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BOLETIM

ECONÓMICO

JUN. 2023

BANCO DE
PORTUGAL
EUROSISTEMA
BOLETIM
ECONÓMICO
JUNHO 2023

Versão atualizada em 21 de junho de 2023,


com a incorporação das partes "Tema em
destaque" e "Políticas em análise".

Lisboa, 2023 • www.bportugal.pt


Boletim Económico | Junho 2023 • Banco de Portugal Rua do Comércio, 148 | 1100-150 Lisboa • www.bportugal.pt •
Edição Departamento de Estudos Económicos • Design Departamento de Comunicação e Museu | Unidade de Design •
ISSN (online) 2182-0368
Índice

I A economia portuguesa em 2023-25 | 5

1 Projeções para a economia portuguesa em 2023-25 | 7


Caixa 1 • Enquadramento e políticas | 12

Caixa 2 • Margens de lucro e inflação | 13

Caixa 3 • O impacto redistributivo de medidas de apoio às famílias em resposta ao


aumento dos preços e da evolução das pensões | 18

Caixa 4 • Rendimento após serviço da dívida e despesa em bens alimentares


e energéticos: evidência para diferentes tipos de famílias | 20

2 Análise e projeções de finanças públicas | 25


Caixa 5 • O efeito direto do aumento da inflação sobre a receita fiscal e contributiva | 32

II Tema em destaque | 35

Demografia em Portugal: cenários para o século XXI | 37

III Políticas em análise | 51

Diferencial salarial entre os setores público e privado em Portugal | 53

IV Séries | 61

Séries trimestrais para a economia portuguesa: 1977-2022 | 63

Séries anuais do património dos particulares: 1980-2022 | 64


I A economia portuguesa
em 2023-25
Caixa 1 Enquadramento e políticas
Caixa 2 Margens de lucro e inflação
Caixa 3 O impacto redistributivo de medidas de apoio
às famílias em resposta ao aumento dos preços
e a evolução das pensões
Caixa 4 Rendimento após serviço da dívida e despesa
em bens alimentares e energéticos: evidência para
diferentes tipos de famílias
Caixa 5 O efeito direto do aumento da inflação
sobre a receita fiscal e contributiva
1 Projeções para a economia
portuguesa em 2023-25
A economia portuguesa deverá crescer 2,7% em 2023, 2,4% em 2024 e 2,3% em 2025 (Qua-
dro I.1.1). Após a recuperação do choque pandémico, o PIB situou-se no início de 2023 5,4% aci-
ma do nível de 2019. O crescimento do PIB mantém-se robusto e superior ao da área do euro no
horizonte. Projeta-se uma redução da taxa de inflação de 5,2% este ano para 3,3% em 2024 e 2,1%
em 2025, valor já próximo do objetivo de política monetária (Quadro I.1.1).
A evolução favorável do mercado de trabalho, as medidas públicas de apoio ao rendimento das famí-
lias e as maiores entradas de fundos europeus sobrepõem-se aos efeitos negativos da inflação ain-
da elevada e da maior restritividade da política monetária sobre a procura interna. O enquadramento
internacional e financeiro da economia portuguesa é caraterizado, para além das condições monetá-
rias e financeiras menos favoráveis, por uma redução considerável das pressões inflacionistas exter-
nas e por um menor dinamismo da procura externa dirigida aos exportadores portugueses (Caixa 1).

Quadro I.1.1 • Projeções do Banco de Portugal: 2023-2025 | Taxa de variação anual em


percentagem (exceto onde indicado)

Pesos BE junho 2023 BE março 2023


2022 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p) 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p)

Produto Interno Bruto 100 6,7 2,7 2,4 2,3 6,7 1,8 2,0 2,0
Consumo privado 64 5,8 1,6 1,7 1,7 5,7 0,3 1,0 1,3
Consumo público 18 1,7 1,5 1,4 0,9 2,4 1,8 1,1 0,8
Formação bruta de capital fixo 20 3,0 3,1 5,3 5,4 2,7 2,3 5,2 4,2
Procura interna 103 4,5 1,1 2,4 2,3 4,5 0,8 1,8 1,8
Exportações 50 16,7 7,8 4,2 4,0 16,7 4,7 3,7 3,9
Importações 53 11,1 4,0 4,2 3,9 11,0 2,4 3,4 3,5
Emprego (número de indivíduos) (a) 2,0 0,6 0,6 0,5 2,0 0,1 0,2 0,2
Taxa de desemprego (b) 6,0 6,8 6,7 6,7 6,0 7,0 6,9 6,7
Balança corrente e de capital (% PIB) -0,4 3,8 3,5 3,8 -0,4 1,9 2,3 2,7
Balança de bens e serviços (% PIB) -2,1 1,7 1,6 1,8 -2,1 -0,2 0,1 0,5
Índice harmonizado de preços no consumidor 8,1 5,2 3,3 2,1 8,1 5,5 3,2 2,1
Excluindo bens energéticos 6,7 6,8 3,5 2,3 6,7 6,7 3,2 2,4
Excluindo bens energéticos e alimentares 5,0 5,7 3,1 2,3 5,0 5,1 3,1 2,3
Saldo orçamental (% PIB) -0,4 -0,1 0,2 0,2 – – – –
Dívida Pública (% PIB) 113,9 103,4 97,1 92,5 – – – –

Fontes: Banco de Portugal e INE. | Notas: (p) — projetado, % — percentagem. Data de fecho de dados das projeções macroeconómicas:
Projeções para a economia portuguesa em 2023-25

26 de maio. As atuais projeções enquadram-se no exercício de projeção do Eurosistema de junho de 2023, divulgado no dia 15 de junho. Para
cada agregado apresenta-se a projeção correspondente ao valor mais provável condicional ao conjunto de hipóteses consideradas. (a) De acordo
com o conceito de Contas Nacionais. (b) Em percentagem da população ativa.

As projeções para o crescimento da atividade foram revistas em alta. No primeiro trimestre de


2023, a economia cresceu acima do esperado, 1,6% em cadeia, sustentada em larga medida pelo
dinamismo das exportações (Gráfico I.1.1). Os indicadores disponíveis apontam para que a atividade
continue a expandir-se, com variações em cadeia de 0,3% no segundo trimestre e de 0,5% nos dois
trimestres seguintes. Para 2024-25 verifica-se uma revisão em alta de menor magnitude e transver-
sal a todas as componentes da despesa. No caso da procura interna, esta revisão é favorecida por
perspetivas de maior crescimento do rendimento disponível real, com a manutenção de dinamismo
no mercado de trabalho, enquanto no caso das exportações reflete ganhos de quota adicionais nos
serviços, em linha com a evolução recente.

7
Gráfico I.1.1 • PIB trimestral e contributos da procura interna e das exportações | Taxa de variação
em cadeia, em percentagem, e contributos líquidos de conteúdos importados, em pontos percentuais

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

-0,5
2022 T1 2022 T3 2023 T1 2023 T3 (p) 2024 T1 (p) 2024 T3 (p) 2025 T1 (p) 2025 T3 (p)
Procura interna Exportações PIB: BE de junho PIB: projeção do BE de março

Fontes: Banco de Portugal e INE. | Notas: (p) ― projetado. A linha vertical indica o início do horizonte de projeção do BE de junho de 2023.

A inflação encontra-se numa trajetória de redução desde o final de 2022. Em 2023, o abranda-
mento dos preços deverá resultar das componentes mais voláteis do IHPC, refletindo essencialmente
a redução esperada do preço das matérias-primas energéticas e alimentares nos mercados interna-
cionais (Gráfico I.1.2). A redução da inflação excluindo estes bens será posterior, condicionada por
efeitos indiretos desfasados com origem nas componentes voláteis da inflação e por pressões asso-
ciadas ao aumento dos salários e margens de lucro (Caixa 2). A maior restritividade da política monetá-
ria, num contexto de expetativas de inflação ancoradas, deverá implicar a convergência da inflação no
final do horizonte para valores compatíveis com o objetivo de estabilidade de preços e próximos dos
projetados para a área do euro. A projeção da inflação para 2023 é revista -0,3 pontos percentuais
(pp) face à do Boletim Económico de março, com menores pressões inflacionistas externas e o impac-
to da redução temporária do IVA para alguns bens alimentares a serem parcialmente compensadas
por maiores pressões internas sobre a componente de serviços.

Gráfico I.1.2 • IHPC: Evolução observada e projetada | Taxa de variação homóloga em percentagem

12
IHPC Total
10
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

-2 IHPC exc. energ. e alimentares

-4

Fontes: Banco de Portugal e INE. | Notas: (p) ― projetado. A zona a cinzento delimita o intervalo definido por um conjunto alargado de
medidas de inflação subjacente para Portugal, nomeadamente a média aparada a 30% e a 10%, a mediana ponderada e simples, a inflação
conjunta e o IHPC excluindo bens alimentares, energéticos e rubricas voláteis ligadas ao turismo. As linhas horizontais referem-se à projeção
para a taxa de variação média trimestral. O valor relativo ao IHPC total de maio corresponde à estimativa rápida e como tal é passível de revisão.

8
Em 2025, a atividade económica e o emprego deverão situar-se, respetivamente, cerca de
11% e 3,9%, acima de 2019. Esta evolução traduz uma rápida recuperação da crise pandémica
e a resiliência da economia às repercussões do conflito armado na Europa, à inflação elevada
e à maior restritividade da política monetária. O crescimento em 2023-25 continua a ser carateri-
zado por uma tendência de aumento do peso das exportações e da FBCF no PIB, à semelhança do
observado antes da pandemia (Gráfico I.1.3).

Gráfico I.1.3 • PIB e componentes da despesa líquidas de conteúdos importados | Índice


2016=100

150

140
Exportações

130

FBCF PIB
120

110

Consumo privado
100

90
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p)

Fontes: Banco de Portugal e INE. | Nota: (p) ― projetado.

O consumo privado cresce 1,7% em termos médios anuais (Gráfico I.1.4). Este crescimento
reflete o esgotamento da dinâmica de recuperação pós-pandemia, a inflação elevada e a dete-
rioração das condições de financiamento. O rendimento disponível real cresce 2,2%, em termos
médios anuais, num contexto de aumento do emprego, crescimento dos salários reais e de medi-
das de apoio às famílias (Caixa 3 e Caixa 4). A taxa de poupança aumenta de 6,6% em 2023 para
7,5% em 2025, um valor próximo do observado antes da pandemia. O consumo público cresce
1,5% em 2023, desacelerando até 2025 para 0,9%.

A FBCF cresce para 3,1% em 2023, condicionada pela maior restritividade da política mone-
tária, com o consequente agravamento dos custos de financiamento. O investimento em habi-
Projeções para a economia portuguesa em 2023-25

tação será o mais afetado pelas condições financeiras mais desfavoráveis. Estas têm também um
impacto negativo sobre a FBCF empresarial, que é reforçado pela incerteza relativamente elevada.
O investimento público tem um forte impulso em 2023 (25%) e desacelera para 7% nos anos seguin-
tes. Em 2024-25, com a gradual moderação das taxas de juro e a aplicação dos fundos europeus
recebidos, a FBCF total acelera para cerca de 5,3%.

Após um crescimento de 16,7% em 2022, projeta-se um abrandamento das exportações para


7,8% em 2023 e para 4,1% em 2024-25 (Gráfico I.1.5). No primeiro trimestre de 2023, as exportações
aumentaram 6,8% em cadeia (19,3% no caso do turismo). Em 2024-25, o ritmo de crescimento das
exportações de turismo reduz-se, mas mantém-se superior ao da procura externa de bens e serviços.
As exportações de bens desaceleram para 2,8% em 2023 (5,1% em 2022), o que reflete o abranda-
mento da procura externa, não obstante os efeitos positivos da dissipação dos constrangimentos das

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cadeias de abastecimento. A aceleração posterior da procura externa traduzir-se-á num crescimento
médio das exportações de bens de 4% em 2024-25. Estas projeções traduzem-se em ganhos de quo-
ta de mercado, significativos em 2023 mas inferiores aos do passado recente em 2024-25.

Gráfico I.1.4 • Decomposição do crescimento do consumo privado | Taxa de variação


em percentagem e contributos em pontos percentuais

-2

-4

-6

-8
2019 2020 2021 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p)
Rend. disp. real: remunerações por trabalhador Rend. disp. real: emprego Rend. disp. real: restantes componentes
Poupança em termos reais Consumo privado

Fontes: Banco de Portugal e INE. | Notas: (p) — projetado. Uma redução da poupança implica um contributo positivo para a variação do
consumo privado. O contributo das remunerações por trabalhador inclui o efeito cruzado entre emprego e remunerações por trabalhador.
O rendimento disponível e a poupança foram deflacionados com o deflator do consumo privado, de acordo com a metodologia de contas
nacionais. A evolução do deflator do consumo privado pode apresentar divergências face à do índice de preços no consumidor por razões
conceptuais.

Gráfico I.1.5 • Procura externa, exportações e contributos das componentes | Taxa de variação
em percentagem e contributos em pontos percentuais

4
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

0
2017-2019 2020-2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p)
Bens Turismo Outros serviços Exportações de bens e serviços Procura externa de bens e serviços

Fontes: Banco de Portugal, Eurosistema e INE. | Notas: (p) ― projetado. O indicador de procura externa dirigida à economia portuguesa consiste
numa média das importações dos parceiros comerciais, ponderadas pelo seu peso nas exportações portuguesas.

As importações deverão manter um crescimento médio anual de 4,1%, em linha com a evolução
projetada para a procura global ponderada por conteúdos importados.

A economia retoma uma capacidade de financiamento em 2023-25, de cerca de 3,7% do

10
PIB. A melhoria face ao défice da balança corrente e de capital de 0,4% do PIB registado em 2022
reflete sobretudo o aumento do saldo da balança de bens e serviços em 2023, associado a efeitos
de volume e de termos de troca favoráveis. O saldo do conjunto das restantes componentes da
balança corrente e de capital deverá aumentar em 2023 para 2,1% do PIB (1,6% em 2022) e per-
manecer estável em 2024-25, em resultado sobretudo do perfil das transferências da UE.

Os excedentes externos e os saldos orçamentais próximos do equilíbrio implicam que se mantém


a trajetória de redução dos rácios de endividamento externo e público, num contexto de cresci-
mento acumulado nominal de cerca de 23% no horizonte de projeção (para mais detalhes sobre
as projeções orçamentais, ver a Parte I.2 deste Boletim).

No mercado de trabalho mantém-se a pressão da procura face à oferta. Projeta-se um cres-


cimento moderado do emprego, de 0,6% em média anual. Os fluxos migratórios líquidos positivos
e o aumento da taxa de atividade deverão compensar o impacto negativo do saldo natural sobre
a oferta de trabalho. Neste contexto, a taxa de desemprego deverá manter-se inferior à ten-
dencial, 6,8% em 2023-25. A margem reduzida de recursos disponíveis no mercado de trabalho
e a inflação elevada contribuem para uma aceleração das remunerações por trabalhador em
2023 (de 6,1% para 7,2%), projetando-se um abrandamento gradual para 3,8% em 2025. Estas
projeções incorporam os aumentos anunciados para o salário mínimo de 7,8% em 2023, 6,6% em
2024 e 5,6% em 2025. Em termos reais, as remunerações por trabalhador crescem em média
1,6%, ligeiramente abaixo do aumento da produtividade. Tal implica uma redução do peso dos
custos com o trabalho no VAB no horizonte de projeção, convergindo em 2025 para valores pró-
ximos dos anteriores à pandemia.

Identificam-se riscos equilibrados para a atividade e ligeiramente em alta para a inflação.


Os riscos em baixa em torno da projeção para a atividade são de origem externa e estão rela-
cionados com um potencial agravamento do enquadramento geopolítico. Um quadro de inflação
mais persistente pode implicar uma política monetária mais restritiva, existindo também o risco de
agravamento das tensões financeiras a nível global, com repercussões na atividade real. O aumento
dos custos de financiamento poderá afetar mais do que o esperado a procura interna. No entanto,
a poupança acumulada durante a pandemia é um fator mitigante deste risco. Os riscos em alta
para a atividade centram-se na resiliência do consumo e no dinamismo das exportações, que sur-
preenderam em alta no período mais recente, não sendo de excluir que tal possa vir a repetir-se.
A inflação poderá ser afetada por novos choques sobre os preços das matérias-primas internacio-
nais e apresentar maior persistência devido a um reforço dos efeitos indiretos e de segunda ordem
sobre os salários e as margens de lucro.
Projeções para a economia portuguesa em 2023-25

O papel estabilizador das políticas económicas permanece crucial. A economia global foi
afetada por dois choques de elevada dimensão, a pandemia COVID-19 e a invasão da Ucrânia,
que originaram um processo inflacionista. Ainda não são claros quais os equilíbrios estruturais
que surgirão após choques tão disruptivos. A coordenação entre países e entre a política mone-
tária e orçamental foi decisiva para limitar os impactos destes choques e continua a ser impor-
tante no atual contexto de normalização da política monetária. Para potenciar o crescimento
recente, caraterizado pelo dinamismo das exportações, e traduzi-lo em novos fatores de com-
petitividade no longo prazo é essencial manter a previsibilidade nas políticas, promover o inves-
timento e sustentar a procura de trabalhadores mais qualificados, com reflexo no crescimento
tendencial da produtividade.

11
Caixa 1 • Enquadramento e políticas
A atividade mundial deverá continuar condicionada pela inflação elevada e pelo aperto das
condições monetárias e financeiras. Nas hipóteses do exercício de projeção do Eurosistema de
junho, o crescimento mundial reduz-se de 3,3% em 2022 para 2,9% em 2023 ― devido à evolução
das economias avançadas ―, permanecendo em torno de 3% em 2024-25 (Quadro C.1.1).

Quadro C1.1 • Hipóteses do exercício de projeção elaboradas por especialistas


do Eurosistema

BE junho Revisões face


2023 ao BE março 2023

2022 2023 2024 2025 2022 2023 2024 2025


Enquadramento internacional
PIB mundial tva 3,3 2,9 2,9 3,1 0,0 0,1 -0,1 0,0
PIB Área do euro tva 3,5 0,9 1,5 1,6 -0,1 -0,1 -0,1 0,0
Comércio mundial tva 6,0 1,5 3,4 3,3 -0,3 -1,1 0,1 -0,1
Procura externa tva 7,8 1,4 3,2 3,0 0,0 -1,2 0,3 0,0
Preços internacionais
Preço do petróleo vma 98,6 72,0 66,9 64,8 0,0 -4,6 -5,4 -3,8
Preço do gás (MWh) vma 123,1 42,4 51,9 46,5 0,0 -16,0 -9,6 -4,4
Matérias-primas não energéticas tva 19,4 -13,9 -2,1 1,3 0,0 -5,5 -2,4 0,1
Preço de importação dos concorrentes tva 15,9 0,4 2,6 2,3 -0,1 -1,8 0,5 0,4
Condições monetárias e financeiras
Taxa de juro de curto prazo (EURIBOR a 3 meses) % 0,3 3,4 3,4 2,9 0,0 0,1 0,1 0,0
Taxa de juro implícita da dívida pública % 1,7 2,3 2,5 2,7 -0,2 0,0 0,1 0,3
Índice de taxa de câmbio efetiva tva -3,5 3,8 0,2 0,0 0,0 0,9 0,2 0,0
Taxa de câmbio euro-dólar vma 1,05 1,08 1,09 1,09 0,0 0,6 0,8 0,8

Fontes: Banco de Portugal e Eurosistema (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: tva ― taxa de variação anual, % ― em percentagem, vma ―
valor médio anual, MWh ― megawatt-hora. As hipóteses técnicas e de enquadramento externo e as projeções para o PIB e inflação da área do
euro coincidem com as do exercício de projeção do BCE divulgado a 15 de junho (ver “Projeções macroeconómicas para a área do euro elaboradas
por especialistas do Eurosistema”, junho de 2023), incluindo a informação disponível até 24 de maio. Os preços internacionais apresentados são
medidos em euros. A hipótese técnica para o preço do petróleo, gás e matérias-primas não energéticas assenta nos mercados de futuros. O preço
de importação dos concorrentes corresponde a uma média ponderada dos deflatores de exportação dos países dos quais Portugal importa,
ponderada pelo peso relativo destas nas importações portuguesas (para mais informação, ver “Trade consistency in the context of the Eurosystem
projection exercises: an overview”, ECB Ocasional Paper 108, março de 2010). A evolução da taxa EURIBOR a 3 meses tem por base as expetativas
implícitas nos contratos de futuros. A taxa de juro implícita da dívida pública é calculada como o rácio entre a despesa em juros do ano e a média
simples do stock da dívida no final do ano e no final do ano anterior. Um aumento da taxa de câmbio corresponde a uma apreciação. O índice
de taxa de câmbio efetiva do euro é calculado face a um grupo de 41 países parceiros. A revisão da taxa de câmbio euro-dólar é apresentada em
percentagem. A hipótese técnica para as taxas de câmbio bilaterais pressupõe a manutenção ao longo do horizonte de projeção dos níveis médios
observados nas duas semanas anteriores à data de fecho da informação.
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

A procura externa dirigida à economia portuguesa abranda de 7,8% em 2022 para 1,4%
em 2023, em linha com a evolução das importações dos parceiros comerciais. Esta evolução
ocorre num contexto de recomposição da procura global, com um aumento do peso dos serviços,
incluindo não transacionáveis, em detrimento do consumo de bens e do investimento (Gráfico C1.1).
Para 2024-25, assume-se um crescimento em linha com a habitual relação do comércio com a ati-
vidade (Quadro C1.1).

A inflação mundial deverá diminuir de forma gradual. No curto prazo, a diminuição da inflação
resulta dos preços dos bens energéticos. No caso das componentes menos voláteis, as pressões
inflacionistas associadas ao dinamismo do mercado de trabalho e aos aumentos salariais, parti-
cularmente nas economias avançadas, apontam para um abrandamento mais gradual. A inflação
na área do euro deverá diminuir de 8,4% em 2022 para 5,4%, 3% e 2,2% em 2023, 2024 e 2025,
respetivamente (excluindo bens alimentares e energéticos, aumenta de 3,9% para 5,1% em 2023
e diminui para 3,0% em 2024 e 2,3% em 2025).

12
Gráfico C1.1 • Indicadores PMI para o comércio mundial e pressões na cadeia de produção
global

Painel A ― PMI mundial ― Novas encomendas Painel B ― Índice de pressões na cadeia


para exportação por setores | Índice de difusão de produção global | Desvio-padrão face à média

60 6
Serviços

50 4

Indústria
40 2

30 0

20 -2
jan. 19 jan. 20 jan. 21 jan. 22 jan. 23 jan. 19 jan. 20 jan. 21 jan. 22 jan. 23

Fonte: S&P Global e Federal Reserve Bank of New York (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: O índice de difusão PMI é baseado em
inquéritos mensais a empresários nos setores de indústria e serviços, em que um valor abaixo de 50 indica uma redução da carteira de
encomendas. O índice de pressões na cadeia de produção global integra informação sobre custos de transporte e indicadores da indústria
para avaliar as condições da cadeia de produção global.

As pressões inflacionistas externas reduzem-se consideravelmente em 2023. Os preços inter-


nacionais da energia (petróleo e do gás) caem cerca de 45%, estabilizando nos anos seguintes.
O preço do petróleo diminui gradualmente, acompanhando a moderação da procura global.
Os preços das matérias-primas não energéticas caem cerca de 14% em 2023, com uma diminui-
ção ligeira adicional em 2024, refletindo a evolução dos bens alimentares. Os preços de importação
dos concorrentes de Portugal nos mercados externos abrandam em 2023, de cerca de 16% para
0,4%, e aceleram para cerca de 2,5% em 2024–25.

As condições monetárias e financeiras tornam-se menos favoráveis, refletindo taxas de


juro mais elevadas e uma apreciação do euro (Quadro C1.1). As hipóteses para a taxa EURIBOR
a 3 meses apontam para uma subida para 3,4% em 2023-24 e uma redução para 2,9% em 2025.
A taxa de juro implícita na dívida portuguesa aumenta de 2,3% em 2023 para 2,7% em 2025.
A taxa de câmbio nominal efetiva do euro aprecia 3,8% em 2023.

Caixa 2 • Margens de lucro e inflação


O aumento acentuado dos preços da energia e de outras matérias-primas internacionais implicou
pressões sobre os custos das empresas. A forma como as empresas repercutem este aumento
de custos nos preços de venda é um fator importante para determinar a escala e a duração das
Margens de lucro e inflação

pressões inflacionistas. As empresas podem absorver parte do choque de termos de troca nas
suas margens de lucro, mas podem também mantê-las inalteradas ou aumentá-las, desde que
haja acomodação pela procura. A viabilidade destas opções depende do grau de concorrência do
mercado em que cada empresa opera. Em mercados mais concorrenciais ― com vendas disper-
sas por muitas empresas e facilidade de entrada de novas empresas ― será mais difícil o aumento
da margem de lucro, mesmo em episódios de acomodação por parte da procura.

13
Uma forma comum de avaliar o contributo das margens de lucro sobre os preços recorre à decom-
posição do deflator do PIB na ótica do rendimento. A variação do deflator do PIB pode ser decom-
posta nos contributos dos impostos líquidos de subsídios sobre os produtos por unidade produzida,
da remuneração do capital por unidade produzida e dos custos salariais ajustados da produtivi-
dade, que são fontes de pressões inflacionistas de origem interna. A remuneração do capital
é aproximada pelo excedente bruto de exploração (EBE) que corresponde ao VAB deduzido das
remunerações pagas, incluindo uma estimativa para as remunerações do trabalho dos empregados
por conta própria.
Em Portugal, o deflator do PIB aumentou 4,4% em 2022, com contributos de 2,8 pp do EBE por
unidade produzida e de 0,9 pp dos custos unitários do trabalho (Gráfico C2.1). O aumento do con-
tributo dos lucros unitários em 2022 indica que as empresas transferiram o choque sobre os custos
de produção aos consumidores e recuperaram parte das perdas de margem de 2020. O impacto
do aumento dos salários nominais por trabalhador foi amortecido pelo acréscimo de produtivida-
de, implicando um contributo contido para as pressões inflacionistas internas em 2022. Em ter-
mos acumulados face a 2019, o contributo da remuneração do capital por unidade produzida para
a variação do deflator do PIB foi inferior ao da remuneração do trabalho, o que está relacionado com
o comportamento muito diferenciado em 2020.

Gráfico C2.1 • Variação do deflator do PIB Gráfico C2.2 • Peso da remuneração


e contributos | Em percentagem e pontos do capital e do trabalho no VAB nominal
percentuais | Em percentagem

10 8,1 65
58,5 60,0
8 60
6 2,0 4,4 55
Remunerações
4 1,5 1,8 1,7 1,5
50
2 45 EBE
0 40
41,5 40,0
-2 35
-4 30
2017 2018 2019 2020 2021 2022 Tv. 2017 2018 2019 2020 2021 2022
acumul.
EBE por unid. produzida desde
Custos unitários do trabalho 2019
Impostos líq. s/prod. por unid. produzida
Tva deflator do PIB

Fonte: INE (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: O EBE é obtido da Fonte: INE (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: O peso da remuneração
diferença entre o valor acrescentado da economia e a compensação do capital e do trabalho correspondem, respetivamente, ao rácio do
do fator trabalho (que inclui uma estimativa para a remuneração do EBE e das remunerações do trabalho (incluindo uma estimativa para
trabalho dos empregados por conta própria). a remuneração do trabalho dos empregados por conta própria) sobre
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

o VAB nominal.

Apesar do aumento em 2022, o peso da remuneração do capital no VAB situou-se ainda abai-
xo do observado no período pré-pandemia (Gráfico C2.2). O peso da remuneração do trabalho
aumentou durante a crise pandémica, beneficiando do regime de layoff simplificado e de outras
políticas públicas destinadas a salvaguardar o emprego e os rendimentos, bem como do esforço
das empesas por manter o emprego apesar da paragem abrupta da atividade. Este esforço tradu-
ziu-se numa diminuição do peso do capital no VAB, mas provou ser uma estratégia bem-sucedida
dado o carater temporário da crise.
Uma análise por ramo de atividade com os dados de contas nacionais aponta para que o aumento do
rácio EBE/VAB do total da economia em 2022 se tenha devido, em larga medida, à forte recuperação
no comércio, transportes, alojamento e restauração (Gráfico C2.3). Este setor terá beneficiado do

14
Gráfico C2.3 – Rácio EBE / VAB ‐ detalhe por ramo de atividade | Variação em pontos
Gráfico C2.3 – Rácio EBE / VAB ‐ detalhe por ramo de atividade | Variação em pontos
percentuais
percentuais
forte aumento da procura associado à reabertura da economia e ao dinamismo do turismo em
2022, ainda que o rácio EBE/VAB tenha permanecido abaixo do valor de 2019. Na generalidade dos
ramos de atividade, o rácio EBE/VAB em 2022 mantinha-se inferior ao observado em 2019.

Gráfico C2.3 • Rácio EBE/VAB ― detalhe por ramo de atividade | Variação em pontos percentuais

-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

Total
Agricultura, silvicultura e pescas (4,4%)
Indústria (18,4%)
Construção (3,3%)
Comércio; transporte; aloj. e restauração (24,3%)
At. de informação e de comunicação (3,6%)
At. financeiras (6,0%)
At. imobiliárias e alugueres (23,1%)
Serviços prestados às empresas (5,2%)
Administração pública, educação e saúde (9,4%)

Fonte: INE (cálculos do Banco Outros serviços (2,2%)


de Portugal). | Nota: O EBE é aproximado pela diferença entre o VAB e as remunerações
Fonte: INE (cálculos do Banco de Portugal).
pagas de cada ramo de atividade, referentes | Nota: O EBE é aproximado pela diferença entrepor
o VAB e asde
remunerações
2022 vs. 2021 apenas às remunerações dos 2022 trabalhadores
vs. 2019 conta outrem. Em
termos agregados, esta medida do EBE difere em nível da considerada nos gráficos anteriores, mas a suaoutrem.
pagas de cada ramo de atividade, referentes apenas às remunerações dos trabalhadores por conta de evolução Emé
termos
Fonte:agregados,
INE (cálculos
semelhante. esta
do
A percentagem medida
Banco do parêntesis
EBE
de Portugal).
entre difere
| Nota: eménível
O EBE
junto da considerada
aproximado pela diferença
à designação nos
entregráficos
dos setores o VAB e asanteriores,
remunerações
corresponde mas a de
pagas
ao peso dosua evolução
cada ramo EBE
respetivo é
semelhante.
de atividade,A percentagem
referentes
no total do EBE da economia.apenas entre
às parêntesis
remunerações dos junto à designação
trabalhadores por conta dedos setores
outrem. Em corresponde
termos agregados, ao
estapeso do
medida dorespetivo
EBE difere EBE
no em
total dodaEBE
nível da economia.
considerada nos gráficos anteriores, mas a sua evolução é semelhante. A percentagem entre parêntesis junto à designação dos
setores corresponde
É importante terao em
peso do respetivo
conta queEBE no
o total
ráciodo EBE da economia.
EBE/VAB constitui uma medida imperfeita do conceito
É importante ter em conta que o rácio EBE/VAB constitui uma medida imperfeita do conceito
económico relevante de margem de lucro (markup), o qual não é diretamente observável. O
económico relevante de margem de lucro (markup), o qual não é diretamente observável. O
markup corresponde
É importante ao rácio
ter em conta queentre
o ráciooEBE/VAB
preço que a empresa
constitui cobraimperfeita
uma medida e o seu custo marginal
do conceito eco-de
markup corresponde ao rácio entre o preço que a empresa cobra e o seu custo marginal de
nómico relevante de margem de lucro (markup), o qual não é diretamente observável. O markup
produção, captando o poder de fixação de preços das empresas. O rácio EBE/VAB pode variar
produção, captando
corresponde o poder
ao rácio entre ode fixação
preço quede preços das
a empresa empresas.
cobra O rácio
e o seu custo EBE/VAB
marginal pode variar
de produção,
mesmo quando
captando as empresas
o poder mantêm
de fixação de os seus
preços das markups
empresas. constantes.
O rácio
1
Estes
EBE/VAB 1pode doismesmo
variar conceitos (rácio
quando
mesmo quando as empresas mantêm os seus markups constantes. Estes dois conceitos (rácio
EBE/VAB e markup)
as empresas mantêmpodem sermarkups
os seus relacionados:
constantes. Estes dois conceitos (rácio EBE/VAB e markup)
1

EBE/VAB e markup) podem ser relacionados:


podem ser relacionados:
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�𝑛𝑛���� � � ≅ � ≅ � �� ≅ ������
�𝑛𝑛���� � �� ≅ �� ≅ ������ ≅ ������ ����á����
�� �� � ���� ������ �������

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𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸 � �� � � 𝑥𝑥 �� ��
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 � �� � � � 𝑥𝑥
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 �� � � 𝑥𝑥
Logo:
Logo:
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��� �
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� �� ����
����������∗ � ��
��� ������� ��
� ����
����������∗ ��
��
onde P corresponde ao preço de venda, MC ao custo marginal, AC ao custo médio (que constitui
uma aproximação do custo marginal sob determinadas condições relativas à função de produção
das empresas), Y à produção, wL aos custos do trabalho (w = salário nominal; L = emprego), pxX aos
Margens de lucro e inflação

custos dos inputs intermédios (px= custo do input intermédio, X= quantidade do input intermédio).
1
Relativamente às hipóteses sobre a função de produção da empresa subjacentes à derivação, veja‐se
1
Relativamente
Colonna, às hipóteses
F, Torrini, R. and E. sobre Viviano a função
(2023), de produção
”Profit shareda and empresa subjacentes
firm markup: How to à derivação,
interpret them?”,veja‐se
Colonna, F, Torrini, R. and E. Viviano (2023), ”Profit share and firm
Banca d’Italia, Occasional Paper n. 770. As variações do rácio EBE/VAB apenas podem ser interpretadas markup: How to interpret them?”,
Banca d’Italia, Occasional
univocamente como variações Paper n.do770. As variações
markup das empresasdo rácio caso EBE/VAB estas apenas podemsem
produzam ser interpretadas
utilizar bens
univocamente
intermédios. como variações do markup das empresas caso estas produzam sem utilizar bens
1. Relativamente às hipóteses sobre a função de produção da empresa subjacentes à derivação, veja-se Colonna, F, Torrini, R. and E. Viviano (2023), ”Profit
intermédios.
share and firm markup: How to interpret them?”, Banca d’Italia, Occasional Paper No 770. As variações do rácio EBE/VAB apenas podem ser interpretadas
3 sem utilizar bens intermédios.
univocamente como variações do markup das empresas caso estas produzam
3
15
Com um markup constante, os lucros aumentam proporcionalmente às receitas das vendas. No
entanto, o peso do capital é calculado não relativamente ao total das vendas, mas do VAB, que
é obtido pela diferença entre as vendas (produção) e os consumos intermédios. Assim, quando o
custo relativo dos bens intermédios aumenta, o VAB pode aumentar menos do que as vendas e o
rácio EBE/VAB pode subir, mesmo que as empresas mantenham inalteradas as suas estratégias de
preços. Esta questão é relevante porque se observou um aumento marcado dos preços das maté-
rias-primas energéticas e de outros bens intermédios importados em 2022, superior ao dos custos
do trabalho.

Uma forma de obviar o problema seria calculando o peso do capital em rácio do valor da produ-
ção e não do valor acrescentado, mas essa informação de contas nacionais só é disponibilizada
com um desfasamento de dois anos. Outra alternativa é a utilização de dados contabilísticos das
empresas para calcular os rácios em proporção das vendas, o que permite uma melhor aproxi-
mação ao comportamento das empresas em matéria de fixação de preços. Esta opção tem ain-
da a vantagem de focar a análise nas margens de lucro das empresas não financeiras enquanto
a abordagem macroeconómica se refere a toda a economia.

Utilizando as estatísticas trimestrais das empresas não financeiras, calcularam-se os seguintes


rácios agregados: EBE/VAB, EBE/Vendas e também EBITDA/Vendas (Gráfico C2.4). Os dois últimos
rácios permitem uma melhor aproximação à evolução dos markups, ao relacionar indicadores de
rendibilidade com o valor das vendas cujos preços são determinados pelas empresas. O com-
portamento do rácio EBE/VAB das empresas é similar à do peso do capital baseado em dados de
contas nacionais ― em particular, indicando uma queda marcada em 2020 e uma recuperação
posterior ― mas apresenta valores em 2022 já superiores aos de 2019. Os rácios do EBE ou do
EBITDA sobre as vendas aumentam de forma moderada em 2022, apontando para um ligeiro
alargamento dos markups. Por setor de atividade, a evolução destes rácios é bastante diferencia-
da. Na indústria e na construção, os rácios em percentagem das vendas reduzem-se em 2022,
apontando para um impacto importante do aumento dos custos intermédios nestes setores. Nos
serviços, a evolução dos diversos rácios sinaliza aumentos dos markups.

