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TECIDO CONJUNTIVO

1. CARACTERISTICAS
- Muita matriz extracelular (MEC) entre as células.
↳ é a combinação de proteínas fibrosas (fibras) e um conjunto de macromoléculas adesivas (substância
fundamental amorfa)
↳ responsável pelas funções que o tec. conj. executa;
- Muito vascularizado
- Estabelecimento e manutenção da forma do corpo;
- Ciclo de formação: mesoderma → mesênquima (tec. conj. embrionário) → tecido conjuntivo;
- Tecido conectivo;
2. COMPONENTES DA SUBSTÂNCIA INTERCELULAR (MATRIZ EXTRACELULAR – MEC)
- Meio intercelular é uma matriz orgânica que preenche os espaços entre as células
- Possui três componentes: as fibras, a substância fundamental amorfa e o plasma intersticial;
2.1 Fibras
- Parte estrutural;
- Divididas em: colágenas, reticulares e elástica.
- Fibras Colágenas:
- Função: conferem resistência (força tênsil);
- Célula produtora: fibroblastos;
- Composição química: colágeno tipo 1 (fibras grossas e feixes);
- Formação: tropocolágeno (precursor, produzido semelhante as proteínas) → fibrila → fibras;
- Cor esbranquiçada;
- São acidófilas, coram com H.E., bem rosadas, são básicas;

- Fibras Reticulares:
- Função: redes de suporte de células, capilares, nervos e membranas basais;
- Célula produtora: fibroblastos;
- Composição química: colágeno tipo 2 (fibras finas e sem resistência) e uma camada de
glicídios/carboidratos (glicoproteínas e proteoglicanos);
- Formação: tropocolágeno → fibrila → fibra fina (reticulina)
- Argilofilia: coram-se com prata, pas positivas.

- Fibras Elásticas:
- Função: elasticidade
- Célula produtora: Fibroblastos;
- Composição química: elastina (amorfa, 90% de elasticidade) e fibrilina (microfibrilas, 10% de
elasticidade);
- Formação: fibrilina (glicoproteína microfibrilar) → tropoelastina → elastina
↳ sem fibrilina, a elastina forma apenas lâminas;
- Cor amarelada, resistentes, típica em artérias, parece miojo;
- Cora com orceína (marrom), resorcina-fucsina (roxa);
2.2 Substância fundamental amorfa
- Célula produtora: Fibroblastos;
- Composição química: proteoglicanas, glicosaminoglicanas (GAG’s), e glicoproteínas multiadesivas
(fazem a interação);
↳ GAG’s: são os mais abundantes na SFA;
- São polissacarídeos;
- Carregados negativamente, atraem água;
- Cora com H.E
↳glicoproteínas multiadesivas: fibronectina, laminina e tesnascina
- Importante na estabilidade da MEC, e em suas ligações com as superfícies celulares;
- Não possui forma;
- Gel incolor e viscoso;
- Altamente hidrofílica (muita água);
- Meio de difusão (passagem) de gases, íons e pequenas moléculas;
- Filtro molecular (separa por tamanho e carga) e celular (barreira);
- Barreira mecânica (proteção);
- Resistente à compressão;
2.3 Plasma interstinal
- Parte líquida;
- Constituição semelhante a do plasma sanguíneo, devido a troca entre ambos;
3. CÉLULAS
3.1 Fibroblastos
- Origem: célula mesenquimal indiferenciada;
- Função: síntese dos componentes da substância intercelular (colágeno, elastina e proteoglicanos),
“célula mãe do tec. conj.”;
- Pode ser:
↳ Fibroblasto: célula ativa
↳ Fibrócito: célula inativa, é atrofiada e alongada. Possui organelas reduzidas;
- Citoplasma amplo e irregular;
- Núcleo alongado;

3.2 Macrófago
- Origem: monócito (célula sanguínea);
- Função: defesa por fagocitose (células doentes, bactérias e resto de tecido) e apresentadora de
antígenos (leucócitos em seguida produzem anticorpos, papel imunológico);
- Citoplasma amplo;
- Célula com “forma de feijão”;
- Célula de Langhans: macrófagos se juntam quando se deparam com um corpo estranho grandes. Célula
com vários núcleos e gigante;

3.3 Leucócitos
- Origem: Célula tronco hematopoiética;
- Função: defesa;
- Possui cinco tipos: neutrófilos, eosinófilos, basófilos (granulócitos), linfócitos e monócitos (agranulócitos)
- Reações inflamatórias:
↳ Neutrófilo: fagocita bactérias;
↳ Monócito: origina macrófagos;
↳ Linfócito B: origina plasmócitos (produz anticorpos);

3.4 Plasmócito
- Origem: Linfócito B (célula sanguínea);
- Função: síntese de anticorpos (possui muito RER);
- Citoplasma fácil de visualizar;
- Núcleoo fica na periferia;
- Célula ovoide com núcleo em forma de roda de carroça;

3.5 Mastócito
- Origem: célula tronto hemetopoiética;
- Função: produz e armazena os mediadores quimícos da inflamação e das alergias;
↳ Histamina: mediador inflamatório;
↳ Citocinas: molécula de cinalização célula-célula, atração dos leucócitos para o local da lesão;
↳ Proteoglicanas de heparina: matriz granular
- Cora com coloração específica;
- Citolasma desenvolvido e com muitos granulos, célula grande;

3.6 Pericito
- Origem: célula mesenquimal indiferenciada;
- Função: célula de reserva;
- Podem dar origem à endotélio de vasos, fibroblastos, células musculares lisas;

3.7 Adipócito
- Origem: célula mesenquimal indiferenciada;
- Função: reserva de energia (triglicerídios → armazena lipídeos);
- Citoplasma é ocupado por uma gota de gordura, células grandes;
- Núcleo espremido contra a membrana;

4. CLASSIFICAÇÃO GERAL

4.1 Tecidos conjuntivos propriamente ditos


- Tecido conjuntivo frouxo;
- Tecido conjuntivo denso;
↳ Modelado
↳ Não modelado
4.2 Tecido conjuntivo com propriedade especial
- Tecido elástico;
- Tecido reticular;
↳ Linfóide;
↳ Mielóide;
4.3 Tecido conjuntivo especializado
- Tecido adiposo;
- Tecido cartilaginoso;
- Tecido ósseo;
- Sangue;
5. TECIDO CONJUNTIVO FROUXO (AREOLAR):
- Localização: ao redor dos vasos sanguíneos;
↳ Sustentando tec. epiteliais;
↳ Preenche espaço entre tecidos e órgãos;
- Constituintes: todos os tipos de células;
↳ Todos os tipos de fibras (colágena, reticular e elástica);
↳ Substância fundamental amorfa;
↳ Plasma intersticial;
- Constituintes em quantidade equilibrada no tecido;
- Cora com H.E, coloração clara devido ao colágeno;
- Em maior quantidade no organismo;
- Muito vascularidade;
- Muito celular;

6. TECIDO CONJUNTIVO DENSO:


- Predominio de fibras colágenas (denso e resistente);
- Tipos: não modelado e modelado;

6.1 Denso não modelado


- Localização: na derme da pele (forma cápsulas e septos de órgãos);
- Constituintes: fibroblastos são as células predominantes;
↳ Fibras colágenas desorganizadas
- Cora com H.E., cor be forte devido as fibras;
- Possui menos células;

6.2 Denso modelado


- Localização: tendões e ligamentos;
- Constituintes: fibroblastos são as células predominantes;
↳ Fibras colágenas organizadas;
- Fibras de forma organiazada paralelamente;
- Comum encontrar fibroblastos (fibrócitos inativos);

7. TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO:


- Localização: paredes de artérias de grande calibre;
↳ ligamentos amarelos da coluna vertebral;
- Constituintes: fibroblastos são as células predominantes;
↳ predominio de fibras e laminas elásticas;
- Corado com resorcina/fucsina;

8. TECIDO CONJUNTIVO RETICULAR:


- Constituintes: fibras reticulares (predominam)(coram com prata);
↳ Células reticulares (principais)(fibroblastos modificados);
↳ Células do sistema mononuclear fagocitário
- Tipos: Linfóide e mielóide;
- Células possuem prolongamentos citoplasmáticos para se conectarem, formando um reticulo celular;
- Fibras reticulares associam-se, formando uma rede tridimencional;
- Corado com prata apenas ve-se as fibras reticulares;

8.1 Reticular linfóide


- Localização: ógãos linfóides
- Células reticulares;
- Presença de muitos linfócitos;
- Cora com H.E.

