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MILHO 2ª SAFRA/SAFRINHA:
Nesse cenário o milho ocupará o lugar de cultura posterior á safra de soja, geralmente a soja é
colhida em dezembro/janeiro.
E a janela de semeadura do milho da segunda safra é de janeiro até o fim da 1ª quinzena de
fevereiro.
O cenário ideal é quando se semeia a soja antes, ou seja, final de setembro ou começo de
outubro (considerando-se a área do Triangulo Mineiro/MG), usando uma variedade de ciclo
curto para se adiantar a colheita e logo após, já iniciar a semeadura do milho.
Assim, evita-se que o milho enfrente a estiagem que poderá ocorrer em momentos críticos do
seu desenvolvimento, que seria na fase de enchimento de grãos. (Maio/Abril)
Os desafios da 2ª safra:
Vantagem da 2ª safra:
• Nitrogênio disponível da decomposição da soja da safra anterior se houver a presença
de água (calcula-se 1kg de Nitrogênio no solo, para cada saco de soja colhido na safra
anterior)
• Maior disponibilidade de luz para fotossíntese – céu mais limpo/mais ensolarado
O milho 2ª Safra geralmente é cultivado em áreas de baixa altitude, que geralmente tem o dia
e a noite com temperaturas mais quentes, esse fator afeta o ciclo do milho, tornando-o mais
curto, tendo assim, menor tempo para a produção de fotoassimilados, quando comparado
com o Milho Verão.
As geadas, que podem ocorrer nos estados de MS, PR e SP, podem queimar as partes mais
baixas da planta, pois o ar frio tende a descer e o ar quente tende a subir, queimando as folhas
do baixeiro, prejudica-se a área foliar disponível para fotossíntese.
MILHO VERÃO:
O milho verão geralmente é semeado em terras altas, (Triangulo mineiro, BA, RS) onde o
ambiente é mais favorável para o seu desenvolvimento.
Apresentando temperaturas mais amenas durante a noite, o que influencia no ciclo, já que o
milho é uma planta termosensível, o seu ciclo com temperaturas amenas durante a noite irá
aumentar, dando á planta mais tempo de desenvolvimento, mais tempo para o acúmulo de
fotoassimilados, resultando em uma maior produtividade.
Nessa época também há uma maior disponibilidade hídrica, ou seja, a produtividade do Milho
Verão é mais alta que o Milho 2ª Safra.
MILHO VERÃO:
1 tonelada = 1000 kg
12000kg/ha = 12 toneladas
MILHO 2ª SAFRA:
1 tonelada = 1000 kg
9000kg/há = 9 toneladas
Se precisamos de 20kg de Nitrogênio por tonelada de grãos produzidos, nesse caso, para
obtermos a produtividade de 150sc/há, precisamos de 180kg de Nitrogênio.
PORÉM... Devemos levar em conta, que desses 180 kg de Nitrogênio, na 2ª safra, já temos
uma parte disponível da decomposição da cultura da soja da safra anterior.
Gênero Zea:
Zea mays:
AMILOSE x AMILOPECTINA
GRÃO DE MILHO
Amido 70%
Proteínas 10%
Lipídios 4,8%
Açúcares 2%
Cinzas 1,2%
Possui o grão com maior porcentagem de AMILOSE, seu grão é bem mais duro, conhecido
como grão “Flint”. (30% amilopectina e 70% amilose).
A dureza do grão NÃO está diretamente relacionada à tolerância de grão ardido (ataque de
fungos nos grãos), mas há uma preferência no mercado por grãos duros/Flint por resistirem
melhor ao ataque de pragas de grãos armazenados, devido á sua condição física de ser mais
resistente que os demais.
Grão mais mole que o indurata, é um grão dentado, ou seja, há uma depressão em seu topo,
possuem uma quantidade maior de AMILOPECTINA, (73% amilopectina e 27% amilose).
Fisiologicamente os materiais com grãos mais “moles” são mais “baratos” para a produção da
planta, ele requer menos elementos para sua composição, portanto, costumam ser mais
produtivos que o indurata.
O milho doce possui algumas peculiaridades, suas lavouras são irrigadas, a colheita é feita com
cerca de 70% de umidade (R4) e o ponto de maturação é crucial, caso passe a janela de
colheita (7 á 10 dias) e o grão comece a perder umidade excessiva, os grãos murcham. Por isso,
é fácil distinguir uma semente de milho doce, ela é toda enrugada, pois a sacarose não
mantém o formato do grão sem a umidade.
O material ideal é um híbrido simples, com alta uniformidade de espiga, pericarpo macio,
sabor doce acentuado, espigas bem cilíndricas, sem chupeta. É uma cultura que se preza muito
pela altíssima sanidade das espigas, ou seja, sem praga e sem doenças de qualquer tipo, por
isso, o controle de pragas é indispensável.
Isso tudo se dá pelo fato de que a maioria das indústrias de processamento dos grãos para
conserva ou congelados possuem todo o seu sistema de despalha, debulha, limpeza, etc.. de
forma mecanizada, uma espiga com formato irregular que não esteja na medida adequada
para debulha pode ocasionar em perdas, o mesmo acontece caso haja um grão ardido ou
atacado por qualquer praga pode prejudicar o produto final e ocasionar em prejuízos.
A tecnologia Bt foi liberada para o milho doce no ano de 2016.
A colheita é feita colhendo-se as espigas, com palha e tudo, por isso é utilizada uma colhedeira
diferente da usada para colheita de grãos.
A comercialização é feita por tonelada de espiga (cerca de 400 reais/ton), o preco de custo da
condução do campo irrigado varia entre 40 mil/ha.
