Guia de Propágulos e Plântulas Da Caatinga

Direitos autorais pertencentes ao Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Guia de Propágulos e Plântulas
da Caatinga
SOBRE A UTILIZAÇÃO DESTA OBRA
Esta obra pode ser ob da no Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental.

A distribuição é gratuita para uso individual e pessoal.
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em
parte, cons tui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
O material pode ser u lizado como referência, desde que citada a fonte.
Petrolina - PE
2019
Ficha Catalográfica
Copyright © 2019 by Nazareth Guedes Urquiza; Jullyanna Nair de Carvalho, Christiane Erondina Corrêa, Leonardo Bergantini Pimentel,
Daniel Salgado Pifano, Renato Garcia Rodrigues.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, qualquer que seja a forma, sem prévia autorização dos
autores.
Impresso no Brasil.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Sistema Integrado de Bibliotecas da UNIVASF
Biblioteca da UNIVASF, Petrolina -PE, Brasil
G943 Guia de propágulos e plântulas da Caatinga/ Nazareth Guedes Urquiza... [et.al.];

ilustrado por Leonardo Bergantini Pimentel e Adla Thailla Silva Montefusco –
Petrolina-PE: Ed. Cogito, 2019.
58 p.: il.; 26 cm
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-63037-95-4
1. Morfologia vegetal. 2. Caatinga. 3. Manuais, guias, etc. I. Urquiza, Nazareth

Guedes. II. Carvalho, Jullyanna Nair de. III. Corrêa, Christiane Erondina. IV. Pimentel,
Leonardo Bergantini. V. Pifano, Daniel Salgado. VI. Rodrigues, Renato Garcia. VII.
Montefusco, Adla Thailla Silva. VIII. Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental
(NEMA). IX. Universidade Federal do Vale do São Francisco. X. Título.
CDD 581.4
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Aidil Silva Conceição CRB-5/1469
Capa / Contracapa: Diagramação: Edição: Fotos:

Mariane Barbosa Santos Novelli. Mateus Brandão Prates Mateus Brandão Prates Leonardo Bergantini Pimentel
Adla Thailla Silva Montefusco Adla Thailla Silva Montefusco
Agradecimentos
A elaboração dessa obra só foi possível pelo apoio constante do Ministério do Desenvolvimento Regional-MDR, parceria que desde 2008 tem
em muito contribuído para o desenvolvimento da Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF através da descentralização de ações e
recursos ligados ao Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – PISF. Agradecemos aos
servidores da UNIVASF que não medem esforços para o bom andamento dos nossos trabalhos e principalmente a todos os colaboradores vinculados
ao NEMA. A dedicação desses funcionários é motivo de orgulho e inspiração.
Histórico
A Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF, criada em 2004, atua desde 2008 na execução de programas ambientais
vinculados ao licenciamento das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional-PISF, um
grande empreendimento gerenciado pelo hoje chamado Ministério do Desenvolvimento Regional-MDR. Dentre diversas responsabilidades, a
UNIVASF através do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental NEMA, atua no Programa de Conservação de Fauna e Flora, avaliando e
mitigando os impactos decorrentes da instalação do empreendimento.
Assim, foi realizado um grande esforço de resgate de plantas herbáceas, arbustos e espécies arbóreas, geralmente indivíduos juvenis nas áreas
que sofreriam supressão vegetal. Ao mesmo tempo foram implementadas parcelas de monitoramento da vegetação nas áreas afetadas pela obra,
onde um dos objetivos foi a avaliação da dinâmica populacional de algumas espécies comuns encontradas na região.
A partir de 2016 o NEMA se tornou responsável também pela execução do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas do PISF. Para isso,
utilizando todo o conhecimento adquirido pela equipe, desenvolvemos diversos modelos de recuperação especialmente criados para áreas
impactadas pela obra e possuindo grande capacidade de replicação.
Todo esse crescimento só foi possível através do continuo aperfeiçoamento e acúmulo de conhecimento sobre a Caatinga. Hoje temos a
satisfação de apresentarmos um desses produtos, fruto de anos de experiência, trabalho duro e amor pela ciência e pela Caatinga. Esperamos que este
guia ajude pesquisadores e restauradores na importante tarefa de compreendermos cada vez melhor nossa biodiversidade.
O apoio do MDR durante todas as etapas de nossos trabalhos e a dedicação de sua equipe técnica para uma gestão ambiental de referência foi
fundamental para isso.
Dr. Renato Garcia Rodrigues

Prof. Adjunto da Universidade Federal do Vale do São Francisco
Prefácio
Restaurar ecossistemas é uma tarefa tão urgente quanto desafiadora para a ciência ecológica. Quando decidimos intervir para recuperar um
ecossistema estamos invariavelmente pensando nas funções que queremos reabilitar com nossas intervenções. Podemos pensar em um ecossistema
ideal, mas colocar esse ecossistema ideal “no chão” é quase como esculpir uma estátua no escuro. A incerteza acerca dos resultados de nossas
intervenções em ecossistemas degradados ainda é grande, mas temos avançado muito na direção de reduzir incertezas e garantir que resultados
esperados sejam alcançados. Um dos passos mais importantes para garantir o sucesso da restauração ecológica é saber exatamente o que se está
plantando e qual seu papel no ecossistema e também no socioecossistema. Plantar florestas não á uma atividade trivial. A Caatinga é a floresta que
serve à muitos fins: desde serviços ecológicos como a conservação dos solos, águas e biodiversidade, até saciar a fome e curar doenças dos sertanejos
e sertanejas. Neste livro, primorosamente organizado pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental – NEMA, da Universidade do Vale do
São Francisco – Univasf, encontramos um material inédito e completo para a restauração da Caatinga. São 19 plantas lenhosas, de extrema
importância para a Caatinga e para os “caatingueiros” descritas quanto às suas estratégias ecológicas de germinação, dispersão e crescimento,
hábitos e usos tradicionais pela população da Caatinga. Portanto, com esse guia, podemos começar a planejar a restauração da Caatinga sonhando
grande, desejando cumprir tanto com a recuperação de funções ecológicas como de valoração econômica e de usos tradicionais dessa vegetação.
Com este material em mãos, profissionais tão diversos como biólogos, engenheiros florestais, agrônomos e mesmo agricultores interessados em
restaurar suas propriedades, têm um ponto de partida seguro para recuperar suas Caatingas. Essa é a função de extensão da ciência praticada nas
universidades: compilar de maneira rigorosa e criativa toda a informação resultante do esforço de equipes de trabalho e pesquisa, divulgando
conhecimento de maneira acessível e precisa.
Dr. Felipe Pimentel Lopes de Melo

Prof. Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco
Apresentação
A recuperação de áreas degradadas, bem como a restauração ecológica dos ambientes naturais tem ganhado cada vez mais força nos últimos 20
anos, seja por avanço do crescimento econômico e urbano desordenado, seja por necessidades oriundas da própria relação do homem com o meio
ambiente. Muitas experiências têm sido divulgadas, nesse sentido, nos mais diversos biomas brasileiros e um grande gargalo apontado é justamente
a escolha das espécies vegetais a serem utilizadas em cada caso, seja para recuperar, reabilitar ou restaurar o ecossistema em questão. Assim sendo, é
fundamental ter certeza se as mudas ou plântulas escolhidas para os plantios são de fato pertencentes àquelas espécies previamente escolhidas.
A identificação correta de espécies vegetais é um grande desafio para taxonomistas do mundo inteiro pela grande plasticidade de
características que plantas da mesma espécie podem apresentar. Frequentemente encontramos plantas adultas de uma mesma espécie em locais
diferentes apresentando características morfológicas também bastante distintas. Isso é uma resposta aos fatores ambientais na qual essas plantas
estão inseridas, refletindo em diferenças no tamanho da folha ou na quantidade de galhos que a planta pode produzir, por exemplo.
Plantas que habitam um mesmo local, também apresentam diferenças nas características morfológicas dos indivíduos ao longo de todo ciclo
de vida da espécie, desde a semente até a fase adulta. Em cada fase do desenvolvimento os indivíduos têm necessidades nutricionais e fisiológicas
específicas para manter seu desenvolvimento e sobreviver. Essa variabilidade nas características morfológicas dentro da mesma espécie dificulta a
identificação correta de indivíduos, principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento.
De fato, para identificar corretamente uma espécie de planta é necessário que a mesma apresente alguma estrutura reprodutiva no momento da
coleta/identificação. Quase que exclusivamente, a taxonomia é inerente a indivíduos adultos, uma vez que os botânicos consideram que uma espécie
de planta se torna adulta quando a mesma floresce pela primeira vez. Só que atualmente há uma demanda crescente na identificação de plantas jovens
e até mesmo de plântulas. Em estudos de dinâmica ou em projetos de recuperação de áreas degradadas isso é cada vez mais comum. E como fazer
para identificar corretamente plântulas e indivíduos juvenis? É possível fazer este trabalho reduzindo a chance de erro taxonômico?
Com essas questões em mente, surgiu a necessidade de documentar e avaliar o desenvolvimento de espécies da Caatinga selecionadas para o
monitoramento do impacto ambiental do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas no Nordeste Setentrional. Foram
escolhidas espécies endêmicas e/ou representativas na Caatinga, que se mostraram difíceis de identificar nas fases iniciais com o desenvolvimento
das atividades de campo. Tudo isso motivou a publicação da presente obra que certamente contribuirá para aqueles que trabalham com a flora e a
vegetação da Caatinga, tanto para conservação/preservação quanto pela própria Botânica em si.
Dr. Daniel Salgado Pifano

Prof. Adjunto da Universidade Federal do Vale do São Francisco
Como usar este guia
Nome da espécie, autor. Características gerais das

espécies com base em
Nome da família, informações da literatura.
nome popular.
Nome da espécie,
autor.
Símbolos adotados para acessar
rapidamente as informações de:
Hábito: Os registros fotográficos das

Arbusto Arbórea fases foram realizados com
câmara Dslr semiprofissional
de 12.1 megapixels e o auxílio
de um Câmara clara.
Tratamento para quebra de dormência: &
Utilizou-se a percepção visual
Química Mecânica sem guias de referência para
descrever as cores das fases
do desenvolvimento. A
iluminação para a realização
Usos: dos registros fotográficos pode
Combustível Tecnológico alterar a cor, sendo o tom um
pouco diferente da descrição
indicada no texto.
Medicinal Construção
Alimentício Os dados fenológicos são

provenientes do banco de
dados do PISF do ano
Tipos de dispersão:
de 2015 e compreendem:
Autocoria
Zoocoria Anemocoria
Época de Fruto Fruto
Informações obtidas a partir de dados f loração verde maduro
de literatura especializada.
Como usar este guia
Descrição botânica das Biometria dos frutos e sementes
espécies FRUTO SEMENTE
as nomenclatura adotadas Foram coletados dez frutos e
são baseadas em: sementes de indivíduos diferentes.
Base A descrição corresponde ao menor
e maior valor observado nesses
Comprimento
Comprimento
-Barroso, 1999
-Gonçalves & Lorenzi, 2007 indivíduos.
fases do desenvolvimento:
-germinação: emissão da
radícula Ápice
Largura Largura MUDA
-Eófilo: quando surge a
primeira folha ou primeiro
par de folhas;
-metáfilo: quando do
aparecimento da Segunda folha
ou segundo par de folhas.
-muda: plantas com altura de
30cm ou diâmetro do coleto METÁFILO
de 3mm.
EÓFILO
Biometria das espécies
As medidas indicadas na 30 cm até a

gema apical
descrição corresponde ao
comprimento e largura (C x L)
observado em 10 indivíduos.
Epicótilo
Eófilo e Metáfilo: foram
medidas as folhas quando
completamente expandidas.
Hipocótilo
Cotilédone
Muda: foram selecionadas as
folhas com estágio de
desenvolvimento intermediário.
Como usar este guia - Tipo de Folhas
Folha Simples Folha Composta
INTEIRA TRILOBADA UNIFOLIOLADA TRIFOLIOLADA
Folíolo
BILOBADA PALMATILOBADA
pequena articulação
na base indica que é
composta
Pecíolo
PINADA PINADA BIPINADA BIPINADA

PARIPINADA IMPARIPINADA PARIPINADA IMPARIPINADA
Foliólulo
Ráquila
Pulvino
Raque
Pulvino
Raque Pulvinulo
Pecíolo
Folíolo Folíolo
Pecíolo
Sumário
Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm. 12

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan 14
Aspidosperma pyrifolium Mart. 16
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. 18
Cenos gma pyramidale (tul.) E. Gargnon & G.P. Lewis 20
Cnidoscolus quercifolius Pohl 22
Croton blanche anus Baill. 24
Eugenia s ctopetala Mart. ex DC. 26
Jatropha mollissima (Pohl) Baill. 28
Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz 30
Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke 32
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. 34
Myracrodruon urundeuva Allemão 36
Piptadenia s pulacea (Benth.) Ducke 38
Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson 40
Pseudobombax marginatum (A.St.-Hil.) A. Robyns 42
Sapindus saponaria L. 44
Senna trachypus (Benth.) H.S.Irwin & Barneby 46
Ziziphus joazeiro Mart. 48
Referências Bibliográficas 50
Glossário 54
12 Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm.
Família: Fabaceae
Nome Popular: umburana-de-cheiro
Espécie arbórea, nativa e não endêmica do Brasil. Encontrada 3,37 cm) é pinada, imparipinada e peciolada (1,00 – 1,57 cm).
nas regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste. Ocorre nos Os folíolos (1,34 – 1,50 x 0,58 – 0,79 cm), 3 - 4 pares e 1 folíolo Fruto
domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado, Mata terminal; são alternos a subopostos; possuem peciólulos (0,08
Atlântica e Pantanal. Apresenta médio porte, baixa densidade – 0,11cm); ápice obtuso, margem inteira e base arredondada;
de madeira e raramente forma populações densas. Permanece coloração amarelo esverdeado. Tricomas simples
um curto período sem folhas. A floração ocorre na estação esbranquiçados são encontrados na face abaxial dos folíolos.
chuvosa. As flores estão organizadas em inflorescências ao Gema apical (0,04 – 0,08 cm) elíptica e de coloração verde
final ou nas axilas dos ramos e são polinizadas principalmente claro. O metáfilo apresenta folha (2,77 – 5,90 x 2,72 – 3,15 cm)
por abelhas. A frutificação ocorre na estação seca. A dispersão alterna e peciolada (0,90 – 1,47 cm); folíolos (1,22 – 1,41 x
do fruto é do tipo anemocórica. A semente apresenta 0,55 – 0,78 cm), 3 - 4 pares, alternos a opostos e com peciólulo
comportamento ortodoxo e dormência física. Utilizada na (0,08 – 0,10cm); e gema apical (0,01 – 0,03 cm).
construção civil, na medicina e para confecção de móveis.
Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples e
Fruto: 7,83 – 8,74 cm de comprimento; 1,60 – 1,79 cm de lenticelas. As folhas apresentam 12,02 – 15,01 cm de
largura e 0,93 – 1,61 cm de espessura. Criptosâmara, seco ecomprimento e 5,99 – 6,76 cm de largura, são pinadas,
indeiscente. Formato fusiforme com ápice e base obtusos e imparipinadas, alternas espiraladas e pecioladas (1,21 – 1,80
bordas levemente onduladas. Compresso até 1/3 da porção cm). Os folíolos (2,82 – 3,99 x 1,71 – 2,03 cm), 3 - 5 pares e 1
terminal; são alternos a opostos; possuem peciólulos (0,07 –
distal onde se dilata abruptamente. Consistência firme, textura
lisa e coloração marrom escuro. Endocarpo adnato a semente 0,10 cm); ápice obtuso, margem inteira e base arredondada; 1 cm
formando a ala. Cada fruto pode conter de 1 - 2 sementes. coloração verde. Tricomas simples esbranquiçados são
encontrados na face abaxial dos folíolos. Catáfilos ausentes. A
Semente: 1,27 – 1,80 cm de comprimento; 1,01 – 1,24 cm de gema apical (0,04 – 0,06 cm) é elíptica e de coloração verde
largura e 0,43 – 0,55 cm de espessura. Formato elipsóide, claro. Semente
consistência firme, textura lisa e coloração marrom escuro.
Peso de mil sementes (≈ 478,78 g).
Germinação: hipógea fanerocotiledonar, com protrusão da