8.2 Reticular mieloide


- Localização: medula óssea vermelha;
- Presença de megacariócitos (células grandes que dão origem as plaquetas);
9. TECIDO CONJUNTIVO MUCOSO:
- Localização: cordão umbilical;
↳ polpa dental jovem;
- Constituintes: predominio de substância fundamental amorfa (SFA);
↳ Fibroblastos são as células predominantes;
- Cora com H.E., coloração clara;
- Parece uma renda rasgada, apresenta buracos na lâmina pq a SFA não cora bem;
- Possui poucas fibrilas (levemente lilás), proteoglicanas ácidas e levemente basófilas;

10. TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO:


- Caracteristicas gerais: formado pelas células adiposas (adipócitos, contem triglicerídios → armazena
lipídeos)
↳ São as gorduras do corpo;
- Dividido em: unilocular e multilocular;

10.1 Adiposo unilocular


- Localização: hipoderme (tecido subcutâneo);
↳ Entre tecidos e órgãos;
- Funções: Reservatório de energia (principal função, utilizada quando falta alimento);
↳ Proteção contra choques (entre órgãos, globos oculares e pés);
↳ Isolamento térmico (tecido subcutaneo ajuda a manter a temperatura em relação ao ambiente);
↳ Preenchimento e sustentação (entre órgãos);
↳ Função secretora: leptina (hormônio, regula fome e quantidade de tec. no corpo) e lipase lipoprotéica
(enzima, hidrolise de lipidios, para serem absorvidos ou expulsos da célula);
- Morfologia da célula adiposa: uma única gota de gordura dentro do citoplasma da célula;
↳ Conteúdo do citoplasma é deslocado para a periferia da célula, junto da membrana plasmática;
↳ Núcleo achatado na periferia;
↳ Principais organelas ficam perto do núcleo e o resto fica praticamente só membrana e a inclusão
lipidica;
↳ Célula arredondada (20 à 200 μ m);
↳ Possuem capilares sanguíneos, a gordura que é armazenada na célula é transportada/vêm pelo
sangue;
- Elementos que compõem: adipócitos (1/3);
↳ Fibroblastos, pré-adipócitos, vasos sanguíneos e tecido nervoso (2/3);
- Origem do acidos graxos (lipídeos) armazenados: alimentação (ingestão de acidos graxos/gorduras e
glicose/carboidratos);
↳ Lipoproteínas plasmáticas (proteínas + lipídeos que são formados no figado e circulam no sangue);
↳ Lipoenêse (processo de produção de gordura dentro da célula que leva ao seu aumento, a ingestão de
substratos é maior que o gasto calórico);
- Mobilização da gordura acumulada: lipólise (utilização da gordura que está na célula);
↳ Ocorre durante o periodo de privação alimentar e quando o gasto energético é maior que a ingestão de
substratos;
↳ Estímulo nervoso (fome/exercicios) → noradrenalina → hidrólise de ácidos graxos → mobilizados p/ o
sangue → outros tecidos → fonte de energia
- Obesidade: hiperplásica, na infância e puberdade ocorre o aumento no número e tamanho dos
adipócitos;
↳ Hipertrófica, na idade adulta ocorre o aumento no tamanho do adipócitos;
- Forma a gordura branca/amarela (cor depende da alimentação) que existe na epiderme e entre orgãos
- Responsável por 20% do peso do corpo (varia com espécie e sexo)
- Cora com H.E., gordura é dissolvida pela técnica histológica, só vê-se os espaços vazios;

10.2 Adiposo multilocular


- Localização: entre as escápulas, axilas, nuca, ao redor dos rins, mediastino;
↳ Fica em pontos estratégicos por onde o sangue passa;
- Função: única função de fornecer calor, aquece o corpo;
↳ Termogenina, proteína mitocondrial UCP-1, faz as células produzirem energia térmica/calor;
- Morfologia da célula adiposa: multilocular, várias goticulas de gordura;
↳ Muitas mitocondrias no citoplasma (apresentam picmento citocromo, cor vermelha);
↳ Núcleo grande, esférico e excêntrico (fora do centro, mas não periférico);
↳ Cor vermelha/parda (devido as mitocôndrias e a intensa vascularização);
- Origem do acidos graxos (lipídeos) armazenados: alimentação (ingestão de acidos graxos/gorduras e
glicose/carboidratos);
↳ Lipoproteínas plasmáticas (proteínas + lipídeos que são formados no figado e circulam no sangue);
↳ Lipoenêse (processo de produção de gordura dentro da célula que leva ao seu aumento, a ingestão de
substratos é maior que o gasto calórico);
- Mobilização da gordura acumulada: no recém nascido, ocorre o estimulo nervoso (frio intenso) →
noradrenalina → oxidação dos ácidos graxos → produção de energia térmica/calor;
↳ Animais que hibernam, hiperfagia (engordam antes do inverno) → hibernação → temperatura corporal
e metabolismo diminuem → emagrece dormindo → estimulo nervovo (fim do frio, mais temperatura e luz)
→ noradrenalina → oxidação dos ácidos graxos → produção de energia térmica/calor;
- Forma a gordura marrom/parda;
- O sangue é esquentado quando passsa pelo tec. adiposo.
- Excasso em adultos, nos fetos representa 2 a 5% do peso;
- Em quantidade significativa em animais que hibernam;
10.3 Transdiferenciação
- Adipócitos são capazes de sofrer transdiferenciação de adipócitos uniloculares para multiloculares e vice
versa quando ocorrem necessidades termogênicas do organismo;
- Exposição cronica ao frio e necessidade de aumento na capacidade de armazenamento de triglicerídios;
11. TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO
- Caracteristicas gerais: formam as cartilagens (tecidos rigidos);
- Componentes: células (condrócitos);
↳ Matriz (responsável pelas funções, é rigida);
↳ Pericôndrio (bainha conjuntiva ao redor da cartilagem)
- Funções: sustentação;
↳ Revestimento das superfícies articulares;
↳ Formação e crescimento dos ossos longos;
↳ Formação dos ossos curtos;
- Classificação: hialina, elastica e fibrosa;
↳ Feita de acordo com os componentes da matriz;

11.1 Cartilaginoso hialino


- Localização: órgãos do sistema respiratório (fossas nasais, traquéia, brônquios);
↳ Extremidade ventral das costelas (presnde as costelas no esterno);
↳ Superfícies articulares (articulações móveis);
- Formação (histogênese): origina-se do mesênquima;
↳ O mesenquima que estava ao redor da matriz dá origem ao pericôndrio;
- Características: é flexivel e possui superfície bastante lisa;
↳ Ocorre no esqueleto temporário do embrião;
- Matiz (substância intercelular): territorial, ao redor das células, mais basófila, devido ás proteoglicanas;
↳ interterritorial, é afastada da célula, mais acidófila, devido a ser a mesma quantidade de proteoglicanas
e colágeno

- Componentes da matriz (substância intercelular): composto por colágeno tipo 2 (só forma fibrilas que não
são visiveis no microscópio);
↳ Proteoglicanas, componente da SFA (muita água, que confere resistencia e força ao tecido);
↳ outros tipos de colágeno estão presentes na matriz, o tipo 5, 9 e 11. Participam da modulação e ligação
das células com a matriz.
- Grupos isógenos na matriz (substância intercelular): células fazem mitose (multiplican-se) e ficam presas
pela matriz, que é rigida;
↳ Coronário é o mais comum, os condrócitos ficam em um grupo redondo, um ao lado do outro;
↳ Axial, é menos comum, observado nos discos epifisários, os condrócitos ficam empilhados um em cima
do outro.