O milho doce é comercializado como: milho espiga, grãos congelados ou grãos em conserva.
O TS é extremamente necessário na cultura do milho doce, pelo fato da semente ter como seu
maior componente a SACAROSE, ela também é um super meio de cultura para fungos,
afetando no stand (n° de plantas presentes no momento da colheita) da cultura.
O milho pipoca, essa variedade é caracterizada pela sua grande quantidade de AMILOSE
(quase 100%) em seu endosperma e isso o torna um dos grãos mais duros.
Sua característica mais importante comercialmente é a CAPACIDADE DE EXPANSÃO (C.E) que é
a explosão do endosperma quando submetido á uma alta temperatura.
Outra característica importante é o pericarpo ser fino, para que seja mais agradável na hora de
comer.
Milhos especiais
Minimilho:
Voltado para a produção de conserva (picles)
Aumenta-se a população de plantas e colhe-se antes da fertilização.
MORFOLOGIA DO MILHO
O milho é uma planta:
Germinação: processo que inicia com a absorção de água, até a extrusão da radícula
através do tegumento da semente.
Emergência: quando a plântula ultrapassa o nível do solo.
SEMENTE:
GERMINAÇÃO:
A água é essencial para que ocorra a embebição, onde a semente irá absorver uma quantidade
cerca de 2 – 2,5x o seu peso de água para embeber e começar o processo de germinação.
Assim, podemos dizer que com a embebição das células do embrião, a raíz começa a se
desenvolver por mitose usando as reservas do endosperma.
As reservas de amido da semente se esgotam quando a planta atinge o estádio V2, ou seja, até
V2, a energia para as reações e divisões celulares são provenientes da semente, após V2, essa
fonte será proveniente da fotossíntese.
A temperatura que vai ditar a velocidade que a semente irá emergir, o normal é que leve cerca
de 5 dias. Temperaturas mais altas irão aumentar a velocidade das reações.
A temperatura basal é de 10°C e a temperatura máxima para desnaturação das proteínas e
consequentemente a morte da semente é de 42°C.
SISTEMA RADICULAR:
COLMO:
A função do colmo é sustentar as folhas e as partes florais, e também serve como órgão de
reserva de SACAROSE.
O milho sofre muito com o encharcamento do solo, especialmente pelo seu desenvolvimento
ser hipogeal, o solo encharcado reduz a quantidade de O² disponível no solo, o que vai
interferir na respoiração.
Uma folha só é considerada completamente desenvolvida quando tem bainha visível.
Pescoço de ganso:
Uso de 2,4-D:
O uso de 2,4-D se dá quando é preciso realizar uma dessecação em campo, ele controla muito
bem as folhas largas e possui um efeito residual de 15 a 20 dias.
Sua interação negativa com o milho pode acontecer no estádio de desenvolvimento V12, onde
pode-se observar um fenômeno observado nas raízes de suporte/esporões, quando os
mesmos, ao se desenvolverem, não penetram normalmente no solo e parecem estar com
“nojo do solo”, crescendo paralelamente á ele, não adentram no solo pela presença residual
do produto. Isso acontece porque quando o 2,4-D é aplicado em gramíneas ocorre uma reação
chamada ARIL HIDROXILAÇÃO, onde ele será quebrado por ação de enzimas do milho, porém,
o milho não tem enzimas suficiente para toda a quebra, e aí pode causar a anomalia na raíz
suporte.
Ao notar-se algum encurtamento de entrenó, uma das causas pode ser um déficit hídrico ou
deficiência de Zinco – que é responsável pela síntese de Auxina, hormônio do alongamento
celular/crescimento.
Perfilhamento:
As possíveis causas para o perfilhamento ocorrer são:
Stay Green:
Stay green é a capacidade da planta de manter-se verde (turgor celular do colmo) após a
maturação fisiológica. O grão se encontra seco, mas a planta em si está com umidade e
estrutura firme para o momento da colheita. Esse fator é importante para ajudar na
uniformidade da colheita do material, ele possibilita que a planta fique por mais tempo em
campo, perdendo a umidade dos grãos de forma natural, até que chegue o momento ideal
para o produtor realizar a colheita.
Dry down:
Plantas dominadas:
Plantas dominadas são plantinhas menos desenvolvidas e mais fracas no meio da lavoura,
correspondem á cerca de 3 – 5%.
Podem ocorrer devido á Interação competitiva: a planta se desenvolveu mais devagar que as
demais, teve a emergência atrasada e acaba ficando mais fina, pela competição de luz, etc..
nteração cooperativa:
Planta que foi atacada por percevejo, por exemplo, que acaba atingindo o tamanho das demais
mas o colmo fica mais fino. É um exemplo de planta dominada.
FOLHAS:
O milho possui entre 17 e 22 folhas no total, depende do híbrido, em uma média, podemos
considerar cerca de 20 folhas por planta.
As folhas do milho são estreitas, com o comprimento maior que a largura, elas estão inseridas
e dispostas alternamente nos nós.
A formação de cada folha é de uma bainha invaginante, pilosa de cor verde clara e limbo foliar
verde escuro, estreito e de forma lanceolada, possuindo serrilhados com uma nervura central.
A lígula é a membrana localizada na parte superior da folha, inversamente à bainha, ela tem a
função de impedir a entrada de água ou impurezas entre a bainha e o colmo, evitando assim o
desenvolvimento de patógenos. Quanto mais desenvolvidas, as folhas serão mais eretas,
folhas mais eretas são preferíveis no melhoramento, pois otimizam a área de “coleta de luz”.
Quando as folhas são decumbentes, ou seja, menos eretas, as folhas de cima sombreiam as de
baixo, impossibilitando-as de realizar seu potencial máximo de fotossíntese.