radícula cinco dias após a semeadura. A radícula apresenta
0,27 – 0,32 cm de comprimento, forma cônica e coloração
amarelo esbranquiçado.
Plântula: Os cotilédones apresentam 1,30 – 1,73 cm de

comprimento e 0,78 – 1,05 cm de largura, ápice obtuso e base
sagitada, são carnosos e de coloração verde claro. O eófilo
1 cm
apresenta hipocótilo pouco desenvolvido e epicótilo (8,62 –
10,67 cm) cilíndrico de coloração verde claro, indumentado
por densos tricomas simples esbranquiçados. Catáfilo presente
na região mediana do epicótilo. A folha (4,28 – 5,84 x 2,99 –
Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm. 13
Germinação 1 cm
Eófilo 1 cm Metáfilo 1 cm Muda 1 cm
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
14 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
Família: Fabaceae
Nome Popular: angico
Espécie arbórea/arbustiva e nativa. Encontrada nas regiões lanceoladas de coloração verde-claro a vermelho arroxeado. Os
nordeste, centro-oeste, sul e sudeste, nos domínios folíolos (1,96 – 2,90 x 0,31 – 0,59 cm), 4 - 5 pares; são opostos, Fruto
fitogeográficos da Caatinga, do Cerrado e Mata Atlântica. A paripinados e possuem peciólulos (0,07 – 0,12 cm). Nectários
floração pode acontecer na estação seca ou em vários períodos extraflorais (1-2) de coloração verde claro a vermelho arroxeado
curtos ao longo de todo ano. A produção de frutos depende de são encontrados entre os pares de folíolos na porção mais distal da
polinização por abelhas. A frutificação se estende do período seco raque. Pulvíno presente. Os foliólulos (0,38 – 0,51 x 0,08 – 0,13
até o início do período chuvoso. A dispersão é do tipo autocórica. cm), 19 a 24 pares; são opostos; sésseis; decrescentes no tamanho
A unidade de dispersão é a semente, a qual possui comportamento em cada extremidade do folíolo; com ápice agudo, margem
ortodoxo e não apresenta dormência. Espécie utilizada no inteira e base assimétrica; face adaxial verde-escuro e face
artesanato/tecnológico, na construção civil, como combustível, abaxial amarelo esverdeado. Tricomas simples são encontrados
madeira, além do uso medicinal de quase todas as partes da em ambas as faces dos foliólulos. Pulvínulo presente. Gema
planta. apical (0,03 – 0,04 cm) elíptica e de coloração verde claro a
vermelho arroxeado. Os metáfilos apresentam folhas (3,30 – 5,90
Fruto: 21,05 – 24,31 cm de comprimento; 1,83 – 2,49 cm de x 1,82 – 3,13 cm) alternas, pecioladas (0,76 – 1,22 cm) e com um
largura e 0,30 – 0,46 cm de espessura. Folículo, seco e deiscente. par de estípulas (0,10 – 0,22 cm); folíolos (1,84 – 3,01 x 0,49 –
Formato fusiforme com ápice acuminado, base atenuada e bordas 0,68 cm), 4 - 5 pares, com peciólulos (0,05 – 0,10 cm); foliólulos
levemente onduladas. Consistência crustácea, textura rugosa e (0,38 – 0,53 x 0,11 – 0,15 cm), 13 - 19 pares; e gema apical (0,03 –
coloração marrom claro. Cada fruto pode conter de 11 - 15 0,04 cm). Lenticelas presentes nas regiões adjacente ao primeiro
sementes. nó. Pode ter nectário extrafloral vermelho arroxeado na porção
distal do pecíolo. 1 cm
Semente: 1,23 – 1,69 cm de comprimento; 1,11 – 1,34 cm de
largura e 0,13 – 0,16 cm de espessura. Formato globoso a Muda: O eixo caulinar com lenticelas abundantes nas regiões
subgloboso, consistência coriácea, textura lisa e coloração mais maduras. As folhas apresentam de 14,60 – 18,02 cm de
marrom escuro. Pleurograma presente. Semente alada. Peso de comprimento e 5,30 – 6,01 cm de largura, são bipinadas, Semente
mil sementes (≈ 101,50 g). paripinadas e alternas espiraladas; possuem pecíolos (1,44 – 2,25
cm) com abundantes tricomas simples e um par de estípulas (0,21
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da – 0,30 cm) lanceoladas de coloração verde claro a vermelho
radícula um dia após a semeadura. A radícula apresenta 0,20 – arroxeado. Os folíolos (2,30 – 4,43 x 0,66 – 0,68 cm), 14 - 17
0,26 cm de comprimento, forma cônica e coloração pares, são opostos, paripinados e possuem peciólulos (0,07 – 0,13
esbranquiçada. cm). Presença de nectário extrafloral vermelho arroxeado na
porção distal do pecíolo e entre os dois últimos pares de folíolos.
Plântula: Os cotilédones apresentam 1,20 – 1,79 cm de Pulvíno presente. Os foliólulos (0,26 – 0,37 x 0,09 – 0,11 cm), 30
comprimento e 1,25 – 1,76 cm de largura, ápice truncado a - 38 pares; são opostos; sésseis; decrescentes no tamanho em cada
arredondado e base sagitada, são carnosos e de coloração verde extremidade do folíolo; com ápice agudo, margem inteira e base
claro. O eófilo apresenta hipocótilo (0,36 – 0,73 cm) de coloração assimétrica; face adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo
amarelo esbranquiçado e epicótilo (2,49 – 4,05 cm) de coloração esverdeado. Tricomas simples são encontrados em ambas as 1 cm
verde claro a vermelho arroxeado. Ambos são cilíndricos e faces dos foliólulos. Pulvínulo presente. Gema apical (0,10 – 0,15
indumentados por tricomas simples esbranquiçados. A folha cm) elíptica e de coloração verde claro a vermelho arroxeado.
(3,96 – 5,88 x 4,41 – 7,17 cm) é bipinada, paripinada, peciolada
(0,20 – 0,38 cm) e com um par de estípulas (0,13 – 0,37 cm)
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan 15
Germinação 1 cm
16 Aspidosperma pyrifolium Mart.
Família: Apocynaceae
Nome Popular: pereiro
Espécie arbórea e nativa do Brasil. Encontrada nas regiões por tricomas simples esbranquiçados e apresentam lenticelas.
norte, nordeste, centro-oeste e sudeste. Ocorre nos domínios As folhas (2,19 – 3,43 x 1,21 – 2,29 cm), 1 par, são simples; Fruto
fitogeográficos da Caatinga e Cerrado, também em vegetação opostas; ovadas; pecioladas (0,17 – 0,29 cm); ápice agudo,
sobre afloramentos rochosos. Perde grande parte de suas margem inteira e base obtusa; coloração verde claro. Tricomas
folhas na estação seca, voltando a produzi-las no início da simples esbranquiçados são visíveis em ambas as faces da
estação chuvosa. A floração ocorre ao final da estação seca, folha. Gema apical (0,20 – 0,30 cm) obovada e de coloração
apesar de haver registros de picos de floração na estação verde claro. Os metáfilos apresentam folhas (30,8 – 4,52 x 1,93
chuvosa. Suas flores são pequenas, brancas e tubulares, sendo – 2,56 cm) opostas cruzadas, pecioladas (0,32 – 0,45 cm); e
a polinização realizada principalmente por borboletas e gema apical (0,29 – 0,35 cm).
mariposas. A frutificação acontece na estação seca. A
dispersão é do tipo anemocórica. A unidade de dispersão é a Muda: O eixo caulinar apresenta lenticelas proeminentes. As
semente, a qual é ortodoxa e não apresenta dormência. Espécie folhas apresentam 4,72 – 5,83 cm de comprimento e 2,75 –
com uso madeireiro e medicinal. 4,06 cm de largura; são simples; alternas espiraladas;
pecioladas (0,41– 0,57 cm); ovadas; ápice agudo, margem
Fruto: 4,70 – 6,68 cm de comprimento; 3,58 – 5,12 cm de inteira e base obtusa; coloração verde-escuro. Tricomas
largura e 1,51 – 1,96 cm de espessura. Folículo, seco e simples esbranquiçados são visíveis em ambas as faces da
deiscente. Formato piriforme com ápice arredondado, base folha. Gema apical (0,30 – 0,36 cm) obovada e de coloração
cuneada e bordas inteiras. Consistência firme, textura verde claro.
aveludada e coloração marrom. Presença de lenticelas. Cada 1 cm
fruto pode conter inúmeras sementes.

largura e 0,08 – 0,10 cm de espessura. Formato globoso a Semente
subgloboso, consistência cartácea, textura rugosa e coloração
laranja claro. Semente alada. Peso de mil sementes (≈ 163,83
g).
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

radícula três dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,31
– 0,38 cm de comprimento, forma cônica e coloração
esbranquiçada.

comprimento e 2,36 – 3,71 cm de largura, ápice arredondado e
1 cm
base cordada, são foliáceos e de coloração verde claro. Os
eófilos apresentam hipocótilo (2,96 – 4,23 cm) de coloração
amarelo esbranquiçado e epicótilo (1,18 – 2,03 cm) de
coloração verde claro. Ambos são cilíndricos, indumentados
Aspidosperma pyrifolium Mart. 17
Germinação 1 cm
18 Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud.
Família: Fabaceae
Nome Popular: mororó
Espécie arbórea/arbustiva e não endêmica do Brasil. obtuso e base obtusa, são foliáceos e de coloração verde
Encontrada nas regiões nordeste, centro-oeste e sudeste. escuro. Nervura evidente. O eófilo apresenta hipocótilo (0,75 – Fruto
Ocorre nos domínios fitogeográficos da Caatinga e do 1,05 cm) de coloração amarelo esbranquiçado e epicótilo (2,05
Cerrado. Apresenta desenvolvimento inicial associado a – 3,31 cm) de coloração amarelo esverdeado. Ambos são
chuva pela presença de micorrizas nas raízes, que influenciam cilíndricos e apenas o epicótilo é indumentado por tricomas
o crescimento em altura e área foliar, especialmente em solos simples amarelados. A folha (1,56 – 2,14 x 2,3 – 2,54 cm) é
mais pobres em nutrientes. Além disso, possui adaptações simples; peciolada (0,68 – 0,95 cm); bilobada, dividida no
fisiológicas para resistir a períodos de seca prolongada. A ápice até 1/3 do seu comprimento; ápice emarginado, margem
floração ocorre na estação chuvosa e suas flores têm curta inteira e base cordada; com face adaxial verde escuro e face
duração. É polinizada especialmente por morcegos, mas a abaxial amarelo esverdeado e possui um par de estípulas (0,10
forma manual também é eficiente, sendo dependente de – 0,12 cm) lanceoladas de coloração amarelo esverdeado.
polinização cruzada para produção de frutos. A frutificação Nectário extrafloral amarelo esverdeado é encontrado envolto
ocorre na estação chuvosa por um curto período. A dispersão é pela estípula. Tricomas simples são visíveis em ambas as faces
autocórica. A unidade de dispersão é a semente, a qual e glandulares apenas na face abaxial da folha. Pulvíno
apresenta comportamento ortodoxo e dormência física. presente. Gema apical (0,03 – 0,05 cm) obovada de coloração
Espécie utilizada principalmente para fins medicinais, embora amarelo esverdeado. O metáfilo apresenta folha (1,78 – 2,66 x
também empregada na construção civil, na alimentação e 2,44 – 3,34 cm) alterna, peciolada (0,94 – 1,40 cm), com um
como combustível. par estípulas (0,11 – 0,13 cm); e gema apical (0,03 – 0,05 cm).
1 cm
Fruto: 6,41 – 11,12 cm de comprimento; 0,80 – 1,37 cm de Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples
largura e 0,15 – 0,28cm de espessura. Legume, seco e esbranquiçados e tricomas glandulares concentrados na região
deiscente. Formato fusiforme com ápice acuminado, base de inserção do pecíolo. As folhas possuem de 8,01 – 11,21 cm
cuneada e valvas levemente onduladas. Consistência firme, de comprimento e 8,83 – 13,66 cm de largura; são simples; Semente
textura vilosa e coloração marrom escuro. Cada fruto pode alternas espiraladas; possuem pecíolos (2,37 – 3,30 cm) com
conter de 5 - 13 sementes. tricomas simples esbranquiçados; são bilobadas, dividida no
ápice até 1/3 do seu comprimento; ápice emarginado, margem
Semente: 0,60–0,76 cm de comprimento;0,43 – 0,55 cm de inteira e base cordada; com face adaxial verde escuro e face
largura e 0,21– 0,25 cm de espessura. Formato elipsóide, abaxial amarelo esverdeado e possui um par de estípulas (0,10
consistência firme, textura lisa e coloração marrom claro. Peso – 0,12 cm) lanceoladas de coloração amarelo esverdeado.
de mil sementes (≈ 34,91 g). Nectário extrafloral amarelo esverdeado é encontrado envolto
pela estípula. Tricomas simples são visíveis em ambas as faces
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da e glandulares apenas na face abaxial da folha. Pulvíno
radícula dois dias após a semeadura. A radícula apresenta presente. Gema apical (0,17 – 0,30 cm) obovada de coloração
0,31–0,39 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo esverdeado.
1 cm
amarelo esbranquiçada.