A evidência com base em dados de contas nacionais aponta para um aumento do peso da remu-
neração do capital em 2022, que traduz uma recuperação parcial da queda durante a pandemia.2
No entanto, este resultado não implica que tenha ocorrido uma alteração da estratégia de fixação
de preços pela generalidade das empresas. A evidência microeconómica sugere que os markups
das empresas tiveram uma evolução diferenciada entre setores, com um aumento nos serviços
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

e uma diminuição na indústria e construção.3 Na projeção apresentada neste boletim assume-se


que as pressões ascendentes sobre os preços associadas ao excedente bruto de exploração se
mantêm elevadas em 2023 mas são progressivamente limitadas pela moderação dos custos dos
bens intermédios e pelo impacto da política monetária mais restritiva sobre a procura.

2. Os resultados apresentados poderão sofrer alterações em contexto de futuras revisões dos dados de contas nacionais.
3. Os rácios de rendibilidade baseados nas estatísticas trimestrais das empresas não financeiras poderão ser revistos no âmbito da publicação dos indica-
dores anuais com base nos dados da Informação Empresarial Simplificada.

16
Gráfico C2.4 • Rácios de rendibilidade das empresas não financeiras | Em percentagem

Total
Painel A — EBE/VAB Painel B — EBE/Vendas Painel C — EBITDA/Vendas
50 16 16
15 15
45
14 14
13 13
40
12 12
35 11 11
10 10
30
9 9
8 8
25
7 7
20 6 6
2019 2020 2021 2022 2019 2020 2021 2022 2019 2020 2021 2022

Por ramo de atividade


Painel A — EBE/VAB Painel B — EBE/Vendas Painel C — EBITDA/Vendas
60 20 30

55 18
25
16
50
20
14
45
12 15
40
10
10
35
8
30 5
6

25 12
11
10
9 4 0
8
7
6
2019 2020 2021
2019 2022 2019
2020 2020 2021 2022
2021 2019 2020
2022 2021 2022

Indústrias + eletr., gás e água Comércio Construção Transportes e armazenagem Outros serviços

Fonte: Banco de Portugal ― Estatísticas trimestrais das empresas não financeiras da Central de Balanços (com base no Inquérito Trimestral
às Empresas não Financeiras). | Notas: Os rácios de rendibilidade das empresas não financeiras excluem o setor da agricultura e pescas. O EBITDA
corresponde aos resultados antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações.

Margens de lucro e inflação

17
Caixa 3 • O impacto redistributivo de medidas de apoio às famílias em resposta ao
aumento dos preços e da evolução das pensões
Em resposta ao aumento dos preços, foram implementadas diversas medidas de apoio ao
rendimento das famílias. A simulação do seu impacto no rendimento disponível de agregados
em diferentes pontos na distribuição de rendimento contribui para entender em que medida
estes apoios se direcionaram para aqueles que dispõem de menores recursos financeiros.
No que respeita às medidas anunciadas desde o início de 2023, destacam-se o subsídio de renda
(máximo de 2400 euros anuais), o apoio às famílias vulneráveis para 2023, no valor de 360 euros,
e o complemento extraordinário ao abono de família de 180 euros por criança. Apesar de a des-
cida do IVA de um conjunto de bens alimentares não ter impacto direto no rendimento disponí-
vel, pode simular-se o que seria o efeito máximo desta medida nas diferentes famílias assumindo
uma repercussão nos preços do consumidor da redução do IVA, mantendo-se fixa a estrutura
de consumo e sem qualquer efeito do aumento da procura no preço. Note-se que o conjunto de
bens considerado na análise é mais abrangente do que o incluído no cabaz sujeito a IVA zero4.
O impacto direto destas medidas no rendimento das famílias é avaliado utilizando o modelo de micro-
simulação EUROMOD5. Não são considerados os efeitos das medidas noutras variáveis macroeconó-
micas, o que influenciará o seu efeito total no rendimento disponível. A distribuição do rendimento
decorre do EU-SILC de 2020 (que reporta a rendimentos de 2019) atualizado para 2022 e 2023.
O efeito destas medidas no rendimento disponível das famílias apresenta um perfil pro-
gressivo e semelhante ao estimado para as medidas adotadas em 2022 (Gráfico C3.1)6.
O impacto total mais expressivo regista-se no primeiro decil de rendimento, cerca de 8%, o que
contrasta com uma média de 1,1% para o total da população. Para este perfil progressivo contri-
buem principalmente o apoio a famílias vulneráveis e o subsídio de renda. O reforço do abono de
família e a redução do IVA são menos direcionados que as duas medidas anteriores, mas também
perdem gradualmente importância ao longo da distribuição de rendimento, apresentando efeitos
de magnitude semelhante de, respetivamente, 0,2% e 0,3% em média para toda a população.
As medidas em vigor em 2023 distinguem-se pelo grau de concentração nos diferentes níveis
de rendimento (Gráfico C3.2). A medida mais direcionada para a população com menos recursos
é o apoio às famílias vulneráveis, sendo a dotação orçamental desta medida canalizada em cerca de
71% para o primeiro quintil da distribuição. A dotação orçamental do apoio às rendas e do comple-
mento extraordinário ao abono é ainda canalizada em cerca de 40% e 35%, respetivamente, para
este grupo da população. No caso da redução do IVA, as famílias do quintil mais elevado de rendi-
mentos recebem mais 20% de recursos públicos do que as do quintil de menores rendimentos, não
contribuindo para uma política focada nos agregados vulneráveis.
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

Complementarmente, o crescimento das pensões até 2024 é significativo, alcançando nes-


se ano o nível que seria esperado de acordo com a legislação em vigor. No caso das pensões
mais baixas, o valor é até ligeiramente superior ao que resultaria da fórmula legal, devido ao efeito

4. Este conjunto de bens inclui: arroz, pão, massa, carne de vaca, carne de porco, carne de aves, peixe (exceto marisco), leite, iogurte, queijo, ovos, manteiga, mar-
garina e outros óleos vegetais, azeite, citrinos, bananas, maçãs, peras e outras frutas com caroço, vegetais (exceto os processados), batatas e outros tubérculos.
5. Para mais detalhes sobre o EUROMOD, visitar https://euromod-web.jrc.ec.europa.eu/. Para a análise da redução do IVA é utilizada a extensão do
EUROMOD aos impostos indiretos, em conjunto com os dados do inquérito às condições de vida e rendimento das famílias de 2020 (EU-SILC, no
acrónimo inglês) e do Household Budget Survey de 2010 (HBS). Para mais detalhes sobre esta extensão ver Akoğuz, Capéau, Decoster et al. (2020),
“A new indirect tax tool for EUROMOD: final report (2020)”. Esta extensão, tal como o EUROMOD, é mantida e desenvolvida pelo Centro Comum de
Investigação da Comissão Europeia, em Sevilha.
6. Ver caixa “O impacto redistributivo de medidas recentes de apoio ao rendimento das famílias”, Boletim Económico de dezembro de 2022. No final de 2022
foi efetuado um reforço do apoio a famílias vulneráveis, que acresce às medidas analisadas no Boletim Económico de dezembro. Para efeitos de comparabi-
lidade com o exercício efetuado para 2023, foi retirado das medidas de 2022 o complemento para pensionistas, que é analisado separadamente.

18
da atualização extraordinária de 2022 (Quadro C3.1). O número de agregados familiares que incluem
pensionistas, bem como o peso das pensões no rendimento disponível, são mais elevados nos primei-
ros decis da distribuição. De acordo com os dados do EU-SILC, quase 30% dos agregados familiares
com pensionistas concentra-se nos primeiros dois decis da distribuição de rendimento, o dobro dos
concentrados nos últimos dois decis, representando os rendimentos de pensões cerca de 50% do
rendimento disponível desses dois primeiros escalões e 26% e 27% no nono e no décimo, respetiva-
mente. Em consequência, e tendo ainda em conta que as atualizações foram diferenciadas em função
do valor da pensão com um perfil progressivo, espera-se que o impacto da atualização das pensões
no rendimento disponível tenha uma relevância decrescente à medida que o rendimento aumenta.

Gráfico C3.1 • Impacto das medidas por decil de rendimento | Em percentagem do rendimento
disponível por adulto equivalente

9%
8% 7,8%

7%
6%
5%
4% 3,8%
3%
2,4%
2%
1,8% 1,2%
1% 0,9% 0,6% 1,1%
0,4% 0,3% 0,2%
0%

O impacto redistributivo de medidas de apoio às famílias em resposta ao aumento dos preços e da evolução das pensões
Decil 1 Decil 2 Decil 3 Decil 4 Decil 5 Decil 6 Decil 7 Decil 8 Decil 9 Decil 10 Toda a
população

(4898) (7393) (9166) (10644) (12160) (13864) (15799) (18284) (22755) (37146) (15206)
Decil de rendimento disponível por adulto equivalente (média anual em 2023, euros)

Apoio a famílias vulneráveis Apoio às rendas Reforço do abono de família


Redução do IVA Todas as medidas 2023 Todas as medidas 2022

Fonte: Cálculos do Banco de Portugal baseados em simulações do EUROMOD e sua extensão aos impostos indiretos e nos dados do EU-SILC
e do HBS (no caso da simulação de redução do IVA). | Notas: Os agregados são distribuídos pelos decis tendo em consideração o seu rendimento
disponível por adulto equivalente no cenário base (sem medidas). O cálculo do rendimento disponível por adulto utiliza a escala modificada da OCDE
em que o primeiro adulto tem o peso de 1, membros adicionais do agregado com 14 ou mais anos pesam 0,5 e as crianças até aos 14 anos 0,3.

Gráfico C3.2 • Afetação orçamental das medidas de 2023 ao 1.º e 5.º quintis de rendimento
disponível

80%

70%

60%
Custo direcionado para

50%
os 20% mais ricos

40%
Redução do IVA
30% (19%, 23%)

20% Apoio a famílias


Apoio às rendas vulneráveis 2023
Complemento
10% (40%, 1%) (71%, 1%)
extraordinário ao
abono (35%, 1%)
0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
-10%
Custo direcionado para os 20% mais pobres

Fonte: Cálculos do Banco de Portugal baseados em simulações do EUROMOD e sua extensão aos impostos indiretos e nos dados do EU-SILC e do
HBS (no caso da simulação de redução do IVA). | Notas: A área de cada círculo é proporcional ao seu custo orçamental total (impacto na despesa,
líquido de impacto na receita) e as percentagens apresentadas correspondem ao custo direcionado para os quintis de maior e menor rendimento,
respetivamente. Os agregados são distribuídos pelos decis tendo em consideração o seu rendimento disponível por adulto equivalente no cenário
base de 2023 (sem medidas). O cálculo do rendimento disponível por adulto utiliza a escala modificada da OCDE em que o primeiro adulto tem
o peso de 1, membros adicionais do agregado com 14 ou mais anos pesam 0,5 e as crianças até aos 14 anos 0,3.

19
Quadro C3.1 • Atualização das pensões 2022-24 | Em percentagem
Pensão mensal em 2021 (em euros)
443 1773 3989
t.v.h. em 2022
verificado 5,9 4,1 3,8
aplicação da regra 1,0 0,5 0,2
t.v.h. em 2023
verificado 2,9 2,6 2,0
aplicação da regra 8,4 8,1 7,5
t.v.h. em 2024
anunciado* 8,5 8,1 7,5
aplicação da regra* 6,7 6,3 5,7
t.v. 24-21
verificado e anunciado* 18,3 15,5 13,9
aplicação da regra* 16,9 15,5 13,9

Fonte: Cálculos do Banco de Portugal. | Notas: Os valores de pensão de referência são valores mensais (pagos 14 vezes por ano) que
correspondem ao ponto médio de cada um dos três escalões de atualização previstos na lei. (*) Para 2023, o cálculo das taxas de atualização
das pensões verificadas é realizado incluindo o complemento extraordinário para pensionistas na pensão de 2022; Para 2024, considera-se
a atualização das pensões tendo em conta as projeções divulgadas neste boletim.

Caixa 4 • Rendimento após serviço da dívida e despesa em bens alimentares


e energéticos: evidência para diferentes tipos de famílias
O aumento da inflação e das taxas de juro implicou um acréscimo da despesa das famílias. A subida das
taxas de juro ocorre após mais de uma década com taxas de juro do mercado monetário próximas de
zero, no que consistiu uma situação excecional no mercado de crédito europeu. Estes acréscimos têm
sido, contudo, acompanhados por um aumento do rendimento, fruto do dinamismo no mercado de
trabalho e da implementação de medidas de apoio ao rendimento, em especial dos mais vulneráveis.
Para analisar o impacto conjunto destas dinâmicas para diferentes segmentos das famílias, esta
caixa avalia a evolução do rendimento disponível deduzido de duas componentes: (i) o pagamento
do serviço da dívida e (ii) a despesa associada à manutenção de um nível de consumo de bens
alimentares e energéticos idêntico ao registado em 2021. A sua evolução em 2022 e 2023 permite
quantificar o esforço exigido às diferentes famílias neste período.
As famílias são agrupadas de acordo com o rendimento disponível por adulto equivalente (ou
seja, corrigido da composição do agregado familiar)7, escalão etário, escolaridade e situação no
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

mercado de trabalho do indivíduo de referência da família. Estas caraterísticas são avaliadas em


2021 e mantidas em 2022 e 2023.
O crescimento do rendimento disponível em 2022 e projetado para 2023 é refletido em cada famí-
lia, utilizando informação sobre a composição do rendimento constante de três bases de dados
distintas: o Inquérito à Situação Financeira das Famílias (ISFF), o Inquérito às Condições de Vida
e Rendimento e o Inquérito ao Emprego. Para o serviço da dívida, os valores agregados da Central
de Responsabilidades de Crédito (CRC) disponíveis até março de 2023 são simulados até ao final
de 2023, com base na variação esperada pelos mercados para as taxas de juro, sendo de novo

7. O cálculo do rendimento por adulto equivalente é baseado na escala de equivalência da OCDE modificada, que atribui um peso de 1,0 ao primeiro
adulto do agregado familiar, 0,5 aos restantes adultos e 0,3 a cada criança (consideram-se crianças os indivíduos com idade inferior a 14 anos).

20
utilizada a informação do ISFF para estimar a sua distribuição pelas famílias8. As despesas com
bens alimentares e energéticos consideradas são as necessárias para manter as quantidades con-
sumidas em 2021, ou seja, antes do aumento acentuado do preço destes bens. Note-se que, mes-
mo tratando-se de bens essenciais, esta é uma hipótese pode sobrestimar o impacto da inflação
pois que não leva em conta os efeitos de substituição que estão sempre presentes nos mercados
perante choques de preços. A distribuição destas quantidades pelas famílias é efetuada com base
nos dados do Inquérito à Despesa das Famílias.

Esta metodologia segue de perto a da Caixa “Efeitos da inflação e da subida das taxas de juro sobre
a situação financeira das famílias” do Boletim Económico de dezembro de 2022, atualizando as esti-
mativas com os dados mais recentes.

Em termos acumulados, entre 2021 e 2023, e para o conjunto das famílias, o rendimento nominal dedu-
zido do pagamento do serviço da dívida e da despesa com bens alimentares e energéticos — doravan-
te designado rendimento disponível após despesas essenciais — cresceu 14,6% (Quadro C4.1).

As famílias dos primeiros quintis de rendimento, onde o peso da despesa de bens alimentares e ener-
géticos representa cerca de 40% do rendimento, são as mais expostas ao aumento do preço destes
bens. O serviço da dívida aumenta em todos os grupos de famílias embora o seu impacto seja limitado
uma vez que mais de metade das famílias não tem dívida e menos de um terço têm dívida com taxa
variável, o que reflete na maior parte dos casos a ausência de empréstimos à habitação. Nas famílias

Rendimento após serviço da dívida e despesa em bens alimentarese energéticos: evidência para diferentes tipos de famílias
em que o indivíduo de referência tem 65 anos ou mais, ou em que é inativo, observa-se um contributo
positivo do aumento das taxas de juro, uma vez que o aumento dos juros recebidos é mais acentuado
do que o aumento das prestações do crédito. No quintil mais elevado de rendimento o aumento do
serviço da dívida é compensado pelo aumento dos juros recebidos, pois embora exista uma percenta-
gem elevada de famílias endividadas, o peso da dívida no rendimento é relativamente reduzido.

Todos os grupos de famílias têm aumentos do rendimento acima do estritamente necessário para
compensar o aumento da despesa com bens alimentares e energéticos e o pagamento do serviço
da dívida. Os maiores acréscimos no rendimento disponível após despesas essenciais ocorrem
nas famílias que em 2021 se situavam nos dois primeiros quintis de rendimento por adulto equi-
valente e naquelas em que o indivíduo de referência se encontrava desempregado (respetivamen-
te, 23,4%, 18,6% e 18,8%). A evolução favorável do rendimento destas famílias refletiu em grande
parte o aumento das prestações sociais e o crescimento do emprego, o qual beneficia mais os
grupos onde existe uma percentagem superior de desempregados.

Quando se considera o conjunto de famílias com dívida a taxa variável (cerca de 30%), que são
as mais rapidamente afetadas pela alteração da política monetária, o rendimento disponível após
despesas essenciais aumenta 12,9% entre 2021 e 2023 (Quadro C.4.2). As famílias mais expostas
ao aumento do serviço da dívida, pela variação acentuada desta despesa ou pelo seu peso no
rendimento, são as famílias do primeiro quintil de rendimento, aquelas em que o indivíduo de
referência estava desempregado em 2021 e, por idade, as classes etárias mais jovens. Este efeito
é, contudo, compensado pelo crescimento do rendimento disponível nestes grupos, que beneficia
do dinamismo no mercado de trabalho.

8. Os empréstimos são desagregados em habitação e consumo e outros fins e em cada um destes segmentos em empréstimos com taxas de juro variável
ou fixa. Na simulação do serviço da dívida para o período ainda não observado na CRC (entre abril e dezembro de 2023) mantêm-se constantes os mon-
tantes totais em dívida. Na simulação para os empréstimos de taxa de juro variável leva-se em conta o tipo de indexante de cada empréstimo e a data de
atualização dos mesmos. Os valores utilizados para as taxas Euribor entre maio e dezembro de 2023 são estimados com as expetativas do dia 23 de maio
de 2023 implícitas em instrumentos de mercado (o que em média nesse período se traduz num aumento de 0,9 pp das taxas de juro utilizadas como
indexantes). Nos empréstimos de taxa de juro fixa, de modo a incorporar o facto de alguns empréstimos que chegam à maturidade serem substituídos
por outros com taxas mais altas, assume-se um aumento médio das taxas de juro de 0,3 pp. Esta hipótese está em linha com a evolução nos últimos
meses com dados observados da taxa de juro média dos empréstimos ao consumo e outros fins.

21
Quadro C4.1 • Rendimento disponível deduzido das despesas com o serviço da dívida e com a manutenção de um nível de consumo de bens alimentares
e energéticos idêntico ao de 2021: Todas as famílias
Taxa de variação entre 2021 e 2023 (%) Por memória, dados no período base (2021)
Peso no rendimento disponível excluindo juros (%)
Rendimento
deduzido do % de famílias
serviço da dívida Rendimento com dívida
e da despesa Rendimento Despesa disponível Despesa a taxa
em bens disponível em bens Juros excluindo em bens Juros variável
alimentares excluindo alimentares efetivamente Serviço juros alimentares efetivamente Serviço N.º de famílias em cada
e energéticos juros e energéticos recebidos da dívida (euros) e energéticos recebidos da dívida (milhares) grupo
Total 14,6 15,2 18,4 91,9 14,7 37 239 30,7 0,7 9,6 4044 29,9
Quintil do rendimento disponível por adulto equivalente
Q1 23,4 20,4 18,7 91,9 13,4 20 273 40,4 0,4 8,1 811 12,2
Q2 18,6 17,3 18,5 91,9 11,6 25 613 37,9 0,5 12,8 807 25,2
Q3 15,0 16,1 18,4 91,9 16,4 29 653 38,0 0,4 9,9 810 28,2
Q4 13,0 14,7 18,4 91,9 17,1 39 048 33,9 0,7 11,4 813 42,2
Q5 12,4 12,9 18,3 91,9 14,1 71 880 20,6 1,1 7,8 803 42,0
Idade do indivíduo de referência
<35 16,5 16,1 17,8 91,9 13,1 29 878 34,0 0,4 15,3 254 28,0
35-44 14,8 16,1 18,1 91,9 20,4 44 412 27,5 0,4 12,8 708 60,7
45-54 16,8 16,7 18,3 91,9 15,9 45 083 30,0 0,6 13,1 869 52,1
55-64 15,5 15,3 18,5 91,9 8,5 46 467 27,4 0,6 8,0 787 22,7
>=65 11,0 12,5 18,8 91,9 7,0 25 105 37,1 1,5 3,4 1425 5,5
Nível de escolaridade do indivíduo de referência
Até ao básico 16,0 16,1 18,6 91,9 11,8 30 739 33,0 0,5 8,2 2402 20,0
Secundário 14,5 15,4 18,3 91,9 15,5 38 054 32,6 0,6 11,7 755 40,3
Superior 12,8 13,7 18,0 91,9 17,7 54 144 26,0 1,2 10,4 887 47,9
Condição perante o trabalho do indivíduo de referência
Trabalhador 15,5 15,9 18,2 91,9 15,6 44 440 28,3 0,6 11,7 2408 44,7
Desempregado 18,8 18,2 18,8 91,9 13,7 37 079 27,5 0,1 9,6 144 23,3
Reformado 11,1 12,8 18,8 91,9 6,9 26 124 38,5 1,4 3,8 1331 6,8
Outros 14,6 14,9 18,7 91,9 7,9 21 564 34,1 1,1 3,1 161 5,8
Fontes: Banco de Portugal e INE (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: Os dados referem-se a valores médios por família. As caraterísticas das famílias dizem respeito ao período base do exercício. Os quintis de rendimento referem-se
ao total das famílias.

22
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023
Quadro C4.2 • Rendimento disponível deduzido das despesas com o serviço da dívida e com a manutenção de um nível de consumo de bens alimentares
e energéticos idêntico ao de 2021: Famílias com alguma dívida a taxa variável

Taxa de variação entre 2021 e 2023 (%) Por memória, dados no período base (2021)
Peso no rendimento disponível excluindo juros (%)
Rendimento
deduzido do Rendimento
serviço da dívida Rendimento Despesa disponível Despesa
e da despesa em disponível em bens Juros excluindo em bens Juros
bens alimentares excluindo alimentares efetivamente Serviço juros alimentares efetivamente Serviço N.º de famílias
e energéticos juros e energéticos recebidos da dívida (euros) e energéticos recebidos da dívida (milhares)

Total 12,9 14,8 18,4 91,9 18,8 50 320 26,5 0,4 13,1 1211
Quintil do rendimento disponível por adulto equivalente
Q1 19,8 19,5 18,7 91,9 20,5 32 153 32,7 0,2 17,0 99
Q2 18,2 17,3 18,5 91,9 13,5 36 951 32,6 0,2 17,7 203
Q3 12,5 15,8 18,4 91,9 25,0 39 464 30,8 0,2 13,0 229
Q4 11,1 14,9 18,4 91,9 24,5 43 718 32,4 0,5 13,3 343
Q5 12,1 13,1 18,3 91,9 14,7 77 769 19,2 0,6 11,2 337
Idade do indivíduo de referência
<35 11,8 14,7 18,0 91,9 23,2 43 650 29,5 0,5 12,5 71
35-44 12,3 15,3 18,2 91,9 25,9 45 151 26,4 0,4 12,7 429
45-54 14,1 15,5 18,4 91,9 17,5 49 819 29,0 0,5 15,1 453
55-64 13,1 13,8 18,6 91,9 11,5 66 508 21,8 0,4 10,7 179
>=65 9,7 11,3 18,9 91,9 6,4 50 633 25,0 0,5 11,0 78
Nível de escolaridade do indivíduo de referência
Até ao básico 15,1 16,1 18,7 91,9 16,6 46 812 26,9 0,2 13,0 481
Secundário 12,4 14,9 18,4 91,9 20,8 45 428 29,1 0,3 12,0 304
Superior 11,2 13,5 18,1 91,9 19,8 57 800 24,7 0,7 13,8 425
Condição perante o trabalho do indivíduo de referência
Trabalhador 13,1 15,0 18,3 91,9 19,7 50 923 26,3 0,4 13,2 1077
Desempregado 11,5 15,0 19,0 91,9 22,6 37 753 28,0 0,2 14,9 34
Reformado 10,9 12,2 19,0 91,9 6,3 51 364 27,7 0,5 11,3 90
Outros 11,6 12,9 18,9 91,9 9,9 33 175 28,1 0,7 11,9 9

Fontes: Banco de Portugal e INE (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: Os dados referem-se a valores médios por família. As características das famílias dizem respeito ao período base do exercício. Os quintis de rendimento referem-se
ao total das famílias.

Rendimento após serviço da dívida e despesa em bens alimentarese energéticos: evidência para diferentes tipos de famílias

23
Em conclusão, os resultados sugerem que entre 2021 e 2023 todos os grupos de famílias analisa-
dos têm um crescimento do rendimento disponível após despesas essenciais próximo ou supe-
rior ao valor projetado para a taxa de variação acumulada do IHPC excluindo bens alimentares
e energéticos neste período (11%). Isto significa que, em média, as famílias destes grupos terão
capacidade de pagar o serviço da dívida e manter um nível de consumo de bens alimentares e
energéticos idêntico ao de 2021, sem pôr em causa outro tipo de despesas. Sublinhe-se que a
análise assenta nos valores médios de cada grupo de famílias, pelo que não reflete a heterogenei-
dade em cada um deles.
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

24
2 Análise e projeções de finanças
públicas
O saldo orçamental deverá situar-se próximo do equilíbrio até 2025, assumindo as medidas
de política orçamental já adotadas e anunciadas.9 Após um saldo de -0,4% do PIB em 2022,
é projetada uma melhoria para -0,1% em 2023 e excedentes de 0,2% nos anos seguintes (Gráfi-
co I.2.1). A última estimativa do Governo, que corresponde à incluída na atualização do Programa de
Estabilidade, considera para 2023 a manutenção do défice no valor de 2022 e uma melhoria contida
nos anos seguintes, para -0,2% e -0,1% em 2024 e 2025. O saldo primário deverá situar-se em tor-
no de 2,5% no horizonte de projeção, ainda abaixo do 3,1% registado antes da crise pandémica. De
acordo com as projeções da Comissão Europeia, apenas Portugal, Chipre e Irlanda deverão registar
em 2024 saldos orçamentais em torno do equilíbrio.

Gráfico I.2.1 • Saldo das administrações públicas observado e projetado em Portugal


e na área do euro | Em percentagem do PIB

-3

-6

-9
IE CY PT GR DE AT LT LU NL AE FI EE LV SI ES IT FR MT BE SK

2024 (p) 2022 2019

Fontes: INE e Banco de Portugal (Portugal) e Comissão Europeia (restantes países e agregado da área do euro). | Notas: Os países estão
ordenados pelo saldo orçamental de 2024. Os valores projetados pela Comissão Europeia para Portugal são -0,1% do PIB em 2023 e 2024.

O saldo primário estrutural melhora ao longo do horizonte de projeção, mas fica aquém
do valor pré-pandemia. O contributo da componente cíclica para a variação do saldo é pouco
significativo uma vez que, em média, a atividade cresce em linha com o potencial (Gráfico I.2.2).
O rácio das despesas em juros aumenta gradualmente até 2025, num contexto de subida das
Análise e projeções de finanças públicas

taxas de juro. Assim, projeta-se uma melhoria do saldo primário estrutural, o que indica uma
orientação restritiva da política orçamental, não suficiente para anular a deterioração observada
em 2020. A melhoria decorre de uma redução da despesa primária que é superior à diminuição
da receita fiscal e contributiva. No caso da despesa primária, o rácio em termos estruturais em

9. As projeções orçamentais para Portugal apresentadas neste Boletim são elaboradas segundo as regras dos exercícios de projeção do Eurosistema, incor-
porando apenas as medidas aprovadas pelo parlamento ou que já foram definidas com detalhe suficiente pelo governo e com elevada probabilidade de
aprovação no processo legislativo.

25
2025 é significativamente superior ao valor pré-pandemia (em 2,2 pp), enquanto a receita fiscal
e contributiva está 0,5 pp acima. Note-se, ainda, que como o Plano de Recuperação de Resiliência
(PRR) é financiado no curto prazo essencialmente por subvenções, tem um impacto aproximada-
mente neutro no saldo orçamental, pelo que o estímulo efetivo que a política orçamental provoca
na economia é superior à variação do saldo primário estrutural.

Apesar do saldo orçamental de 2025 ser próximo do de 2019, a composição é diferente. Em 2025,
o saldo beneficia de uma componente cíclica mais positiva, de um rácio de despesas em juros infe-
rior e da ausência das medidas temporárias que deterioravam o saldo em 2019. Assim, estrutural-
mente, o saldo primário em 2025 é inferior em 1,1 pp do PIB potencial ao de 2019. Para assegurar
o necessário ajustamento das contas públicas é importante garantir o retorno a um saldo estrutural
próximo do equilíbrio o mais rapidamente possível.

As medidas relacionadas com a pandemia e com o aumento dos preços, idealmente tem-
porárias e focadas nos mais vulneráveis, revertem no horizonte, justificando a natureza
restritiva da política. Em 2022, as medidas Covid ascenderam a 1,8% do PIB, em resultado de
despesas na área da saúde, apoios a empresas e aumentos de capital às empresas de transportes
aéreos (Gráfico I.2.3). O impacto direto no défice das medidas de compensação pelo aumento dos
preços foi 1,2% do PIB em 2022, sendo esperado que se mantenha em 2023. Quanto às pensões,
apresenta-se o impacto das medidas face à regra de atualização regular. A partir do segundo
semestre de 2023, o nível das pensões já está em linha com o que decorreria desta atualização
e o efeito agregado nos dois anos é positivo. No que respeita às outras medidas não associadas
à pandemia nem ao aumento dos preços, o respetivo impacto médio anual ascende a 0,8%, sendo
de destacar as aprovadas no Orçamento do Estado para 2023 em sede de IRS e IRC, bem como as
relativas aos salários dos funcionários públicos, que têm na sua maioria um caráter permanente.

A atual projeção não considera a medida de redução da carga fiscal em IRS apresentada no Programa
de Estabilidade por não se encontrar completamente especificada.

Gráfico I.2.2 • Decomposição da variação do Gráfico I.2.3 • Impacto direto de medidas de


saldo das administrações públicas em Portugal política sobre o défice orçamental em Portugal
| Em pontos percentuais do PIB e do PIB potencial | Em percentagem do PIB

4 4 3,7
3,2
3,0
2 3
1,8
0 1,9
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

2
3,2 2,9 1,1 1,1
-2 1,2
1,2
1
-4
0,4 0,8 0,8 0,9
-6 0

-8 -1
2020 2021 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p) Acum: 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Componente cíclica Medidas temporárias 20-25 Covid
Despesa em juros (simétrico) Saldo primário estrutural Compensação pelo aumento dos preços
Saldo total Pensões
Outras medidas (exc. temporárias)
Total

Fontes: INE e Banco de Portugal. | Nota: A correção pelos efeitos cíclicos e Fonte: Banco de Portugal.
de medidas temporárias é apurada pelo Banco de Portugal de acordo com
a metodologia e as definições utilizadas no SEBC. Para mais detalhes, ver
Braz et al. (2019), “A nova metodologia do SEBC para o cálculo dos saldos
orçamentais ajustados do ciclo: uma aplicação ao caso português”, Revista
de Estudos Económicos, Volume V, n.º 2, Abril, Banco de Portugal.

26
No horizonte de previsão, a receita fiscal e contributiva em rácio do PIB deverá estar pró-
xima da de 2019. Este perfil também se observa nos rácios em termos estruturais (Gráfico I.2.4).
A redução estimada para 2023 face a 2022 é comum às principais componentes da receita fiscal
e contributiva e ascende a -1,3 pp (Gráfico I.2.5). As alterações fiscais implementadas explicam
0,5 pp desta redução, nomeadamente as medidas de alívio fiscal no IRS incluídas no Orçamento do
Estado (0,3 pp) e a medida extraordinária de isenção do IVA aplicável ao cabaz de bens alimentares
essenciais (0,2 pp). O contributo do imposto sobre os produtos petrolíferos é nulo, dado que a taxa
média em 2022 é próxima da de 2023. O crescimento da massa salarial e do consumo privado infe-
rior ao da atividade explica 0,5 pp da diminuição na receita fiscal e contributiva. O remanescente
advém essencialmente da receita do IRC. Finalmente, estes efeitos são ligeiramente mitigados pelo
impacto da progressividade do IRS que resulta num crescimento maior da receita num contexto
de inflação (Caixa 5).

Gráfico I.2.4 • Receita fiscal e contributiva Gráfico I.2.5 • Decomposição da variação


observada e projetada em Portugal e na área da receita fiscal e contributiva em Portugal
do euro | Em percentagem do PIB e do PIB potencial | Em pontos percentuais do PIB

42 1,5 0,8 0,8


40 1,0
0,1 0,2
0,5 1,1
38 0,6
0,0
36 - 0,4 - 0,5
- 0,5
34 - 0,5 - 0,1
- 1,0
32 - 1,5 - 0,6

30 - 2,0 - 1,3
2020 2021 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p)
Impacto de medidas
Valores efetivos ― PT (% PIB) Efeito da composição do crescimento
Valores estruturais ― PT (% PIB potencial) Efeito da progressividade fiscal
Valores efetivos ― AE (% PIB) Resíduo
Total

Fontes: INE e Banco de Portugal (Portugal) e Comissão Europeia (área Fontes: INE e Banco de Portugal. | Nota: Para mais detalhes sobre
do euro). | Nota: O horizonte de projeção da Comissão Europeia a metodologia, ver Braz et al. (2019).
termina em 2024.

A despesa corrente primária cresce, em média, 5% ao ano ao longo do horizonte de proje-


ção, reduzindo o seu rácio no PIB. O crescimento é superior ao previsto para a área do euro,
mas a evolução em rácio é semelhante (Gráfico I.2.6). A diminuição de 1,5 pp em 2023 resulta da
redução nas medidas de apoio devido à pandemia e de compensação pelo aumento dos preços,
mais significativa nas rubricas subsídios e prestações sociais, e do forte crescimento potencial em
termos nominais. Estes efeitos mais do que compensam o aumento ainda expressivo das presta-
ções sociais, bem como das remunerações, em torno de 5% e 8%, respetivamente (Gráfico I.2.7).
Análise e projeções de finanças públicas

A projeção para 2024 e 2025 é um exercício de políticas invariantes, ainda afetado pelo fim das
medidas transitórias de compensação do aumento de preços. As prestações sociais crescem cer-
ca de 7% e 5% em cada um dos anos, dado o efeito base associado ao menor aumento das pen-
sões no primeiro semestre de 2023 e o impacto desfasado da inflação via mecanismos de inde-
xação. As remunerações crescem em torno de 5% e 3%, tendo subjacente uma atualização com
a inflação, o impacto do salário mínimo nacional e a estabilização do emprego público. Quanto
ao consumo intermédio, projeta-se um crescimento em linha com o potencial produtivo, sendo
a redução nas despesas associadas à pandemia em 2023 compensada por despesa dos projetos
do PRR.

27
Gráfico I.2.6 • Despesa corrente primária Gráfico I.2.7 • Decomposição da variação
observada e projetada em Portugal e na área da despesa corrente primária estrutural em
do euro | Em percentagem do PIB e do PIB potencial Portugal | Em pontos percentuais do PIB potencial

48 2,0 1,5 1,3


46 1,5
44 1,0 1,4 0,6
0,5 0,5
42 0,5
0,0
40 - 0,9
- 0,5
- 0,9
38 - 1,0 - 0,3 - 0,3
36 - 0,4 - 0,6
- 1,5
34 - 2,0 - 1,5
2020 2021 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p)
Prestações sociais Remunerações Consumo intermédio
Valores efetivos ― PT (% PIB) Outra Total
Valores estruturais ― PT (% PIB potencial)
Valores efetivos ― AE (% PIB)

Fontes: INE e Banco de Portugal (Portugal) e Comissão Europeia (área Fontes: INE e Banco de Portugal. | Nota: Para mais detalhes sobre
do euro). | Nota: O horizonte de projeção da Comissão Europeia a metodologia, ver Braz et al. (2019).
termina em 2024.

O investimento público acelera em 2023, mantendo um crescimento significativo nos anos


seguintes. O perfil é similar ao do Programa de Estabilidade e é determinado pelo financiamento
por fundos comunitários (Gráfico I.2.8). No caso do PRR considera-se uma evolução mais gradual,
que coloca a percentagem de execução em cerca de 15% em 2023 e 25% nos anos seguintes
(Gráfico I.2.9). As dificuldades na realização efetiva da despesa na fase inicial são comuns aos res-
tantes países da área do euro. Quanto aos quadros comunitários de apoio regulares, o período da
projeção é marcado pelo fim dos fundos no âmbito do Portugal 2020 e o início do Portugal 2030
em 2023. A percentagem de investimento público não financiada com fundos europeus tem esta-
do estável no período mais recente, em cerca de 70%, apesar dos fundos europeus disponíveis.

