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2023/01
Junho/2023
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS
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Tabela 6: NFSP Trimestral – Em R$ Milhões 10
ÍNDICE DE FIGURAS
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1. CONJUNTURA ECONÔMICA NACIONAL
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M1 é o total de moeda que não rende juros e é de liquidez imediata. A participação desse
agregado monetário no PIB brasileiro apresentou uma participação de Janeiro de 2022 com
7,4 e terminou Maio com uma participação de 6,6.
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Fonte: Banco Central do Brasil.
1.1.3. Inadimplência
A Tabela 3 traz informações acerca da inadimplência em operações de crédito do
sistema financeiro brasileiro do terceiro trimestre do ano de 2022 até o mês de Maio de
2023. Os dados demonstram que a inadimplência de Pessoas Físicas crescente, oscilou
entre 2,78% a 2,85% no terceiro trimestre do ano de 2022, e uma taxa média no quarto
semestre, entre Outubro e Dezembro de 2,99%, observa se que no primeiro trimestre de
2023 uma média de 3,26% e os meses de Abril e Maio foram de 3,48 e 3,58
respectivamente. Os dados apresentaram uma leve tendência de crescimento ao longo do
terceiro trimestre de 2022 , com um maior crescimento no segundo trimestre de 2023.
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resultado primário do governo, o resultado nominal, a dívida mobiliária federal e a dívida
líquida do setor público.
As receitas federais representam a capacidade de arrecadação do governo federal e a
capacidade do mesmo de financiar os seus gastos. A Tabela 4 demonstra o resultado do
terceiro e quarto trimestre do ano de 2021 e o primeiro e segundo trimestre de 2022.
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A arrecadação tributária é fundamental para o funcionamento do governo e para a
manutenção dos serviços públicos. Os valores mencionados indicam uma tendência de
crescimento na arrecadação ao longo dos trimestres analisados, o que pode estar
relacionado ao desempenho econômico do país nesse período. No entanto, é importante
considerar que outros fatores, como políticas fiscais e econômicas, bem como flutuações na
atividade econômica, podem influenciar os valores arrecadados pela Receita Federal. O
monitoramento desses indicadores é essencial para a análise da saúde financeira do país e
para o planejamento de políticas governamentais.
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resultado positivo podem incluir o aumento da arrecadação tributária, a redução de gastos
ou o impacto de medidas de ajuste fiscal. Já no 1º trimestre de 2023, houve uma reversão
do resultado, voltando a um déficit de -58.275,08 milhões de reais. Essa variação negativa
pode ter sido influenciada por eventos específicos, como despesas extraordinárias,
flutuações econômicas ou outros fatores imprevisíveis.
A Tabela 6 mostra que o resultado nominal do setor público inclui o resultado primário e
os juros nominais apropriados. A Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP)
mede o comportamento das receitas e das despesas públicas, apontando os resultados
fiscais dentro de um exercício financeiro e apura o montante de recursos que o setor público
necessita captar junto ao setor financeiro para fazer face aos seus dispêndios (MINISTÉRIO
DO PLANEJAMENTO, 2013).
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setor público, incluindo os juros nominais, não foram suficientes para cobrir as receitas
nesse período.
Com base nesses resultados, podemos concluir que houve variações significativas no
resultado nominal do setor público ao longo dos trimestres analisados e o setor público
registrou um déficit nominal de R $512, 200 bilhões, cerca de 5,12% do PIB. É importante
destacar que o resultado nominal é influenciado não apenas pelo resultado primário, que
mede a diferença entre as receitas e despesas primárias, mas também pelos juros nominais
apropriados, que representam os pagamentos de juros da dívida pública. Essas variações
podem refletir mudanças nas políticas fiscais adotadas pelo governo, flutuações na
economia, variações nas taxas de juros ou outros fatores macroeconômicos.
