1 y 2 z 5 10
2x 2 y 2 7z 5 0  x 1 y 1 3z 5 0

 x 2 y 1 z 50

Fique atento
d)  2x 1 y 1 z 5 0
 2x 1 2y 1 5z 5 0 Para resolver os sistemas lineares relacionados aos problemas,
observe as incógnitas, os coeficientes e quais valores você

P
39. Observe a representação gráfica de um sistema linear. precisa calcular; então, escolha um dos métodos que estudou
para fazer a resolução.
y
WYM Design/Arquivo da editora

41. Na estreia de um filme, uma sessão de cinema vendeu


todos os 120 ingressos: a maioria dos ingressos foi ven-
5
dida como meia-entrada e os demais foram inteiros.

4 a) Sabendo que a receita total dessa sessão foi


IA
de R$ 2.160,00, que cada meia-entrada custa
3 R$ 15,00 e que o pacote de pipoca também custa
R$ 15,00, quantos ingressos foram vendidos como
2 meia-entrada?
P b) Altere os valores citados no item a para a receita
1 total da sessão e o custo de cada meia-entrada e
elabore e resolva um novo problema.
x
0 Sobre o assunto
U

1 2 3 4 5
O benefício da meia-entrada é garantido pela Lei
Escalone os sistemas lineares dados e verifique qual Federal n. 12 933/2013 (também conhecida como Lei
deles corresponde a essa representação gráfica. da Meia-Entrada) em atividades artístico-culturais,
esportivas, educacionais e de lazer em todo o território
2x 1 y 5 5  2x 1 y 5 5
a)  d)  nacional, para estudantes da Educação Básica e do
2x 1 y 5 2 2x 1 2y 5 2 4
G

Ensino Superior, idosos, pessoas com deficiência e


jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes. O
 2x 1 y 5 5 2x 1 y 5 5
b)  e)  pagamento do ingresso deve corresponder à metade
2 2x 2 y 525  2x 1 3y 5 2 do preço efetivamente cobrado ao público em geral.
 2x 1 y 5 5 Além disso, alguns estados e municípios têm leis regionais
c) 
2 x 1 3y 5 2 que ampliam os grupos que têm direito à meia-entrada.
Essas leis permitem maior acesso à cultura e a
40. Como em qualquer sistema linear homogêneo to-
atividades que complementam a formação estudantil,
dos os termos independentes são nulos, ao escalo-
sendo a arte, a cultura e o lazer imprescindíveis para a
ná-lo, a última linha sempre será da forma an ? xn 5 0,
educação formal.
em que an = 0 ou an 5 0.
Pensando nisso, pesquise se o município ou o estado
a) O que isso significa em termos de classificação onde você vive tem uma lei regional para esse
de um sistema homogêneo quanto ao número benefício. Busque também informações de quais
de soluções? documentos são necessários para comprovação
nacional do direito à meia-entrada e a importância
b) Descreva como é a solução de um sistema linear
desse tipo de regulamentação.
homogêneo quando an = 0.

137
Não escreva no livro.

D
42. Fisicamente, quando dois objetos colidem, a medida um problema com esses dados que seja resolvido
de velocidade de colisão é a soma das medidas de usando um sistema linear de duas ou três equações
velocidade de cada objeto se as trajetórias deles têm com duas ou três incógnitas. Peça a um colega que re-
sentido oposto, e é a diferença se as trajetórias têm solva o problema que você elaborou e, depois, confira
o mesmo sentido. Por isso, as batidas de frente entre essa resolução.
carros são tão perigosas; por exemplo, se dois carros a

L
60 km/h colidem de frente, o efeito causado é o mes- 45. Considere 156 moedas que têm ao todo meio quilo-
mo de uma batida a 120 km/h em um objeto que este- grama e totalizam R$ 34,00. Sabendo que entre elas há
ja parado, como um poste ou um muro. moedas de 1 real, que pesam 10 g cada uma, moedas
de 50 centavos, que pesam 8 g cada uma, e moedas
R2 Editorial/Arquivo da editora

de 10 centavos, que pesam 2 g cada uma, há quantas


moedas de cada valor?

N
46. O controle do fluxo de veículos nas ruas de mão
única no horário do rush no centro de uma cidade
pode ser compilado e estudado com auxílio de um
sistema linear. A imagem a seguir representa dois
Em um teste de velocidade de colisão frontal, com conjuntos de ruas de mão única que se cruzam no

P
cada veículo sempre mantendo a mesma medida de centro de uma cidade (as ruas na direção horizontal
velocidade, foram produzidos os seguintes resultados formam um conjunto e as ruas na direção vertical
em relação aos modelos veiculares A, B e C. formam outro conjunto).
• Medida de velocidade de colisão entre os veícu-
los A e B: 150 km/h. 360 248

Banco de imagens/Arquivo da editora


• Medida de velocidade de colisão entre os veículos
IA
A e C: 160 km/h.
• Medida de velocidade de colisão entre os veículos 488 A
X
D 512
B e C: 170 km/h.
Qual foi a medida de velocidade do veículo A nesses Y T
testes?
416 B Z C 480
43. Paulo vai a uma loja do shopping e lá ele se depara
com as seguintes promoções: Na compra de uma TV
mais um painel, ele pagará R$ 1.630,00; na compra
de um painel mais um sofá, ele pagará R$ 1.400,00; 384 312
U

e na compra de uma TV mais um sofá, ele pagará quantidade de carros que entram
R$ 2.470,00. quantidade de carros que saem

a) Paulo pretende comprar apenas a TV. Porém, como Atividade elaborada pelos professores Letícia M. Panciera e
não vai comprá-la em nenhuma das promoções Márcio V. Ferreira, da Unifra-RS.
com o sofá ou o painel, precisará pagar 10% a mais A média da quantidade de veículos por hora que
G

do que pagaria nessas promoções. Então, quanto entram e a média dos que saem de uma seção du-
ele vai pagar pela TV? rante o horário de rush estão informadas na imagem.
b) Escolha outro produto dessas promoções para com- A quantidade de veículos que entram tem de ser igual
prar individualmente e estabeleça a porcentagem à quantidade de veículos que saem, e as setas também
que será acrescida ao preço dele em relação às pro- estão indicadas na imagem.
moções. Registre no caderno o enunciado de um Sabendo que em T a média é de 160 veículos por hora,
problema com essas novas informações e peça a com um colega, determine a média em X, Y e Z e, co-
um colega que o resolva. nhecendo esses valores, analise as afirmações a seguir.
c) Imagine agora uma nova promoção, da compra de a) Em Z a quantidade de veículos é igual a 348.
uma TV, um painel e um sofá. Elabore um proble-
b) Na passagem de A para B temos 240 veículos.
ma para essa situação estabelecendo agora uma
porcentagem de desconto no preço total dos pro- c) Entre os cruzamentos A e B temos mais veículos do
dutos. Depois, peça a um colega que o resolva. que entre os cruzamentos B e C.

44. Pesquise os preços de três produtos, como eletrodo- d) Entre os cruzamentos D e A temos 424 veículos.
mésticos, peças do vestuário ou alimentos e elabore e) Entre B e C temos 428 veículos.

138
Não escreva no livro.

D
47. (UFG-GO) Roberto gosta de fazer caminhadas em uma zinco é de 2,0 mg. Para 100 g de feijão, é de 7 mg o
pista próxima a sua casa. Ao longo da pista existem uma teor de ferro e de 3 mg o de zinco. Sabe-se que as ne-
lanchonete, um posto médico e uma banca de revistas. cessidades diárias dos dois micronutrientes para uma
Fazendo o mesmo caminho diariamente, Roberto cons- pessoa adulta são de aproximadamente 12,25 mg de
tatou que, da lanchonete à banca de revistas, passando ferro e 10 mg de zinco.
pelo posto médico, caminhou 1 000 passos. Do posto Disponível em: http://www.embrapa.br.

L
médico à lanchonete, passando pela banca de revistas, Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
caminhou 800 passos, e da banca de revistas ao posto
médico, passando pela lanchonete, caminhou 700 pas- Considere que uma pessoa adulta deseja satisfazer
sos. Considerando que cada um dos passos de Roberto suas necessidades diárias de ferro e zinco ingerindo
mede 80 cm, qual é o comprimento da pista? apenas arroz e feijão. Suponha que seu organismo ab-

N
sorva completamente todos os micronutrientes oriun-
Sobre o assunto dos desses alimentos.
Converse com os colegas sobre a importância Na situação descrita, que quantidade a pessoa deveria
do exercício físico regular para a saúde. Juntos, comer diariamente de arroz e feijão, respectivamente?
pesquisem na internet artigos científicos sobre a
a) 58 g e 456 g. d) 375 g e 500 g.
melhoria do bem-estar decorrente da prática de

P
atividades físicas. Ao final, combine com eles a b) 200 g e 200 g. e) 400 g e 89 g.
prática de atividades físicas em equipe, tendo em c) 350 g e 100 g.
vista a saúde e a sociabilização do grupo.
50. Considere novamente a situação da atividade anterior.
Veja algumas sugestões de textos (acesso em:
15 jul. 2020). a) Represente a situação graficamente e identifique no
Saúde e atividades de lazer de jovens no Ensino plano cartesiano a resposta do problema.
IA
Médio. Disponível em: https://seer.uscs.edu.br/index. b) Ferro e zinco são minerais que devem compor a die-
php/revista_ciencias_saude/article/view/5846. ta do ser humano e a ausência deles pode causar
Atividade física: conhecimento, motivação e prática malefícios. Pesquise as funções de cada um desses
de atividade física em adolescentes. Disponível em: micronutrientes e quais são as consequências do
https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/ consumo reduzido deles em nossa alimentação.
handle/123456789/3381/TCC%20tiago%2030-12- Depois, converse com os colegas sobre o assunto e
15%20Pronto.pdf?sequence=1&isAllowed=y. analisem se a alimentação de vocês parece adequa-
da para a ingestão desses minerais.
48. Junte-se com um colega e observem a reação química
não balanceada.
Sobre o assunto
U

Ca + H3PO4 – Ca3P2O8 + H2 Para ter uma alimentação saudável, é necessário


↓ ↓ ↓ ↓ consumir, de maneira equilibrada, todos os tipos
ácido fosfato gás de nutriente dos alimentos, pois cada um deles
cálcio fólico de cálcio hidrogênio
exerce um papel fundamental para a saúde, além de
Essa equação pode ser balanceada fazendo x ? Ca 1 consumir fibras e água. Os nutrientes dos alimentos
G

1 y ? H3PO4 ñ z ? Ca3P2O8 1 w ? H2, o que fica repre- podem ser classificados em macro e micro: água,
carboidratos, gorduras e proteínas são exemplos de
 x 5 3z macronutrientes; além dos minerais, as vitaminas
3y 5 2w
sentado pelo sistema linear  . também são exemplos de micronutrientes.
 y 5 2z Para aprender mais sobre alimentação saudável e a
4 y 5 8z
função e importância dos micro e macronutrientes, das
a) Resolvam juntos esse sistema linear. fibras e da água, consulte os documentos sugeridos a
seguir (acesso em: 7 ago. 2020). Depois, avalie se sua
b) Determinem a menor quantidade inteira de átomos
alimentação está de acordo com as recomendações.
de cálcio Ca, de hidrogênio H, de fósforo P e de oxi-
Alimentação saudável. Disponível em: http://bvsms.
gênio O com a qual ocorre o balanceamento dessa
saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_saudavel.pdf.
equação.
Os alimentos: calorias, macronutrientes e
49. (Enem) Algumas pesquisas estão sendo desenvolvidas micronutrientes. Disponível em: https://crn5.org.
para se obter arroz e feijão com maiores teores de ferro br/wp-content/uploads/2013/05/Manual-Calorias-
e zinco e tolerantes à seca. Em média, para cada 100 g Macronutrientes-e-Micronutrientes.pdf.
de arroz cozido, o teor de ferro é de 1,5 mg e o de