O terço mediano e superior da planta possui as folhas que estão mais próximas á espiga, elas
são as de maior importância para o enchimento de grãos, pois o “transporte” dos
fotoassimilados delas para a espiga sai mais barato, então elas são as maiores, não únicas, mas
maiores responsáveis pelo enchimento de grãos.
No desenvolvimento do milho, estima-se 5 dias para cada transição de estádio até que ela
atinja V8.
Á partir de V8: 3 – 4 dias
Pré-pendão: 2 dias
E no estádio reprodutivo, (R1 – R6) considera-se a textura dos grãos como ponto de referencia
de desenvolvimento.
A maturidade dos grãos se dá quando os mesmos se desligam da planta mãe, apresentando
uma característica chamada de camada preta ("black layer") na região compreendida entre o
endosperma basal e a área vascular do pedicelo dos grãos, quando estes. Nessa fase, as células
basais condutoras do endosperma do grão se tornam desorganizadas e são esmagadas
tangencialmente, paralisando a translocação de metabólitos para os grãos. Ao se analisar o
grão pode-se observar uma linha escura na case, e sua umidade estará entre 35 e 40%.
O Milho é uma planta NÃO plástica, ou seja, no caso de uma planta faltante, ela não compensa
sua produção. Com isso devemos considerar que o STAND (número de plantas presentes no
momento da colheita) é de altíssima importância.
FLORES:
A panícula presente nas flores masculinas, pode ter de 50 á 60cm de comprimento, com
coloração variável. Cada flor é formada por três estames e a formação do pólen pode durar em
torno de 8 dias. Cada panícula produz aproximadamente 50 milhões de grãos de pólen. Após a
emissão do pensão, a parte aérea para de crescer e o sistema radicular é reduzido, ou seja,
isso ocorre aproximadamente 4 á 5 dias antes da espiga aparecer.
A inflorescência feminina – espiga – é formada por um eixo, que dispõe os alvéolos e ao longo
dele se desenvolve aos pares, as espiguetas. Cada espigueta é constituída por duas flores, uma
estéril e outra fértil. Cada flor tem um ovário e apenas um óvulo, é a partir do ovário que se
desenvolve o estilo-estigma.
O estilo-estigma é o “cabelo da espiga”, ele precisa de bastante água e nutrientes para que
não sofra dessecação e influencie na má granação da espiga.
A autofecundação do milho corresponde á 2%, por isso sua polinização é cruzada. A liberação
do pólen e a viabilidade dos estilo-estigmas tem uma diferença de cerca de 3 dias, justamente
para a maior chance de polinização cruzada.
Desafios da polinização:
A lagarta do cartucho é uma das pragas que pode dificultar a polinização, ela se alimenta do
estilo-estigma, prejudicando a granação.
Excesso de cabelo na espiga: O cabelo da espiga só para de crescer quando ele é polinizado, o
excesso do crescimento pode ser estimulado quando há muita chuva, pois o pólen está sendo
“lavado” e a maneira da planta de aumentar suas chances de contato com o pólen, é
crescendo o cabelo da espiga.
Silkballing: É o enovelamento dos cabelos da espiga. Isso acontece for fatores genéticos ou
bióticos (frio, estresse ou dias nublados) o orifício de fechamento das palhas da espiga diminui
o diâmetro e os estilo-estigmas não conseguem sair, a ponta de fechamento da palhada da
espiga precisa ser relativamente flexível e aberta para a saída dos cabelos, mas nem tanto para
evitar a entrada de fitopatógenos e/ou água que possam danificar os grãos, caso essa
extremidade seja muito pequena ou comprimida, os cabelos crescem, mas não conseguem se
expor, gerando um enovelado na ponta.
Split: é o termo utilizado para quando a semeadura das plantas machos são realizadas antes
da semeadura das plantas fêmeas, no campo de produção de sementes. O objetivo de realizar
o split é visando a coincidência da maturação das plantas macho e fêmea, para que a
fecundação ocorra com maior assertividade. Isso se dá pelo fato de o milho ser uma planta
protândrica.
Tessel Seeds: Presença de sementes formadas no pendão de um perfilho, isso acontece devido
á um desbalanço hormonal. Mas pode ocorrer em plantas não perfilhadas também.
Um pendão (órgão masculino do milho) pode produzir até 20 milhões de pólen, a seca, o calor,
e o frio, são fatores que podem inviabilizar o pólen.
Áreas de co-existência:
Quando existe em uma mesma área dois materiais diferentes: um com tecnologia transgênica
e outra sem. É necessário tomar medidas para que um material não fertilize o outro, para isso
temos as seguintes opções:
A planta tem 1 espiga principal, á cada nó existe uma espiga que são espigas dormentes.
A quantidade de grãos em uma espiga pode variar dentro da própria variedade e entre
variedades, essa quantidade está relacionada com a quantidade de grãos polinizados e
desenvolvidos, da quantidade de fotoassimilados advindos da fotossíntese que estejam
disponíveis para o enchimento de grãos.
Espera-se que espigas normais apresentem de 500 – 1000 grãos de milho.
O número de fileiras de grãos é sempre PAR.
PMS/PMG - O peso me mil sementes ou peso de mil grãos varia de 370 – 400g.
VE Emergência
V1 1ª folha completamente desenvolvida
V2 2ª folha completamente desenvolvida
V3 3ª folha completamente desenvolvida
... x folha completamente desenvolvida
V18 18ª folha completamente desenvolvida
VT Pendoamento
R1 Florescimento
R2 Grãos Bolha D’água
R3 Grãos Leitosos
R4 Grãos Pastosos
R5 Grãos Farináceos
R6 Maturidade Fisiológica
ESTÁDIO VEGETATIVO
Período de maior absorção de Potássio – K.
