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INTRODUÇÃO
Caro leitor, coração amigo sugeriu-nos, pelas vias da intuição, a compilação de algumas
perguntas e respostas relativas à fluidoterapia, tarefa comum de nossas casas espíritas.
Se devemos respeitar o valor do estudo, não menos respeito deveremos ter por aqueles
que não se animam a compulsar nossos excelentes e profundos livros sobre a matéria,
preferindo outrossim abordagem mais sintética, e portanto, mais prática.
Nosso objetivo maior é a simplicidade. O texto que você tem em mãos não constitui
referência a estudiosos do passe, mas síntese que atende tanto àqueles que não
querem saber mais do que os aspectos superficiais, como àqueles que preferem uma
abordagem progressiva de estudo, começando do mais simples, em direção ao mais
completo.
Que Deus e Jesus nos abençoem os bons propósitos. Eugênio Lysei Junior
Janeiro de 1998
A energia de um corpo é a capacidade que este tem de gerar qualquer ação. Como há
várias formas de energia, pode haver várias formas de ação possíveis. À energia
calorífica, uma ação possível seria o aquecimento. À energia elétrica, uma ação possível
seria a geração de corrente. À energia magnética, uma ação possível seria a
magnetização de outro corpo. Em geral os corpos têm vários tipos de energia, e, por
conseguinte, podem atuar no meio no qual estão inseridos de várias formas. Por
exemplo: o corpo humano é capaz de aquecer o ambiente – nesse caso é utilizada a
energia calorífica; é capaz de movimentar objetos – nesse caso é utilizada a energia
mecânica; é capaz realizar o processo da digestão – nesse caso, dentre outras, utiliza a
energia química; e assim por diante. No passe, os pensamentos do passista e da equipe
de Espíritos, reunidos, formam a energia espiritual que atua no paciente e diretamente
nos fluidos, que são energia magnética, dando- lhe características necessárias ao
paciente. Assim, podemos dizer que a energia relacionada ao passe é capaz de atuar
diretamente no paciente. (Veja questão 114)
2. O que é fluido?
Fluido é substância sutil, maleável, imponderável, energética, que pode ser manipulada
pelo pensamento de Espíritos encarnados e desencarnados, que imprimem nele
características positivas ou negativas, conforme o teor do pensamento. No passe, utiliza-
se o pensamento do Espírito que coordena a tarefa, assim como do passista, de forma a
impressionar positivamente os fluidos que serão doados ao paciente. O fluido, em sua
mais simples expressão, é chamado de fluido cósmico universal, que representa a
simplificação máxima da matéria, que, manipulada pelo pensamento do Espírito,
imprime- lhe variações de onde se originam os diversos tipos de elementos hoje
conhecidos. (Veja questões 4 e 5)
3. O que é transubstanciação?
Fluido animal ou magnetismo animal é a parcela de energia vital doada pelo ser
encarnado, passista, no momento do passe. Tal fluido é inerente apenas a seres
encarnados, sendo uma das razões pelas quais que companheiros encarnados
participam de tarefas aparentemente de cunho apenas espiritual, tal como reuniões de
“desobsessão”. (Veja questões 2 e 114)
Fluido energético exalado pelos seres vivos do reino vegetal. (Veja questão 2)