Gráfico I.2.8 • Investimento público Gráfico I.2.9 • Despesa pública no âmbito


em Portugal | Em percentagem do PIB do PRR em Portugal | Em percentagem do total
em 2021-2016

3,5 30
(32%) (10%) (10%)
3,0 (19%) (7%) 25
Excluindo PRR
2,5
20
2,0 Total
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

15
1,5
10
1,0
Excluindo PRR e outros
0,5 fundos da UE 5

0,0 0
2021 2022 2023 (p) 2024 (p) 2025 (p) 2026 (p)
Despesa corrente
Despesa de capital: investimento público
Despesa de capital: transf. para outros setores

Fontes: INE e Banco de Portugal. | Nota: Os valores entre parêntesis Fontes: INE, Ministério das Finanças e Banco de Portugal.
correspondem às taxas de juro nominais.

A partir 2023, os juros da dívida em percentagem do PIB retomam uma trajetória de subida,
após a diminuição observada desde 2015 (Gráfico I.2.10). As taxas de juro das novas emissões
de dívida pública portuguesa começaram a aumentar no início de 2022 (Gráfico I.2.11). No caso das

28
Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos, a primeira emissão de 2022 foi colocada a uma taxa de juro
média de 1% e nas emissões de março de 2023 as taxas foram superiores a 3,5%. No final do hori-
zonte de projeção assume-se uma taxa superior a 4%. A taxa de juro implícita da dívida atingiu um
mínimo de 1,7% em 2022, estimando-se que aumente gradualmente para 2,7% em 2025. O efeito
da taxa de juro nas despesas é parcialmente compensado pela continuação da variação da dívida
inferior à do PIB nominal, levando a que o rácio das despesas em juros aumente 0,4 pp em 2023,
0,1 pp em 2024 e estabilize em 2025 (Gráfico I.2.12).
A evolução do rácio das despesas em juros aparenta ser mais favorável que o antecipado.
A transmissão das taxas de juro de mercado aos juros da dívida pública depende da estrutura,
maturidade e indexação da dívida. No final de 2022, a dívida pública portuguesa era essencialmente
composta por OTs a taxa fixa, que representavam 57% do total, numa perspetiva não consolida-
da. A maturidade residual média da dívida pública tem sido nos últimos anos ligeiramente inferior
a 7 anos.
Apesar do aumento das taxas de juro de mercado, os encargos com a dívida em rácio do PIB redu-
ziram-se 0,4 pp em 2022 e no final do horizonte estão praticamente ao nível de 2021. Parte deste
resultado é explicado pelo crescimento nominal. O remanescente decorre também da amortiza-
ção de OTs com taxas de cupão próximas ou superiores às das novas emissões. Para a evolução
de 2022 contribuíram, ainda, o valor negativo dos juros dos Bilhetes do Tesouro e o refinancia-
mento de tranches do empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF)
a taxas mais favoráveis. A recomposição da estrutura da dívida, com maior peso de Certificados de
Aforro, atua em sentido contrário e explica, em particular, o aumento mais acentuado dos juros
em 2023 e a sua manutenção nos anos seguintes.

Gráfico I.2.10 • Despesas em juros em Portugal e na área do euro: nível e decomposição


da variação | Em percentagem e pontos percentuais do PIB

6 1,5

4 1,0

3
pp do PIB
% do PIB

2 0,5

0 0,0

-1

-2 - 0,5

Efeito volume: PT (esc. dir.) Efeito preço: PT (esc. dir.) Despesas em juros: PT Despesas em juros: AE

Fontes: INE e Banco de Portugal.


Análise e projeções de finanças públicas

O rácio da dívida pública continuará a diminuir no horizonte da projeção, beneficiando


dos excedentes primários e, em particular, do crescimento nominal. Após o pico de 134,9%
em 2020, o rácio da dívida iniciou uma trajetória descendente, atingindo 113,9% no final de
2022 (Gráfico I.2.13). Até 2025 espera-se uma diminuição adicional superior a 20 pp. O dife-
rencial entre a taxa de juro implícita e o crescimento nominal, que à semelhança do excedente
primário permite a redução do rácio da dívida, estreita-se no horizonte de projeção, mas é ainda
negativo em 2025. Nas projeções da Comissão Europeia, Portugal melhora a sua posição relativa,

29
apresentando no final de 2024 um rácio da dívida ainda elevado, mas inferior ao da Grécia, Itália,
França, Espanha e Bélgica (Gráfico I.2.14).

Gráfico I.2.11 • Taxas de juro | Em percentagem Gráfico I.2.12 • Estrutura da dívida pública
portuguesa em 2022 | Em percentagem do PIB
e do total da dívida pública

5 140 113,9
4 120 100,0
100
3 65,4
80 57,4
2 60
11,9 10,5
1 40 14,6 12,8
20 20,5 18,0
0 0 9,3 8,1
-7,8 -6,8
-1 -20
% do PIB % do total
Obrigações do Tesouro (taxa fixa)
Bilhetes do Tesouro e outros títulos de curto prazo
OTs a 10 anos ― PT (mercado secundário)
Certificados de Aforro e do Tesouro
Euribor a 3 meses
Empréstimos PAEF
Novas emissões OTs +10 anos (média anual)
Outros
Taxa de juro média BTs Dívida de outros subsetores e efeito de consolidação
Dívida das administrações públicas

Fontes: Refinitiv, Banco Central Europeu e Banco de Portugal. Fontes: INE e Banco de Portugal.

Um objetivo orçamental de um excedente primário idêntico ao de 2019 permite sustentar


a trajetória de redução do rácio da dívida além do horizonte de projeção. Até 2025, a taxa de
juro implícita mantém-se inferior ao crescimento nominal, mas as perspetivas são de este diferencial
se estreitar. Se considerarmos, nos anos de 2026 a 2030, que o PIB nominal cresce um ponto per-
centual acima da taxa de juro implícita e um excedente primário idêntico ao de 2019 (cerca de 3%),
verifica-se que o rácio da dívida se situa em 73% do PIB no final de 2030 (Gráfico I.2.15). Mostra-se,
assim, que a materialização da projeção incluída neste Boletim e a subsequente adoção de uma
política orçamental sã gera um retorno muito positivo para a evolução do rácio da dívida.

Gráfico I.2.13 • Rácio da dívida pública em Gráfico I.2.14 • Dívida pública observada
Portugal: nível e determinantes na projeção e projetada em Portugal e na área do euro
| Em percentagem e pontos percentuais | Em percentagem do PIB
do PIB
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

140 220
130 9 200
120 4 180
110 0 160
100 113,9 -5 140
90 -10 120
103,4 -14 100
80 -19 80
70 97,1 -23 60
60 92,5 -28 40
50 -32 20
40 -37 0
)

EE LU LT IE LV NL MT SK DE SI CY AT FI AE PT BE ES FR IT GR
(p

2024 (p) 2022 2019


Efeito denominador: deflator (acum., esc. dir.)
Efeito denominador: volume (acum., esc. dir.)
Efeito do saldo primário (acum., esc. dir.)
Despesa em juros (acum., esc. dir.)
Dívida pública

Fontes: INE e Banco de Portugal. | Notas: Na projeção, assume-se Fontes: Banco de Portugal (Portugal) e Comissão Europeia (restantes
a hipótese técnica de ajustamentos défice-dívida nulos. A diferença países e agregado da área do euro). | Notas: Os países estão ordenados
entre as despesas em juros e o efeito denominador corresponde ao pelo rácio da dívida de 2024. Os valores projetados pela Comissão
"efeito bola de neve". Europeia para Portugal são 106,2% do PIB em 2023 e 103,1% em 2024.

30
Gráfico I.2.15 • Dívida pública em 2030 em Portugal em função do saldo primário e do
diferencial entre a taxa de juro e o crescimento do PIB | Em percentagem e em percentagem do PIB

130
Saldo primário = -3% PIB
Zona de deterioração
120 do rácio da dívida face a 2025
Rácio da dívida em 2030 (% PIB)

110 Saldo primário = 0% PIB

100

90

80 Saldo primário = +3% PIB

70
Zona de melhoria do rácio da
dívida face a 2025
60
-3 -2 -1 0 1 2 3
Tx. de juro implícita — cresc. PIB nominal (%)

Fonte: Banco de Portugal. | Nota: A linha horizontal corresponde ao rácio da dívida pública projetado para 2025, 92,5%.

O elevado endividamento público e privado é uma vulnerabilidade da economia portugue-


sa. Na vertente pública, é importante manter uma política orçamental prudente e uma trajetória
descendente do rácio da dívida, em particular no atual contexto de normalização da política mone-
tária e aumento das despesas em juros. Limitar o crescimento da despesa corrente primária ao
do PIB potencial é crucial para ter margem de resposta a choques futuros. É também necessário
acelerar a execução do PRR e a prossecução das respetivas reformas para promover o crescimento
económico.

Análise e projeções de finanças públicas

31
Caixa 5 • O efeito direto do aumento da inflação sobre a receita fiscal e contributiva
A inflação aumenta as bases tributáveis. O efeito direto sobre a receita fiscal depende de o imposto
incidir sobre o valor nominal das transações económicas ou sobre as quantidades, dos parâmetros
do imposto serem, ou não, atualizados com base na inflação e da eventual existência de desfa-
samentos temporais. Indiretamente, a inflação afeta também a receita fiscal ao condicionar as
decisões dos agentes e a condução das políticas económicas.

Para os principais impostos, estima-se a receita de 2022, calculada a partir das elasticidades e bases
macroeconómicas utilizadas na projeção e no ajustamento cíclico do saldo orçamental. Esta estima-
tiva corresponde à que seria esperada sem o aumento da inflação, ou seja, assumindo os preços
e salários a variarem tal como em 2021. Depois, estima-se separadamente o impacto sobre a receita
do aumento da inflação entre 2021 e 2022. Tem-se ainda em consideração as alterações legislativas.
A componente residual capta a diferença entre a receita observada e a estimativa total. Os efeitos do
aumento da inflação sobre as quantidades consumidas estão incluídos na receita esperada e não
são apresentados isoladamente.

Verifica-se que, do aumento da receita fiscal e contributiva em 2022 (11 156 milhões de euros),
cerca de 30% (3212 milhões de euros) resultou do aumento da inflação (Gráfico C5.1). A decom-
posição pelos principais impostos mostra que o maior impacto surge na receita do IVA. No IRS
e nas contribuições sociais o efeito é menor dado que a diferença na variação dos salários entre
2021 e 2022 é inferior à observada nos preços do consumidor. No caso do IRS, este efeito mitiga
o impacto da progressividade do imposto. Nos restantes impostos diretos e indiretos, com exce-
ção do imposto do selo, considera-se que não existe impacto do aumento da inflação.

Na decomposição da variação da receita, no remanescente do horizonte, continua a assumir-se


como referência as variações de preços e salários observadas em 2021. Em 2023, o impacto do
aumento da inflação é superior ao de 2022, em resultado da evolução dos salários e do deflator
do PIB, mas reduz-se rapidamente até 2025 (Gráfico C5.2). A receita esperada sem aumento da
inflação praticamente estabiliza ao longo do horizonte. Em 2023, o efeito negativo das alterações
legislativas é considerável, sendo parcialmente revertido no ano seguinte dado o caráter transi-
tório das reduções no IVA e no imposto sobre os produtos petrolíferos. Por último, é de destacar
que o resíduo negativo nos anos de 2023 a 2025 representa julgamento introduzido para tornar
a projeção mais prudente.

Gráfico C5.1 • Decomposição da variação da receita fiscal e contributiva em 2022 | Em


milhões de euros
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

12 000 (13,9%)

10 000

8000

6000

4000 (57,7%) (18,1%)


(12,8%) (8,5%)
2000 (3,4%)

-2000
IRS IRC IVA Outros dir. e ind. CSS Total
Receita esperada sem aumento da inflação Impacto do aumento da inflação Efeito das alterações legislativas
Por explicar (resíduo) Variação total da receita

Fonte: Banco de Portugal. | Nota: Os valores entre parêntesis representam as taxas de crescimento em 2022.

32
Gráfico C5.2 • Decomposição da variação da receita fiscal e contributiva em 2022-2025 | Em
milhões de euros

12 000
10 000
8000
6000
4000
2000
0
-2000
-4000
-6000
2022 2023 2024 2025
Receita esperada sem aumento da inflação Impacto do aumento da inflação Efeito das alterações legislativas
Por explicar (resíduo/julgamento) Variação total da receita

Fonte: Banco de Portugal.

O efeito direto do aumento da inflação sobre a receita fiscal e contributiva

33
II Tema em destaque
Demografia em Portugal:
cenários para o século XXI
Demografia em Portugal:
cenários para o século XXI1,2
A evolução da sociedade portuguesa nas últimas décadas tem-se caraterizado por um menor núme-
ro de nascimentos, por uma esperança de vida mais longa, e pelos fluxos migratórios, que ocorrem
a uma escala global.
Como é que estas tendências vão evoluir ao longo do século XXI? Quantos seremos em 2100?
Qual a percentagem de jovens e idosos? Como é que a dinâmica demográfica vai afetar a tendência
de melhoria educacional da população? Este Tema em destaque discute estas questões, recor-
rendo a cenários alternativos.
A redução da população e o seu envelhecimento no longo prazo, associados aos cenários com maior
probabilidade de concretização, condicionam a evolução da população em idade de trabalhar. A con-
jugação de uma menor população, mas com mais escolaridade é um tema central nas análises do
potencial produtivo da economia no longo prazo. Adicionalmente, a composição das despesas das
famílias tende a variar com a estrutura etária; por exemplo, a proporção de despesas em educação
e em saúde varia com a idade. Finalmente, as despesas públicas com pensões e em saúde são tam-
bém influenciadas pela proporção de idosos.
Há efeitos menos óbvios. A taxa real de remuneração das poupanças tenderá a reduzir-se no caso
de os indivíduos procurarem instrumentos complementares de poupança para o sustento de uma
vida mais longa. De igual forma, o stock e o preço da habitação serão afetados pelos determinantes
demográficos.

População residente em Portugal nas últimas décadas


O último quartel do século XX foi marcado por um aumento demográfico de 10% em termos
acumulados, apesar de um abrandamento na população residente a partir de meados dos anos
1980. O início do século XXI caracterizou-se por menor crescimento, com um aumento de 3%
da população na primeira década e uma redução de 3% na década seguinte (Gráfico 1). Desde
2020, a população aumentou ligeiramente e no início de 2022 encontrava-se no nível de 2002,
mas com uma estrutura mais envelhecida.
A população em idade ativa cresceu de forma mais acentuada do que a população total até ao
início dos anos 2000. No entanto, a partir da primeira década de 2000 a população em idade ati-
Demografia em Portugal: cenários para o século XXI,

va tem apresentado uma menor dinâmica, dado o aumento da população mais idosa e a redução
da população mais jovem em idade ativa (Gráfico 1).
Decompondo a evolução da população total residente no saldo natural e no saldo migratório, des-
tacam-se dois resultados fundamentais. Por um lado, um contributo positivo do saldo natural, que
foi diminuindo ao longo das décadas e se tornou negativo a partir de 2009. Em 2020 e 2021 o saldo
natural ainda diminuiu mais devido à redução do número de nascimentos e ao aumento da morta-
lidade no contexto da pandemia COVID-19 (Gráfico 2). Por outro lado, verificou-se uma contribuição

1. Preparado por António Antunes, Fátima Cardoso, Vanda Cunha e Cláudia Duarte.
2. A data de fecho de dados deste Tema em destaque é 26 de maio. As estimativas de população residente em Portugal para 2022 divulgadas pelo INE no
dia 15 de junho não diferem significativamente das incluídas neste Tema em destaque.

37
volátil dos fluxos migratórios, influenciada por razões políticas e económicas. Entre estas, destacam-se
a guerra colonial nos anos 1960 e o retorno das ex-colónias em 1974 e 1975, a crise económica no
início da década de 1980, a integração europeia no final dos anos 1980-90 e as crises financeira
e soberana a partir de 2008. A partir de 2017 observou-se um contributo positivo do saldo migra-
tório, que em 2021 atingiu o valor mais elevado desde 1974 e 1975, anos excecionais em matéria
de imigração.

Gráfico 1 • População residente em Portugal | Milhares de indivíduos

11 000 7500

10 500 7000
População total
10 000 6500

9500 6000

9000 5500

8500 Pop. idade ativa (esc. dta.) 5000

8000 4500

7500 4000

7000 3500

Fonte: Eurostat. | Notas: População em 1 janeiro de cada ano. A população em idade ativa corresponde à população com idades compreendidas
entre os 20 e os 64 anos.

Gráfico 2 • Variação anual da população residente em Portugal | Milhares de indivíduos

550
450
350
250
150
50
-50
-150
-250
-350
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

Saldo natural Saldo migratório e outros Var. população

Fonte: Eurostat. | Notas: O saldo natural é definido pela diferença em cada ano entre o número de nascimentos e o número de óbitos de
residentes. O saldo migratório é definido pela diferença em cada ano entre os fluxos de imigrantes permanentes (têm a intenção de permanecer
por um período igual ou superior a um ano, tendo residido no estrangeiro por um período contínuo igual ou superior a um ano) e de emigrantes
permanentes (tendo permanecido por um período contínuo de pelo menos um ano, têm intenção de residir noutro país por um período
contínuo igual ou superior a um ano). A componente “outros” inclui eventuais reclassificações e discrepâncias estatísticas entre a variação da
população no início do ano t e no início do ano t+1 e os saldos natural e migratório do ano t.

Estas dinâmicas populacionais estão fundadas em alterações significativas na fertilidade, na espe-


rança de vida e nas caraterísticas dos fluxos migratórios em Portugal.

O índice sintético de fecundidade reduziu-se durante as décadas de 1970 e 1980 e a partir de


1983 situou-se sempre abaixo do número necessário para assegurar a reposição da população,

38
estimado em 2,1 filhos (Banco de Portugal, 2019). Nas décadas seguintes, este índice permane-
ceu com valores baixos, inclusivamente em comparação com a média da área do euro, onde se
tem mantido desde o início do século em torno de 1,5 (Gráfico 3, Painel A). Esta evolução tem-se
traduzido na redução da população mais jovem, com implicações na população jovem em idade
ativa, sobretudo a partir do início dos anos 2000.

Em contraste, a longevidade da população tem vindo a aumentar e a convergir com a da média


da área do euro, graças a uma redução progressiva da taxa de mortalidade em todos os grupos
etários. Deste modo, a esperança média de vida à nascença situou-se em 81,5 anos em 2021,
mais 15 anos do que na década de 1960 (Gráfico 3, Painel B).

O acréscimo do saldo migratório desde 2017 tem resultado do aumento dos fluxos de imigração,
em particular do Brasil, enquanto os fluxos de emigração se têm mantido relativamente estáveis
e inferiores aos observados durante a crise das dívidas soberanas (Gráfico 3, Painel C). Nos Censos
demográficos, o peso da população de nacionalidade estrangeira residente em Portugal aumentou
de 2,2% em 2001 para 5,2% em 2021. Indicadores mais recentes para 2022 e início de 2023 dispo-
nibilizados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras apontam para uma intensificação de entrada
de imigrantes estrangeiros, em particular com origem fora da União Europeia. Adicionalmente, os
imigrantes têm uma estrutura etária mais jovem. Estes desenvolvimentos, a manterem-se, poderão
alterar a dinâmica populacional dos próximos anos, um ponto explorado num dos cenários apre-
sentados mais à frente.

Gráfico 3 • Determinantes demográficos

Painel A — Índice sintético de Painel B — Esperança média de Painel C — Fluxos migratórios


fecundidade | Número de filhos vida à nascença | Número de anos | Milhares de indivíduos

3,5 85 200
3,23 Área do euro
3 Portugal 80 150

2,5
75 100 95 97
84
2
Área do euro 1,52 70 50
Portugal 30
1,5
1,35 65 0
1 1,21
-20 -28 -26-25
0,5 60 -50
500
0 30
‐20 95
‐28 84
‐26 97
‐25
0 -500 55 -100
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 P
Demografia em Portugal: cenários para o século XXI,

Imigrantes permanentes Emigrantes permanentes Saldo migratório Autorizações de residência emitidas

Fontes: Eurostat, INE (Estatísticas Demográficas) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. | Notas: (A) O índice sintético de fecundidade corresponde
ao número médio de nados-vivos por mulher em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), admitindo que cada mulher estaria submetida
ao longo de toda a sua vida fértil às taxas de fecundidade por idade observadas no ano em questão, e que sobreviveria a todo esse período.
(B) A esperança média de vida à nascença é a duração esperada da vida (em número de anos) de um indivíduo enfrentando desde o nascimento
as taxas de mortalidade por idade observadas no ano em questão. (C) O saldo migratório é definido pela diferença em cada ano entre os fluxos
de imigrantes permanentes e de emigrantes permanentes. As autorizações de residência apresentam uma ligeira alteração de conceitos a partir de
2011; para 2023 foram projetadas aplicando a taxa de variação homóloga do primeiro trimestre de 2023 ao valor de 2022.

A conjugação destes fatores implica um envelhecimento acentuado da população portuguesa, um


dos mais marcados na área do euro. Entre o início de 1999 e de 2022, a idade mediana aumentou
quase 10 anos em Portugal, de 37,2 para 46,8, e perto de 6,5 anos na área do euro, de 38,5 para
44,9. Recuando a 1960, a idade mediana em Portugal era 28 anos.

39
Projeções demográficas até 2100
Cenário base do Eurostat

As projeções demográficas para Portugal para 2022-2100 assumem como cenário base as pro-
jeções divulgadas pelo Eurostat para a população dos países da União Europeia (EUROPOP23)3.
Estas projeções baseiam-se em hipóteses para a evolução futura dos determinantes principais
da população: fecundidade, mortalidade e fluxos migratórios (Gráfico 4).
As hipóteses usam informação histórica e têm implícita uma convergência parcial entre os países da
União Europeia na fecundidade, mortalidade e padrões de migração (Eurostat, 2023a e 2023b).

Gráfico 4 • Evolução observada e projetada dos determinantes da população

Painel A — Índice sintético de Painel B — Esperança média de Painel C — Saldo migratório


fecundidade | Número de filhos vida à nascença | Número de anos | Milhares de indivíduos

2,0 95 100
91,5 81,6
1,9 80
90
1,8
60 52,4
1,7
1,6 85
40
1,6
82,4
1,5 80 20
1,4 0
1,4 75
1,3
-20
1,2
70
-40
1,1
1,0 65 -60

Fonte: Eurostat. | Notas: No período de projeção (2022-2100) a esperança média de vida total, não divulgada pelo Eurostat, é estimada ponderando
os valores da esperança média de vida à nascença dos homens e das mulheres pelos respetivos pesos na população total projetada. Para mais
detalhes sobre as definições das variáveis, ver as notas do Gráfico 3. A linha vertical a tracejado assinala o primeiro ano do período de projeção.

As projeções do cenário central do Eurostat assumem um perfil ligeiramente ascendente do índice sin-
tético de fecundidade que, no final do horizonte de projeção, se situa em 1,6 filhos por mulher, um valor
próximo do observado no início da década de 1990, mas abaixo do valor de reposição de gerações.
Por sua vez, a esperança média de vida à nascença mantém o perfil ascendente observado antes da pan-
demia. Entre 2022 e 2100, prevê-se que irá aumentar em 10,2 anos para os homens e 8,2 anos para as
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

mulheres. A esperança média de vida aos 65 anos deverá aumentar sete anos no período de projeção
As projeções do saldo migratório pressupõem que o fluxo líquido será positivo entre 2022 e 2100,
com um valor médio anual próximo dos 35 mil indivíduos, inferior ao último ano observado. No final
do horizonte (última década) projetam-se valores médios anuais em torno de 50 mil entradas líqui-
das. Estas hipóteses assumem uma redução significativa do fluxo líquido de imigração em 2023, que
parece pouco provável face aos dados já conhecidos de 2022 e início de 2023.
Com base nestes pressupostos, os traços mais marcantes das projeções para Portugal no período
2022-2100 são a redução e o envelhecimento da população (Gráficos 5 e 6).
A população residente em Portugal apresenta uma queda de 1,37 milhões de indivíduos entre
2022 e 2100 (13%). Após um ligeiro crescimento entre 2020 e 2023, refletindo os saldos positivos

3. Projeções disponíveis em https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/proj_23np/default/table?lang=en

40
de imigração líquida, projeta-se uma queda continuada até ao início da década de 2080, com
uma ligeira recuperação posterior até ao final do horizonte. A população em idade ativa apresen-
ta um perfil semelhante, mas com uma queda mais acentuada no período até 2050, refletindo
sobretudo a acentuada queda da taxa de natalidade a partir dos anos 1980.

Gráfico 5 • População residente projetada 2022-2100

11 000 7000

10 500 10 352 6500

10 000 6000

9500 População total 5500

8981
9000 5000
População em idade
8500 ativa (esc. dta.) 4500

8000 4000

Fonte: Eurostat (cenário central EUROPOP2023). | Notas: População em 1 janeiro de cada ano. A população em idade ativa corresponde à
população com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos.

A evolução da pirâmide etária entre o início e o final da projeção ilustra o envelhecimento da popula-
ção residente em Portugal (Gráfico 6, Painel A). Considerando grandes grupos etários, apenas o gru-
po com idade igual ou superior a 65 anos aumenta, o qual compensa apenas parcialmente a queda
nos grupos de idades inferiores. Em percentagem e face a 2022, os grupos etários entre os 25
e os 64 anos apresentam as maiores reduções. Entre os indivíduos com 65 ou mais anos, o aumento
da população é mais significativo nos grupos com idade acima dos 75 anos, e sobretudo acima dos
85 anos. O estreitamento da pirâmide etária em todos os grupos com idade até aos 74 anos é bas-
tante notório, com um alargamento apenas no topo. Na área do euro, a redução da população até
2100 é menos acentuada (cerca de 4,5%) (Gráfico 6, Painel B).

Gráfico 6 • Pirâmide etária da população residente em 2022 e 2100 | Milhares de indivíduos


por escalão etário

Painel A — Portugal Painel B — Área do euro


85+ 85+
80-84 80-84
Demografia em Portugal: cenários para o século XXI,

75-79 75-79
70-74 70-74
65-69 65-69
60-64 60-64
55-59 55-59
50-54 50-54
45-49 45-49
40-44 40-44
35-39 35-39
30-34 30-34
25-29 25-29
20-24 20-24
15-19 15-19
10-14 10-14
5-9 5-9
0-4 0-4
0-4
500 600 400
400 200
300 0
200 200
100 400 0 600 100 21 000 14
200 000
300 7000
400 0 500 7000600
14 000 21 000

Homens | 2022 Homens | 2100 Mulheres | 2022 Mulheres | 2100

Fonte: Eurostat.

41
Esta evolução da estrutura etária reflete-se num aumento do índice de dependência de ido-
sos. O rácio entre o número de indivíduos com 65 anos ou mais e os indivíduos em idade ativa (20
a 64 anos) deverá continuar a aumentar até ao início da década de 2050 e diminuir ligeiramente no
período posterior (Gráfico 7), situando-se em 64,2% em 2100 (40,5% em 2022), um valor ligeiramen-
te inferior ao da área do euro.

Gráfico 7 • Índice de dependência de idosos | Em percentagem

80

70

60 Portugal

50 Área do euro

40

30

20

10

Fonte: Eurostat. | Notas: Índice de dependência definido como o rácio da população com mais de 64 anos sobre a população em idade ativa
(dos 20 aos 64 anos). Valores projetados a partir de 2022.

Cenários alternativos

Esta seção apresenta três cenários alternativos elaborados pelo Banco de Portugal para ilustrar
a sensibilidade das projeções às hipóteses. O Quadro 1 apresenta os cenários alternativos e as alte-
rações das hipóteses face ao cenário base.

O cenário A ilustra o caso de maiores taxas de fecundidade. Este cenário é inspirado na evidência
do caso francês, que se destaca por apresentar taxas de fecundidade mais elevadas. O índice
sintético de fecundidade francês aumentou cerca de 0,4 filhos entre 1993 e 2010, situando-se em
dois filhos no final deste período. Existe consenso de que esta evolução não é alheia ao conjunto
alargado, consistente e estável de políticas de apoio à família, apesar do debate na literatura
sobre o seu impacto quantitativo (Thevenon, 2016). O cenário A assume um aumento de cerca de
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

0,4 filhos nos primeiros 20 anos do horizonte de projeção, desacelerando para cerca de um terço
desse crescimento nas seis décadas seguintes. Comparando com o cenário base, o índice sintético
de fecundidade assumido para Portugal é cerca de 30% superior em 2100, atingindo 2,1 filhos
(Gráfico 8, painel A).

Quadro 1 • Lista de cenários alternativos e das alterações face ao cenário base

Comparação com o cenário base


Cenário Taxa de fecundidade Taxa de mortalidade Saldo migratório
A Mais elevada Igual Igual
B Igual Mais baixa Igual
C Igual Igual Maior persistência

Fonte: Banco de Portugal. | Nota: O cenário base corresponde ao cenário central mais recente do Eurostat (EUROPOP2023).

42
Gráfico 8 • Determinantes da evolução populacional: comparação das hipóteses alternativas
com o cenário base

Painel A — Índice sintético de Painel B — Esperança média de Painel C — Saldo migratório


fecundidade | Número de filhos vida à nascença | Número de anos | Milhares de indivíduos
2,2 96 90
2,1 94 80
2,0 Alternativa
92 70 Alternativa
1,9 Alternativa
1,8 90 60

1,7 88 Cenário 50
1,6 base
86 40
1,5 Cenário
base 84 30
1,4
82 20 Cenário
1,3
base
1,2 80 10

Fontes: Banco de Portugal e Eurostat (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: O cenário base corresponde ao cenário central mais recente
do Eurostat (EUROPOP2023). Para mais detalhes sobre as definições das variáveis, ver as notas do Gráfico 3.

O cenário B considera uma esperança média de vida mais elevada, assumindo um crescimento
médio anual de cerca de metade do observado de 1960 até 2022. Trata-se de um ritmo de cresci-
mento mais forte do que o do cenário base, mas ainda compatível com as indicações da literatura
multidisciplinar que aborda a longevidade humana. Esta hipótese é implementada através da redu-
ção uniforme da taxa bruta de mortalidade por escalão etário ao longo do horizonte de projeção.
Comparando com o cenário base, a esperança média de vida à nascença é 2,7 anos superior em
2100, passando de 91,5 para 94,2 anos (Gráfico 8, painel B).

O cenário C revê os fluxos líquidos de migração do início do horizonte de projeção utilizando informação
até ao primeiro trimestre de 2023 (Gráfico 3, painel C). Neste cenário, as estimativas para o saldo migra-
tório até 2025 são compatíveis com o enquadramento demográfico subjacente às projeções macroeco-
nómicas divulgadas neste Boletim. Partindo destes valores, assume-se uma convergência muito gradual
para o cenário base, em que a diferença entre o valor para 2025 e o da projeção do Eurostat se reduz
2% por ano (Gráfico 8, painel C). Este cenário implica um influxo migratório líquido anual de 58 mil indi-
víduos durante o horizonte de projeção e uma população residente próxima dos 10 milhões em 2100.

Os cenários considerados têm implicações diferentes para a evolução da população (Gráfico 9).
O cenário de maior fecundidade (A) traduz-se num aumento de 6,4% da população total em 2100,
com uma tendência de crescimento populacional a partir de 2070. No final do horizonte de pro-
Demografia em Portugal: cenários para o século XXI,

jeção, a população total situa-se em cerca de 11 milhões. Adicionalmente, a maior fecundidade


está associada à redução do envelhecimento da população, refletindo o aumento do peso dos
escalões etários mais jovens (Gráfico 10). Contudo, a transmissão destes efeitos à população em
idade ativa verifica-se a muito longo prazo, mesmo com a hipótese de um maior crescimento da
fecundidade logo no início do horizonte de projeção. Apesar de estar 23% acima do cenário base,
a população em idade ativa em 2100 é cerca de 8% inferior à do início do horizonte de projeção.
Esta evidência sugere que a implementação de um pacote de medidas de apoio à família, que seja
bem-sucedido no médio prazo em termos de aumento da fecundidade, terá efeitos a muito longo
prazo na evolução da população total e, em particular, da população em idade ativa.

O cenário de maior esperança média de vida (B) não altera os principais traços do cenário base. A queda
da população total em 2100 é ligeiramente inferior, havendo mais indivíduos nos escalões etários mais
altos. Isto resulta numa evolução da população em idade ativa virtualmente idêntica à do cenário base.

43
Gráfico 9 • Evoluções alternativas da população residente | Milhares de indivíduos

Painel A — População total Painel B — População em idade ativa

11 500 7000
11 000 Cenário C Cenário A
6500
10 500 6000 Cenário C
10 000 Cenário A
5500
9500 Cenário B
5000
9000
8500 Cenário 4500
Cenário Cenário B
8000 base 4000 base
7500 3500

Fontes: Banco de Portugal e Eurostat (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: O cenário base corresponde ao cenário central mais recente do
Eurostat (EUROPOP2023). O cenário A corresponde ao cenário de maior fecundidade. O cenário B corresponde ao cenário de maior esperança
média de vida. O cenário C corresponde ao cenário de maior persistência do saldo migratório, em valores próximos dos observados nos últimos
anos. A população em idade ativa corresponde à população no intervalo etário dos 20 aos 64 anos.

No cenário de maior persistência do influxo migratório também se mantém o panorama de envelhe-


cimento. No entanto, existe um traço distintivo. Os ligeiros aumentos populacionais observados no
passado recente persistem ao longo de várias décadas. Contudo, a evolução do saldo natural volta
a dominar a dinâmica populacional, conduzindo a uma ligeira redução da população até ao final do
horizonte, que se situa em torno dos 10 milhões.4

Gráfico 10 • Comparação das pirâmides etárias em 2100 | Milhares de indivíduos por escalão
etário

Painel A — Cenário A Painel B — Cenário B Painel C — Cenário C


85+
80-84
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

15-19
10-14
5-9
0-4
0-4
600 300 0 300 600 600 300 0 300 600 600 300 0 300 600
500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500 600
Homens | Base Homens | Alternativa Mulheres | Base Mulheres | Alternativa

Fontes: Banco de Portugal e Eurostat (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: O cenário base corresponde ao cenário central mais recente do
Eurostat (EUROPOP2023). O cenário A corresponde ao cenário de maior fecundidade. O cenário B corresponde ao cenário de maior esperança
média de vida. O cenário C corresponde ao cenário de maior persistência do saldo migratório, em valores próximos dos observados nos últimos anos.

4. O Eurostat não divulga o perfil etário subjacente às suas projeções dos fluxos migratórios. O modelo utilizado considera um perfil etário médio, observado
na última década. Neste contexto, o modelo não permite reproduzir exatamente as dinâmicas populacionais subjacentes às projeções do saldo migratório
no cenário base do Eurostat.

44
Gráfico 11 • Índice de dependência de idosos em 2100 | Percentagem

Cenário A Cenário base

Cenário base Cenário B

Cenário base Cenário C

50 55 60 65 70 75 80

Fontes: Banco de Portugal e Eurostat (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: O índice de dependência de idosos é definido como a percentagem
das pessoas com 65 ou mais anos na população em idade ativa, ou seja, a população com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos. Os
círculos azuis representam o índice de dependência de idosos no cenário base, enquanto os círculos vermelhos representam esse índice para cada
cenário alternativo. O cenário base corresponde ao cenário central mais recente do Eurostat (EUROPOP2023). O cenário A corresponde ao cenário
de maior fecundidade. O cenário B corresponde ao cenário de maior esperança média de vida. O cenário C corresponde ao cenário de maior
persistência do saldo migratório, em valores próximos dos observados nos últimos anos.

Comparativamente com o cenário base, o índice de dependência de idosos reduz-se somente no


cenário de maior fecundidade (Gráfico 11). Ainda assim, o efeito na população em idade ativa mani-
festa-se de forma progressiva e com um desfasamento temporal considerável. No caso dos cenários
de maior longevidade e de persistência da imigração, o índice de dependência de idosos tenderá
a aumentar relativamente à situação atual, uma vez que o índice sintético de fecundidade se man-
tém inalterado face ao cenário base.
O aumento percentual da fecundidade terá de ser cerca de quatro vezes superior ao da esperança
média de vida para que os seus efeitos no índice de dependência de idosos se anulem. Estes resul-
tados sugerem que há uma redução do envelhecimento da população e do índice de dependência
de idosos em cenários em que a evolução populacional é dominada pelo aumento da fecundidade.