- Pericondrio (bainha conjuntiva): envolve externamente a cartilagem;


↳ é formada de tecido conjuntivo denso (predominio de fibras colágenas e fibroblastos, denso e
resistente);
↳ apresenta a camada externa (distante da matriz, com fibroblastos e fibras colágenas) e a interna (junto
da matriz, além de fibras colágenas possui células jovens da cartilagem);

- Células: condrogênicas → condroblastos → condrócitos;


- Células Condrogênicas (indiferenciadas): dá origem aos condroblastos;
↳ Localizadas a parte interna do pericôndrio;
↳ parecem fibroblastos
- Célula Condroblasto (jovem): dá origem aos condrócitos;
↳ Inicio de síntese de matriz;
↳ Localizadas no limite entre o pericôndrio e a matriz da cartilagem;
- Condócitos (madura): síntese e manutenção da matriz;
↳ Localizadas na matriz, dentro das lacunas;
↳ Célula arredondada;
↳ Matriz se polimeriza com a junção dos componentes e torna-se rigida;
↳ Secretam fatores antiangiogênicos que impedem o crescimento de vasos para dentro da cartilagem;
- Nutrição: feita por difusão;
↳ Vasos sanguíneos do pericondrio nutrem a cartilagem;
- Influência Hormonal: hormônio do crescimento (GH), tiroxina (tireoide) e testosterona (sexual), estimulam
a síntese de matriz;
↳ Cortisona/cortisol, hidrocortisona e estradiol, inibem a síntese de matriz.
- Crescimento Aposicional: mais eficiente, os condroblastos dão origem aos condrócitos;
↳ Formação de uma matriz nova sobre a já existente (pq os condroblastos já sintetizam matriz);
↳ Ocorre na zona entre o pericôndrio e a matriz;
- Crescimento Intersticial: mitose dos condrócitos pré-existentes;
↳ Dá origem aos grupos isógenos, que ocorre dentro da matriz;
↳ Menos eficientes, as novas células ficam aprisionadas pela matriz rigida;
- Degeneração (alteração regressiva): matriz pode se calcificar porque não é vascularizada;
↳ Cartilagem calcificada é uma cartilagem morta;
- Regeneração: dificil pois a matriz é avascularizada;
↳ Em fraturas a regeneração ocorre a partir do pericôndrio, onde estão os condroblastos (células jovens);
↳ Pericôndrio envolve a área da fratura e começa a produzir células até voltar ao normal;
↳ Em cartilagens adultas e fraturas extensas ocorre uma cicatriz fibrosa, a parte externa do pericôndrio
ocupa a região;

11.2 Cartilaginoso elástico


- Localização: pavilão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva (de eutáquio), epiglote e laringe
↳ Associada ao sistema auditivo;
- Caracteristicas gerais: paresenta elasticidade (fibras elastinas);
↳ Possui pericôndrio;
↳ Matriz avascular;
↳ Células condrogênicas → condroblastos → condrócitos;
- Composição da matriz: colágeno tipo 2 (friblilas);
↳ Proteoglicanas (SFA);
↳ Elastina (fibras elásticas);
11.3 Cartilaginoso fibroso (fibrocartilagem)
- Localização: discos invertebrais, inserção de tendões e ligamentos aos ossos, sínfise pubiana e
meniscos do joelho;
- Composição química: colágeno tipo 1 (fibras grossas predominantes);
↳ Colágeno tipo 2 (em pouca quantidade);
↳ Proteoglicanas (SFA escassa ao redor das lacunas);
- Caracteristicas gerais: possui caracteristicas intermediárias entre as demais;
↳ Resistente devido a presensa de muitas fibras colágenas;
↳ não apresenta pericôndrio;

TECIDO ÓSSEO
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
- Tecido mais resistente e rígido do corpo;
↳ Forma o esqueleto do corpo, sustenta as partes moles;
- Funções:
↳ Sustentação das partes moles (permite o esqueleto ficar em pé);
↳ Proteção de órgãos vitais (caixa craniana, vertebras e costelas);
↳ Alojamento e proteção da medula óssea;
↳ Apoio aos músculos esqueléticos (movimentam os músculos);
↳ Depósito de cálcio, fosfato e outros íons (99% do cálcio é armazenado no osso, importante para a
transmissão do impulso nervoso, contração muscular e adesão das células epiteliais);
1.1 Semelhanças com a cartilagem
- Origem mesenquimal;
- Células embutidas em lacunas na matriz;
- Ambos possuem SFA e Colágeno (diferente nos tecidos) na composição da matriz;
- Revestimento externo de bainha conjuntiva;
1.2 Diferenças em relação à cartilagem
- Muito vascularizado;
- Matriz mineralizada;
- Células diferenciadas não fazem mitose;
1.3 Vascularização
- Muitos vasos sanguíneos na diáfise dos ossos longos;
- Os vãos sanguíneos ficam dentro dos canais vasculares na matriz óssea.
- O tecido ósseo que se forma ao redor dos vasos pré-existentes;
2. MATRIZ ÓSSEA
- Dividido em parte orgânica (35%) e parte mineral (65%). Estão associadas por proteínas de ligação.
2.1 Parte orgânica
- Formada por: colágeno tipo 1 (95%);
↳ SFA (5%);
↳ Osteocalcina (envolvidas na mineralização);
↳ Osteonectina;
↳ Sialoproteína (ligantes de cálcio)
↳ Osteopontina
↳ Fibronectina (de adesão celular);
- Apresenta resistência, conferida pelo colágeno;
- Sem a parte orgânica o osso fica seco e perde resistência;
2.2 Parte inorgânica
- Formada por cristais de hidroxiapatita (Ca5[PO4]3OH);
- Apresenta dureza, conferida pelos cristais de hidroxiapatita;
- Sem a parte inorgânica o osso perde a dureza;

3. CÉLULAS
- Crescimento celular é aposicional, as células diferenciadas (osteoblastos e osteócitos) não fazem mitose
no tecido ósseo;
- Célula osteogênica faz mitose e transformam-se na célula seguinte;

3.1 Células osteogênicas


- Função: dar origem aos osteoblastos;
↳ Osteogênicas → osteoblastos → osteócitos;
- Localização: superficie óssea (endósteo e periósteo) e no tecido conjuntivo perivascular (ao redor dos
vasos sanguíneos);
3.2 Osteoblastos
- Função: síntese e mineralização da matriz;
- Localização: em superfícies ósseas ativas (endósteo e periósteo);
- Possui citoplasma abundante, núcleo claro e muito R.E.R.;
- Apresenta prolongamentos citoplasmáticos que se ligam aos osteoblastos vizinhos;
- Apresentam junções comunicantes nos prolongamentos;
- Forma a parte orgânica da matriz, chamada de osteóide ou pré-osso quando nova;

3.3 Osteócitos
- Função: manutenção da matriz;
- Localização: lacunas dentro da matriz;
- São as céculas maduras;
- Sem muito citoplasma;
- Núcleo escurinho;
- Possui muitos prolongamentos que saem do corpo celular e se comunicam para a passagem de
nutrientes entre as células e com os canais vasculares;
- Apresentam junções comunicantes nos prolongamentos;

3.4 Osteoclastos
- Função: reabsorção da matriz (retirar o cálcio da matriz ósse e liberar no sangue);
- Fixa-se na matriz óssea → microvilosidades (aumenta a superficie de contato) → produção de ácidos
orgânicos → desmanche dos cristais de hidroxiapatita → enzimas que destroem a matriz óssea →
liberação de cálcio dos cristais de hidroxiapatita no sangue;

- Localização: superfícies ósseas (endósteo e periósteo) e entre ou sobre as trabéculas ósseas;


- Lacuna ou howship: são cavidades na superfície óssea que foram feitas pelos osteoclastos;
- Originados a partir de vários monócitos que se fundem;

4. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO
- São bainhas conjuntivas;
- Funções:
↳ Nutrição do tecido ósseo (vasos da matriz são conectados com eles);
↳ Fornecimento de novas células ósseas (possuem camada osteogênica);
4.1 Periósteo
- Possui camada fibrosa, que é mais externa e constituida por tecido conjuntivo denso, com fibroblasto, e
camada osteogênica, que é mais interna e está em contato com a matriz;
- Expesso, grosso e forte;
- Cobre a parte externa do osso, onde ligam-se os tendões e ligamentos;
- Maduro ou inativo: sem atividade celular, as células osteogênicas são chatas;
- Ativo: ocorre sintese de matriz e crescimento ósse, os esteoblastos conectados com a matriz são
desenvolvidos;
- Fibras de sharpey: dão maior resistência ao periósteo nos pontos sujeitos a tração (ligamentos e
tendões);
↳ São fibras de colágeno especialixadas, resistentes, grandes e fortes;
↳ As fibras penetram na matriz óssea, aumentando a ancoragem;