VE: Emergência
V1:
V2:
V3:
V6:
V8:
V9:
• Área foliar bastante densa (maior área foliar) , alta taxa fotossintética e rápido
crescimento
• Adubação de cobertura já passa a se tornar um risco devido ao eixo do trator causar
rachaduras no colmo, ocasionando queda de plantas.
V12:
V15:
V18:
Quando a planta libera sua ultima folha, os óvulos foram todos diferenciados e os estilo-
estigmas são liberados.
O dreno principal agora passa a ser a espiga, cessa o crescimento foliar e radicular. Período de
maior demanda de luz e água. Fundamental ter uma grande área foliar.
O déficit hídrico prolonga a protandria.
O polinização dura cerca de 8 – 15 dias.
R1: Florescimento, Polinização e Fertilização. (começa 3-4 dias após o pendão começar a
produzir o grão de pólen)
• Acúmulo de amido
• Divisões celulares no endosperma estão completas, a partir de agora é só recebimento
de amido
• 80% de umidade
• Quanto maior a fotossíntese, maior o PMS
• Grande absorção de N e P e translocação de nutrientes para o enchimento de grãos
*O endurecimento do endosperma se dá de cima para baixo, a linha do leite “milk line” mostra
essa diferenciação.
TEMPERATURA:
FASE VEGETATIVA
Na fase vegetativa a temperatura influencia no ciclo do milho, pois ele é uma planta
termosensível, ou seja, ele acumula calor. Seu ciclo evolui á medida que há acúmulo de
“graus/dia”, e ele só floresce quando atinge uma quantidade determinada de calo, que
começa a ser contabilizada após sua emergência.
Ex.:
T = 21,1°C (florescimento com 70 dias)
T = 22,1°C (florescimento com 67 dias)
Situação A:
GD = 30+15 – 10 = 12,5°c
2
UC: 900°C
T max: 30°C
T min: 20°C
Ex.: C e D:
FASE REPRODUTIVA
A polinização e a fertilização são muito prejudicadas por temperaturas altas. > 32°C.
Temperaturas noturnas:
A fase vegetativa fica mais curta e a taxa de respiração em noites quentes é maior, assim,
plantas em altitudes menores, onde as noites são mais quentes, utilizam parte da energia
acumulada durante o dia, tendo o gasto energético maior, consequentemente diminuindo sua
produtividade em relação á locais de maior altitude com noites de temperaturas mais amenas.
Temperatura Produção
noturna
16,6 10 200
18,3 10 500
29,4 6 300
LUZ:
Plantas de dias curtos (PDC): milho importado de locais de latitudes superiores á 33°C passa á
ser fotossensível.
O milho produzido em altas LATITUDES (EUA, Argentina) produz até 4x mais que os produzidos
em baixa LATITUDE, devido á influencia direta da luz. Locais de maior latitude, possuem mais
horas de luz.
Espaçamentos:
50 cm
< competição intraespecífica
> distribuição de luz
> controle de plantas infestantes
> malha de adubação (sulco de semeadura)
90 cm
> lixiviação dos adubos (devido ao menor contato com a argila) e > concentração.
ÁGUA:
O milho fecha ciclo com 600 mm de água, com o ciclo médio de 120 dias, a necessidade diária
é media de 5mm.
Até o estádio V8, sua necessidade é menor que 3mm/dia.
Na fase de enchimento de grãos ela passa a ser 5 – 7mm/dia
A média a ser considerada é de 4 – 5mm/dia
• Déficit hídrico:
- antes do embonecamento: 20 a 30% de perda
- no embonecamento: 40 a 50% de perda
Fotossíntese líquida:
Fotossíntese – Respiração:
> temperatura noturna
> taxa de respiração
> gasto energético
< produtividade
FOTOSSÍNTESE
C6H12O6 + 6O2 -> 6CO2 + 6H2O
A produtividade do milho está diretamente relacionada á fotossíntese.
As folhas da planta são consideradas a fábrica de glicose, e os nutrientes, macros e micros, são
as “engrenagens”.
O manejo de controle de doenças, insetos, nematoides, plantas infestantes, apenas irão evitar
perdas, e não aumentar a produtividade.
1ª: FOTOQUÍMICA : Acontece na membrana do tilacóide, usa apenas água, quebra a molécula
de água usando a luz, e forma ATP e NADP reduzido.
2ª: BIOQUÍMICA : Acontece no estroma (matriz gelatinosa), utiliza o ATP e o NAD reduzido
para produzir a GLICOSE.
ETAPA FOTOQUÍMICA
ETAPA FOTOQUÍMICA
2 H2O → 4 H+ + 4 e- + O2
4 H+ forma o ATP
4 e- forma o NADP reduzido
A MANGANO PROTEÍNA (Mn em sua composição) oxida duas moléculas de água, liberando (4
H+ + 4 e- + O2 ), um par de elétrons juntamente com a luz irão excitar o Fotossistema II (P680).
• Comprimento de onda maior que 680 não excita a clorofila. ↓ comprimento de onda ↑
energia.
• Carotenóides faz o efeito antena, dissipa a energia para energizar a clorofila.
ETAPA FOTOQUÍMICA
Transformar a energia eletromagnética (luz do sol) em duas moléculas - energia química (ATP E
NADPH)
1) FOTÓLISE DA ÁGUA
Pensando que, se a noite chega e o estimulo luminoso é cessado, os elétrons voltariam para a
clorofila... mas não! Quando esses elétrons vao perdendo energia, eles não voltam para para a
clorofila de origem, eles vao ser direcionados para outra clorofila > P700 (Fotossistema I), esse
caminho que os elétrons percorrem da P680 até a P700 é guiado por alguns fitocromos
(QUINONA A , QUINONA B e PLASTOCIANINA) – moléculas “carregadoras” de elétrons.
