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Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas

Curso : Engenharia Sanitária e Ambiental

Disciplina
GCET 118

Planejamento de
Recursos Hídricos

2023.1
(Módulo 2)

(Prof. Dr. Paulo Serrano ; E-mails : prserrano@yahoo.com.br , paulo@ufrb.edu.br)


GCET 118 - Planejamento de Recursos Hídricos

1. Introdução: os Recursos Hídricos. Águas e Recursos Hídricos.


C 2. Recursos Hídricos e sua Importância
O 3. Gestão, Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos.
N Disponibilidades Hídricas; Usos Múltiplos. Enga. de Rec. Hídricos

T 4. Reservatórios; Conflitos em Recursos Hídricos.


E 5. Política de Recursos Hídricos do Brasil X Política de
Recursos Hídricos do Estado da Bahia.
Ú
6. Análise de Sistema Hídricos: Simulação .
D
7. Análise Econômica em Projetos de Recursos Hídricos
O
8. Tópicos Especiais: Políticas Públicas de Recursos Hídricos no
Semi-Árido do Brasil: Velhas Lições, Novas Propostas X PISF
Planejamento x Análise de Sistemas de Recursos Hídricos
Notícias Hídricas: conflitos pelo uso da água
Planos de Recursos Hídricos
 Previstos pela Política Nacional de Recursos
Hídricos, os planos de recursos hídricos são
documentos que definem a agenda das águas de uma
região, incluindo informações sobre ações de gestão,
projetos, obras e investimentos prioritários numa bacia
hidrográfica ou num conjunto de bacias.

 Além disso, fornecem dados atualizados que


contribuem para o enriquecimento das bases de dados
da ANA e, consequentemente, para a gestão das águas.
A Gestão de Recursos Hídricos:
Análise de Sistemas de Recursos Hídricos

 O Planejamento de Recursos Hídricos vem sendo


amplamente estudado, nas últimas décadas,
principalmente no que diz respeito ao planejamento,
e determinação de regras de operação, de sistemas
hídricos, em busca de políticas operacionais cada vez
mais eficientes no uso e alocação da água.

 “A alocação de água entre usos múltiplos é um


problema de grande complexidade cuja solução
deve ser procurada com Técnicas de Análise de
Sistemas de Recursos Hídricos ” (Barth, 1987).
Problema de atendimento de demandas hídricas , possível de
ser solucionado pela construção de um reservatório.

Demanda (m3/s) Prioridade


Conservação 1.0 Primeira
Cidade 1.0 Segunda
Irrigação 2.0 Terceira
Industria 1.5 Quarta
Se a demanda hídrica aumenta, a solução pode ser la construção
de outros reservatórios. Como Analisar e Planejar tudo ?

Restrição
ambiental
O que podemos pensar sobre como gerenciar a
operação de um Sistema Hídrico como esse ?
Ou como Gerenciar a Operação do Sistema Cantareira ?
Como gerenciar a operação de um Sistema Hídrico como o
Cantareira/RMSP ?
Planejamento x Análise de Sistemas de Recursos Hídricos
Alguns conceitos sobre sistema:

 Sistema : “substantivo masculino, “Conjunto de


elementos, entre os quais haja alguma relação” (7a. edição,
revista e atualizada, do Minidicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, 2004).

 Sistema : “qualquer estrutura, esquema ou procedimento,


real ou abstrato, que num dado tempo de referência
interrelaciona-se com uma entrada, causa ou estímulo de
energia ou informação, e uma saída, efeito ou resposta de
energia ou informação”
(Dooge, J. C. L.-Linear Theory of Hiydrology Systems, 1973).
Outras ideias sobre sistema:
Do ponto de vista teórico, um sistema pode ser entendido
como um conjunto de partes interagentes,
interdependentes e inter-relacionadas, que guardam
importantes propriedades:

a) O comportamento e propriedades de cada elemento


influenciam o comportamento e as propriedades de pelo
menos outro elemento do sistema. Isto significa que
nenhum elemento existe em completa isolação, isto é, de
uma forma independente.

b) O mesmo vale para qualquer grupo de elementos.


(Fonte: Belhot , R.; Figueiredo, R.; Malavé, C. O uso da simulação no ensino de engenharia. Cobenge, 2001.
A Bacia Hidrográfica o É um sistema que acionado por
uma entrada ou estímulo (ex. a
precipitação) que através dos
diversos fenômenos do ciclo
hidrológico, transforma esta
precipitação em vazão (Tucci, 1987) .

o A estrutura desse sistema depende


de características como clima, área,
solo, vegetação, topografia, etc..

o Alguns fenômenos que regem o


comportamento desse sistema:
escoamento superficial, infiltração,
percolação, evaporação.
Bacia Hidrográfica: um sistema

Sistemas
Nos sistemas hídricos o problema da alocação de água é
caracterizado por fatores diversos:

Em uma só palavra: COMPLEXIDADE !


Planejamento e Engenharia de Recursos Hídricos

 O Planejamento de Recursos Hídricos visa à avaliação


prospectiva das demandas e das disponibilidades e a sua
alocação entre usos múltiplos, de forma a obter os máximos
benefícios econômicos e sociais, considerados os aspectos
ambientais, estéticos, culturais e de bem estar da sociedade
(não focando a abordagem estritamente econômica).