comprimento e 0,85 – 1,18 cm de largura, ápice arredondado a
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. 19
Germinação 1 cm
20 Cenostigma pyramidale (Tul.) E. Gargnon & G.P. Lewis
Família: Fabaceae
Nome Popular: catingueira, catinga-de-porco, pau-de-rato
Espécie arbórea/arbustiva, nativa e endêmica do Brasil. (4,14 – 5,14 x 4,54 – 6,61 cm), 1 par, são bipinadas,
Encontrada nas regiões Norte e Nordeste do país. Ocorre nos imparipinadas, pecioladas (0,73 – 1,56 cm) e apresentam um Fruto
domínios fitogeográficos da Amazônia e da Caatinga. par de estípulas (0,10 – 0,18 cm) lanceoladas com tricomas
Dependente da estação chuvosa para produção de flores, frutos glandulares e de coloração amarelo esverdeado. Os folíolos
e para o crescimento, perdendo suas folhas no período seco. A (2,86 – 3,66 x 1,56 – 2,00 cm), 1 par e 1 folíolo terminal, são
floração ocorre praticamente simultânea na maioria dos opostos, paripinados e com peciólulo terminal (0,94 – 0,97)
indivíduos. A polinização é feita por abelhas. Os frutos são mais alongado do que os laterais (0,16 – 0,22 cm). Os
originados de polinização cruzada, manual ou natural. A foliólulos (0,75 – 1,14 x 0,38 – 0,60 cm), 4 – 5 pares; são
dispersão é do tipo autocórica. A unidade de dispersão é a alternos a opostos; sésseis a subsésseis; acrescentes
semente, a qual possui comportamento ortodoxo e dormência distalmente; ápice obtuso, margem inteira e base oblíqua; face
física. Espécie com maior potencial de usos na Caatinga, adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo esverdeado. Na
empregadas em diversos fins como combustível, medicinal e região abaxial dos foliólulos é frequente a presença de
construção civil. tricomas simples e glandulares. Gema apical (0,03 – 0,06 cm)
obovada e de coloração amarelo esverdeado. O metáfilo
Fruto: 7,32 – 9,71 cm de comprimento; 1,59 – 2,17 cm de apresenta folha (3,07 – 4,38 x 4,83 – 5,63 cm) trifoliolada,
largura e 0,40 – 0,49 cm de espessura. Legume, seco e alterna espiralada, peciolada (1,76 – 2,04 cm) e com um par de
deiscente. Formato fusiforme com ápice apiculado, base estípulas (0,15 – 0,31 cm); folíolos (3,29 – 4,14 x 1,44 – 1,91
obtusa e valvas planas. Consistência firme, textura vilosa e cm) 1 par e 1 terminal, com peciólulo (0,88 – 1,24 cm);
coloração marrom. Cada fruto pode conter de 3 – 5 sementes. foliólulos (1,04 – 1,19 x 0,53 – 0,77 cm), 3 - 4 pares, de 1 cm
coloração amarelo esverdeado; e gema apical (0,05 – 0,12 cm)
Semente: 0,97 – 1,21 cm de comprimento; 0,82 – 0,99 cm de de coloração vermelho escuro.
largura e 0,15 – 0,23 cm de espessura. Formato elipsóide,
consistência firme, textura lisa e coloração marrom claro. Peso Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples e lenticelas Semente
de mil sementes (≈ 129,63 g). nas regiões mais maduras. As folhas apresentam de 12,37 –
15,69 cm de comprimento e 9,28 – 11,01 cm de largura, são
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da bipinadas, imparipinadas, alternas espiraladas, possuem
radícula dois dias após a semeadura. Radícula com 0,29 – 0,35 pecíolos (2,24 – 3,43 cm) com tricomas simples e glandulares;
cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo e um par de estípulas (0,21 – 0,29 cm) lanceoladas, com
esbranquiçada. tricomas glandulares, e de coloração amarelo esverdeado. Os
folíolos (6,84 – 8,98 x 2,81 – 3,67 cm), 2 pares e 1 terminal, são
Plântula: Os cotilédones apresentam 0,94 – 1,54 cm de subopostas, paripinadas e com peciólulos (1,31 – 1,67 cm). Os
comprimento e 0,88 – 1,22 cm de largura, ápice arredondado e foliólulos (2,27 – 2,64 x 1,41 – 1,83 cm), 3 - 4 pares; alternos;
base sagitada, são carnosos e de coloração verde-escuro. O sésseis a subsésseis; acrescentes distalmente; ápice obtuso,
eófilo apresenta hipocótilo (2,18 – 4,05 cm) de coloração margem inteira e base oblíqua; coloração verde claro. Na
1 cm
amarelo esbranquiçado e epicótilo (2,09 – 4,21 cm) de região abaxial dos foliólulos é frequente a presença de
coloração amarelo esverdeado. Ambos são cilíndricos e tricomas simples e glandulares. Gema apical (0,15 – 0,21 cm)
indumentados por tricomas glandulares de coloração obovada e de coloração amarelo esverdeado.
vermelho escuro e tricomas simples esbranquiçados. As folhas
Cenostigma pyramidale (Tul.) E. Gargnon & G.P. Lewis 21
Germinação 1 cm
22 Cnidoscolus quercifolius Pohl
Família: Euphorbiaceae
Nome Popular: favela
Espécie com hábito arbóreo/arbustivo, nativa e endêmica do arredondados, são foliáceos e de coloração verde escuro.
Brasil. Encontrada nas regiões nordeste e sudeste. Ocorre Nervura evidente. O eófilo apresenta hipocótilo (0,69 – 1,07 Fruto
exclusivamente no domínio fitogeográfico da Caatinga. Tem cm) e epicótilo (1,31 – 1,99 cm). Ambos são cilíndricos, de
melhor desenvolvimento em solos argilosos ricos em coloração verde claro e indumentados por numerosos tricomas
nutrientes, próximo a ninhos de formigas. Além disso, seu glandulares translúcidos. A folha (1,90 – 2,54 x 1,51 – 2,01 cm)
desenvolvimento é influenciado pela disponibilidade de água. é simples; peciolada (1,29 – 1,52 cm); penatífida; ápice
Pode permanecer muitos meses perdendo folhas, acuminado, margem espinhosa e base cuneada; com faces
especialmente no período seco. A floração ocorre ao final da adaxial e abaxial verde acinzentado. Tricomas glandulares
estação seca e na estação chuvosa. Apresenta flores femininas restritos a região das nervuras. Gema apical (0,12 – 0,26 cm)
2
e masculinas agrupadas na mesma inflorescência . A obovada e de coloração verde acinzentado. O metáfilo
frutificação ocorre na estação chuvosa. A dispersão é apresenta folha (2,06 – 2,58 x 1,20 – 1,58 cm) alterna,
autocórica, porém a semente apresenta uma estrutura, peciolada (1,64 – 1,75 cm); e gema apical (0,21 – 0,29 cm).
denominada carúncula, que atrai formigas e promove sua
Muda: O eixo caulinar apresenta lenticelas. As folhas
dispersão secundária. A unidade de dispersão é a semente, a
apresentam de 10,49 – 11,76 cm de comprimento e 6,50 – 6,78
qual apresenta comportamento ortodoxo e dormência física. A
cm de largura; são simples, alternas espiraladas; pecioladas
germinação é melhor sucedida quando a carúncula é retirada e
utilizado solo rico em nutriente. Espécie utilizada como (4,73 – 4,95 cm); penatífidas; ápice acuminado, margem
combustível, para consumo humano e apresenta uso espinhosa e base cuneada; com faces adaxial e abaxial verde
medicinal. acinzentado. Tricomas glandulares restritos à região das 1 cm
nervuras. Gema apical (0,31 – 0,36 cm) obovada e de
Fruto: 1,93 – 2,37 cm de comprimento e 1,64 – 2,02 cm de coloração verde acinzentado.
largura. Cápsula loculicida, seco e deiscente. Formato
globoso. Consistência lenhosa, textura rugosa e coloração Semente
marrom acinzentado. Presença de espinhos. Cada fruto
contém três sementes.

largura e 0,45 – 0,63 cm de espessura. Formato subgloboso,
Presença de carúncula. Peso de mil sementes (≈ 334,98 g).

1 cm
esbranquiçada, além de 4 a 5 raízes secundárias.

comprimento e 1,33 – 1,53 cm de largura, ápice e base
Cnidoscolus quercifolius Pohl 23
Germinação 1 cm
24 Croton blanchetianus Baill.
Nome Popular: marmeleiro
Espécie arbórea/arbustiva, nativa e endêmica do Brasil. Plântula: Os cotilédones apresentam 1,18 – 1,50 cm de
Encontrada nas regiões nordeste e sudeste. Ocorre no domínio comprimento e 0,78 – 1,00 cm de largura, ápice e base Fruto
fitogeográfico Caatinga. Possui alto potencial de adaptação a arredondados, são foliáceos e de coloração verde-escuro.
diferentes condições climáticas. Por isso, pode ter diferentes Nervura evidente. O eófilo apresenta hipocótilo (2,40 – 3,31
características fisiológicas e morfológicas nas folhas, cm) de coloração amarelo esbranquiçado e epicótilo (0,66 –
especialmente área foliar, de acordo com a disponibilidade de 0,83 cm) de coloração verde claro. Ambos são cilíndricos e
água e exposição a luz. Uma vez que é caracterizada como indumentados por numerosos tricomas simples
colonizadora de fases iniciais de sucessão e adaptável a esbranquiçados. A folha (0,78 – 1,34 x 0,53 – 0,81 cm) é
mudanças ambientais, tem potencial para ser utilizada em simples; peciolada (0,52 – 0,77 cm); inteira; ápice atenuado,
projetos de recuperação ambiental. Inicia a perda de folhas no margem inteira e base subcordada; face adaxial verde-escuro e
período seco e pode perder completamente as folhas. A face abaxial verde acinzentado; e possui um par de estípulas
floração ocorre na estação chuvosa. As flores estão agrupadas (0,2 – 0,3 cm) lanceoladas e de coloração verde claro.
em inflorescências e são polinizadas por abelhas. Apesar da Tricomas simples e estrelados esbranquiçados são visíveis em
produção de flores ser anual, a produção de frutos nem sempre ambas as faces e apenas tricomas simples na margem da
é anual. A frutificação pode ocorrer tanto no período seco lamina foliar. Gema apical (0,07 – 0,08 cm) obovada e de
quanto no chuvoso. A dispersão é autocórica, porém a semente coloração verde acinzentado. O metáfilo apresenta folha (2,77
apresenta uma estrutura, denominada carúncula, que atrai – 3,72 x 1,72 – 2,48 cm) alterna, peciolada (0,24 – 0,41 cm),
formigas e promove sua dispersão secundária. A unidade de um par de estípulas (0,3 – 0,4 cm); e gema apical (0,10 – 0,22
dispersão é a semente, a qual apresenta comportamento cm). 1 cm
ortodoxo e possui dormência física. Espécie utilizada para
produção de móveis, na construção civil, como combustível e Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples estrelados
medicinal. esbranquiçados. As folhas apresentam de 6,60 – 8,64 cm de
comprimento e 4,08 – 5,47 cm de largura; são simples; alternas Semente
Fruto: 0,69 – 0,80 cm de comprimento e 0,70 – 0,93 cm de espiraladas; pecioladas (1,69 – 2,39 cm); inteiras; ápice
largura. Cápsula loculicida, seco e deiscente. Formato atenuado, margem inteira e base subcordada; face adaxial
globoso. Consistência lenhosa, textura rugosa e coloração verde-escuro e face abaxial verde acinzentado e possui um par
marrom acinzentado. Cada fruto contém três sementes. de estípulas (0,2 – 0,3 cm) lanceoladas e de coloração verde
claro. Tricomas simples estrelados esbranquiçados são
Semente: 0,44 – 0,60 cm de comprimento; 0,34 – 0,43 cm de visíveis em ambas as faces e apenas tricomas simples na
largura e 0,28 – 0,35 cm de espessura. Formato subgloboso, margem da lamina foliar. Gema apical (0,20 – 0,26 cm)
consistência firme, textura lisa e coloração marrom escuro. obovada e de coloração verde acinzentado.

1 cm
esbranquiçada.
Croton blanchetianus Baill. 25
Germinação 1 cm
26 Eugenia stictopetala Mart. ex DC.
Família: Myrtaceae
Nome Popular: goiabinha
Espécie arbórea/arbustiva e nativa do Brasil. Encontrada nas Muda: O eixo caulinar apresenta ritidoma. As folhas
regiões norte, nordeste, sudeste e centro-oeste. Ocorre nos apresentam 4,23 – 7,85 cm de comprimento e 1,62 – 3,87 cm Fruto
domínios fitogeográficos da Caatinga, Amazônia, Cerrado e de largura; são simples; opostas cruzadas; pecioladas (0,28 –
Mata Atlântica. Sua ocorrência está associada a locais de alta 0,45cm); ovadas, ápice agudo a obtuso, margem inteira e base
precipitação. A floração ocorre na estação chuvosa e a arredondada; coloração verde-escuro. Pontuações
frutificação pode iniciar no período chuvoso e se estender até o translúcidas são visíveis em ambas as faces da folha. Catáfilos
seco. A dispersão é do tipo zoocórica. A unidade de dispersão é (0,45 – 0,54 cm) presentes nos entrenós. A gema apical (0,14 –
o fruto. A semente é recalcitrante e apresenta dormência 0,17 cm) é obovada e de coloração verde claro.
morfológica.
Fruto: 0,70 – 1,11 cm de comprimento e 0,77 – 1,24 cm de

largura. Bacáceo, carnoso e indeiscente. Formato globoso.
Consistência carnosa, textura lisa e coloração roxo azulado.
Cada fruto pode conter de 1 - 2 sementes.

largura e 0,47 – 0,65 cm de espessura. Formato reniforme,
consistência firme, textura lisa e coloração marrom claro.
1 cm
Germinação: hipógea criptocotiledonar, com protrusão da
radícula dez dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,18 –
0,22 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo
esbranquiçado. Semente
Plântula: Os eófilos apresentam hipocótilo pouco

desenvolvido. O epicótilo (2,61 – 5,50 cm) é cilíndrico, de
coloração marrom e indumentado por tricomas simples
esbranquiçados. Catáfilos (0,21 – 0,31 cm) presentes entre os
cotilédones e as primeiras folhas. As folhas (1,06 – 1,92 x 1,17
–1,76 cm), 1 par, são simples; opostas; pecioladas (0,10 – 0,15
cm); ovadas, ápice agudo a obtuso, margem inteira e base
arredondada; coloração verde claro a vermelho arroxeado.
Pontuações translúcidas são visíveis em ambas as faces da
folha. Gema apical (0,11 – 0,13 cm) obovada de coloração
1 cm
verde claro. Os metáfilos apresentam folhas (0,66 – 1,51 x 0,68
– 1,46 cm) opostas cruzadas, pecioladas (0,13 – 0,15 cm),
catáfilos (0,21 – 0,33 cm) entre os entrenós; e gema apical
(0,12 – 0,15 cm).
Eugenia stictopetala Mart. ex DC. 27
Germinação 1 cm
28 Jatropha mollissima (Pohl) Baill.
Nome Popular: pinhão-mole
Espécie arbórea/arbustiva e nativa do Brasil. Encontrada nas cm) de coloração de verde claro a vermelho arroxeado,
regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste. Ocorre nos cilíndrico, glabro e lenticelado. Epicótilo pouco desenvolvido. Fruto
domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Amazônia. A folha (3,17 – 4,44 x 3,43 – 4,64 cm) é simples; possui pecíolo
Nos ambientes naturais as plantas são encontradas agregadas. (1,80 – 2,14 cm) com raros tricomas simples esbranquiçados;
A floração pode se estender ao longo do ano, concentrando-se inicialmente trilobada; ápice atenuado, margem serreada e
no final da estação seca e início da chuvosa. As flores estão base cordada; face adaxial verde-escuro e face abaxial verde
organizadas em inflorescências terminais, compostas de flores acinzentado; e possui um par de estípulas (0,19 – 0,22 cm)
femininas e masculinas, as quais não permanecem abertas laceradas e glandulares de coloração vermelho arroxeado.
simultaneamente no mesmo indivíduo. A polinização é Tricomas simples são visíveis na face adaxial e na margem da
realizada principalmente por abelhas e vespas. A frutificação lamina foliar. Gema apical (0,20 – 0,22 cm) lanceolada e de
ocorre principalmente no período chuvoso e depende de coloração vermelho arroxeado. O metáfilo apresenta folha
polinização cruzada. A dispersão é do tipo autocórica, porém a (3,98 – 4,52 x 5,11– 5,31 cm) alterna, peciolada (2,11– 2,97
semente apresenta uma estrutura, denominada carúncula, que cm), palmatilobada, com ápice atenuado, margem serreada e
atrai formigas e promove sua dispersão secundária. A unidade base sagitada; um par de estípulas (0,19 – 0,22 cm) e gema
de dispersão é semente. A semente é ortodoxa e possui apical (0,20 – 0,21 cm).
dormência física. Espécie empregada em diversos fins,
embora seja mais usada medicinalmente. Muda: O eixo caulinar apresenta lenticelas. As folhas
apresentam de 7,03 – 9,13 cm de comprimento e 13,21 – 14,46
Fruto: 2,09 – 2,26 cm de comprimento; 2,03 – 2,35 cm e de cm de largura; são simples; alternas espiraladas; pecioladas 1 cm
largura. Cápsula loculicida, seco e deiscente. Formato (12,33 – 14,56 cm) com raros tricomas simples e grandulares
globoso. Consistência lenhosa, textura rugosa e coloração esbranquiçados; palmatilobada; ápice atenuado, margem
marrom acinzentado quando maduro. Cada fruto pode conter serreada e base sagitada; face adaxial verde-escuro e face
três sementes. abaxial verde acinzentado e possui um par de estípulas (0,50 – Semente
0,59 cm) laceradas e glandulares de coloração esbranquiçada
Semente: 1,05 – 1,40 cm de comprimento; 0,78 – 0,86 cm de ou vermelho arroxeado. Tricomas simples são visíveis na face
largura e 0,60 – 0,72 cm de espessura. Formato subgloboso, adaxial e na margem da lamina foliar. Gema apical (0,29 – 0,31
consistência firme, textura lisa e coloração marrom escuro. cm) lanceolada e de coloração vermelho arroxeado.

