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18 DE JULHO DE 2016 511

Regulamento de Produção, Transporte, 2. Exceptuam-se das obrigações referidas nas alíneas a) a d)


Comercialização e Garantia de Qualidade do n.º 1, os estabelecimentos cujo clinquer usado no processo de
produção é proveniente de outros estabelecimentos industriais.
de Cimentos Correntes
CAPÍTULO I ARTIGO 6

Disposições Gerais (Equipamento a instalar)

ARTIGO 1 1. O equipamento a ser instalado em estabelecimentos


industriais de produção do cimento, não deve ter o tempo de vida
(Definições)
útil remanescente inferior a 50% do estabelecido pelo fabricante
O significado dos termos usados neste Regulamento consta e deve ser acompanhado do respectivo manual de instruções de
do glossário em anexo. operação, do manual do fabricante e da ficha da última inspecção
técnica realizada.
ARTIGO 2 2. O equipamento a ser instalado em estabelecimentos
(Objecto) industriais de produção do cimento, quando recondicionado, deve
ter afixada uma etiqueta indelével, complementar às rotulagens
O presente Regulamento tem por objecto estabelecer e etiquetas exigidas ao equipamento novo, incluindo a indicação
requisitos técnico-funcionais, de saúde, higiene e segurança, e de que se trata de um equipamento recondicionado e o tempo de
de ambiente que devem ser observados na produção, transporte vida útil pós-recondicionamento.
e comercialização de cimentos correntes, bem como estabelecer 3. O equipamento deve ser acompanhado de documentação
a obrigatoriedade da avaliação da conformidade do cimento comprovativa do grau de recondicionamento por unidade
nacional e importado. ou componente
ARTIGO 3 ARTIGO 7
(Âmbito) (Laboratório)

O presente Regulamento aplica-se a produção, transporte e 1. O estabelecimento industrial de produção de cimentos


comercialização de cimentos correntes destinados à construção correntes deve dispor de um laboratório com capacidade para
no território nacional. controlar as matérias-primas e o processo tecnológico de produção
utilizado, de modo a garantir a conformidade do produto com as
ARTIGO 4 normas de referência.
(Licenciamento) 2. O laboratório deve estar equipado para realizar os ensaios
definidos na norma NM NP EN197-1.
1. O licenciamento de estabelecimentos industriais e
comerciais de cimentos correntes rege-se pelos regulamentos de ARTIGO 8
Licenciamento da Actividade Industrial e Comercial em vigor.
2. Para além da regulamentação prevista neste decreto, devem (Rotulagem)
ser observados outros requisitos estabelecidos em legislação Sem prejuízo do estabelecido na legislação metrológica em
específica em vigor no que tange ao processo de licenciamento. vigor e das Normas Moçambicanas, nomeadamente NM 15 e NM
CAPÍTULO II 80, os sacos de cimentos correntes devem conter as inscrições
seguintes:
Instalações, produção, transporte e comercialização
a) Designação do cimento segundo a Norma Moçambicana
ARTIGO 5 NM NP EN 197-1 incluindo o tipo e classe
(Instalações e processos de produção) de resistência;
b) Nome e endereço do fabricante, embalador, importador
1. Os estabelecimentos industriais de produção de cimentos ou distribuidor, conforme o caso;
correntes, devem comportar, no mínimo, as seguintes instalações c) Data de embalagem;
e processos: d) Designação “usar de preferência até 3 meses após a data
a) Preparação das matérias-primas, que compreende o seu de embalagem”;
desmonte ou recepção, transporte, até à redução das e) Massa em quilogramas;
suas dimensões ao calibre conveniente; f) Símbolo da marca de certificação, havendo.
b) Armazenamento das matérias-primas preparadas;
c) Moagem do cru; ARTIGO 9
d) Cozedura ou clinquerização em fornos revestidos com (Armazenamento)
material refractário livre do crómio, para a protecção
do “tubo” e a redução de perdas térmicas; 1. Os cimentos correntes devem ser armazenados em local
e) Armazenamento do clínquer e matérias subsidiárias seco, coberto e fechado, protegido da acção das intempéries, da
em instalações apropriadas para garantir a qualidade humidade e de outros agentes nocivos à sua qualidade e ambiente.
do produto final e meio ambiente; 2. O armazenamento do cimento deve ser feito em embalagens
f) Moagem do clínquer ou produção de cimento; adequadas ou em silos de modo a preservar a qualidade
g) Armazenamento do cimento; de cimento, conforme a NM NP EN 197-1.
h) Instalações de expedição do cimento ensacado e/ou a 3. O cimento armazenado em sacos, deve estar em paletes de
granel; 40 sacos no máximo, com uma sobreposição inferior a 20 sacos e
i) Laboratório de ensaio. devem estar, no mínimo, a 100cm das paredes e a 50 cm do tecto.
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4. No caso de armazenamento em big bags a sobreposição CAPÍTULO III