A Plastocianina é uma proteína de coloração azul, e contém COBRE (Cu) em sua composição.
Nesse caminho, o eletron vai perdendo energia e liberando-a no caminho, essa energia
liberada será utilizada para fazer o bombeamento de prótons de HIDROGÊNIO, para dentro do
tilacóide. A energia proveniente da movimentação desses prótons de HIDROGÊNIO, será
utilizada para a formação o ATP. A formação do ATP se dá pela junção do ADP (molécula com
dois fosfatos + 1 íon fosfato) = fosforilação da molécula de ADP com a energia da liberação dos
íons de H da energia solar para a formação de ATP.
Assim que os elétrons chegam no fotossistema II, o processo se repete, a energia luminosa vai
energizar as clorofilas, que vão perder os elétrons, e esses elétrons vao passar por uma
proteína chama FERRODOXINA (composta de FERRO (Fe) e ENXOFRE (S)) que vai transferir os
elétrons para o NADP, juntando-a com prótons de H e transformando-a em NADPH. (o H
utilizado aqui veio lá da quebra da molécula de água.)
Sempre quando a clorofila perde seus elétrons, ela fica instável, atraindo novos elétrons, as
clorofilas da P680 são repostas com os elétrons da quebra da molécula de água, e as do P700
são abastecidas com os elétrons vindos da P680.
Uma glicose é formada após dois ciclos de Calvin, a molécula de açúcar será usada na
respiração celular, nas mitocôndrias, pra a produção de ATP.
RESPIRAÇÃO:
O Piruvato é transportado para a matriz mitocondrial, onde será realizado o ciclo de Krebs.
HÍBRIDO TRIPLO: obtido a partir do cruzamento entre uma linha pura e um híbrido simples.
Variedades HD HT HS
Variabilidade, estabilidade produtiva
Heterose: fenômeno no qual progênies de cruzamentos entre duas linhagens endogâmicas são
superiores aos pais, excedendo ambos no desempenho ou vigor.
• Teoria da dominância:
Vale pouco para o milho, já que essa teoria considera a hipótese:
AA = 10
aa = 4
Aa = 10
• Teoria da Sobredominância:
O híbrido produz a soma dos parentais ou mais que essa soma, é a teoria mais aceita
para o milho.
AA = 10
aa = 4
Aa = 15
• Teoria da ausência da dominância:
Não é aceita para o milho, considera que a produção da progênie não é influenciada
pela dominância
AA = 10
aa = 4
Aa = 7
O difícil não é obter uma linhagem, já que para isso é necessário apenas realizar sucessivas
autofecundações. O que é realmente desafiador, é produzir uma linhagem totalmente
homozigota recessiva e outra dominante.
As linhagens devem ser contrastantes, (não podem ser parentes) para obter o máximo de loci
com diferentes dominâncias.
• Primeiramente é preciso proteger as espiguetas, para que não haja de forma alguma a
fecundação por algum pólen que não seja o desejado. Para isso, cobre-se as espiguetas
por volta do estádio V12-V18 com um saquinho.
• Quando as espigas já estiverem bem desenvolvidas, com bastante estilo-estigmas, é
preciso dar atenção ao pendão, pois ele já deve estar em fase de polinização.
• Inicia-se então o processo de coleta do pólen do pendão, primeiramente se coloca um
saco de papel no pendão e grampeia-se a base para que ele fique firme. Espera-se o
período de 24h para que qualquer pólen de outra planta perca sua viabilidade, após
esse período, deve-se agitar bem o saco com o pendão dentro, para que o máximo de
pólen se desgrude do pendão e seja coletado no saco de papel.
• Deve-se retirar o saco de papel com bastante cuidado, com a boca do saco bem
fechada para evitar a perda do pólen.
• Esse saco de pólen, é então usado no lugar do saco de proteção da espiga, fazendo
com que apenas aqueles pólens dentro do saco estejam em contato com os estilo-
estigmas da espiga. O saco é deixado lá até o final do ciclo, ele vai garantir que outro
pólen não fecunda aquela espiga e serve também como marcação da planta que
sofreu autofecundação.
A produção de linhagens é extensa, são produzidas inúmeras linhagens para no final se obter
cerca de 3 a 6 linhagens finais para testes.
Cada linhagem será testada, sendo cruzada com um Testador de um grupo heterótico oposto.
O testador é uma linhagem já conhecida e comprovadamente boa.
Ex.: se a linhagem é “G.H.Y” ela será cruzada com um Testador “G.H.X”
Após encontrado o cruzamento ideal entre as linhagens, o hibrido resultante será destinado
para a fase de Pré-Básica.
O pendão da fêmea é arrancado quando estiver coberto por duas folhas, ou seja, a fêmea deve
ser despendoada.
Esse processo deve ser conferido o máximo possível para que se tenha certeza que não há
nenhum pendão restante.
O pólen pode ficar pronto antes das espigas estarem receptivas, para isso usa-se a técnica de
split, caso o campo já esteja desenvolvido, deve-se arrancar as palhas das espigas.
Espigas receptivas e os pólens ainda não estão prontos para liberação, deve-se forçar a
maturação do pólen, tirando as folhas que envolvem o pendão, assim o sol vai secar o pólen
mais rápido.
Neste caso, é utilizado como progenitor feminino um híbrido entre duas progênies afins da
mesma linhagem e, como progenitor masculino, uma outra linhagem.