4.2 Endósteo
- Possui apenas camada osteogênica onde estão presentes as células osteogênicas;
5. CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DO TEC. ÓSSEO:
- Realiza a diferenciação do osso compacto (não apresenta cavidades visiveis) do osso esponjoso (todo
trabeculado);
- Ossos longos: a diáfise é em maior parte osso compacto, já a epífise predomina osso esponjoso;
- Ossos curtos: osso esponjoso e compacto aproximadamente na mesma proporção
- Ossos chatos: possuem o díploe, onde são duas tábuas de osso compacto e no meio uma de osso
esponjoso;

- Medula óssea vermelha: localizada dentro da cavidade do osso, no toráx e cabeça;


↳ Está ativa, forma sangue;
- Medula ósse amarela: localizada nos membros;
↳ É inativa e preenchida por células adiposas, porém pode volta a produzir sange pois tem células tronco;
6. TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO OU IMATURO
- Localização: perto das suturas do osso do crânio, alvéolos dentários e pontos de insersão de tendões;
- Estrutura: fibras colágenas e celulas desorganizadas;
- Não possui lamelas;
- Maior número de células;
- Mineralização menor;
- Velocidade de formação rápida;
- É o primeiro a se formar em seguida vira maduro;
- Trabéculas, possui tecido conjuntivo entre a matriz óssea;

7. TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO OU MADURO


- Localização: nos demais locais onde não ocorre tecido ósse primário;
- Fibras colágenas organizadas paralelamente dispostas;
- Células organizadas;
- Menor número de células;
- Mineralização menor;
- Velocidade de formação lenta;
- Formam lamelas: que são lâminas formadas por matriz óssea organizada;
↳ Dentro de cada lamela existem fribras colágenas;
↳ Entre as lamelas exitem osteócitos;
↳ As lamelas são dispostas em sentido contrário a anterior, que confere maus resistência;
- Sistema de Havers: ocorrem principalmente na diafíse de ossos longos, são uma organização de lamelas
concentrica ao redor de canais vasculares, os canasis de Havers.
7.1 Estrutura parte compacta da diáfise dos ossos longos
- Somente nessa região existe a formação de lamelas (local dentro da matriz onde estão localizados os
osteócitos);
- Osso esponjoso maduro possui lamelas paralelas, mas não canais de havers;
- Sistema circunferencial interno, lamelas fazem o contorno do osso compacto na parte próxima ao
periósteo;
- Sistema circunferencial externo, lamelas fazem o contorno do osso compacto na parte próxima ao
endósteo, contornam a medula;
- Sistemas de Havers (ósteon): localizados entre os cistemas interno e externo. Os canais de Havers são
paralelos entre si e não possuem contato um com o outro;
- Canais de Volkmann: canal vascular que faz a conexão entre os canais de Havers e com o periósteo e
endósteo. Perfuram as lamelas;
- Sistemas Intermediários: são sobras dos antigos sistemas de Havers, lamelas que escaparam do
processo de reabsorção óssea, que ocorre no processo de crescimento;

8. OSSIFICAÇÃO INTRAMENBRANOSA
- Forma os ossos chatos;
- Crescimento: ossos curtos e longos em espessura;
- Ocorre a substituição do tecido conjuntivo não-cartilaginoso pré-existente por tecido ósseo;
- Desenvolvimento da ossificação: mesênquima muito vascularizado → diferenciação das células
mesenquimais em osteoblastos →
→ produção de matriz orgânica e mineral pelas células → transformação dos osteoblastos em osteócitos
→ conexão entre células por canalículos

→ blastema ósseo → produção de matriz → formação de trabéculas de tecido ósseo primário → conexão
das trabéculas ao redor de capilares → mesênquima que circunda a área forma o
periósteo → mesênquima que que fica entre as trabéculas dá origem a medula óssea → transformação
gradativa em tecido ósseo maduro

9. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
- Forma os ossos curtos e longos;
- Crescimento: ossos longos em comprimento
- Ossificação a partir de um modelo pré-existente de cartilagem hialina e após a substituição da cartilagem
por osso;
- Ossificação inicia na diáfise e segue para epífeses
- Desenvolvimento da ossificação: modelo cartilaginoso → pericôndrio da diáfise torna-se bem
vascularizado → transformação das células condrogênicas em osteoblastos na camada interna do
pericôndrio → osteoblastos começam a produzir matriz óssea → formação de uma fina camada óssea ao
redor da diáfise, na camada condrogênica do pericôndrio → pericôndrio passa a ser o periósteo →
manguito ósseo impede a nutrição da cartilagem hialina no interior → apoptose dos condrócitos devido a
alta hipertrofia → cartilagem vai se calcificando → penetração de vasos através do manguito entrando na
cartilagem calcificada → células osteogênicas penetam junto com os vasos → transformação das células
osteogênicas em osteoblastos → produção de matriz óssea →surgimento de trabéculas mistas que tem
tecido cartilaginoso calcificado no meio e ao redor da matriz óssea → calcificação segue para as epífises
→ trabéculas são substituídas por tecido ósseo puro → vasos da metáfise perfuram a cartilagem da
epífises → ossificação da metáfise de dentro para fora, como na diáfise → resta cartilagem apenas na
superfície articular.
10. CRESCIMENTO DO OSSO LONGO EM COMPRIMENTO
- Ossificação endocondral é dividida em 5 etapas;
↳ Zona de repouso: cartilagem hialina normal, presença de condrócitos;
↳ Zona de multiplicação: multiplicação dos condrócitos;
↳ Zona de hipertrofia: hipertrofia dos condrócitos;
↳ Zona de calcificação: estreita, possui matriz cartilaginosa calcificada e morte dos condrócitos;
↳ Zona de ossificação: sequência que ocorre durante a ossificação endocondral. Deposição de matriz
óssea sobre a matriz cartilaginosa calcificada;

11. CRESCIMENTO DO OSSO LONGO EM ESPESSURA


↳ Ossificação intramenbranosa, forma-se a partir do periósteo;
↳ Nessa etapa a diáfise já é só tecid ósseo, tem existe mais cartilagem;
↳ Novas trabéculas ósseas se formam aumentando a matiz em direção ao periósteo, crescendo em
espessura;
↳ Tecido ósseo se forma a partir do tecido onjuntivo do periósteo
↳ Osteblastos produzem matriz óssea;
12. CRESCIMENTO DOS OSSOS
- Crescem sempre por aposição, porque as células ósseas diferenciadas não se multiplicam (osteoblastos
e osteócitos).
12.1 Ossos chatos
- Formação do tecido ósseo a partir de conjuntivo pré-existente, possuem células osteogênicas;
- Plasticidade óssea é a capacidade do tecido ósseo se remodelar, onde ocorre reabsorção e
neoformação;
- Neoformação, osso muda de lugar;
- Reabsorção, o novo tecido ósseo reabsorve o antigo;
12.2 Ossos longos
- Epífises se afastam longitudinalmente ao mesmo tempo que aumenta a espessura da diáfise;
- Nas metáfises a neoformação ocorre na parte externa do periósteo e a reabsorção na parte interna;
- Nas epífise a neoformação ocorre internamente a partir do disco epífisario e a reabsorção ocorre
externamente;
12.3 Ossos curtos
- Ossificação começa internamente e se expande, após cresce a partir do periósteo;
- Internamente há apenas osso esponjoso e externamente osso compacto;
13. REMODELAÇÃO DOS OSSOS
- Ocorre por exemplo na expanção dos vasos sanguíneos;
- Os osteoclastos fazem a reabsorção óssea → abertura de caminho na matriz → osteoblastos fazem a
neoformação, revestindo o túnel que os osteoclastos cavam;

