Você está na página 1de 2

— Nunca mais! nunca mais!

Que diz a onda à praia? Há um destino

Triste partido, em seu gemer divino,

E um mistério infeliz naqueles ais!

— Nunca mais! nunca mais!

E o coração que diz às mortas flores

Do seu jardim d’amores?

Como a onda — jamais!

IV

Se eu pudesse sonhar? Ah! posso ainda

Sonhar... se for contigo!

Sempre! sempre a meu lado, imagem linda...

A noite é longa... vem falar comigo!

Estende os tem cabelos...

O céu da tua Itália, não, não brilha

Como brilham meus sonhos, vagos, belos,

Se me falas à noite em sonhos, filha!

Levaram-te! levou-te a onda dos mares!

A asa da águia! o vento!

Geme cativa — chora sem alento,

Pomba d’amor, saudosa dos teus lares!

Teu ninho agora, é triste, glacial...

Um leito conjugal!

Antes a terra escura, pobre escrava,


Aonde — sob a abóbada sombria —

Tua alma os voos livres entendia...

E o coração amava!

Você também pode gostar