139
Não escreva no livro.

D
51. Em uma pequena gráfica, os tubos de tinta de cada cor 52. Em uma padaria, Marcos comprou 2 sonhos, 3 emba-
são comprados mensalmente de acordo com o uso. As lagens de 100 g de queijo muçarela e 4 embalagens
tabelas a seguir mostram as quantidades e os preços de 100 g de presunto e pagou R$ 21,70 por essa com-
totais pagos pelos tubos de tinta nos primeiros meses pra, no cartão de débito. Na mesma padaria, Letícia
do ano. comprou 3 sonhos, 2 embalagens de queijo muçare-
la (iguais às de Marcos) e 1 embalagem de presunto

L
Quantidade de tubos de tinta no primeiro (também igual às de Marcos), pagando um total de
trimestre R$ 18,30 com uma nota de R$ 20,00. Quanto custa
Cor/Valor 1 sonho, 1 embalagem de 100 g de queijo muçarela
Ciano Magenta Amarelo Valor e 1 embalagem de 100 g de presunto nessa padaria?
Mês
R$ 132,00
53. (Enem) Uma pessoa encheu o cartão de memória de

N
Janeiro 2 2 3
sua câmera duas vezes, somente com vídeos e fotos.
Fevereiro 1 2 1 R$ 73,00 Na primeira vez, conseguiu armazenar 10 minutos de
Março 2 1 1 R$ 75,00 vídeo e 190 fotos. Já na segunda, foi possível realizar
15 minutos de vídeo e tirar 150 fotos. Todos os vídeos
possuem a mesma qualidade de imagem entre si, as-
Gasto com tubos de tinta no primeiro trimestre
sim como todas as fotos. Agora, essa pessoa deseja

P
Mês Gasto armazenar nesse cartão de memória exclusivamente
Janeiro R$ 132,00
fotos, com a mesma qualidade das anteriores.
Disponível em: www.techlider.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
Fevereiro R$ 73,00
O número máximo de fotos que ela poderá armazenar é:
Março R$ 75,00
a) 200. c) 270. e) 475.
IA
Tabelas elaboradas para fins didáticos.
b) 209. d) 340.

Qual foi o valor gasto, em reais, na compra de um tubo 54. Para formar certa quantia, podemos fazer uso de um
de tinta de cada cor? ou mais tipos de cédula, como na suposição seguinte:
Um comerciante tem no caixa R$ 400,00, apenas em
Sobre o assunto cédulas de 2, 5 e 10 reais, totalizando 56 cédulas.

As cores ciano, magenta e amarelo citadas nesta

Fotos: Reprodução/Casa da Moeda do


Brasil/Ministério da Fazenda
atividade são as cores primárias utilizadas por
sistemas de cores para impressão, além do preto;
U

esse sistema de cores é conhecido como CMYK (do


inglês cyan, magenta, yellow e black). Já o sistema
de cores RGB (do inglês red, green e blue), formado
pelas cores vermelha, verde e azul, é utilizado em
televisores e monitores.
Converse com os colegas e pesquisem o porquê
a) Se a quantidade de cédulas de 10 reais é o triplo
G

dessas escolhas de cores nos diferentes sistemas,


das de 2 reais, então quantas cédulas de 5 reais há
e não a utilização das cores primárias vermelho,
no caixa?
amarelo e azul. Veja a seguir uma sugestão de texto
sobre o assunto. b) Elabore outra pergunta para essa situação.
Círculo cromático: por que as cores da minha c) Elabore outra relação entre as quantidades de cé-
impressora não são as cores primárias? Disponível dulas de cada tipo no caixa do comerciante e re-
em: https://www.tecmundo.com.br/arte/9186-circulo- gistre no caderno um novo enunciado para esse
cromatico-por-que-as-cores-da-minha-impressora-nao- problema. Depois, dê para um colega resolver o
sao-as-cores-primarias-.htm. Acesso em: 13 jul. 2020. problema que você criou enquanto você resolve o
problema dele.
Ilustrações: WYM Design/
Arquivo da editora

C M R 55. Retome os contextos das atividades que você resolveu


K envolvendo sistemas lineares. Elabore um novo pro-
blema que possa ser respondido resolvendo um sis-
G B
Y tema linear 2 3 2 ou 3 3 3. Depois, peça a um colega
que resolva esse problema enquanto você resolve o
que ele criou.

140
Sistemas lineares, matrizes e determinantes

D
Agora vamos estudar conceitos iniciais do determinante de matrizes 2 3 2 e de matrizes 3 3 3, ou seja, de
matrizes quadradas de ordem 2 e de ordem 3, aprendendo a determiná-los usando regras práticas. Depois, estu-
daremos a aplicação dos determinantes para classificar alguns sistemas lineares sem a necessidade de resolvê-los.

L
Determinante de ordem 2
Vamos analisar primeiramente a solução do seguinte sistema linear 2 3 2:
a1 ? x 1 b1 ? y 5 c1

a2 ? x 1 b2 ? y 5 c 2

N
c1 2 b1 ? y
Isolando x na primeira equação a1 ? x 1 b1 ? y 5 c1 do sistema, obtemos: x 5
a1
Substituindo a expressão encontrada para x na segunda equação a2 ? x 1b2 ? y 5 c2, obtemos:
 c 1 2 b1 ? y 
a2 ?   1 b2 ? y 5 c2 ~ a2 ? c1 2 b1 ? a2 ? y 1 a1 ? b2 ? y 5 a1 ? c2 ~
 a1

P
~ (a1 ? b2 2 b1 ? a2)y 5 a1 ? c2 2 a2 ? c1
Para que exista um único valor de y que satisfaça essa igualdade, é necessário que a1 ? b2 2 b1 ? a2 não
seja nulo. Existindo um único valor de y, existirá um único valor de x, e o sistema linear terá solução (será
possível e determinado).
Esse número pode ser obtido de modo mais fácil efetuando operações que envolvem os elementos da matriz
IA
dos coeficientes do sistema linear, ou seja, da matriz formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema.
a1 ? x 1 b1 ? y 5 c1  a1 b1 
Por exemplo, para o sistema linear  dado, a matriz dos coeficientes é  .
a2 ? x 1 b2 ? y 5 c 2  a2 b2 
Se fizermos o produto dos elementos a1 e b2 da diagonal principal menos o produto dos elementos b1 e a2
da diagonal secundária, obtemos exatamente a1 ? b2 2 b1 ? a2.
O valor de a1 ? b2 2 b1 ? a2 é definido como o determinante da matriz de ordem 2. Quando sabemos o
determinante, sabemos de antemão se o sistema linear 2 3 2 é possível e determinado ou não, sem resolvê-lo.
U

Como a matriz relacionada a esse sistema é quadrada de ordem 2, o determinante é dito de ordem 2.

 a1 b1 
Assim, dada a matriz quadrada A 5   , de ordem 2, indicamos o determinante dessa matriz por:
 a2 b2 
Fique atento
G

a1 b1
É errado escrever
det A 5 a b 5 a1 ? b2 2 b1 ? a2
2 2  6 3 
  5 230,
 2 −4 
6 x 1 3 y 5 0 pois 230 não é o
Por exemplo, dado o sistema linear  , a matriz dos coeficientes é
2 x 2 4 y 5 5 valor da matriz, é o
determinante dela.
 6 3  O correto é escrever
A5   e o determinante dessa matriz é:
 2 24  det A 5 230 ou
6 3
6 3 5 230.
det A 5 5 6 ? (24) 2 3 ? 2 5 224 2 6 5 230 2 24
2 24
Então, mesmo sem resolver o sistema dado, sabemos que ele é possível e determinado (det A = 0).

O determinante de uma matriz quadrada de ordem n é um número real associado a ela.


Toda matriz quadrada tem determinante.

141
Determinante de ordem 3

D
De maneira análoga, vamos analisar a solução do seguinte sistema linear 3 3 3:
a1x 1 b1y 1 c1z 5 d1

a2 x 1 b2 y 1 c 2z 5 d 2
a3 x 1 b3 y 1 c 3z 5 d 3

L
 a1 b1 c1 
 
A matriz dos coeficientes desse sistema linear é  a2 b2 c 2  , que é uma matriz quadrada de ordem 3.
 a3 b3 c 3 

N
Fazendo as operações adequadas no sistema, obtemos a seguinte equação na incógnita z:
(a1 ? b2 ? c3 1 b1 ? c2 ? a3 1 c1 ? a2 ? b3 2 c1 ? b2 ? a3 2 a1 ? c2 ? b3 2 b1 ? a2 ? c3) z 5
5 (a1 ? b2 ? d3 1 b1 ? d2 ? a3 1 d1 ? a2 ? b3 2 d1 ? b2 ? a3 2 a1 ? d2 ? b3 2 b1 ? a2 ? d3)
Da mesma maneira que na equação obtida no sistema linear 2 3 2, para que exista um único valor de z,
é necessário que a1 ? b2 ? c3 1 b1 ? c2 ? a3 1 c1 ? a2 ? b3 2 c1 ? b2 ? a3 2 a1 ? c2 ? b3 2 b1 ? a2 ? c3 não seja

P
nulo. Então, o valor de a1 ? b2 ? c3 1 b1 ? c2 ? a3 1 c1 ? a2 ? b3 2 c1 ? b2 ? a3 2 a1 ? c2 ? b3 2 b1 ? a2 ? c3 é o
determinante da matriz de ordem 3, e, quando sabemos o valor desse determinante, sabemos se o sis-
tema linear 3 3 3 é possível e determinado ou não, sem resolvê-lo.
 a1 b1 c1 
 
Assim, dada a matriz quadrada A 5  a2 b2 c 2  , de ordem 3, indicamos o determinante dessa matriz por:
IA
 a3 b3 c 3 

a1 b1 c1
det A 5 a2 b2 c 2 5 a1 ? b2 ? c3 1 b1 ? c2 ? a3 1 c1 ? a2 ? b3 2 c1 ? b2 ? a3 2 a1 ? c2 ? b3 2 b1 ? a2 ? c3
a3 b3 c 3

Fique atento
U

Podemos obter esses seis produtos do determinante de ordem 3 de uma maneira


prática, conhecida como regra de Sarrus. Quando dizemos
determinante de
ordem n, estamos
Reprodução/Biblioteca da Universidade de Estrasburgo, França.

nos referindo ao
determinante
G

de uma matriz
quadrada de
ordem n.

Méthode d’élimination par le plus grand


commun diviseur, de Pierre Frédéric Sarrus
(1. ed. Paris: Bachelier, 1834). O matemático
francês Pierre Frédéric Sarrus (1798-1861)
é autor de várias obras na área e ficou
particularmente conhecido por desenvolver
uma regra prática para calcular o valor de
determinantes de uma matriz quadrada de
ordem 3, regra esta que recebeu o nome dele.

142
Acompanhe o passo a passo.

D
• Repetimos as duas primeiras colunas à direita da matriz e efetuamos as seis multi-
plicações, como indicado a seguir.
1
1
1

L
a1 b1 c1 a1 b1
a2 b2 c 2 a2 b2
a3 b3 c 3 a3 b3
2c1 ? b2 ? a3 c1 ? a2 ? b3
2a1 ? c2 ? b3 b1 ? c2 ? a3

N
2b1 ? a2 ? c3 a1 ? b2 ? c3

• Os produtos obtidos na direção da diagonal principal permanecem com o mesmo


sinal e os produtos obtidos na direção da diagonal secundária mudam de sinal.

P
O determinante é a soma dos valores assim obtidos.