máxima deve ser de um big bag. Saúde, Higiene, Segurança e Ambiente no Trabalho
5. Os lotes de cimento produzidos ou recebido em datas
diferentes não devem ser misturados, devem ser colocados ARTIGO 13
separadamente de maneira a facilitar a inspecção e a sua saída (Requisitos de laboração)
por ordem da data de embalagem.
Os estabelecimentos industriais e comerciais de cimentos
6. O cimento a granel armazenado em silos, deve ter um prazo correntes devem garantir o cumprimento dos requisitos técnicos,
de validade de seis meses, contados a partir da data do seu fabrico, de higiene, de segurança, de saúde ocupacional e ambiental
findo o qual deve ser reensaiado. constante do presente regulamento e de outra legislação em vigor
ARTIGO 10 sobre a matéria.

(Expedição, transporte e manuseamento) ARTIGO 14


1. As instalações de expedição do cimento a granel devem (Condições de Saúde, Higiene, Segurança e Ambiente
dispor de equipamentos específicos de carregamento, incluindo no Trabalho)

básculas adequadas para camiões. 1. Os estabelecimentos industriais de produção de cimento


2. As bocas de saída e/ou entrada do cimento do silo-reboque devem ter um Manual Específico sobre a Saúde, Higiene,
devem estar vedadas de modo a preservar a qualidade do cimento, Segurança e Ambiente no Trabalho, a ser aprovado pelos ministros
prevista na NM NP EN 197-1. que superintendem as áreas de trabalho, saúde, indústria, ouvidas
3. O transporte do cimento em sacos adequados até ao local de as Associações Sindicais e de Empregadores representativos e as
armazenamento deve ser feito de maneira a preservar a qualidade áreas de Construção e do Ambiente.
do cimento estabelecida na NM NP EN 197-1, para evitar a 2. As associações empresariais e as organizações sindicais
ruptura dos sacos ou a incidência da água na carga, sem prejuízo devem estabelecer códigos de boa conduta, relativamente às
do previsto na legislação do transporte de cargas. matérias de higiene e segurança no trabalho.
4. O cimento deve ser expedido a granel, em big bags ou em 3. Sem prejuízo do previsto na legislação em vigor sobre a
sacos adequados com peso de 50 Kg. matéria, os estabelecimentos industriais de produção de cimentos
5. Quando expedido a granel, a cisterna deve ser estanque. correntes, depósitos de importação e comercialização de cimento
corrente, devem ter uma Políitica assinada pela autoridade
ARTIGO 11 máxima da empresa.
(Ficha de segurança)
4. Os estabelecimentos industriais de produção de cimento,
devem criar comissões de segurança no trabalho que integram
Os estabelecimentos industriais de produção de cimento e representantes dos trabalhadores e do empregador, com o
os estabelecimentos que comercializam o cimento importado objectivo de monitorar e reportar o cumprimento das normas