 A Engenharia de Recursos Hídricos integra um processo


de formação de capital no qual o recurso natural básico é a
água, tendo como objetivo básico promover mudanças
qualitativas/quantitativas para adequar as disponibilidades de
água aos padrões de demanda hídrica correspondentes.
Juntos: Planejamento e Engenharia de Recursos Hídricos
Sistemas de Recursos Hídricos

Pode-se definir um
SISTEMA DE
RECURSOS HÍDRICOS
como uma coleção de
obras de engenharia
hidráulica e de
componentes naturais,
como trechos de rio,
vazões afluentes, etc.,
que funcionam
integradamente
(Hermann, 1971 / USP).
Enfoque Sistêmico no Planejamento de Recursos Hídricos

 Um sistema de recursos hídricos pode ser integrado


por uma coleção de obras de engenharia hidráulica e
de componentes naturais (trechos de rio, vazões
afluentes, etc.)

 A Análise de Sistemas, pode ser definida como: “um


conjunto de componentes ativos, que interagem entre
si, de várias maneiras, recebem dados de entrada ou
os simulam para produzir informações de saídas”
(Labadie, J.W., 1987) .
Enfoque sistêmico no planejamento de recursos hídricos

 Do ponto de vista estritamente físico, pode-se dizer que


sistemas são conjuntos de elementos unidos por uma
relação de interdependência.

 A gestão integrada de recursos hídricos deve ser


discutida e analisada, considerando aspectos de
qualidade e quantidade da água, em conjunto, e que o
recurso hídrico é parte de um sistema regional onde
outras interfaces de setores correlatos (ex.:
transportes, saúde pública, defesa civil, agricultura, etc.)
devem ser adequadamente consideradas.
Enfoque sistêmico no planejamento de recursos hídricos
Sistemas de recursos hídricos se caracterizam por:

a) TIPOLOGIA (representação pela teoria de sistemas físicos), onde as


informações físicas/técnicas de cada elemento do sistema, são
identificadas e apropriadas, por exemplo:

 Reservatórios: dados hidráulicos de tomadas d'água, de descargas de


fundo e vertedores, relações cota x volume x área, etc.

 Demandas: abastecimento humano, geração de energia, agricultura


irrigada, piscicultura, recreação, etc.

 Elementos de ligação: calhas de rios, capacidades, vazões


regularizadas.

 Dados fontes: precipitações, vazões afluentes, evaporações, descargas


terminais.
Os sistemas de recursos hídricos podem ser
caracterizados ainda pelas:

b) INTERAÇÕES COM O SEU AMBIENTE: o sistema recebe


insumos do ambiente, transforma-os e os devolve como
produtos.

c) AS INTER-RELAÇÕES entre os componentes, os insumos


e os produtos.

d) UMA FUNÇÃO DE UTILIDADE que permite efetuar a


classificação dos produtos gerados pelo sistema em
termos econômicos e sociais.
Bases da Análise de Sistemas de Recursos Hídricos:

 As bases da análise de sistemas (ou sistemática) de


recursos hídricos estão assentadas na técnica da
Pesquisa Operacional (PO), desenvolvida durante a
Segunda Guerra Mundial.

 Nessa época, um grupo de cientistas foi convocado na


Inglaterra para estudar problemas de estratégia e de
tática associados com a defesa do país. O objetivo era
decidir sobre a utilização mais eficaz de recursos
militares limitados.

 A convocação deste grupo marcou a primeira atividade


formal de Pesquisa Operacional (PO).
Bases da Análise de Sistemas de Recursos Hídricos:

 Os resultados positivos conseguidos pela equipe de


Pesquisa Operacional inglesa motivaram os Estados
Unidos a iniciarem atividades semelhantes.

 Apesar de ser creditada à Inglaterra a origem da


Pesquisa Operacional, sua propagação deve-se
principalmente à equipe de cientistas liderada por
George B. Dantzig, dos Estados Unidos, convocada
durante a Segunda Guerra Mundial.
Bases da análise de sistemas de recursos hídricos

 Dois eventos motivaram o rápido desenvolvimento da PO:

 O primeiro foi o desenvolvimento de um algoritmo simples para


solucionar problemas de programação linear (isto é, problemas
determinísticos de PO), denominado algoritmo simplex, proposto
por George Dantzig, em 1947. Tal algoritmo permitiu a resolução
manual de diversos problemas de PO, especialmente aqueles de
baixa complexidade.

 O segundo foi a proliferação dos microcomputadores e o rápido


aumento em sua velocidade de processamento.
Bases da Análise de Sistemas de Recursos Hídricos:

 Entende-se a Pesquisa Operacional (PO) como um conjunto


de diferentes métodos, principalmente matemáticos, que são
usados para a solução de problemas técnicos e econômicos
complexos, especialmente aqueles contendo várias alternativas.

 De acordo com Braga (1987), deve-se ao Havard Water


Program / EUA, em 1960, a ação pioneira de inserir este tipo de
abordagem em planejamento e gerenciamento de recursos
hídricos.