Dinâmica educacional da população


A par da transição demográfica, está também em curso uma transição educacional, que se reflete
em gerações mais jovens com mais escolaridade. Quais as implicações para a evolução da esco-
Demografia em Portugal: cenários para o século XXI,

laridade da população portuguesa resultantes da evolução demográfica? É uma questão crucial


para a determinação do potencial produtivo futuro da economia portuguesa.
Para responder a esta questão, ao modelo demográfico foi acrescentada uma dimensão educacio-
nal que permite trabalhar com detalhe a escolaridade (Caixa 1). Com base na evolução populacional
do cenário base e na estrutura educacional observada no passado recente, estimou-se o número
médio de anos de escolaridade da população entre os 15 e os 64 anos (Gráfico 12). A escolha do
intervalo etário é motivada pela maior facilidade de comparações internacionais, sendo usada como
referência a base de dados harmonizada divulgada em Barro e Lee (2013). Assume-se que não exis-
tem alterações legais, de desempenho e de preferências dos participantes no sistema de ensino ao
longo do horizonte de projeção, face à amostra de estimação (2006-21). Na curva correspondente
ao modelo, o número médio de anos de escolaridade corresponde a ciclos educativos completos
(Caixa 1), pelo que deverá estar ligeiramente abaixo da média simples dos anos de escolaridade
calculada para a série de referência.

45
A evolução estimada no modelo sugere a maturação do processo de transição educacional, ilustra-
do pelo aumento do número médio de anos de escolaridade até 2050 e a sua relativa estabilização
até ao final do horizonte de projeção. A percentagem da população com idade entre os 15 e os
64 anos que tem um grau do ensino superior (incluindo doutoramento) situa-se em 30% em 2022.
Portugal encontra-se no terceiro decil da distribuição dos países da União Europeia. Com base
nos pressupostos do modelo, esta percentagem ultrapassa os 40% em 2100, convergindo para os
valores máximos observados atualmente na União Europeia, que se referem a países que estão
numa fase madura da transição educacional, como é o caso da Suécia.

Gráfico 12 • Número médio de anos de escolaridade: população com 15-64 anos | Anos

14

12
Portugal ― Modelo
10
Área do euro

Portugal ― Referência
4

Fontes: Banco de Portugal, Barro e Lee (2013) e Instituto Nacional de Estatística (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: As séries referem-se
ao número médio de anos de escolaridade da população residente com idade compreendida entre os 15 e os 64 anos. As séries de referência
para Portugal e para a média da área do euro baseiam-se nos valores quinquenais da base de dados de Barro e Lee (versão de setembro de
2021). No caso da média da área do euro, os dados anuais são obtidos através de uma interpolação linear simples. No caso de Portugal, as séries
quinquenais são complementadas com informação dos Censos para 2021, sendo utilizada informação do Inquérito ao Emprego para construir
o indicador anual para a interpolação temporal. A série “Portugal ― Modelo” é estimada no âmbito do modelo utilizado (ver Caixa 1) e calculada
com base no número de anos de escolaridade correspondente a cada ciclo de estudos completo (ver Quadro C1.1 da Caixa 1), devendo por isso
produzir valores ligeiramente abaixo dos calculados para as duas séries de referência, que utilizam os anos de escolaridade completos.

Gráfico 13 • Número médio de anos de escolaridade, por escalão etário | Anos

14

13
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

12

11

10

6
20-64 20-39 40-59 60-64
2021 2100

Fonte: Banco de Portugal. | Notas: As séries referem-se ao número médio de anos de escolaridade da população residente com idade
compreendida entre os 20 e os 64 anos, que corresponde ao intervalo considerado para a população em idade ativa. A desagregação etária do
número médio de anos de escolaridade é estimada no âmbito do modelo utilizado (ver Caixa 1).

46
Considerando a população em idade ativa, as estimativas mostram um aumento de 20% do número
médio de anos de escolaridade ao longo do horizonte de projeção, situando-se em 12,8 anos em
2100 (Gráfico 13). Dado o enquadramento legal da escolaridade obrigatória, a subida do número
médio de anos de escolaridade está concentrada nos escalões etários a partir dos 40 anos.

Considerações finais
As alterações demográficas verificadas no início deste século têm origem em fenómenos socioe-
conómicos estruturais, que se traduzem numa menor fecundidade e em maior esperança média
de vida. O saldo migratório é, pelo contrário, influenciado pelo ciclo económico e tem um impacto
mais imediato na população residente em idade ativa.

Esta dicotomia temporal entre as tendências mais lentas da fecundidade e da mortalidade e a dinâ-
mica mais conjuntural do saldo migratório é realçada na análise das perspetivas futuras. Os cenários
mais relevantes para perspetivar a demografia estão associados às questões da fecundidade e do
saldo migratório. Num cenário de recuperação da fecundidade é possível contrariar a tendência de
redução da população e minorar o seu envelhecimento. No longo prazo, a concretização deste tipo
de cenário permitiria inverter ou mitigar os impactos nos gastos públicos relacionados com o enve-
lhecimento (por exemplo, em pensões). Em todo o caso, a necessidade de consolidação orçamental
para contrariar o efeito demográfico é evidente, sendo recomendável desde já a adoção de medidas
que garantam a estabilidade económica e a equidade intergeracional.

Num cenário de maior persistência de saldos migratórios positivos, é possível mitigar as tendên-
cias demográficas estruturais e manter, no longo prazo, a população residente nos níveis atuais.
Trata-se de uma dimensão de ajustamento importante para o mercado de trabalho, a ser condu-
zida pelos poderes públicos no contexto do mercado único na União Europeia.

De forma transversal às dinâmicas demográficas, perspetiva-se que o processo de aumento da


escolaridade da população portuguesa irá continuar nas próximas décadas, alcançando-se a matu-
ração da transição educacional em 2050. Esta evolução traduz o atual enquadramento legal da
escolaridade obrigatória e a gradual substituição de gerações com menores qualificações por gera-
ções com maior escolaridade. Contudo, um aumento da qualidade do capital humano, da produ-
tividade e do rendimento requer também políticas de educação e formação profissional exigentes
e que adequem a oferta de qualificações às necessidades do mercado de trabalho. Demografia em Portugal: cenários para o século XXI,

47
em idade ativa e os adultos mais velhos, ou recorrer a grupos
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Estrutura
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modelo do demográficos
grupos
casomodelo
modelo
modelo modelo
assenta o de
estatuto
normalmente nacionais
demográfico
demográfico
demográfico
normalmente
demográfico
demográfico na classificação assenta
de e
cidadania,não na
escolhidas
escolhidas classificação
nacionais; situação
dosaindivíduos
demografia
porterem
por o
teremuma nível
emdos uma de indivíduos
educação,
temespecial em umduas
especial papel desagregado
relevânciaimportante.
relevância
dimensões para
para pelos
Estão
estudos
estudos
essenciais: neste em
em caso
que oetário
que
o grupo estatuto e odesexo. cidadanNo
ra simular os cenários
Estrutura dodemográficos
modelo demográfico assenta na classificação dos indivíduos
em
dera ensões duas
os dimensões
grupos
essenciais: de nacionais
o essenciais:
diversos
grupo e não
Estrutura graus
etário a onacionais;
a grupo
demografia
demografia
e de do
o sexo. etário
ensino
modelo o nível
tem
tem
No oue finaloum
de
um pelo
demográfico sexo.
educação,
papel
papel
do número No
ano, final
importante. os de
desagregado
importante. doanosque
indivíduos ano, Estão
Estão se de os
pelos
considera
são indivíduos
escolaridade
neste
neste caso
caso os o osão
grupos
classificados concluídos;
estatuto
estatuto de de
nacionais
de
por o
cidadania,
cidadania,
sexo local e não
em de situação
nacionais;
situação
grupos em
em o
etários nível
com de educação,
amplitude des
de c
s essenciais: o grupo etário O
Ogrupos Oemodelo
modelo o sexo.
modelo usado No final
usado
usado para para
para do simular
simular ano, os
simular osos os indivíduos
cenários
cenários cenários são
demográficos
demográficos
demográficos assentaassenta
assenta na nana classificação
classificação
classificação dos dos
dos indivíduos
indivíduos
indivíduos
classificados
us de ensino O por
modelo
ou sexopelo e
usado O modelo
em
residência
número O paramodelo dentro
que de
que usado
simular etáriosusado
anos
se se do para
os
considera
considera de compara
cenários
território simular
escolaridadesimular
amplitude
osos sob
grupos
grupos osestudo,
demográficos os
cenários
de
de cenárioscinco
concluídos;
de com
nacionais
nacionais demográficos
demográficos
anos:
assenta
diferentes
eo
diversos
e até
local
não
não na aos deassenta
níveis
graus
nacionais;
nacionais; assenta
quatro
classificação de
de o na
o anos, na
dos
resolução
ensino
nível
nível classificação
classificação
de indivíduos
de ou geográfica.
educação,
educação, pelo dos dos
número indivíduosindivíduos
Este
desagregado
desagregado de anos pelos
pelos de escolaridade concluíd
por
xo esexo em grupose em grupos etáriosetários comem O com amplitude
modelo
amplitude usado de cinco para de anos: cinco até
simular anos: os aos até
cenários quatroaos quatro demográficos
anos, anos, assenta dos na cinco aos
classificação nove anos,
dos e
indivíduos assim sucessivamente
por até ao grupo
dos cinco aosem em ee em em
osduas em duas
duas duas
duas
dimensões dimensões
dimensões
dimensões dimensões o essenciais: essenciais:
essenciais:
essenciais:
essenciais: o ou oeo ogrupo
grupo odosagrupo
ogrupo grupo etário etário
etário
etárioetárioefinal oe85 eooeanos
e sexo. osexo.
sexo. sexo.
ocidadania
sexo.
No ouNo No No
finalNo final
final
final efinal
do do
do do
ano,do ano,
ano, ano,
ano,
os os
os osos
indivíduos indivíduos
indivíduos
indivíduos
indivíduos são são
são são
são
s,nove
entro
anos, ou recorrer
do
eanos, em
assim e nove
território aduas
idade
assimgrupos anos,
sob
sucessivamente
dimensões
trabalho
ativa etários
estudo,
sucessivamente assim
grupo faz
adultos
com
até
sucessivamente
essenciais:
definidos
diversos
diversos um
ao
etário diferentes
até mais
grupo eao com
tratamentograus
graus
sexo. velhos,
grupo
dos
grupo
base
níveis
dede
que
No
até
dos ounum
ensino
finaltêm
ao
etário
simplificado
de
ensino que do
grupo
recorrer
resolução
85 têm ou
anos
ano, pelo
85 sexo.
do
pelo
os grupos
ou
que
anos mais.
Notêm
estatuto
geográfica.
número etários
residência
número
indivíduos ou A mais. dede Este
são
dodefinidos
anos
dentro
Aanos ano,
classificados de mais.
de os
do
dinâmica com Atrata
indivíduos
escolaridade
território
escolaridade base
porpopulacional
sexo de
num sob são forma
concluídos;
eestudo,
concluídos;
em grupos mais
é com depois ooetárioslocal
diferentes
local de níveispelos
de
alimentada de resolução
três fatog
dinâmica classificados
populacional
número de detalhada
anos classificados
por
é depois
fixo. classificados
sexo classificados
classificados
classificados o e em
alimentada
nível por por
por
grupos por
por
sexo
educacional. sexo
sexo sexo
sexo
e em
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pelos ee e em
em e em em
grupos
três com grupos
grupos grupos
grupos etários
amplitude
fatores etários
etários
etários etários com com
com
de
determinantes com
com
amplitude
cinco amplitude
amplitude
amplitude
amplitude anos: de de
de
até
tradicionais: cincodede cinco
cinco
aos cinco
cinco
anos: anos:
anos:
quatro anos:
anos:
até até
até
anos, até
aos até aos
aos aos
aos
quatro quatro
quatro quatro
quatro anos, anos,
anos, anos,
anos,
um
pulacional
onal tratamento
é depois em
é depois idade
alimentada ativa
simplificado
alimentada e
com os
pelos doadultos
residência
amplitude estatuto
residência
pelos
trêsaos mais
três
fatores de
dentro
dentro
de velhos,
fatores
cinco cidadaniadoanos:
do
determinantes ou território
território recorrer
determinantes e trata
atésucessivamente
aos sob a
sobquatro grupos
de
tradicionais: estudo,
estudo, forma
trabalho
tradicionais: etários
anos, comfaz
com mais definidos
diferentes
diferentes
dos umcinco tratamento
mortes, com
níveis
níveis
aos nove base
deanos,
de
nascimentos num
simplificado
resolução
resolução e anos assim do
geográfica.
e geográfica.
imigração sucessiva-estatuto Estede de
Este
líquida cidadania
emigração. e trataO pr
mortes, dos
nascimentos
número cincode aos dos
elíquidanove
imigração
anos dos
dos dosdos
cinco
fixo. cinco
cinco
anos, cinco
cinco
aos eaos
líquida aos
noveaos
assim nove
nove nove
denove
anos, anos,
anos, anos,
sucessivamente
emigração.anos, ee assim
etratamento
assim eassim
eassimassim sucessivamente
até sucessivamente
O sucessivamentesucessivamente
primeiro ao grupo destes até
dos até
até ao até
que
fatoresaté ao
ao grupoao ao
têm grupo
grupo grupo
grupodos
85
subtrai dos
dos dos
que
anos dos que
àque que
têm
ou que têm
têm
mais. têm
85 têm 85
85anos A85 85anos
anos anos
ouou ou ou
mais. ou mais.
mais. mais. A AA A
mais. A
nível
imentos
os e educacional.
imigraçãoe imigração líquida de emigração.de trabalho
trabalho
emigração. O faz
faz
primeiro O um
um primeiro tratamento
destes destes
fatores simplificado
simplificado
fatores subtrai detalhada
subtrai
à dodo estatuto
ào
estatuto nível dede
educacional.
população cidadania
cidadania existente; e e trata
trata os de
de
dois forma
forma
últimos mais
mais adicionam à população ex
mbém ser Muitas usadas outras naEstrutura
simulação mente
dimensões dode até
modelo ao
populações
podem grupodemográfico
também dos e depois que
éésuas ser têm usadas 85 anos ou mais. Atrês dinâmica populacional e suasé depois alimentada
população
istente; os dinâmica
existente;
dois últimos
dinâmica
populacional
os dois
adicionam
dinâmica
dinâmica
dinâmica dinâmica
últimos populacional
detalhada
detalhada à épopulação populacional
depois
adicionam populacional
populacional
populacional o o nível
nível àépopulação
alimentada édepois
educacional.
educacional.
existente.
édepois depois
depois alimentada
pelos existente. trêsnafatores
alimentada
alimentada
alimentada
alimentada simulação
pelos pelos
pelos pelos
pelostrês três
determinantes de
três
três
fatores populações
fatores
fatores
fatores fatores determinantes determinantes
determinantes
determinantes
determinantes
tradicionais: tradicionais: tradicionais:
tradicionais:
tradicionais:
tradicionais:
e;modelo
poros terem
dois demográfico
últimos
uma
componentes, adicionam
especial relevância
normalmente àmortes,população para existente.
estudos
escolhidas em eque
Muitas
mortes, outras
nascimentos
O mortes,
modelo
pelos
dimensões
mortes,
mortes, mortes,
usado
três fatores:
nascimentos
nascimentos
nascimentos
e imigração para
podem
nascimentos
nascimentos
simular
mortes,
etambém
líquida eepor eimigração
imigração imigraçãoterem
nascimentos
imigração
imigração
de
os homogeneidade
cenários
ser uma
líquida
emigração. usadas
líquida
líquida especial
líquida
líquida
demográficos
e na
de imigração
Ode
de de relevância
simulação
Estrutura
de emigração.
emigração.
emigração.
emigração.
emigração.
primeiro assenta
líquida
do destes de
Omodelo para
OOde O
primeiro O estudos
populações
primeiro
naprimeiro
emigração.
demográfico
primeiro
primeiro
funcionamento
fatores
classificação destes em
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destes
subtrai eque
destes
destesO suas
fatores
dos
primeirofatores
àfatores
do
fatores fatores
indivíduos
modelo
subtrai destes
subtrai
subtrai subtrai
subtrai à fato-
assenta àà àà na hipótese de homogen
O
e. funcionamento
Estão neste
a caso
demografia
componentes, do o modelo
estatuto
tem res um
normalmente assenta
de
população
população
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subtrai cidadania,
Estrutura
Estrutura na
à hipótese
importante.
escolhidas
do
existente;
população
existente; do
existente; situação
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osEstão
os por em
dois
existente;
dois terem
demográfico
demográfico
dois neste
últimos últimos
últimos uma
os em
casodois idade
o
especial
adicionam
adicionamadicionam da
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últimos ativa
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àrelevância
à à e de
população
adicionam
população os
população adultos
cidadania, dentro
para à
existente.
cada mais
de
estudos
existente. situação
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população. um velhos,
destesem em que ou
grupos recorrer em a
termos gruposdeetários taxas definidos
de mortalidade, com ba
ento
o do
modelo modelo
assenta
população assenta
nacenários
em na
hipótese
existente;
duas população
população hipótese de existente;
oshomogeneidade
dimensões de
dois últimosexistente;homogeneidade
essenciais:os os
dois
adicionam dois
da últimos
o últimos
população
grupo da à etário adicionam
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dentro e à
o de
existente.à
população
dentrosexo. população deNo final existente.
existente. do ano, os indivíduos são
cadaado
e não para
um simular
destes
nacionais; os
grupos
odenível em
de termos
educação, demográficos de taxas
desagregado assentade mortalidade, pelosna classificação número
natalidade, dos O deindivíduos
modeloanos
imigração fixo.usado para
líquida simular
esituação os cenários demográficos assenta na classificação
tes grupos que aem setermos
considera
demografia de tem ostaxas grupos
um de papel de nacionais
importante. enatalidade,
não Estão nacionais; neste caso olíquida
nível de
o estatuto educação, de cidadania,desagregado
distribuição pelos
de idades em dentro do grupo etário. Por exemplo, no
upos
mensões
distribuição
mero
em
de
termos
essenciais:
O
anos de idades
funcionamento
de
taxas
oclassificados
grupo
Ode
dentro
escolaridade
O
O
de
Oos O
funcionamento
do
mortalidade,
Ofuncionamento
etário OO
funcionamentopor
funcionamento
funcionamento
funcionamentogrupo
modelo modelo
modelo
concluídos; emortalidade,
sexo
oetário.sexo. do
assenta enatalidade,
do
usado
usado em
do
do
o No
do
modelo
Por
modelo
do grupos
modelo
modelo
localna final
para
modelo
para modelo
exemplo, assenta
hipótese
de
imigração
assenta
doetários
simular
simular assenta
assenta ano,
assenta
assenta
no de
imigração
os
os
na na
com
grupoos hipótese
cenários
na
cenários
na
na na
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homogeneidadeamplitude
indivíduos
em
hipótese
líquida
hipótese
hipótese
hipótese
etário
edemográficos
duas de
demográficos
dede dede são
dedee cinco
homogeneidade
dimensões
homogeneidade
mulheres da homogeneidade
homogeneidade
homogeneidade
homogeneidade população anos:
assenta
assenta
entre essenciais:até
da danana
dentroda
da população
aos
da quatro
classificação
classificação
da
população odegrupo
população
população
população
população dentro
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dentro dos
etário
dosdentro
dentro
dentro dentro de
indivíduos
de cada
indivíduos
ede
de odesexo. No final do ano, os
de
epor
es idades
dentro diversos
dentro
do que gruposedo graus
considera
grupo
etário. etário.
Por ensino grupos
exemplo, Por ou de
exemplo, pelo
nacionais
no grupo número
no e
grupo
etário não de etário
de anos
nacionais; mulheres de de
Muitas oescolaridade
mulheresnível
entre
outras de educação,
entre dimensões concluídos; desagregado
os podem 25 e os 29 o local também de
pelos
anos, admite‐se ser usadas que na um quinto das
simulação de mulheres
populações de
sexo e em grupos dos cinco
etários
cada umcada
cada cada
cada aos
com
destes
em
umem
um nove
umum amplitude
duas
duas grupos
destes
destes destes anos,
destes dimensões
dimensões em ede
grupos
grupos
grupos gruposassim cinco
termos emem em sucessivamente
essenciais:
em anos:
de
essenciais:
termos
termos termostaxas
termos até
de de dede
o oaos
de degrupo até
quatro
mortalidade,
grupo
taxas
taxas
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de de de ao
classificados
etário
de
etáriode grupo
anos, natalidade,
mortalidade,
e e
mortalidade,
mortalidade,
mortalidade, o dos
por
o sexo.
sexo. que
sexo No têm
imigração
No e em
natalidade, final
final
natalidade,
natalidade,
natalidade, 85 gruposanos
dodolíquida
imigração
imigração ano,ou
etários
imigração
ano,
imigração mais.
eososdistribuição
com A
indivíduos
indivíduos
líquida
líquida líquida
líquida e e ede
amplitude
e são de cinco
esão anos: até ao
osanos,
udo, 25com
admite‐se
e admite‐se
osdiferentes
29
cada
residência anos,
diversos
que
um
um que admite‐se
destes
níveis
dentro
graus
quintoum de de
quinto doum
grupos
das
que
resolução
território
ensino
mulheres
destes
das umem quinto
ou
mulheres
grupos
termos
geográfica.
sob pelo
desse
das
estudo, de em
número
desse
grupo
mulheres
taxas
Estetermos
com grupo
têm
de
de 25
desse
anos
têm anos
taxas
mortalidade,
diferentes 25 grupo
de
componentes, e níveis
escolaridade
anos
têm
mortalidade,
têm
enatalidade,
a detêm 25resolução
normalmente a anos concluídos; natalidade,
emesma têm
imigraçãogeográfica. a taxa
escolhidas olíquida imigração
local deEste por dee
fertilidade terem
líquida
uma e mortalidade especial das mulheres
relevância para de 26 at
estudos
sado nove dinâmica populacional épor depois ealimentada pelos três fatores determinantes tradicionais:
demesma
ilidade doanos,
taxa
eestatuto
fertilidade trabalho
e assim
de
distribuição
residência
mortalidade
fertilidade
edepois defaz
mortalidade
sucessivamente
das
de
cidadania
um
dentro
idades distribuição
distribuição
distribuição
eidadesmortalidade
tratamento
das
mulheres eclassificados
classificados
distribuição
distribuição
domulheres
dentro
dentro
trata
territóriode
deaté de
de
26
ao
de
do
idades
das
do
de deidades
idades
simplificado
de
atésob
grupo
idades
por
idades
26 29
dentro
mulheres
grupo
forma estudo,
até
sexodos
sexo
dentro
anos.
dentro
dentro
etário.dentro
etário.
mais
29 do do que
edecom
anos.
emem
dodo Por
grupo
26
Pordotêm
do
estatuto grupogrupos
grupos
grupo
atégrupo
grupo85
exemplo,
exemplo,
diferentes a
anos
29etário.
etário. de
demografia
etários
etários
etário.
anos. dos
etário.
etário.
no
Por
noou Por
Por
cidadania
níveis
mais.
com
cinco
Por
com
grupo
grupo Por exemplo,
exemplo,
exemplo,
de
tem
A nove
amplitude
aos
exemplo,
amplitude
exemplo,
etário
etário
eum
resolução tratanode
papel
no
no no
grupo
de deno de
anos,
de
grupogrupo
grupo
mulheres
mulheres cinco
cinco
grupo eetário
etário
forma
geográfica.
importante.
assim
etário
etário anos:
anos:
etário
entre
deEste
entre
mais de de de
mulheres
Estão
até
sucessivamente
até
de
os mulheres
mulheres
mulheres 25 aos
aos
mulheres
neste
e entre
os quatro
quatro 29entre
entre
entre
caso
até
entre
anos,
o
anos,
anos,ao grupo dos que têm 85 a
estatuto de ano
cidadania, situa
pulacional os é 25 e osofaz mortes,
alimentada
29 os osos
25 os
admite-se
anos, nascimentos
os25
25 25dos
25dos
eadmite‐se
os ee eospelos
os
29 cinco
ecincoosaos29
29 29
anos,
mesma29trêsaos
aos
anos,
anos,
que e
anos,
anos, imigração
fatores
nove
nove
admite‐se
um admite‐se
admite‐se
admite‐se
taxa admite‐se
quinto dedeterminantes
anos,
anos, líquida
que eque
edas
que
fertilidade assim
que
assim
um que um
um de
umum
quinto
mulheres emigração.
quinto
equinto tradicionais:
sucessivamente
quinto
sucessivamente dinâmica
quinto
das
mortalidade
dessedas
das dasdas
mulheres Omulheres
mulheres
mulheres
grupo eatéprimeiro
mulheres até
populacional
que aoao
desse grupo
desse
Se
desse
um desse
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desse
𝑆𝑆de
grupo
quinto dos
éforma
dos
grupo
grupo grupo
grupo
for têmfatores
depois
edasoque
que têm têm
número
têm têm
25 têm
têm
mulheres 25
25 subtrai
aalimentada
anos25 85
25 85
anos
anosdeanoseanos
anos à
ee etêm
indivíduos
têm
desse têmou
eoupelos
têm
atêm mais.
aa aano
mais.
grupo AAfinal
três fatores
do determinante
𝑡𝑡 do grupo
detalhada
trabalho nível um educacional.
tratamento simplificado do estatuto que se de cidadania
considera os e têm
grupos trata 25
de
anos
�,�,�
nacionais
têm maise não nacionais; o nível de educação, desagregad
Se
cimentos 𝑆𝑆 for o
emesma número
imigração de
população indivíduos
líquida de existente; no
emigração. final os do dois ano
O primeiro 𝑡𝑡
últimos do grupo adicionam
destes etário fatores 𝑎𝑎,
à26 definido
população
mortes, subtrai como àexistente.
nascimentos indicado e29 imigração líquida
de umde emigração.e sexo 𝑠𝑠,Oem primeiro destes fa
número
ro de de
indivíduos
�,�,� indivíduos
detalhada notaxa final ono mesma
dedo
nível mesma
mesma
final
têm anomesma
mesma
fertilidade do
25 𝑡𝑡dinâmica
dinâmica
taxa
educacional. ano
do taxa
taxa
anos. taxa
taxa
de de
dedo de
e𝑡𝑡 mortalidade
grupo depopulacional
fertilidade
fertilidade
populacional
fertilidade
fertilidade
fertilidade
grupo
etário 𝑎𝑎,e das
etário ee mortalidade
mortalidade
definido éémortalidade
emortalidade
emulheres
𝑎𝑎, depois
mortalidade
depois
definido como dasde alimentada
das
como das
alimentada
das
indicado das mulheres
mulheres
mulheresaté mulheres
mulheres
indicado 29 pelos pelos
de
anos. 26de
de
de de
2626
três
até 26
três 26 até
acima
até 29 atéfatores
até 29
fatores
29
anos. e29anos.
anos. anos.
anos.
numerado determinantes
determinantes tradicionais:
atradicionais:
18, que se convencio
acima
xistente; e numerado
osEstrutura
dois últimosdedo ummodelo a
adicionam 18, e
demográficosexo
mortes,
mortes, à 𝑠𝑠,
população em
nascimentos
nascimentos que se
existente. convenciona
e e imigração
imigração diversos denotar
líquida
líquida graus
população o de
de sexo deexistente;
emigração.
emigração. ensino ou
feminino OOpor
os pelo
primeiro
dois
primeiro número
últimos destes
destes defatores
adicionam anos de
fatores àsubtraiescolaridade
população
subtrai àà concluídos; o l
existente.
erado
de umde a 18,um ea sexo 18, e𝑠𝑠,O sexo em 𝑠𝑠,
que
funcionamento emseque convenciona sedo convenciona
modelo denotar assenta denotar o sexo na ohipótese
sexo feminino
feminino depor homogeneidadepor 𝑠𝑠 � da1; 𝑛𝑛
população
� ,� a taxa de
dentro fertilidade de das mulheres no grupo etário
𝑠𝑠 � 1; 𝑛𝑛 Se a 𝑆𝑆
taxa
Estrutura defor o Se
número
fertilidade
do modeloSeSe Se
𝑆𝑆�,�,� Se 𝑆𝑆𝑆𝑆for
𝑆𝑆𝑆𝑆�,�,�
�,�,� de
das for
for forfor
oindivíduos
demográfico
�,�,�
�,�,� número
mulheres onúmero
oo númeroonúmero
número número deno dede
de de de
indivíduos
final
grupo indivíduos
indivíduos indivíduos
indivíduos
indivíduos do etárioano no 𝑡𝑡no
no no
no�no
final
residência
do
𝑎𝑎 finalfinal
final
final
final do
grupo
no anodo
do
ano do
do doano
ano
dentro
etário
𝑡𝑡, 𝑡𝑡ano
ano do
medida𝑡𝑡𝑡𝑡 dodo
𝑡𝑡grupo
𝑎𝑎,𝑡𝑡dododo grupo
grupo
definido grupo
grupo
grupo
pelo etário
território etárioetário
etário
rácio etário
como 𝑎𝑎,sob � 𝑎𝑎,
definido
𝑎𝑎, , definido
definido
𝑎𝑎,
𝑎𝑎,indicado
definido
estudo, definido como como
como
com como
como
como
indicado indicado
indicado
diferentes indicado
indicado
indicado níveis de resolução geográfi
ade taxa de�modelo
fertilidade �,�,� das mulheres população
população no grupo existente;
existente;
etário � os os
no𝑡𝑡,ano dois
dois últimos
últimos
𝑡𝑡, medida adicionam
adicionam
pelo rácio à à população
população do número existente.
existente. deonados‐vivos esobre o número de mulheres desse
� � 𝑎𝑎ano
os fertilidade
demográficos O,� das mulheres
modelo cada
usado umparano grupo
classificação
destes etário
grupos dos 𝑎𝑎em no
indivíduos termos medida
de taxas pelo
𝑠𝑠,de rácio
mortalidade, natalidade, imigração líquida
do
ento do
número acima
de
assenta
e numerado
nados‐vivos acimana acima
acima
acima
sobre
acima
acimae simular
hipótese
de eeum
numerado
o
enumerado
enumerado
numerado
numerado
número
de18, oshomogeneidade
anumerado cenários
ede
de sexo de
deumde dede
mulheres
um
um 1aum
𝑠𝑠, demográficos
um aaa18,
18,
em a18,
aeque
18, 18,
desse
da
18,
eee sexo
sexo população
esexo
seesexo
sexo sexo
trabalho
𝑠𝑠, assenta
em
𝑠𝑠,
convenciona
grupo,
em
,𝑠𝑠,
𝑠𝑠,
em O
em
que em que
faz
que
que na
dentro
funcionamento
que
se que
considerando‐se um
seclassificação
se sese
convenciona
se
denotar de convenciona
convenciona
convenciona
tratamento
convenciona
convenciona o apenas
sexo dos
dodenotar modelo indivíduos
denotardenotar
simplificado
denotar
denotar
feminino oassenta opor
sexo osexo
oosexo
sexo sexo
do
feminino
sexo na hipótese
feminino
feminino feminino
estatuto
feminino feminino porpor por dede
por
por
por homogeneidade
cidadania e trata �
dadepopulform
e nados‐vivos
os‐vivos
po
stes etário
grupos sobree Ooem
em sobre
o
duas
modelonúmero
sexo.
termos o
No número
de
final
distribuição
dimensões
usado de mulheres
𝑠𝑠taxas 𝑠𝑠do
𝑠𝑠para de OO1; ano,
de
essenciais: mulheres
simular
de idades desse
os
mortalidade,
funcionamento
funcionamento a aos
a
taxa desse
grupo,
indivíduos
dentro
otaxa
taxagrupo
cenários
de de de grupo,
do
do considerando‐se
são
etário
natalidade,
fertilidade grupo
demográficos
modelo
modelo
fertilidade
fertilidade considerando‐se
edas etário.
omulheres
das sexo.
imigração
assenta
assenta
das Porapenas
mulheres
mulheres No
assenta
mulheres na exemplo,
cada
na final apenas
líquida
hipótese
hipótese
no na
um
no
�no do
grupo grupo
gruponoano,
classificação
eetário
destes de de grupo
etário os
os
homogeneidade
etáriogrupos
homogeneidade
etário grupos
etário
�indivíduos
�dos
� ��em
no correspondentes
de𝑡𝑡,
indivíduos
noano mulheres
termos
ano
ano são da
da medida população
depelo
população
medida
medida entre
taxaspelo pelopeloà deidade
dentro
dentro
ráciorácio
rácio fértil,
de
mortalidade,
de ou natalidade, com
seja, 𝑎𝑎 ∈ 𝐹𝐹 imig
os 𝑠𝑠
grupos correspondentes � 1; 𝑛𝑛 a𝑠𝑠 �
taxa𝑠𝑠 ��
1; �
de �1;
1;
𝑛𝑛 1;
𝑛𝑛
𝑛𝑛 𝑛𝑛
fertilidade𝑛𝑛a a
�taxa
�,� taxa de das de fertilidade
fertilidade
mulheres � das no das grupodetalhada
mulheres etário no ono 𝑎𝑎 nível
grupo grupo
no educacional.
ano etário 𝑡𝑡, 𝑎𝑎
medida 𝑎𝑎
𝑎𝑎no 𝑎𝑎
𝑎𝑎 ano
no
no ano
pelo 𝑡𝑡,
medida
𝑡𝑡,,
rácio 𝑡𝑡, 𝑡𝑡,
medida pelo rácio rácio do
� ,�fértil,àou idade � ,��fértil,

� � � � � ,� � ou seja, 𝑎𝑎 ∈ 𝐹𝐹 com 𝐹𝐹 � �4, … , 10�; 𝑚𝑚�,�,� a taxa de

,� ,�
respondentes
rios
ndentes comàamplitude emàduas
idade
classificados idade
do de
fértil, os cinco
ou25seja,
por edo
sexo anos:
os seja,
29 �
ecada até
∈anos,
em aos
𝐹𝐹𝑎𝑎grupos
com ocom
𝐹𝐹quatro
∈admite‐se etários 𝐹𝐹anos, �com
que �4, um … 𝑚𝑚 ,etermos
10�;
quinto 𝑚𝑚
amulheres
taxa
das ataxas
de
mulherestaxa de desse mortalidade
grupo têm 25 por anos idade e etário.
têm e asexo, que ecorresponde ao rácio d
oamplitude de cinco anos: até aos quatro anos,
de idades dentro dimensões
grupo etário. 𝑎𝑎númeroessenciais:
Por exemplo, 𝐹𝐹nados‐vivos
� grupo
no �4, …
grupo ,sobre
etário 10�; etário oode sexo. No
distribuição final entre dodesse de ano, idades os indivíduos
dentro do são
grupo Por exemplo,
mortalidade dopor número idade dedoe do do
número
número
nados‐vivos
sexo, donúmero cada
número número
que deum
de um de
de
sobre dede
corresponde
destes
destesnados‐vivos
nados‐vivos
nados‐vivos
nados‐vivos
nados-vivos o número
grupos
grupos sobre
sobre
ao sobrede
rácio
em
sobreem
sobre o ootermos
número
número
mulheres doo
número
�,�,� número
número número
número dede
�,�,�
de
desse de
de taxas
de
de demulheres
mulheres
mulheres
mulheres
mulheresgrupo,
de
mulheresde
mortes
mortalidade,
mortalidade,
desse desse
desse
considerando‐se desse
desse
grupo,
sobre grupo,
grupo,
grupo,
grupo, grupo, natalidade,
natalidade, considerando‐se
considerando‐se
considerando‐se
considerando‐se
a considerando‐se
considerando-se
apenas
imigração
imigração apenas apenas
apenas apenaslíquida
líquida
apenas os e no grupo etário de
dade por
sivamente idade
e sexo,
dosatée sexo,
ao
que
cincoque
classificados grupo que
corresponde
mesma
aos dos
nove corresponde
porquinto que
taxa
anos,
sexo têm
ao de
edaseem 85
rácio ao
fertilidade
assim anos
grupos rácio
do ou número
sucessivamente
deetários do
mais.
eidadesmortalidade número Acomde mortes
até de
amplitudedas Estrutura
ao mortes sobre
mulheres
grupo de do
dossobre
a ede
cinco modelo
que 26 a até
atêm demográfico
29
85 população
anos.
anos ou do
mais. grupo A10�; demográfico respetivo (𝑎𝑎 e 𝑠𝑠); e 𝑖𝑖�,�,� a im
9 anos, admite‐se
população os grupo
do gruposdemográfico
um
os os
correspondentes os os
grupos
grupos os
grupos distribuição
distribuição
grupos
grupos grupos mulheres
àcorrespondentes
correspondentes
correspondentes
correspondentes
correspondentes
respetivo idade (𝑎𝑎
de
e
desse
idades
fértil,
𝑠𝑠); e àou 𝑖𝑖 àgrupo
idadedentro
dentro
idade àidade
àseja, àaidade
idade idade têm
dodo
𝑎𝑎fértil,
fértil,
fértil,
imigração � grupo