devem criar uma ficha de segurança por cada tipo de cimento de higiene e segurança no trabalho, investigar as causas dos
corrente de produção nacional ou importado, a qual deve conter acidentes e em colaboração com os serviços técnicos da empresa,
a seguinte informação: organizar os métodos de prevenção e assegurar a higiene no local
a) Identificação do produto e do estabelecimento industrial do trabalho.
de produção de cimento; 5. A política referida no número anterior deve demonstrar
b) Composição e notação; o compromisso da empresa em respeitar todos os requisitos
aplicáveis, sobre a matéria de Saúde, Higiene, Segurança
c) Identificação dos perigos, primeiros socorros, medidas
e Ambiente no Trabalho.
de combate a incêndios e a tomar em caso de fugas
6. O manual específico sobre a Saúde, Higiene, Segurança
acidentais, manuseamento e armazenagem; e Ambiente no Trabalho deve ter entre outros os seguintes
d) Controlo da exposição e protecção individual; conteúdos:
e) Propriedades físicas e químicas;
a) Procedimentos Específicos de Segurança: Elaboração de
f) Estabilidade e reactividade;
regras e instruções específicos de segurança que visa
g) Informação toxicológica, ecológica, relativas ao identificação, avaliação e controle de todos os riscos no
transporte e sobre a regulamentação; local de trabalho para garantir a integridade física dos
h) Considerações relativas à eliminação do produto trabalhadores que no mínimo incluem; identificação
(excedentes ou resíduos) e embalagens usadas; e avaliação de riscos, uso obrigatório de equipamento
i) Outras informações. de protecção individual, tolerância zero ao consumo
de álcool e drogas;
ARTIGO 12 b) Gestão de Saúde: realização dos exames médicos
(Certificação) periódicos, disponibilização de meios de primeiros
socorros, programas de saúde ocupacional;
1. A venda de cimentos correntes no mercado nacional só c) Sinalização de segurança: circulação e parqueamento
pode realizar-se após ter sido certificado pelo Laboratório de veículos, circulação de peões, acessos e vias de
de Engenharia de Moçambique, na qualidade de organismo evacuação em caso de necessidade ou emergência,
certificador. locais que requeiram cuidados especiais ou o uso
2. Os cimentos correntes importados devem ser acompanhados de dispositivos de protecção individual, definidos
por um certificado de qualidade emitido por uma entidade na NM 67;
competente reconhecida pelo INNOQ, antes da entrada d) Segurança: de veículos e unidades móveis; para trabalho
no território nacional. nas alturas; contra deslizes, tropeções e quedas;
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para entrada em silos ou em espaços confinados, ARTIGO 19