 3 x 1 y 1 5z 5 9

Por exemplo, para o sistema linear  2x 2 2z 5 0 , a matriz dos coeficientes
2x 1 4y 2 3z 5 0

 3 1 5 
é A 5  2 0 22  . Para calcular o determinante dessa matriz, podemos aplicar a
IA
 21 4 23 

regra de Sarrus. Fique atento


Os três produtos
3 1 5 3 1 obtidos na direção
2 0 22 2 0 da diagonal
secundária já estão
21 4 23 21 4 com o sinal trocado.
U

0124 16 0 12 140

Portanto, det A 5 0 1 2 1 40 1 0 1 24 1 6 5 72 e, mesmo sem resolver o sistema


dado, sabemos que ele é possível e determinado (det A = 0).
G

Atividades resolvidas

 2 x   1 21 0 
2. Dadas as matrizes quadradas A 5   e B 5  2 3 x  , determine o valor de x para que tenhamos
 3 9  
 21 2 1 
det A 5 det B.

Resolu•‹o • A é uma matriz quadrada de ordem 2 tal que: det A 5 2 ? 9 2 3x 5 18 2 3x


• B é uma matriz quadrada de ordem 3, cujo determinante pode ser calculado
1 21 0 1 21 aplicando a regra de Sarrus: det B 5 3 1 x 1 0 1 0 2 2x 1 2 5 2x 1 5
2 3 x 2 3 Então:
det A 5 det B ~ 18 2 3x 5 2x 1 5 ~ 23x 1 x 5 5 2 18 ~ 22x 5 213 ~
21 2 1 21 2
13
~ 2x 5 13 ~ x 5
0 22x 12 13 1x 0 2
13
Logo, x 5 .
2

143
Atividades Não escreva no livro.

D
56. Calcule o valor de cada determinante.

b) 23 28 a b
6 2 6 10
a) c) d)
4 3 1 2 3 5 a1b a1b

L
57. Aplicando a regra de Sarrus, calcule o valor de cada determinante de ordem 3.

3 2 21 2 1 22 a 0 0 3 5 21
a) 5 0 4 b) 3 21 0 c) 0 b a d) 0 4 2
2 23 1 4 1 23 0 1 1 0 0 22

N
cos x 2sen x
58. (Ifal) O valor do determinante é:
sen x cos x

a) 1. b) cos 2x. c) sen 2x. d) tg 2x. e) cos2 x 2 sen2 x.

P
 1 −1 1 
59. (EEAR-SP) Para que o determinante da matriz  1 0 b  seja 3, o valor de b deve ser igual a:
 
 1 2 1 
a) 2. b) 0. c) 21. d) 22.
IA
Discussão de um sistema linear não escalonado
Quando não conhecemos todos os coeficientes ou termos independentes de um
sistema linear, podemos fazer uma análise dos valores desses termos para os quais o
sistema é possível e determinado, possível e indeterminado ou impossível. Quando
fazemos isso, dizemos que é feita uma discussão do sistema linear em função dos
valores não conhecidos.
A discussão de um sistema linear não escalonado, cuja quantidade de equações é
U

igual à quantidade de incógnitas, pode ser feita pelo determinante da matriz dos coefi-
cientes do sistema, auxiliada pelo escalonamento.
a1x 1 b1y 5 c1
Consideremos o sistema linear a x 1 b y 5 c não escalonado.
 2 2 2

a1 b1
G

Seja D 5 o determinante da matriz dos coeficientes do sistema linear.


a2 b2 Fique atento
• Se D = 0, então o sistema é possível e determinado. Se o sistema
linear já estivesse
• Se D 5 0, então o sistema é impossível ou é possível e indeterminado. escalonado, bastaria
Para o caso de D 5 0, podemos escalonar o sistema linear e, observando a última observar a última
linha obtida, classificar o sistema em impossível ou em possível e indeterminado. linha e classificá-lo.

Atividades resolvidas
 x 1 ky 5 1
3. Discuta o sistema linear  em função de k.
 x 1 2y 5 3
Resolu•‹o

Vamos discutir o sistema em função de k pois não conhecemos o valor desse coeficiente.
Calculamos o determinante da matriz dos coeficientes:

144
1 k

D
D5 522k
1 2

• Se D = 0, ou seja, 2 2 k = 0 ~ k = 2, então o sistema é possível e determinado.


• Se D 5 0, ou seja, 2 2 k 5 0 ~ k 5 2, então o sistema pode ser impossível ou possível e indeterminado.
Substituímos k por 2 no sistema e o escalonamos.

L
 x 1 2y 5 1 ? (21)  x 1 2y 5 1
 ~ 
 x 1 2y 5 3 1  0y 5 2

Da equação 0y 5 2, concluímos que o sistema é impossível neste caso.


Portanto:

N
• para k = 2, o sistema linear é possível e determinado;
• para k 5 2, o sistema linear é impossível.

 x 2 2y 1 kz 5 1
4. Discuta o sistema linear  x 2 y 2 z 5 2 em função de k e de w.
2 x 1 2y 2 2z 5 w

P
Resolu•‹o

Vamos discutir o sistema em função do coeficiente k e do termo independente w, cujos valores não conhecemos.

1 22 k
D5 1 21 21 5k22
IA
21 2 22

• Se D = 0, ou seja, k 2 2 = 0 ~ k = 2, então o sistema é possível e determinado.


• Se D 5 0, ou seja, k 2 2 5 0 ~ k 5 2, então o sistema pode ser impossível ou possível e indeterminado.
Substituindo k por 2 no sistema e o escalonando, obtemos:

 x 2 2 y 1 2z 5 1 1  x 2 2 y 1 2z 5 1 1  x 2 2 y 1 2z 5 1
  
 x2 y 2 z52 ? (21) ~  y 2 3z 5 1 ~  y 2 3z 5 1
2x 1 2y 2 2z 5 w 2x 1 2y 2 2z 5 w  0z 5 w 1 1

U

• Se w 1 1 5 0, ou seja, se w 5 21, então o sistema é possível e indeterminado. Senão, w 1 1 = 0, ou seja,


se w = 21, e o sistema é impossível.
Portanto:
• para k = 2, temos um sistema linear possível e determinado;
G

• para k 5 2 e w 5 21, temos um sistema linear possível e indeterminado;


• para k 5 2 e w = 21, temos um sistema linear impossível.

Atividades Não escreva no livro.

60. Discuta cada sistema linear em função dos coeficientes e termos independentes desconhecidos.
 x1 y1 z53
 2x 1 y 5 3 
a)  b)  x 1 2y 1 3z 5 6
mx 2 8y 5 6  2x 1 3y 1 4z 5 k

2x 1 3y 2 4z 5 1

61. Com um colega, calcule os valores de k e w para que o sistema linear 3x 1 4y 1 3z 5 w seja impossível.
5x 1 7y 1 kz 5 8

145
Vestibulares e Enem

D
1. (Enem) A transferência eletrônica disponível (TED) é

Reprodução/Fatec-SP, 2017.
uma transação financeira de valores entre diferentes
bancos. Um economista decide analisar os valores
enviados por meio de TEDs entre cinco bancos (1, 2,

L
3, 4 e 5) durante um mês. Para isso, ele dispõe esses
valores em uma matriz A 5 [aij], em que 1 , i , 5 e
1 , j , 5, e o elemento aij corresponde ao total pro-
veniente das operações feitas via TED, em milhão de
real, transferidos do banco i para o banco j durante o
A matriz numérica correspondente às cores da figura
mês. Observe que os elementos aij 5 0, uma vez que

N
apresentada é dada por:
TED é uma transferência entre bancos distintos. Esta é
a matriz obtida para essa análise:  255 0 127 0 255 
   
0 2 0 2 2  0 127 0 255 0 
 
 0 0 2 1 0   127 0 255 0 127 
A5    
1 2 0 1 1  0 255 0 127 0 

P
 
 0 2 2 0 0   255 0 127 0 255 
 3 0 1 1 0 
Uma matriz M 5 (aij), quadrada de ordem 5, em que i
Com base nessas informações, o banco que transferiu representa o número da linha e j representa o número
a maior quantia via TED é o banco: da coluna, é definida da seguinte forma:
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. 0, se i 5 j

IA
2. (Ifsul-RS) A temperatura da cidade de Porto Ale- aij 5 127, se i > j
255, se i < j
gre – RS foi medida, em graus Celsius, três vezes 
ao dia, durante 6 dias. Cada elemento aij da matriz A matriz M corresponde a uma matriz de cores em es-
 9,4 8,1 12,4 15,7 13 11,7  cala de cinza, descrita pelo texto, em uma tela.
 
A 5  12,2 10,5 15 18,2 14,2 13,1  corres- Sobre essa matriz de cores, pode-se afirmar que ela:
 15,7 13,2 17,5 21 16,3 18,5 
  a) terá o mesmo número de pixels brancos e cinzas.
ponde à temperatura observada no tempo i do dia j. b) terá o mesmo número de pixels brancos e pretos.
Com base nos dados da matriz A, analise as seguintes c) terá o mesmo número de pixels pretos e cinzas.
U

proposições.
d) terá uma diagonal com cinco pixels brancos.
I. A temperatura mínima registrada está na posição a12.
e) terá uma diagonal com cinco pixels cinzas.
II. A maior variação de temperatura registrada entre os
tempos 1 e 2 aconteceu no primeiro dia. 4. (UEL-PR) Conforme dados da Agência Nacional de
III. A temperatura máxima registrada está na posição a34. Aviação Civil (Anac), no Brasil, existem 720 aeródro-
mos públicos e 1 814 aeródromos privados certifica-
G

Estão corretas as afirmativas:


dos. Os programas computacionais utilizados para
a) I e III apenas. c) II e III apenas. gerenciar o tráfego aéreo representam a malha aérea
b) I e II apenas. d) I, II e III. por meio de matrizes. Considere a malha aérea entre
quatro cidades com aeroportos por meio de uma ma-
3. (Fatec-SP) Uma tela de computador pode ser repre- triz. Sejam as cidades A, B, C e D indexadas nas linhas
sentada por uma matriz de cores, de forma que cada e colunas da matriz 4 3 4 dada a seguir. Coloca-se 1 na
elemento da matriz corresponda a um 1pixel na tela. posição X e Y da matriz 4 3 4 se as cidades X e Y pos-
Numa tela em escala de cinza, por exemplo, pode- suem conexão aérea direta, caso contrário coloca-se 0.
mos atribuir 256 cores diferentes para cada pixel, do A diagonal principal, que corresponde à posição
preto absoluto (código da cor: 0) passando pelo cinza X 5 Y, foi preenchida com 1.
intermediário (código da cor: 127) ao branco absoluto
(código da cor: 255). A B C D
A  1 0 0 1
 1 
1
Menor elemento em uma tela ao qual é possível atribuir-se uma cor.
B  0 1 1
C  0 1 1 0
Suponha que na figura estejam representados 25 pixels
D  1 1 0 1 
de uma tela.

146
Não escreva no livro.

Considerando que, no trajeto, o avião não pode pou- 8. (IFRS) Um jogador, ao final de um jogo, marcou 32 arre-

D
sar duas ou mais vezes em uma mesma cidade nem messos e acumulou 83 pontos. Considerando que cada
voltar para a cidade de origem, [indique no caderno] a arremesso certo vale 4 pontos e cada errado perde meio
alternativa correta. ponto, quantos arremessos certos fez este jogador?
a) Pode-se ir da cidade A até B passando por outras a) 25 c) 15 e) 10
cidades.
b) 22 d) 12

L
b) Pode-se ir da cidade D até B passando por outras
9. (Fuvest-SP) Uma agência de turismo vendeu um to-
cidades.
tal de 78 passagens para os destinos: Lisboa, Paris e
c) Pode-se ir diretamente da cidade D até C. Roma. Sabe-se que o número de passagens vendidas
d) Existem dois diferentes caminhos entre as cidades para Paris foi o dobro do número de passagens vendi-
A e B. das para os outros dois destinos conjuntamente. Sabe-

N
-se também que, para Roma, foram vendidas duas pas-
e) Existem dois diferentes caminhos entre as cidades
sagens a mais que a metade das vendidas para Lisboa.
A e C.
Qual foi o total de passagens vendidas, conjuntamen-
5. (Unifacs-BA) As imagens vistas em uma página na te, para Paris e Roma?
internet, assim como fotos tiradas com máquinas di-
a) 26 c) 42 e) 68
gitais, podem ser representadas usando-se matrizes.