 A metodologia de solução de problemas através da Pesquisa


Operacional (PO) pode ser implementada através de um
procedimento em várias etapas.
Exemplo de um Problema em “Análise de Sistema de
Recursos Hídricos” (Fonte: PERH-PE, 1998)
Um Sistema Hídrico : bacia do rio Capibaribe x Reservatórios
Como estruturá-lo e analisá-lo ?
Como analisar e decidir sobre a operação de um complexo
sistema hídrico de múltiplos usos ?
Vimos que: A Bacia Hidrográfica é um sistema hídrico dinâmico

 Para o planejamento e gerenciamento deste sistema de


recursos hídricos precisamos de dados (pluviométricos,
evaporimétricos, fluviométricos, fisiográficos da bacia, etc.).
 Para a quanti-qualificação dos processos hidrológicos dos
sistemas hídricos, são necessários também dados sobre usos
dos recursos hídricos.

 Se pensarmos numa pirâmide, podemos dizer que os dados


hidrológicos de uma bacia hidrográfica estão na sua base.

 A “Análise de Sistema de Recursos Hídricos” está


geralmente condicionada à utilização de modelos
hidrológico-hidráulicos.
Análise de Sistemas de Recursos Hídricos
 Para efetuar a análise das transformações em um
SRH, é necessário analisá-lo e controlá-lo em bases
científicas, a partir de dois elementos essenciais:

(a) INFORMAÇÕES: que permitem conhecer uma


determinada situação que requer uma atuação.

(b) CONCEPÇÃO INTELECTUAL (em geral simplificada)


do problema, de quais são suas variáveis, de como elas
interagem, etc.. Este elemento recebeu o nome, já
consagrado, de MODELO, que é uma representação
simplificada do sistema real que se deseja analisar.
E o que é um Modêlo ?
Conceitos sobre Modelos

 Modelo: é uma representação do comportamento


de um sistema em análise (Tucci, 1998).

 Corresponde a uma representação simplificada da


realidade (de um sistema real) para ajudar na determinação de
como um sistema responderá a mudanças em sua estrutura,
ambiente ou condições de contorno.

Um modelo bem construído auxilia a encontrar respostas à


questões importantes, sendo as técnicas de modelagem úteis e
poderosas para a solução de problemas (Belhot , R.; Figueiredo, R.;
Malavé, C. O uso da simulação no ensino de engenharia. Cobenge, 2001).
Classificação dos tipos de modelos: Físicos, Analógicos ;
e Matemáticos
• 1 - Modelo Físico (ou modelo reduzido em escala) : em geral,
é aquele que representa o sistema por um protótipo em escala menor (ex.
Modelos reduzidos de obras hidráulicas, obras civis, etc.).
- Classificação dos tipos de modelos -
• Modelo Físico: representa o sistema por um protótipo em
escala menor (ex. Modelos reduzidos de obras hidráulicas).
UHE PA IV /CHESF (foto aérea da barragem/reservatório )
Modelo Físico

Fonte: Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH) / EPUSP


Fonte: Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - LACTEC / UFPR (http://www.lactec.org.br)
- Classificação dos tipos de modelos -

2 - Modelo Analógico: aquele que se vale da


analogia das equações que regem diferentes
fenômenos para modelar, no sistema mais
conveniente, o fenômeno mais complexo.

Exemplo: Circuitos elétricos para representar um


fenômeno hidráulico ou hidrológico.
A imagem apresenta uma analogia entre um circuito hidráulico e um circuito elétrico .
(Fonte: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/23218)
- Classificação dos tipos de modelos -

3-Modelo Matemático (analítico ou numérico):


aquele que representa a natureza do sistema
através de equações matemáticas, ou seja o
sistema físico é representado por um conjunto
de expressões, compostas de variáveis e
parâmetros, que são resolvidas, regra geral,
com a utilização de computadores.

(*) Exemplos: Equações de transformação do ciclo hidrológico,


modelos de operação de reservatórios, modelos de qualidade da
água em rios e reservatórios.
Modelos Matemáticos
 Um MODELO MATEMÁTICO é simplesmente uma expressão
quantitativa de um processo ou fenômeno que se está observando,
analisando ou prevendo.
 Uma vez que nenhum processo pode ser completamente observado,
alguma expressão matemática que o represente sempre envolverá alguns
elementos de incerteza (Ex.: a chamada Fórmula Racional, um modelo empírico, cujo
objetivo é aplicar um redutor na precipitação intensa, significando um % de redução sobre o
total precipitado em relação ao que escoa superficialmente).
A Equação do Balanço Hídrico em reservatórios
- Modelos Matemáticos -
 Os modelos matemáticos, p. ex., são versáteis, pois permitem
modificar a sua lógica, obtendo-se resultados para diferentes
situações de um mesmo sistema, além de grande velocidade de
processamento dos dados pelo computador.

 Uma desvantagem deste tipo de modelo está na discretização de


processos contínuos e na dificuldade de representação matemática
dos fenômenos físicos.