O híbrido triplo pode também ser obtido sob forma de híbrido modificado, em que a terceira
linhagem é substituída por um híbrido formado por duas progênies afins de uma mesma
linhagem.
CALAGEM
A alta exigência nutricional do milho é a principal razão pela qual áreas recém-abertas na
região do cerrado são cultivados por alguns anos com soja para, posteriormente, introduzir-se
o milho. Esse cultivo inicial com soja contribui para a melhoria química do perfil do solo.
Por isso, o equilíbrio entre CALCIO (Ca) e MAGNÉSIO (Mn) e o POTÁSSIO (K) é importantíssimo
para a produção. Porque aumentando o teor de Calcio e Magnésio com a calagem, aumenta as
hidroxilas que fazem o papel essencial de disponibilizar Alumínio na solução do solo para ser
precipitado e aumenta a saturação de bases.
Provenientes de Acidez:
T = CTC total
ACIDEZ POTENCIAL (não trocável) : presente na MO, potencial de acidez, quantas cargas
negativas o solo terá em PH=7.
A acidez trocável (Alumínio na solução do solo) compete com as bases para se ligar aos
colóides do solo. Usa-se KCl para mensurar a quantidade de Al no solo.
H2O+CO2
HCO3
reage com H+
OH-
a hidroxila é liberada e se liga
ao Al fazendo ele precipitar
Critérios para a escolha de calcário:
• Teor de Ca e Mg
• Poder neutralizante (VN)
• Eficiência relativa (ER)
PRNT = VN x ER
Ex.:
PRNT = 70%
NC = 3t/ha
NC = ( V2 – V1 ) x T
100 T(cmolc/dm³)
NC = ( 70 – 30 ) x 10 NC = 4 ton/ha
100
GESSAGEM
O gesso é um condicionador de solo, ou seja, ele não é corretivo, ele não corrige ou aumenta o
PH do solo.
Ele é úmido, e para se fazer a aplicação de gesso e o calcário juntos, é necessário fazer uma pré
mistura.
O gesso vai dissociar em Ca²+ e SO4-², onde o último vai descer no perfil do solo e se ligar ao Al
em subsuperfície.
ARGILA NG
0 – 15 0 – 0,4
15 – 35 0,4 – 0,8
35 – 60 0,8 – 1,2
60 – 100 1,2 – 1,6
NUTRIÇÃO MINERAL DO MILHO
Critérios da essencialidade:
2° O elemento é insubstituível
MACRO:
C, H e O – formam a matéria seca
N, P, K, Ca, Mg, S
MICRO:
Fe, Zn, Mn, Cu, B, Mo e Cl
Elementos benéficos: podem ser substituídos, ex.: Cobalto – ajuda na fixação simbiótica
Elemento tóxico: Alumínio – inibe a divisão celular
Quando chove muito, o solo fica encharcado, falta assim, oxigênio no solo (anaerobiose) com
isso, a planta não realiza respiração, fazendo com que nenhum nutriente seja absorvido,
causando deficiência nutricional.
O milho não tolera água em excesso em suas raízes, principalmente até o estádio V6, pois seu
ponto de crescimento ainda se encontra abaixo do nível do solo.
K20 23 kg 20 – 30%
P2O5 10 kg 80 – 90%
Ca 4 kg 10 – 15%
Mg 4,4 kg 50%
S 3 kg 60%
Fe 210 g 5%
MICRONUTRIENTES
Zn 40 g 57%
Mn 34 g 14%
B 17 g 18%
Cu 11 g 12%
Mo 5g 63%
O elemento entra em contato com a raiz e pode ser absorvido pelos seguintes modos:
• Dentro da célula, o PH varia de 7 á 7,5 e fora, essa variação é de: 5 – 5,5. A membrana
celular é formada por uma dupla camada lipo-proteica. A diferença de PH entre os
meios permite que a membrana tenha permeabilidade seletiva.
Sistema simporte: entra um elemento negativo e com isso também entra um elemento
positivo junto.
ex.: entra H2PO4 e entra também H+.
A proteína intrínseca, que está na membrana celular, faz a passagem dos nutrientes com gasto
de ATP.
Apoplasto: transporte entre as células, gasta energia apenas para passar pela estria de
caspary.
Simplasto: transporte feito célula á célula pelo plasmodesmo. Gasta energia durante todo o
processo.
Transporte axial: é o transporte do elemento desde a raiz até as folhas, via xilema. Pode
ocorrer por:
- transpiração
- pressão radicular
O xilema é um canal morto, com isso sua parede é mais rígida, permitindo que haja pressão
negativa em seu interior (sem se deformar) e assim é possível “sugar” os nutrientes.
*Estômato fechado: não puxa água, nem nutrientes e nem fixa CO².
MACRONUTRIENTES
NITROGÊNIO
N
Função: Forma as proteínas, o grão de milho é composto de 10% de proteína, forma o NAD, a
Q2, e os componentes do DNA e do RNA.
Fontes:
• CO(NH2)2 – Ureia – 45% de N – volatiliza muito, se não chover e o solo estiver muito
seco, a ureia volatiliza cerca de 70% após uma semana da aplicação.
É preciso da ação da Erease para quebrar a ureia e formar o NH³ (ureia que volatiliza)
• (NH4)2SO4 – 18 á 20% de N, 24% de S – forma NH4+ que não volatiliza, não perde
mais que 5% de volatilização. É muito perdido por lixiviação.
• NH4 NO3 – 32% de N – na forma de nitrato de amônia. Não perde mais que 5% por
volatilização, queima muito. É muito perdido por lixiviação.