contra electrocussão, afogamento, queima com
(Sanções)
calor, protecção das máquinas e outras boas práticas
aplicáveis; 1. As infracções às disposições do presente Regulamento são
e) Procedimentos em caso de incêndios: cuidados para puníveis de seguinte modo:
prevenir incêndios, medidas de combate e localização
de extintores, formas de evacuação e cuidados a) A violação do disposto no artigo 6 tem a seguinte
a observar, identificação do tipo de incêndio e graduação em salário mínimo em vigor na Função
comunicação aos bombeiros, definidos na NM 66. Pública:
7. Os estabelecimentos industriais de produção de cimentos i) N.º 1 punida com multa de 50 salários mínimos;
correntes devem fornecer comprovativos de formação contínua ii) N.º 2 punida com a multa de 40 salários mínimos.
das regras de Saúde, Higiene, Segurança e Ambiente no trabalho
obedecendo a legislação em vigor sobre a matéria, inclusive b) A violação do disposto no artigo 8 é punida com multa
certificação de trabalhos envolvidos nas actividades de alto risco, de 30 salários mínimos em vigor na Função Pública.
tais como trabalhos em altura, trabalhos a quente, elevação de c) A violação do disposto no artigo 9 tem a seguinte
carga, operadores de equipamentos pesados. graduação em salário mínimo em vigor na Função
Pública:
ARTIGO 15 i) N.º 1 punida com a multa de 25 salários mínimos;
(Manutenção do registo dos indicadores de segurança e de saúde ii) N.º 2 punida com a multa de 40 salários mínimos;
ocupacionais) iii) N.º 3 punida com a multa de 10 salários mínimos;
1. O controlo dos indicadores de segurança e de saúde iv) N.º 4 punida com a multa de 10 salários mínimos;
ocupacionais deve ser sistemático e o seu registo conservado por v) N.º 5 punida com a multa de 25 salários mínimos.
um período mínimo de 20 anos. d) A violação do disposto no artigo 10 tem a seguinte
2. O registo indicado no número anterior deve incluir toda graduação em salário mínimo em vigor na Função
informação relevante em fichas específicas, a serem aprovadas Pública:
pela entidade que superintende a área laboral, ouvida a entidade
i) N.º 1 punida com a multa de 30 salários mínimos;
que superintende o sector da indústria.
3. Os trabalhadores, através do Comité Sindical, devem ii) N.º 2 punida com a multa de 25 salários mínimos;
ter acesso ao registo dos seus dados pessoais referidos iii) N.º 3 punida com a multa de 15 salários mínimos;
nos n.ºs 1 e 2 deste artigo. iv) N.º 4 punida com a multa de 50 salários mínimos;
v) N.º 5 punida com a multa de 40 salários mínimos.
ARTIGO 16
e) A violação do disposto no artigo 11 é punida com multa
(Padrões de qualidade ambiental e de emissões de 100 salários mínimos em vigor na Função Pública.
de efluentes e resíduos) f) A violação do disposto no artigo 12 é punida com multa,
Os estabelecimentos industriais de produção de cimentos cujo valor, será elevado ao dobro do valor do cimento
correntes devem observar os padrões de qualidade ambiental e apreendido, sem prejuízo do imperativo de devolução
de emissões de efluentes e resíduos, estabelecidos na legislação do mesmo à procedência.
em vigor sobre a matéria. g) A violação do disposto no artigo 13 é punida com multa
de 30 salários mínimos em vigor na Função Pública.
CAPÍTULO IV
h) A violação do disposto no artigo 14 tem a seguinte
Organização graduação em salário mínimo em vigor na Função
ARTIGO 17 Pública:
(Direcção técnica) i) N.º 1 punida com a multa de 60 salários mínimos;
ii) N.º 3 punida com a multa de 50 salários mínimos;
A direcção técnica dos estabelecimentos industriais de
produção de cimentos correntes deve incluir engenheiros ou iii) N.º 4 punida com a multa de 30 salários mínimos;
técnicos com formação superior relacionado com a área de iv) N.º 5 punida com a multa de 30 salários mínimos;
produção de cimentos correntes ou similar: v) N.º 6 punida com multa de 25 salários mínimos.
a) Fábrica: Engenharia Química ou área similar; i) A violação do disposto no artigo 15 tem a seguinte
b) Controlo da Qualidade: Ciências Químicas, Engenharia graduação em salário mínimo em vigor na Função
Civil ou área similar; Pública:
c) Laboratórios: Ciências Químicas ou área similar;
d) Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente: i) N.º 1 punida com a multa de 60 salários mínimos;
Engenharia, Ciências sociais ou área similares. ii) N.º 2 punida com a multa de 50 salários mínimos;
iii) N.º 3 punida com a multa de 60 salários mínimos.
CAPÍTULO V
Fiscalização ARTIGO 20
ARTIGO 18 (Reincidência)
(Competência) Às infracções mencionadas no presente regulamento, em
Compete à entidade pela fiscalização das actividades caso de reincidência é elevado ao dobro o valor da sanção
económicas proceder a fiscalização do cumprimento do presente correspondente, sem prejuízo da revogação do alvará ou
Regulamento, sem prejuízo das entidades que tutelam a matéria encerramento do estabelecimento industrial em função
inerente ao transporte, garantia de qualidade, ambiente e trabalho. da gravidade da mesma.
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ARTIGO 21 h) Marca de certificação: aquela que destina-se a atestar