25
grupo
fértil,
fértil,fértil,
ou
anos
ou
ou os
ou
seja,
com
etário.
25
etário.
ou seja,
seja,
líquida
𝐹𝐹emigração seja,
𝐹𝐹seja,
𝑎𝑎 �� etêm ∈os
𝑎𝑎𝑎𝑎de 𝑎𝑎anos:
Por
Por
�� 𝑎𝑎𝐹𝐹�∈
�4, ∈� 29 ∈
com
𝐹𝐹
emigração

exemplo,
∈,anos,
exemplo,
𝐹𝐹 𝐹𝐹com
𝐹𝐹até
com
10�; com
com
𝐹𝐹
aos
� 𝑚𝑚𝐹𝐹
𝐹𝐹
𝐹𝐹 � 𝐹𝐹no
admite‐se
no

�4,
de
quatro
� �
�4,
�4,
… grupo
grupo�4,
a�4,
,… …
10�;
taxa … anos,
,etário
que
etário
,,…10�;
10�; ,10�;
𝑚𝑚�,�,�
de
um
𝑚𝑚𝑚𝑚
𝑚𝑚 de
de
𝑚𝑚
�,�,�
�,�,�
quinto
a�,�,�
�,�,�
mulheres
mulheres
aa taxa
taxa ataxa
ataxa das
taxa
de
de dede de
mor- entre
mulheres
entre
de desse grupo têm 2
oentada
de grupo
demográfico demográfico
pelos
fertilidade dosetrês
dinâmica respetivo
cinco
mortalidade respetivo
fatores
aos(𝑎𝑎nove
populacional e das
𝑠𝑠); (𝑎𝑎
determinantes
anos,
os e e é
mulheres
os 𝑖𝑖25𝑠𝑠);
25 depois
e ee
e a
assim
os𝑖𝑖
os imigração
de 29
29 a
26 imigração
tradicionais:
alimentada
sucessivamente
anos,
anos, até líquida
29 �,�,�
admite‐se
admite‐se anos.peloslíquida
de emigração
até três
que
que de
ao um fatores
grupo
um mesma de
quinto
quinto dos taxa de
determinantes
que
das
das têm
de
mulheres
mulheres indivíduos
85
fertilidade anos �,�,�
tradicionais:
desse
desse ou e do mais. grupo
mortalidade
grupo
grupo A têm
têm populacional
2525 das anos
anos mulheres e e respetivo,
têm
têm de
aa 26 então
até 29 a população
anos.
mortalidade Se 𝑆𝑆mortalidade
por mortalidade
talidade mortalidade
mortalidade
mortalidade
for
idade
�,�,�
orespetivo, eapor
por
número sexo, por
por
idade
�,�,�
por
por
idade
de idade
idade
que idade
idade
eindivíduos
sexo, e que
ecorresponde
a sexo, esexo,
epopulação esexo, sexo,
sexo,
no que que
que
corresponde
final queO
que
aodo modelocorresponde
corresponde
corresponde
corresponde
corresponde ano
rácio ao usado
𝑡𝑡do dorácio ao 𝑡𝑡 ao
grupo
número aoparaao
rácio
do ao rácio
rácio
número
etário simular
rácio
rácio
dedoetário dodo dodo
númerode osnúmero
número
número
definido cenários
número
mortes decomo de
de de
mortes
sobre ademográficos
de mortesmortes
mortes mortes
a sobre
indicado população sobre
sobre sobre
sobre a assenta aa na classificação dos ind
aa do
ndivíduos
idagrupo
populacional
do
de populacional
emigração.
mortes,
grupo O
respetivo,
dinâmica
populacional
respetivo,
primeiro
nascimentos �,�,�
então
populacional então
adestespopulação
emesma
mesma imigração
é do população
fatores
depois taxa
taxa
então
no dede subtrai
final
líquida
alimentada no
fertilidade
fertilidade do final
de ano do
àemigração. e𝑡𝑡edo
pelos ano no
grupo
mortalidade
mortalidade
final
𝑡𝑡trêsdo Ogrupo
do
etário
ano
primeiro
fatores das
das etário do
destes
determinantes
mulheres
mulheres
grupo
de
de emortes
𝑎𝑎fatores 𝑎𝑎,
26
26 sexo até 𝑠𝑠29
subtrai
sobre
tradicionais:
até 29será anos.
anos. dadaà etário por
orá
𝑎𝑎 número
edada
sexopor 𝑠𝑠àde
será indivíduos
população dada por população
donogrupo
acima final população
população
população
população
e numerado
grupo do
demográfico do
ano 𝑡𝑡 de
demográfico do do
grupo do grupo
grupo
do um grupo
grupo
demográfico
grupo
respetivoa 18,
respetivo demográfico
demográfico
demográfico
demográfico
etário e (𝑎𝑎 sexo respetivo
(𝑎𝑎,eedefinido 𝑠𝑠,); em
𝑠𝑠); em
respetivo
respetivo
respetivo
respetivo
e 𝑖𝑖�,�,� duas
que (𝑎𝑎
como
aaSe(𝑎𝑎
(𝑎𝑎
e
se dimensões
(𝑎𝑎
(𝑎𝑎
ee
𝑠𝑠); e𝑠𝑠);
indicadoe
𝑠𝑠);
𝑆𝑆convenciona
imigração
imigração 𝑠𝑠);
𝑠𝑠);
𝑖𝑖 ee e
𝑖𝑖
for�,�,�e
𝑖𝑖 𝑖𝑖 a𝑖𝑖
líquida
líquida
o�,�,�
�,�,� essenciais:
aa
imigração
número
�,�,� a a
denotar
de imigração
imigração
imigração imigração
deemigração o
líquida
emigração grupo
o sexo de
de indivíduos líquida
líquida
líquida líquidadefeminino de
de de
deemigração
emigração
deindivíduos
no final e
emigração
emigração
emigração por ododoanosexo.
de dede
grupode𝑡𝑡 do final
No
de grupodoetário ano,𝑎𝑎,osdefinido
indivíd
dicionam
a por população
população
mortes, nascimentos existente.
existente; os edois imigração últimos adicionam
líquida de àemigração. população Oexistente. �,�,� �,�,�
primeiro destes fatores subtrai àcom
merado de um a 18, e𝑠𝑠sexo
indivíduos do indivíduos
1;indivíduos
�indivíduos
grupo 𝑠𝑠,𝑛𝑛em indivíduos
indivíduos que do dodo
grupo
se dodo grupo
grupo grupo
grupo
convenciona populacional
populacional
populacional
populacional
oopopulacional denotar respetivo,respetivo,classificados
respetivo,
respetivo,
respetivo,
aopopulação
sexono então então
então
feminino então
então
a do pora
eaetário
população a asexo
população
população
por população
população e
dono
� em 𝑡𝑡no no grupos
no
final no final
finalfinal
dofinal
𝑡𝑡,ado do
anoetários
1do do ano
ano anoano do
𝑡𝑡edefinido 𝑡𝑡 dodo
𝑡𝑡𝑡𝑡do
grupo
𝑡𝑡 pelo do grupo
grupo amplitude
grupo
grupo
etário etário
etário etário
etário de cinco
4 anos: até aos quatr
1população existente; ��populacional
populacional ,�Se Se
os
a 𝑆𝑆 taxa
𝑆𝑆�,�,�
dois�,�,� defor
respetivo,
4 últimos
respetivo,
forfertilidade número
número então
adicionam
das
de então
de mulheres
indivíduos
aindivíduos
população
à população
no
no grupo
final
final
acima
final no
existente.
final
do ano
ano
numerado do𝑡𝑡𝑡𝑡𝑎𝑎ano do no
grupo
grupo dedo
𝑆𝑆ano grupo
um etário
etário
etário medida
18, etário
𝑎𝑎,
𝑎𝑎, definido
sexo 𝑠𝑠,rácio
�,�,� � �1 � 𝑚𝑚���,�,� �𝑆𝑆���,�,��� � �1 � 𝑚𝑚�,�,� �𝑆𝑆�,�,��� �
como
como
em
será que
dada indicado
indicado
sepor convenciona denotar o sex
na a taxa hipótese O de homogeneidade
funcionamento
e sexo 4 será 𝑎𝑎 e 𝑎𝑎𝑎𝑎
4
dada 𝑎𝑎
sexo
do ee𝑎𝑎 e e
sexo
sexoda sexo
modelo
por sexo
𝑠𝑠 será𝑠𝑠
população
𝑠𝑠 será
𝑠𝑠 𝑠𝑠
será será
será
dada
assenta dada
dada dada
dada
por por
por
dentrona por
porhipótese
��𝑆𝑆de de dos cinco
homogeneidade aos nove da anos, população e assim dentrosucessivamente
5 de até ao grupo dos
5 que têm 85 anos ou
𝑚𝑚de fertilidade
𝑎𝑎 𝑠𝑠das mulheres acima
acima no grupo
e1e�𝑆𝑆 numerado
numerado etário dedeono umum ano
aa 18, 18, 𝑡𝑡, e�medida
𝑆𝑆ede sexo
sexo peloem
em rácio
queque ,�se
se convenciona
convenciona denotar
denotar dasoomulheres sexo feminino
sexo feminino poretário 𝑎𝑎 no ano 𝑡𝑡, me
por
𝑆𝑆 � �1 � 𝑚𝑚 �𝑆𝑆 � �1 � 𝑚𝑚 𝑎𝑎𝟏𝟏 � 𝟏𝟏 � 𝑛𝑛 𝑝𝑝 𝑆𝑆 �
�1 ��,�,� �𝑆𝑆���,�,��� do�1número � �1�,�,� � de�𝑆𝑆 𝑚𝑚 nados‐vivos sobre
� número mulheres 𝑠𝑠,
𝑠𝑠𝑠𝑠,� 1;��𝑛𝑛 desse a �grupo,
taxa deconsiderando‐se
fertilidade apenas no grupo
���𝑛𝑛�� � ,� 𝑝𝑝𝑛𝑛 𝑝𝑝 𝑆𝑆 �
𝑚𝑚 �𝑆𝑆 5 ����,�,� � 𝑚𝑚 ���,�,���
5 � 𝟏𝟏��� �,�,� � �,�,���
�,�dinâmica
���
4 populacional
,� ���,� ,�,���
é depois �alimentada pelos+ 𝑖𝑖três fatores determinantes tradi
���,�,� ���,�,�
���,�,��� �,�,�
�,�,��� �,�,��� � ,� � �,� � � ,�,���
edetaxas decada mortalidade,um destes
O funcionamento natalidade,
5 do𝑆𝑆de
grupos 𝑠𝑠modeloem imigração
1;11termos assenta delíquida
àna taxas hipótese e𝑎𝑎−1,𝑠𝑠,𝑡𝑡−1
de mortalidade,
de +�das ,�,��� �natalidade,
𝐹𝐹imigração 𝑎𝑎líquida
�𝑛𝑛 𝑓𝑓 𝑝𝑝e
5o número 4homogeneidade da população 𝑎𝑎dentro de𝑆𝑆número
= (1 −a𝑚𝑚 taxa de )𝑆𝑆fertilidade
fertilidade das − 𝑎𝑎𝑚𝑚
(14mulheres
mulheres 𝐹𝐹)𝑆𝑆com no grupo +� 𝟏𝟏�4, etário …∑ 𝑎𝑎no ano 𝑖𝑖medida pelo rácio desse grupo, considera
nados‐vivos sobre os 1grupos𝑆𝑆correspondentes 𝑠𝑠𝑎𝑎,𝑠𝑠,𝑡𝑡
� �mulheres
11; 5𝑛𝑛𝑛𝑛1�1���,�,� adesse taxa de
grupo,
idade considerando‐se
fértil, ou 5seja, do ∈apenas
número no degrupo nados‐vivos etário , 10�; no
sobre ano
𝑚𝑚,𝑡𝑡�,�,� o �
a𝑡𝑡, medida
𝑡𝑡,𝑓𝑓taxa �,�,�de depelo mulheres rácio
� ∈�
𝑎𝑎−1,𝑠𝑠,𝑡𝑡
�4� ∈� �� ∈� mortes, 44 4
� 𝑎𝑎,𝑠𝑠,𝑡𝑡 𝑎𝑎,𝑠𝑠,𝑡𝑡−1 𝑎𝑎=1 𝑠𝑠,𝑡𝑡 𝑎𝑎 ,1,𝑡𝑡−1 𝑎𝑎,𝑠𝑠,𝑡𝑡
etário. Por exemplo,
distribuição
cada 𝑆𝑆 um � � no
𝑖𝑖de
destes �1grupo
idades 𝑆𝑆
� grupos
𝑚𝑚𝑆𝑆 𝑆𝑆
etário𝑆𝑆�
dentro �
� em �
�1de�
�𝑆𝑆 �do�1
�1� �1
termos �1
mulheres
𝑚𝑚�

grupo � �𝑚𝑚
𝑚𝑚 𝑚𝑚𝑚𝑚de� entre
�𝑆𝑆
etário. taxas
�1 �𝑆𝑆
�𝑆𝑆 �𝑆𝑆
�𝑆𝑆
�Por de
𝑚𝑚 �
exemplo, ��
mortalidade,
�𝑆𝑆 �
�1 � �1
�1
� no�1nascimentos
�1

𝑚𝑚� �� �
𝑚𝑚𝑚𝑚
grupo 𝑚𝑚𝑚𝑚
�𝑆𝑆
natalidade,
𝟏𝟏 �𝑆𝑆
�𝑆𝑆
etário ��𝑆𝑆
�𝑆𝑆 e 𝑛𝑛�
de imigração

𝟏𝟏 �
imigração �
𝑝𝑝�
𝟏𝟏
𝟏𝟏
mulheres 𝟏𝟏𝟏𝟏
𝑎𝑎𝑆𝑆 �
𝑓𝑓 ∈𝐹𝐹 �
�líquida

𝑛𝑛 �
entre
líquida 𝑛𝑛
𝑛𝑛 𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑝𝑝
� e de
� 𝑝𝑝
𝑝𝑝
� 𝑆𝑆 𝑝𝑝 emigração.
𝑝𝑝 𝑆𝑆
𝑆𝑆 𝑆𝑆𝑆𝑆
� � � O primeiro destes fatores su
rrespondentes
� 𝑖𝑖�,�,� �,�,�� 𝑖𝑖 à
�,�,�idade fértil,
mortalidade
�,�,�
5 ou
�,�,� �,�,�
do
�,�,� seja,
���,�,� �,�,�
�,�,�
por
do número 5número 𝑎𝑎 idade
55 55 de ∈
���,�,��� 𝐹𝐹 com
e
���,�,� sexo,
���,�,����,�,�
���,�,�
de nados‐vivos ���,�,�
nados‐vivos𝐹𝐹 5 � que
���,�,��� �4, ���,�,���
���,�,���
���,�,��� ���,�,���
… corresponde
sobre5oo55número
sobre ,
�,�,�10�; 𝑚𝑚 número
�,�,���55os grupos
�,�,� a
ao
�,�,� taxa rácio
�,�,�
de
�,�,�
��� �,�,�
de mulheres de
�,�,�
mulheres do
�,�,��� �,�,���
correspondentes
�,�,��� �,�,��� �,�,���número
� desse
� ,�desse �
��� �,� ���
��� ������
de
grupo,
grupo,
� mortes
à idade
,�,��� � � ,��
considerando‐se
considerando‐se
� �� �
,�
�,�
,� ,�sobre
�,�
,�
�,�� �,�
��,�
fértil, ou seja,apenas
�� ��
,�,��� � a
,�,���
,�,��� ,�,���
,�,��� apenas

𝑎𝑎 ∈ 𝐹𝐹 com 𝐹𝐹 � �4, … , 10�; 𝑚𝑚
quinto das mulheres
osdistribuição desse grupo têm 25 anos umeequação têm a das população existente; os A
dois interpretação
últimos adicionam desta àequação
população é relativamente
existente. simples. O
e25sexo,e os população
29 anos, admite‐se que quinto ààmulheres desse grupo 𝑎𝑎têm 𝐹𝐹25 anos e𝐹𝐹𝐹𝐹�e�
de idades dentro do grupo etário. � têm a…
éPor exemplo, no grupo etário �� ∈ de mulheres � �� � ∈�entre
� � �∈�∈�
Aão por idade
interpretação desta que equação corresponde
A do
os
interpretação os
é grupo
grupos
grupos
relativamente ao demográfico
rácio
correspondentes
correspondentes
desta dosimples. número respetivo simples.
O de(𝑎𝑎mortes
idade
idade
primeiro efértil,
Ofértil,
𝑠𝑠); e ou
mortalidade
primeiro
termo 𝑖𝑖sobre
ou �,�,� seja,
seja, a �aimigração
termo
do
� ∈�
𝑎𝑎ladopor ∈ direito
do idade
𝐹𝐹lado com
com líquida � ∈�
direito �∈�
sexo,de �4,
�4, emigração

representa que ,,10�;
10�; correspondeosde
𝑚𝑚
𝑚𝑚 �,�,�
�,�,� indivíduosaa taxa
taxa aodederácio do número de m
desta equação é até relativamente esimples. � �

𝑖𝑖 � �
Oum�,�,�𝑖𝑖
𝑖𝑖 𝑖𝑖 𝑖𝑖
primeiro termo do26 lado direito representa os indivíduos que no ano anterior tinham um ano d
de osta das equação
mulheres
mesma os é25de relativamente
e 26
taxaos de 29 anos.
29 fertilidade
anos, �simples.𝑖𝑖�,�,�
admite‐se eOpopulacional
mortalidade primeiro
que das
quinto termo mulheresedas
domulheres lado
de direito
até desse 29 anos.grupo têm 25do anos e𝑡𝑡 do têm a de
�,�,��,�,�
�,�,�
grupo
representa demográfico
os indivíduos respetivo
indivíduos que que no (𝑎𝑎
do
no eano
mortalidade
ano grupo
mortalidade 𝑠𝑠);
anterioranterior𝑖𝑖�,�,� pora�,�,�
por
tinham imigração
tinham idade
idade um respetivo,
um eano líquida
sexo,
sexo,
ano de Odeidade de
entãoque
queidade emigração
funcionamento amenos
apopulação
população
corresponde
corresponde
a menos dode dodo que no modelo
grupo
ao
aoque final
o rácio
rácio
limite limite doanoetário
assenta
o demográfico do número
número nagrupo hipótese
respetivo
inferior deetário mortes
mortes
do de (𝑎𝑎
grupo homogeneidade
e 𝑠𝑠); sobre
sobre etá- da população
aa a imigração
e 𝑖𝑖�,�,� líquidade d
sduos indivíduosque nomesma queanonoanterior ano anterior
taxa de tinham
fertilidade tinham um ano umdeano
epopulação
mortalidade idade de idade aequação
menos
das a menos
mulheres do que doo 26
de que
limite atéo limite 29 anos. etário inferior do grupo etário 𝑎𝑎, e por isso estavam no grupo
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

oetáriogrupo populacional 𝑎𝑎 e Asexo


respetivo, A A A A 𝑠𝑠 interpretação
interpretação
interpretação
será
então
interpretação
interpretação população
população dada a por
desta do
do destadesta
desta desta
grupo
grupoequação equação
no
equação equação
final
demográfico
demográfico é do éé é
ano é relativamente
cada relativamente
relativamente
relativamente
relativamente 𝑡𝑡 do um
respetivo
respetivo grupo destes
indivíduos (𝑎𝑎
(𝑎𝑎
simples.simples.
etário e
simples. simples.
e simples.
grupos
do
𝑠𝑠);
𝑠𝑠); eOe
grupo𝑖𝑖𝑖𝑖O
O em O
primeiro O aprimeiro
a
primeiroprimeiro
primeiro
termos
imigração
imigração
populacional termo termo
de
termo termo
termo taxas
líquida
líquida
do do
do
respetivo, do
lado dode lado
dede
lado lado
lado emigração
emigração
direito direito
direito
mortalidade,
direito
então direitoa de
de natalidade,
população no imigração
final do ano 𝑡𝑡lí
rfinal
rupo
do anoA 𝑡𝑡𝑆𝑆interpretação
inferior
etárioSeetário
do grupo do grupo
e por
𝑎𝑎, �,�,� forisso
𝑎𝑎, eopor etário
etário
número rio
isso
estavam
desta 𝑎𝑎,
𝑎𝑎,,de
estavamedefinido
epor
no
por isso
equação
indivíduos
grupo nocomo
isso estavam
é no
estavam
grupo
etário
indicado
relativamente
final
etário
𝑎𝑎 �
no do 1,
grupo
𝑎𝑎ano
tendo� 1, etário
𝑡𝑡simples.
do
tendo grupo
sobrevivido.
O
�etárioprimeiro
𝑎𝑎sobrevivido.
1, , tendo 𝑎𝑎, definido termo
sobrevivido. O segundo
�,�,�
�,�,� do lado
como Oindicado direitorepresenta
segundo
termo termo representa os indivíduos do sexo 𝑠𝑠 que estav
rá dadaque por representa foros representa
indivíduos representa
representa
representa
representa deos
indivíduos oque os
os osos
indivíduos
no indivíduos
doindivíduos
indivíduos
indivíduos
ano grupo
grupo que
anterior que
que que que
noque
populacional
populacional no
no ano
tinham nono ano
ano ano
ano
anterior anterior
anterior
anterior
um anterior
𝑡𝑡distribuição
respetivo,
respetivo,
ano 𝑎𝑎 etinham
tinham tinham
tinham
sexo tinham
de um
então
então idades
𝑠𝑠umum um
ano
será um ano
ano
aaeadefinido ano
odentro
de ano
dada
população
população de
de
idade de
de idade
idade
por idade
do idade
ano
no grupo a
afinal
menos a a
menos
menos
final menos
menos
etário.
do
do doano do
do
anoque dodo que
Por
que
𝑡𝑡𝑡𝑡doque
o que
do
do o
exemplo,
ogrupo
limite o o
limite
limite
grupo limite
limite no grupo etário de mulhere
etário
etário
Ormo𝑠𝑠,segundo
epresenta
em representa termo
se convenciona
osSeindivíduos
acima erepresenta
𝑆𝑆�,�,�
os numerado
indivíduos odo número
os
sexo
os
denotar de indivíduos
𝑠𝑠1um
indivíduos
do sexoque
sexo
aindivíduos
𝑠𝑠18, que
estavam do edo feminino
sexo sexo
estavam nono 𝑠𝑠, 𝑠𝑠que
final
grupo em que
por
noestavam do estavam
grupo
etário ano se4 do no
convenciona
no
etário
𝑎𝑎, eisso
grupo
grupo
que ede
𝑎𝑎, nele etário
que idade
etário nele𝑎𝑎,𝑎𝑎,
denotar menos
eque quesexo nele
sobrevivem do
nelecomo que
feminino
sobrevivem o
indicado limite
até por aoaté final ao final ano. doOano. terceiro termo representa os
sobrevivem
mulheres no𝑠𝑠do até
etário
grupo ao final
inferior etário
𝑆𝑆
do do etário
�ano. etário
etário etário

grupo inferior
O 𝑎𝑎 𝑎𝑎 �1
ee inferior
inferiorinferior
inferior
terceirosexo
sexo
etário � do𝑚𝑚 do
do
𝑠𝑠
𝑠𝑠 do
grupo do
será
será
termo
𝑎𝑎, egrupo
grupo grupo
grupo
por �𝑆𝑆etário
dada
dada etário
etário
representa
isso etário
por
por etário 𝑎𝑎,
estavam e𝑎𝑎,
𝑎𝑎,� 𝑎𝑎,
por e
𝑎𝑎,
eos e e
por
poros
�1 por
por
isso 25

indivíduos
no isso isso
isso
e
estavam
𝑚𝑚
grupo os estavam
estavam
estavamestavam
29
�𝑆𝑆
que
etário anos,
no nascemno
no grupo
𝑎𝑎 nono
� �grupo grupo
admite‐se
grupo 1, grupo
𝟏𝟏 etário
durante
tendo etárioetário
etário
� etárioque
𝑎𝑎 �𝑛𝑛 𝑎𝑎
𝑎𝑎
sobrevivido. 𝑎𝑎

1,um
�𝑎𝑎 � �
1,
tendo
𝑝𝑝
1, tendo
quinto
1, 1,
tendo𝑆𝑆 tendo
tendo das
sobrevivido. sobrevivido.
sobrevivido.
sobrevivido.
sobrevivido. mulheres desse grupo têm 25 anos

inal aodo finalano. acima
� 1;
Oano. 𝑛𝑛eetário
terceiro�O �numerado
,�terceiro
𝑎𝑎 O4no
atermo
taxa�,�,� de
terceiro
termo ano
de 5 um
fertilidade
representa 𝑡𝑡, medida
a 18,
termo
representa osdas
���,�,� pelo
eindivíduos
sexo mulheres
representa rácio
𝑠𝑠,
���,�,���
os indivíduos em queos que
noindivíduos
nascem se convenciona
grupo
5que etário
nascem que𝑎𝑎durante
�,�,�
durante

nascem no denotar
�,�,��� ano 1durante 𝑡𝑡, omedidaosexo
��� ano o feminino
epelo
ano �e,�rácio
requer

requer�,� por
maior

maior
� ,�,��� 4 explicação.
explicação. Ele só existe para o primeiro
�1
oerano � 𝑚𝑚
e requer �𝑆𝑆
O𝑠𝑠 número maior
segundo O �
explicação.
termo O O
segundo O O
segundo
�1 segundo
segundo segundo
representa � Ele𝑚𝑚termo termo
termo
sóopara termo
termo
�𝑆𝑆 representa
existe
os indivíduos representa
representa
representa
representa
para � 𝟏𝟏o���osdo primeiroos
os os
os
indivíduos
sexo � indivíduos
indivíduosindivíduos
indivíduos 𝑛𝑛 mesma
grupo
que do
𝑝𝑝 do
do
sexo
𝑆𝑆do
taxado
etário,
estavam sexo
sexo
𝑆𝑆 sexo
sexo
de
𝑠𝑠 que 𝑠𝑠
𝑠𝑠
como
no �que
fertilidade
𝑠𝑠
que𝑠𝑠 que
que
estavam �1 estavam
estavam
estavam estavam
� 𝑚𝑚 e no �no no
mortalidade
grupononogrupo grupo
grupo
�𝑆𝑆 grupoetário etário
etário etário
dasetário
𝑎𝑎, mulheres
�e 𝑎𝑎,
𝑎𝑎, 𝑎𝑎,
que ee
𝑎𝑎,�1 e
quee
que que
que
nele
� nele
de
nele
𝑚𝑚 nele
nele
26 até 29 anos.
�𝑆𝑆 � 𝟏𝟏��� para � 𝑛𝑛o��co
mero or maior de
explicação.mulheres
���,�,�
do
explicação.�Ele 1; desse
𝑛𝑛�Ele
���,�,���
só �de,� asó
existe taxa
grupo,
nados‐vivos
Ele existe
5para de
só fertilidade
considerando‐se
oexiste
para �,�,�
sobre
primeiro das
�,�,���
o1grupo
primeiro
1 número
o mulheres
apenas
primeiro grupo
etário, de no 𝑠𝑠grupo
mulheres
grupo
etário,
como

etário,
�como ,�desse
explicitado etário
�,� como

44grupo,
� �,�,�
,�,���
explicitado

nogrupo
𝑎𝑎explicitado ano explicitado
considerando‐se
5
etário
𝑡𝑡, pelamedida
pela
� 𝑎𝑎, epelo
∈�
função
função
���,�,� que
apenas���,�,���nele
rácio
indicadora 5𝟏𝟏��� ,, ee inclui
inclui �,�,���
�,�,� o somatório, ,�
pela função indicadora
sobrevivem
� até
𝟏𝟏 ao sobrevivem
sobrevivem
sobrevivem , sobrevivem
sobrevivemfinal
e inclui do 𝑆𝑆
𝑆𝑆 até ano.
o até
até �
aoaté
� até
� 𝑖𝑖
aoao
O
somatório, ao
final
�,�,� ao
�1 final
final
�1
terceiro final
final
do
�� do
do
𝑚𝑚 ano.
𝑚𝑚 do do
para ano.
ano.
termo ano.
Oano. � o O
�O
terceiro
�𝑆𝑆
�𝑆𝑆∈� O O terceiro
terceiro
terceiro
representa
conjunto terceiro termo �
𝐹𝐹� termo
termo
termo termo
os
dos �1�1 ��
indivíduos representa
grupos representa
representa
representa
representa 𝑚𝑚𝑚𝑚 os �𝑆𝑆
�𝑆𝑆
que
etários os
os os
indivíduosos
nascemdeindivíduos
indivíduos
indivíduos
indivíduos � � 𝟏𝟏𝟏𝟏 que
durante que
que � que que
nascem
� 𝑛𝑛nascem
nascem
nascem𝑛𝑛nascem durante
𝑝𝑝𝑝𝑝 durante
durante
durante𝑆𝑆
𝑆𝑆 durante �� ∈�
doratil, ou𝟏𝟏seja,
ndicadora do
os𝟏𝟏e𝑎𝑎 ∈, 𝐹𝐹e com
número
grupos inclui de 𝐹𝐹onados‐vivos
ocorrespondentes � �4, …para
osomatório,
somatório, , 10�; �,�,� ào
�,�,� sobre 𝑚𝑚
idade
para
para anúmero
oofértil, taxa
conjunto oudos deseja,
���,�,�
���,�,� de mulheres
𝐹𝐹grupos dos
dos �
���,�,���
���,�,���
𝑎𝑎 Se grupos

grupos 𝐹𝐹 desse
com etários
55𝐹𝐹
for
etários ogrupo,
�número �4, de �,�,�
de…mulheres , 10�; demulheres
considerando‐se
�,�,� �,�,���
�,�,���𝑚𝑚�,�,�
indivíduos em aidade em
taxa
���
��� apenas
no idade
de do
final
fértil, das
�fértil,
� ��,�,� �,�
ano �,�
crianças𝑡𝑡das do grupo
�� crianças
��,�,���
nas- etário
,�,��� nascidas durante
𝑎𝑎, definido como o ai
� 𝑖𝑖,em inclui somatório, conjunto etários de
��� 55maior
�,�,� 𝐹𝐹 𝑆𝑆�,�,�
��� oano
mulheres
���
oosano idade e crianças
requer
fértil, o ano o odas
maior oeano
ano ano
crianças e erequer
erequer
requer
eexplicação.
requer requer maior maior
maior
nascidas maior
Ele só explicação.
explicação.
explicação.
explicação.
explicação. duranteexiste Eleo Ele
para Ele
só Ele
Ele
osósó
existesó só existe
existe
primeiro existe
existe para para
𝑝𝑝para para
grupo para ooO
o aprimeiro oprimeiro
oprimeiro
primeiro
etário, primeiro grupo
como grupo
�grupo grupo
𝑖𝑖degrupoetário, etário,
etário,
etário,
explicitado etário, como como
como como
como explicitado
explicitado
explicitado
explicitado
explicitado
𝑝𝑝ano, sendo proporção
�,�,� �,�,� ����∈� ∈�
ecorresponde
idade
fértil, fértil,
das ao
mortalidade grupos
das
crianças rácio Anascidas
interpretação
do
correspondentes
por número
idade
nascidas
cidas durante
durante e de desta
sexo,
durante àmortes
o oidade que
ano,
ano,equação sobre
ofértil,
corresponde
ano,
sendo criançasou éa𝑝𝑝�,�
sendo relativamente
seja, aa 𝑎𝑎ao
nascidas �
acima
proporção
proporção
�,� ∈ arácio com
proporção
𝐹𝐹 edo simples.
do
numerado
de sexo
de 𝐹𝐹 número
�,� �
crianças de
�4,
𝑠𝑠. …
de primeiro
Finalmente, de
, 10�;
um
nascidas mortes
a 𝑚𝑚
18, termo
doo
�,�,� e a
sobre
sexo
último
sexo taxa do 𝑠𝑠, . alado
deem
termo
Finalmente, direito
que se
representa convenciona
o último as denotar
entradas o
líquidassexo femin
de
pela pela
pela pela
pela
função função
função função
função indicadora , indicadora
eindicadora
indicadora
indicadora �
𝟏𝟏𝟏𝟏 � 𝑖𝑖𝑖𝑖���
𝟏𝟏,𝟏𝟏 ,, inclui
e�,�,� ,, einclui
e inclui
eeanterior
inclui inclui
opara osomatório,
ootinhamoosomatório,
somatório,
somatório,
somatório, para para
para 𝐹𝐹para
para
o ooidade
conjunto oconjunto
conjunto
ogrupos
conjunto conjunto 𝐹𝐹 𝐹𝐹dos
dos 𝐹𝐹dos dosdos
grupos grupos
grupos grupos
grupos etários
etários
etários etários de de dede de
etivoção desta (𝑎𝑎 e 𝑠𝑠); pela
população
mortalidade função
e 𝑖𝑖�,�,�
equação do indicadora
aérepresenta
imigração
relativamente
grupo
por termo líquida
demográfico
idade 𝟏𝟏e���
osrepresenta
indivíduos de
simples.
sexo, inclui
emigração que
respetivo
que
as
𝟏𝟏���
Oentradas ocorresponde
no
primeiro somatório,
���
��� ano
de �,�,�
���
(𝑎𝑎 e líquidas
imigrantes 𝑠𝑠);termo e 𝑠𝑠𝑖𝑖durante
ao � do
de 1;
conjunto
lado
A
aimigrantes
rácio imigração
𝑛𝑛 o um
do direito
�interpretação
ano.
a ano
número
taxa líquidade
Esta
de
durante
dos de desta
fertilidadede
equação o a menos
emigração
mortes
ano.
𝐹𝐹etários
equação
𝐹𝐹
é
das
Esta sobre do de
ligeiramente
mulheres
equação
de
éque oetários
arelativamente limite
no
é diferente
grupo
ligeiramente simples.
etário para O
o primeiro
𝑎𝑎 � no último
ano 𝑡𝑡, medida termoped
grupo
último termo mulheresrepresenta em as
mulheres entradas
mulheres
mulheres
mulheres
idade mulheres fértil, em emem líquidas
em em
idade
das idade
idade idade
idade de
fértil,
crianças fértil, fértil,
fértil, fértil,
das
nascidas das
das dasdas
crianças criançascrianças
crianças crianças
durante
�,�,�
nascidas nascidas
nascidas
nascidas
nascidas
o � ,�
ano, durante durante
durante
sendodurante
durante o 𝑝𝑝 oo
ano, o o
ano,
ano, a ano,
ano,
sendo sendo
sendo
proporção sendo
sendo𝑝𝑝 𝑝𝑝
𝑝𝑝 𝑝𝑝
a
�,�de𝑝𝑝�,� a
a a a proporção
proporção
proporção
�,� proporção
proporção de dede dede
s indivíduos
tivo, entãoindivíduos que
apopulação
populaçãono ano etário anterior
no inferior
final do A tinham
Ademográfico do
ano
interpretação grupo um
do grupoetário
ano de etário
desta idade
𝑎𝑎, e por
equação a isso
menos estavam
é do que
representa
relativamente no o grupo
limite os etário
indivíduos
simples. 𝑎𝑎 �
O 1, que
primeirotendo �,� �,�
no ano sobrevivido.
termo anterior do tinham
lado um
direito ano de idade por menos
a
dodo grupo o interpretação respetivo desta equação
(𝑎𝑎 e a𝑠𝑠);população 𝑖𝑖é�,�,�
econsiderado relativamente
a imigração simples.
líquida de O ),primeiro
emigração oode termo dotermo lado não direito
grupo diferente populacional 𝑡𝑡
para o respetivo, último então
populacional
grupo etário do número
considerado node final (em doque
nados‐vivos ano𝑎𝑎𝑡𝑡�do �,�
sobre19grupo jáo que etário
número segundo de mulheres desse
nãoinclui grupo,

considerando‐se
o fator não
é ligeiramente diferente para último grupo 19 (em 19 que 18), segundo termo