6. O que é perispírito?
É o corpo intermediário entre o corpo físico e o Espírito, necessário à relação entre estes
dois últimos. É o laço que liga o corpo ao Espírito. Nos processos de reencarnação, é o
molde determinante das características do corpo físico do Espírito que renasce. (Veja
questões 8 e 123)
O duplo etérico pode ser considerado um corpo físico menos denso, energético, de onde
dimanam as doações fluídicas animais (fluido animal) que o passista realiza durante a
tarefa do passe. (Veja questões 14, 15, 25, 26 e 123)
É mensagem que um médium recebe por via mediúnica, geralmente pela psicografia,
direcionada ao solicitante. A grosso modo, tais mensagens contêm orientações para
tratamento ou uso de remédios homeopáticos. Recomenda- se que toda e qualquer
receita mediúnica seja analisada racionalmente, pois submeter- se às orientações
recebidas é decisão que só cabe ao paciente, sendo portanto dele quaisquer
responsabilidades posteriores. (Veja questões 62, 64, 88 e 91)
Local utilizado pela casa espírita para a tarefa do passe. (Veja questões 68 a 73)
Sugestão mental é o ato de incutir- se determinada idéia na mente de uma pessoa, que
venha a se manifestar através de alterações comportamentais ou mesmo orgânicas. Em
geral, os processos de sugestão mental envolvem a influenciação de uma pessoa pelo
conjunto de idéias de outra. No entanto, observamos também a existência da auto-
sugestão, caso em que o próprio sugestionado cria idéias para si, passando então a se
comportar como se tais idéias fossem verdade absoluta. Os casos de falsa gravidez
podem ser classificados como sendo de sugestão mental. (Veja questão 128)
Substância sem efeito que uma pessoa absorve crendo que o efeito existe. É comum
encontrarmos, em hospitais, pacientes tomando água pura pensando que estão tomando
remédio. Neste caso, a água está sendo usada como placebo. (Veja questão 118)
De forma geral, todo corpo emite energias. A emissão de tais energias se chama
radiação. Aura é o conjunto das radiações emitidas por determinado corpo, que o
envolvem. A grosso modo, podemos dizer que há duas auras bem características em
cada indivíduo: a aura do perispírito, cuja composição varia em função das aquisições
milenárias do Espírito, e a aura do duplo etérico, também conhecida como aura da
saúde, cuja composição, forma e coloração apresentam considerável variação mesmo
ao longo dos minutos, pois reflete, quase que imediatamente, as alterações psíquicas e
orgânicas ocorridas no ser. (Veja questão 25)
Representado no corpo pela epífise. Supervisiona todos os demais centros de força, pois
é ela que recebe, em primeiro lugar, os estímulos do Espírito encarnado. (Veja questão
135)
Sim. Costuma- se encontrar na literatura espírita dois tipos distintos de aura, residentes
no perispírito e no duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico, também
conhecida como “aura da saúde”, pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, ou
kirliangrafia, ao passo que a aura do perispírito, em situações normais, pode ser
visualizada pela faculdade de clarividência. (Veja questão 15)
Sim. Os corpos mais amplamente tratados na literatura espírita são o físico, o duplo
etérico, e o perispírito. Os dois primeiros são ditos corpos materiais, pois são reciclados
a cada reencarnação, ao passo que o perispírito, também dito corpo espiritual, é
classificado como semi- material, apresentando- se como corpo de transição entre o
físico e o Espírito, que, por não ter forma, não o consideramos como um corpo
propriamente dito. Além disso, encontramos raramente referências a outros corpos, que
necessitam de mais amplo estudo e entendimento, dentre os quais destaca- se o corpo
mental. No entanto, para se abordar a problemática do passe, cremos ser suficiente o
conjunto de corpos físico, duplo e espiritual, além – é claro – do Espírito. (Veja questão
123)
O PASSISTA E O PASSE
27. A higiene pessoal influencia no passe?
Sim. Podemos destacar duas razões básicas: (1) os desequilíbrios a que submetemos o
corpo físico são refletidos nos outros corpos do indivíduo, contribuindo para a piora dos
fluidos que formam tais corpos. Sendo esses fluidos doados no momento do passe, é
natural esperarmos que tal parcela deletéria seja também transferida ao paciente. (2)
Tanto o passista quanto o paciente necessitam de concentração mental para que se
alcance maior eficácia no passe. A falta de higiene provoca muitas vezes odores fétidos
que desarticulam a capacidade de concentração, afetando inclusive quem esteja
localizado no mesmo ambiente físico, prejudicando a todos.