a conformidade de um produto ou serviço com
(Competência para aplicação de sanções)
determinadas normas ou especificações técnicas,
Compete à entidade pela fiscalização das actividades em particular quanto à qualidade, natureza, material
económicas a aplicação das medidas sancionatórias previstas nos utilizado e metodologia empregada.
artigos 19 e 20, sem prejuizo das entidades que tutelam as matérias i) Matérias–primas e aditivos: os referidos na norma NM
de Transporte, Garantia de Qualidade, Ambiente e Trabalho. NP EN197-1:2005 sobre cimentos.
ARTIGO 22 j) Norma: documento estabelecido por consenso e aprovado
por um organismo reconhecido, que fornece para
(Prazo de pagamento de multas) utilização comum e repetida, regras, directrizes ou
1. O prazo de pagamento de multas aplicadas no âmbito do características, para actividades ou seus resultados,
presente regulamento é de 30 dias, contados da data da recepção garantindo um nível de organização óptimo, num
do aviso. dado contexto.
2. O não pagamento voluntário da multa no prazo fixado k) Normas de referência:
no número anterior, leva a remissão do processo ao Juízo das (i) NM - Norma Moçambicana;
Execuções Fiscais da área respectiva para efeitos de cobrança (ii) NP - Norma Portuguesa;
coerciva. (iii) EN – Norma Europeia;
(iv) OHSAS – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde
ARTIGO 23 Ocupacional;
(Destino do produto das multas)
(v) INNOQ – Instituto Nacional de Normalização
e Qualidade;
O destino a dar ao produto das multas previstas no artigo 19 (vi) LEM – Laboratório de Engenharia de Moçambique;
será de acordo com o seguinte: (vii) NM NP EN 197-1: cimento. Parte 1:Composição,
a) 60% para a entidade responsável pela inspecção especificações e critérios de conformidade para
e fiscalização das actividades económicas; cimentos correntes;
b) 40% para o Orçamento do Estado. (viii) NM NP EN 197-2: cimento. Parte 2:Avaliação
da conformidade;
ARTIGO 24 (ix) NM OHSAS 18001: sistema de gestão da segurança
e saúde no trabalho-Requisitos;
(Taxas)
(x) NM 66: símbolos e sinais de segurança de combate
São devidas taxas pelo Controlo de Qualidade, nos termos do ao incêndio;
presente Regulamento, constantes da legislação aplicável sobre (xi) NM 67: sinais de segurança gerais;
a matéria. (xii) NM 15: requisitos gerais para a rotulagem de
produtos embalados e para a venda de mercadorias
sujeitas ao controlo de metrologia legal;
Glossário (xiii) NM 80: tolerâncias permitidas para acrânia
de medições feitas em termos de legislação
a) Big bag: é saco grande e muito resistente utilizado de metrologia legal incluindo as medições de
pela indústria para o acondicionamento de transporte mercadorias quando pré-medidas ou quando
de cimento a granel. medidas na presença do consumidor ou em
b) Certificação: processo no qual uma terceira entidade consequência de uma venda, requisitos para
inspecção de produtos pré-medidos.
avalia se determinado produto atende as normas
técnicas. l) Padrões de emissão: os que estabelecem os valores
c) Cimento: ligante hidráulico, isto é, um material máximos de emissão de poluentes ambientais
inorgânico finamente moído que, quando misturado provenientes de fontes fixas ou móveis, segundo
com água, forma uma pasta que faz presa e endurece a legislação em vigor.
m) Perigo: situação ou acto com potencial para provocar
devido a reacções e processos de hidratação e que,
danos humanos em termos de lesão, doença ou
depois do endurecimento, conserva a sua resistência
combinação de ambos, e danos materiais.
mecânica e estabilidade mesmo debaixo da água. n) Produção: actividade de fabricação de cimentos
d) Cimentos Correntes: família de 27 tipos de cimento hidráulicos, prevista no Classificador de Actividades
produzidos localmente ou importados de composição Económicas.
definida na norma NM NP EN197-1:2005 sobre
cimentos.