14. REPARAÇÃO DE FRATURAS


- Processo: fratura → hemorragia local → reação inflamátoria → macrófagos reabsorvem os coágulos e
resto de tecido morto → periósteo e endósteo crescem e preenchem o local da fratura → formação de tec.
conj. com células osteogênicas → reconstituição dos vasos sanguíneos pelo pericito → podem surgir
pontos de cartilagem hialina devido a avascularização momentânea → formação de tec. ósseo primário →
calo ósseo união das partes → reabsorção do osso primário → tecido ósseo secundário → cicatriz óssea
→ osso volta a trabalhar;

15. RESERVA DE CÁLCIO


- Calcemia é o nível constante de cálcio no sangue que é regulado por homônios;
15.1 Paratormônio
- Aumenta a calcemia;
- Após atividade física e cerebral intensa;
- Na diminuição do cálcio, a paratireóde é estimulada para liberer paratormônio;
- O paratormônio estimula os osteoclastos a realizaram a reabsorção óssea e liberar cálcio para o sangue,
normalizando a calcemia;
15.1 Calcitonina
- Reduz a calcemia;
- Na ingestão de leite ou laticínios que são fontes de cálcio;
- Glândula tireóide é estimulada para liberer calcitonina (reduz a calcemia);
- Calcitonina inibe os osteoclastos e estimula os osteoclastos a produzirem matriz óssea nova;
- Cálcio do sangue é incorporado na matriz óssea, diminuindo a calcemia;
16. PLASTICIDADE
- Capacidade de remodelação do tecido ósseo em resposta a forças que atuam sobre ele;
- Ocorre no uso de aparelhos ortodônticos, a raiz do osso vai ter a localização modificada;
↳ No local da pressão ocorre reabsorção óssea pelos osteoclastos, e no local da tração ocorre
neoformação óssea pelos osteoblastos;
- Outro exemplo é ao realizar a distração osteogênica em osso longo, que é o aumento do osso;
17. FATORES NUTRICIONAIS
- Falta de nutrientes que prejudicam a calcificação da matriz: deficiência de cálcio e de vitamina D
(importante para a reabsorção do cálcio no intestino) resultam no raquitismo e osteomalácia;
↳ Raquitismo, ocorre mal formação no periodo do crescimento
↳ Osteomalácia, falta de cálcio em adultos causa enfraquecimento dos ossos, desmineralização;
- Falta de nutrientes que prejudicam a síntese da matriz: deficiência de preoteínas, prejudica sintese de
colágeno;
↳ Deficiência de vitamina C, ácido ascórbio necessita de vitamina C para a sintese de colágeno;
↳ Deficiência de vitamina A, os osteoblastos necessitam para sintetizar matriz;
18. FATORES HORMONAIS
- Paratormônio e calcitonina são responsáveis pela mobilização de cálcio;
- Hormônio do crescimento: em excesso no período de crescimento causa gigantismo, em falta causa
nanismo hipofisário e o excesso do hormonio em adultos causa acromalia, ocorre o crescimento em
espessura dos ossos da face e da mão;
- Hormônios sexuais: testosterona e estrógeno atuam sobre o disco epifisário, inibindo a multiplicação dos
condrócitos na zona de cartilagem seriada, cessando o crescimento, ocorre a ossificação do disco
epifisário dos ossos longos;

SANGUE
- Considerado um tipo de tecido conjuntivo;
- Bombeado pelo coração, está em constante circulação
1. COMPOSIÇÃO
- Elementos figurados: são as células e assemelhados;
↳ Hemácias ou glóbulos vermelhos;
↳ Leucócitos ou glóbulos brancos;
↳ Plaquetas (fragmentos ou pedaços de células);
- Plasma sanguíneo: parte extracelular
2. HEMATÓCRITO
- Análise do sangue que avalia o volume dos elementos figurados em relação
ao plasma sanguíneo;
- Normal: 45% elementos figurados (varia de 35 à 55) e 55% plasma sanguíneo
3. FUNÇÕES DO SANGUE
- Meio de transporte:
↳ O2, CO2 (gases);
↳ Metabólicos (nutrientes);
↳ Células de defesa (leucócitos);
↳ Hôrminos;
- Papel regulador:
↳ Distribuição de calor;
↳ Equilíbrio ácido-básico;
↳ Equilíbrio osmótico;
4. PLASMA SANGUÍNEO
4.1 Composição química
- 90% água;
- 10% componentes diversos (8% proteínas plasmáticas, 1! Sais inorgânicos, 0,5%lipídios, 0,1% acúcares
e 0,4% hormônios, vitaminas e micro-elementos);
4.2 Proteínas plasmáticas
- São importantes para o plasma sanguíneo;
- Divididos em três tipos de proteínas, a albumina, globulinas e fibrinogênio
- Albumina: principal das proteínas
↳ Sintetizada no fígado;
↳ Função: manter a pressão osmótica do sangue;
- Transporte de substâncias insolúveis em água;
- Globulinas: sintetizadas no figado, com excessão das gama-globulinas
↳ Função transportadora e mantém a pressão osmótica
↳ Possui os tipo alfa, beta e gama;
↳ Alfa-globulinas: proteases, antiproteases, prot. transportadoras;
↳ Beta-globulinas: transferrina, prot. transportadoras;
↳ Gama-globulinas: imunoglobulinas. São os anticorpos produzidos pelos plasmócitos no tec. conj.
- Fibrogênio: proteina solúvel;
↳ Envolvida no processo de coagulação sanguínea;
↳ Dá origem á fibrina (base do coágulo);
↳ Fibrogênio na forma de fibrina se torna insolúvel;
↳ Sintetizado no fígado;
↳ Ao redor do coágulo fica o soro que não possui fibrinogenio;
5. ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE

5.1 Hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos


- Formato de disco bicôncavo;
- Não possui núcleo nem organelas;
- Apresentam flexibilidade, passam por capilares menores que elas;
- Sua membrana possui proteínas integrais, banda 3 e glicoforinas;
- Citoesqueleto: constituído por proteínas periféricas que mantém a forma da hemácia;
- De 4 à 8 milhões por ml no sangue;
- Função: transportadora de gases O2 (apenas as hemácias transportam) e CO2 (também transportado pelo
sangue na forma de bicabornato);
- Hemoglobina: principal constituinte da hemácia. Possui quatro cadeias com ferro para os gases se
ligarem;
- Anemia: redução da concentração de hemoglobina;
- Ciclo de vida: produzido na medula óssea, depois que sai dela dura 120 dias na circulação;
↳ Processo na medula: proeritroblasto ⟶ eritroblasto basófilo ⟶ eritroblasto colicromático ⟶
eritroblasto ortocromático (saida do núcleo);
↳ Processo no sangue: reticulócito ⟶ eritrócito (hemácia);
↳ Hemocaterese: macrófagos fagocitam as hemácias mortas no baço, figado e medula. Eles reconhecem
o estado da medula pelas alterações da membrana;
↳ Reticulócito: sai da medula e cai no sangue, se transformando no eritrócito (hemácia);
5.2 Leucócitos ou glóbulos brancos
- Função: células de defesa
- Fazem diapedese (saem do sangue para o tecido) e quimiotaxia (atraem substância do sangue pro
tecido);
- De 6 à 9 mil por ml no sangue;
↳ Leucocitose: concentração aumentada
↳ Leucopenia: concentração diminuida;
- São divididos nos grupo granulócitos e agranulócitos;
- Leucócitos granulócitos ou polimorfonucleares:
- Apresentam granulos específicos em seu citoplasma;
- Neutrófilos:
↳ Função: fagocitose, principlamente de bactérias;
↳ Granulos bem pequenos e levemente laranjas;
↳ Núcleo com 2 à 5 lóbulos;
↳ Bastonetes: neutrófilos que acabram de cair no sangue;
↳ Grânulos primários azurófilos: endocitose
↳ Grânulos secundários neutrófilos: resposta inflamatória;
↳ Grânulos terceários: enzimas para secreção;

- Eosinófilos:
↳ Função: ação antiparasitária e controle das reações alérgicas (neutraliza e inibe a liberação de
histamina, e fagocita complexos imune/antígeno-anticorpo
↳ Possuem granulos avermelhados e grandes
↳ Núcleo normalmente com 2 lóbulos;
↳ Tempo de vida: 8h no sangue e dias no tec. conjuntivo;