P
Uma imagem, em preto e branco, pode ser repre- b) 38 d) 62
sentada por uma matriz cujos termos são os números 10. (ESPM-SP) Se Paulo comprar 2 cadernos, 5 canetas e
0 e 1, especificando a cor do pixel: 0 indica a cor 3 lápis, irá gastar R$ 50,00. Se comprar apenas 3 ca-
preta e 1, a cor branca. dernos e 2 lápis, irá gastar R$ 40,00. Então, o preço
Reprodução/Unifacs-BA, 2011.

que ele pagaria por 3 canetas e 1 lápis seria:


a) R$ 18,00. c) R$ 20,00. e) R$ 14,00.
IA
b) R$ 23,00. d) R$ 16,00.
11. (Cefet-MG) Considere duas situações distintas de
equilíbrio entre os pratos de uma mesma balança,
Considerando-se a figura e sua representação matri-
em que foram pesados um mesmo saco de cenouras
cial, é correto afirmar que a matriz B 5 (bij), em que
e um mesmo saco de batatas, conforme representa-
(bij) 5 (a(6 2 j)i) representa a figura:
dos abaixo.

Reprodução/Cefet-MG, 2019.
a) d) B
1
kg 2kg 800g 2,2kg 5kg 5kg
5
4
kg 2kg
3
4
kg
U

C 4
Ilustrações: Reprodução/Unifacs-BA, 2011.

Situação 1
b)
3 1 1
5,5kg kg kg kg 8 1 kg
B 2 2 2 4
C
G

c) e)
Situação 2

C
A razão entre o peso do saco de cenouras (C) e o
B
peso do saco de batatas (B) é:
6. (EEAR-SP) Para que o determinante da matriz
37 3 13
 1 21 1  a) 1. b) . c) . d) .
  61 5 22
 1 0 b  seja 3, o valor de b deve ser igual a:
 1 2 1  12. (Unioeste-PR) José precisa pesar três peças de metal A,
  B e C. Mas, a balança que ele dispõe não é precisa para
a) 2. b) 0. c) 21. d) 22. pesos menores do que 1 kg. José decide então pesar as
peças de duas em duas. A e B juntas pesam 1 600 g, B e
x y
7. (Feevale-RS) Sendo 5 6, o valor de C juntas pesam 1 400 g e A e C juntas pesam 1 700 g.
1 1
3x 1 1 8 Nestas condições, qual o peso da peça mais leve?
é:
3y 1 1 8 a) 550 g c) 700 g e) 1 400 g
a) 6 b) 8 c) 24 d) 128 e) 144 b) 650 g d) 950 g

147
Tabela de razões trigonométricas

D
Medida Medida
seno cosseno tangente seno cosseno tangente
de abertura de abertura

1° 0,017 1,000 0,017 46° 0,719 0,695 1,036


2° 0,035 0,999 0,035 47° 0,731 0,682 1,072

L
3° 0,052 0,999 0,052 48° 0,743 0,669 1,111
4° 0,070 0,998 0,070 49° 0,755 0,656 1,150
5° 0,087 0,996 0,087 50° 0,766 0,643 1,192

6° 0,105 0,995 0,105 51° 0,777 0,629 1,235

N
7° 0,122 0,993 0,123 52° 0,788 0,616 1,280
8° 0,139 0,990 0,141 53° 0,799 0,602 1,327
9° 0,156 0,988 0,158 54° 0,809 0,588 1,376
10° 0,174 0,985 0,176 55° 0,819 0,574 1,428

11° 0,191 0,982 0,194 56° 0,829 0,559 1,483

P
12° 0,208 0,978 0,213 57° 0,839 0,545 1,540
13° 0,225 0,974 0,231 58° 0,848 0,530 1,600
14° 0,242 0,970 0,249 59° 0,857 0,515 1,664
15° 0,259 0,966 0,268 60° 0,866 0,500 1,732

16° 0,276 0,961 0,287 61° 0,875 0,485 1,804


17° 0,292 0,956 0,306 62° 0,883 0,469 1,881
IA
18° 0,309 0,951 0,325 63° 0,891 0,454 1,963
19° 0,326 0,946 0,344 64° 0,899 0,438 2,050
20° 0,342 0,940 0,364 65° 0,906 0,423 2,145

21° 0,358 0,934 0,384 66° 0,914 0,407 2,246


22° 0,375 0,927 0,404 67° 0,921 0,391 2,356
23° 0,391 0,921 0,424 68° 0,927 0,375 2,475
24° 0,407 0,914 0,445 69° 0,934 0,358 2,605
25° 0,423 0,906 0,466 70° 0,940 0,342 2,747
U

26° 0,438 0,899 0,488 71° 0,946 0,326 2,904


27° 0,454 0,891 0,510 72° 0,951 0,309 3,078
28° 0,469 0,883 0,532 73° 0,956 0,292 3,271
29° 0,485 0,875 0,554 74° 0,961 0,276 3,487
30° 0,500 0,866 0,577 75° 0,966 0,259 3,732
G

31° 0,515 0,857 0,601 76° 0,970 0,242 4,011


32° 0,530 0,848 0,625 77° 0,974 0,225 4,332
33° 0,545 0,839 0,649 78° 0,978 0,208 4,705
34° 0,559 0,829 0,675 79° 0,982 0,191 5,145
35° 0,574 0,819 0,700 80° 0,985 0,174 5,671

36° 0,588 0,809 0,727 81° 0,988 0,156 6,314


37° 0,602 0,799 0,754 82° 0,990 0,139 7,115
38° 0,616 0,788 0,781 83° 0,993 0,122 8,144
39° 0,629 0,777 0,810 84° 0,995 0,105 9,514
40° 0,643 0,766 0,839 85° 0,996 0,087 11,430

41° 0,656 0,755 0,869 86° 0,998 0,070 14,301


42° 0,669 0,743 0,900 87° 0,999 0,052 19,081
43° 0,682 0,731 0,933 88° 0,999 0,035 28,636
44° 0,695 0,719 0,966 89° 1,000 0,017 57,290
45° 0,707 0,707 1,000

148
Respostas

D
Capítulo 1: Trigonometria 27. tan a 5 15
Atividades 2 2
28.a) sen 45° 5 ; cos 45° 5 e tan 45° 5 1.
1. Exemplo de resposta: De acordo com o historiador e filósofo grego 2 2
Plutarco, Tales utilizou semelhança de triângulos para calcular, com 1 3 3
o auxílio de uma estaca, a medida de comprimento da altura de b) sen 30° 5 ; cos 30° 5 e tan 30° 5 .
2 2 3
uma pirâmide. Como os raios do Sol podem ser considerados pa-

L
ralelos, as medidas de comprimento das sombras da pirâmide e da 3 1
c) sen 60° 5 ; cos 60° 5 e tan 60° 5 3 .
estaca são proporcionais às medidas de comprimento das alturas 2 2
delas. Assim, conhecendo a medida de comprimento da altura da d) Medida de abertura sen cos tan
estaca, Tales a fincou na areia, perpendicularmente ao solo, mediu
os comprimentos das sombras da pirâmide e da estaca em deter-
1 3 3
minado horário do dia e estabeleceu a seguinte proporção: 30°
2 2 3

N
medida de comprimento da altura da pirâmide
5
medida de comprimento da sombra da pirâmide
2 2
45° 1
medida de comprimento da altura da estaca 2 2
5
medida de comprimento da sombra da estaca
3 1
Usando essa proporção, ele obteve a medida de comprimento da 60° 3
2 2
altura da pirâmide.

P
2. Em um triângulo isósceles, os ângulos internos da base são con-
$ àC
gruentes; assim: B µ e E$ à F$ . Mas, como B
$ à E$ , temos também e) Medida de abertura sen cos tan
que Cµ à F$ . Logo, pelo caso AA de semelhança de triângulos, os
triângulos ABC e DEF são semelhantes. 30° 0,5 0,866 0,577
3. x 5 9,6 cm
45° 0,707 0,707 1
4. a) Sim. k 5 1 (ou seja, são também congruentes).
1 60°
b) Sim. k 5 . 0,866 0,5 1,732
3
c) 36 cm de medida de comprimento da largura e 4,5 cm de medi-
IA
29. Respostas pessoais. 31. Sim.
da de comprimento da altura.
30. Resposta esperada: Sim. 32. Respostas pessoais.
5. 305 cm ou 3,05 m.
6. 480 cm ou 4,8 m. 1 3 3
33.a) sen b 5 , cos b 5 e tan b 5 . b 5 30°.
7. a) Respostas pessoais. b) Resposta pessoal. 2 2 3
8. 24 m b) sen b 5
3 4 3
, cos b 5 e tan b 5 . b â 37°.
9. 16 m 5 5 4
36 27 48 34.a) x â 8,51 dm b) x 5 13,23 m e y â 12,44 m.
10. x 5 9, y 5 ,w 5 ez 5 .
5 5 5 35.a) 8 m
11. b 5 10 3 , c 5 10 e h 5 5 3 . b) 30°
36. (150 1 50 3) m ou aproximadamente 236,6 m.
3 14
12. c 5 , r 5 5, x 5 1,4 e y 5 3,6. 100 3 
U

5 37.  1 1,70 m ou aproximadamente 59,4 m.


13. 6 cm e 8 cm.  3 
14.10 41 km ou aproximadamente 64 km. 38. Aproximadamente 188 unidades de comprimento.
15. Alternativa d. 39.a) Aproximadamente 5,052 m. b) Maior. Resposta pessoal.
16. Aproximadamente 211,5 pm. 40. Aproximadamente 22 m.
17. Alternativa c. 41. Aproximadamente 50,4 m.
18. Alternativa e. 6
42. nB 5 ou nB â 1,225.
G

19. Resposta pessoal. 2


20.a)
3
b)
4
c)
3
d)
4
e)
3
f)
4 43. Resposta pessoal.
5 5 4 5 5 3
21. Sim. 2
44.a) ou aproximadamente 0,707.
2
22.a) 90°
z y z y z 2
b) sen b 5 , cos b 5 , tan b 5 , sen u 5 , cos u 5 e b) 2 ou aproximadamente 20,707.
x x y x x 2
y 1
tan u 5 . c) ou 0,5.
z 2
µ5 11 µ 5 5 e tan G
µ5 11 3
23.a) sen G , cos G . d) 2 ou aproximadamente 20,866.
6 6 5 2
b) EG 5 25 cm e EF 5 5 11 cm. 45.a) 0 b) 0
46.a) x 5 100 2 ou x â 141,42.
c) • 1 • 5 11 •1 • 11 b) x 5 2 3 ou x â 3,46.
11 5
c) x 5 5 3 ou x â 8,66.
5 5 d) x 5 4 2 ou x â 5,66.
24.a) sen a 5 e tan a 5 . b) x 5 13
13 12
47. a 5 2 ou a â 1,41.
10 48.a) Aproximadamente 28,28 m.
25. sen a 5
10 b) Exemplos de resposta: Sim, se o item a foi resolvido com a lei
3 dos senos. Ou não, se o item a foi resolvido com o teorema de
26. cos a 5 Pitágoras. Aproximadamente 31,1 m.
5

149
7p 11p
49.a) x 5 7 c) x 5 1 2kp ou x 5 1 2kp, com k é Z.