e) Comercialização: actividade do exercício do comércio a
grosso, a retalho, representação comercial estrangeira
e operador de comércio externo previstas no Resolução n.º 16/2016
Regulamento de Licenciamento Comercial. de 18 de Julho
f) Forno: equipamento utilizado para produção do clinquer. Havendo necessidade de evitar o ónus financeiro à empresa
g) Lote: quantidade de cimento de uma mesma encomenda Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, EP (CFM)
susceptível de ser submetida a recepção como um todo no financiamento adicional às Concessionárias Corredor
e fabricada em condições consideradas uniformes. de Desenvolvimento do Norte, SA (CDN), Corredor Logístico
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Integrado de Nacala, SA (CLN) e na The Central East African Resolução n.º 17/2016
Railways Company Limited (CEAR) e a assumpção de riscos
comerciais que os accionistas das empresas concessionárias terão de 18 de Julho
que assumir para a viabilização do Corredor de Nacala, permitindo Havendo necessidade de actualizar o Acordo Intergovernamental
que a Empresa CFM, EP se capitalize e actue nos projectos de
celebrado entre o Governo da República de Moçambique
linhas e portos, onde possui o total controle, ao abrigo do disposto
na alínea f) do n.º 1 do artigo 204 da Constituição da República e o Governo da República do Malawi, aos 28 de Setembro
de Moçambique, o Conselho de Ministros determina: de 2000, por forma a que inclua o Corredor de Nacala nos
Artigo 1. É autorizada a venda da totalidade das acções detidas seus objectivos, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 1
pelos CFM, EP., nas seguintes Concessionárias: do artigo 204 da Constituição da República de Moçambique,
a) 49%, no Corredor de Desenvolvimento do Norte, SA o Conselho de Ministros determina:
(CDN) – Linha e Porto; Artigo 1. É delegada no Ministro dos Negócios Estrangeiros
b) 20%, no Corredor Logístico Integrado de Nacala, SA
(CLN) – Linha e Porto; e Cooperação, a competência para, em nome e em representação
c) 49%, na The Central East African Railways Company do Governo da República de Moçambique, negociar e assinar
Limited (CEAR), na República do Malawi. o Suplemento ao Acordo Intergovernamental, assinado entre
Art. 2. Havendo manifesta vontade dos CFM retornarem o Governo da República de Moçambique e o Governo
às concessionárias acima ou suas substitutas, este poderá da República do Malawi, de 28 de Setembro de 2000.
regressar, em termos e condições a serem acordadas entre
as partes. Art. 2. O Suplemento ao Acordo Intergovernamental visa
Art. 3. É delegada nos Ministros da Economia e Finanças e incluir o Corredor de Nacala nos seus objectivos de fomento
dos Transportes e Comunicações a competência para assinar, em do crescimento económico, através da promoção e coordenação
nome e em representação da Autoridade Concedente, os termos de negócios economicamente viáveis no transporte, agricultura,
e condições da venda das acções.
Art. 4. O Ministro dos Transportes e Comunicações poderá comércio, sector mineiro, turismo e a necessidade de rotas
delegar ao Presidente do Conselho de Administração dos CFM, comerciais adequadas e eficientes para o comércio regional
a negociação dos demais termos e condições da venda das acções, e externo, de forma a viabilizar o financiamento que permitirá
bem como a assinar os respectivos instrumentos contratuais
a realização dos investimentos.
e documentos necessários para a efectivação da presente
Resolução. Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 7 de Junho de
Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 7 de Junho 2016.
de 2016.
Publique-se. Publique-se.
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário. O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Preço — 41,85 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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