• KNO³ - 13% de N
• MAP – 9% de N e 48% de P2O5 Adubos de semeadura
• DAP – 16% de N e 45% de P2O5
Se o milho precisa de 20kg de N para cada tonelada de grãos produzidos (produção dos grãos
ricos em carboidratos), a soja precisa de 4x mais (produção de grãos ricos em lipídeos), ou seja,
a soja demanda 80kg de N, que são fornecidos também pelos Brasiorizobium, seus nódulos são
de coloração rósea no interior e são facilmente destacados da raiz.
No milho, se utiliza o Azospirillum brasiliense, que é de vida livre, não forma nódulos,
consome exsudatos da rizosfera, inoculante das gramíneas, não tem alta fixação de N (+- 20kg
de N por ciclo.)
O Azospirillum leva à síntese de auxinas (aumentando o enraizamento do milho, e fixa N).
Deficiência de N:
Pode-se observar a clorose em “V” invertido nas folhas do baixeiro, devido á sua alta
mobilidade na planta.
NITROGÊNIO NA PLANTA:
Os solos brasileiros são em sua maioria, solos intemperizados. Tais solos possuem baixas
cargas negativas e muitas cargas positivas.
O fósforo tem dois tipos de ligações:
Teor no solo: varia muito em função da argila, pois o extrator em solos argilosos “tem pouco
tempo para visitar todas as argilas”, assim, estima-se apenas parte do fósforo total, então, o
valor encontrado será menor. Já em solos mais arenosos, o extrator tem mais facilidade para
“visitar” mais argilas, portanto pode-se estimar um valor mais preciso.
O fósforo desce 1mm por ano, não tem efeito salino, mas o PH é baixo devido sua extração
(fósforo natural + ácido sulfúrico)
Se houver uma boa adubação foliar e mesmo assim a planta apresentar sintomas de
deficiência, pode-se esperar que seja algum problema no sistema radicular, ou um déficit
hídrico. Pois, o fósforo chega na raiz por difusão, a mesma é muito prejudicada pela falta de
água, pois o fósforo ficará mais próximo das argilas e não conseguirá se movimentar até a raiz.
O mesmo acontece em solos muito compactados.
Função:
Fontes de fósforo:
• Fosfato natural
• Super simples (+12% de S)
• Super triplo
• MAP
• DAP
Deficiência:
Em plantas novas, a deficiência é devido ao pequeno sistema radicular, que dificulta a chegada
do nutriente pela difusão.
Interação P x Zn
Solos com alto teor de P podem impedir a absorção de Zn. O zinco vai formar Zn(H2PO4)2 –
que é um tipo de fosfato natural – por ter muito fósforo no interior da planta.
POTÁSSIO
K
3 a 5% da CTC total.
Absorção: K+ (antiporte)
V% 50 CTC 70 CTC
Ca 40 50
Mg 9 15
K 3 5
52 70
Funções:
Deficiência:
Apresenta clorose nas folhas velhas (baixeiro) e prejudica o enchimento de grãos, causa
“chupeta” o que também pode ser um efeito de dias nublados.
O potássio é muito importante na regulação osmótica das células, portanto a planta sente
mais o déficit hídrico. Suas raízes tem menor desenvolvimento e as folhas do baixeiro que
apresentam os principais sintomas.
CÁLCIO
Ca
Funções:
O cálcio é essencial para o crescimento e aprofundamento das raízes, vital para a germinação
do grão de pólen e faz parte da parede celular dos tecidos vegetais.
Fontes de Ca:
Calcário e gesso.
Deficiência: muito raro, o cartucho fica branco, a folha fica melada devido ao extravasamento
do líquido intracelular. Já que a parede e membrana celular estarão prejudicadas.
Aspecto gelatinoso nas pontas de folhas mais novas, grudando umas nas outras e medida que
a planta cresce, as pontas podem estar presas. Em folhas superiores aparecem,
sucessivamente, amarelecimento, secamento, necrose e dilaceração das margens e clorose
internerval (faixas largas) e morte da região de crescimento., problemas na fecundação.
A planta com deficiência de cálcio não desenvolve bem, pode ficar de porte pequeno, por não
ter capacidade de construir paredes celulares, suas raízes alongam mais que o normal para
buscar o elemento no solo.
MAGNÉSIO
Mg
Absorção: Mg²+
Funções:
Função:
Fontes:
(NH4)2SO4, 24% de S
Gesso: 15 – 18% de S
Função:
Função:
Deficiência: internódios curtos, clorose larga que não respeita as nervuras, como o zinco é
promotor do triptofano que produz a auxina, importante para o desenvolvimento de novos
brotos, folhas e raízes. No campo as folhas mostram listas nas nervuras e nanismo. Folhas com
coloração esbranquiçada próximas à região do “cartucho”.
MANGANÊS
Mn
Função:
Deficiência: clorose internerval em folhas novas, colmos finos e menor crescimento das
plantas.
BORO
B
Função:
Deficiência: faixas alongadas aquosas ou transparente, que depois ficam brancas ou secas nas
folhas novas, o ponto de crescimento morre, a polinização é prejudicada, quando as espigas
desenvolvem podem mostrar faixas marrons de cortiça na base dos grãos. Baixo
desenvolvimento radicular e o cartucho não consegue abrir. Folhas avermelhadas no final do
ciclo, e espigas pequenas com falhas na granação.
COBRE
Cu
Função:
Função:
DOENÇAS FOLIARES
Nas folhas, as lesões são escuras, de tamanhos variáveis, de forma ovalada e elíptica, podendo
apresentar bordas irregulares.
As lesões podem coalescer, causando a seca prematura dos baixeiros. Na nervura central, as
lesões são elípticas e alongadas, de coloração escura.