D
6 6
b) x 5 7 d) x 5 kp, com k é Z.
c) Não é possível calcular o valor de x apenas com as medidas dadas.  3p  2  3p  2
81.a) F(p) 5 0; G(p) 5 21; F 2  5 2 ; G 2  5 2 .
50. a 5 3 58. Resposta pessoal.  4 2  4 2
p 5p
51. c 5 4 59. Aproximadamente 5,459 km. b) x 5 ou x 5 .
4 4
1 c) Não existe, porque nesse intervalo sen x > 0 e cos x < 0.
52. cos a 5 60. Aproximadamente 111,6 km.
9
(p2 ) = 0 (p6 ) 5

L
53. 14 cm 61. Alternativa d. 3
82.a) F c) F e) Im(G) 5 [0, 2]
2
54. a 5 2 17 62. Alternativa a.
b) G(p) 5 2 d) D(G) 5 R
55. 2 39 cm e 2 109 cm. 63.a) Aproximadamente 176 km.
3 7 83.a) y
56. sen a 5 b) Aproximadamente 131 km.

WYM Design/Arquivo da editora


8 1
57. a 5 62°, x â 4,13 e y â 4,76. 64. Aproximadamente 4,09 m. F(x) 5 cos 3x

N
p 5p
65.a) rad c) rad e) 30° g) 225°
4 3 x
7p 3p 0 p p p 2p p
b) rad d) rad f) 150° h) 240°
6 4 6 3 2 3
66. 5 rad 21
p 2p

P
67. cm ou aproximadamente 1,57 cm. D(F) 5 R; lm(F) 5 [21, 1]; p 5 ; amplitude 2.
2 3
2p
68.a) 1,2 rad b) rad b) y
3
69. 5p cm ou aproximadamente 15,7 cm.

WYM Design/Arquivo da editora


2
70. Alternativa d.
200 1 3p
71.a) 200 gr. 400 gr. b) gr c) 0,9°
p 2 x
72. Alternativa b.
0 p p 2p
73.a) L5p c)
p 21 2
B H(x) 5 2 ? sen x
IA
Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora

a5
2 22

2 2
A A D(H) 5 R; lm(H) 5 [22, 2]; p 5 2p; amplitude 4.
O O 84.a) Exemplo de resposta: O gráfico da função cosseno foi achatado
3p na horizontal, dividindo o período por 3.
B L52
2 b) Exemplo de resposta: O gráfico da função seno foi achatado na
3p p
a52 horizontal, dividindo o período por 3, e foi deslocado unidades
4 2
para a esquerda.
b) L 5 2p d)
c) Exemplo de resposta: O gráfico da função seno foi alongado na
a5p
p vertical, duplicando a amplitude e os valores máximo e mínimo.
B L5 4
2p
U

2 2 A p 85.a) b) p c) p d) 2
B A a5 7
O O 8
86.a) 29 e 211.
b) 16 e 24.
5p c) 4 e 1.
74.a) 60° 1 k ? 360°, com k é Z. c) 1 2kp, com k é Z.
4 d) 2 e 22.
87. Deslocando o gráfico da função seno em 10 unidades para baixo.
11p
G

b) 120° 1 k ? 360°, com k é Z. d) 1 2kp, com k é Z. 88. Alternativa d.


6
89. Exemplo de resposta:
p 2p
75.a) 1 2kp, com k é Z. c) 1 2kp, com k é Z.
6 3 F(x)
p p 9
b) 1 2kp, com k é Z. d) 2 1 2kp, com k é Z.
4 3
8
4p
76.a) 60° c) 320° e) rad 7
3
3p p 6
b) 60° d) rad f) rad
2 2
5
77.a) 315° c) 130°
WYM Design/Arquivo da editora

4
p 2p
b) cm d) 1 2kp, com k é Z. 3
2 3
78. 3 voltas e meia. 2
79.a) 0,5 d) 1
1
b) Aproximadamente 20,951. e) Aproximadamente 20,985. x
c) 0,5
3p 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
80.a) x 5 1 2kp, com k é Z.
2
p
p 3p Exemplo de lei da função: F(x) 5 4 1 4 ? sen x.
b) x 5 1 2kp ou x 5 1 2kp, com k é Z. 4
4 4

150
90. 30 m 7. Representações de cada polígono (item a) e as respectivas refle-

D
91.a) 2,5 m e 0,2 m. xões (em relação ao eixo y, item b; em relação ao eixo x, item c).
b)

Ilustrações: WYM Design/Arquivo da editora


y

WYM Design/Arquivo da editora


y
5
6
4
4
3
2
x 2

L
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 1
22 x
25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5
92. 4 s 21
93. 130 mmHg 22
94. Alternativa a. 23
95.a) 3,5 L 24

N
b) 2,5 L
25
c) 5 s
96. Às 8 h.
97. Dias 5 e 20. y
5
98. 127 m
99.a) Uma função com amplitude maior corresponde a uma onda so- 4
nora com intensidade maior (volume mais alto do som). 3

P
b) Uma função com período menor corresponde a uma onda sono- 2
ra com maior frequência (som mais agudo).
1
100.Alternativa a. x
101.Alternativa d. 25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5
102.Alternativa a. 21
103.Alternativa b. 22
104.Alternativa b. 23
105.Resposta pessoal.
IA
24
Vestibulares e Enem 25
1. Alternativa b. 12. Alternativa b.
2. Alternativa c. 13. Alternativa d. y
3. Alternativa b. 14. Alternativa a. 5
4. Alternativa d. 15. Alternativa d. 4
5. Alternativa c. 16. 01 1 04 1 08 5 13
3
6. Alternativa a. 17. Alternativa d.
2
7. 28 m 18. Alternativa b.
8. Alternativa c. 19. Alternativa d. 1
x
9. Alternativa c. 20. Alternativa b.
25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5
U

10. Alternativa e. 21. Alternativa a. 21


11. Alternativa a. 22
23
Capítulo 2: Matrizes e sistemas lineares
24
Atividades 25
6 4 5
G

 
1. a)  5 7 5  0 1 3  20 21 23 
  b) M 5   ñ  
5 6 7 3 5 1  3 5 1 
b) As notas de Ana em cada matéria.  0 2 3   0 22 23 
c) As notas de cada estudante em Língua Portuguesa. N5 ñ  
 22 0 24   22 0 24 
d) A nota de Beatriz em Ciências Humanas.
e) 6, 7 e 7.  21 23 25 24  1 3 5 4
2. a) Água e óleo; óleo e sal; óleo e açúcar; e sal e açúcar. Z5 ñ  
 2 2 1 4  2 2 1 4
b) Porque representam a mistura de cada substância com ela pró-
pria, o que sempre é uma mistura homogênea. 0 1 3  0 1 3 
c) M 5   ñ  
3. Alternativa a.  3 5 1   23 2 5 21
4. a) Falsa.
b) Falsa.  0 2 3  0 2 3
N5 ñ  
c) Verdadeira.  22 0 24  2 0 4
5. a) Translação em 2 unidades para a direita e 3 unidades para cima.
b) Translação em 3 unidades para a direita e 1 unidade para baixo.  21 23 25 24   21 23 25 24 
Z5 ñ  
c) Translação em 2 unidades para a esquerda e 1 unidade para baixo.  2 2 1 4   22 22 21 24 
3 3 8  22 22 3   3 3 8  1 4 4 5   21 24 24 25 
6. a)   b)   c)   8.   ñ  
5 9 5  22 2 22   23 1 23  1 3 2 1  21 23 22 21 

151
9. a) e b) y 16.a) Reflexão em relação ao eixo x.

WYM Design/Arquivo da editora

D
5 b) Homotetia de razão 3 e centro na origem O(0, 0) do plano carte-
4 siano.
3 c) Translação de 3 unidades para a esquerda e 2 unidades para
cima.
2
d) Rotação em 180°, no sentido anti-horário e em torno da origem
1 O(0, 0) do plano cartesiano.
O x
17. Alternativa c.
2 6 2 5 24 2 3 22 21 0 1 2 3 4 5 6

L
21    
18.a)  4 3 4 5  ñ  6 5 6 7 
22 1 3 5 3 1 3 5 3
23
b) Sim. Uma translação em 2 unidades para a direita, ou seja, repre-
24
2
25 sentada pela matriz coluna   .
0

N
19. Resposta pessoal.
2 1 5 4  22 21 25 24 
c) B 5   ñ   20.a) Linear. e) Não linear.
2 4 4 2  22 24 24 22  b) Linear. f) Linear.
c) Linear. g) Não linear.
 
10.a)  1 1 22  d) Não linear. h) Não linear.
5 3 2  21. a) Sim. b) Não. c) Sim. d) Sim.
 4,35 22. k 5 2
2,47 2,58 

P
b)   23. k 5 3
 22,69 21,99 1,18 
24.a) Sim. b) Sim. c) Não.
11. 2,25 cm 25.a) S 5 {(3, 2)} c) S 5 {(21, 3)}
12.Exemplos de resposta: b) S 5 {(22, 4)} d) S 5 {(3, 3, 1)}
a) Rotações de 60°, no sentido horário ou anti-horário e em torno 26. Resposta pessoal.
do centro do floco de neve e reflexão em relação a uma reta, por
27. Exemplo de resposta: Observe o sistema linear 2 3 2 dado e os
exemplo, vertical que passa pelo centro.
coeficientes das incógnitas.
b) Reflexão em relação a uma reta horizontal que passa pelo centro
IA
Caso escolha utilizar o método da substituição, isole uma incógnita
da imagem. em uma das equações e, depois, substitua na outra equação. Como
c) Rotações de 90°, no sentido horário ou anti-horário e em torno ficará apenas uma incógnita, efetue todos os cálculos possíveis para
do centro da imagem. determinar o valor da incógnita que foi isolada. Substitua o valor
d) Reflexões em relação a uma reta horizontal que passa pelo cen- encontrado em qualquer uma das equações do sistema inicial para
tro da imagem e em relação a uma reta vertical que passa pelo determinar o valor da segunda incógnita.
centro. Caso utilize o método da adição, multiplique, se necessário, as
e) Reflexão em relação a uma reta vertical que passa pelo centro da equações de modo que uma das incógnitas fique com coeficientes
imagem. opostos em ambas as equações. Adicione as duas equações para
13.a) Rotações de 90° de um azulejo, no sentido horário ou anti-ho- chegar a uma terceira, que tem apenas uma incógnita. Efetue todos
rário e em torno da quina do azulejo, reflexões do azulejo em os cálculos possíveis para determinar o valor dessa incógnita. Subs-
relação a uma reta vertical e em relação a uma reta horizontal e titua o valor encontrado em qualquer uma das equações do sistema
translações do azulejo na horizontal. inicial para determinar o valor da segunda incógnita.
U

b) Translações de uma nota musical. 28. Alternativa c.


c) Reflexão de uma mão em relação a uma reta vertical. 29. Alternativa d.
14. Resposta pessoal. 30.a) a 5 1, b 5 5, c 5 3 e d 5 4; C3H8 1 5 ? O2 ñ 3 ? CO2 1 4 ? H2O.
b) Exemplo de resposta: Multiplicando por 2: a 5 2, b 5 10, c 5 6
1 1 3 e d 5 8; 2 ? C3H8 1 10 ? O2 ñ 6 ? CO2 1 8 ? H2O.
15.a)  
1 3 1 31.a) S 5 0; sistema linear impossível.
b) S 5 {(22, 3)}; sistema linear possível e determinado.
G

b) y
WYM Design/Arquivo da editora

6 B
 
c) S 5 a, a 2 3  , com a é R; sistema linear possível e indeter-
 2 
4 minado.
32. Resposta pessoal.
A C
2 33. 40 °C
34.a) Sim. b) Não. c) Não.
O x
35.a) Sistema linear possível e determinado e S 5 {(4, 21, 23)}.
28 26 24 22 0 2 4 6 b) Sistema linear impossível e S 5 0.

