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Texto dissertativo sobre a polêmica do funk no Brasil

Gêneros musicais sempre foram utilizados de diversas maneiras, como maneira


de lazer ou para lutar por causas sociais, um exemplo desse no Brasil sendo a música
“Rap da felicidade” da dupla Cidinho e Doca, utilizando do gênero do funk e tendo uma
linguagem direta e não ofensiva como maneira de indicar a situação das pessoas na
favela. Porém quando se pensa em funk, e se levanta o debate de seus impactos, os
principais assuntos debatidos são sobre a hiper sexualização, o machismo, e outras
questões polêmicas, portanto, antes de discutir sobre essas questões, deve se pensar o
porquê o funk é visto somente dessa maneira.
Primeiramente, para entendermos a maneira como ele é visto atualmente,
devemos pensar como ele surgiu e se tornou popular no Brasil, por meio dos “bailões”
que aconteciam nas partes periféricas como maneira de trazer lazer e representar causas
por meio desse gênero, que por conta da forte e rítmica batida, se tornou popular entre o
resto da população brasileira. Esse movimento acabou levando muitas letras com
palavras consideradas “pesadas”, envolvendo xingamentos e alta sexualização,
chegarem a públicos inadequados e perderem grande parte do seu significado.
A alta popularização desse modelo de funk gerou diversas críticas ao gênero
como um todo, aumentando o conteúdo mais adulto das letras e cada vez mais afetando
um público não considerado adequado, ocorrendo inúmeros casos envolvendo questões
como as já citadas anteriormente, trazendo essa imagem fixa para o gênero como um
todo.
Portanto, vale-se antes de pensar no funk como esse gênero completamente e
fixamente polêmico e problemático, analisar esses subgêneros específicos que se
utilizam somente de letras com xingamentos e uma imensa sexualização para envolver
problemáticas e pensar como eles afetam nossa sociedade, permitindo com que o gênero
funk possa voltar a ser como qualquer outro gênero musical.

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