- Basófilo:
↳ Função: armazena mediadores químicos da alergia;
↳ Granulos são grandes e normalmente impedem a vizualização no núcleo;
↳ Granulos coram-se com corante básico (azul de metileno);

- Leucócitos agranulócitos
- Não apresentam granuloes especificos no citoplasma
- Linfócito:
↳ São pequenos, redondos e possume pouco citoplasma ao redor do núcleo;
↳ Linfócitos B: dão origem aos plasmócitos;
- Função: defesa imunitária humoral pela produção de anticorpos;
↳ Linfócitos T: são citotóxicos, matam células;
- São auxiliares dos linfócitos B;
- Supressores: inibem a produção de anticorpos quando não são mais necessários;
- Fazem defesa imunitária celular, mediada por células

- Monócitos:
↳ Função: dar origem ás células do sistema histiocitário (células fagocitárias e/ou apresentadoras de
antígeno)
↳ Maior de todos os leucócitos;

5.3 Plaquetas
- Função: hemostasia, dão início ao processo de coagulação;
- São fragmentos do megacariócito (célula gigante multilobulada que replica seu DNA sem fazer divisão da
célula);
- Formato ovolado, possuem cromômero (cada grânulo) e hialômero (citosol) em sua estrutura;
- Os grânulos do cromômero podem ter mitocôndrias, microtúbulos, grânulos de glicogênio, elementos de
Golgi, ribossomos, enzimas e grânulos alfa, beta, lisossomos;
- Possuem glicoproteínas associadas a parte externa da membrana, que são adesivas e por isso as
plaquetas tendem a se aglutinar;
- Em rupturas da parede vascular, as plaquetas formam um tampão no local para impedir a perda de
sangue, elas se aglutinam umas com as outras ;

6. ANEMIA
- Ocorre quando há redução de hemoglobina no sangue;
- Causas:
↳ Hemorragia;
↳ Redução na produção de eritrócitos/hemoglobina pela medula óssea: deficiência de vitamina B12 e
ácido fólico;
↳ Redução de hemoglobina nos ertrócitos: dificiencia de Fe2+
↳ Destruição acelerada de eritrócitos: por doenças diversas;
- Anemia falciforme: doença genética que decorre da mutação de um gene de hemoglobina, o ácido
glutâmico é modificado em valina;
↳ A formação das hemácias ocorre em forma de foice;
7. SANGUE DAS AVES, RÉPTEIS E PEIXES
- Hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhos: nucleados, grandes e elípticos;
- Leucócitos/glóbulos: brancos são pequenos;
- Heterófilo: substitui o neutrófilo (tipo de leucócito que fagocita bactérias) e é o mais abundante;
- Trombócitos: substitui as plaquetas (hemostasia), são células nucleadas e pequenas;

TECIDO NERVOSO
- Origina-se do ectoderma;
- Função de cordenação do organismo;
- Os neurônios são os principais constituintes do tecido nervoso;
1. NEURÔNIOS
- São as “células nervosas”, comandam as atividades funcionais do tecido nervoso;
- Células nobres, especializadas e não se dividem;
- Reage a estímulos, são uma unidade fundamental;
- Organização: formam redes integradas de comunicação por todo o tecido;
- Propriedades: excitabilidade e condutibilidade;
- Composição: pericárdio/corpo celular, dendritos e axônio, telodendros e botão terminal;

1.2 Pericárdio ou corpo celular


- Aloja o núcleo e organelas;
- Função: centro trófico e metabólico da célula, porque contém o núcleo;
- Núcleo é grande e claro (está sempre ativo);
- Núcleolo é grande;
- Cospúsculo de Nissl: são agregados de R.E.R. que formam estrututas esféricas de tamanho variado e
basófilas;

1.3 Dendritos
- Prolongamentos que saem do pericárdio (parecem galhos de árvores);
- Função: recepcão de estímulos nervosos;
- Possuem cospúculo de Nissl e organelas;
1.4 Axônio
- Único prolongamento, é uma fibra nervosa.
- Função: condução do impulso nervoso;
- É pobre em organelas, possui filamentos no citoesqueleto, microtúbulos, microfilamentos. Mitocôndias e
R.E.R.;
- Contrala a liberação de cálcio que é usada durante a transmissão do impulso nervoso;
- Possui as partes telodendro e botão terminal;
↳ Telodendro: ramificações na ponta do axônio que são terminações nervosas;
↳ Botão terminal: estrutura arredondada na ponta de cada telodendro, onde são armazenados os
neurotransmissores;
- Abriga o axônio pré-sináptico, microtúbulo, neurofilamento, retículo endoplasmático, mitocôndria,
vesícula sináptica (neurotransmissor) e possui membrana pré-sináptica;
2. CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS
2.1 Classificados quanto ao número de prolongamentos
- Multipolares: possuem mais de dois dendritos;
- Bipolares: partem dois prolongamentos do pericário, um funcionando como dendrito (estímulos) e o outro
como axônio (sinapse);
- Pseudo-unipolares: um único prolongamento do pericário se divide em dois, uma extremidade vira
dendrito e outra como axônio;

2.2 Classificados quanto à função


- Motores: controlam órgãos efetores. São multipolares
- Sensoriais: recebem e captam informações do ambiente e levam para o sistema nervoso central. São
bipolares ou pseudo-unipolares;
- Interneurônios: são intermediários, fazem o contato entre os outros. São multipolares;
3. PROPRIEDADES DO NEURÔNIO
3.1 Excitabilidade
- Capacidade que os neurônios tem de reagir a estímulos de ordem física ou química;
- Alterações ao redor do ambiente funcionam como estímulos que desencadeiam uma despolarização na
membrana, que modifica seu potencial elétrico;

3.2 Condutibilidade
- Capacidade que os neurônios tem de conduzir o impulso nervoso para a próxima célula da cadeia;
- Impulsos nervosos estimulam a membrana de toda célula ponta do axônio, até os telodendros e botões
terminais, em forma de onda;
3.3 Membrana
- Normal: neurônio está em repouso, a parte externa fica positiva (Na+) e a interna negativa (K+).
- Excitada: no local do estímulo o sódio (Na+) começa a entrar para membrana e o potássio (K+) a sair. A
parte interna fica despolarizada, as cargas se invertem.
- Refratária: normalização da membrana após acabar o estímulo. Cargas voltam ao normal;
3.4 Impulso nervoso
- Transmissão de informação para outras partes do sistema nervoso e para os órgãos efetores (músculos
e glândulas);
4. SINAPSE
- Local especializado de contato entre duas células nervosas ou entre uma célula nervosa e uma efetora
onde agem os neurotransmissores (mediadores químicos), transmitindo o impulso nervoso de uma célula
à outra;
4.1 Relações sinápticas
- Mudam de acordo com a área da célula que está envolvida na sinapse entre neurônios;
- Sinapse axossomáticas: entre terminal axônico e pericárdio;
- Sinapse axoaxônica: entre terminais axônicos;
- Sinapse axodendríticas: entre o terminal axônio e dendrito;
- Sinapse axo-espinosa: entre o terminal axônico com uma espícula/espinho dendrítico
↳ espícula dendrítica é uma cabeça expandida no dendrito especializada em sinapse

4.2 Componentes da sinapse


- São as partes das células/neurônios que estão envolvidas nas sinapses;
- Botão pré-sináptico: botão terminal;
- Membrana pré-sináptica: membrana do botão terminal, vai passar a informação;
- Membrana pós-sináptica: membrana da célula que vai receber os neurotransmissores.
- Fenda sináptica: espaço entre a membrana pré-sináptica e pós-sináptica;
4.3 Mecanismos da sinapse
- Inicia-se com recebimento de estímulos e consequente despolarização membrana pré-sináptica →
canais de cálcio presentes da membrana do botão terminal são induzidos a abrirem canais para o botão
terminal → influxo de cálcio para dentro do botão → cálcio sinaliza para as vesículas → vesículas
sinápticas são deslocadas até a membrana periférica e fixam-se nela → exocitose das vesículas
sinápticas (onde estão armazenados os neurotransmissores) → liberação do neurotransmissor na fenda
sináptica → neurotransmissores se ligam aos receptores da membrana pós-sináptica → despolarização
da membrana pós-sináptica → repetição deste mecanismo em todas as células;