22 c) Sistema linear possível e indeterminado e S 5 ¸¯ k 1 2 , k, k˘˝,


C8 A8 3
com k é R.
24 d) Sistema linear possível e determinado e S 5 {(21, 4, 3, 22)}.
e) Sistema linear possível e indeterminado e S 5 {(2 2 2a, a, b, b)},
26 com a é R e b é R.
17 1
f) Sistema linear possível e determinado e S 5  ,  .
28  6 2
4
36. a 5 e b 5 2.
B8 3

152
37. Sim, pois os dois sistemas lineares têm como conjunto solução 47. 1 000 m

D
S 5 {(4, 3)}. 48.a) S 5 {(3a, 2a, a, 3a)}, com a é R.
x 1 3y 1 z 5 0 b) 3 átomos de cálcio, 6 átomos de hidrogênio, 2 átomos de fósforo
 e 8 átomos de oxigênio.
38.a)  2y 1 z 5 0
 49. Alternativa c.
 4z 5 8 50.a)

WYM Design/Arquivo da editora


f
Sistema linear possível e determinado e S 5 {(1, 21, 2)}.
4

L
x 1 2y 1 4z 5 0
 3
b)  2y 2 9z 5 0

 2 2y 2 18z 5 0
2
Sistema linear possível e indeterminado e S 5 {(14k, 29k, k)}, A(3,5; 1)
com k é R. 1
x 1 y 1 z 5 a

N
4

c)  2y 2 3z 5 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8

 0z 5 214
b) Entre as funções do ferro estão a síntese de células vermelhas
Sistema impossível e S 5 0. do sangue e o transporte de oxigênio para todas as células do
x 2 y 1 z50 corpo. Por isso, o consumo reduzido desse nutriente pode cau-
 sar anemia, fadiga, anorexia, palidez de pele e mucosas. O ferro
d)  3y 2 z 50 pode ser encontrado em verduras folhosas de cor escura, carne

P

 2 18z 5 0 vermelha, leguminosas, nozes e castanhas.
As funções do zinco são, entre outras: crescimento e desenvolvi-
Sistema linear possível e determinado e S 5 {(0, 0, 0)}. mento de células, tecidos e sistemas, desenvolvimento cerebral,
39. Alternativa c. formação óssea, cicatrização de feridas. Por isso, o consumo re-
40.a) Significa que um sistema linear homogêneo sempre será possí- duzido de zinco pode acarretar anorexia, intolerância à glicose,
vel e determinado (quando an = 0) ou possível e indeterminado disfunção imunológica, lesões cutâneas e oculares. Ele pode ser
(quando an 5 0), e nunca será impossível. encontrado em carnes vermelhas, frutos do mar e grãos integrais.
b) É a ênupla ordenada (0, 0, », 0). 51. R$ 56,00 52. R$ 8,00 53. Alternativa c.
IA
c) Sim. Exemplo de justificativa: Como todos os termos indepen- 54.a) 16 cédulas. c) Resposta pessoal.
dentes do sistema são iguais a 0, a ênupla ordenada (0, 0, », 0) b) Resposta pessoal.
sempre é solução de um sistema linear homogêneo. 55. Resposta pessoal.
d) São retas concorrentes que se intersectam no ponto (0, 0), a ori- 56.a) 10 b) 2 c) 0 d) a2 2 b2
gem do plano cartesiano. 57.a) 57 b) 1 c) ab 2 a2 d) 224
e) Sistema possível e indeterminado. 58. Alternativa a. 59. Alternativa b.
41.a) 96 ingressos. b) Resposta pessoal. 60.a) Para m = 216, o sistema linear é possível e determinado e, para
m 5 216, é impossível.
42. 70 km/h
b) Para k 5 9, o sistema linear é possível e indeterminado e, para
43.a) R$ 1.485,00 c) Resposta pessoal. k = 9, é impossível.
b) Resposta pessoal. 61. k 5 21 e w = 7.
U

44. Resposta pessoal. Vestibulares e Enem


45. 16 moedas de 1 real, 10 moedas de 50 centavos e 130 moedas de 1. Alternativa a. 5. Alternativa c. 9. Alternativa d.
10 centavos. 2. Alternativa d. 6. Alternativa b. 10. Alternativa e.
46.a) Falsa. c) Falsa. e) Falsa. 3. Alternativa a. 7. Alternativa e. 11. Alternativa d.
b) Falsa. d) Verdadeira. 4. Alternativa a. 8. Alternativa b. 12. Alternativa b.
G

Lista de siglas das atividades extraídas de provas oficiais


Acafe-SC: Associação Catarinense das Fundações Educacionais UCS-RS: Universidade de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul)
(Santa Catarina) UEG-GO: Universidade Estadual de Goiás
Cefet-MG: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais UEL-PR: Universidade Estadual de Londrina (Paraná)
EBMSP-BA: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública UEM-PR: Universidade Estadual de Maringá (Paraná)
EEAR-SP: Escola de Especialistas de Aeronáutica (São Paulo) UFG-GO: Universidade Federal de Goiás
Enem: Exame Nacional do Ensino Médio UFGD-MS: Universidade Federal da Grande Dourados (Mato Grosso do Sul)
ESPM-SP: Escola Superior de Propaganda e Marketing (São Paulo) UFPA: Universidade Federal do Pará
Etec-SP: Escola Técnica Estadual (São Paulo) UFPR: Universidade Federal do Paraná
Fatec-SP: Faculdade de Tecnologia (São Paulo) UFRGS-RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
FCMSCSP: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Feevale-RS: Universidade Feevale (Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul) UFT-TO: Universidade Federal do Tocantins
FGV-SP: Fundação Getúlio Vargas (São Paulo) UFTM-MG: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Minas Gerais)
Fuvest-SP: Fundação Universitária para o Vestibular (São Paulo) Uncisal: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
IFPE: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco Unesp-SP: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (São
IFRS: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paulo)
Rio Grande do Sul Unicamp-SP: Universidade Estadual de Campinas (São Paulo)
IFSC: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Unifacs-BA: Universidade Salvador (Bahia)
Santa Catarina Unifor-CE: Fundação Edson Queiroz Universidade de Fortaleza (Ceará)
Ifsul-RS: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Unig-RJ: Universidade Iguaçu (Rio de Janeiro)
Sul-Rio-Grandense (Rio Grande do Sul) Unioeste-PR: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
PUC-MG: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Vunesp: Fundação para o Vestibular da Unesp

153
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

D
A BNCC é um documento normativo do Ministério garantindo a consolidação e o aprofundamento dos co-
da Educação, em parceria com o Conselho Nacional de nhecimentos adquiridos anteriormente. No Ensino Mé-
Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dio, a organização das habilidades das áreas de conhe-
dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que cimento não é seriada, o que permite aos sistemas de
estabelece as aprendizagens essenciais a todos os es- ensino e às escolas estabelecer propostas pedagógicas

L
tudantes ao longo das etapas da Educação Básica, de flexíveis e adequadas à realidade dos estudantes, ou
modo a garantir os direitos de aprendizagem e desen- seja, à realidade de cada um de vocês. Além disso, essa
volvimento. A Educação Básica compreende as etapas organização garante o protagonismo do próprio pro-
da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do En- cesso de aprendizagem, em sintonia com os percursos
sino Médio. e as histórias já vivenciados, o que permite desenvolver

N
A partir da homologação, a BNCC passou a ser a re- uma educação integral e definir os projetos de vida
ferência nacional para a elaboração dos currículos e das nos âmbitos dos estudos, do trabalho e das escolhas de
propostas pedagógicas dos sistemas de ensino e das es- estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos.
colas, bem como para a concepção dos livros didáticos. Veja como deve ocorrer, de acordo com a BNCC, a
Para que isso seja possível, o documento institui compe- progressão das aprendizagens na área de Matemática e
tências gerais para a Educação Básica, que se articulam suas Tecnologias.

P
para a construção dos conhecimentos e para o desenvol-
vimento das competências específicas e das habilida- A área de Matemática, no Ensino Fundamental,
des previstas para cada etapa e área do conhecimento. centra-se na compreensão de conceitos e procedi-
mentos em seus diferentes campos e no desenvol-
Por meio da indicação clara do que os alunos vimento do pensamento computacional, visando à
devem “saber” (considerando a constituição de co- resolução e formulação de problemas em contextos
IA
nhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, so- diversos. No Ensino Médio, na área de Matemática
bretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a e suas Tecnologias, os estudantes devem consolidar
mobilização desses conhecimentos, habilidades, ati- os conhecimentos desenvolvidos na etapa anterior e
tudes e valores para resolver demandas complexas agregar novos, ampliando o leque de recursos para re-
da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania solver problemas mais complexos, que exijam maior
e do mundo do trabalho), a explicitação das compe- reflexão e abstração. Também devem construir uma
tências oferece referências para o fortalecimento de visão mais integrada da Matemática, da Matemática
ações que assegurem as aprendizagens essenciais com outras áreas do conhecimento e da aplicação da
definidas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 13). Matemática à realidade (BRASIL, 2018, p. 471).
U

As competências específicas do Ensino Médio se ar- Conheça agora os códigos alfanuméricos que indi-
ticulam com as já desenvolvidas no Ensino Fundamen- cam as habilidades da etapa do Ensino Médio, usan-
tal, com as adequações e ampliações necessárias às es- do uma habilidade de Matemática e suas Tecnologias
pecificidades de formação dos estudantes dessa etapa, como exemplo.
G

EM 13 MAT 1 01
Etapa de Ensino Médio. Par de números que indica a habilidade
relativa à competência específica.

Número da competência específica


Par de números que da área do conhecimento.
indica que a habilidade
pode ser desenvolvida Trio ou par de letras que indica a área do
em qualquer série da conhecimento ou o componente curricular,
etapa da 1a à 3a série respectivamente.
do curso. LGG: Linguagens e suas Tecnologias.
LP: Língua Portuguesa.
MAT: Matemática e suas Tecnologias.
CNT: Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
CHS: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

154
De maneira análoga, nesta coleção, indicamos códigos para as competências gerais e as competências especí-

D
ficas de cada área do conhecimento.

CG 01
Competência geral. Número da competência geral.

L
CE MAT 01

N
Competência específica. Número da competência
específica da área do
conhecimento.

Trio de letras que


indica a área do
conhecimento.

P
Agora que você já conhece um pouco a BNCC, é importante que tenha consciência de quais são as dez compe-
tências gerais presentes ao longo dos seis volumes desta coleção, bem como de todas as competências específicas
e das habilidades de Matemática e suas Tecnologias que são favorecidas nos volumes.

Competências gerais
Conheça as dez competências gerais da BNCC e os códigos que utilizamos nesta coleção.
IA
CG01: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

CG02: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar solu-
ções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

CG03: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diver-
sificadas da produção artístico-cultural.
U

CG04: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias
e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

CG05: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética
nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
G

resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

CG06: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

CG07: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

CG08: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecen-
do suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

CG09: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identi-
dades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

CG10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

155
Competências específicas e habilidades de Matemática e suas Tecnologias

D
Conheça também as competências específicas e as habilidades de Matemática e suas Tecnologias e os códigos
que utilizamos nesta coleção.