esbranquiçada, além de 4 a 5 raízes secundárias.
1 cm
comprimento e 3,69 – 4,58 cm de largura, ápice e base
arredondados, são foliáceos e de coloração verde-escuro.
Nervura evidente. O eófilo apresenta hipocótilo (7,81 – 9,35
Jatropha mollissima (Pohl) Baill. 29
Germinação 1 cm
30 Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz
Família: Fabaceae
Nome Popular: pau-ferro
Espécie arbórea, nativa e endêmica do Brasil. Encontrada nas par, são bipinadas; imparipinadas; pecioladas (0,84 – 1,58
regiões nordeste e sudeste. Ocorre nos domínios cm); e apresentam um par de estípulas (0,14 – 0,21 cm) Fruto
fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. lanceoladas de coloração amarelo esverdeado com tricomas
Desenvolve-se melhor em ambientes com menor restrição de glandulares vermelho escuro. Os folíolos (1,30 – 1,37 x 1,61 –
água, como bancos de rios temporários. A floração ocorre no 1,92 cm), 1 par e 1 terminal, são opostos, paripinados e com
período chuvoso. As flores são pequenas e polinizadas por peciólulo terminal (1,41 – 1,47 cm) mais alongado do que os
abelhas. A frutificação pode ser bastante variável, podendo laterais (0,41 – 0,55 cm). Os foliólulos (0,91 – 1,14 x 0,49 –
começar ao final da estação seca e estender por toda estação 0,60 cm), 2 pares; opostos; sésseis a subsésseis; ápice
chuvosa. A dispersão é autocórica. A unidade de dispersão é o arredondado, margem inteira e base oblíqua; face adaxial
fruto. A semente é ortodoxa e apresenta dormência física. verde-escuro e face abaxial amarelo esverdeado. Na região
Espécie amplamente utilizada para diversos fins, sobretudo abaxial dos foliólulos é frequente a presença de tricomas
medicinais. glandulares vermelho escuro e na região adaxial tricomas
simples esbranquiçados. Gema apical (0,01 – 0,02 cm)
Fruto: 7,44 – 10,26 cm de comprimento; 1,64 – 1,91 cm de obovada e de coloração amarelo esverdeado. Os metáfilos
largura e 0,76 – 0,95 cm de espessura. Legume, seco e apresentam folhas (2,70 – 3,35 x 3,76 – 4,40 cm) alternas
indeiscente. Formato fusiforme com ápice cuspidado, base espiraladas, pecioladas (1,20 – 1,76 cm) e um par de estípulas
atenuada e bordas levemente planas. Consistência lenhosa, (0,09 – 0,17 cm); folíolos (1,59 – 1,99 x 1,82 – 2,09 cm), 1 par e
textura vilosa e coloração marrom escuro. Cada fruto pode 1 terminal, com peciólulo terminal (1,41 – 1,54 cm) mais
conter de 3 - 7 sementes. alongado do que os laterais (0,43 – 0,71 cm); foliólulos (1,07 – 1 cm
1,60 x 0,61 – 0,75 cm), 2 pares; e gema apical (0,07 – 0,18 cm).
largura e 0,36 – 0,53 cm de espessura. Formato elipsóide, Muda: O eixo caulinar apresenta raros tricomas glandulares
consistência firme, textura lisa e coloração marrom. Peso de vermelho escuro e numerosas lenticelas nas regiões mais Semente
mil sementes (≈ 169,14 g). maduras. As folhas apresentam de 10,7 – 13,3 cm de
comprimento e 5,49 – 6,30 cm de largura; são bipinadas;
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da imparipinadas; alternas espiraladas; pecioladas (3,27 – 4,33
radícula dois dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,21 cm) com raros tricomas glandulares, e um par de estípulas
– 0,26 cm de comprimento, forma cônica e coloração (0,08 – 0,10 cm) lanceoladas de coloração amarelo esverdeado
esbranquiçada. com tricomas glandulares vermelho escuro. Os folíolos (3,56 –
4,67 x 2,71 – 3,07 cm), 2 pares e 1 terminal, são opostos,
Plântula: Os cotilédones apresentam 1,30 – 1,38 cm de paripinados e com peciólulo terminal (2,29 – 2,94 cm) mais
comprimento e 0,86 – 1,07 cm de largura, ápice arredondado e alongado do que os laterais (1,11 – 1,74 cm). Os foliólulos
base sagitada, são carnosos e de coloração verde claro. Os (1,62 – 2,01 x 0,97 – 1,23 cm), 2 - 3 pares; opostos; sésseis a
eófilos apresentam hipocótilo (1,80 – 2,73 cm) de coloração subsésseis; ápice arredondado, margem inteira e base oblíqua;
1 cm
amarelo esbranquiçado e epicótilo (1,09 – 2,10 cm) de face adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo esverdeado.
coloração amarelo esverdeado. Ambos são cilíndricos e Na região abaxial dos foliólulos é frequente a presença de
indumentados por tricomas glandulares de coloração tricomas glandulares vermelho escuro e na região adaxial
vermelho escuro. As folhas (2,50 – 2,85 x 3,09 – 3,94 cm), 1 tricomas simples esbranquiçados. Gema apical (0,06 – 0,08
Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz 31
Germinação 1 cm
32 Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke
Família: Fabaceae
Nome Popular: pau-mocó
Espécie arbórea, nativa e endêmica do Brasil. Encontrada nas margem inteira e base subcordada; face adaxial verde-escuro e
regiões norte, nordeste, centro-oeste e sudeste do país. Ocorre face abaxial amarelo esverdeado. Tricomas simples Fruto
nos domínios fitogeográficos da Amazônia, do Cerrado e da esbranquiçados são visíveis na face abaxial da folha. Pulvíno e
Caatinga. A floração ocorre na estação seca. Suas flores estão pulvínulo presentes. Gema apical (0,15 – 0,21 cm) lanceolada
organizadas em inflorescências e são polinizadas e de coloração verde claro. Os metáfilos apresentam folhas
principalmente por abelhas. A frutificação acontece entre o (10,17 – 11,05 x 12,01 – 12,89 cm), 1 par, alternas, pinadas,
final do período seco e início do chuvoso. A dispersão é imparipinadas, pecioladas (3,85 – 4,56 cm); folíolos (5,71 –
anemocórica. A unidade de dispersão é o fruto. A semente é 6,66 x 2,75 – 4,05 cm), 2 pares e 1 terminal, alternos e com
ortodoxa e apresenta dormência física. Espécie considerada peciólulo (0,20 – 0,30 cm); e gema apical (016 – 0,22 cm).
tóxica.
Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples
Fruto: 6,81 – 9,13 cm de comprimento; 2,19 – 3,10 cm de esbranquiçados e lenticelas. As folhas apresentam 12,5 – 18,54
largura e 0,93 – 1,14 cm de espessura. Sâmara, seco e cm de comprimento e 10,85 – 11,93 cm de largura, são
indeiscente. Formato elipsóide com ápice arredondado, base pinadas, imparipinadas, alternas espiraladas e pecioladas
oblíqua e bordas levemente onduladas. Compresso até 1/3 da (4,42 – 6,68 cm). Os folíolos (5,56 – 7,52 x 2,99 – 3,48 cm), 3
porção distal onde se dilata abruptamente. Consistência pares e 1 folíolo terminal; alternos; com peciólulos (0,19 –
cartácea, textura rugosa e coloração marrom escuro. Fruto 0,34 cm); ápice atenuado, margem inteira e base subcordada;
alado. Cada fruto contém uma semente. face adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo esverdeado.
Tricomas simples esbranquiçados são visíveis na face abaxial 1 cm
Semente: 1,71 – 1,91 cm de comprimento; 0,77 – 1,00 cm de da folha. Pulvíno e pulvínulo presentes. Gema apical (0,25 –
largura e 0,32 – 0,40 cm de espessura. Formato elipsóide, 0,36 cm) lanceolada e de coloração verde claro.
freqüentemente afinado na parte superior, consistência firme,
textura lisa e coloração laranja escuro. Peso de mil sementes (≈ Semente
412,78 g).

radícula dois dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,31
esbranquiçada.

base sagitada, são carnosos e de coloração verde-escuro. Os
eófilos apresentam hipocótilo (2,56 – 4,66 cm) e epicótilo
1 cm
(3,21 – 4,45 cm). Ambos são cilíndricos, glabros, de coloração
verde claro e apresentam lenticelas. As folhas (6,60 – 8,35 x
3,64 – 4,66 cm), 2 pares; são compostas unifolioladas; opostas
cruzadas; pecioladas (1,58 – 2,07 cm); ápice atenuado,
Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke 33
Germinação 1 cm
34 Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.
Família: Fabaceae
Nome Popular: jurema-preta
Espécie arbórea/arbustiva, nativa e não endêmica do Brasil. cilíndricos e indumentados por tricomas simples e glandulares
Encontrada nas regiões nordeste e sudeste. Ocorre nos esbranquiçados. A folha (1,36 – 1,77 x 0,97 – 1,49 cm) é Fruto
domínios fitogeográficos do Cerrado e da Caatinga. Espécie pinada, paripinada, peciolada (0,52 – 0,92 cm) e com um par
pioneira comum na Caatinga, especialmente em ambientes de estípulas (0,13 – 0,15 cm) oblanceoladas de coloração
recentemente perturbados. Possui a capacidade de fixar amarelo esverdeado. Pulvíno presente. Os folíolos (0,59 – 0,79
nitrogênio. A floração pode ocorrer no período seco e chuvoso. x 0,30 – 0,34 cm), 6 pares; opostos; sésseis; ápice agudo,
margem inteira e base assimétrica; face adaxial verde-escuro e
S u a s fl o r e s s ã o p eq u en a s , es tão o rg a n iza d as e m
inflorescências e são polinizadas por abelhas. A frutificação face abaxial amarelo esverdeado. Tricomas simples e
ocorre no final do período seco e início do chuvoso. A glandulares esbranquiçados são encontrados em ambas as
dispersão é autocórica. A unidade de dispersão é a semente, a faces e na margem dos folíolos. Pulvínulo e parafilídios
qual possui comportamento ortodoxo e apresenta dormência presentes. Gema apical não visível. O metáfilo apresenta folha
física. Espécie com importante uso medicinal de diversas (1,37 – 1,86 x 2,06 – 2,45 cm) bipinada, paripinada, alterna,
partes da planta, além de ser empregada na construção civil e peciolada (1,20 – 1,62 cm), com um par de estípulas (0,15 –
como combustível. 0,21 cm) e espícula presente; folíolos (1,23 – 1,65 x 1,02 – 1,28
cm), 1 par, opostos, com peciólulos (0,13 – 0,19 cm);
Fruto: 3,36 – 4,36 cm de comprimento; 0,55 – 0,90 cm de foliólulos (0,50 – 0,76 x 0,22 – 0,24 cm), 8 - 9 pares.
largura e 0,11 – 0,21 cm de espessura. Craspédio, seco e
indeiscente. Formato fusiforme com ápice cuneado, base Muda: O eixo caulinar apresenta acúleos eretos, abundantes
arredondada a cuneada, valvas planas e articulado. tricomas simples e glandulares, além de lenticelas nas regiões 1 cm
Consistência cartácea, textura vilosa e coloração marrom mais maduras. As folhas apresentam de 8,10 – 9,22 cm de
escuro. Cada fruto pode conter de 3 - 5 sementes. comprimento e 6,87 – 9,50 cm de largura, são bipinadas,
paripinadas, alternas espiraladas, possuem pecíolos (0,95 –
Semente: 0,30 – 0,35 cm de comprimento; 0,22 – 0,29 cm de 1,80 cm) com abundantes tricomas simples e glandulares, e um Semente
largura e 0,12 – 0,16 cm de espessura. Formato subgloboso, par de estípulas (0,17 – 0,25 cm) oblanceoladas de coloração
consistência firme, textura lisa e coloração marrom escuro. amarelo esverdeado. Espículas interfoliolares presentes. Os
Pleurograma presente. Peso de mil sementes (≈ 8,84 g). folíolos (3,57 – 4,48 x 0,90 – 1,31 cm), 6 - 7 pares, são opostos,
paripinados e possuem peciólulos (0,11 – 0,15 cm). Pulvíno
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da presente. Os foliólulos (0,47 – 0,63 x 0,14 – 0,16 cm), 18 - 23
radícula dois dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,21 pares; são opostos; sésseis; ápice agudo, margem inteira e base
– 0,25 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo assimétrica; face adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo
esbranquiçado. esverdeado. Tricomas simples e glandulares esbranquiçados
são encontrados em ambas as faces e na margem dos folíolos.
Plântula: Os cotilédones apresentam 0,79 – 0,95 cm de Pulvínulo presente. Gema apical (0,08 – 0,21 cm) obovada e
comprimento e 0,69 – 0,75 cm de largura, ápice arredondado a de coloração amarelo esverdeado.
0.5 cm
retuso e base cuneada, são carnosos e de coloração verde-
escuro. O eófilo apresentara hipocótilo (2,39 – 3,08 cm) de
coloração amarelo esbranquiçado e epicótilo pouco
desenvolvido de coloração amarelo esverdeado. Ambos são
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. 35
Germinação 0.5 cm
Eófilo 0.5 cm Metáfilo 1 cm Muda 1 cm
36 Myracrodruon urundeuva Allemão
Família: Anacardiaceae
Nome Popular: aroeira
Espécie arbórea, nativa e de ampla ocorrência. Encontrada em cilíndricos, de coloração vermelho arroxeado e indumentados
todas as regiões do Brasil. Ocorre nos domínios por densos tricomas simples esbranquiçados. As folhas ( 1,74 – Fruto
fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Na 2,24 x 1,08 –1,86 cm), 1 par; compostas trifolioladas; opostas;
Caatinga, os indivíduos apresentam menor porte quando pecioladas (0,37 – 0,65 cm). Os folíolos (1,64 – 2,05 x 0,64 –
comparados aos indivíduos encontrados nos outros biomas. A 0,73 cm), 1 par e 1 folíolo terminal mais alongado que os
planta sobrevive por longos períodos de escassez de água, laterais; são opostos; subsséseis; ápice agudo, margem
embora isso seja fator limitante para seu desenvolvimento. serreada e base oblíqua a cuneada; faces adaxial e abaxial de
Para melhor desenvolvimento inicial das plantas recomenda- verde claro a vermelho arroxeado. Tricomas simples são
se ambiente sombreado e com adubação. A produção de mudas encontrados em ambas as faces, na margem dos folíolos e ao
pode ser via propagação vegetativamente ou germinação. A longo da nervura principal. Gema apical (0,2 – 0,3 cm) elíptica
floração pode ser supra-anual. As flores são agrupadas em e de coloração vermelho arroxeado. O metáfilo apresenta folha
inflorescências, sendo que as flores masculinas e femininas (1,42 – 1,71 x 1,17 – 1,37 cm) alterna e peciolada (0,62 – 0,99
estão localizadas em indivíduos diferentes. A polinização é cm); folíolos (1,12 – 1,39 x 0,32 – 0,46 cm); e gema apical (0,3
feita por abelhas. A frutificação ocorre no período seco. A – 0,4 cm).
dispersão é do tipo anemocórica. A unidade de dispersão é o
fruto. A semente é ortodoxa e não apresenta dormência. Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples e lenticelas
Espécie amplamente utilizada na Caatinga para fins nas regiões mais maduras. As folhas apresentam de 7,03 – 7,21
medicinais, além de ser empregada na construção civil, como cm de comprimento e 7,46 – 8,01 cm de largura, são pinadas,
combustível e artesanato/tecnológico. imparipinadas, alternas espiraladas e possuem pecíolos (2,87 – 1 cm
3,42 cm) com abundantes tricomas simples. Os folíolos (5,81 –
Fruto/semente: 0,33 – 0,42 cm de comprimento e 0,33 – 0,44 6,03 x 2,21 – 2,73 cm),1-2 pares e 1 terminal mais alongado
cm de largura. Drupa, carnoso e indeiscente. Formato que os laterais; com peciólulo (1,19 – 1,46 cm); são opostos;
subgloboso. Consistência membranácea, textura rugosa, subsséseis; ápice agudo, margem serreada e base oblíqua a Semente
resinífero e de coloração marrom escuro. Cálice persistente cuneada; faces adaxial e abaxial de verde claro a vermelho
com sépalas espatuladas (0,4 – 0,5 x 0,2 – 0,25 cm). arroxeado. Tricomas simples são encontrados em ambas as
Considerado um fruto/semente. Cada fruto contém uma faces e na margem dos folíolos e ao longo da nervura principal.
semente. Peso de mil sementes (≈ 13 g). Gema apical (0,55 – 0,58 cm) elíptica e de coloração vermelho
arroxeado.
– 0,09 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo
esbranquiçado.