A dívida pública Mobiliária do governo federal como mostra a Tabela 7, reflete o total
de títulos públicos federais (Tesouro Nacional e Banco Central) fora do Banco Central
(BANCO CENTRAL, 2013), descontada as reservas internacionais do governo federal. O
seu comportamento reflete a necessidade de financiamento do setor público, bem como a
condução da política monetária nacional. A dívida mobiliária federal apresentou cerca de 4%
ou 3,84% de variações na participação do PIB nos dois últimos trimestres do ano de 2022 e
nos dois primeiros trimestres de 2023.
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internacionais) (KHAIR, 2006). A DLSP apresentou participação de 47,97% do PIB, com
algumas pequenas variações entre os trimestres.
Tabela 8: Evolução da DLSP- Em R$ Milhões.
Trimestre DLSP % PIB
3° Trim/2022 4.541.461,96 47,56938663
4º Trim/2022 4.690.125,71 47,71735182
1° Trim./2023 4.798.468,29 47,62822718
2º Trim./2023 5.030.343,61 48,99060071
Fonte: Banco Central do Brasil
No 3º trimestre de 2022, a DLSP foi de 4.541.461,96 milhões de reais, representando
47,56% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que a dívida líquida do setor público,
descontadas as disponibilidades em moeda nacional ou estrangeira, era equivalente a pouco
menos da metade do valor da produção de bens e serviços do país. No 4º trimestre de 2022,
houve um aumento na DLSP, atingindo 4.690.125,71 milhões de reais, o que corresponde a
47,71% do PIB. Essa variação pode ser atribuída a diversos fatores, como o aumento da
dívida bruta do setor público ou a redução das disponibilidades em moeda. No 1º trimestre
de 2023, a DLSP apresentou um leve declínio, totalizando 4.798.468,29 milhões de reais,
representando 47,62% do PIB. Essa variação pode refletir mudanças na dívida bruta e nas
disponibilidades do setor público. No 2º trimestre de 2023, ocorreu um novo aumento na
DLSP, chegando a 5.030.343,61 milhões de reais, o que corresponde a 48,99% do PIB.
Essa variação indica um aumento adicional na dívida líquida do setor público em relação ao
período anterior. Esses dados revelam uma trajetória de crescimento da DLSP ao longo dos
dois últimos trimestre de 2022 e os dois primeiros trimestres de 2023, com algumas
oscilações trimestrais. A relação entre a DLSP e o PIB é importante para avaliar a
sustentabilidade da dívida pública, uma vez que quanto maior a proporção em relação ao
PIB, maior a carga da dívida sobre a economia do país.
1.3. Preços
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segundo trimestre do ano de 2023, o IPCA mensal apresentou uma tendência de
desaceleração dentre o primeiro semestre.
Figura 1: Metas de Inflação e IPCA Efetivo, em % a.m.
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Essas informações evidenciam a dinâmica do balanço de pagamentos brasileiro em
2022, com desafios enfrentados nas transações correntes, mas também com sinais positivos
na balança comercial e na conta de investimentos diretos. Ainda há impactos significativos
da pandemia. A evolução da conta capital e financeira demonstra confiança dos investidores
estrangeiros no país, com o aumento dos IDPs.
Figura 2: Evolução do STC, CCF e NF ao longo dos anos de 2018/23.
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O déficit na conta de serviços, que engloba viagens internacionais, transporte, aluguel
de equipamentos e seguros, entre outros serviços, totalizou US$ 4,6 bilhões em dezembro
de 2022, um aumento significativo de 49,5% em relação a dezembro de 2021. No
acumulado do ano de 2022, o déficit em serviços atingiu US$ 40 bilhões, um aumento de
48,4% em comparação com 2021. O aumento do déficit em serviços foi principalmente
impulsionado pelo crescimento das despesas líquidas de transportes e de viagens. As
despesas líquidas de transportes aumentaram em US$ 5,8 bilhões, enquanto as despesas
líquidas de viagens aumentaram em US$ 4,9 bilhões.