CEMAT01: Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos ma- EM13MAT203: Aplicar conceitos matemáticos no planeja-
temáticos para interpretar situações em diversos contextos, se- mento, na execução e na análise de ações envolvendo a utili-
jam atividades cotidianas, sejam fatos das Ciências da Nature- zação de aplicativos e a criação de planilhas (para o controle de

L
za e Humanas, das questões socioeconômicas ou tecnológicas, orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e
divulgados por diferentes meios, de modo a contribuir para compostos, entre outros), para tomar decisões.
uma formação geral.
CEMAT03: Utilizar estratégias, conceitos, definições e proce-
EM13MAT101: Interpretar criticamente situações econômicas, dimentos matemáticos para interpretar, construir modelos e
sociais e fatos relativos às Ciências da Natureza que envolvam resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausi-

N
a variação de grandezas, pela análise dos gráficos das funções bilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas,
representadas e das taxas de variação, com ou sem apoio de de modo a construir argumentação consistente.
tecnologias digitais.
EM13MAT301: Resolver e elaborar problemas do cotidiano,
EM13MAT102: Analisar tabelas, gráficos e amostras de pes- da Matemática e de outras áreas do conhecimento, que envol-
quisas estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por vem equações lineares simultâneas, usando técnicas algébricas
diferentes meios de comunicação, identificando, quando for o e gráficas, com ou sem apoio de tecnologias digitais.

P
caso, inadequações que possam induzir a erros de interpreta-
ção, como escalas e amostras não apropriadas. EM13MAT302: Construir modelos empregando as funções
polinomiais de 1o ou 2o graus, para resolver problemas em
EM13MAT103: Interpretar e compreender textos científicos contextos diversos, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
ou divulgados pelas mídias, que empregam unidades de me-
dida de diferentes grandezas e as conversões possíveis entre EM13MAT303: Interpretar e comparar situações que envol-
elas, adotadas ou não pelo Sistema Internacional (SI), como as vam juros simples com as que envolvem juros compostos, por
de armazenamento e velocidade de transferência de dados, meio de representações gráficas ou análise de planilhas, desta-
IA
ligadas aos avanços tecnológicos. cando o crescimento linear ou exponencial de cada caso.

EM13MAT104: Interpretar taxas e índices de natureza so- EM13MAT304: Resolver e elaborar problemas com funções
cioeconômica (índice de desenvolvimento humano, taxas de exponenciais nos quais seja necessário compreender e in-
inflação, entre outros), investigando os processos de cálculo terpretar a variação das grandezas envolvidas, em contextos
desses números, para analisar criticamente a realidade e pro- como o da Matemática Financeira, entre outros.
duzir argumentos.
EM13MAT305: Resolver e elaborar problemas com funções
EM13MAT105: Utilizar as noções de transformações isomé- logarítmicas nos quais seja necessário compreender e interpre-
tricas (translação, reflexão, rotação e composições destas) e tar a variação das grandezas envolvidas, em contextos como os
transformações homotéticas para construir figuras e analisar de abalos sísmicos, pH, radioatividade, Matemática Financeira,
elementos da natureza e diferentes produções humanas (frac-
U

entre outros.
tais, construções civis, obras de arte, entre outras).
EM13MAT306: Resolver e elaborar problemas em contextos
EM13MAT106: Identificar situações da vida cotidiana nas que envolvem fenômenos periódicos reais (ondas sonoras,
quais seja necessário fazer escolhas levando-se em conta os ris- fases da lua, movimentos cíclicos, entre outros) e comparar
cos probabilísticos (usar este ou aquele método contraceptivo, suas representações com as funções seno e cosseno, no pla-
optar por um tratamento médico em detrimento de outro etc.). no cartesiano, com ou sem apoio de aplicativos de álgebra e
G

geometria.
CEMAT02: Propor ou participar de ações para investigar desa-
fios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e so- EM13MAT307: Empregar diferentes métodos para a obten-
cialmente responsáveis, com base na análise de problemas so- ção da medida da área de uma superfície (reconfigurações,
ciais, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, aproximação por cortes etc.) e deduzir expressões de cálculo
das implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre para aplicá-las em situações reais (como o remanejamento e a
outros, mobilizando e articulando conceitos, procedimentos e distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de
linguagens próprios da Matemática. tecnologias digitais.

EM13MAT201: Propor ou participar de ações adequadas às EM13MAT308: Aplicar as relações métricas, incluindo as leis
demandas da região, preferencialmente para sua comunidade, do seno e do cosseno ou as noções de congruência e seme-
envolvendo medições e cálculos de perímetro, de área, de vo- lhança, para resolver e elaborar problemas que envolvem triân-
lume, de capacidade ou de massa. gulos, em variados contextos.

EM13MAT202: Planejar e executar pesquisa amostral sobre EM13MAT309: Resolver e elaborar problemas que envolvem
questões relevantes, usando dados coletados diretamente ou o cálculo de áreas totais e de volumes de prismas, pirâmides e
em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de corpos redondos em situações reais (como o cálculo do gasto
relatório contendo gráficos e interpretação das medidas de de material para revestimento ou pinturas de objetos cujos for-
tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e matos sejam composições dos sólidos estudados), com ou sem
desvio padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos. apoio de tecnologias digitais.

156
EM13MAT310: Resolver e elaborar problemas de contagem EM13MAT407: Interpretar e comparar conjuntos de dados

D
envolvendo agrupamentos ordenáveis ou não de elementos, estatísticos por meio de diferentes diagramas e gráficos (his-
por meio dos princípios multiplicativo e aditivo, recorrendo a tograma, de caixa (box-plot), de ramos e folhas, entre outros),
estratégias diversas, como o diagrama de árvore. reconhecendo os mais eficientes para sua análise.

EM13MAT311: Identificar e descrever o espaço amostral de CEMAT05: Investigar e estabelecer conjecturas a respeito de
eventos aleatórios, realizando contagem das possibilidades, diferentes conceitos e propriedades matemáticas, empregan-
para resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo da do estratégias e recursos, como observação de padrões, expe-

L
probabilidade. rimentações e diferentes tecnologias, identificando a necessi-
dade, ou não, de uma demonstração cada vez mais formal na
EM13MAT312: Resolver e elaborar problemas que envolvem validação das referidas conjecturas.
o cálculo de probabilidade de eventos em experimentos alea-
tórios sucessivos. EM13MAT501: Investigar relações entre números expressos
em tabelas para representá-los no plano cartesiano, identifi-
EM13MAT313: Utilizar, quando necessário, a notação científica cando padrões e criando conjecturas para generalizar e expres-

N
para expressar uma medida, compreendendo as noções de al- sar algebricamente essa generalização, reconhecendo quando
garismos significativos e algarismos duvidosos, e reconhecendo essa representação é de função polinomial de 1o grau.
que toda medida é inevitavelmente acompanhada de erro.
EM13MAT502: Investigar relações entre números expressos
EM13MAT314: Resolver e elaborar problemas que envolvem em tabelas para representá-los no plano cartesiano, identifi-
grandezas determinadas pela razão ou pelo produto de outras cando padrões e criando conjecturas para generalizar e expres-
(velocidade, densidade demográfica, energia elétrica etc.). sar algebricamente essa generalização, reconhecendo quando

P
essa representação é de função polinomial de 2o grau do tipo
EM13MAT315: Investigar e registrar, por meio de um fluxogra- y 5 ax2.
ma, quando possível, um algoritmo que resolve um problema.
EM13MAT503: Investigar pontos de máximo ou de mínimo
EM13MAT316: Resolver e elaborar problemas, em diferentes de funções quadráticas em contextos envolvendo superfícies,
contextos, que envolvem cálculo e interpretação das medidas Matemática Financeira ou Cinemática, entre outros, com apoio
de tendência central (média, moda, mediana) e das medidas de tecnologias digitais.
de dispersão (amplitude, variância e desvio padrão).
IA
EM13MAT504: Investigar processos de obtenção da medida
CEMAT04: Compreender e utilizar, com flexibilidade e preci- do volume de prismas, pirâmides, cilindros e cones, incluindo o
são, diferentes registros de representação matemáticos (algé- princípio de Cavalieri, para a obtenção das fórmulas de cálculo
brico, geométrico, estatístico, computacional etc.), na busca da medida do volume dessas figuras.
de solução e comunicação de resultados de problemas.
EM13MAT505: Resolver problemas sobre ladrilhamento do
EM13MAT401: Converter representações algébricas de fun- plano, com ou sem apoio de aplicativos de geometria dinâ-
ções polinomiais de 1o grau em representações geométricas mica, para conjecturar a respeito dos tipos ou composição de
no plano cartesiano, distinguindo os casos nos quais o com- polígonos que podem ser utilizados em ladrilhamento, gene-
portamento é proporcional, recorrendo ou não a softwares ou ralizando padrões observados.
aplicativos de álgebra e geometria dinâmica.
EM13MAT506: Representar graficamente a variação da área e
U

EM13MAT402: Converter representações algébricas de fun- do perímetro de um polígono regular quando os comprimen-
ções polinomiais de 2o grau em representações geométricas tos de seus lados variam, analisando e classificando as funções
no plano cartesiano, distinguindo os casos nos quais uma envolvidas.
variável for diretamente proporcional ao quadrado da outra,
recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de álgebra e geo- EM13MAT507: Identificar e associar progressões aritméticas
metria dinâmica, entre outros materiais. (PA) a funções afins de domínios discretos, para análise de
propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de
EM13MAT403: Analisar e estabelecer relações, com ou sem
G

problemas.
apoio de tecnologias digitais, entre as representações de fun-
ções exponencial e logarítmica expressas em tabelas e em pla- EM13MAT508: Identificar e associar progressões geométricas
no cartesiano, para identificar as características fundamentais (PG) a funções exponenciais de domínios discretos, para análi-
(domínio, imagem, crescimento) de cada função. se de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução
de problemas.
EM13MAT404: Analisar funções definidas por uma ou mais
sentenças (tabela do Imposto de Renda, contas de luz, água, EM13MAT509: Investigar a deformação de ângulos e áreas
gás etc.), em suas representações algébrica e gráfica, identifi- provocada pelas diferentes projeções usadas em cartografia
cando domínios de validade, imagem, crescimento e decres- (como a cilíndrica e a cônica), com ou sem suporte de tecno-
cimento, e convertendo essas representações de uma para logia digital.
outra, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
EM13MAT510: Investigar conjuntos de dados relativos ao com-
EM13MAT405: Utilizar conceitos iniciais de uma linguagem portamento de duas variáveis numéricas, usando ou não tecno-
de programação na implementação de algoritmos escritos em logias da informação, e, quando apropriado, levar em conta a
linguagem corrente e/ou matemática. variação e utilizar uma reta para descrever a relação observada.

EM13MAT406: Construir e interpretar tabelas e gráficos de EM13MAT511: Reconhecer a existência de diferentes tipos de
frequências com base em dados obtidos em pesquisas por espaços amostrais, discretos ou não, e de eventos, equipro-
amostras estatísticas, incluindo ou não o uso de softwares que váveis ou não, e investigar implicações no cálculo de proba-
inter-relacionem estatística, geometria e álgebra. bilidades.

157
Competências específicas e habilidades de outras áreas do conhecimento

D
Nesta coleção, diversos conteúdos, atividades e seções favorecem o desenvolvimento de competências espe-
cíficas e habilidades de outras áreas do conhecimento, em conjunto com as de Matemática. Conheça quais foram
favorecidas neste volume.
Linguagens e suas Tecnologias
EM13CNT301: Construir questões, elaborar hipóteses, previ-
sões e estimativas, empregar instrumentos de medição e repre-

L
CELGG01: Compreender o funcionamento das diferentes lin-
sentar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resulta-
guagens e práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e
dos experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões
mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de dis-
no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva
cursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas
científica.
mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendi-
mento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica
da realidade e para continuar aprendendo. EM13CNT302: Comunicar, para públicos variados, em diversos

N
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
EM13LGG104: Utilizar as diferentes linguagens, levando em elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbo-
conta seus funcionamentos, para a compreensão e produção de los, códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de
textos e discursos em diversos campos de atuação social. diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC), de modo a participar e/ou promover debates
CELGG04: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, em torno de temas científicos e/ou tecnológicos de relevância so-
histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos con- ciocultural e ambiental.
textos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como

P
formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como
agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza. EM13CNT310: Investigar e analisar os efeitos de programas de
infraestrutura e demais serviços básicos (saneamento, energia
EM13LGG402: Empregar, nas interações sociais, a variedade e elétrica, transporte, telecomunicações, cobertura vacinal, atendi-
o estilo de língua adequados à situação comunicativa, ao(s) in- mento primário à saúde e produção de alimentos, entre outros) e
terlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das identificar necessidades locais e/ou regionais em relação a esses
línguas por esse(s) interlocutor(es) e sem preconceito linguístico. serviços, a fim de avaliar e/ou promover ações que contribuam
para a melhoria na qualidade de vida e nas condições de saúde
CELGG07: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, da população.
IA
considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e es-
téticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-
-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos
campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
coletiva.