0.5 cm
arredondada a assimétrica, são foliáceos e de coloração verde
claro. Nervura evidente. Os eófilos apresentam hipocótilo
(1,21 – 1,88 cm) e epicótilo (1,04 – 1,85 cm). Ambos são
Myracrodruon urundeuva Allemão 37
Germinação 0.5 cm
38 Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke
Família: Fabaceae
Nome Popular: jurema-branca
Espécie arbustiva e nativa do Brasil. Encontrada na região do epicótilo. A folha (2,22 – 2,90 x 0,92 – 1,30 cm) é pinada,
nordeste e ocorre exclusivamente no domínio fitogeográfico paripinada, peciolada (0,32 – 0,47 cm) e com um par de Fruto
da Caatinga. Apresenta tolerância a altos níveis de perturbaçãoestípulas (0,05 – 0,1 cm) lanceoladas de coloração amarelo
e a diversas condições ambientais, nas fases iniciais de esverdeado. Pulvíno presente. Os folíolos (0,46 – 0,76 x 0,12 –
crescimento. A perda das folhas acontece no período seco e as 0,21 cm), 9 - 14 pares; opostos; sésseis; decrescentes no
novas brotações na estação das chuvas. A floração ocorre no tamanho em cada extremidade da folha; ápice apiculado,
período chuvoso, sendo as flores polinizadas por abelhas. margem inteira e base assimétrica; face adaxial verde-escuro e
Tanto a floração quanto a frutificação são supra-anuais. A face abaxial amarelo esverdeado. Pulvínulo presente. Gema
frutificação também ocorre no período das chuvas. A dispersão apical (0,03 – 0,04 cm) obovada e de coloração amarelo
esverdeado. O metáfilo apresenta folha (1,62 – 2,43 x 1,64 –
é do tipo autocórica. A unidade de dispersão é a semente, a qual
apresenta comportamento ortodoxo e dormência física. 3,75 cm) bipinada, paripinada, alterna, peciolada (0,88 – 1,64
Espécie cujo tronco/casca e folhas são utilizadas na medicina, cm) e um par de estípulas (0,14 – 0,22 cm); folíolo (1,47 – 2,08
na construção civil e como combustível. x 0,58 – 0,98 cm), 1 par, opostos e com peciólulos (0,11 – 0,30
cm); foliólulos (0,55 – 0,88 x 0,15 – 0,25 cm), 9 - 13 pares; e
Fruto: 7,40 – 9,60 cm de comprimento; 2,04 – 2,49 cm de gema apical (0,03 – 0,04 cm).
largura e 0,20 – 0,34 cm de espessura. Legume, seco e
indeiscente. Formato fusiforme com ápice acuminado, base Muda: O eixo caulinar apresenta acúleos curvos e esparsos
atenuada e margens planas a levemente onduladas. tricomas glandulares que senescem nas regiões mais maduras.
Consistência cartácea, textura rugosa e coloração marrom As folhas apresentam de 8,02 – 8,28 cm de comprimento e 8,11 1 cm
escuro. Cada fruto pode conter de 3-7 sementes. – 9,42 cm de largura, são bipinadas, paripinadas, alternas
espiraladas; possuem pecíolos (2,18 – 3,15 cm) com nectário
Semente: 0,50 – 0,64 cm de comprimento; 0,37 – 0,49 cm de extrafloral, acúleos, tricomas simples e poucos glandulares
largura e 0,15 – 0,24 cm de espessura. Formato elipsóide, senescentes; e um par de estípulas (0,25 – 0,30 cm) Semente
consistência firme, textura lisa e coloração marrom escuro. lanceoladas de coloração amarelo esverdeado. Os folíolos
Peso de mil sementes (≈ 34,84 g). (4,27 – 4,78 x 1,31 – 1,49 cm), 3 - 6 pares, são paripinadas,
opostos e possuem peciólulos (0,11 – 0,15 cm). Pulvíno
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da presente. Os foliólulos (0,72 – 1,03 x 0,07 – 0,16 cm), 22 - 25
radícula dois dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,18 pares; são opostos; sésseis; decrescentes no tamanho em cada
– 0,34 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo extremidade do folíolo; ápice apiculado, margem inteira e base
esbranquiçado. assimétrica; face adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo
esverdeado. Pulvínulo presente. Gema apical (0,12 – 0,17 cm)
Plântula: Os cotilédones apresentam 0,93 – 1,14 cm de obovada e de coloração amarelo esverdeado.
comprimento e 0,68 – 0,86 cm de largura, ápice arredondado a
truncado e base sagitada, são foliáceos e de coloração verde-
1 cm
escuro. Nervura evidente. O eófilo apresenta hipocótilo (2,17 –
3,96 cm) de coloração amarelo esbranquiçado e epicótilo (0,66
– 1,56 cm) de coloração verde-escuro. Ambos são cilíndricos.
Presença de raros tricomas simples esbranquiçados ao longo
Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke 39
Germinação 1 cm
40 Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson
Família: Fabaceae
Nome Popular: angico-de-bezerro
Espécie arbórea/arbustiva, nativa e endêmica do Brasil. cotilédones. O epicótilo é pouco desenvolvido. A folha (0,65 –
Encontrada nas regiões nordeste e sudeste. Ocorre nos 1,01 x 0,46 – 0,57 cm) é bifoliolada; peciolada (0,51 – 0,81 cm) Fruto
domínios fitogeográficos da Caatinga e Mata Atlântica. com numerosos tricomas simples esbranquiçados e possui um
Apresenta crescimento rápido, sendo recomendada para par de estípulas (0,1– 0,2 cm) lanceoladas de coloração
recuperação ambiental.Com base na literatura a floração pode amarelo esverdeado. Os folíolos (1,16 – 1,39 x 0,75 – 1,14
ocorrer no final da estação seca e se estender até o início da cm), 1 par, opostos; sésseis; ápice arredondado, margem
chuvosa. As flores são numerosas, agrupadas em inteira e base oblíqua; face adaxial verde-escuro e face abaxial
inflorescência tipo espiga e são polinizadas por abelhas. A amarelo esverdeado. Tricomas simples são encontrados na
frutificação ocorre no período chuvoso. A dispersão é margem e na face abaxial dos folíolos. Gema apical (0,04 –
autocórica. A unidade de dispersão é a semente, a qual possui 0,05 cm) obovada e de coloração amarelo esverdeado. Os
comportamento ortodoxo e apresenta dormência física. metáfilos apresentam folhas (2,02 – 3,09 x 2,69 – 3,82 cm)
Espécie com potencial para uso medicinal. bipinadas, paripinadas, alternas, pecioladas (0,54 – 0,72 cm) e
possui um par de estípulas (0,30 – 0,39 cm); folíolos (1,31 –
Fruto: 5,54 – 7,52 cm de comprimento; 0,66 – 0,77 cm de 1,83 x 1,20 – 1,71 cm), 1 par, opostos e com peciólulo (0,48 –
largura e 0,29 – 0,37 cm de espessura. Folículo, seco e 0,51 cm); foliólulos (1,45 – 1,66 x 0,77 – 1,20 cm), 1 par,
deiscente. Formato fusiforme com ápice agudo, base sésseis; gema apical (0,04 – 0,07 cm).
arredondada e valvas onduladas. Consistência cartácea,
textura áspera e coloração marrom. Cada fruto pode conter de Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples
3 – 5 sementes. esbranquiçados. As folhas apresentam de 10,51 – 16,84 cm de 1 cm
comprimento e 8,36 – 9,85 cm de largura, são bipinadas,
Semente: 0,59 – 0,71 cm de comprimento; 0,44 – 0,52 cm de paripinadas, alternas espiraladas, possuem pecíolos (2,05 –
largura e 0,13 – 0,18 cm de espessura. Formato subgloboso, 3,39 cm) e um par de estípulas (0,15 – 0,26 cm) lanceoladas de
consistência firme, textura lisa e coloração bege claro. coloração amarelo esverdeado. Nectário crateriforme presente Semente
Pleurograma presente. Funículo persistente. Peso de mil na base do pecíolo. Os folíolos (4,25 – 5,29 x 2,50 – 2,99 cm), 1
sementes (≈ 35,52 g) par, são paripinados, opostos e com peciólulos (0,67 – 0,88
cm). Tricomas simples são encontrados na margem e na face
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da abaxial dos folíolos. Pulvíno presente. Os foliólulos (2,40 –
radícula 1 dia após a semeadura. A radícula apresentam 0,18 – 3,72 x 1,30 – 2,10 cm), 3 - 4 pares; alternos; sésseis a
0,23 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo subsésseis; acrescentes distalmente (aumenta da base para o
esbranquiçada. ápice); ápice arredondado, margem inteira e base oblíqua; face
adaxial verde-escuro e face abaxial amarelo esverdeado.
Plântula: Os cotilédones apresentam 0,84 – 1,24 cm de Pulvínulo presente. Gema apical (0,07 – 0,09 cm) obovada e
comprimento e 0,72 – 0,88 cm de largura; ápice arredondado e de coloração amarelo esverdeado.
base sagitada, são carnosos e de coloração verde-escuro.
1 cm
cm) de coloração amarelo esbranquiçado, cilíndrico e
indumentado por tricomas simples ao longo de todo o eixo e
por tricomas glandulares na região de inserção dos
Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson 41
Germinação 1 cm
42 Pseudobombax marginatum (A.St.-Hil.) A. Robyns
Família: Malvaceae
Nome Popular: ibiratanha
Espécie arbórea, nativa, encontrada em todas as regiões do face abaxial amarelo esverdeado e com um par de estípulas
Brasil, nos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e (0,36 – 0,42 cm) lanceoladas de coloração vermelho Fruto
Pantanal. Planta caducifolia, com perda completa das folhas arroxeado. Gema apical (0,19 – 0,21 cm) lanceolada e de
por quatro a seis meses. A floração ocorre após a queda das coloração amarelo esverdeado. O metáfilo apresenta folha
folhas, no período de transição entre a estação seca e chuvosa. (4,93 – 5,90 x 3,19 – 4,11 cm) alterna, peciolada (2,71 – 2,94
As inflorescências apresentam poucas flores as quais se abrem cm), um par de estípulas (0,33 – 0,48 cm) e gema apical (0,22 –
durante a noite. A polinização é feita por morcegos e 0,23 cm).
mariposas. Apenas com reprodução cruzada há produção de
frutos. A frutificação ocorre na estação seca e pode se estender Muda: O eixo caulinar apresenta estípulas persistentes de
até o início da chuvosa. A dispersão é anemocórica. A unidade coloração marrom e não possui tricomas. As folhas
de dispersão é a semente, a qual é ortodoxa e não apresenta apresentam de 12,46 – 16,82 cm de comprimento e 18,06 –
dormência. Espécie cuja casca apresenta uso medicinal. 20,15 cm de largura, são compostas, trifolioladas, alternas
cruzadas e pecioladas (10,10 – 12,14 cm). Os folíolos (9,33 –
Fruto: 10,9 – 12,68 cm de comprimento e 5,44 – 6,28 cm de 13,40 x 3,92 – 5,11 cm), 3 pares; sésseis; ovados; ápice
largura. Cápsula loculicida, seco e deiscente. Formato acuminado, margem inteira e base cuneada; face adaxial
elipsóide com ápice apiculado e base cuneada. Consistência verde-escuro e face abaxial amarelo esverdeado e com um par
lenhosa, textura lisa e coloração marrom. Pode conter de estípulas (0,36 – 0,44 cm) lanceoladas de coloração
inúmeras sementes por fruto. vermelho arroxeado. Tricomas estrelados esbraquiçados são
visíveis na porção abaxial do folíolo. Gema apical (1,27 – 1,99 1 cm
Semente: 0,64 – 0,74 cm de comprimento; 0,42 – 0,59 cm de cm) lanceolada e de coloração amarelo esverdeado.
largura e 0,43 – 0,49 cm de espessura. Formato subgloboso,
Peso de mil sementes (≈ 103,97 g). Semente

esbranquiçada.