Esses dados refletem a situação das transações correntes do Brasil em 2022,
evidenciando um aumento no déficit em relação ao ano anterior. O déficit na conta de
serviços, em particular, teve um aumento significativo devido às despesas com transportes e
viagens. Esses fatores podem ser influenciados por diversos aspectos, como o fluxo de
turismo, a demanda por serviços de transporte e as condições econômicas globais.
No acumulado de 2022, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas
transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais
representou saldo negativo de US$ 55,668 bilhões, o equivalente a 2,92% do Produto
Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária.
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no mercado doméstico somaram US$ 6,4 bilhões (ingressos líquidos de US$ 10,9 bilhões
em ações e fundos de investimentos e saídas líquidas de US$ 4,5 bilhões em títulos de
dívida) ante ingressos líquidos de US$ 27,9 bilhões em 2021.
Tabela 10: Transações Correntes conta capital e financeira do Brasil (Jan/2022-Dez/2023) – Em
US$ Milhões.
2022-2023
1 ー 2 ー 3 ー 4 ー 1 ー 2 ー
Discriminação Trim.2022 Trim.2022 Trim.2022 Trim.2022 Trim.2023 Trim.2023
1. Conta Capital e -17 299 -4 279 -20 218 -16 239 -9 803
Financeira -2.674
1.1 Conta Capital 86 -0 118 41 109 49,5
1.2 Conta Financeira -17 385 -4 279 -20 336 -16 281 -9 912 -2.724
Fonte: Banco Central do Brasil.
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Figura 3: Dados sobre TC, IDE e NF (Jan/2022 – abril/2023).
Fonte: Banco Central do Brasil
TC: Transações correntes
IDE: Investimentos estrangeiros diretos
NF: Necessidade de financiamento externo
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A taxa de câmbio no período analisado apresentou uma dinâmica volátil, sendo
influenciada por incertezas tanto no cenário externo quanto interno. Nos primeiros meses de
2023, houve um movimento de desvalorização da moeda. No cenário interno, há incertezas
remanescentes em relação à trajetória e à direção da política econômica, especialmente
após o período eleitoral. Essa incerteza pode contribuir para a volatilidade adicional na
cotação da moeda. Entre os pontos positivos que podem ser destacados para a dinâmica da
taxa de câmbio estão os fluxos cambiais e o desempenho comercial positivo ao longo do
ano. Esses fatores podem influenciar a oferta e a demanda da moeda estrangeira, afetando
sua cotação.
Essa análise ressalta a volatilidade da taxa de câmbio durante o período em questão,
influenciada por fatores externos e internos. A incerteza na política econômica e os fluxos
cambiais são elementos que afetaram a dinâmica da taxa de câmbio, resultando em
variações ao longo do ano de 2022.
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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,97% no primeiro trimestre de 2023,
comparado ao quarto trimestre de 2022. na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo
trimestre de 2022, o PIB apresentou crescimento de 1,6%. No acumulado nos quatro
trimestres, terminados em março de 2023, o PIB cresceu 4%, comparado aos quatro
trimestres imediatamente anteriores (IBGE). No segundo trimestre cresceu 3,4%, comparado
ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. O PIB recuou 0,6% no segundo trimestre
de 2023, na comparação com o período anterior, já livre de efeitos sazonais, e -0,3% na
comparação interanual, de acordo com o IBGE. Apesar dos desafios enfrentados ao longo
de 2023, a economia brasileira registrou um crescimento acumulado de 2,9% em seu
Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado é um reflexo dos esforços empreendidos pelos
setores produtivos, com destaque para o setor de serviços, que exerceu a maior contribuição
positiva para o crescimento econômico.
Outro ponto relevante é o crescimento do PIB per capita, que alcançou o valor de R$
46.155,00 em 2022, representando um aumento real de 2,2% em comparação com o ano
anterior. Esse indicador reflete uma distribuição mais equitativa do crescimento econômico,
beneficiando a população em geral.