or do grupo eetário
sexo 𝑎𝑎,
𝑎𝑎 indivíduos O
𝑠𝑠 seráedo segundo
pordada
grupoissopor termo
estavam
representa
representa
populacional representa
no os grupo
os indivíduos
indivíduos
respetivo, os
etárioentãoindivíduos 𝑎𝑎que
que � 1, no
no
a do
tendo
ano
ano
população
os grupos sexo anterior que
sobrevivido.
𝑠𝑠
anterior
etário no estavam
tinham
inferior
tinham
final do do um
um
ano no grupo
anogrupo
ano
𝑡𝑡 do de
de etário
grupo etário
idade
idade etário a𝑎𝑎,
a e e
menos
menospor que
à idade fértil, ou seja, 𝑎𝑎 ∈ 𝐹𝐹 com 𝐹𝐹 � �4, … , 10�; 𝑚𝑚1,
𝑎𝑎, isso nele
do
do que
estavam
que
� oo limite
no
limite grupo etário 𝑎𝑎 � ten
que o segundo termo não inclui inclui oo fator fator por
� por não não haver havertransições transições paraocorrespondentes
para ogrupo grupoetário etárioseguinte. seguinte. �,�,� a
ermo representa 𝑎𝑎 e sexo sobrevivem
os indivíduos
𝑠𝑠 será dada doetário até
por sexo
etário aoinferior final
�que estavam
𝑠𝑠inferior dodo doano. grupo
grupo Onoterceiro grupo
etário 𝑎𝑎,
etário termo
etário
𝑎𝑎, e e por
por representa
𝑎𝑎,
O e
isso
isso que
segundo estavamnele
estavam os indivíduos
termo nono grupo
representa
grupo que nascem
etário
etário os 𝑎𝑎
𝑎𝑎 indivíduos
� �
19 1,
1, durante
tendo
tendo do 19
sobrevivido.
sexo
sobrevivido. 1919
19 19que estavam no grupo etár
𝑠𝑠
4 1 4 mortalidade por idade e sexo, que corresponde ao rácio do número de mortes
�até �1 ao � final
𝑚𝑚�,�,�do𝑆𝑆�,�,�ano.
�𝑆𝑆 �Ooterceiro ano
� 𝟏𝟏����
�1 e𝑚𝑚requer termo�OOsegundo segundo maior
representa
𝑛𝑛�𝑆𝑆 explicação.
termo
𝑝𝑝�,�termo 𝑆𝑆��� osrepresenta
indivíduos
Aplicação
representa
�1 � Ele𝑚𝑚só existe
que
do
os
os �𝑆𝑆 nascem
modelo
indivíduos
indivíduos para �oaos
sobrevivem 𝟏𝟏 primeiro
durante
do
do dados
sexo
sexo �até grupo
que
que ao estavam
𝑠𝑠𝑠𝑠demográfico
𝑛𝑛 final etário,
estavam
�� ,� 𝑝𝑝�,� 𝑆𝑆�� ,�,���
do respetivo
ano.
no como
no O terceiro
grupo
grupo explicitado
etário
etário e 𝑠𝑠);termo e e𝑖𝑖e�,�,�
𝑎𝑎,
𝑎𝑎, representa
que
que nele
anele os líquida
indivíduos que n
4 dados população do grupo (𝑎𝑎 imigração de emigr
�,�,��� ���,�,� � ����,�,���
,� ,�,��� �,�,� �,�,��� ���
5 5Ele 1 Aplicação doomodelo 5
aos
uer maior explicação. pela sófunção
𝑆𝑆�,�,� � �1 � 𝑚𝑚���,�,� �𝑆𝑆���,�,���existe � indicadora
sobrevivem
� ∈� para
sobrevivem primeiro
até𝟏𝟏
até ao
ao , e
grupo
final
final
���� �1 � 𝑚𝑚�,�,� inclui dodo o
etário,
ano.
ano. somatório,
OO como terceiro
terceiro
�𝑆𝑆�,�,��� do o para
explicitado
ano termo
termo
� 𝟏𝟏grupo e o
requer �conjunto
representa
representa
� maior 𝐹𝐹 dos
os
explicação.
os
𝑛𝑛�� ,� 𝑝𝑝�,� 𝑆𝑆�respetivo, grupos
indivíduos
indivíduos Ele etários
quequesó nascem
existe
nascem de para durante
durante o primeiro grupo etário, co
éindivíduos populacional então a população no final do ano séries 𝑡𝑡 do grup
��� � ∈� � ,�,���
5 oO somatório,
mulheres � em
modelo idade é ajustado fértil, das
aos O5crianças
dadosmodelo nascidas
demográficos ajustado duranteaos
divulgados dados o ano, demográficos
pelo sendo Eurostat, divulgados
a queproporção conjugam pelo de Eurostat,
séries de que conjugam
indicadora 𝟏𝟏��� , e inclui 𝑖𝑖o�,�,�
o ano ano ee requer para
requer maior o conjunto
maior explicação. explicação. 𝐹𝐹 dos grupos Ele pela
só etários
existe função de
para � indicadoraoo primeiro
primeiro𝟏𝟏grupo 𝑝𝑝 �,� , e etário,
grupo inclui ocomo
etário, como somatório, explicitado para o conjunto 𝐹𝐹 dos gru
eEle só existe para explicitado

observadas 𝑎𝑎para sexo obase será
𝑠𝑠período dada de por
∈�
1960
���
a 2022 comA séries as projeções do cenário base até 2100
ms divulgados
idade fértil,pelo dasEurostat,
crianças1960 que
nascidas�pela aconjugam
𝑖𝑖�,�,�
pela 2022 durante
função
função comséries as oprojeções
indicadora
indicadora ano, sendo 𝟏𝟏𝟏𝟏��� do,,𝑝𝑝 cenário
e inclui
e�,� a proporção
inclui oo somatório,
mulheres até 2100
somatório, de em para (EUROPOP2023).
para oofértil,
idade conjunto
conjunto das 𝐹𝐹 crianças
𝐹𝐹 dos dos grupos grupos da
nascidas populaçãoetários
etários durante de o ano, sendo 𝑝𝑝�,� a
de
ativamenteA simples. interpretação O primeiro desta termo equação doélado relativamente direito (EUROPOP2023).
���
simples. AOséries primeiro termo doem lado direito
2 com as projeções do cenário mulheres base atéem
mulheres em 2100 idade fértil,
idade fértil, das das crianças crianças 1 da população
nascidas
nascidas durante
durante o o ano,
ano,
cada ano4 reportam a 1 de janeiro, sendo necessário
sendo
sendo 𝑝𝑝𝑝𝑝 a a proporção
proporção de
de
nterior tinham
da ano reportam 48
representa um anoosdeindivíduos
A interpretaçãoa 1 de janeiro,
idade desta a menos
sendo que
equação nodoano
necessário
que
é anterior o limite
relativamente introduzir tinhamsimples. oum 𝑆𝑆ano
�,�,� O
desfasamento � primeiro
de
5
idade �1 �de a𝑚𝑚menos umtermo
���,�,� ano �𝑆𝑆
do do que
para lado
���,�,��� oaslimite �
direito �1 �,�
compatibilizarmos
5
�,� 𝑚𝑚 19 �𝑆𝑆
� �,�,� �,�,��� com �a 𝟏𝟏equação��� � dinâmica 𝑛𝑛�� ,� 𝑝𝑝�,� 𝑆𝑆�� ,
isso estavam etário
as compatibilizarmos
noinferior
representa grupoos etário
comdoindivíduos
grupo 𝑎𝑎 �etário
a equação
1,que tendo noesobrevivido.
𝑎𝑎,
dinâmica anoporanterior isso estavam
apresentada tinham nomaisum grupo anoacima. etário
de idade Uma 𝑎𝑎19 �avez 1, menos tendo
que ado sobrevivido.
que o limite
estrutura do modelo não será idêntica à�dos � ∈� modelos
uos do sexo O 𝑠𝑠 que inferior
segundo
etário estavamtermo do no
representagrupoetário
grupo etário os 𝑎𝑎,eepor
indivíduos
𝑎𝑎, queisso nele
do
usados sexo
estavam pelo 𝑠𝑠 que no estavam
Eurostat grupo etário
e no os grupo 𝑎𝑎
dados � � 𝑖𝑖1,
etário
�,�,� tendo
não 𝑎𝑎,
têm e que
sobrevivido.
toda nele a informação necessária 19
19 para o respetivo
utura do modelo não será idêntica à dos modelos
eiro termosobrevivem representa
O segundo os
até
termoindivíduos
ao final
representa do que ano. nascem
os O terceiro
indivíduos durante termo do sexo representa 𝑠𝑠 que os
estavam indivíduos no grupo que nascem
etário 𝑎𝑎, e durante
que nele
toda a informação necessária para o respetivo ajustamento, é necessário fazer
A interpretação desta algumas equaçãohipóteses é relativamente simplificadoras. simples. No que diz respeito
O primeiro termo doaolado
ó existe para o ano o primeiro
sobrevivem e requer até grupo
maior ao etário,
final explicação. do comoOEle
ano. explicitado

terceiro existe
período termo para o
representa
1960‐2100, primeiro
representa os grupo
existeos indivíduos etário,
informação
indivíduos que como
que nascem
parano explicitado
ano o durante
número
anterior de tinham indivíduos um ano por de grupo
idade etário
a menos e sexo
do que
póteses simplificadoras. No que diz respeito ao
o somatório, pela o para
anofunção e orequer
conjunto
indicadora maior 𝐹𝐹 dos explicação.
𝟏𝟏 grupos
, e inclui etários
Ele o só somatório,
(𝑆𝑆 de ), para
existe as para
taxas o o
primeiro
de conjunto
fertilidade grupo 𝐹𝐹 dos
etário,
por
etário inferior do grupo etário 𝑎𝑎, e por isso estavam no grupo etário grupos
grupo como etário etários
explicitado
de de
mulheres em idade fértil (𝑛𝑛 ) e as taxas desobr
o número de indivíduos por grupo etário e sexo ��� �,�,� � ,�𝑎𝑎 � 1, tendo

O Omodelo
ara o grupo modelo
OetárioO Omodelo
modelo Oéseguinte.
émodelo
populacionalO ajustado
ajustadoémodelo
modelo é éajustado
ajustado aos aos
éconsiderado
ajustado dados
ajustado aos
é populacional
ajustado aos
dados dados
aos dados
aos
populacional
populacional demográficos
demográficos aos
dados
(em dados demográficos
demográficos
dados
considerado
que demográficos
demográficos
𝑎𝑎considerado
considerado
� divulgados
divulgados
populacional
demográficos
18), (em jádivulgados
divulgados divulgados
que (em pelo pelo
considerado
divulgados
divulgados
(em o𝑎𝑎que que

segundo pelo
Eurostat,
Eurostat,
pelo 18),
𝑎𝑎 �Eurostat,
𝑎𝑎pelo Eurostat,
�jápelo pelo
que
termo
18), (emque
Eurostat,
18), que que
Eurostat,
já oque
já conjugam
que
Eurostat,
segundo
que
não que
conjugamque
o𝑎𝑎inclui conjugam
oconjugam
que
�segundo
segundo 18), oséries
que
conjugam
termo jáobservadas
séries
fator conjugam
conjugam não�séries
séries
que
termo
termo por observadas
oséries
segundo
nãoséries
inclui
não
não
paratermo
séries
oinclui
inclui fator
o� para
oofator
período
pornão
fator
� �o período
não por
por
de 1960
incluinãonãoo fator dea �1960
2022
por não acom20

observadas o para operíodo
operíodo de 1960 a2022 a2022 (EUROPOP2023).

(EUROPOP2023). A séries
� �
Ada
� população
séries da em
população cada ano
em
elo aos
observadas
observadas
dados
observadas haver para para
observadas
observadas
observadas para
transições
operíodo
período
para opara para
haver
para de de
o
o haver
período 1960
período
otransições
haver de
grupo
1960
período 1960
de aetário
transições
transições a2022
de 19602022
de
paraa1960 1960com
haver
opara
seguinte.
coma com
2022
grupo
para aas
2022
o ocom
as
2022
transições
grupo projeções
com
etário
grupo as comasprojeções
projeções com
as projeções
as
para
seguinte.
etário
etário do
as odo
projeções
projeções cenário
grupo
seguinte.
seguinte. do
projeções docenário
cenário do cenário
do
etário base base
do
cenário cenário até
base
cenário
seguinte. base
até 2100
base atébaseaté
2100 base2100
até
introduzir
2100
até até2100
2100 2100
o desfasamento de um ano paraano as parco
(EUROPOP2023).
(EUROPOP2023). (EUROPOP2023).
(EUROPOP2023). AA
(EUROPOP2023).
(EUROPOP2023).
(EUROPOP2023). séries
séries Ada
A séries Aséries
da população
séries daA da
A população
séries população
séries da população
da da
populaçãoem em
população cadaemcada
população em ano
cada
em cada
ano
em reportam
cada ano
em ano
reportam
cada cadareportam
ano reportam
ano 1a de
a reportam
ano
reportam 1reportam
ade 1a janeiro,
1a de
janeiro,
de 1janeiro,
1janeiro,
ade asendo sendo
1janeiro,
de de janeiro, sendo necessário
necessário
sendo
janeiro, sendo necessário
necessário
sendo sendo introduzir
necessário
necessário
necessário o desfasamento de um
introduzir
introduzirintroduzir Aplicação
introduzir odesfasamento
ointroduzir
introduzir desfasamento
introduzir odo
o odesfasamento omodelo
desfasamento Aplicação
odesfasamento
desfasamento dede
desfasamento aos
um Aplicação
Aplicação
deum do
dados
de anoumde anoum modelo
de para
ano
um dodedo
ano
para
um modelo
um
ano Aplicação
modelo
asano
para aos
para dados
aosas
ascompatibilizarmos
ano
para aos
compatibilizarmos
as para do
dadosdados
ascompatibilizarmos
compatibilizarmos
para as modelo
ascompatibilizarmos
compatibilizarmos
compatibilizarmos aos
com comcom dados a comaequação
equação
com a com aequação
aequação
com adinâmica
equação dinâmica
aequação apresentada
dinâmica
dinâmica
equação dinâmica apresentada mais acima. Uma vez que a estd
dinâmica
dinâmica mais acima. Uma vez que a estrutura
ado aos dados demográficos divulgados pelo Eurostat, que conjugam séries
apresentada mais acima. Uma vez aque aque estrutura usados pelo
usados Eurostat
pelo e os dados
Eurostat e os nãodados têmnão toda têm a
o período
nascidas
apresentada
apresentada
do de
apresentada
sexo 1960
O𝑠𝑠.modelo
mais mais
apresentada
apresentada
apresentada a 2022
Finalmente,
acima.
mais acima.
mais acima.
com
é ajustado
maisUma Uma
Oomais
acima.as
modelo
último
vez
Uma
acima.
Oaos
vez
acima.
projeções
O
Uma
modelo
que vez
modelo
que
éUma
termo
dados
aUmaque
vez
ajustado
estrutura
estrutura
vez avez
que
do estrutura
érepresenta
aque
cenário
Oaos
ajustado
édemográficos
ajustado
ado do
amodelo
estrutura
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modelo dados
aos as
aos
modelo
do
estrutura
base édo modelo
do
entradas
dadosdados
divulgados
modelo
até
ajustadonão
do
demográficos
não
do
modelo será
2100 não
modelo
demográficos
será
modelo não
aos
líquidas
demográficospelo
idêntica
será
não será
idêntica
não
dados idêntica
não
deserá
será
divulgados
Eurostat,
idêntica àidêntica
idêntica
divulgados
divulgados
dos
àdemográficos
serádos
pelo
que
àmodelos
modelos
àidêntica
dos dos à modelos
modelos
àEurostat,
dos
pelo
conjugam pelo
àdivulgados
dos dos
modelos
Eurostat,
Eurostat,
modelos
modelos
que
séries que pelo
conjugam
que Eurostat,
conjugam
conjugam séries que
séries
séries conjugam séries
usados
usados usados usados
pelopelo pelo
Eurostat
Eurostat
pelo
usados Eurostat
Eurostat peloe anoeEurostat
osos edados
Eurostat eos eosdados
dados enão dadoseosnão têm
não não
têm toda
têm têm
toda atêm
toda toda
ainformação
informação
atoda ainformação
ainformação necessária
necessária necessária
necessária para para o para
para orespetivo respetivo
o2022 ajustamento,
orespetivo
respetivo ajustamento, é necessário édonecessário fazer algumas fazeraté hipóteseh
algumas
As séries
durante da população
o ano. usados usados
observadas Esta em pelo pelo
cada
equação Eurostat
para oreportam
observadas éperíodo os
ligeiramente
observadas
observadas
dadosaos
para de
dados
1 dados
de onão
para
1960
não
janeiro,
período
diferente
para
não
têm
observadas
aoo2022
têm
período
período
toda
sendo de paracom
toda
1960 dede o a ainformação
informação
necessário
para ao1960
último
as1960
informação
período
2022
projeções aa2022 com
grupo2022
necessária
dedocom as necessária
necessária1960
com projeções
cenário
para
asasaprojeções
para para
projeções
base
o do ocom
até
ocenário
respetivo respetivo
respetivo
do ascenário
do
2100 projeções
base base
cenário até
base 2100
até cenário
até 21002100base para 2100
ajustamento,
ajustamento, ajustamento,
ajustamento,ajustamento, é énecessário
ajustamento,
ajustamento, é énecessário
necessário énecessário éfazer fazer
é(EUROPOP2023).necessário
necessário
necessário fazeralgumasfazer
algumas
fazer algumas algumas
fazer fazer
algumashipóteses
hipóteses
algumas algumas hipóteses
hipóteses hipóteses simplificadoras.
simplificadoras.
hipóteses
hipóteses simplificadoras.
simplificadoras. simplificadoras.
simplificadoras. No
simplificadoras. No que Noque No diz
que
No que
diz No respeito
diz
No
que diz
respeito
que respeito
que
diz diz período
respeito
ao
diz ao
respeitorespeitoao
respeitoao 1960‐2100,
período
ao ao ao 1960‐2100,existe informação
existe informação o númpara
asamento de um ano para as compatibilizarmos (EUROPOP2023).
(EUROPOP2023). com
A séries Aem a
(EUROPOP2023).da
Asériesequação
séries populaçãoda da dinâmica
população
população Aem séries cada

em emadaano população
1cadadereportam
cada ano anoreportam em
reportam a 1cada ano
denecessário
aajaneiro,
11de dereportam sendo
janeiro,
janeiro, anecessário
1 denecessário
sendo
sendo janeiro, sendo necessário
necessário
nal considerado (EUROPOP2023). (em que 𝑎𝑎 � 18),Ajáséries que oda segundopopulação termo nãocada inclui ano oreportam
fator por não janeiro, sendo (𝑆𝑆 ), as
(𝑆𝑆 taxas ), asde fertilidade
taxas de por
fertilidade grupo por etário
grupo deetá m
período
período período
acima. Uma vezintroduzir período 1960‐2100,
1960‐2100,
período período
que a estrutura1960‐2100,
1960‐2100,
período em existe
existe
1960‐2100,
1960‐2100,
1960‐2100, cada existe
do existe
ano informação
informação
existe
modelo informação
existe
reportam informação
existe informação
não para
informação para
informação
aserá o
para para
onúmero
1desfasamento
de número
para
idênticao o
número
para
janeiro,
introduzir onúmero
para de o
número
àsendode
odos oindivíduos
número de
número de
indivíduos
modelos de
necessário
desfasamento indivíduos
indivíduos de depor
indivíduos
� por
indivíduos grupo
por
indivíduos por
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introduzir
deasas um grupo
por grupo
etário
por etário
por
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ano etário
grupo
oequação eetário
grupoe
sexo
desfasamentoetário
para ascom sexo
e
etário e
sexo
etário
�,�,� esexo e
sexo e
sexo
de
compatibilizarmos
�,�,�sexo
um ano para com a equação dinâmica
o introduzir
desfasamento introduzir
introduzir o de desfasamento o
um o desfasamento
ano para deas um de de ano um um
compatibilizarmos para
ano ano aspara
para compatibilizarmos
com compatibilizarmos
compatibilizarmos
a dinâmica acom
com equação a a equação
equação dinâmica dinâmica
dinâmica
nsições(𝑆𝑆para
(𝑆𝑆 ),o�,�,�
(𝑆𝑆 grupo
(𝑆𝑆
),
as astaxas taxas
),�,�,�as etário
),�,�,�
as de
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de ), seguinte.
de
fertilidade
fertilidade
de fertilidade
fertilidade por por grupo por grupopor grupo grupo
etário etário etário etário
de mulheresde mulheres em idadeem idade
fértil fértil
(𝑛𝑛 e�(𝑛𝑛
)�fértil
e(𝑛𝑛 )as e�)estrutura
e as
taxas mortalidade
etaxas
de de deimplícitas nos dados nosà(𝑚𝑚 �,�,� ). (𝑚𝑚
Consid
stat e os �,�,� dados
�,�,� (𝑆𝑆
�,�,� (𝑆𝑆
não
apresentada
(𝑆𝑆
), as
têm
�,�,� as
taxas
as as
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toda taxas
mais
de
compatibilizarmosade
apresentada
acima.
de fertilidade
fertilidade
fertilidade
informação apresentada
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por com
vez
por por
grupo
necessária ade
grupo
acima.
mais
quemais
grupo
equação mulheres
etário
apresentada de
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Uma
acima.
aacima. para
estrutura
mulheres
etário de dinâmica
vez
Uma Uma oem
de de
mulheres
mais
que
do vez
idade
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respetivo
vez
em
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modelo
em
apresentada
aacima.
queestrutura
fértil
idade
queaaestrutura
em idade
Uma
não
em (𝑛𝑛
fértil
idade
estrutura
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do
será
� �fértil
vez �),�
(𝑛𝑛
mais
�,� fértil
modeloque
do
as
do
idêntica �acima.
,� �
ataxas
(𝑛𝑛
modelo
modelo
� ,� as
,�(𝑛𝑛
�)�à�
não
de
e,�taxas
)será
as
Uma

dos
) as
,�não e de
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não
as
vez
modelos
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do
idênticataxas
mortalidade
será
será
de
que
modelo ade
à estrutura
idêntica
idêntica dosnão implícitas
será
àmodelos
àdos dosmodelosidêntica
modelos
dados
dos modelos �,�,� ).
mortalidade implícitas nos dados (𝑚𝑚 feminino igual
feminino à implícita
igual nos
à implícita dados do
nosodados Eurostat.
do Eu
ecessário
do modelo mortalidade
mortalidade
mortalidade
fazer
aos mortalidade
algumas
dados
usados implícitas
implícitas
mortalidade
mortalidade implícitas
pelodo nos
implícitas
hipótesesmodelo
Eurostatnos
usados dados
nos
implícitas
implícitas dados
não enos
usados
usados dados
simplificadoras.pelo os(𝑚𝑚
nosserá (𝑚𝑚
nos
dados (𝑚𝑚
dados
Eurostat
pelo
dados
�,�,� pelo
�,�,� ).
dados
idêntica).Eurostat
�,�,�Considerou‐se
(𝑚𝑚 No).
(𝑚𝑚
usados
Eurostat
não
�,�,� �,�,�e).
Considerou‐se
(𝑚𝑚 ).Considerou‐se
Considerou‐se
que
àos
têm
�,�,� dos
�,�,� ).edados
diz
pelo).Considerou‐se
Considerou‐se
etoda
osmodelos
os respeito
dados afração
aEurostat
Considerou‐se
anão
dados fração
atêm
informação afração
não ao
usados
não afração
de
e todaade
fração
têmos
têm nados‐vivos
de
afração de
nados‐vivos
fração
dados
pelo atoda
toda
necessáriade nados‐vivos
nados‐vivos
de ade
não
Eurostat
informação do
nados‐vivos
anados‐vivos têm
informação
informação dosexo
para edo
nados‐vivos odosexo
sexo
toda
os
necessáriado
dados sexo
do do
asexo sexo sexotêm
informação
necessária
necessária
respetivo não
para opara
para necessária
toda
respetivo
oorespetivo
respetivo para respetivo
0, existe feminino
feminino
informaçãofeminino
feminino igual
femininoigual à
igual
feminino
feminino para igual
à implícita
implícita
igualà à
igual
o implícita
implícita
igual
à
número nos
à
implícitanos
à dados
nos
implícita
implícita de nos
dados nosdados
indivíduos dados
do
nos do
nos
dados dados do
Eurostat.
Eurostat.
do dados
por do Eurostat.
Eurostat. do Com
do Com
Eurostat.
Eurostat.
grupo base
Com
Eurostat. Com
etáriobase Com nestas
base Combase
nestas
e Combase
sexo nestas
basenestasvariáveis,
variáveis,
base
nestas variáveis,
variáveis,
nestasnestas estimam‐se
estimam‐se
variáveis,
variáveis, estimam‐se
variáveis, estimam‐se volumes
os os
estimam‐se
estimam‐se
estimam‐se os os de
volumes
os imigração
os os de líquida por
imigração grupo
líquida por populaciona
grupo pop
ajustamento, a informação é ajustamento,
necessário requerida
ajustamento,
ajustamento, fazer para
é necessário ééajustamento,
algumas onecessário
respetivo
necessário fazer ajustamento,
hipóteses é necessário
algumas
fazer
fazer algumas
algumas
simplificadoras. hipóteses são fazer
necessárias
hipóteses
hipóteses Noalgumas
simplificadoras.
que hipóteses
hipóteses
simplificadoras.
simplificadoras.
diz respeito simplificadoras.
Nosimplificadoras.
que No Nodiz
ao queque dizdizNo
respeito No ao que
respeito
respeito aoaodiz respeito ao
é ajustado
volumes
volumes aos
volumesvolumes
de dados
de imigração
de de
imigração
volumes
volumes demográficos
imigração
imigração de líquida
líquida
de líquida
imigração
imigração líquida
por divulgados
por grupo
por
líquida grupo por
líquida grupo grupo pelo
populacional
populacional
por por populacional
grupo Eurostat,
populacional
grupo para para
populacional
populacional que esse
para para
esse conjugam
período
esseparaesse
período
para período período
esse (𝑖𝑖 séries
esse (𝑖𝑖 ).
(𝑖𝑖 (𝑖𝑖
).
Com
período
período Com). ).
base
Com (𝑖𝑖Com
base nesta
base). metodologia
base
nesta
Com nesta nestabase metodologia
nesta é possível é usar
possível o modelo
usar o para
modelo simula
para
e fertilidade porvolumes grupo
período etáriode que imigração
1960‐2100, de mulheres
dizperíodo respeito líquida
período
período
existe aoem
1960‐2100, por idade
período
informação grupo
1960‐2100,
1960‐2100, fértil
período
existe populacional
1960-2100,
para(𝑛𝑛 existe
existe
� o )número
� ,�1960‐2100,
informação einformação
as
existe para
taxas
informação deesse
para de
existe
informação opara
para
indivíduosperíodo
número
�,�,�informação
oopara
�,�,� (𝑖𝑖de
número
número
�,�,� por
�,�,� o(𝑖𝑖grupo
�,�,� número
�,�,� ).para
indivíduos
de
�,�,� ). indivíduos
Com
de Com obase
de
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etário base
número
por enesta
indivíduos nesta
grupo
sexopor de grupo
por indivíduos
etário
por
grupo grupo e sexo
etário
etário por eesexogrupo
sexo etário e sexo
as parametodologia
o período
metodologia metodologia
metodologia éde é
metodologia
metodologia
metodologia 1960
possível
possível é é
possível
é ausar
possível
é 2022
usar
possível é o
usar
possível
possível ocom
usar
modelo modelo
usaro usar o as
modelo modelo
usar
o projeções
para
o
modeloparao
modelo para
simular
para
modelo simular
para do
simularsimular
para cenário
trajetórias
trajetórias
para
simular simular trajetórias
trajetórias
simular base alternativas
alternativas
trajetórias
trajetórias
trajetórias atéalternativas
alternativas 2100 para para
alternativas
alternativas
alternativas a
para para
a população
população
para a a fazendo
população
população
para para
a a a hipóteses
fazendo
população
população
população diferentes
hipóteses das do cenário
diferentes das do cenáribase e
citas nos dados (𝑚𝑚
(𝑆𝑆�,�,��,�,� ).
), asetário Considerou‐se
taxas edesexo (𝑆𝑆 ),
(𝑆𝑆(𝑆𝑆
fertilidade
�,�,� (�,�,�as a
taxas fração
),),),as astaxas
por
as detaxas
grupo
taxas de (𝑆𝑆
fertilidade
de de
de ),
nados‐vivos
fertilidade
fertilidade
etário
�,�,� fertilidade as por taxas
de mulheres grupopor
pordo de
porgrupo fertilidade
sexo
etário
grupo
grupo em de
etário
etário
etário idadede por
mulheres de de grupo
fértil mulheres
mulheres
mulheres em etário
(𝑛𝑛�� ,� )em idade eem
em de mulheres
fértil
idade
asidadetaxasfértil
idade (𝑛𝑛
fértil
de��e,�(𝑛𝑛
fértil )em e
( (𝑛𝑛 as idade
taxas fértil
) )eeasastaxas
� ,� detaxasde (𝑛𝑛 � � ,� ) e as taxas de
de
P2023).fazendo
Afazendo
séries da população em cada ano �,�,�
reportam a 1 de janeiro, sendo necessário mortalidade ��
imigração
�,� líquida. Esses exercícios faz
fazendofazendo hipóteses
hipóteses dohipóteses
hipóteses
fazendo
fazendo diferentes
diferentes
hipóteses
hipóteses diferentes
diferentes das das do
diferentes
diferentes das do das
cenáriocenário
do do das cenário
cenário
das base
do base
do em
base
cenário base
em
cenário termos
em termos
baseem termos
base termos
de de
em taxa taxa
de termos dede
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de fecundidade,
de
de de
fecundidade, fecundidade,
fecundidade,
taxa de taxa taxa
fecundidade, de
taxa taxa
de detaxa mortalidade
de taxa dea do e imigração líquida. Esses exerc
mplícita nos dadosfazendo
mortalidade hipóteses
Eurostat.
taxas de
implícitas diferentes
Com
mortalidade
mortalidade base nos nestas
mortalidade
mortalidade dasimplícitas
dados do
implícitas cenário
variáveis,
mortalidade
implícitas
implícitas
(𝑚𝑚 nos
nos ).com base
dados
dados
nos estimam‐se
nos
Considerou‐se em
dados (em
dados termos
implícitas
(𝑚𝑚 termos
(𝑚𝑚 ).os
).(𝑚𝑚 de
nos
aConsiderou‐se
Considerou-se
fração).de
taxa
).dadostaxa dede
de
Considerou‐se
Considerou‐se (𝑚𝑚 afecundidade,
fecundidade,
afração
nados‐vivos
�,�,� ). aConsiderou‐se
fração ade de
fração taxa
do de dede
nados‐vivos
nados-vivos
fração de
sexo fração
nados‐vivos
nados‐vivos do
sexosexo de
do donados‐vivos
sexosexo do sexo
o desfasamento
mortalidade
mortalidade mortalidade
mortalidade de um
e populacional
imigração
emortalidade
imigração ano
e imigração
e imigração para elíquida.
elíquida. as
líquida. Essescompatibilizarmos
líquida. Esses Esses
exercícios
exercícios
Esses exercícios
exercícios
�,�,�
fazem fazem fazem a
parte equação parte
do
�,�,�
corpo do dinâmica
�,�,�
�,�,�
corpo
deste deste
trabalho. trabalho.
ção líquida por grupo mortalidade
mortalidade
feminino
e imigração
feminino
iguala estrutura àfeminino
imigração
imigração para
igual
implícita àlíquida.
feminino
feminino esse igual
implícita
nos
líquida.
líquida. período àEsses
igual
dados
Esses
implícita
igual
nos Esses
exercícios
à(𝑖𝑖
àfeminino
dados
do �,�,� ).fazem
exercícios
exercícios
nos
implícita
implícitaEurostat. Com
do
parte fazem
igual
dados
nos nos
Eurostat.basedo
parte
fazem
Comàfazem corpo
parte
do
dados
dados
do
nesta
implícitaparte parte
Eurostat.
Com
base do dodeste
corpo
dobase do
nestas
corpo
nosdo
Eurostat.
Eurostat.
trabalho.
deste
corpo
Comcorpo
nestas deste
dados trabalho.
variáveis,
deste
base
Com
deste
Com do trabalho.
variáveis, nestas
base
trabalho.
trabalho.
Eurostat.
base Educação
estimam‐se variáveis,
nestas
nestas
estimam-se Com no
osbase modelo
variáveis,
variáveis,
Educação nestas
estimam‐se
os volumesno estimam‐se
estimam‐se
modelo variáveis,
os ososestimam‐se os
da mais acima. Uma vez que do modelo não será idêntica à dos modelos
ssível Educação
usar o modelovolumes para de simular
imigração volumes trajetóriasvolumes
volumes
líquida de imigração
poralternativas
de deimigração
imigração
grupo volumes
líquida para
populacional de
por grupo
líquida
líquida a população
imigração
porpor para grupopopulacional
grupo líquida populacional
populacional por paragrupo esse
para para populacional
período
esse
esse (𝑖𝑖nesta
período
período para
�,�,� ). Com esse
(𝑖𝑖(𝑖𝑖�,�,� período
).).base
Comnesta
Com base
base (𝑖𝑖�,�,�
nesta
nesta ). Com base nesta
elo Eurostat Educação eEducação
Educação Educação
os no
noEducação
dados modelo
modelo
no
Educação no de
modelo
no
não noimigração
modelo no
modelo modelo
têm modelo toda a informação necessária para oesse respetivo período (𝑖𝑖
( �,�,� ).). Com
Asbase projeções As demográficas
projeções
�,�,�
demográficas podem ser podem generalizadas
ser gener
diferentes das metodologia do cenário base é possível em
metodologia termosmetodologia
metodologia de
usarsimplificadoras. oé modelo taxa
possível de
éépossível fecundidade,
metodologia
usar No
possível
para ousar
simularusarmodelo é
oomodelo taxa
possível
modelo para
trajetórias de usar
simular
parapara o modelo
simular
simular
alternativas trajetórias para
paraalternativas
trajetórias
trajetórias simular trajetórias
alternativas
alternativas
a população para para apara alternativas
população
aapopulação
população para a população
nto, é As necessário
As AsAs
projeções
projeções projeções fazer
projeções demográficas algumas
demográficas demográficas
demográficas hipóteses
podem podem podem podem
ser ser ser
generalizadas
generalizadas
ser generalizadas
generalizadas a a
outras outras
a que
a
outras outras diz
dimensões,
dimensões, respeito
dimensões,
dimensões, como como aocomoa como
a educação.
educação. a a
educação.educação. Este trabalho
Este Este Este apresenta
trabalho alguns
apresenta desenvolvimentos
alguns desenvolvimento nesse
gração líquida. As
Esses As
fazendo As projeções
projeções
projeções
exercícios hipóteses fazem demográficas
demográficas
demográficas fazendo parte
fazendo
fazendo
diferentes hipótesespodem do podem podem
corpo
hipóteses
hipóteses
das ser
do ser
diferentes ser
generalizadas
deste
fazendo
cenário generalizadas
generalizadas
trabalho.
diferentes
diferentes hipóteses
das
base do ema
dasdas a
outras
cenário
do
termosa
outrasoutras
diferentes
docenário dimensões,
base
cenário de dimensões,
dimensões, emdas
base
taxa base como
do
termos
de em emcomo
cenáriocomo
termos
fecundidade, a a
educação.
de taxa
termos abase
deeducação.
educação.dede taxaem
taxa Este Este
termos
fecundidade,
taxa de Este
defecundidade,
de de taxa
fecundidade, taxa de de
taxa fecundidade,
taxa dede por grau taxa de
960‐2100, existe informação Educação para o no número modelo de indivíduos por grupo etário e sexo sobreposição sobreposição de uma classificação
de uma classificação de ensi
trabalho
trabalho trabalho
trabalho apresenta
apresenta
trabalho
mortalidade trabalho
trabalho apresenta
apresenta apresenta alguns
alguns alguns
eapresenta
apresenta imigração
alguns desenvolvimentos
desenvolvimentos
alguns
mortalidade alguns desenvolvimentos
desenvolvimentos
alguns
mortalidade
mortalidade líquida.desenvolvimentos desenvolvimentos
edesenvolvimentos
imigração eem
Esses nesse nesse
mortalidade
eimigração
imigração nesse
líquida.
exercícios
nesse
sentido.sentido.
nesse sentido.
nesse esentido.
Esses
líquida.
líquida. fazem A
nesse AEsses
sentido.
imigração AA
estratégia
estratégia
sentido.sentido.
exercícios
Esses
parte
estratégia
estratégia
Aexercícios
exercícios
do estratégia
líquida. fazemadotada
adotada
Acorpo A adotada
estratégia
estratégia Esses adotada
parte
fazem
fazem
deste assenta
adotadaassenta
adotada
exercícios
do
parteparte
trabalho.
assenta
assenta
adotada
corpo na naassenta
assenta
do do na
fazem
deste
corpo
corpo na
assenta na nanatrabalho.
parte
trabalho.
deste
deste do corpo
trabalho. deste trabalho. por grau
taxas sobreposição
elo desobreposição
fertilidadesobreposição por grupo
Asde etário
projeções
uma de mulheres
demográficas
classificação por depodemgrauidade de fértil
ser (𝑛𝑛
generalizadas ) e as taxas
aosobre
outras de dimensões, descrito
como a educação.anteriormente.
descrito A estra-O pontoOde
anteriormente. pontopartidade consis
partid
sobreposição dedeuma uma
de classificação
classificação
uma classificação por porgrau por grau grau de ensino ensino
de deensino
ensino concluído
concluído concluído
concluído sobre sobre sobre omódulo
módulo
osobre osobre
móduloomódulo odemográfico
demográfico
o demográfico demográfico