comprimento e 3,65 – 4,70 cm de largura, ápice atenuado e
base cordada, são foliáceos e de coloração amarelo
esverdeado. Nervura evidente. O eófilo apresenta hipocótilo
(1,19 – 2,95 cm) de coloração vermelho arroxeado e epicótilo
1 cm
(1,35 – 1,94 cm) de coloração amarelo esverdeado. Ambos são
cilíndricos e glabros. A folha (4,19 – 6,05 x 2,16 – 2,62 cm) é
simples; peciolada (1,22 – 2,25 cm); cordada, ápice atenuado,
margem inteira e base subcordada; face adaxial verde-escuro e
Pseudobombax marginatum (A.St.-Hil.) A. Robyns 43
Germinação 1 cm
44 Sapindus saponaria L.
Família: Sapindaceae
Nome Popular: saboneteira
Espécie arbórea, nativa e encontrada em todas as regiões do Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples
Brasil. Ocorre nos domínios fitogeográficos da Mata Atlântica, esbranquiçados e numerosas lenticelas. As folhas apresentam Fruto
Amazônia, Cerrado, Pantanal e Caatinga. A floração acontece de 21,0 – 31,1 cm de comprimento e 3,98 – 5,20 cm de largura;
na estação chuvosa. As flores são pequenas, de coloração são simples, alternas espiraladas; pecioladas (0,30 – 0,51 cm);
branco esverdeadas, agrupadas em inflorescências e são penadas; ápice atenuado, margem inteira e base atenuada;
polinizadas por abelhas. A frutificação ocorre no segundo coloração verde-escuro. Gema apical (0,11 – 0,19 cm)
semestre do ano. A dispersão é do tipo zoocórica. A unidade de obovada e de coloração verde claro.
dispersão é o fruto. A semente é ortodoxa e apresenta
dormência física. Espécie cujas sementes podem ser
utilizadas para artesanato, e as outras estruturas como a casca e
o fruto tem uso medicinal.
Fruto: 2,90 – 2,29 cm de comprimento; 1,84 – 2,16 cm de

largura. Mericarpo, seco e indeiscente. Formato globoso.
Consistência carnosa, textura rugosa e coloração amarela.
Cada fruto contém uma semente.

largura e 1,15 – 1,31 cm de espessura. Formato globoso, 1 cm
consistência firme, textura lisa e coloração preta. Peso de mil
sementes (≈ 1063,67 g).
Germinação: hipógea criptocotiledonar, com protrusão da Semente

radícula cinco dias após a semeadura. A radícula com 0,41 –
0,48 cm de comprimento, forma cônica e coloração
esbranquiçada.
Plântula: O eófilo apresenta hipocótilo pouco desenvolvido e

epicótilo (2,54 – 4,44 cm) cilíndrico, de coloração verde claro
e indumentado por raros tricomas simples. Catáfilos presentes
(0,73 – 1,03 cm). A folha (1,93 – 2,83 x 0,50 – 0,54 cm) é
simples; peciolada (0,2 – 0,3 cm); penada; ápice e base
atenuados e margem inteira; coloração verde-escuro. Gema
apical (0,02 – 0,03 cm) obovada e de coloração verde claro. O
1 cm
metáfilo apresenta folha alterna (2,93 – 3,20 x 0,55 – 0,88 cm)
e peciolada (0,03 – 0,04 cm); catáfilos (1,50 – 1,88 cm) e gema
apical (0,02 – 0,04 cm).
Sapindus saponaria L. 45
Germinação 1 cm
46 Senna trachypus (Benth.) H.S.Irwin & Barneby
Família: Fabaceae
Nome Popular: canafístula-da-serra
Espécie arbórea/arbustiva, nativa e endêmica do Brasil. esparsos tricomas glandulares de coloração laranja claro. A
Encontrada nas regiões nordeste e sudeste. Ocorre nos folha (0,94 – 1,34 x 1,14 – 1,60 cm) é pinada, paripinada, com Fruto
domínios fitogeográficos da Caatinga e do Cerrado. Possui pecíolo (0,73 – 1,13 cm) indumentado por tricomas simples
fácil identificação tanto pela característica dos ramos e flores, esbranquiçados e glandulares de coloração laranja claro, e
quanto pela presença de estruturas secretoras por toda a planta, possui um par de estípulas (0,06 – 0,09 cm) lanceoladas e de
incluindo nectários extraflorais. A floração ocorre no período coloração verde claro. Os folíolos (0,62 – 1,04 x 0,37 – 0,55
chuvoso. Suas flores estão organizadas em inflorescências, são cm), 2 pares; são opostos; possuem peciólulos (0,04 – 0,07
hermafroditas e se abrem durante o dia, sendo polinizadas por cm); acrescentes distalmente; ápice arredondado, margem
abelhas. A frutificação inicia no período chuvoso e continua inteira e base oblíqua; face adaxial amarelo esverdeado e face
durante toda a estação seca. A dispersão é do tipo autocórica. A abaxial verde acinzentado. Nectários extraflorais digitiformes
unidade de dispersão é a semente, a qual é ortodoxa e não de coloração laranja claro são encontrados entre todos os pares
apresenta dormência. Espécie com potencial uso medicinal. de folíolos. Gema apical (0,02 – 0,03 cm) elíptica de coloração
verde claro. O metáfilo apresenta folha (0,90 – 1,68 x 1,04 –
Fruto: 7,29 – 9,95 cm de comprimento; 1,02 – 1,40 cm de 1,67 cm) alterna, peciolada (1,01 – 1,31 cm) e com um par de
largura e 0,14 – 0,19 cm de espessura. Legume, seco e estípulas (0,06 – 0,10 cm); folíolos (0,61 – 0,82 x 0,37 – 0,44
deiscente. Formato fusiforme com ápice apiculado, base cm), 2 - 3 pares, com peciólulos (0,03 – 0,05 cm); e gema
atenuada e bordas planas. Consistência cartácea, textura apical (0,04 – 0,08 cm).
carenada e coloração marrom escuro. Cada fruto pode conter
de 4 - 6 sementes. Muda: O eixo caulinar apresenta tricomas simples, 1 cm
glandulares e lenticelas. As folhas apresentam 7,15 – 8,94 cm
Semente: 0,55 – 0,67 cm de comprimento; 0,10 – 0,14 cm de de comprimento e 3,22 – 4,02 cm de largura, pinadas,
largura e 0,06 – 0,12 cm de espessura. Formato fusiforme, paripinadas, alternas espiraladas, possuem pecíolos (3,52 –
consistência firme, textura rugosa e coloração marrom claro. 4,33 cm) com tricomas simples e numerosos tricomas Semente
Funículo filiforme e longo. Pleurograma presente. Peso de mil glandulares, e um par de estípulas (0,34 – 0,47 cm). Os folíolos
sementes (≈ 4,85 g). (2,24 – 2,66 x 1,02 – 1,32 cm), 6 - 8 pares; são opostos;
possuem peciólulos (0,07 – 0,10 cm); acrescentes distalmente;
Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da ápice arredondado, margem inteira e base oblíqua; face
radícula dois dias após a semeadura. A radícula apresenta 0,21 adaxial amarelo esverdeado e face abaxial verde acinzentado.
– 0,29 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo Nectários extraflorais digitiformes de coloração laranja claro
esbranquiçado. são encontrados entre todos os pares de folíolos. Gema apical
(0,04 – 0,06 cm) elíptica de coloração verde claro.
arredondada a obtusa, são foliáceos e de coloração verde claro.
0.5 cm
cm) de coloração amarelo esbranquiçado e epicótilo (0,62 –
0,76 cm) de coloração verde claro a marrom escuro. Ambos
cilíndricos e revestidos por tricomas simples esbranquiçados e
Senna trachypus (Benth.) H.S.Irwin & Barneby 47
Germinação 0.5 cm
Eófilo 0.5 cm Metáfilo 0.5 cm Muda 1 cm
48 Ziziphus joazeiro Mart.
Família: Fabaceae
Nome Popular: juazeiro
Espécie arbórea, nativa e endêmica do Brasil. Encontrada nas base assimétrica, são foliáceos e de coloração verde-escuro. O
regiões norte e nordeste. Ocorre no domínio fitogeográfico da eófilo apresenta hipocótilo (0,76 – 1,48 cm) de coloração Fruto
Caatinga. Possui crescimento inicial lento e bom amarelo esbranquiçado, cilíndrico e indumentado por
desenvolvimento em diferentes tipos de solo. Apresenta tricomas simples esbranquiçados. Epicótilo pouco
comportamento perenifólio, uma vez que a queda das folhas desenvolvido. As folhas (0,96 – 1,96 x 0,45 – 1,13 cm), 1 par;
ocorre ao mesmo tempo que o brotamento, ao final da estação são simples; opostas; pecioladas (0,12 – 0,21 cm);
seca. A floração ocorre do final da estação seca até o início da lanceoladas; ápice agudo, margem serreada e base obtusa;
estação chuvosa. As flores são pequenas, de cor creme, coloração verde claro;com dois pares de estípulas (0,05 – 0,08
agrupadas em inflorescências e permanecem abertas por até 12 cm) oblanceoladas, precocemente decíduas e de coloração
horas. Flores femininas e masculinas estão localizadas na verde claro. Gema apical (0,02 – 0,03 cm) elíptica e de
mesma planta. A polinização é exclusivamente cruzada, coloração verde claro. O metáfilo apresenta folhas (1,17 – 3,09
realizada por abelhas e vespas. Cada inflorescência produz um x 0,89 – 1,50 cm) opostas cruzadas, pecioladas (0,12 – 0,25
ou dois frutos, cuja maturação inicia no final da estação seca e cm) e com um par de estípulas (0,12 – 0,15 cm); e gema apical
se estende até a estação chuvosa. A dispersão é do tipo (0,04 – 0,06 cm).
zoocórica e realizada por aves. A unidade de dispersão é o
fruto. A semente é ortodoxa e não apresenta dormência. Muda: O eixo caulinar apresenta acúleos e tricomas simples
Espécie utilizada para fins medicinais, na alimentação, na esbranquiçados. As folhas possuem 5,38 – 6,87 cm de
construção civil, como combustível e para comprimento e 3,25 – 5,26 cm de largura; são simples; alternas
artesanato/tecnológico. espiraladas; ovadas; possuem pecíolo (0,35 – 0,56 cm) com 1 cm
tricomas simples; ápice acuminado, margem serreada e base
Fruto: 1,41 – 1,66 cm de comprimento e 1,46 – 1,78 cm de arredondada; coloração verde-escuro. Gema apical (0,05 –
largura. Nuculânio, carnoso e indeiscente. Formato globoso. 0,06 cm) elíptica e de coloração verde claro. Estruturas
Consistência carnosa, textura verrugosa, lenticelado e de espinescentes são observadas a partir do 3° entrenó. Semente
coloração marrom claro. Cada fruto pode conter 1 - 2
sementes.

largura e 0,11 – 0,20 cm de espessura. Formato elipsóide,
consistência cartácea, textura rugosa e coloração marrom.
Peso de mil sementes (≈ 12,56 g).

– 0,21 cm de comprimento, forma cônica e coloração amarelo
1 cm
esbranquiçada.