 Em algumas de estudo ainda é difícil estabelecer funções


matemáticas que representem de forma convincente certos
fenômenos físicos (ex.: o escoamento sub-superficial; o escoamento
superficial na bacia é um processo não-linear, mas freqüentemente é
representado pelo HU, que é um modelo linear).
Para se utilizar de Modelos Matemáticos em recursos
hídricos, uma condição fundamental é a aquisição dados
físicos sobre o sistema hídrico que se quer analisar.
o Os Modelos Matemáticos devem ser vistos como uma ferramenta
de apoio que simula alternativas a serem propostas, não resolvendo
por si só o problema, o que cabe aos seus usuários e tomadores de
decisão.

o Simular o ciclo hidrológico em uma bacia está sempre limitada pela


dificuldade de se representá-la, visto que ela é fisicamente
heterogênea, o que torna difícil a discretização espacial para
fenômeno (processo físico, que produz alteração de estado no
sistema, como chuva, evaporação, infiltração).
A utilização de Modelos Matemáticos em recursos hídricos é
baseada em três condições fundamentais:

 Dados disponíveis (históricos e físicos sobre o sistema);

 Objetivos do estudo ou pesquisa (e a precisão desejada)

 Metodologia (ou seleção do modelo).


Por que modêlos ?
o A bacia hidrográfica e/ou
os sistemas hídricos
são complexos.
o Interesses diversos.
o Conflitos entre usos e
usuários.
o Interações complexas no
ciclo hidrológico e nos
sistemas construidos
pelo homem.
o Sistemas de RH são
dinâmicos.
Modelo: uma representação esquemática do real
Identificar “objetos” que fazem
parte do processo que se deseja
representar (tiplogia do sistema):
• trechos de rio;
• reservatórios;
• Lago;
• Estação de bombeamento;
• Ponte;
• Cachoeiras;
• Várzeas,
• Confluências,
•etc…
Estamos discutindo:

MODELOS
X

MODELOS MATEMÁTICOS
- Classificação dos tipos de modelos -

3-Modelo Matemático (analítico ou numérico):


aquele que representa a natureza do sistema
através de equações matemáticas, ou seja:

o sistema físico é representado por um


conjunto de expressões, compostas de variáveis
e parâmetros, que são resolvidas, regra geral,
com a utilização de computadores.

(*) Exemplos: Equações de transformação do ciclo hidrológico,


modelos de operação de reservatórios, modelos de qualidade da
água em rios e reservatórios.
Importante:
o Modelos são representações simplificadas da realidade que
preservam, para determinadas situações e enfoques, uma
equivalência adequada, porém com certo nível de abstração.

Níveis de
abstração no
desenvolvimento
de um modelo
(Taha,2008)

o Abstraímos o mundo real, concentrando-nos nas variáveis


dominantes que controlam o comportamento do sistema real. O
modelo expressa de maneira tratável as funções (matemáticas) que
representam o comportamento do mundo real considerado.
Modelos Matemáticos

• Modelo Matemático (analítico ou numérico): aquele que


representa a natureza do sistema hídrico através de
equações matemáticas, ou seja o sistema físico é
representado por um conjunto de expressões, compostas
de variáveis e parâmetros, que são resolvidas, regra
geral, com a utilização de computadores.

o Os Modelos Matemáticos devem ser vistos como uma


ferramenta de apoio que simula alternativas a serem
propostas, não resolvendo por si só o problema, o que
cabe aos seus usuários e tomadores de decisão.
Modelos Matemáticos
 Um MODELO MATEMÁTICO é simplesmente uma expressão
quantitativa de um processo ou fenômeno que se está observando,
analisando ou prevendo.
 Uma vez que nenhum processo pode ser completamente observado,
alguma expressão matemática que o represente sempre envolverá alguns
elementos de incerteza (Ex.: a chamada Fórmula Racional, um modelo empírico, cujo
objetivo é aplicar um redutor na precipitação intensa, significando um % de redução sobre o
total precipitado em relação ao que escoa superficialmente).
5.3 – Modelos Matemáticos:
Para se compreender um Sistema de Recursos Hídricos
(p.ex.) são importantes algumas definições, como:

a) Fenômeno: é um processo físico, que produz alteração de


estado no sistema (chuva, evaporação, infiltração).

b) Variável: é um valor que descreve quantitativamente um


fenômeno, variando no espaço e no tempo (vazão e evaporação
diárias).

c) Parâmetro: é um valor que caracteriza o sistema, podendo


variar no espaço e no tempo (área de drenagem; vazão de longo
termo; raio hidráulico de uma seção transversal de rio;
percentagem de área impermeáveis numa bacia urbana).
Para se utilizar de Modelos Matemáticos em recursos hídricos,
uma condição
Simular fundamental
o ciclo é aem
hidrológico aquisição dadosestá
uma bacia sobre o ciclo
sempre
limitada pelahidrológico
dificuldadee de
dosrepresentá-la,
sistemas hidricos.
visto que ela é
fisicamente heterogênea, o que torna difícil a
discretização espacial para os fenômeno.

A utilização de Modelos Matemáticos em recursos


hídricos é baseada em três condições fundamentais:

i) Precisamos de dados físicos, climáticos, históricos, etc. do


sistema;

ii) Precisamos definir os objetivos do estudo (e a precisão


desejada);

iii) Precisamos definir uma Metodologia (ou seleção do modelo).