sobreposição sobreposição
sobreposição de de
uma de uma uma
classificação classificação
classificação por por por
grau grau grau de
ensinode ensino ensino
� ,�concluído concluído
concluído sobre módulo módulo módulo demográfico
demográfico
demográfico
de implícitas
descrito nos Educação
descrito dados
anteriormente. (𝑚𝑚
anteriormente.no
tégia modelo ).
Educação
adotada
O Oponto Considerou‐se
OO Educação
Educação assenta
ponto no modelo no
denano a fração
Educação
modelo
modelo
sobreposição
departida de
consiste nados‐vivos
no de modelo
em uma do
classificação
classificar sexo a apopulação por grau de
por ensino
ensino
degrau completo
ensino
de ou por
de dedecompleto ou por número de anos
concluído sobre número de anos de esc
ográficas descrito descrito
podem anteriormente.
descrito
ser anteriormente.
descrito
descrito
generalizadas anteriormente.
anteriormente.
anteriormente.
�,�,�
a ponto
outras ponto Ode deOpartida
ponto O departida
ponto
dimensões, ponto partida consiste
de consiste
de
partida
como consiste
partida
partida em
aconsiste em
educação. classificar
classificar
em
consiste
consiste classificar
em em
Este em
classificar apopulação
aclassificar população
a população
classificar a por
populaçãoa porpopulação
população grau
por grau grau
por de
por por
grau de grau grau
igual àensino
implícita nos dados do Eurostat. Com base nestas variáveis, estimam‐se os evoluções de educação diferenciadas por sexo.porO
a algunsensino ensino ensino
desenvolvimentos completo
completo
ensino ensino
As projeções
completo
completo
ensino ou
completo o ou por
módulo
completo por
ou
completo
nesse ounúmero
por por
número
Asouprojeções
demográficas
ou número
demográfico
por
sentido. oupor número
AsAsprojeções
de
por
número
projeções
de anos
Anúmero
podem
anos
de
número
estratégia
demográficas
deanos
descritodedeanosde
de
As anos
demográficas
demográficas
ser
anosde
escolaridade
escolaridade
dede adotada
projeções
generalizadas
deescolaridade
escolaridade
anteriormente.
anos
podem de deassenta
podem
escolaridade
escolaridade
demográficas
ser
podem aCom
concluídos,
concluídos,
O concluídos,
escolaridade ponto
generalizadas
outras ser ser na concluídos, de
concluídos,
generalizadas
generalizadas
dimensões,
não não
partida
concluídos,
concluídos,
podem se
não
a outras
não
seserdistinguindo
se
consiste
não
aaoutras
como
sedistinguindo
distinguindo
não
generalizadassedistinguindo
não
dimensões,
outras
se em
distinguindo
a educação.
classificar
sedistinguindo
dimensões,
dimensões, aevoluções
distinguindo
como outras
Este
a população
acomo
como
de educação
dimensões,
educação.
aaeducação.
educação. Estecomo Este
Este adiferenciadas
educação. Este
de imigração líquida por grupo populacional para esse período (𝑖𝑖 ). base nesta educacionais educacionais considerados, considerados, cuja escolha
cuja foi
escolhaguiada
evoluções
evoluções evoluções
evoluções de
evoluções de educação
de
evoluções
evoluções de
educação de
por deeducação
educação de de
educação
grau diferenciadas
diferenciadas
educação
de educaçãoensinodiferenciadas
diferenciadas diferenciadas por porsexo.
diferenciadas
diferenciadas
completo por por
sexo.
opor
ou porsexo.
Opor
sexo. Osexo.
quadro
por quadro
númeroOsexo. O sexo.Oquadro
quadro C2.1
O C2.1
quadro
de Oquadro
anos quadro C2.1
apresenta
C2.1 apresenta
C2.1
de apresenta
C2.1apresenta
C2.1 os
apresenta
escolaridade os setesete
os
apresenta
apresenta os sete
grupos
grupos
sete os
Aosestratégia
concluídos, grupos
os
sete grupos
sete sete
grupos grupos
não grupos
se distinguindo nafo
�,�,�
uma classificação por
trabalho grau apresenta ensino trabalho concluído
trabalho
trabalho
alguns apresenta sobre
apresenta
apresenta
desenvolvimentos trabalho
alguns módulo desenvolvimentos
alguns
alguns nesse demográfico
apresenta desenvolvimentos
desenvolvimentos
sentido. alguns Anesse desenvolvimentos
estratégia nessesentido.
nesse sentido.
sentido.
adotada Anesse
Aestratégia
assentaestratégiasentido.
adotada
na adotada Aassenta
adotada estratégia na adotada
assenta
assenta nana assenta
gia é possível
educacionais
educacionais usar
educacionais
educacionais o modelo
considerados,
considerados,
educacionais
educacionais considerados, para
considerados, simular
cuja cuja
considerados,
considerados, escolha
cuja cuja
escolha trajetórias
escolha escolha
cuja foi
cujafoi guiada
foi
escolha alternativas
guiadafoi
escolha guiada guiada
por
foifoi por foi algumas
por
guiada por
algumas
guiada para
algumas algumas
por a população
caraterísticas
caraterísticas
por algumas caraterísticas
caraterísticas
algumas do do sistema
sistema
caraterísticas
caraterísticas do do sistema ensino
sistema
de
do de
do de português,
sistema
sistema ensino
de de a
português,
dedemográfico que correspondem
a que correspondem determinado dete
mente. O pontoeducacionais de
sobreposiçãopartida evoluçõesconsiderados,
consiste
desobreposição
uma
deem educação
sobreposição
sobreposição
classificaçãoclassificar cuja de escolha
diferenciadas
uma ade
de
por população
sobreposição
classificação
umauma
grau
guiadapor
classificação
classificação
de ensino
sexo.
por por
de
por grau O
uma algumas
grau Quadro
por
concluído de
por classificação
de
graugrau
caraterísticas
C1.1
ensino de
sobredeensino apresenta
opor
concluído
ensino módulo grau doossobre
concluído
concluído desistema
sete ensino
demográfico
grupos
osobre
sobre
de
módulo educacionais
concluído
oomódulo módulo sobre o módulo demográfico
demográfico
demográfico
ipóteses diferentes ensino das
português, do cenário base
acorrespondem
que a correspondem em termos de taxa de fecundidade, taxa de de escolaridade de escolaridade completos. completos.
ensino
ensino ensino português,
português,
ensino português,
ensinoensinoportuguês, ade que
aportuguês,
que
português,
considerados, correspondem
aescolaridade
que a que correspondem
acuja
que que
correspondem correspondem
correspondem determinados
determinados foideterminados
determinados valores
determinados
determinados
determinados valores valoresvalores
de valores
nocionais
nocionais valores nocionais
nocionais
valores para para
Onocionais
nocionais nocionais opara
o número
para número
para opartida
o sistema
número
para número
para
o de ode
número anos
ode
númeroanos
de
númerodeanos
ade
anosde
anos deanos anos
ou por
de e imigração
número de
descrito
líquida.
anos
Esses anteriormente.
exercícios
descrito descrito
descrito
fazem O escolha
anteriormente.concluídos,
ponto parteanteriormente.
anteriormente.de dopartida
guiada
descrito não
O
corpo deste
ponto por
seconsiste algumas
OOdistinguindo
anteriormente.ponto
ponto partida
trabalho. em de caraterísticas
de consiste
partida
partida
classificar ponto ado
consiste
consiste emde
população classificar
em emclassificar ensino
consiste
classificar
por população
grau aportuguês,
aem
de população
população poragrau
classificar que
porpora grau
população
de graude de por grau de
de de
ucação diferenciadas de
escolaridade
escolaridade
de de escolaridade
escolaridade
de de completos.
completos.
escolaridade
escolaridade
escolaridade completos.
completos. completos.
completos.
completos.
ensinopor completo sexo.ensino
correspondem Oouquadro ensino
ensino
por determinados
completo número C2.1 completo
completo apresenta
ou deensino porvalores
ou
anos ounúmeropor poros número
de nocionais
completo sete
número de grupos
escolaridade para
ou
anos de depor o
de
anos número
anos número
escolaridade
concluídos, de de
deescolaridade anos
denão
escolaridade anos de
se de
concluídos, escolaridade
Adistinguindo
abordagem
escolaridade
concluídos,
concluídos, Anãoabordagemcompletos.
senãonãoutilizada
concluídos,
distinguindo
sesedistinguindoconsiste
distinguindo
utilizada seemdistinguindo
não consiste estimar
em esti os
iderados,
no modelo cuja escolha foi guiada evoluçõespor algumas
evoluções
evoluções de caraterísticas
educação
de de evoluções
educação
educação diferenciadas do de sistema
diferenciadas
diferenciadas educação por de sexo.
por diferenciadas
por O
sexo.
sexo. quadro Ocom
Omatrizes por
quadro
quadro C2.1 markoviana
sexo. apresenta
C2.1C2.1 O quadro
apresenta
apresenta descrevendo
os C2.1
seteosos grupos a
apresenta
setegrupos
sete fração
grupos os
Π sete de indivídu
grupos
A Aabordagem
A Aabordagem
abordagem Aevoluções
abordagem Aabordagem
Aabordagem utilizada
utilizada
abordagem de
A utilizada
abordagem educação
utilizada
utilizada consiste
consiste utilizada
utilizada consiste
consiste utilizada diferenciadas
em
consiste em
consiste estimar
em
consiste em
estimar
consiste
emestimar
emestimar
os
em por
os
estimarem sexo.
parâmetros
estimar os
estimar os
parâmetros
estimar parâmetros
os osOparâmetros
parâmetrosos
os quadro de dematrizes
parâmetros
parâmetros
parâmetros de C2.1
dematrizes
matrizes de deapresenta
matrizes
de com
de
matrizes com
matrizes com
estrutura osestrutura
estrutura
com comcomsete
estrutura
com grupos
estrutura markoviana
estrutura
estrutura
estrutura markoviana descrevendo a fração
� |�,� Π� � |�,� de

a quemarkoviana
correspondem determinados valores nocionais para
educacionais o cuja número de
considerados, anos cuja escolha foi guiada
no ano por algumas
seguinte, caraterísticas
estarão no nível do sistema de
ões markoviana
markoviana educacionais
markoviana descrevendo
descrevendo
markoviana
markoviana
markoviana
demográficas podem ser generalizadas�a |�,� descrevendo
descrevendo
descrevendo aeducacionais
considerados,
a
fraçãofração
descrevendo
descrevendo
descrevendo a educacionais
educacionais
a
fração
a Πfração
a Π
fração �a
fração cuja

�outrasa considerados,
fração
Π |�,� de
fração
Π �
� |�,� de
Π � Π considerados,
considerados,
escolha
indivíduos
de
� dimensões,
|�,��
� |�,� Π de
indivíduos

� |�,� de
de foi
indivíduos
indivíduosde guiada
da
de
indivíduos
indivíduos da
� |�,� como a educação. Este
� faixaescolha
cuja
indivíduos
indivíduos cuja
faixa
da dapor escolha
dafaixa
etária
faixa etária
da da foi
escolha
algumas
etária
faixa da guiada
etária
faixa
𝑎𝑎
faixa e
faixa
𝑎𝑎 foi
etária e foi
grau grauguiada
e
etária
𝑎𝑎
etária por
guiada
caraterísticas
de
etária
𝑎𝑎 e
grau
𝑎𝑎 degrau
e ensino
𝑎𝑎 algumas
e
grau
epor
𝑎𝑎 por
ensino
de de
e
grau ensino
grau grau
de 𝑒𝑒algumas
algumas
do
ensinoque,
𝑒𝑒
de caraterísticas
que,
de
ensino
de sistema
ensino
𝑒𝑒 que,
ensino
𝑒𝑒
ensino que,
𝑒𝑒 caraterísticas
caraterísticas
no
que,
𝑒𝑒 de
que,
𝑒𝑒 ano
que,
que, do sistema
do do
seguinte,
no ano sistemade
sistema estarão dede noeducacional
nível educa
ompletos. ensino português, ensino
a educacional
que correspondem português, apodemos
que
determinados correspondem valores odeterminados
nocionais para valores nocionais para o número de anos
apresenta nonoano noano
alguns noanonoensino
ano
seguinte,
seguinte,
no no
ano ano
desenvolvimentos
português,
seguinte,
seguinte, ano estarão
estarão
seguinte,
seguinte, estarão
seguinte,
seguinte, ano
estarão que
no
estarão
estarão ensino
ensino
nível
estarão
nesse no correspondem
nível
estarão nosentido.
no português,
português,
nível
educacional
educacional
nível nonível no
nível educacional
nível Anível
educacional
educacionalaque
estratégia
que
aeducacional
determinados
educacional
𝑒𝑒𝑒, 𝑒𝑒𝑒, que correspondem
correspondem
𝑒𝑒𝑒,que 𝑒𝑒𝑒, que
podemos
que
, que
𝑒𝑒𝑒,
adotada
valores
podemos
𝑒𝑒𝑒,que 𝑒𝑒𝑒, podemos
podemos
queassentaque determinados
determinados
nocionais
representar
representar
podemos podemos representar
podemos
na representar para
representar por valores
valores
por
representar
representar
representar número
Πpor
por�Π
�Π
por�
� pornocionais
nocionais
��
Π Πde
por
� |�,�
� �
�Π�anos
por�
�Π
� ��opara
���,���
número
Π�para
� �

|�,� ��,ooem
���,��� �
de
número
número que,anos 𝑖𝑖de
, em e anos
de que indexam
𝑗𝑗 anos linhas
𝑖𝑖 e 𝑗𝑗 indexam e linh
co
de escolaridade de
completos.escolaridade
de de escolaridade
escolaridade completos. de escolaridade completos.
completos.
completos.
ilizada
ção de�Π consiste
�Π
uma ����� �em
�� ��Π
classificação
� |�,�
� � |�,� |�,� ��Π
|�,� ,|�,� �,|�,�
���em
estimar
�������,���
�� |�,�
�Π �em
por que
� ,� �em
,queemos
� , em
grau 𝑖𝑖quee𝑖𝑖que
� , de
e𝑗𝑗e
parâmetros
�em,que𝑖𝑖em eque
𝑗𝑗ensino 𝑗𝑗e𝑖𝑖que
𝑖𝑖indexam
indexam e𝑗𝑗𝑖𝑖 indexam
indexam linhas
𝑗𝑗ede
𝑗𝑗econcluído
𝑖𝑖indexam linhas
linhas linhas
𝑗𝑗 indexam
indexam elinhas
matrizes ee colunas,
colunas,
linhas
sobre linhas e com
e colunas,
colunas, linhas oecolunas,
colunas,
módulo respetivamente.
respetivamente. colunas,
colunas, respetivamente.
respetivamente.
eestrutura
erespetivamente. respetivamente.
demográfico Se
respetivamente.
respetivamente. SeSeooSe Se
ovetor‐linha oSe
vetor‐linha
oSevetor‐linha
vetor-linha ovetor‐linha
Se oℎ�ℎ
o vetor‐linha
vetor‐linha contiver
vetor‐linha
contiver � ℎ�ℎcontiver
� ℎo�ℎnúmero
oℎ�número � o número de de indivíduos
de indivíduos do grupodoetário grupo𝑎𝑎 en
���,���
���,��� ���,��� ���,��� ���,���
���,���
evendo a
nteriormente. fração Π
OAnúmero
oponto de
ode indivíduos
indivíduos
partida A do da
consiste
abordagem grupo faixa emetária
etário 𝑎𝑎
classificar
utilizada Aenos grau diversos
abordagem de
a𝑎𝑎etário
consiste ensino
população grupos
𝑎𝑎em 𝑒𝑒
utilizada que,
por
estimar educacionais,
grau consiste os de parâmetroso em produto oestimar matricial
dematricial os
matrizes ℎ
oparâmetros Π
� com
matricial irá conter
conter
Πde
estrutura a
matrizesfração
conter acom de indivíduos
estrutura em
contiver
contiver contiver
contiver ocontiver abordagem
�número
o o número
número
contiver de ode utilizada
o indivíduos
indivíduos
de
número de indivíduos AAde
indivíduos do do abordagem
abordagem
consiste
grupo grupo
do
indivíduos do grupo grupo em
etário
etário do utilizada
utilizada
etário estimar
𝑎𝑎etário
nos
grupo nos diversos
nos consiste
consiste
nos
diversos
etário osdiversos 𝑎𝑎parâmetros
diversos
grupos
nos em
grupos em grupos
diversosgruposestimar
estimar de
educacionais,
educacionais, educacionais,
grupos ososeducacionais,
matrizes
educacionais, oparâmetros
parâmetrosproduto
educacionais, com
produto
o produto ode
o estrutura
o produto de matrizes
matrizes
produto � ℎ� comcom � irá estrutura
estrutura fração de indiví

contiver
|�,� númeronúmero de de
indivíduos indivíduos do dogrupo grupo 𝑎𝑎etário 𝑎𝑎 𝑎𝑎 nos nos diversos diversos grupos grupos educacionais, produto produto
estarão
mpleto ouno
matricial
matricial por nívelnúmero
ℎmarkoviana
matricial
matricial educacional
iráℎΠirá ade fração anos
Πdescrevendo
conterirá conterde
ade
𝑒𝑒𝑒,
markoviana aque
indivíduos
fração escolaridade
markoviana
markoviana
a de afraçãopodemos
de adescrevendo emde
indivíduos cada markoviana
representar
concluídos,
descrevendo
descrevendo
indivíduos grupo
aindivíduos
de
em fração
indivíduos
cada em acada descrevendo
aeducacional
não por
fração
fração
Π
cada
grupo se daΠ distinguindo
de
grupo faixa�
educacional nogrupo aetária
indivíduos
de defração
ano
educacional seguinte.
indivíduos
indivíduos 𝑎𝑎no Π
da
e no faixa
grau
�ano no da da de
Naturalmente,
de
ano etária
seguinte.faixa
faixa Naturalmente,
indivíduos
ensino
seguinte. e𝑒𝑒grau
etária
etária
𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎da
estas
eede
Naturalmente,
que, faixa
graugrauestasdeetária
matrizes
ensino matrizes
deensino 𝑎𝑎 e𝑒𝑒grau
que,
𝑒𝑒estas
ensino terão
𝑒𝑒matrizes
que,que, diversas
de ensino restriç
que,
terão𝑒𝑒diversa
�ℎ
matricial��matricial
Πℎ
matricial �ℎ�conter
Π�iráℎ ℎΠconter
irá�Π airá fração
�conterirá conter fração
conter indivíduos
fração ade
fração indivíduos
fraçãoΠde � �de deem cada
indivíduos
indivíduos em em grupo em �em
�cada grupoeducacional
Π
cada Πcada
grupo educacional
grupo no
educacional
educacional ano
educacional seguinte.
anono no seguinte.
ano no ano ano
seguinte. seguinte.
seguinte.
� |�,�
� � �� � |�,� |�,� �� ��|�,�� |�,�

emdeque educaçãoe indexamdiferenciadas linhas terão e por


diversas
colunas, sexo. O
restrições,
respetivamente. quadro C2.1
impostas, no Seapresenta
ano entre
o vetor‐linha
seguinte, outras os sete
razões,
estarão grupos por no (i) não
nível ser educacionalpossível não ser
regredir possívelque nos regredir
graus
podemos de nos graus de ensino já alcan
� representar pordeΠensino
𝑖𝑖 𝑗𝑗
Naturalmente,
Naturalmente, Naturalmente,
Naturalmente, noNaturalmente,
Naturalmente, ano estas estas
Naturalmente, seguinte, estas
matrizes
matrizes
estas estas estasmatrizes
matrizes
no ano
estas terão
estarãono terão
no
matrizesmatrizes terão
matrizes
ano ano terão
diversas
diversas
seguinte, no terão diversas
diversas
seguinte,
terão
seguinte,
nível terão restrições,
restrições,
estarão
diversas restrições,
restrições,
diversas
diversas estarão
estarão
educacional no impostas,
restrições, impostas,
nívelrestrições,
restrições,
no no𝑒𝑒𝑒, impostas,
impostas, nível
nível ℎ
entre
educacional
impostas,
que entre entre
impostas,
impostas,educacional
educacional
� podemos entre
outras
outras entre outras
𝑒𝑒𝑒,entre outras
razões,
que
entre razões,
outras
representar razões,
outras
𝑒𝑒𝑒,
𝑒𝑒𝑒, razões,
podemospor
outras
que que por
razões, (i)
por
podemos (i)por
razões,
podemos
razões,
por por não
(i)𝑒𝑒𝑒,
Π(i)
representar
por�(i)por ser
(i) (i)possível
�representar
representar por Πpor regredir
por �ΠΠ��� nos
� graus � �
concluir os graus de ensino se o indivíduo não ℎ�tiv
oais
de considerados,
nãonão
indivíduos ser
nãoser não �Πser
possível
possível
ser
não
do nãocuja
gruponão
ser possível
possívelser escolha
regredir
� � |�,� �etário
ser
possível ensino
regredir regredir
regredir
possível
possível nos ,foi

nos
�Π em
nos guiada
alcançados
�graus
�nos
regredir
𝑎𝑎�regredir nos
graus
regredir
que
�Π �Π
diversos
|�,� �nosde
graus ��|�,�
����,���
de
�nos
por
𝑖𝑖graus
|�,� nos
graus �por
�ensino
eensino 𝑗𝑗de algumas
graus de
,graus
�indexam
grupos um
ensino
de
em ensino
já já
de alcançados
�Π
ensino
,que de
� ,em
já caraterísticas
indivíduo,
ensino
em já
alcançados
�ensino
𝑖𝑖que
�linhas
�educacionais, |�,� alcançados
alcançados
ejá
que (ii)
�𝑗𝑗alcançados
���,���
por
𝑖𝑖já
já𝑖𝑖eindexam não
epor
𝑗𝑗o𝑗𝑗um ,por
alcançados
alcançados
ecolunas, do
ser
em
um
indexam
�indexam
produto por por
linhassistema
possível
que
indivíduo,
um um
indivíduo,
por um indivíduo,
indivíduo,
por𝑖𝑖eum
linhas
linhas
respetivamente. de
concluir
eindivíduo,
(ii)
um
colunas, eindexam
(ii) não
𝑗𝑗indivíduo, não
(ii)
indivíduo,
ecolunas, (ii)
ser
colunas, os
nãoser
(ii) não graus
linhas
possível
respetivamente.
Se ser
(ii)
não
o ser
possível
(ii)
não de eser
possível
não
ser
respetivamente.
respetivamente.
vetor‐linha ensino
colunas,
possível ser
possível ℎ�se
concluir
possível
possível
Se o indivíduo
os
orespetivamente.
vetor‐linha
SeSe graus
oovetor‐linha
vetor‐linha ℎde� Se
ensino se o indivíduo
ℎℎ�o� vetor‐linha
rtuguês, ���,��� ���,���
���,��� concluir num ano mais do que um nível educacional
conter aa fração
concluir que
concluir
concluir correspondem
concluir
os os
concluir
de grausgraus
os
concluir
contiver
os
concluir graus
indivíduos osde não
graus
de
os ensino
graus
o número
os determinados
tiver
ensino
de
graus de
em de idade
ensino
graus
contiver
ensino
se
de
de
cada se oensino
de
ensino
contiver
contiver
indivíduos
suficiente,
o
indivíduo
se
oensino
grupo se
número
valores
indivíduo
ose o oindivíduo
indivíduo
se se
ooeducacional
eo
onão
número
número
do de
nocionais
(iii)indivíduo
não
indivíduo
indivíduo
grupo
tiver
contivernão
indivíduos
de
não
tiver
de
ser
não
no para
idade
tiver tiver
idade
onão
indivíduos
indivíduos
etário anopossível
não
tiver
número idade
donos
𝑎𝑎
o
tiver número
idade
tiver
grupo idade
seguinte.
do do
concluir
suficiente,
suficiente, idade
de
diversos
suficiente,
suficiente,
idade
etário
grupo
grupo
de
suficiente,
indivíduos
anos
enum
esuficiente,
(iii) (iii)
enão
suficiente,
etário
etário
𝑎𝑎
grupos nos𝑎𝑎
ano
edonão
(iii) e(iii)
diversos
𝑎𝑎nos
mais
sereser
não
(iii)
grupo não
epossível
(iii)
nosdiversos
educacionais,
não do
(iii)
diversos
ser
possível
ser não
etário
grupos
que
possível
não
ser ser um
possível
ser
possível
ogrupos
grupos nos
𝑎𝑎produto concluir
nível
possível
possível
educacionais, diversos
educacionais,
educacionais,
num
educacional.
grupos ano mais
o produto educacionais,
ooproduto
produto
do que um nível edu
o produto
idade completos.
concluir
concluir concluir
concluir num num ano
num num
ano
concluir
concluir mais
ano ano
mais
num num doano
mais mais
do queanoque
domais do
umque um
mais quenível
do um nível
do um
que nível
educacional.
educacional.
nível
que um educacional.
educacional.
um nível nível educacional.
tas matrizes terão concluir
matricialdiversas num Estas ano
ℎ�restrições,
Π� restrições
mais
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irá conter
doimpostas,
matricial
matricial
que
ℎsignificam
a� Π fração
um
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ℎ��entre
ΠΠ�conter
de que
�irá irá aeducacional.
educacional.
outras
matricial amatriz
conter
conter
indivíduos fração razões,
ℎ a�aem Π desó
fração
fração
� irá por conter
poderá
indivíduos
cada de de (i)indivíduos
grupo indivíduos atereducacional
fração
em elementos
cadaem em decada indivíduos
grupo
cada não
no Estas
nulos
educacional
grupo
grupo
ano em restrições
cada
naEstas
educacional
educacional
seguinte. nogrupo
diagonal ano significam
no
restriçõesno educacional
princi-
seguinte.
anoanosignificam que anomatriz
seguinte.
seguinte. que � só pod
ano aseguinte.
Πmatriz Π�
gredir nos
gem utilizada
Estas
Estas graus Estas de
consiste ensino
Naturalmente,
restrições
restrições
Estas restrições
restrições em
paljá
significam
significam alcançados
e estimar
na
significam estas
significam segunda
Naturalmente,
que que os
matrizes
aque por
Naturalmente,
Naturalmente,
a que
matriz matriz
a um
parâmetros
diagonal a terão
matriz indivíduo,
estas
matriz só Naturalmente,
superior,
matrizes
estas
estas
diversas
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poderá (ii)
poderá
só matrizes
só não
matrizes
poderá neste
terão
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poderá
ter ser
ter possível
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terão
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elementos
elementos
ter até matrizes
diversas
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elementos
elementos estrutura
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restrições,
restrições,
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nulos
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nulos diversas
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impostas,
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impostas, principal
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na restrições,
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ser
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principal impostas,
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razões,
razões,
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entre
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por
por (i)
(i) superior,
razões,
diagonal neste
por
superior, (i) c
Estas Estas Estas
restrições restrições
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significam queque aque
Π Π a matriz
a �matriz
matriz
� Π Π
� � Π�Πsó �Π� só poderásópoderá poderá terter terelementos
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nulos nulosna na nadiagonal
diagonal diagonal
nadedescrevendo
ensino se o aindivíduo
não
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possível não um tiver
denão indivíduo
regredir idade
indivíduos
ser não não possível
nos ser suficiente,
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graus possível
grupo
possível faixa
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etária (iii)
regredir
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regredir
ensino ser
nos 𝑎𝑎não
já possível
e
graus
nos nosgrau
alcançadosser degraus
graus possível
de regredir
ensino ensino
de de por já nos
ensino
ensino 𝑒𝑒
um que,
alcançados graus
já já de
alcançados
alcançados
indivíduo, ensino
por (ii) um por
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um indivíduo,
indivíduo,
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ser
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possível (ii)grupo
por um indivíduo no grupo etár não etário
ser possível𝑎𝑎.
principal
principal principal e eprincipal
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principal ena
segunda segunda
�segunda
e|�,�
na
� ena na
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diagonalsegunda segunda diagonal
diagonal superior,
diagonal superior,
diagonaldiagonal superior,
superior, neste neste neste
superior,
superior,
superior, neste
caso caso
neste até
caso
neste caso
até
neste ao
caso atéao
casoaté
nível
ao
caso
aténívelaoaté aode
nívelaténível
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nível de
ao de
ensino
nível deensino
ensino
nível que
de que
ensino possa
que
deensino que
possa
ensino possa
que possa
ser
que ser
que
possa ser
serpossa
possa serserser
mais do que um nível educacional. concluir concluir
concluir os graus os os de
graus
graus concluir
ensino de de ensino se
ensino os𝑎𝑎. graus
otiver indivíduo
seseoidade ode ensino
indivíduo
indivíduo não Πtiver se � otiver
não indivíduo
idade
tiver nãonão
suficiente,
idade tiver
suficiente, e (iii) idade
enãoe(iii) suficiente,
(iii)ser não possível e (iii) não ser possível
serpossível
possível
eguinte, estarão
completado
completadocompletado concluir
completado no
por por
completado
completado nível
um
completado por os
um por graus
educacional
indivíduo
um
por um
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por indivíduo
umpor de
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um noum
indivíduoensino
no grupo
indivíduo no
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grupo se
grupo
no que
grupo
etário ogrupo
etário
no noindivíduo
podemos
etário
grupo etário
𝑎𝑎.grupo𝑎𝑎.
etário etário
𝑎𝑎. não
etário
𝑎𝑎. 𝑎𝑎.representar 𝑎𝑎. por suficiente, �não e (iii) idade suficiente,
ser possível não ser
Quadro C2.1 concluir ● Descrição dos graus de
concluir ensino num ano mais do que um nível educacional.
� , em
gnificam
��,��� que quea 𝑖𝑖concluir e 𝑗𝑗 indexam
matriz GrauΠQuadro
num
� sóde
ano
linhas
poderá mais
C1.1
Semter
econcluir
concluir
do •num
colunas, que
Descrição
elementos ano
numnum
um mais
ano
nívelano
respetivamente.
1º ciclo dos nãodo mais
mais que
educacional.
graus 2º de
nulos do do um que que
Se
na
ciclo
nível
um oum
ensino educacional.
níveleducacional.
nível
vetor‐linha
diagonal 3º ciclo �Ensino
educacional. ℎ
Ensino Doutora
gunda diagonal superior, neste Estas caso até ao nível deEstas ensino restrições que possa significam ser que apoderá
matriz só poderá ter
número de indivíduos Estas ensino do grupo
restrições etário instrução
significam Estas𝑎𝑎 nos
restrições
Estas diversos
restrições
restrições
que do ensino
asignificam
matriz
1.º ciclo
grupossignificam
significam Π do
� que educacionais,
só ensino
2.º ciclo
a que matriz
que
poderá a a do matriz
matriz
ter Π
3.º ciclo
o�elementos
ensino produto
só Π Π�poderá
� só obrigatóri
só poderá
não ter elementos
nulos terΠ
terterciário
Ensino
elementos
� elementos
na
20 20 não
diagonal
20 20 20 mento
nulos
não
20não 20elementos
na
nulos
nulos diagonal
na não nulos na diagonal
nadiagonal
diagonal
m indivíduo no
ℎ� Π� irá conter principal grupo
a fração de etário e na 𝑎𝑎.
indivíduos principal
segunda em
principal
principal e cada
diagonal na ebásico egrupo
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do naensino
superior, (4º
principal
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segunda educacional
diagonalbásico
neste
do ediagonal
diagonal
ensino na (6º
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superior, básico
ano superior,
superior,
até
do seguinte.
neste
ensino (9º
aodiagonal nível caso
neste
neste oEnsino
desuperior,
até
caso (12º
caso
ensino ao até até (até
nível
queneste
ao
terciárioaonível denível
possa caso ensino
de de
ser até
ensino que
ensino ao nívelpossa
quequepossade serensino
possa ser que possa ser
ser
ente, estas matrizes completado terão diversas Grau um restrições,
por completado Sem por
completado
completado
indivíduo noano)
impostas,
um por
grupobásico
por completado
indivíduo
um um entre ano)
indivíduo
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etário 𝑎𝑎.outras
básico
no por
grupo no no umgrupoano)
razões,
etário
grupo indivíduo
básico por obrigatório
etário
etário
𝑎𝑎. no
(i)ano)
𝑎𝑎. 𝑎𝑎.grupo etário mestrado
(até 𝑎𝑎.
ossível regredir nos graus dedeensino ensino instrução
já alcançados por (4.º ano)
um indivíduo, (6.º ano)
(ii) não(9.º serano) possível (12.º ano) mestrado) ) Doutoramento
20
s graus de ensino Grupo Grupo
se o indivíduo não tiver idade suficiente, e (iii) não ser possível
educacional (e) 1 2 3 20
um ano mais do que um nível educacional. educacional 1 2 3 4 4 5 5 6 6 7
20 7 20 20 20
(𝑒𝑒) Número
de anos de
Notas metodológicas sobre o modelo

rições significam que Número a matriz escolaridadedeΠ� só poderá ter elementos não nulos na diagonal
e na segunda diagonal anos superior, concluídos de neste caso 0 até ao 4nível de ensino 6 que possa 9 ser 12 15,5 21
0 4 6 9 12 15,5 21
do por um indivíduoescolaridade no grupo etário
Fonte: Banco de Portugal. 𝑎𝑎.
concluídos
Fonte: Banco de Portugal.
20
Por exemplo, no casonodecaso
Por exemplo, indivíduos do grupo
de indivíduos etárioetário
do grupo dos 10 aos
dos 1014
aosque14tenham já concluído
que tenham a a escola
já concluído
escola primária
primária (𝑒𝑒
( � 2 e � � 3), umafração
), uma fraçãodeles
delespoderá
poderáconcluir
concluiro o6.º6ºano
ano
dede escolaridade:
escolaridade: aqueles com
aquelesacom a idade
idade usual
usual de de 11 aanos,
11 anos, a que
que se se somam
somam outros,outros, mais velhos,
mais velhos, que porventura
que porventura tivessem sido reti-
tivessem sido retidos. A fração dos que concluem o 9º ano será necessariamente
dos. A fração dos que concluem o 9.º ano será necessariamente nula, porque não nula, porque
é possível num
não é possível num ano saltar níveis educacionais. Por outro lado, a fração dos que transitam
para graus mais baixos de ensino (regredindo) é também nula. Este raciocínio pode ser 49
generalizado aos outros grupos etários e graus de ensino.

As matrizes de transição podem variar de ano para ano, mas nesta análise elas são consideradas
invariantes no tempo. De forma a diminuir o número de parâmetros do modelo foram impostas
restrições além das detalhadas acima. Assim, considerou‐se que para indivíduos de 45 anos de
ano saltar níveis educacionais. Por outro lado, a fração dos que transitam para graus mais baixos de
ensino (regredindo) é também nula. Este raciocínio pode ser generalizado aos outros grupos etários
e graus de ensino.

As matrizes de transição podem variar de ano para ano, mas nesta análise elas são consideradas
invariantes no tempo. De forma a diminuir o número de parâmetros do modelo foram impostas
restrições além das detalhadas acima. Assim, considerou-se que para indivíduos de 45 anos de
idade ou mais a matriz de transição será a matriz identidade, ou seja, as qualificações educacio-
nais destes indivíduos não mudam. Impõe-se ainda a restrição de nos grupos etários depois da
maioridade (20-24 e seguintes) as transições de níveis de educação só ocorrerem para indivíduos
com pelo menos o ensino básico completo.

A estimação dos parâmetros pode ser feita recorrendo a fontes externas, minimizando métricas
definidas como distâncias entre valores observados dos dados e valores obtidos com o modelo.
Trata-se de um procedimento por vezes designado de “método dos momentos simulados”. Neste
trabalho considerou-se a estrutura da população por idade e por nível educacional e a escolarida-
de média da população com idade dos 15 aos 64 anos, durante o período de 2006 a 2021. A análi-
se dos dados sugere que este período não parece evidenciar impactos significativos de alterações
no sistema de ensino português, sendo que os parâmetros estimados refletirão as suas tendências
estruturais.

No caso da estrutura por idade e educação, utilizaram-se dados do Inquérito ao Emprego, que,
embora com elevada variabilidade amostral, deverão captar ao longo dos anos as principais cara-
terísticas da população em termos de habilitações académicas. No caso dos anos de escolaridade
médios da população com idade entre os 15 e os 64 anos, a série baseia-se nos valores quinquenais
da base de dados de Barro e Lee (2013, versão de setembro de 2021). Estas séries quinquenais são
complementadas com informação dos Censos para 2021, sendo utilizada informação do Inquérito
ao Emprego para construir o indicador anual para a interpolação temporal.
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

50
III Políticas em análise
Diferencial salarial entre os setores público
e privado em Portugal
Diferencial salarial entre os setores
público e privado em Portugal1
Para compreender o prémio salarial no setor público
é necessário ter em conta as caraterísticas dos recursos
humanos em cada setor.