4.4 Transporte axonal


- Neurotransmissores são produzidos no pericário, onde formam-se as vesículas sinápticas que devem
atravessar todo axônio até chegarem nos botões terminais seguindo microtúbulos;
- Transporte anterógrado: a proteína quinesina ou cinesina transporta as vesículas ao longo do
microtúbulo em direção ao botão terminal;
- Transporte retrógrado: a proteína dineína transporta a membrana da vesícula que vai ser reciclada ao
longo do microtúbulo em direção pericárdio

5. FIBRA NERVOSA
- Constituição: axônio + bainha envoltória
- Função: isolante térmico, não reage a estímulos, não despolariza;
- Tipos: fibras mielínicas e fibras amielínicas;
- Mielina: constituída por várias camadas de membrana plasmática modificadas;
- Composição química: lipoproteica (lipídios e proteínas);
5.1 Formação da mielina no Sistema Nervoso Periférico
- Constituído por: núcleo, citoplasma, membrana branca e no meio, o axônio;
- Formação: células de Schwann é a responsável;
- Processo: célula de Schwann abraça o axônio com o citoplasma → membrana enrola-se ao redor do
axônio → forma-se a bainha de mielina;
↳ Mesaxônio inicial: local onde começa o enrolamento;
↳ Mesaxônio final: local onde termina o enrolamento;
- Nodo de Ranvier: espaço entre as formações da mielina.
↳ Local onde o axônio fica coberto por bainhas de citoplasma que formam interdigitações;
↳ O axônio pode ser despolarizado nesses locais;
- Incisuras de Schmidt-Lanterman: fendas na mielina onde penetra um pouco do citoplasma no
enrolamento;
- Fibras amielinicas: tipo de membrana que se fecha em volta do axônio, mas não forma a bainha de
mielina, pois não ocorre o enrolamento;
5.2 Formação de mielina no Sistema Nervoso Central
- Formação: célula Oligodendrócito é a responsável;
- Processo: o Oligodendrócito apresenta prolongamentos citoplasmáticos que formam a mielina, se
enrolando em cada axônio;
- Nódulo de Ranvier: não é protegido pelo citoplasma da célula;
↳ Astrócitos possuem pés terminais que vão se encaixar nesses locais e proteger;

5.3 Condução do impulso nervoso


- Fibras mielínicas: saltatório, salta de um nédulo de Ranvier para outro. É mais rápida e com menos gasto
de energia
- Fibras amielínicas: contínuo, passa por toda membrana do axônio. É mais lenta e com mais gasto de
energia pois vai ter que se polarizar

6. SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)


- Constituído por encéfalo (cérebro e cerebelo) e medula espinhal;
- Formação: células da neuroglia
6.1 Células da Neuroglia
- Existem apenas no snc;
- Função: papel de estroma
- Tipos: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia, células ependimárias
- Astrócitos:
- São as principais e maiores células;
- Coram com prata;
- Função: sustentação, cicatrização (processo gliose), nutrição (pelos pés terminais que captam dos
capilares e levam ais neurônios), manutenção do equilíbrio químico;
- Tipos:
↳ Protoplasmáticos: prolongamentos grossos, grosseiros, muito ramificados e pés terminais na
extremidade. Localizados na substância cinzenta;
↳ Fibrosos: prolongamentos delgados, finos, compridos, sem ramificações e pés terminais na
extremidade dos prolongamentos. Localizados na substância branca
- Oligodendrócitos
- Função: formação da mielina;
- Possuem prolongamentos pouco numerosos e com pouca ramificação
- Coram com prata;

- Micróglia
- Função: defesa por fagocitose e apresentadora de antígenos;
- Possui corpo celular achatado com prolongamentos e ramificações curtas;
- Célula ativa não possui prolongamentos;
- Faz parte do sistema mononuclear fagocitário (histiocitário);
- Derivada de um antecessor do monócito do sangue;

- Células ependimárias
- Função: revestimento de cavidades e algumas participam da formação do líquido cefalorraquidiano;
- São um tipo especial de célula epitelial;
- Possuem corpos cúbicos à cilíndricos e posem possuir cílios para auxiliar na movimentação do líquido
cefalorraquidiano;

6.2 Substância branca


- Anatomicamente branca devido a presença de fibras nervosas mielínicas;
- Células da Neuróglia: astrócitos fibrosos, oligodendrócitos e micróglia;
- Localização no snc: medula espinhal (externamente) e cérebro e cerebelo (internamente);
6.3 Substância cinzenta
- Anatomicamente cinzenta devido a presença de fibras nervosas amielínicas;
- Corpos celulares de neurônios;
- Células da Neuróglia: astrócitos protoplasmáticos, oligodendócitos e micróglia
- Localização no snc: medula espinhal (internamente, no H terminal) e córtex (externamente)
6.4 Cerebelo: córtex
- Possui três camadas distintas
- Camada granulosa: formada pelos grãos do cerebelo, são os menores neurônios do organismo;
- Camada de células de Purkinje: intermediária. Possui neurônios grandes com arborização dendrítica;
- Camada molecular: formada pelos prolongamentos das células de Purkinje

6.5 Cérebro
- Possui sete camadas e todas possuem neurônios piramidais;

6.6 Meninges
- São membranas conjuntivas que envolvem os órgãos do SNC
- Constituídas de tec. conj.
- Tipos:
↳ Dura-máter: externa, entra em contato com o osso;
↳ Aracnóide: intermediária. Possui uma parte membranosa e outra trabeculada com traves para se ligar
na pia-máter;
↳ Pia-máter: interna, acompanha o tecido nervoso, onde os pés dos astrócitos isolam um do outro para
proteção do tecido nervoso. É vascularizada
- Barreira hemato-encefálica: separa o sangue do tecido nervoso no SNC
↳ Componentes da barreira:
7. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
- Constituído principalmente por gânglios e nervos;
7.1 Nervos
- São um conjunto de feixes de fibras nervosas que se dispõem paralelamente;
- Organização dos nervos: são feitas por bainhas conjuntivas
↳ Epineuro: externa, é tec. conj. denso;
↳ Perineuro: intermediária, é tec. conj. Denso;
↳ Endoneuro: mais interna, é tec. conj. Frouxo;
↳ Fibras nervosas (axônio) → endoneuro → perineuro → epineuro

- Classificação dos nervos: de acordo com o tipo de fibra e função


↳ Nervos sensitivos: fibras aferentes, são sensitivas. Passam informação do SNC → SNP
↳ Nervos motores: fibras eferentes, controlam os órgãos efetores. Passam informação do SNC → SNP
↳ Nervos mistos: ambos tipos de fibras;
- Degeneração e regeneração: quando o pericário é lesionado, o neurônio morre e não existe possibilidade
de regeneração, mas em casos de rompimento ou corte da fibra nervosa, o neurônio pode se regenerar
↳ Processo: degeneração (b) → parte desconectada é reabsorvida por macrófagos → cromatólise do
pericário, lise dos corpúsculos de Nissl, aumento e deslocamento do núcleo (b) → brotos de axônio (c) →
encontro do destino final (c) → pericário volta ao normal (d) → células de Purkinje se organizam
paralelamente para direcionar o axônio → reconstituição da parte motora;
↳ Neuroma de amputação: quando os axônios não encontram seu destino e formam um enevoado (e);

7.2 Gânglios
- Conjunto de pericários que se localizam no SNP nos gânglios nervosos;
- O pericário é circundado por tec. conj. desorganizado;
- Células satélites: formam uma capa ao redor do pericário;
- Possuem: fibroblastos, células satélites e célula de Schwann;
TECIDO MUSCULAR
- Células musculares são especializadas em contração;
- Células alongadas e dispostas paralelamente;
- Trabalham em conjunto;
- Miofilamentos: principais componentes das células;
- Classificação: de acordo com aparência em estriados ou lisos;
↳ De acordo com a localização do músculo estriado em esquelético/voluntário ou cardíaco;
1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO/VOLUNTÁRIO
- Organização geral: fibra muscular (célula) → feixe (fascículo) → músculo

1.1 Bainhas conjuntivas


- Formadas por tec. conj;
- Único tipo de musculo que apresenta as três bainhas organizadas;
- Epimísio: externa e de tec. conj. denso;
- Perimísio: intermediária, agrupa e delimita os feixes das fibras;
- Endomísio: interno, é de tec. conj. frouxo. Contorna as fibras;