Ziziphus joazeiro Mart. 49
Germinação 1 cm
50 Referências Bibliográficas
Albuquerque, U. P., de Medeiros, P. M., de Almeida, A. L. S., Monteiro, J. M., Neto, E. Camargo, J.L.C., Ferraz, I.D.K., Mesquita, M.R., Santos, B.A., Brum, H.D. 2008.
M. D. F. L., de Melo, J. G., & dos Santos, J. P. 2007. Medicinal plants of the caatinga Guia de propágulos e plântulas da Amazônia. Manaus: INPA. 168p.
(semi-arid) vegetation of NE Brazil: a quantitative approach. Journal of
Ethnopharmacology, 114(3), 325-354. Cardoso, D. B. O. S., de Queiroz, L. P., & de Lima, H. C. 2014. A taxonomic revision
of the South American papilionoid genus Luetzelburgia (Fabaceae). Botanical
Albuquerque, U. P., & Andrade, L. D. H. C. 2002. Conhecimento botânico tradicional journal of the Linnean Society, 175(3), 328-375.
e conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil
Traditional botanical knowledge and conservation in an area of caatinga in Carrión, J. F., Gastauer, M., Mota, N. M., & Meira-Neto, J. A. A. 2017. Facilitation as
Pernambuco state, Northeast Brazil. Acta Botânica Basilica, 16(3), 273-285. a driver of plant assemblages in Caatinga. Journal of Arid Environments, 142, 50-58.
Araujo, V. K. R., Santos, J. M. F. F., Lima Araújo, E., Mendonça Pimentel, R. M., & da Castro, A. S., & Cavalcante, A. 2010. Flores da Caatinga. Campina Grande: Instituto
Silva, K. A. 2017. Influence of leaf morphometric variations on the growth of Nacional do Semiárido. 116p.
seedlings and juveniles of woody species in a semi arid environment. Brazilian
Journal of Botany, 40(4), 1019-1028. Chaves, E. M. F., & Barros, R. F. M. 2012. Diversidade e uso de recursos medicinais
do carrasco na APA da Serra da Ibiapaba, Piauí, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira
Bakke, I. A., Freire, A. L. O., Bakke, O. A., Andrade, A. P., & Bruno, R. L. A. 2006. de Plantas Medicinais, 14(3), 476-486.
Water and sodium chloride effects on Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret seed
germination. Revista Caatinga,19(3). Centro Nordestino de Informações Sobre Plantas. 2017. Produtos Florestais Não-
Madeireiros. Disponível em: <http://www.cnip.org.br/PFNMs/index.html>. Acesso
Barbosa, D. C. A. 2003. Estratégias de germinação e crescimento de espécies em: 14 Set. 2017.
lenhosas da caatinga com germinação rápida. In: Leal, I., Tabarelli, M., Silva, J.M.C.
(Eds) Ecologia e Conservação da Caatinga, Universidade Federal de Pernambuco, Córdula, E., Morim, M. P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de
Recife, pp 625-656. Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em
Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516.
Barbosa, D. C. A., Barbosa, M. C. A., & Lima, L. C. M. 2003. Fenologia de espécies
lenhosas da Caatinga. In: Leal, I., Tabarelli, M., Silva, J.M.C. (Eds) Ecologia e Costa, J. D. D. S., Silva, J. A. B. D., Coelho, D. S., Santos, I. E. D. A., & Seabra, T. X.
Conservação da Caatinga, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, pp 657-693. 2016. Methods for overcoming seed dormancy and the initial growth of Ziziphus
joazeiro Mart. in different soils. Revista Caatinga, 29(2), 441-449.
Barroso, G.M., Morim, M.P., Peixoto, A.L., Ichaso, C.L.F. 1999. Frutos e sementes:
morfologia aplicada à sistemática de Dicotiledôneas. Viçosa: UFV. 443p Dias, C. N., Alves, L. P. L., Rodrigues, K. A. D. F., Brito, M. C. A., Rosa, C. D. S.,
Amaral, F. M. M. D., & Moraes, D. F. C. 2015. Chemical composition and larvicida
Benedito, C. P., Torres, S. B., Ribeiro, M. C. C., & Nunes, T. A. 2008. Superação da lactivity of essential oils extracted from Brazilian Legal Amazon plants against Aedes
dormência de sementes de catanduva (Piptadenia moniliformis Benth.). Revista aegypti L.(Diptera: Culicidae). Evidence-Based Complementary and Alternative
Ciência Agronômica, 39(1), 90-93. Medicine , vol. 2015, Article ID 490765, 8 pages, 2015.
https://doi.org/10.1155/2015/490765.
Benedito, C. P., Ribeiro, M. C. C., Torres, S. B., Guimarães, I. P., & de Oliveira, K. J.
B. 2017. Dormancy overcoming, temperatures and substrates on germination of Ferreira, W. N., Zandavalli, R. B., Bezerra, A. M. E., & Medeiros Filho, S. 2012.
Mimosa tenuiflora Willd seeds. Semina: Ciências Agrárias, 38(1), 125-134. Crescimento inicial de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke (Mimosaceae) e
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. Cebil (Griseb.) Altshul (Mimosaceae)
Borges, L. A. A. P. 2010. Biologia reprodutiva de espécies lenhosas de Leguminosae sob diferentes níveis de sombreamento. Acta Botânica Brasílica, 26(2), 408-414.
na Caatinga. Tese de Doutorado em Biologia Vegetal. Recife: UFPE. 105p.
Ferreira, W. N., Lacerda, C. F. D., Costa, R. C. D., & Medeiros Filho, S. 2015. Effect Leite, E. J. 2005. State of knowledge on Amburana cearensis (Fr.Allem.) AC Smith
of water stress on seedling growth in two species with different abundances: the (Leguminosae: Papilionoideae) for genetic conservation in Brazil. Journal for Nature
importance of Stress Resistance Syndrome in seasonally dry tropical forest. Acta Conservation, 13(1), 49-65.
Botânica Brasílica, 29(3), 375-382.
Lima, A. L. A., & Rodal, M. J. N. 2010. Phenology and wood density of plants
Ferreira, M. R. A., & Soares, L. A. L. 2015. Libidibia ferrea (Mart. ExTul.) LP growing in the semi-arid region of northeastern Brazil. Journal of Arid Environments,
Queiroz: A review of the biological activities and phytochemical composition. 74(11), 1363-1373.
Journal of Medicinal Plants Research, 9(5), 140-150.
Lima, C. R., Bruno, R. D. L. A., Rosa, K., Silva, G., Pacheco, M. V., Alves, E. U., &
Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível Andrade, A. P. 2012. Physiological maturity of fruits and seeds of Poincianella
em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB17494>. Acesso em: 05 pyramidalis (Tul.) LP Queiroz. Revista Brasileira de Sementes, 34(2), 231-240.
Jul. 2018.
Lima, J. D., Almeida, C. C., Dantas, V. A. V., Silva, B. M. D. S., & Moraes, W. D. S.
Freitas, A. D. S., Sampaio, E. V. S. B., Santos, C. E. R. S., & Fernandes, A. R. 2010. 2006. Effect of temperature and substrate on seed germination of Caesalpinia ferrea
Biological nitrogen fixation in tree legumes of the Brazilian semi arid caatinga. Mart. ex Tul. (Leguminosae, Caesalpinoideae). Revista Árvore, 30(4), 513-518.
Journal of Arid Environments, 74(3), 344-349.
Lima, J. D., Silva, B. M. D. S., Moraes, W. D. S., Dantas, V. A. V., & Almeida, C. C.
Gonçalves, E.D., & Lorenzi, H. 2007. Morfologia Vegetal: organografia e dicionário 2008. Efeitos da luminosidade no crescimento de mudas de Caesalpinia ferrea Mart.
ilustrado de plantas vasculares. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. 416p. ex Tul.(Leguminosae, Caesalpinoideae). Acta Amazônica, 5-10.
Griz, L. M. S., & Machado, I. C. S. 2001. Fruiting phenology and seed dispersal Lopes, C. G. R., Ferraz, E. M. N., Castro, C. C., Lima, E. N., Santos, J. M. F. F., dos
syndromes in caatinga, a tropical dry forest in the northeast of Brazil. Journal of Santos, D. M., & Lima Araújo, E. 2012. Forest succession and distance from
Tropical Ecology, 17(02), 303-321. preserved patches in the Brazilian semi arid region. Forest Ecology and Management,
(271), 115-123.
Gutiérrez, I. E. M., Nepomuceno, C. F., Ledo, C. D. S., & Santana, J. R. F. 2011.
Micropropagation and acclimatization of Bauhinia cheilantha (an important Lucena, R. F. P., Nascimento, V. T., Lima Araújo, E., & Albuquerque, U. P. 2008.
medicinal plant). African Journal of Biotechnology, 10(8), 1353-1358. Local uses of native plants in an area of Caatinga vegetation (Pernambuco, NE
Brazil). Ethnobotany Research and Applications, (6), 3-14.
Japiassú, A., Lopes, K. P., Dantas, J. G., & Nóbrega, J. S. 2016. Fenologia de quatro
espécies arbóreas da Caatinga no Semiárido paraibano. Revista Verde de Lucena, R. F., Albuquerque, U. P., Monteiro, J. M., Cecília De Fátima, C. B. R.,
Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 11(4), 34-43. Florentino, A. T., & Ferraz, J. S. F. 2007. Useful plants of the semi-arid northeastern
region of Brazil–a look at their conservation and sustainable use. Environmental
Leal, I. R., Wirth, R., & Tabarelli, M. 2007. Seed dispersal by ants in the semi-arid Monitoring and Assessment, 125(1-3), 281-290.
Caatinga of north-east Brazil. Annals of Botany, 99(5), 885-894.
Machado, I. C., Lopes, A. V., & Sazima, M. 2006. Plant sexual system sand a review
Leite, A. V., & Machado, I. C. 2010. Reproductive biology of woody species in of the breeding system studies in the Caatinga, a Brazilian tropical dry forest. Annals
Caatinga, a dry forest of northeastern Brazil. Journal of Arid Environments, 74(11), of Botany, 97(2), 277-287.
1374-1380.
Machado, I. C., & Lopes, A. V. 2003. Recursos florais e sistemas de polinização e
Leite, A. V., & Machado, I. C. 2009. Biologia reprodutiva da catingueira (Caesalpinia sexuais em Caatinga. In: Leal, I., Tabarelli, M., Silva, J.M.C. (Eds) Ecologia e
pyramidalis Tul., Leguminosae-Caesalpinioideae), uma espécie endêmica da Conservação da Caatinga, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, pp 515-563.
Caatinga. Revista Brasileira de Botânica (32), 79-88.
52 Referências Bibliográficas
Machado, I., Barros, L. M., & Sampaio, E. V. 1997. Phenology of caatinga species at Nadia, T. L., Machado, I. C. & Lopes, A. V. 2007. Fenologia reprodutiva e sistema de
Serra Talhada, PE, northeastern Brazil. Biotrópica, 29(1), 57-68. polinização de Ziziphus joazeiro Mart.(Rhamnaceae): atuação de Apis melliferae de
visitantes florais autóctones como polinizadores. Acta Botânica Brasílica, 21(4), 835-
Maia-Silva, C., Silva, C. D., Hrncir, M., Queiroz, R. D., & Imperatriz-Fonseca, V. L. 845.
2012. Guia de plantas visitadas por abelhas na Caatinga. Fundação Brasil Cidadão,
Fortaleza. Nascimento, J. M., Moraes, T. A., Silva, E. M., de Melo, N. F., & de Melo, A. M. 2014.
Crescimento de plantas de Bauhinia cheilanta micorrizadas em dois tipos de solo do
Matos, A. C. B., & Ataíde, G. D. M. 2015. Physiological, physical, and morpho- bioma Caatinga. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 9(4), 570–576.
anatomical changes in Libidibia ferrea ((Mart. ex Tul.) LP Queiroz) seeds after
overcoming dormancy. Journal of Seed Science, 37(1), 26-32. Neves, S. H. Sustentabilidade no campo: técnicas para colocar esse conceito em
prática. 2010. Revista Brasileira de Engenharia, 6 ( 2), 27-39.
Medeiros Filho, S., da Silva, M. A. P., & dos Santos Filha, M. E. C. 2008. Germinação
de sementes e desenvolvimento de plântulas de Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul var. Nunes, Y. R. F, Luz, G. R., Braga, L. L. 2012. Phenology of tree species populations in
ferrea em casa de vegetação e germinador. Revista Ciência Agronômica, 36(2), 203- Tropical Dry Forests of Southeastern Brazil. In: Zhang X., editor. Phenology and
208. climate change. InTech, doi: 10.5772/34289, 125–142.
Melo, Y., Córdula, E., Machado, S. R., & Alves, M. 2010. Morfologia de nectários em Oliveira, E. C. S., Júnior, E. O. C., Fernandes, P. D., & Trajano, E. V. D. A. 2014.
Leguminosae senso lato em áreas de caatinga no Brasil. Acta Botânica Brasílica, Photochemical efficiency of photosystem II (PSII) and Water Potential of
1034-1045. Cnidoscolus quercifolius Pohl in areas of Caatinga Paraibana. Iheringia. 69(2), 479-
487.
Melo, A. L. D., & Sales, M. F. D. 2008. The genus Cnidoscolus Pohl (Crotonoideae-
Euphorbiaceae) in the Pernambuco State, Brazil. Acta Botânica Brasílica, 22(3), 806- Pagotto, M. A., Roig, F. A., de Souza Ribeiro, A., & Lisi, C. S. 2015. Influence of
827. regional rainfall and Atlantic sea surface temperature on tree-ring growth of
Poincianella pyramidalis, semiarid forest from Brazil. Dendrochronologia, (35), 14-
Mendes, K. R., Granja, J. A., Ometto, J. P., Antonino, A. C., Menezes, R. S., Pereira, 23.
E. C., & Pompelli, M. F. 2017. Croton blanchetianus modulates its
morphophysiological responses to tolerate drought in a tropical dry forest. Functional Paiva, D. C. C., Santos, C. A., Diniz, J. C., Viana, F. A., Thomazzi, S. M., & Falcão, D.
Plant Biology, 44(10), 1039-1051. A. 2013. Anti-inflammatory and antinociceptive effects of hydroalcoholic extract
from Pseudobombax marginatum inner bark from caatinga potiguar. Journal of
Mendonça, A. V. R., Nogueira, F. D., Venturin, N., & Souza, J. S. 1999. Exigências Ethnopharmacology, 149(2), 416-421.
nutricionais de Myracrodruon urundeuva Fr. All (aroeira do sertão). Cerne, Lavras, 5,
(2), 65-75. Paredes, P. F. M., Vasconcelos, F. R., Paim, R. T. T., Marques, M. M. M., De Morais, S.
M., Lira, S. M., & Guedes, M. I. F. 2016. Screening of bioactivities and toxicity of
Moro, M. F., NicLughadha, E., Filer , D. L., Araújo, F. S., Martins, F. R. 2014. A Cnidoscolus quercifolius Pohl. Evidence Based Complementary and Alternative
catalogue of the vascular plants of the Caatingaphytogeographical domain: a Medicine. pp 1-9.
synthesis of floristic and phytosociological surveys. Phytotaxa. 160 (1): 1-118.
Pelczar Junior, J. M. 1996. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo:
Moura, P. A., Filho, C. B., da Silva, L. N., Silva, M. V., & Correia, M. T. S. 2015. Makron Books.
Caatinga plants as weapons against microorganisms: advances and challenges. In:
Méndez-Vilas, A.(Org.). The Battle Against Microbial Pathogens: Basic Science, Pequeno, I. D., Almeida, N. M., & Siqueira-Filho, J. A. 2016. Biologia reprodutiva e
Technological Advances and Educational Programs.1ed. Badajoz Spain: Formatex guilda de visitantes florais de Pseudobombax marginatum (Malvaceae). Rodriguésia,
Research Center, (1), 117-124. 67(2), 395-404.
Pereira, I. M., Andrade, L. A., Sampaio, E. S. B. V., & Barbosa, M. R. V. 2003. Use- Schlindwein, C., Westerkamp, C., Carvalho, A. T., & Milet-Pinheiro, P. 2014. Visual
history effects on structure and flora of caatinga. Biotrópica, 35(2), 154-165. signal ling of nectar-offering flowers and specific morphological traits favour robust
bee pollinators in the mass- flowering tree Handroanthus impetiginosus
Pereira, I. M., Andrade, L. D., Costa, J. R. M., & Dias, J. M. 2001. Regeneração (Bignoniaceae). Botanical Journal of the Linnean Society, 176(3), 396-407.
natural em um remanescente de caatinga sob diferentes níveis de perturbação, no
agreste paraibano. Acta Botânica Brasílica, 15(3), 413-426. Silva, E. C., Nogueira, R. J. M. C., Azevedo Neto, A. D., Brito, J. Z., & Cabral, E. L.
2004. Aspectos ecofisiológicos de dez espécies em uma área de caatinga no município
Prado, D. E. 2003. As caatingas da América do Sul. In: Leal, I. R., Tabarelli, M. & de Cabaceiras, Paraíba, Brasil. Iheringia. Série Botânica, 59(2), 201-206.
Silva, J. M. C. (eds.). Ecologia e Conservação da Caatinga. Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, Pernambuco, pp. 3-73. Silva, J. S., Sales, M. D., Gomes, A. D. S., & Carneiro-Torres, D. S. 2010. Sinopse das
espécies de Croton L.(Euphorbiaceae) no estado de Pernambuco, Brasil. Acta
Quirino, Z. G. M., & Machado, I. C. 2014. Pollination syndromes in a Caatinga plant Botânica Brasílica, 24(2), 441-453.
community in northeastern Brazil: seasonal availability of floral resources in different
plant growth habits. Brazilian Journal of Biology, 74(1), 62-71. Silva, M. C. N. A., & Rodal, M. J. N. 2009. Padrões das síndromes de dispersão de
plantas em áreas com diferentes graus de pluviosidade, PE, Brasil. Acta Botânica
Rede de Catálogos Polínicos Online. Disponível em: < http://chaves.rcpol.org.br/ >. Brasílica, 23(4), 1040-1047.
Acesso em: 5 fev. 2018.
Souza, R. S. O. D., Albuquerque, U. P. D., Monteiro, J. M., & Amorim, E. L. C. D.
Rito, K. F., Arroyo-Rodríguez, V., Queiroz, R. T., Leal, I. R., & Tabarelli, M. 2017. 2008. Jurema-Preta (Mimosa tenuiflora [Willd.] Poir.): a review of its traditional use,
Precipitation media test he effect of human disturbance on the Brazilian Caatinga phytochemistry and pharmacology. Brazilian Archives of Biology and Technology,
vegetation. Journal of Ecology, 105(3), 828-838. 51(5), 937-947.
Sampaio, E. V. S. B. 1995. Overview of the brazilian caatinga. In: S. H. Bullock, H. A. Teixeira, D. C, Farias, D. F, Carvalho, A. F. U., Arantes, M. R., Oliveira, J. T., Sousa,
Mooney and E. Medina (eds.). Seasonally dry forests. Cambridge University Press, D. O., Pereira, M. L., Oliveira, H. D., Andrade-Neto, M., Vasconcelos, I. M. 2013.
Cambridge, Reino Unido, pp. 35-58. Chemical Composition, Nutritive Value, and Toxicological Evaluation of Bauhinia
cheilantha seeds: A Legume from Semiarid Regions Widely Used in Folk Medicine.
Santos, E. C. G., Donnici, C. L., Camargos, E. R. S., Araújo-Silva, G., Xavier-Junior, BioMed Research International, Article ID 578781, 7p.
F. H., Farias, L. M., Corrêa, L. A., Luz, J. R. D, Carvalho, M. A. R. & Almeida, M. G.
2018. Interaction of Pseudobombax marginatum Robyns Stem Bark Extract on the Vasconcelos, S. F., de Araújo, F. S., & Lopes, A. V. 2010. Phenology and dispersal
Cell Surface of Bacillus cereus and Staphylococcus aureus. Journal Bacteriology and modes of wood species in the Carrasco, a tropical deciduous shrub land in the
Mycology, 5(2), 1063. Brazilian semiarid. Biodiversity and Conservation, 19(8), 2263-2289.
Santos, J. C. O., Dantas, J. P., Medeiros, C. A., Athaíde-Filho, P. F., Conceiçăo, M. M., Vieira, N. K., Bourscheid, K., Dickel, M., Ritter, M. R., & Barros, I. B. I. 2011.
Santos Jr, J. R., & Souza, A. G. 2005. Thermal analysis in sustainable development: Grupos de uso e as espécies prioritárias - Espécies alimentícias. In: CORADIN, L.,
thermo analytical study of faveleira seeds (Cnidoscolus quercifolius). Journal of SIMINSKI, A., REIS, A. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual
Thermal Analysis and Calorimetry, 79(2), 271-275. ou potencial: plantas para o futuro - Região Sul. Brasília: MMA. 934p.
Sátiro, L. N., & Roque, N. 2008. A família Euphorbiaceae nas caatingas arenosas do
médio Rio São Francisco, BA, Brasil. Acta Botânica Brasílica, 22(1), 99-118.
54 Glossário
Abaxial: superfície inferior da folha. Carúncula: porção carnosa situada no hilo (cicatriz da semente).
Acúleos : projeção na superfície de órgãos vegetais, geralmente pontiaguda, que se Catáfilo: folha modificada, reduzida e frequentemente escamiforme.
destaca facilmente.
Composta: tipo de folha formada por subunidades (folíolos).
Acuminado: ápice que se estreita abruptamente formando uma projeção longa e
Cordada: base que apresenta forma de coração.
aguda
Coriácea: consistência semelhante ao couro, rígidas e flexíveis.
Adaxial: superfície superior da folha.
Cotilédone: primeira ou primeiras folhas embrionárias que podem armazenar
Adnato: quando duas estruturas diferentes estão aderidas.
reservas para a germinação.
Agudo: ápice se afina formando um angulo menor que 90°.
Craspédio: fruto que se caracteriza pela fragmentação transversal do pericarpo em
Alterna: disposição das folhas em que há uma folha por nó. artículos com apenas uma semente.
Anemocórica: dispersão que se dá através do vento. Criptocotiledonar: germinação em que os cotilédones não são visíveis,
permanecendo cobertos por uma ou mais camadas do pericarpo ou tegumento da
Apiculado: ápice que apresenta uma ponta curta rígida e aguda.
semente.
Arredondado: ápice ou base que se apresenta como um semi círculo.
Criptosâmara: fruto que se abre ao longo das duas nervuras ventral e dorsal, formando
Assimétrica: base que apresenta os lados do lâmina foliar desiguais. duas valvas. A porção mais interna do pericarpo é indeiscente e membranácea,
encerrando uma única semente.
Atenuado: ápice ou base que se afina gradativamente formando uma projeção aguda.
Crustácea: consistência semelhante a crusta, quebradiça.
Autocorica: dispersão de sementes que se dá espontaneamente, sem auxílio de
nenhum elemento externo. Cuneado: base cujas margens formam um ângulo de 45° com a nervura central.
Aveludada: textura que caracteriza superfície macia como veludo. Cuspidado: ápice que se estreita abruptamente formando uma projeção curta e aguda
Bacáceo: fruto com pericarpo pouco ou muito espesso, com espaço central dividido Decídua: planta que perde todas as suas folhas por um período de tempo.
ou não por cavidades. Geralmente com poucas sementes que não se encontram
Deiscente: fruto que se abre naturalmente na maturação.
envolvidas por polpa.
Dormência física: pausa do processo germinativo da semente causada pela
Bilobada: folha dividida em duas partes por uma incisão que não ultrapassa metade de
impermeabilidade do tegumento.
seu comprimento.
Dormência morfológica: pausa do processo germinativo da semente causada pela
Bipinada: tipo de folha composta duplamente pinada. Cada pina corresponde a um
imaturidade do embrião.
folíolo de uma folha composta pinada e é constituída por foliólulos.
Drupa: fruto que apresenta somente um pirênio (caroço) com espaço central amplo.
Cálice: verticilo vegetativo externo da flor. Conjunto de sépalas.
Elipsóide: forma similar a uma elipse.
Cápsula loculicida: fruto com uma ou mais sementes. O pericarpo é geralmente seco e
se abre por meio de nervuras longitudinais dorsais que dividem os lóculos em duas Elíptica: formato no qual a porção mediana é a mais larga.
partes iguais. É constituída de duas metades de carpelos unidos.
Emarginado: ápice aproximadamente arredondado que apresenta uma reentrância
Carenada: textura que caracteriza superfície com linhas paralelas salientes, aguda na extremidade.
semelhantes a uma quilha (carena) de navio.
Endocarpo: parte do fruto que corresponde a camada mais interna do pericarpo.
Carnosa: consistência semelhante a carne, tecido espesso e suculento.
Entrenó: segmento do caule situado entre dois nós consecutivos.
Cartácea: consistência semelhante ao papel, finas, rígidas, quebradiças.
Glossário 55
Eófilo: primeira (s) folha (s) propriamente ditas da planta, localizada (s) acima dos Lacerada: formato no qual a margem tem aspecto de que foi cortada irregularmente.
cotilédones.
Lâmina: porção expandida da folha.
Epicótilo: porção do eixo caulinar localizada acima do nó cotiledonar.
Lanceolado: tem forma de lança, formato no qual a parte mas larga é a base e a parte
Epígea: germinação em que os cotilédones se elevam acima do solo. mais estreita é o ápice.
Espículas: folhas modificadas presentes entre os pares de folíolos. Legume: fruto que se abre ao longo das duas nervuras ventral e dorsal, formando duas
valvas. Contem numerosas sementes.
Espinhosa: margem da folha que apresenta espinhos.
Lenhosa: consistência semelhante a madeira.
Espiralada: disposição foliar em diferentes planos ao longo do eixo, formando um
espiral. Lenticela: protuberância na epiderme das plantas lenhosas nem sempre visível a olho
nu e com uma abertura que permite trocas gasosas.
Estípula: folha modificada que se forma comumente aos pares na base da folha.
Lisa: textura sem depressões ou saliências, suave ao tato.
Fanerocotiledonar: germinação em que os cotilédones são visíveis, permanecendo
cobertos por uma ou mais camadas do pericarpo ou tegumento da semente. Membranácea: consistência semelhante a membrana, fina e semi transparente.
Filiforme: em forma de fio. Mericarpo: frutos geralmente globosos que apresentam dois ou mais carpelos, uma ou
mais sementes com textura coriácea, lenhosa ou carnosa.
Firme: consistência sólida e densa.
Metáfilo: segunda (s) folha (s) propriamente ditas da planta.
Foliáceo: consistência semelhante a folha.
Nectário extrafloral: glândula externa a flor capaz de secretar néctar (solução
Folículo: fruto que se abre ao longo de uma nervura ventral e contem uma ou mais
açucarada).
sementes.
Nó: região do caule de onde sai uma ou mais folhas.
Folíolo: cada subunidade de uma folha composta.
Nuculânio: frutos que apresentam pirênios (caroços) loculados ou livres.
Foliólulo: cada subunidade de uma folha bipinada.
Oblanceolado: formato no qual o ápice é mais largo que a base, mantendo-se
Funículo: cordão pequeno e vascularizado que conecta semente (óvulo) a placenta.
semelhante a uma lança.
Fusiforme: em forma de fuso, mais espesso no região central e afilado nas
Oblíqua: base que possui clara diferença de altura, em relação aos lados separados
extremidades.
pelo pecíolo.
Gema: região meristemática da planta responsável pela formação de órgãos
Obovado: formato no qual o ápice é mais largo que a base mantendo um contorno
reprodutivos ou vegetativos.
oval.
Glabro: superfície sem pêlos.
Obtuso: ápice mais ou menos arredondado, com as margens formando um ângulo
Globoso: em forma de globo, essencialmente esférico. maior que 90°.
Hipocótilo: porção do eixo caulinar localizada abaixo do nó cotiledonar. Oposta cruzada: disposição foliar em que o par de folhas está ordenado em forma de
cruz ou ângulos retos em relação ao par anterior.
Hipógea: germinação em que os cotilédones ficam no nível ou abaixo do solo.
Oposta: disposição foliar onde as folhas surgem aos pares em cada nó.
Imparipinadas: designa uma folha composta e pinada no qual o ápice termina em um
único folíolo. Ortodoxa: sementes que podem ser desidratadas a níveis baixos de umidade (5 a 7%
de umidade) e armazenadas em ambientes de baixas temperaturas.
Indeiscente: fruto que não se abre ao atingir maturação.
Ovada: formato com contorno oval, no qual a base é mais larga que o ápice.
Indumentada: revestimento presente em alguns órgãos vegetais, como tricomas.
56 Glossário
Palmatilobada: folha simples que pode ser dividida por incisões superficiais ou Sâmara: fruto monocarpelar ou pseudocarpelar, com uma semente e com projeções
profundas. em forma de ala de origem ovariana.
Parafilídios: folha modificada na base de cada pina ou raque imediatamente adjacente Sépala: são folhas mais ou menos modificadas que compõem o cálice.
ao pulvíno.
Serreada: margem da folha dividida em pequenos lobos agudos e direcionados para o
Paripinada: designa uma folha composta e pinada onde seu ápice termina em um par ápice.
de foliólos.
Séssil: órgão ou estrutura desprovida de haste ou suporte.
Pecíolo: estrutura que une a lamina foliar ao caule.
Simples: tipo de folha formada por uma única lâmina.
Peciólulo: pequena haste que sustenta cada um dos folíolos de uma folha composta.
Subcordada: base que apresenta forma de coração, porém apresenta lobos menos
Penada: em forma de pena. proeminentes que uma folha cordada.
Penatífida: folha pinatilobada onde as incisões que separam os lobos normalmente Subgloboso: forma globosa, mas levemente achatada em seus pólos.
não atingem a metade da distancia entre a margem e a nervura central.
Suboposta: disposição foliar quase oposta, intermediaria entre oposta e alterna.
Pericarpo: estrutura dos frutos proveniente da parede do ovário.
Tricomas: projeções na superfície dos órgãos vegetais, tanto unicelular como
Pinadas: folha composta onde a nervura central forma um eixo alongado onde se pluricelular, que auxiliam a absorção de água e proteção.
inserem os foliólos ou segmentos.
Trifoliolado: folha composta que apresenta três folíolos.
Piriforme: em forma similar a uma pera.
Trilobado: folha dividida em três porções onde a incisão que separa os segmentos e
Plântula: pequena planta recém germinada da semente. menor que a metade destes.
Pleurograma: linha aparente, usualmente em forma de U, comum em sementes de Truncado: ápice ou base terminada abruptamente como se tivesse sido cortado.
Fabaceae.
Unifoliolada: tipo de folha composta com um único folíolo. Diferencia-se de uma
Pontuações: minúsculas depressões ou glândulas que ocorrem geralmente na folha simples pela presença de pulvíno.
superfície das laminas foliares ou de propágulos.
Valvas: cada uma das partes dos frutos secos que se separam por deiscência
Pulvino: estrutura volumosa na base ou no ápice do pecíolo. longitudinal.
Pulvinulo: pulvino reduzido na base do peciólulo de folíolos em folha composta. Verrugosa: textura que caracteriza superfície com proeminências parecidas com
verrugas.
Radícula: raiz embrionária presente na extremidade inferior do embrião.
Zoocorica: dispersão de sementes que se dá por meio de animais.
Raque: prolongamento do pecíolo de uma folha composta onde se inserem os
folíolos. Corresponde a nervura central de folhas pinadas.
Recalcitrante: sementes que não podem ser desidratadas abaixo de um determinado
grau de umidade, sem que ocorram danos fisiológicos.
Reniforme: em forma similar a um rim.
Retuso: ápice essencialmente arredondado, com uma depressão arredondado na
extremidade.
Rugosa: textura que caracteriza superfície com rugas, dobras ou pregas.
Sagitada: base que apresenta dois lobos agudos, em forma de seta.
Anotações 57
58 Anotações
Anotações 59
60 Anotações
Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental
Projeto
SãoFrancisco
Água a quem tem sede