EM13LGG701: Explorar tecnologias digitais da informação e co- CECHS01: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, am-
municação (TDIC), compreendendo seus princípios e funcionalida- bientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial
des, e utilizá-las de modo ético, criativo, responsável e adequado a em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos
práticas de linguagem em diferentes contextos. epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreen-
der e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando
EM13LGG703: Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argu-
digitais em processos de produção coletiva, colaborativa e proje- mentos e fontes de natureza científica.
U

tos autorais em ambientes digitais.


EM13CHS101: Identificar, analisar e comparar diferentes fontes
e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à com-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias preensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos,
geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
CECNT02: Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da
Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar pre-
EM13CHS106: Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e ico-
G

visões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do


nográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de
Universo, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva
e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se
EM13CNT204: Elaborar explicações, previsões e cálculos a res-
comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimen-
peito dos movimentos de objetos na Terra, no Sistema Solar e no
tos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
Universo com base na análise das interações gravitacionais, com
pessoal e coletiva.
ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares
de simulação e de realidade virtual, entre outros).
CECHS02: Analisar a formação de territórios e fronteiras em dife-
EM13CNT206: Discutir a importância da preservação e conser- rentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações
vação da biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolíti-
quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana e das políticas co dos Estados-nações.
ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta.

CECNT03: Investigar situações-problema e avaliar aplicações do EM13CHS201: Analisar e caracterizar as dinâmicas das popula-
conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mun- ções, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com
do, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos huma-
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, nos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômi-
regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões cos, sociais, religiosos e culturais, de modo a compreender e posi-
a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes cionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis
mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). relações entre ele.

158
Referências bibliográficas comentadas

D
Para a concepção desta coleção, diversos livros, artigos científicos, documentos oficiais do governo, revistas
científicas, dissertações e sites foram consultados de modo a trazer materiais atualizados e que visam dar suporte
às aprendizagens previstas para o Ensino Médio. Conheça as principais referências bibliográficas deste volume.

ÁVILA, G. Cálculo das funções de uma variável. 7. ed. Rio COSTA, A. S. M. A utilização do GeoGebra como ferra-

L
de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (LTC), 2003. menta para o ensino de Geometria. 2017. Dissertação
O autor apresenta nessa obra o conceito de função, bem (Mestrado Profissional em Matemática) – Centro de Ciên-
como gráficos e conceitos da função seno e da função cos- cias Exatas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitó-
seno, que são trabalhadas neste volume. A obra apresenta ria, 2017.
o rigor e a clareza adequados à apresentação dos tópicos ci- A autora faz uma revisão do conteúdo de Trigonometria e

N
tados. apresenta sugestões de como abordá-lo em sala de aula,
fazendo o uso do software GeoGebra. Além disso, ressalta
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard
a importância de trabalhar a Matemática com esse tipo de
Blucher: Edusp, 1974.
ferramenta na atualidade. As propostas de uso de GeoGebra
O autor elenca e explica acontecimentos relacionados à his- deste volume foram inspiradas nessa dissertação.
tória da Matemática, organizando-os cronológica e geogra-
ficamente. A obra retrata desde a origem do conceito de D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições

P
número até os desenvolvimentos matemáticos do século XX, e a modernidade. 6. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
ressaltando definições matemáticas e pesquisadores que tra- (Coleção Tendências em Educação Matemática, 1).
balharam nelas. Essa obra foi utilizada como referência para os
O autor aborda a função social que a Matemática exerce nas
dados históricos apresentados neste volume.
mais diferentes culturas de acordo com pesquisas relevantes
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum sobre o tema. A obra faz uma reflexão sobre a importância da
Etnomatemática e traz sugestões de trabalho em sala de aula.
Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018.
Essa obra foi utilizada como referencial teórico para a concep-
IA
A BNCC é um documento normativo que estabelece as
ção desta coleção.
aprendizagens essenciais a todos os estudantes ao longo
das etapas da Educação Básica, de maneira a garantir os FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: fun-
direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Em geral, o ções, limites, derivação e integração. 6. ed. São Paulo:
texto da BNCC norteou a elaboração de todos os volumes
Pearson, 2006.
desta coleção. As páginas introdutórias e as dedicadas à eta-
pa do Ensino Médio do documento orientaram a concep- As autoras apresentam e definem a função seno e a função
ção do material de modo que fosse evidenciado como cada cosseno, que são abordadas no capítulo 1 deste volume. Há
tópico vincula-se a outros por meio dos aspectos indicados explicações claras e concisas a respeito de domínio, con-
nesse documento. tradomínio, conjunto imagem, período e gráficos dessas
funções.
U

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos


Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos IMENES, L. M. Geometria dos mosaicos. São Paulo: Sci-
pedagógicos. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2019. pione, 2000.
A obra, usada como referencial para a elaboração de con-
BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos ceitos e exemplos do capítulo 1 deste volume, aborda as
Transversais na BNCC: proposta de práticas de implemen- transformações no plano e faz uso de mosaicos para esta-
tação. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2019. belecer as noções de simetria de translação, de reflexão e
G

De acordo com a BNCC, os Temas Contemporâneos Trans- de rotação.


versais devem ser incorporados aos currículos e às propostas
pedagógicas escolares, de preferência de maneira transversal LEITHOLD, L. O cálculo com Geometria analítica. 3. ed.
e integradora. Após a homologação da BNCC, visando escla- São Paulo: Harbra, 1994. v. 1.
recer a inserção desses temas, esses dois documentos foram Essa obra é uma referência no ensino de Cálculo e de Geo-
elaborados pelo Ministério da Educação, passando a servir de metria analítica há várias décadas. A Trigonometria é apresen-
referencial para a concepção desta coleção. tada em etapas, começando pela definição de ângulo e, na
sequência, abordando as funções trigonométricas. O tópico
COSTA, A. C. G. da. Protagonismo juvenil: adolescência, destinado a funções e gráficos serviu de referencial para a ela-
educação e participação democrática. Salvador: Fundação boração deste volume.
Odebrecht, 2000.
Nesse livro, a educação é abordada com a perspectiva do LIMA, E. L. Matemática e ensino. 3. ed. Rio de Janeiro:
jovem como núcleo central do processo de aprendizagem, SBM, 2007.
perspectiva esta que faz parte do projeto didático de todos O autor apresenta uma visão pessoal sobre escolas, profes-
os volumes desta coleção. Para explanar essa realidade, a sores e estudantes e explana, ainda, temas matemáticos,
obra apresenta a descrição de projetos desenvolvidos na proporcionando uma melhor abordagem aos professores
prática, envolvendo experiências de protagonismo juve- sobre esses assuntos. Nessa obra, o autor enfatiza que
nil. Há também o relato dos jovens que participam desses qualquer estudante nas séries iniciais é capaz de aprender
projetos. Matemática.

159
LIMA, E. L.; CARVALHO, P. C. P.; WAGNER, E.; MORGA- ROQUE, T. História da Matemática: uma visão crítica, des-

D
DO, A. C. A Matemática do Ensino Médio. 9. ed. Rio de fazendo mitos e lendas. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
Janeiro: SBM, 2006. v. 1. A obra apresenta, em ordem cronológica e com avaliação crí-
Esse livro aborda, entre outros tópicos, as funções trigonomé- tica, aspectos da história da Matemática. A autora faz a análise
tricas, com rigor nas definições e precisão nos enunciados e de mitos e lendas que foram perpetuados por muito tempo,
nas resoluções de problemas. Há, também, a preocupação em além de abordar fatos que levaram ao desenvolvimento de
realizar a contextualização dos problemas, de maneira a res- conceitos matemáticos de vários lugares do mundo. É o pri-

L
saltar a interdisciplinaridade da Trigonometria. Os problemas meiro livro brasileiro a retratar a história da Matemática e foi
propostos serviram de inspiração na elaboração dos proble- utilizado como referência para o conteúdo histórico deste vo-
mas deste volume. lume.

LIMA, J. C. T. Sistemas de equações lineares na Base Na- SAFIER, F. Pré-cálculo. Tradução técnica Adonai Schlup
cional Comum Curricular: uma proposta de ensino. 2019. Sant’Anna. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. (Coleção
Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática) – Ins- Schaum).

N
tituto de Matemática, Universidade Federal de Alagoas, O autor apresenta, de maneira concisa e acessível, as defini-
Maceió, 2020. ções relacionadas a funções trigonométricas e gráficos. Esses
Essa dissertação apresenta uma breve introdução à Álgebra conceitos e representações referenciaram a elaboração do ca-
linear, relacionando-a às habilidades e competências de Mate- pítulo 1 deste volume. O livro traz, ainda, exercícios resolvidos
mática propostas na BNCC. O autor apresenta uma proposta e propostos, propiciando ao leitor um melhor entendimento e
didática para o trabalho em sala de aula com foco no desen- maior motivação no estudo.

P
volvimento da habilidade EM13MAT301 e utiliza o GeoGebra
na representação gráfica de sistemas lineares 2 3 2 e 3 3 3,
STEWART, J. Cálculo. Tradução EZ2 Translate. São Paulo:
assunto trabalhado no capítulo 2 deste volume. Cengage Learning, 2013. v. II.
O livro apresenta com clareza as funções trigonométricas e
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: os respectivos gráficos. Com rigor matemático, exemplos e
Interciência, 1986. atividades resolvidas, o autor fornece o aprofundamento ne-
O autor inicia o livro afirmando que: “Uma grande descoberta cessário para embasar algumas habilidades essenciais para o
IA
resolve um grande problema, mas há sempre uma pitada de desenvolvimento dos estudantes do Ensino Médio e, por isso,
descoberta na resolução de qualquer problema”. Ele indica, foi referencial para a elaboração do capítulo 1 deste volume.
então, diversas estratégias e ferramentas fundamentais para a
WING, J. Pensamento computacional: um conjunto de
resolução de problemas, organizando-as em quatro fases de
resolução: compreensão do problema, estabelecimento de atitudes e habilidades que todos, não só cientistas da
um plano, execução do plano e retrospecto. Essa obra serviu computação, ficaram ansiosos para aprender e usar. Re-
de inspiração para a elaboração de situações, problemas e vista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 9,
propostas de soluções que compõem este volume. n. 2, 2016.
O artigo apresenta a tradução do trabalho Computational
REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA. São Paulo: Thinking, da pesquisadora Jeannette Wing. A tradução para o
SBM, v. 8, 1986. português é de Cleverson Sebastião dos Anjos, professor da
U

O artigo intitulado “De onde vêm os nomes das funções tri- área de Informática do Instituto Federal do Paraná. O texto
gonométricas (seno, cosseno, tangente, etc.)? E por que o cír- discorre sobre o percurso de ideias relacionadas aos estudos
culo trigonométrico tem raio 1”, escrito por Elon Lages Lima, do pensamento computacional, tema atual e que é abordado
discute as conjecturas das nomenclaturas e o porquê da con- em seções deste volume, bem como em atividades no decor-
venção unitária para o raio da circunferência trigonométrica. rer dos capítulos.
G

160
G
U
IA
P
N
L
D
D
L
N
P
IA
U
G

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

Você também pode gostar