A água na superfície das folhas favorece a germinação dos esporos do fungo agente causal da
Antracnose. Esse fungo é transmitido por sementes, sobrevive nos restos culturais do milho, e
sua disseminação ocorre principalmente pela ação do vento e da chuva.
Quando o fungo atinge a espiga, ela causa uma das doenças enquadradas como causadoras do
grão ardido. O grão fica avariado, pois o fungo se alimenta da reserva energética do grão, ou
seja, o endosperma, deixando o grão leve. Os grãos apresentam mucilagem cotonosa e
picnídios pretos. O fungo entra na espiga por aberturas naturais, abertura da palha, ou algum
furo feito por insetos, ou então, ele pode se alocar na base da espiga, onde há bastante
umidade.
Já os sintomas foliares são identificados com manchas que não respeitam as nervuras, são
necróticas, grandes, muito parecidas com as lesões de Exserohilum turcicum, porém, a grande
diferença das duas é que: quando colocado contra o sol, é bem mais fácil identificar um ponto
de infecção na lesão, um pequeno círculo que não acontece no caso do E. turcicum. As lesões
podem ser pequenas, circundadas ou não por halo vermelho, mas sempre com o ponto de
infecção.
Triazol + Estrobilurina
Com:
- Carbendazim ou
- Tiofanato metílico
- Benzimidazol
Não apresenta halo amarelo, e nem ponto de infecção. Suas lesões são elípticas, necróticas, e
de coloração palha á escura, com bordas bem definidas, largas e alongadas. As lesões podem
chegar á tamanhos bem extensos, até cerca de 15cm.
Geralmente ela começa antes de V8, e seu controle pode ser feito com o uso de Triazol +
Estrobilurinas.
Em campo, um bom método de identificação das lesões de turcicum é que quando ela já está
desenvolvida, seu centro rasga e se desfaz com muita facilidade, basta manusear a folha e a
lesão se romperá.
CERCOSPORIOSE – Cercospora-zeae-maydis
As lesões são cloróticas ou necróticas, de coloração palha ou cinza, sempre limitadas pelas
nervuras secundárias das folhas, suas extremidades são tipicamente retangulares. Em geral
aparecem próximas ao florescimento, nas folhas do baixeiro, em condições favoráveis,
alcançam as folhas superiores em cerca de uma semana.
O seu desenvolvimento é favorecido por dias nublados, com alta umidade. É um fungo
necrotrófico, sobrevive em restos culturais, e dissemina-se pelo vento.
É controlada com aplicação de Triazol + Estrobilurina, porém, a Cercospora zeina, que também
pode ocorrer, e o modo de identificação é que esse método de controle não funciona pra ela,
e sim, o uso de Carboxamidas que vão ajudar no controle dela.
As lesões de Cercospora podem ser confundidas com as lesões de Bipolaris. A diferenciação
das duas é pela coloração do halo, que na Cercospora é um halo amarelado, e no Bipolaris é
um halo castanho. Ambas são limitadas pelas nervuras, porém, as extremidades da Cercospora
são mais retas e retangulares, as do Bipolaris são arredondadas e sem forma e se olhar contra
luz, há um ponto de infecção na lesão.
As lesões são de coloração palha, retangulares, limitadas pelas nervuras, com bordas
levemente avermelhadas/castanho e irregulares, não são lisas e retas como da Cercosporiose.
Sua temperatura ideal é de 20-32°C, e com presença de orvalho. Seu agente causal é
disseminado por vento e chuva, e sobrevive em restos culturais.
É uma doença mais comum de segunda safra, pelo mesmo motivo do Exserohilum turcium, ela
tem preferência para plantas com baixo teor de açúcar nas folhas/plantas estressadas, em
ambiente com pouca adubação e muita chuva favorece seu desenvolvimento.
Phaeospharia maydis
Phyllosticta sp.
Phoma sorghina
Sporomiella sp.
Pantoea ananatis
A doença ocorre principalmente no período reprodutivo, ela pode ser muito confundida com
manchas de Gramoxone (Diquat/ Paraquat) que caem sobre as folhas e criam manchas
brancas bem semelhantes à doença.
O grupo de agentes etiológico dessa doença é formado por uma bactéria e diversos fungos.
Sintomas:
Mancha marrom esverdeada e úmida, com aparência de anasarca, iniciada pela bactéria que
provem a porta de entrada onde os fungos irão começar a se desenvolver.
É uma doença muito recorrente em regiões de altitudes, com temperaturas noturnas por volta
de 14-15ºC. Favorecido por muitas chuvas/ orvalho, e frentes frias.
O grande impacto na produtividade é pelo fato da mancha branca prejudicar muito a área
foliar, diminuindo a área fotossintética e consequentemente afetando no peso de grãos.
Controle:
Quando se realiza a aplicação de Mancozeb, é necessário que haja o periodo de 4h sem chuva,
para o bom efeito do produto.
O óxido de cobre também tem boa eficácia mas não é muito recomendado para o milho pois
pode causar fitotoxidade.
Sintomas:
A doença tem ampla distribuição, as pústulas são formadas em ambas as superfícies da folha,
são alongadas, na forma de bastonetes, e se rompem facilmente.
Quando os esporos são liberados, ficam lesões com uma fenda no centro.
Triazol + Estrubilurina
Ela tem hospedeiro alternativo, o trevo Oxales, portanto o seu controle também é
fundamental.
A doença está distribuída por toda região cento-oeste, noroeste de MG, São Paulo e Paraná. É
a ferrugem mais agressiva, sua multiplicação é muito rápida e cobre quase toda a folha.
Sintomas:
Pústulas arredondadas de coloração marrom clara distribuídas na face superior das folhas e
com menor abundância na face interior da folha.
Controle:
Sintomas:
Controle:
Triazol + Estrubilurina