Modelos Matemáticos
Modelos Matemáticos
 Os Modelos Matemáticos são usados para simular condições
planejadas e não existentes (p.ex.: o efeito hidráulico do corte de um
meandro do rio, ou o nível de qualidade de água de um rio após a
entrada de um efluente, o desempenho operacional de um
reservatório pelo incremento das demandas hídricas futuras, etc.,

 Situações como essas são chamadas de: CENÁRIOS DE


PLANEJAMENTO.

 Condições como acima referidas não podem ser medidas


antes de serem executadas e não devem ser executadas
antes de se conhecer seus efeitos.

 Os Modelos Matemáticos permitem simular condições planejadas


e permitem definir alternativas de soluções para problemas existentes
(ex.: como veremos no caso da Operação de Pedra do Cavalo).
Modelos Matemáticos
o São técnicas que permitem representar as alternativas de solução e
simular condições reais que poderiam acontecer.

Dúvidas/afirmações podem surgir sobre a validade desses


métodos, como:
 Por que simular se posso medir?
 O modelo dará solução? (o modelo deve ser visto como uma
ferramenta não um objetivo).
 Os modelos são teóricos e nunca se aplicam.
 São necessários muitos dados que na prática não existem.

(*) Essas perguntas/afirmações regra geral são geradas pela mistificação sobre os
modelos, razão até da pouca informação disponível sobre os “pacotes” de programas,
onde o profissional que vai usar o modelo recebe apenas um aprendizado da entrada
de dados.
Classificação dos Modelos Matemáticos
Segundo Tucci (1987), os Modelos Matemáticos são assim
classificados:

a) Contínuo: um modelo é dito contínuo quando representa os


fenômenos de forma contínua no tempo (ex.: o registro de uma
função contínua no tempo é o uso do linígrafo gráfico para registrar níveis
de água, em um curso de água ou reservatório).

b) Discreto: os fenômenos do sistema a ser representado e as


mudanças de estado se dão em intervalos discretos (um sistema
pode se modificar continuamente, mas para efeito de projeto/estudo os
registros são efetuados em intervalos de tempo, onde a escolha do
intervalo é função da economia desejada e da precisão dos resultados ,
que são conflitantes - à medida que o intervalo temporal diminui, o custo
para medir os dados e computá-los aumenta, mas em favor da melhoria
da precisão desses resultados)
Classificação dos Tipos de Modelos Matemáticos

c) Concentrado: um sistema/modelo é concentrado


(lumped) quando seus parâmetros e variáveis variam
somente em função do tempo - não leva em conta a
variabilidade espacial (a precipitação média de uma
bacia é um exemplo de variável concentrada).

d) Distribuído: um sistema/modelo é dito distribuído


quando as variáveis e parâmetros variam também no
espaço e/ou do tempo.

(*) Na prática não existem modelos puramente distribuídos já que são


utilizadas discretizações numéricas que, de alguma forma, tornam o
modelo distribuído num concentrado, numa pequena subdivisão.
Modelos Matemáticos:
Classificação dos tipos de modelos.
e) Empíricos: são os chamados modelos “caixa preta”
(black box), em que se ajustam os valores calculados
aos dados observados, através de funções que não têm
nenhuma relação com os processos físicos envolvidos,
sendo por vezes baseados em análises estatísticas
(correlação e análise de regressão).

f) Conceitual: um modelo é dito conceitual, quando as funções


utilizadas na sua elaboração levam em consideração os
processos físicos; podem ser reclassificados de acordo com o
tipo de equação que representa o processo, em:

 Lineares: nestes a incógnita ou variável desconhecida é de


primeira potência.

 Não-Lineares: a variável desconhecida se apresenta com


potência não unitária.
Classificação dos tipos de modelos.
g) Determinístico: um sistema/modelo é dito determinístico,
ignorada a chance de ocorrência das variáveis envolvidas no
processo, se segue uma lei definida que não a lei da
probabilidades.

(*) Dooge J. C. (1973) definiu a diferença entre sistemas determinísticos e


estocásticos, da seguinte forma: quando, para uma mesma entrada, o
sistema produz sempre a mesma saída, o sistema é determinístico; o
sistema é estocástico quando o relacionamento entre entrada e saída é
estatístico.

h) Estocástico: quando qualquer variável Xt , Yt , Et , onde Xt é a


entrada, Yt a saída e Et , o erro, são variáveis aleatórias, explicadas
por uma distribuição de probabilidades. Se a chance de ocorrência
da variáveis é levada em conta e o conceito de probabilidade é
introduzido na formulação do modelo, o processo e o modelo são
ditos estocásticos (Clarke, 1973).
- Um Conceito Importante sobre Modelos -
o Overton e Meadows (1976) dizem: “se é feita uma
representação matemática altamente complexa, o risco de
não se representar bem o sistema é minimizado, porem a
dificuldade de obtenção de uma solução será maximizada,
uma vez que os muitos dados requeridos exigirão maior
esforço de programação, podendo exceder as
disponibilidades de recursos humanos, financeiros e de
tempo”.

o Contrariamente, se uma modelagem matemática mais


simplificada é selecionada ou desenvolvida, o risco de não se
representar bem o sistema será maximizado, porem a
dificuldade na obtenção de uma solução será minimizada.
Representação das tendências de dificuldades quanto
à complexidade de um modelo matemático
- Modelos -
 A gestão de recursos hídricos é por característica um
campo de ação multidisciplinar, necessitando que se
reúna todo o processo quantitativo das diferentes fases,
de forma clara, para que sejam tomadas decisões.

