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Epistemologia funkeira: cultura diaspórica e a valorização de narrativas

periféricas

Guilherme Henrique Ribeiro Felix - Mestrando PPGHIS/UFOP - autor e


apresentador

Este projeto de dissertação busca evidenciar a importância do Funk no


contexto sociocultural brasileiro explorando suas particularidades históricas, sociais
e as implicações mercadológicas decorrentes da popularização da cultura funk até
sua chegada ao mainstream. Através da identificação da população que produz e
consome o movimento Funk, analisaremos a propagação dos bailes funk e a
popularização das batidas da música, desde a chegada das batidas importadas de
James Brown, passando pelo ritmo do Miami Bass até a produção dos primeiros
funks integralmente brasileiro os desafios impostos a essa expressão cultural foram
desde o descrédito por parte da sociedade, criminalização praticada por parte da
mídia até as violências impostas pelo Estado através de ações policiais e a
perseguição de lideranças do movimento pela justiça.
A abordagem do funk como objeto de estudo acadêmico e a relação dessa
produção cultural com as diversas instituições já mencionadas anteriormente
tornaram o Funk assunto de interesse de diversas áreas de conhecimento nas
ciências humanas. Partindo de uma perspectiva histórica iremos explorar o Funk a
partir de algumas chaves interpretativas: a relevância do funk para a cultura
nacional, a relação deste com outros movimento culturais afro-brasileiros e
diaspóricos na América e a partir da identificação de grandes conquistas e feitos
dentro da cultura Funk busca-se evidenciar a legitimidade do Funk como fonte de
uma racionalidade periférica (afirmação do sujeito periférico como produtor de
conhecimento) além de ser instrumento pedagógico para o ensino escolar.
A partir dessas reflexões busca-se associar o debate histórico sobre o Funk a
partir da ampla gama de enfoques que oferece com uma dinâmica que contribui
para o deslocamento do Funk da margem, o apresentando como legítima fonte de
conhecimento histórico e social. Essa prática visa afastar a estigmatização
produzida contra os frequentadores de baile funk, músicas e os símbolos
associados ao Funk possibilitando vislumbrar essa produção cultural como fonte de
práticas pedagógicas e teorizações do campo historiográfico e antropológico.

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