O debate sobre as carreiras e condições de trabalho na função pública tem sido marcado pela identi-
ficação de prémios salariais e outras formas de regalias face ao setor privado. Independentemente
do setor, a dimensão salarial é essencial na remuneração das caraterísticas produtivas e no incen-
tivo à produtividade. Contudo, uma avaliação correta dos prémios salariais não pode basear-se
numa simples comparação de salários entre setores, tendo de considerar as diferenças nas qua-
lificações produtivas dos trabalhadores. Dado que ambos os setores competem pelos mesmos
recursos humanos no mercado de trabalho, a identificação de diferenças na forma como valori-
zam essas caraterísticas produtivas é essencial para aferir a eficiência das políticas remunerativas
e, em consequência, avaliar a alocação de recursos entre os setores público e privado.
O setor público é composto por diferentes carreiras com regras próprias de funcionamento
e de gestão dos recursos humanos. Em particular, há uma variabilidade nas regras de progressão
na carreira, coexistindo sistemas em que o tempo é a variável determinante na progressão com
outros em que a progressão é função da avaliação. Existem também carreiras em que a progres-
são é feita apenas de uma forma unidimensional, por escalões, e outras que envolvem concursos
com quotas rígidas para aceder aos níveis superiores.
A gestão dos recursos humanos do setor público tem sofrido alterações profundas nas últimas
duas décadas. A partir de 2007/2008 foram revistos o sistema de avaliação de desempenho e as
carreiras, por via da introdução da tabela salarial única. Adicionalmente, a necessidade de reduzir
a despesa pública durante o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) levou à ado-
ção de medidas que incluíram cortes salariais temporários e o congelamento de carreiras com
impactos mais duradouros.

Diferencial salarial entre os setores público e privado em Portugal


Neste Políticas em análise apresenta-se primeiro uma abordagem de natureza agregada, que
não diferencia tipos de carreira. Numa segunda parte foca-se na trajetória salarial de carreiras
específicas iniciadas após as alterações legislativas de 2007/2008.
Para a abordagem agregada são usados os microdados do inquérito EU-SILC (European Union Statistics
on Income and Living Conditions), disponibilizados pelo Eurostat, e foca-se nos períodos de 2008-09
e 2018-19, comparando também com a área do euro. O setor público é aproximado através dos
ramos de atividade “Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória” e “Educação”,
que representam cerca de 75% dos funcionários públicos. A base de dados não permite iden-
tificar quais os trabalhadores do ramo da educação e da saúde que estão no setor público ou
no setor privado. No caso da educação, os trabalhadores do setor público representam cerca de
80% do total, de acordo com os dados da Direção Geral da Administração e do Emprego Público.
No caso da saúde, o setor público representa apenas cerca de 40% do total, justificando a sua
exclusão da análise.

1. Preparado por Cláudia Braz, Manuel Pereira e Sharmin Sazedj.

53
A proporção de licenciados no setor público é muito superior
à do setor privado.

Os salários no setor público tendem a ser mais elevados do que no setor privado uma vez que mui-
tas das áreas de atuação pública exigem maiores qualificações e em algumas funções públicas,
como as de soberania, se privilegia a estabilidade do emprego. No período mais recente, metade
dos recursos humanos do setor público são licenciados (têm ensino superior), o que compara com
apenas 20% no setor privado, embora a escolaridade tenha melhorado em ambos os setores (Qua-
dro 1). O setor público também se distingue do privado pela elevada proporção de mulheres (mais
de 60%), por um maior número médio de anos de experiência (mais 4 anos) e por um menor núme-
ro médio de horas trabalhadas.

Quadro 1 • Caraterização do setor público e privado: estatísticas descritivas

2008-09 2018-19
Público Privado Público Privado
Salário mensal (euros) 1686 1099 1778 1253
Mulher (%) 63,5 39,9 62,0 41,4
Anos de experiência (média) 26,0 22,1 29,1 24,7
Até 9.º ano (%) 39,8 70,3 24,0 48,1
12.º ano (%) 19,6 20,2 25,8 32,6
Ensino superior (%) 40,6 9,5 50,2 19,3

Fonte: EU-SILC (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: O salário corresponde à remuneração bruta anual dividida pelo número de meses
trabalhados. A experiência profissional é aproximada através da idade deduzida dos anos de escolaridade.

O prémio salarial médio do setor público situa-se em torno


de 11% no período mais recente, tendo diminuído cerca
de 3 pp desde 2008-09.
Para avaliar o prémio salarial do setor público utiliza-se o salário por hora e controla-se para as diferen-
ças que resultam desta composição diversificada entre os dois setores em termos de género, experiên-
cia e escolaridade. Na metodologia usada, considera-se também que a experiência não tem um efeito
linear na progressão, isto é, um ano adicional não tem sempre o mesmo retorno salarial (Caixa 1).
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

O prémio salarial no setor público situa-se em torno de 11% no período mais recente, tendo diminuído
3 pp desde 2008-09 (Gráfico 1). Uma análise por género permite concluir que o prémio é semelhante
para homens e para mulheres. Para a média da área do euro o prémio é mais reduzido, apesar da
composição e a dimensão do setor público diferirem de país para país. O prémio em Portugal tem-se
aproximado da média da área do euro, sendo ainda superior em cerca de 6 pp. Para os países analisa-
dos existe variabilidade na dimensão e até no sinal do prémio salarial entre setores. Apenas nos casos
da França e da Finlândia o prémio é negativo (favorável ao setor privado). Nos restantes países o prémio
é positivo, ou nulo no caso da Áustria, e nalguns casos de dimensão superior ao estimado para Portugal.
Considerando apenas a administração pública (isto é, excluindo o setor da educação), verificam-se
prémios mais altos em Portugal e na área do euro. Em Portugal, o prémio é de 20% no período
mais recente, 11 pp acima da média da área do euro.
Note-se que o diferencial salarial se reduz, tanto em Portugal como na área do euro, quando se con-
sidera o salário mensal por trabalhador, em vez do salário horário, o que resulta do número médio

54
de horas trabalhadas ser inferior no setor público. Em Portugal, no caso da definição mais lata de
setor público, torna-se mesmo nulo.

Gráfico 1 • Diferencial salarial entre o setor público e privado | Em percentagem do salário


do setor privado
Com base no salário por hora trabalhada Com base no salário mensal
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
-5 Adm. pública -5 Adm. pública
(excl. educação) -10 (excl. educação)
-10
LU ES IT IE PT GR NL AE DE BE AT FI FR PT AE PT AE PT AE
2008-09 2018-19

Fonte: EU-SILC (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: As barras não preenchidas correspondem a estimativas estatisticamente não significativas
a um nível de 5%.

O prémio salarial é mais elevado para os licenciados,


embora seja menor que no passado.
A decomposição do prémio salarial do setor público pela escolaridade permite concluir que este
é mais elevado para quem tem educação superior (23% no período mais recente), embora tam-
bém se observe um prémio de 9% para os indivíduos que concluíram o 12.º ano (Gráfico 2). Parte
do prémio dos licenciados advém da maior proporção de licenciados a ocupar profissões menos
qualificadas no setor privado do que no setor público. Em todos os casos, verificou-se uma redu-
ção do diferencial salarial desde 2008-09, particularmente expressiva no caso dos licenciados
(-14 pp). Em contraste, verifica-se que na área do euro o prémio é superior para escolaridades
mais baixas e mesmo inexistente no caso dos licenciados.

Diferencial salarial entre os setores público e privado em Portugal


Gráfico 2 • Diferencial salarial entre o setor público e privado por escolaridade | Em
percentagem do salário por hora trabalhada do setor privado

40

35

30

25

20

15

10

0
Até 9.º ano 12.º ano Ensino superior Até 9.º ano 12.º ano Ensino superior

Portugal Área do euro


2008-09 2018-19

Fonte: EU-SILC (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: As barras não preenchidas correspondem a estimativas estatisticamente não significativas
a um nível de 5%.

55
O setor público mantém-se vantajoso em termos salariais,
especialmente para os licenciados com experiência,
mas deixou de ser atrativo no início da carreira.
A metodologia utilizada permite também verificar se a experiência profissional, utilizada como apro-
ximação da antiguidade no posto de trabalho, tem um efeito diferenciado no setor público e priva-
do. O retorno da experiência profissional, embora positivo em ambos os setores, é superior no setor
público, o que se traduz num prémio salarial crescente ao longo da carreira. Este resultado está
influenciado pelas carreiras mais antigas do setor público, ou seja, iniciadas antes das alterações
significativas a que estas foram sujeitas.
Um trabalhador licenciado no setor público tem, face ao setor privado, um ganho salarial superior
em cerca de 35 pp no final da sua carreira relativamente ao ponto de entrada (Gráfico 3). Entre
2008-09 e 2018-19, tal perfil crescente do diferencial manteve-se, mas verificou-se uma redução
aproximadamente uniforme ao longo da carreira. Com efeito, em 2008-09, existia um prémio em
todos os escalões de experiência no setor público, o que já não se verifica para os licenciados no
início da carreira, no período mais recente. O setor público perdeu assim capacidade de atração de
jovens licenciados relativamente ao setor privado.
Para os não-licenciados verifica-se que o diferencial salarial só se torna positivo após 28 anos de
experiência, no caso da escolaridade igual ou inferior ao 9.º ano, e após 20 anos de experiência,
para os indivíduos que concluíram o 12.º ano (Gráfico 4).

Gráfico 3 • Diferencial salarial entre o setor público e privado para os trabalhadores com
ensino superior | Em percentagem do salário por hora trabalhada do setor privado

60

40

20

-20
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

0 10 20 30 40
Anos de experiência
2008-09 2018-19

Fonte: EU-SILC (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: As zonas a sombreado representam o intervalo de confiança a 95%.

A vantagem salarial do setor público reduz-se à medida


que os salários aumentam.

Um tema recorrente no debate de políticas públicas sobre o prémio salarial desenvolve-se em


torno da sua dimensão relativa entre diferentes patamares salariais. Os resultados anteriores
demonstram que o setor público continua a trazer uma vantagem salarial significativa para os

56
licenciados, com exceção dos que se encontram no início da carreira. Importa então analisar se
este resultado se verifica ao longo de toda a distribuição dos salários e, em particular, se o setor
público é competitivo nos salários mais elevados. Para responder a esta questão comparam-se
os indivíduos licenciados com 5, 20 e 35 anos de experiência, num dado percentil da distri-
buição salarial do setor público, com indivíduos no mesmo percentil da distribuição salarial do
setor privado. Para licenciados com experiência profissional, o diferencial salarial é decrescente
e mantém-se positivo ao longo de toda a distribuição no caso de ter 35 anos de experiência,
e até ao percentil 80, no caso de ter 20 anos de experiência (Gráfico 5). Estes resultados sugerem
que as práticas salariais no setor público atenuam a desigualdade salarial relativamente ao setor
privado. Não existe um prémio para os indivíduos licenciados no início da carreira (com 5 anos
de experiência) ao longo da distribuição salarial.

Gráfico 4 • Diferencial salarial entre o setor público e privado para os trabalhadores sem
ensino superior | Em percentagem do salário por hora trabalhada do setor privado

Até ao 9.º ano 12.º ano


40

20

-20

-40
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
Anos de experiência Anos de experiência
2008-09 2018-19

Fonte: EU-SILC (cálculos do Banco de Portugal). | Nota: As zonas a sombreado representam o intervalo de confiança a 95%.

Gráfico 5 • Diferencial salarial entre o setor público e privado ao longo dos percentis
da distribuição de rendimento para um licenciado com 5, 20 e 35 anos de experiência
| Em percentagem do salário por hora trabalhada do setor privado
Diferencial salarial entre os setores público e privado em Portugal
60

50

40

30

20

10 35 anos
20 anos
0

-10 5 anos

-20

-30
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Percentil

Fonte: EU-SILC (cálculos do Banco de Portugal). | Notas: Os pontos não preenchidos correspondem a estimativas estatisticamente não significativas
a um nível de 5%. Cada ponto representa o diferencial relativo entre o respetivo percentil da distribuição de salários do setor público e o mesmo
percentil do setor privado. A título de exemplo, o primeiro ponto da linha azul lê-se como: o diferencial salarial entre os percentis 10 das distribuições
de salários dos licenciados com 20 anos de experiência é 26%.

57
As alterações legislativas ocorridas desde 2007 justificam
uma análise por tipo de carreira e momento de entrada.
Os resultados apresentados confirmam estudos anteriores que identificaram a existência de dife-
renciais de remuneração entre os setores público e privado, mas não nos permitem analisar car-
reiras mais homogéneas nos dois setores. Uma comparação genérica é limitada pela existência de
funções exclusivas a cada setor. Por exemplo, as funções de soberania (como a justiça e a defesa)
são exercidas exclusivamente no setor público. Assim, para aumentar a comparabilidade entre
setores, a análise foca-se em seguida na carreira geral de técnico superior. Em particular, compa-
ra-se a evolução hipotética dos salários dos indivíduos que iniciam esta carreira com a trajetória
salarial dos licenciados que iniciam a sua carreira no setor privado. Tal análise permite também
pôr em evidência a situação atual ao focar-se exclusivamente nas carreiras em vigor. O período
analisado são os primeiros 12 anos após 2009.

A trajetória salarial hipotética de um técnico superior,


admitido na função pública no período recente, compara
desfavoravelmente com um licenciado no setor privado.
Na construção da carreira hipotética da função pública assume-se um desempenho médio que per-
mite a acumulação dos 10 pontos necessários para a progressão em cada sete anos. É apresentada
a progressão com e sem as medidas temporárias implementadas durante o PAEF. Observa-se um dife-
rencial salarial positivo no início da carreira (em 2009), que se desvanece passado dois anos, mesmo
na ausência das medidas do PAEF, uma vez que a progressão do técnico superior não é muito afeta-
da pelas mesmas (Gráfico 6). Restringindo a comparação aos licenciados em profissões qualificadas
no setor privado, não se verifica sequer um prémio à entrada. Esta análise deveria ser complementa-
da com a evolução do número de trabalhadores em cada setor e com evidência acerca da sua produ-
tividade, algo que ultrapassa o objetivo da avaliação dos diferenciais salariais deste Políticas em análise.

As perspetivas de evolução salarial nas carreiras da função


Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

pública são muito distintas, como se pode verificar


com os exemplos de técnico superior e professor.
Para analisar diferenças dentro do próprio setor público considerou-se, para além da carreira de téc-
nico superior, a carreira de professor do ensino não-universitário, e simularam-se trajetórias salariais
hipotéticas ao longo de 40 anos, assumindo os pressupostos anteriores e, na carreira de professor,
uma progressão a cada quatro anos. Verifica-se que, em ambas as carreiras, o salário aproximadamen-
te duplica no final das mesmas face ao início (Gráfico 7). Além disso, o salário de um professor supera
o de um técnico superior ao longo de toda a carreira (46% em média). Por último, no final da carreira
um técnico superior com desempenho médio está muito distante do respetivo topo (1600 euros ou
61%). Já no caso de um professor não-universitário, o seu salário final corresponderá a 92% do topo
da carreira.

58
Gráfico 6 • Comparação entre carreiras: hipotéticas no setor público e observadas no setor
privado | Salário mensal em euros

2100

1900

1700

1500

1300

1100

900
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Técnico superior no setor público Licenciado no setor privado
Técnico superior sem medidas PAEF Licenciado em profissões qualificadas no setor privado

Fontes: Quadros de pessoal e cálculos do Banco de Portugal. | Nota: Apenas se consideram as remunerações-base. As carreiras do setor privado
baseiam-se na evolução salarial média dos indivíduos que iniciaram a carreira profissional entre 2008 e 2010, calculada com base nos Quadros de
Pessoal. A análise inclui os trabalhadores licenciados (excluindo médicos e professores), respetivamente, em todas as profissões e nas mais
qualificadas (especialistas, técnicos e profissões de nível intermédio). A trajetória salarial no setor público é simulada de acordo com as regras de
progressão em vigor neste período. Assume-se a entrada em 2009 no nível mais baixo da carreira e um desempenho médio em que em 5% dos anos
se acumulam 3 pontos, em 20% dos anos 2 pontos e, nos restantes, 1 ponto. A linha azul a tracejado representa a trajetória sem as medidas do PAEF.

Gráfico 7 • Carreiras hipotéticas no setor público: técnico superior e professor | Salário


mensal em euros

4500

4000

3500 Professor

3000

2500

2000 Técnico superior

1500

1000

500

Diferencial salarial entre os setores público e privado em Portugal


0
2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 2023 2025 2027 2029 2031 2033 2035 2037 2039 2041 2043 2045 2047

Fonte: Cálculos do Banco de Portugal. | Nota: Os pontos representam o topo da carreira. As linhas a tracejado representam a trajetória sem as
medidas do PAEF. Assume-se a entrada em 2009 no nível mais baixo da carreira. Apenas se consideram as remunerações-base. Após 2023 os
salários mensais correspondem à escala salarial de 2023. No caso do técnico superior, assume-se um desempenho médio em que em 5% dos
anos se acumulam 3 pontos, em 20% dos anos, 2 pontos e, nos restantes, 1 ponto. Quanto aos professores considera-se a progressão no módulo
padrão de 4 anos e um período de espera de 2 anos na transição para o 5.º e 7.º escalões, cujo acesso está dependente da existência de vaga.

A aproximação entre os salários da função pública e os do setor


privado deverá contribuir para um mercado de trabalho mais
eficiente.
Em síntese, entre 2008 e 2019, houve uma aproximação entre os salários da função pública e os
do setor privado. Esta redução aproximou o prémio salarial dos valores médios da área do euro.

59
O prémio que ainda subsiste na função pública parece advir das carreiras mais antigas, em
particular dos indivíduos com maior escolaridade. Este prémio já não se observa nas carreiras
novas. O aumento da procura por qualificações elevadas por parte do setor privado terá contribuí-
do para a redução do diferencial. Tal pode contribuir para um mercado de trabalho mais equilibra-
do e eficiente desde que a capacidade do setor público para atrair e reter funcionários qualificados
não seja comprometida. Caixa 1. Nota metodológica

Os resultados apresentados ne
Caixa 1. Nota metodológica

Caixa 1. Nota apresentados Caixaem


metodológicaneste Políticas 1. Análise
Nota metodológica
em que se estima o prémio sa
Os resultados são baseados num modelo econom
em que se estima o prémio salarial doOssetor públicoregressão
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regressão deem
salários
Caixa 1. Caixa 1 • Nota metodológica
Nota1.metodológica
Caixa Nota metodológica Os resultados apresentados neste Políticas resultados
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Nota baseados neste
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econom
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Políticas em as
estima ocaracterísticas
prémio
análise são salarial dos
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salarial
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regressão
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de salários.
com
características
Esta
em uma
que se estima
variável
individuais,
o prémio salarial do setor p
biná-
características
binária que indica individuais,
se o designadamente
indivíduo binária
trabalha o que
capital
no indicahumano,
setor se o sejam
público. remuneradas
indivíduo
Assim, trabalha de
permite‐se noqf
regressão inclui as
regressão ria que indica
características
inclui se o indivíduo trabalha
dos trabalhadores,
as características no
que são
dos trabalhadores, setor público.
queinteragidas
diferente nos dois
Assim,
com uma
são interagidas permite-se
comvariável
setores. designadamente
que
uma variável diferente
as
regressão inclui asnos
caraterísticas dois setores.
características dos traba
individuais, designadamente ocaracterísticas
capital humano, individuais,
sejam remuneradas características
de forma capitalindividuais,
o diferente humano, designadamente
nos doissejam remuneradas o capi
de
bináriabinária
que indica se o indivíduo
que indica trabalha
se o indivíduo no setor
trabalha no público. Assim, Assim,
setor público. permite‐se que asbinária
permite‐se que as que indica se o indivíduo trabalha
setores. diferente
Adiferente nos dois
especificação setores.
empírica é estimada pelo métodonos dos dois setores.
mínimos
A especificaçãoquadrados, separadamente
características individuais,
características designadamente
individuais, designadamenteo capital humano,
o capital sejam sejam
humano, remuneradas de forma
remuneradas decaracterísticas
forma individuais, empírica
designadamenteé esto
A especificação empírica é estimada pelo método dos mínimos quadrados, separadamente para
os períodos 2008‐09 e 2018‐19
A especificação empírica é estimada peloe por país, e pode
A especificação
método ser descrita
empírica
dos nos
mínimos como:
équadrados,
estimada pelo método do
separadament
diferente nos dois
diferente nossetores.
dois setores. 2008-09 e 2018-19
os períodos e por país, e pode ser descrita como: diferente dois setores.
os períodos 2008‐09 e 2018‐1
os𝑦𝑦períodos 2008‐09 e 2018‐19 e por país, os períodos
e pode 2008‐09 e 2018‐19
ser descrita como: e por país, e pode se
ln � � �𝟏𝟏 𝒙𝒙𝒊𝒊 � �𝟐𝟐 𝒙𝒙𝒊𝒊 𝑝𝑝� � �� 𝐴𝐴� � �� ,,
A especificação empírica
A especificação é estimada
empírica pelo método
é estimada dos mínimos
pelo método quadrados,
dos mínimos separadamente
quadrados, para
separadamente para
A especificação empírica é estimada pelo mét
eem quee a2018‐19
variável edependente ln � é�o�
𝑦𝑦descrita 𝒙𝒙como:
𝒊𝒊 � �𝟐𝟐natural
𝒙𝒙𝒊𝒊 𝑝𝑝� �do
��salário
𝐴𝐴� ln � , ln 𝑦𝑦� do
�𝑦𝑦�horário � �𝒊𝒊 desig-
𝑝𝑝�
ln�𝑦𝑦��𝟐𝟐,2008‐09
�períodos
𝟏𝟏 𝒙𝒙𝒊𝒊 natural𝒙𝒙 � �
𝒙𝒙�e�𝒊𝒊2018‐19
𝐴𝐴� ���𝟐𝟐� ,𝒙𝒙e𝒊𝒊por
𝑝𝑝 país,
� �e� 𝐴𝐴
os períodos 2008‐09
os períodos 2018‐19
2008‐09 e por país,
pore país,
podeeem
ser
podeque alogaritmo
ser 𝟏𝟏descrita
variável como:
dependente osindivíduo
� é o logaritmo do 𝟏𝟏
salário � horário do� indivíduo
p
na o vetor das variáveis que são interagidas com a variável binária do setor público, designada por
designa
emde que oa variável
vetor das variáveis que
dependente 𝑦𝑦�são
éemo interagidas
que
logaritmo a variável comdependente
natural a variável binária
𝑦𝑦 é�odo setor
logaritmo pú
ln 𝑦𝑦� �ln�𝑦𝑦𝟏𝟏�𝒙𝒙�
𝒊𝒊 ��� 𝟐𝟐 𝒙𝒙
𝟏𝟏 𝒙𝒙 𝒊𝒊 �𝒊𝒊 𝑝𝑝��, �
𝟐𝟐e𝒙𝒙a� �𝑝𝑝𝐴𝐴
� �����
𝒊𝒊 variável �,� é
� 𝐴𝐴 �um �� , efeito fixo ano. As variáveis explicativas lninteragidas, � �
lnincluídas
𝑦𝑦 em 𝒙𝒙que
�𝟏𝟏no � do
�a
𝒊𝒊 vetor
salário
𝟐𝟐 𝒙𝒙variável
horário
ln
𝒊𝒊, 𝑝𝑝� � �� 𝐴𝐴� �dependent�do�,
indivídu
são o género, a experiência profissional, designada
designa o em por 𝑝𝑝� , das
anos,
vetor e ea umvariável
termo𝐴𝐴que
variáveis é um
�quadrático efeito
designa
são da fixo
interagidasmesma,
o vetorde comano.dasAs
bem acomo variáveisque
variáveis
variável explicativas
binária sãodo intera
interagida
setor pú
em queem a variável
que a variável dependente dependente
variáveis binárias ln 𝑦𝑦 é o
ln logaritmo
𝑦𝑦 é o
� que identificam
� natural
logaritmo do
natural
se o indivíduo
incluídas no
salário
vetor
do
concluiu
𝒙𝒙
horário
salário
, são o do
horário
12.º
o
indivíduo
ano
género,
do
ou a o i,
indivíduo
ensino
experiência
designada
em
𝒙𝒙 i,
que designa
𝒙𝒙
𝒊𝒊 superior a variável
𝒊𝒊 e um termo
profissional,
por
o em vetor
dependente
anos, e das
um
ln variávei
𝑦𝑦
termo� é o logar
quad
designada por 𝑝𝑝� , e𝒊𝒊 a variável 𝐴𝐴� é um efeito fixo � , e aAs
de𝑝𝑝ano. variável
variáveis é um efeitointera
𝐴𝐴� explicativas fixo d
designadesigna
o vetoro das vetor constante
variáveis
das variáveis (que
que capta
são osão
efeito
queinteragidas associado
com a com
interagidas ao 9.ºaano
variável de escolaridade).
binária
variável do setor
binária do Os resultados
público,
setor designapara
público, a áreadas
o vetor do variáveis que são inter
da mesma,nobem
incluídas
euro baseiam-se numa regressão conjunta para os países,
vetor como variáveis
𝒙𝒙𝒊𝒊 , são ocom
género,binárias incluídas
a experiência nodesignada
que identificam vetor 𝒙𝒙se, osão
profissional,
a mesma especificação, mas𝒊𝒊 intera-
emopor
indivíduo género,
anos, � ,e aum
𝑝𝑝concluiueexperiência
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o 12ºquad ano
pr
designada por 𝑝𝑝� ,por
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, e a variável
𝐴𝐴 é um𝐴𝐴 efeito
é um fixo
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fixo de As variáveis
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variáveis interagidas,
explicativas interagidas,
designada por 𝑝𝑝 , e a variável 𝐴𝐴 é um efeito
� � �
gindo todas as variáveis com efeitos ensino
da mesma,superior
fixos debem ecomo
país. um termo variáveisconstante
binárias (que
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que obem
identificamefeitocomo associado
se

ovariáveis
indivíduo aobinárias
9º ano de
concluiu

que oescolarid
identif
12º an
incluídas no vetor
incluídas no𝒙𝒙vetor , são o
𝒙𝒙 ,género,
são o a experiência
género, a profissional,
experiência em
profissional, anos, em e um
anos, termo
e um quadrático
termo quadrático
incluídas incluídas
no vetor no
𝒙𝒙 vetor 𝒙𝒙 𝒊𝒊 ,
𝒊𝒊conjunta para os experiên
, são o género, sãoa o gé
𝒊𝒊 𝒊𝒊
Os resultados apresentados nos Os resultados
ensino superior
Gráficos para a
1 a 4 ecorrespondemárea do
um termo constante euro baseiam‐se
ao efeito ensino
(que capta
marginal numa
superior
da regressão
e umassociado
o efeito
variável termo
biná- constante ao 9º ano (que países,
capta oc
de escolari
da mesma,
da mesma,bem como bem variáveis
como variáveis binárias que identificam
binárias seregressores
que identificam o indivíduo
se o indivíduo concluiu ona12º
concluiu ano
o 12º ouano o ouda
da mesma, mesma,
o aplicável,
bem como bem como
variáveis binárias variáveque i
ria do setor público, com os restantes mesma especificação,
Os resultados para aavaliadosmas do
área interagindo
euro média Ostodas
ou,
baseiam‐se as numa
quando
resultados variáveispara com
a área
regressão efeitos
nos do euro
conjunta fixos de país.
baseiam‐se
para os países, num
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

superior
ensinoensino e um valores
superior termo
e um termo constante (que
constante
específicos capta
(queonos
indicados efeito
capta o associado
efeito associado
gráficos. ao 9º ano ao 9º deano
escolaridade).
de escolaridade).ensino superior e um termo constante (que ca
mesma
Os especificação,
resultados apresentados mas interagindo
nos gráficos mesma
todas 1 aas ensinocom
especificação,
4 variáveis
correspondem superior
mas efeitos
ao e um
interagindo
fixos
efeito detodas
marginal termo
país. as
davarco
va
Os resultados
Os resultados para a para área
Os adoárea
resultados euro baseiam‐se
doapresentados
euro baseiam‐se numa regressão sãoconjunta
numa 5regressão
no Gráfico obtidos para ospara
conjunta
estimando países,
aos comespecificação
países,
mesma a com
Os a
resultados para
por uma a área do euro baseiam‐s
mesmamesmaespecificação,
especificação, regressão
mas interagindo mas deinteragindo
quantis,
todas nosas binária
percentis
variáveis
todas
do setorapresentados
Osasresultados
assinalados público,
com da
com efeitos
variáveis fixos
com dependente.
variável
efeitos defixos
os
nos
país.
restantes regressores
país.Os resultados
de gráficos 1mesma
O gráfico Osmostra
resultados
avaliados a esti-na
apresentados
a 4 correspondem
especificação, aomas para
média
nos
efeito ou,a quando
gráficos
marginal
interagindo área 4do
1 atodas
daapli
co
va
mativa do efeito marginal da variável nos binária
valores do setor público,
específicos indicados avaliada nos valores específicos dos
nos gráficos.
binária do setor público, com os restantesbinária do setor
regressores mesma público,
avaliados com os restantes
na média
especificação, ou, quando regressor
mas apl
int
Os resultados apresentados nos gráficos 1 a 4 correspondem
Os resultados apresentados nos gráficos 1 a 4 correspondem ao efeito marginal da variável
regressores indicados. ao efeito marginal da variável Os resultados apresentados nos gráficos 1 a
nosresultados
Os valores específicos
apresentados indicados nos
nos gráficos.
no gráfico 5 são valores
obtidos específicos
estimando indicados
a mesmanos gráficos. po
especificação
bináriabinária
do setor dopúblico,
setor público, com oscom restantes regressores
os restantes avaliados
regressores na média
avaliados ou, quando
na média aplicável,
ou, quando aplicável,
binária do setor público, com os restantes reg
regressão
Os resultados de quantis,
apresentados nos percentis
no gráficoassinalados
Os resultados
5 são obtidos
Os resultados
daapresentados
variável
estimando dependente.
a mesmano
apresentados
gráfico O5 gráfico
sãográficos
especificação mo
obtidospo
n
nos valores específicos
nos valores específicos indicados nos gráficos.
indicados nos gráficos. nos valores específicos indicados nos
estimativa
regressão de do quantis,
efeito marginal nos percentis da variável
regressão
assinalados binária
de bináriado setor
daquantis,
variável do nos público,
setorpercentis
dependente. avaliada
público,assinalados
O gráfico nosmo
com va
d
Os resultados
Os resultados apresentados apresentados no gráfico 5 são obtidos
no gráfico estimando
5 são obtidos a mesma
estimando especificação
a mesma por uma
especificação por uma
Os resultados apresentados no gráfico 5 são o
específicos
estimativa dos do regressores
efeito marginal indicados. estimativa
da variável bináriado efeito
do setor marginal público, da avaliada
variável nos bináriv
regressão de quantis,
regressão de quantis, nos percentis nos percentis assinalados da variável
assinalados dependente.
da variável dependente. O gráfico mostramostra
O gráfico a
regressão nos
a de valores
quantis,específicosnos percentis indicad assinala
específicos dos regressores indicados.específicos dos regressores indicados.
estimativa
estimativado efeito do efeito marginal da variável
marginal bináriabinária
da variável do setor do público,
setor público, avaliada nos valores
avaliada nos estimativa
valores do efeito marginal da variável
específicos dos regressores
específicos indicados.
dos regressores indicados.
Os resultados apresentados no
específicos dos regressores indicados.
60
regressão de quantis, nos pe
estimativa do efeito margin
específicos dos regressores in
IV Séries
Séries trimestrais para a economia
portuguesa: 1977-2022
Séries anuais do património dos
particulares: 1980-2022
Séries trimestrais para a economia
portuguesa: 1977-2022
O Banco de Portugal divulga anualmente a atualização das séries longas trimestrais para a eco-
nomia portuguesa. Estas encontram-se distribuídas por três blocos: despesa, rendimento dispo-
nível dos particulares e mercado de trabalho.

A atualização divulgada neste Boletim mantém o detalhe das séries anteriormente publicado e inclui
pela primeira vez os valores trimestrais para o ano de 2022. Esta informação incorpora as séries de
Contas Trimestrais por Setor Institucional divulgadas pelo INE a 24 de março de 2023 e segue, em
larga medida, os procedimentos metodológicos descritos detalhadamente em Cardoso e Sequeira
(2015).1

Em termos trimestrais, as séries publicadas para o PIB e principais componentes da despesa coin-
cidem com os dados divulgados pelo INE para o período posterior a 1995. As séries do rendimento
disponível dos particulares para o período a partir do primeiro trimestre de 1999 também coinci-
dem com as publicadas pelo INE (Contas Trimestrais por Setor Institucional) corrigidas de sazonali-
dade e efeitos de calendário.

No bloco do mercado de trabalho, as séries encontram-se agrupadas segundo duas medidas: equi-
valentes a tempo completo (ETC, conceito Contas Nacionais) e milhares de indivíduos (conceito
Inquérito ao Emprego). As séries do emprego em ETC correspondem, em termos anuais, às divul-
gadas pelo INE desde 1995. As séries em milhares de indivíduos e a série da taxa de desemprego
apenas diferem das atualmente publicadas pelo INE devido à correção de sazonalidade.

Em termos anuais, e para o período anterior a 1995, as séries respeitam a evolução das Séries Longas
para a Economia Portuguesa (SLEP2020), publicadas pelo INE e Banco de Portugal em dezembro de
2021.

Para a correção de sazonalidade recorreu-se, regra geral, ao procedimento X13-ARIMA (através


do software JDemetra+).

Estas séries trimestrais e anuais para o período de 1977-2022 são apresentadas em formato eletróni-
co no sítio do Banco de Portugal relativo a este Boletim Económico e no BPstat | Portal das Estatísticas
nos domínios Contas nacionais e População e mercado de trabalho. Séries trimestrais para a economia portuguesa: 1977-2022

1. Cardoso, F. e Sequeira, A. (2015), Séries longas trimestrais para a economia portuguesa: 1977-2014, Occasional Paper n.º 1, Banco de Portugal.

63
Séries anuais do património
dos particulares: 1980-2022
As séries anuais do património dos particulares, para o período 1980-2022, correspondem à atua-
lização das estimativas publicadas no Boletim Económico de maio do ano passado. Estas estimati-
vas de património, com divulgação anual2, incluem a componente financeira (ativos e passivos)
e a habitação (principal componente do património não financeiro). Os conceitos e metodologia são
idênticos aos descritos em Cardoso, Farinha e Lameira (2008)3.

As séries financeiras (ativos e passivos) aqui apresentadas são consistentes com a versão mais
recente das contas nacionais financeiras publicadas pelo Banco de Portugal, que estão disponí-
veis para o período 1994-2022. As séries financeiras para o período anterior a 1994 foram retro-
poladas utilizando as taxas de variação implícitas nas séries de património anteriores e obtidas
de acordo com a metodologia descrita detalhadamente em Cardoso, F. e Cunha, V. (2005).

A série do património em habitação está ancorada, para o período de 2000 a 2020, nas estimativas
de stock de capital em habitação das famílias disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE)4. Esta série foi prolongada para os períodos 1980-1999 e 2021-2022. Para o período anterior
a 2000, a série foi obtida respeitando retrospetivamente as taxas de variação do stock de capital
em habitação total que integra as Séries Longas para a Economia Portuguesa (SLEP2020) publica-
das pelo INE e Banco de Portugal em dezembro de 2021. Para 2021 e 2022, a série foi estimada
respeitando as taxas de variação em volume de um indicador para o stock de capital em habitação
assente numa metodologia semelhante à utilizada no cálculo das séries de stock de capital das
SLEP2020. O cálculo das séries de stock de capital baseia-se no método de inventário permanente,
que consiste em acumular sucessivamente o investimento em capital fixo (neste caso, investimento
em habitação), assumindo hipóteses para o seu período de vida útil e para o método de sobrevivên-
cia e depreciação5. Os dados a preços correntes para 2021 e 2022 foram obtidos tomando como
deflator do stock uma estimativa baseada no índice de Preços de Habitação publicado pelo INE.

As estatísticas de stock de capital em habitação do INE não incluem o valor dos terrenos subjacen-
tes aos alojamentos (que estão incluídos nas séries de património aqui publicadas). O valor desses
terrenos foi estimado com base no rácio definido para efeitos fiscais (nomeadamente, na avaliação
de imóveis em sede de IMI), que corresponde a 25% do valor global dos alojamentos.
Banco de Portugal • Boletim Económico • Junho 2023

2. As séries apenas são publicadas em formato eletrónico no sítio do Banco de Portugal relativo a este Boletim Económico.
3. Cardoso, F., Farinha, L. e Lameira, R. (2008), “Household wealth in Portugal: revised series”, Occasional Paper 1, Banco de Portugal. Esta publicação
corresponde à revisão das séries previamente publicadas em Cardoso, F. e Cunha, V. (2005) “Household wealth in Portugal: 1980-2004” Working
Paper n.º 4, Banco de Portugal, onde está descrita de forma mais detalhada a metodologia de cálculo.
4. As contas de stock de capital do INE foram publicadas pela primeira vez em novembro de 2017 e estão disponíveis na área de Contas Nacionais do
portal do INE. Para mais detalhes ver Instituto Nacional de Estatística (2017), “Contas de Stock de Capital (Base 2011) 2000 ― 2015”, Destaque de
24 de novembro.
5. Para mais detalhes sobre a metodologia de cálculo das séries de stock de capital SLEP2020 ver Séries Longas para a Economia Portuguesa (2021), INE
e Banco de Portugal.

64

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