 Devido ao grande número de alternativas que podem


existir no planejamento/gerenciamento dos
recursos hídricos, considerando os diversos usos e
disponibilidades hídricas, é necessário se utilizar de
MODELOS para melhor quantificar os fenômenos e
permitir analisar alternativas de solução, auxiliando no
processo de decisão.
Modelos Matemáticos
 Os Modelos Matemáticos são usados para simular condições
planejadas e não existentes (p.ex.: o efeito hidráulico do corte de um
meandro do rio, ou o nível de qualidade de água de um rio após a
entrada de um efluente, o desempenho operacional de um
reservatório pelo incremento das demandas hídricas futuras, etc.,

 Situações como essas são chamadas de: CENÁRIOS DE


PLANEJAMENTO.

 Condições como acima referidas não podem ser medidas


antes de serem executadas e não devem ser executadas
antes de se conhecer seus efeitos.

 Os Modelos Matemáticos permitem simular condições planejadas


e permitem definir alternativas de soluções para problemas existentes
(ex.: como veremos no caso da Operação de Pedra do Cavalo).
Um modelo matemático: a Equação do Balanço Hídrico
(importante formulação na operação de reservatórios)
Construção de Modelos Matemáticos
(etapas básicas envolvidas)

Sistema Real

Definição e Simplificação
Descrição do Problema

Revisão Modelo
Matemático
Soluções apontadas
pelo Modelo

Decisão Implementação da
Teórica x Política Solução
Modelos matemáticos: usos gerais
 Extensão de séries hidrológicas; chuva x vazão.
 Planejamento e projeto de sistemas hídricos.

 Previsão hidrológica em tempo real.

 Avaliação do impacto das modificações dos


sistemas hídricos; Análise ambiental e da
qualidade da água.

 Hidráulica; Sistemas Abastecimento de água.


Alguns tipos de modelos usados em gestão de recursos hídricos,
segundo áreas fundamentais.
Considerações sobre tipos e usos de modelos em gerenciamento
de recursos hídricos.
Modelos matemáticos: usos gerais
 Extensão de séries hidrológicas; chuva x vazão.
 Planejamento e projeto de sistemas hídricos.

 Previsão hidrológica em tempo real.

 Avaliação do impacto das modificações dos


sistemas hídricos; Análise ambiental e da
qualidade da água.

 Hidráulica; Sistemas Abastecimento de água.


Modelos Matemáticos
 Os Modelos Matemáticos são usados para simular condições
planejadas e não existentes (p.ex.: o efeito hidráulico do corte de um
meandro do rio, ou o nível de qualidade de água de um rio após a
entrada de um efluente, o desempenho operacional de um
reservatório pelo incremento das demandas hídricas futuras, etc.,

 Situações como essas são chamadas de: CENÁRIOS DE


PLANEJAMENTO.

 Condições como acima referidas não podem ser medidas


antes de serem executadas e não devem ser executadas
antes de se conhecer seus efeitos.

 Os Modelos Matemáticos permitem simular condições planejadas


e permitem definir alternativas de soluções para problemas existentes
(ex.: como veremos no caso da Operação de Pedra do Cavalo).
Dois são os grandes propósitos da Análise de
Sistemas de Recursos Hídricos (Lanna, 1997), a
saber:

i. Simular o comportamento da realidade do meio


que se deseja representar e estudar,

ii. Otimizar os processos decisórios que atuam sobre


a realidade, preocupando-se com as melhores
soluções, a nível de projeto, de um sistema específico.

(*) Estes propósitos dão margem à utilização de duas técnicas mais


usuais na análise de sistemas de recursos hídricos, como sejam
a Simulação e a Otimização.
E o que vem a ser Simulação ?
 A Simulação (matemática) é, sem dúvida, a
técnica mais flexível e amplamente utilizada no
setor de recursos hídricos, sendo mais geral e
intuitiva.

 É uma técnica de modelagem usada para


aproximar o comportamento espacial ou
temporal de um sistema em um computador,
representando as suas principais
características por meio de descrições
algébricas ou matemáticas (Maass et al., 1962).
- Simulação -
 A principal característica da técnica da simulação
é que ela tenta representar um sistema físico e
prever seu comportamento sob um determinado
conjunto de condições, não apresentando,
praticamente, nenhuma exigência quanto à
natureza do problema, a não ser a de que ele
possa ser formulado matematicamente.

A sua principal desvantagem está na


discretização de processos contínuos e na
dificuldade de representação matemática de alguns
processos físicos.
- Simulação -
 Os modelos de simulação são fáceis de entender
e, por esta razão, são amplamente aceitos por altos
níveis gerenciais, geralmente constituídos por não
especialistas e até mesmo por leigos, sendo, com
certeza, a classe de modelos mais amplamente
utilizada na análise de sistemas de recursos hídricos.