Guia de Propágulos e Plântulas Da Caatinga

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Guia de Propágulos e Plântulas Da Caatinga

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Direitos autorais pertencentes ao Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)

Esta obra pode ser ob da no Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

G943 Guia de propágulos e plântulas da Caatinga/ Nazareth Guedes Urquiza... [et.al.];

1. Morfologia vegetal. 2. Caatinga. 3. Manuais, guias, etc. I. Urquiza, Nazareth

Capa / Contracapa: Diagramação: Edição: Fotos:

Dr. Renato Garcia Rodrigues

Dr. Felipe Pimentel Lopes de Melo

Dr. Daniel Salgado Pifano

Nome da espécie, autor. Características gerais das

Hábito: Os registros fotográﬁcos das

Alimentício Os dados fenológicos são

As medidas indicadas na 30 cm até a

Folha Simples Folha Composta

INTEIRA TRILOBADA UNIFOLIOLADA TRIFOLIOLADA

PINADA PINADA BIPINADA BIPINADA

Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm. 12

Germinação: hipógea fanerocotiledonar, com protrusão da

Plântula: Os cotilédones apresentam 1,30 – 1,73 cm de

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Semente: 3,57 – 4,08 cm de comprimento; 2,61 – 3,35 cm de

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Plântula: Os cotilédones apresentam 2,42 – 3,10 cm de

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Plântula: Os cotilédones apresentam 1,11 – 1,46 cm de

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Semente: 1,31 – 1,56 cm de comprimento; 0,74 – 0,89 cm de

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Plântula: Os cotilédones apresentam 2,80 – 3,10 cm de

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Fruto: 0,70 – 1,11 cm de comprimento e 0,77 – 1,24 cm de

Semente: 0,60 – 0,76 cm de comprimento; 0,72 – 0,93 cm de

Plântula: Os eóﬁlos apresentam hipocótilo pouco

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Plântula: Os cotilédones apresentam 1,53 – 2,23 cm de

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 0.5 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Plântula: Os cotilédones apresentam 1,02 – 1,33 cm de

Eóﬁlo 0.5 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Plântula: Os cotilédones apresentam 3,69 – 4,71 cm de

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Fruto: 2,90 – 2,29 cm de comprimento; 1,84 – 2,16 cm de

Semente: 1,17 – 1,35 cm de comprimento; 1,10 – 1,32 cm de

Germinação: hipógea criptocotiledonar, com protrusão da Semente

Plântula: O eóﬁlo apresenta hipocótilo pouco desenvolvido e

Eóﬁlo 1 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Eóﬁlo 0.5 cm Metáﬁlo 0.5 cm Muda 1 cm

Semente: 0,90 – 0,99 cm de comprimento; 0,41 – 0,50 cm de

Germinação: epígea fanerocotiledonar, com protrusão da

Plântula: Os cotilédones apresentam 1,41 – 1,61 cm de

Eóﬁlo 0.5 cm Metáﬁlo 1 cm Muda 1 cm

Você também pode gostar