Sim. A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados à
área sexual. Nesse sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona
como catalisador de pensamentos abusivos que destoam completamente da serenidade
requerida na câmara do passe. Tendo em vista esse problema comum, não só o passista
ou o paciente, mas qualquer um de nós deverá observar com cautela o vestuário a ser
utilizado no dia a dia, lembrando sempre que “o equilíbrio está no meio”. (Veja questões
94 e 99)
Depende. Há medicamentos que podem ser ditos “simples”, tais como remédios para dor
de cabeça, cólica, azia, resfriado e coisas afins. Sabemos ser provável que parcela
sutilizada do remédio venha a se agrupar aos fluidos do passista, vindo parte desta ser
posteriormente transferida para o paciente. Há casos raros na literatura espírita
relacionada aos passes que acusem esses fatos. No entanto,
mesmo que a transferência ocorra, cremos que para os remédios ditos “simples” a
parcela transferida chega a ser desprezível. O único problema aqui encontrado é a
classificação exata de um remédio como sendo “simples” ou não. Na dúvida, talvez o
melhor seja abster- se de participar da tarefa pelo período de uso do remédio. No rol dos
medicamentos impeditivos da participação na tarefa, caso o passista os use, estão
enquadrados todos aqueles que afetem o Sistema Nervoso Central. (Veja questão 31)
Sim. Embora o passista não deva ser obrigatoriamente vegetariano, encarando o passe
como recurso terapêutico físico e espiritual, geralmente utilizado quando apresentamos
indisposições de variada ordem, é útil abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual
fazemos quando em tratamentos médicos convencionais. A alimentação do passista
afeta os fluidos que este doará no momento do passe. Conforme aprendemos na
questão 724 de O Livro dos Espíritos, a abstinência de carne será meritória se a
praticarmos em benefício dos outros. Tendo em mente o benefício do próximo, compre-
nos preferir a alimentação vegetariana pelo menos no dia exato da tarefa. (Veja questão
33)
33. Posso dar passe de estômago cheio?
Via de regra, quanto menor a atividade orgânica, melhor possibilidade de contato com o
plano espiritual encontrará o Espírito. Tanto quanto possível, apresentar-se-ão à tarefa,
passista e paciente, apenas levemente alimentados.
O ideal é que ninguém seja fumante. No entanto, o bom não poderá ser inimigo do
ótimo. Pessoas que ainda se utilizem do cigarro, mas estejam se esforçando
continuamente para abolir o vício, encontrarão na aquisição de responsabilidade como
passistas maior motivação para absterem- se do fumo, desde que – enquanto ainda
fumem – procurem não fazer uso do cigarro pelo menos 3 a 4 horas antes da tarefa. Aos
companheiros que não estão interessados no combate às próprias deficiências,
preferível é que se esforcem primeiramente por convencer a si mesmos do imperativo da
mudança de hábito.
38. Qual o número máximo de passes que posso dar em cada tarefa?
Esta questão tem causado muita polêmica. À guisa de sugestão, vamos analisar as duas
colocações a seguir: (1) o passe misto, também chamado de passe espírita, praticado na
maioria das casas espíritas, leva em conta a doação de energia tanto por parte do
Espírito responsável pelo passe, como do passista. Assim, o desgaste energético por
parte do passista não pode ser desprezado. (2) É sempre importante criarmos
oportunidades de trabalho para os interessados, dentro da casa espírita. Assim, se há
número de passistas maior que o recomendado para a tarefa, é interessante que haja
um rodízio destes, para que todos trabalhem. Com base nessas duas considerações,
cremos ser de responsabilidade do coordenador da tarefa dimensionar o número de
passes por passista, de forma que todos participem igualmente, evitando a sobrecarga.