 Modelos de simulação são “incapazes” de encontrar


os valores das variáveis de decisão que otimizem os
critérios formulados pelo usuário, o que constitui outro
ponto fraco da técnica.
- Simulação -
 Um modelo de simulação não é capaz de gerar
diretamente uma solução ótima, por exemplo, para um
problema de operação de reservatório, entretanto, quando
exercitado várias vezes com políticas de decisão
alternativas, pode detectar uma solução ótima ou próxima
da ótima (Simonovic, 1992).

 Se o usuário deseja encontrar valores ótimos para as


variáveis de decisão, via modelo de simulação, obriga-se a
recorrer aos chamados métodos de força bruta (processos
de tentativa e erro), que se baseiam no processamento
repetitivo do modelo, de forma a exaurir a faixa de valores
possíveis das variáveis de decisão.
- Modelos de Simulação -
Um existem dois tipos básicos de modelos de simulação
em recursos hídricos:

 O primeiro tipo diz respeito à simulação dos processos


hidrológicos (ex.: modelos transformação de chuva em
vazão) e de qualidade da água, onde equações diferenciais
e relações empíricas são utilizadas para representação de
vários aspectos quantitativos e qualitativos do ciclo
hidrológico;

 O segundo tipo de modelo de simulação é referido aos


aspectos de dimensionamento e operação de sistemas de
recursos hídricos, naturais ou artificiais.
- Simulação -
Configuração de um modelo de simulação
(observar a inserção de um ente no processo – o tomador de decisão, que pode
ser uma pessoa, uma organização, com poderes de analisar, escolher, rejeitar e
decidir pela seleção da melhor entre as alternativas obtidas pela simulação).
- Modelos de Simulação -
Alguns Modelos de Simulação Hidrológica:
SMAP
Modelos de Simulação Hidrológica:
Alguns Modelos de Simulação Hidrológica
Modelos de Simulação Hidrológica:

 O modelo AÇUMOD (Silans et al., 2000) é um modelo


distribuído conceitual que simula o processo de transformação
da chuva em vazão.

 Uma característica singular deste modelo é que o mesmo


realiza o balanço hídrico dos elementos hidráulicos
(açudes, captações d’água, etc.) existentes na rede de
drenagem. Estes elementos modificam o regime de
escoamento de uma bacia hidrográfica.
Outros tantos Modelos de Simulação:
Modelos de Simulação: operação de reservatórios
Um Modelo de simulação da operação de reservatórios
NOTÍCIAS HÍDRICAS (Falecimento : 02/07/19)
Modelos matemáticos: usos gerais
 Extensão de séries hidrológicas; chuva x vazão.
 Planejamento e projeto de sistemas hídricos.

 Previsão hidrológica em tempo real.

 Avaliação do impacto das modificações dos


sistemas hídricos; Análise ambiental e da
qualidade da água.

 Hidráulica; Sistemas Abastecimento de água.


No Processo de Planejamento de Recursos Hídricos,
existem três meios onde isto se desenvolve:

1. O Social e Político, que estabelece e processa as


demandas da sociedade, e de seus representantes políticos.

2. O Meio Técnico, onde são realizadas as análises técnicas


que subsidiam o plano (ou uma tomada de decisão).

3. O Meio Deliberativo, onde são tomadas as decisões, os


estudos técnicos devem ser aprovados e o plano deve ser
selecionado entre as alternativas.
Técnicas de Análise de
Sistemas de Recursos Hídricos
GCET 118 - Planejamento de Recursos Hídricos
1. Introdução: os Recursos Hídricos. Águas e Recursos
Hídricos.
C
2. Gestão, Planejamento e Gerenciamento de Recursos
O Hídricos.
N 3. Recursos Hídricos: Engenharia e os Usos múltiplos.
T 4. Reservatórios; Conflitos em Recursos Hídricos;
E 5. Política de Recursos Hídricos do Brasil X Políticas de
Ú Recursos Hídricos do Estado da Bahia.

D 6. Análise de Sistema Hídricos: Simulação .


O 7. Análise Econômica em Projetos de Recursos Hídricos

8. Tópicos Especiais: Políticas Públicas de Recursos Hídricos no


Semi-Árido do Brasil: Velhas Lições, Novas Propostas X PISF
Gestão de Recursos Hídricos X Simulação da
Operação de Reservatórios
Operação de Reservatório: observação conclusiva
Vimos: Volumes Operacionais de Reservatórios
SIMULAÇÃO DA OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS
- Equação do Balanço Hídrico -
 A construção e operação de

reservatórios têm como


princípio fundamental o
desenvolvimento de reserva de
água nos períodos de excesso
hídrico para seu posterior uso
nos períodos de escassez,
possibilitando a sua
redistribuição espacial e
temporal, em quantidade e
qualidade.
SIMULAÇÃO DA OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS
Na operação de reservatórios com dimensões
conhecidas, o objetivo é orientar a programação de
acumulações e descargas, que podem variar ao longo
do tempo.