No entanto, é importante observar que houve uma desaceleração no quarto trimestre
de 2022, interrompendo uma sequência de cinco trimestres de variações positivas. Esse
recuo de 0,2% pode ser atribuído tanto ao fechamento gradual de atividades afetadas pela
crise sanitária, como o setor de serviços, quanto aos possíveis efeitos da política monetária
contracionista, que podem ter restringido a demanda interna.
Considerando o cenário atual, o carry-over para 2023 é de 1,97%, o que significa que,
caso não ocorram mudanças significativas, espera-se um crescimento econômico de 1,97%
ao final deste ano. No entanto, é importante estar atento aos diversos fatores que podem
influenciar esse resultado, tanto interna quanto externamente, e adotar medidas adequadas
para impulsionar a economia e garantir um crescimento sustentável a longo prazo.
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Tabela 13: Evolução do Produto Interno Bruto acumulado ao longo do ano.
2022
Acumuladas ao longo do ano 1° Trim.2022 2° Trim.2022 3° Trim.2022 4° Trim.2022 1° Trim.2023
PIB a preços de mercado 0,97 0,31 -0,17 1,80
Agropecuária -0,54 -1,14 -0,92 21,55
Indústria 1,62 0,63 -0,33 -0,11
Serviços 1,22 0,93 0,20 0,57
Fonte: IBGE.
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Fonte: Banco Central do Brasil.
2. MERCADO DE TRABALHO
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A taxa de desocupação é apresentada no gráfico 5, tanto em nível nacional quanto no
estado de Mato Grosso. Os indicadores de emprego no país evidenciam a consolidação da
recuperação do mercado de trabalho brasileiro, refletindo o crescimento significativo da
população ocupada e sua contribuição para a redução do desemprego.
No segundo trimestre, o número de trabalhadores ocupados no país atingiu 98,9
milhões, voltando ao nível pré-pandemia registrado em janeiro de 2020, que foi de 94,5
milhões. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve uma diminuição de 1,3% na
população desocupada, o que contribuiu para uma redução da taxa de desocupação, que
caiu de 9,3% no segundo trimestre de 2022 para 8% no segundo trimestre de 2023.
.
Desde o início de 2021, a redução da taxa de desocupação é impulsionada pela
recuperação da população ocupada, que atingiu cerca de 97,8 milhões em abril, o maior
número desde o início da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
em 2012. Comparado ao mesmo período de 2021, a população ocupada teve um aumento
de 10,8%, e na série livre de sazonalidade, houve um aumento de 2,1% em relação a março.
Em junho de 2023, a taxa de desocupação atingiu 8%, o menor valor desde julho de 2015, e
a população desocupada diminuiu 1,3% entre junho de 2022 e 2023. Esse declínio no
desemprego reflete o bom desempenho da população ocupada. É importante destacar que
essa expansão da ocupação tem sido generalizada, abrangendo todas as regiões, faixas
etárias, níveis educacionais e praticamente todos os setores da economia.
No entanto, apesar da acomodação da população ocupada nos últimos meses, a taxa
de desocupação continua diminuindo devido à redução da força de trabalho. Além disso, o
desempenho positivo do emprego formal e a melhoria dos indicadores de subocuparão e
desalento reforçam esse quadro de maior dinamismo.
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Evolução do percentual de desocupados no Brasil e no Mato Grosso. Fonte: IBGE.
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REFERÊNCIAS
BACEN – Banco Central do Brasil. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/>. Acesso em: Várias
datas.
KHAIR, Amir. Dívida Líquida do Setor Público – Evolução e Perspectivas. Instituto de Economia,
2006. Disponível em: <http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/akhairdividasetorpublico.pdf>. Acesso em: 15
23
de agosto de 2013.
RIBEIRO, V. S.; DIAS, J. Índice de Atividade Econômica: Construção e Testes de Previsão dos
Modelos de Filtro de Kalman e Box-Jenkins. Revista Economia, set/dez 2006.
SHARMA, Subhash. Applied multivariate techniques. John Wiley & Sons, 1996, p.58-89.
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