1.2 Células
- São as fibras musculares que estão dispostas paralelamente;
- São longas, cilíndricas, estriadas e multinucleadas;
- Tipos:
↳ Fibras vermelhas: mais mioglobina, maior reserva de O2 e resistente à fadiga
↳ Fibras brancas: menos mioglobina, menor reserva de O2 e pouco resistente à fadiga
↳ Fibras intermediárias
- Formado por: sarcoplasma (citoplasma);
↳ Sarcolema (membrana), faz a volta nas miofibrilas;
↳ Retículo sarcoplasmático (REL), controla a liberação de cálcio para a contração muscular;
↳ Membrana basal, cada célula possui uma;
↳ Mitocôndrias

- Miofibrilas:
- Cilíndricas, paralelas e estriadas;
- Apresentam estrias claras e escuras:
↳ Banda I: banda clara, formada por filamentos de actina;
↳ Banda A: banda escura, formada por filamentos de miosina e actina.
- Banda H, é a parte clara, formada apenas por miosina;
↳ Disco Z: linha escura no meio da banda clara (i), formada por actina;

- Formado por filamentos:


↳ Filamento fino: formado por tropomiosina, troponina e principalmente actina;
↳ Filamento grosso: formado por miosina.
- Duas caudas de miosina enroladas em hélice cada uma com uma cabeça;
- Miofilamentos:
↳ Miosina tipo I: filamentos grossos.
- Prendem-se na proteína mianesina no meio do sarcoma, na banda h;
↳ Actina: filamentos finos, prende-se no disco z;

- Sarcômero:
↳ Espaço de um disco z ao outro;
↳ Quando se contrai, some a banda I e H;
↳ Nebulina: mantém o arranjo dos filamentos finos;
↳ Titina: sustenta o filamento grosso e ajuda o sarcômero a voltar ao normal após a contração;
↳ Mecanismo de contração: no estado normal a tropomiosina e a troponina bloqueiam o contato das
cabeças da miosina com os filamentos de actina → o cálcio que fica dentro do retículo sarcoplasmático, é
liberado no citoplasma → deslocamento do conjunto → cálcio se liga à troponina → troponina muda de
configuração e desloca a tropomiosina → filamento de actina fica livre e reage com a cabeça da miosina
→ cabeça faz movimento para trás e puxa o filamento de actina para o centro;

- A tríade:
- Formado por duas cisternas terminais do retículo sarcoplasmético + um túbulo transverso (T);
- Cisternas terminais: onde o cálcio fica armazenado depois que sai do sarcolema (membrana);
↳ Ligadas à rede de retículo sarcoplasmático;
- Túbulo transverso (T): formado por sarcolema (membrana);
↳ Localizado no meio das cisternas;
↳ Quando ocorre a sinapse neuromuscular, a membrana despolariza, propagando os estímulos
nervosos pelo túbulo T, que em consequência, despolariza as cisternas, ocorrendo a liberação de cálcio
para as miofibrilas, contraindo os sarcômeros;
↳ Cada sarcômero possui duas tríades, fazendo todos contraírem ao mesmo tempo;
↳ Quando a fibra relaxa o cálcio volta para o túbulo T;
- Contração rápida e voluntária;

1.3 Irrigação
- Tecido altamente vascularizado;
1.4 Inervação
- Placa motora: local especializado de contato entre uma terminação nervosa e uma célula muscular
estriada esquelética.
↳ Cada placa motora controla uma fibra muscular;
↳ Também chamada de sinapse neuromuscular ou junção mioneural.

- Unidade neuro motora (UNM): conjunto de um neurônio motor e as (várias) fibras musculares estriadas
esqueléticas que ele controla.
↳ Pode controlar até 100 células (fibras) musculares;
2. MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO
- Localização: apenas no coração;
- Tipo de contação: rápida e involuntária;

2.1 Células
- Estriadas, mais curtas e ramificadas;
- Possuem de um à dois núcleos centrais;
- Possuem discos intercalares (traços escalariformes), que são o ponto de união entre duas células;
↳ Células comunicam-se
- Estrias transversais;
- Não possuem placa motora
- Mitocôndrias grandes
- Anastomosadas: várias células formam uma fibra;
- Miofibrilas: desorganizadas e parcialmente fusionadas
- Sarcômero: igual ao músculo estriado esquelético;

- Díade:
- Não existem cisternas terminais;
- Túbulo transverso (T) de grande calibre;
- Retículo sarcoplasmático possui dilatações que ficam em contato com o túbulo T;
2.2 Disco intercalar
- Possui invaginações para aumentar a célula de contato
- Junções de adesão: ancora a actina dos sarcômeros terminais;
↳ Desmossomos prendem as células impedindo a separação durante a contração;
- Junções comunicantes: fazem a comunicação direta entre as células, permitindo a continuidade íonica
2.3 Contração
- Rápida e involuntária;
- Contração miógena/intrínseca: despolarização espontânea do sarcolema (membrana), realizam a
autoestimulação, dão origem/geram o próprio estímulo;
- Inicio da contração ocorre nas células marca passo do nódulo sinoatrial;
- Células possuem capacidade de secretar o hormônio peptídeo atrial matriurético;
↳ O hormônio atua nos rins, controlando a liberação de sódio e potássio pela urina;
3. MÚSCULO LISO
- Localização: vasos e órgãos (vísceras);
3.1 Células
- Pequenas e fusiformes (extremidade fina);
- Possuem um núcleo central;
- Não possuem estrias;
- Filamentos intermediários, finos e grossos
- Revestidas por fibras reticulares;
- Agrupadas em feixes mal definidos;
- Unidas por junções comunicantes;
- Não possuem sarcômero e túbulo T;
- Retículo sarcoplasmático pouco desenvolvido;

- Miofilamentos: são desorganizados, não formam miofibrilas;


↳ Filamentos de miosina instáveis;
↳ Não possuem troponina e não formam sarcômero;
↳ Calmodulina, é a proteína para ligação do cálcio;
- Cavéolas: são depressões no sarcolema (membrana), com função semelhante aos túbulos T;
- Corpos densos: estruturas presas na membrana, onde os filamentos se prendem na contração muscular;
- Formado por filamentos:
↳ Filamento fino: formado por tropomiosina, calmodulina e principalmente actina;
↳ Filamento grosso: formado por miosina tipo II;
- Duas caudas de miosina enroladas em hélice cada uma com uma cabeça;
- O corpo fica enrolado e só estica na hora da contação muscular, tornando-a mais demorada;
- Fosforilação da miosina para deixá-la linear;
↳ Actina e miosina ficam ligadas a filamentos intermediários que ficam presos aos corpos densos da
membrana;
3.2 Contração muscular
- Lenta e involuntária;
- Contração espontânea pós-digestão;
- Mantém tônus;
- Apresentam contração peristáltica em alguns órgãos (ex.: tubo digestivo, oviduto após a ovulação);
- Pode ter contração estimulada por ocitocina (hormônio do parto) e histamina;
- Células com capacidade secretora de fibras reticulares (colágeno III), fibras elásticas (elastina) e
proteoglicanos.

3.3 Inervação
- Realizada por fibras nervosas do sistema nervoso autônomo (SNA) que se ramifica no músculo;
- Não possuem contato direto com as células;
- Varicosidades: possuem os neurotransmissores que serão liberados ao redor das fibras musculares
realizando a despolarização da membrana;

4. REGENERAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES


- Tecido Muscular Estriado Cardíaco: nenhuma regeneração
↳ Em caso de infarto ocorre uma cicatrização pelo tecido conjuntivo, que preenche o espaço onde
estava a célula que vai degenerar.
- Tecido Muscular Estriado Esquelético: regeneração difícil;
↳ Neoformação celular a partir das células satélites, que se localizam ao redor da membrana basal,
por fora, mas por dentro da membrana basal;
↳ Essas células são incorporadas nas células musculares, formando novas miofibrilas. Ocorre na
gestação, aumentando o útero.
- Tecido Muscular Liso: capaz de multiplicação.
5. COMPARAÇÃO DOS TECIDOS

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