 Em todas as situações, de planejamento ou


gerenciamento, o problema básico passa pela
necessidade da definição das relações entre as
características das afluências ao reservatório, sua
capacidade de acumulação, as regras de liberação de
água para atendimento das demandas e o grau de
confiabilidade desejado na operação.
SIMULAÇÃO DA OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS
A estrutura básica de um modelo de simulação para representação
de um sistema, como reservatórios, pode ser dada por :
i) Variáveis de entrada: vazões afluentes, precipitações, evaporações e
eventuais variáveis exógenas, como restrição de vazões e os limites
operacionais dos níveis dos reservatórios;
ii) Variáveis de estado: variam ao longo do período de simulação e
controlam o comportamento do sistema (e.g., volume armazenado no
reservatório);
iii) Variáveis de saída: respostas da simulação, escolhidas pelo operador
(e.g., custo ou benefício da operação do reservatório, vazões defluentes);
iv) Parâmetros do modelo: variáveis que caracterizam o sistema, tais
como capacidade dos reservatórios;
v) Intervalo de tempo: deve ser determinado de acordo com as
necessidades do estudo, balanceando recursos computacionais e precisão
dos resultados.
O Modelo Hidro 4
Um Modelo Matemático de Simulação para operação de
reservatórios, com base no balanço hídrico e zonas de alerta
O Modelo de Simulação Hidro 4
SIMULAÇÃO - Simulação computacional do balanço hídrico do reservatório:

RESTRIÇÃO :

Simulação da operação mensal, com Modelo Hidro 4


base em níveis de alerta

Uma Regra Padrão Regra Modificada: f ( Armazenamento)


(Modificada de Mcmahon, 1978)
Vários Dados Hidrológicos são necessários:
 Dados de
 Precipitação Evaporação Tanque Classe A
Dados Hidrológicos são necessários:
(Lançar mão de métodos hidrológicos)
Dados Hidrológicos do sistema precisam ser tratados:
 Precipitação direta no reservatório Distribuição da precipitação média mensal (1947-2001)

120,0 1 1 3 ,7

Posto Código Coordenadas Períodocomdados


1 0 9 ,9
1 0 1 ,2
9 6 ,2
100,0
8 7 ,9
8 3 ,1

Altura de chuva (mm)


Latitude Longitude (*) 80,0
5 9 ,9
6 9 ,8
7 8 ,5

5 6 ,7

PedradoCavalo 1238915 12º34’ 38º59’ 1946a2004 60,0


4 7 ,6 4 6 ,0

40,0

PonteRioBranco 1239916 12º14’ 39º03’ 1937a2004 20,0

SantoEstevão 1239919 12º26’ 39º14’ 1963a2004 0,0


Ja n F ev M ar A br M ai Ju n Ju l A go S et O ut N ov Dez

Argoim 1239902 12º35’ 39º31’ 1960a2004 Mês

Precipitação anual (1947-2001)


(Pm-950,4mm)

Evaporação média mensal (mm)


 Dados de Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Evaporação 154 142 162 156 149 127 110 101 101 119 129 146
Fonte: SRH (2004)
 Dados de Vazão são necessários
 Dados de Vazão são necessários
Dados de Vazão: curvas chave
Banco de Dados precisam ser consultados
3 3
Dados Hidrológicos Estação Código Q90 (m /s) 0,8Q90 (m /s) Período de cálculo
Vazões afluentes Argoim 51350000 9,10 7,28 1946 a 2002
ao reservatório Ponte Rio Branco 51460000 1,52 1,21 1929 a 2002
Pedra do Cavalo
Total 10,62 8,49

Vazões médias mensais


(1947-2001)
Dados Hidrológicos
Estação Código Q90 (m3/s) 0,8Q90 (m3/s) Período de cálculo
Argoim 51350000 9,10 7,28 1946 a 2002
Vazões afluentes
ao reservatório Ponte Rio Branco 51460000 1,52 1,21 1929 a 2002
Total 10,62 8,49
P ro b a b ilid a d e E m p íric a (va lo re s o b s eVazões
rva dmédias
os )
mensais
P ro b a b ilid a d e E s p e ra d a (L e i d e G a u s(1947-2001)
s)

99,2

89,3
79,4 Vazões médias
Probabilidades (%)

anuais
69,5 (1947-2001)
59,6

49,7
- Média longo termo= 97,5 m3/s
39,8

29,9 - Qmin =11,2 m3/s


20,0

10,1

0,2
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300

V a z ã o (m 3 /s )
Para análise de um sistema hídrico são necessários
dados físicos: ex. dados dos reservatório
(cota x área x volume, entre outros)
Dados de Cota x Área x Volume do reservatório Pedra do Cavalo (Andrade, 2006).
Gestão de Recursos Hídricos X Operação de Reservatórios
Esquema Básico de uma UHE : produção de energia é
proporcional ao produto entre vazão (Q) e altura de queda (H).

Q = vazão (m3/s); HI = queda líquida (m); g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2);


P = potência instalada (kW). η = rendimento do conjunto turbina/gerador (pu);
k = 10-3 * g * η * ρ ρ = peso específico da água (103 kg/m3).
O Modelo Hidro 4 - Aplicação
Um modelo matemático de simulação para operação de
reservatórios, com base no balanço hídrico e zonas de alerta.

Aplicações: abrir Planilha!)


O Modelo Hidro 4 - Aplicação
Um Modelo Matemático de Simulação para operação de
reservatórios, com base no balanço hídrico e zonas de alerta
Pedra do Cavalo: Plano de Contingência (Controle de Cheias)

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