Em casos excepcionais que requeiram a participação intensa do passista em uma ou
outra oportunidade, devemos recordar a assertiva de Emmanuel: “a necessidade está
acima da razão”, sem contudo utilizarmo-nos dessa frase para justificar qualquer tipo de
abuso de nossa parte, mesmo em se tratando de auxílio ao semelhante. O passe misto,
necessariamente, envolve gasto de energia por parte do passista. E gasto, obviamente,
requer reposição. (Veja questões 39 e 41)
Sim, principalmente a vida sexual a nível mental, pois o pensamento atrai energias
positivas ou não, conforme o que se pensa. Assim, o que gravita em nosso redor
invariavelmente se combina com nossos fluidos com base na lei de afinidade. Esses
mesmos fluidos são transferidos posteriormente ao paciente. A grosso modo,
recomenda- se que principalmente no dia da tarefa o passista procure manter sua “casa
mental” adequadamente limpa e organizada. (Veja questão 46)
Não. O passe é tarefa de amor, recurso terapêutico para as almas. Assim como o
lavrador é o primeiro a recolher os benefícios da colheita, o passista pode ser encarado
como o indivíduo que mais recebe na tarefa. (Veja questão 44)
Sempre que possível, o passista deverá melhorar sua compreensão dos mecanismos do
passe pelo estudo e observação. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe
não se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com
que se participa da tarefa. (Veja questões 24 e 126)
48. O passista é médium?
Nas casas espíritas geralmente pratica- se o passe misto. Nesse tipo de passe, o
passista atua como mediador entre o Espírito responsável pelo passe e o paciente.
Dessa forma, o passista pode ser considerado médium, ou melhor, médium passista.
(Veja questão 40)
Na tarefa de passe realizada dentro da casa espírita, com a observância dos critérios de
segurança e disciplina conhecidos, a coordenação da tarefa ocorre a nível espiritual,
embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, é lícito pensar- se que a
Espiritualidade procura sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho. (Veja
questão 116)
Há casas espíritas que possuem equipes de passistas que vão à casa do paciente ou a
hospitais. Essas equipes sempre trabalham sob condições de disciplina e ordem para se
garantir a segurança adequada ao desempenho da tarefa. O passista, sozinho, nunca
deverá assumir responsabilidades por qualquer tipo de trabalho fora do âmbito da casa
que freqüenta, embora, a título de beneficência, em visita a companheiro adoentado,
poderá orar por ele – o que na verdade é também um passe -, chegando mesmo a
aplicar- lhe um passe (com as gesticulações tradicionais), somente nos casos em que o
próprio doente manifeste o interesse pela aplicação. Mesmo nesses casos, deverá o
passista agir com extrema cautela afim de se evitar inconvenientes tais como
manifestações mediúnicas de qualquer parte. Atendimentos a companheiros vinculados
a processos obsessivos que envolvam manifestação mediúnica e que se encontrem
impossibilitados de se dirigir à casa espírita nunca deverão ser realizados pessoalmente
por qualquer indivíduo, mas apenas por equipe especializada da própria casa espírita.
(Veja questão 89)
O PACIENTE E O PASSE
51. Estou cheio de preocupações. Posso tomar o passe mesmo assim?
O passe é terapia que atinge tanto o físico como o espiritual. Embora o passe não vá
resolver seus problemas, ele pode atuar como elemento motivador para a solução. No
momento do passe, o paciente está mais apto a receber impressões e intuições de seus
benfeitores espirituais. O passe definitivamente não é aconselhado para os casos em
que a pessoa não apresenta qualquer tipo de problema. Tomar passe simplesmente por
tomar, como se fosse uma mania, é erro comum no qual incorre boa parte das pessoas.
Sim, e muitas vezes até mesmo a Espiritualidade recomenda que tal pessoa receba
passes durante um determinado período, embora não haja qualquer regra. Há processos
obsessivos em que o obsediado apresenta tamanho grau de afinidade com o obsessor
(ou obsessores) que chega, algumas vezes, a perder momentaneamente o controle de si
mesmo. Pacientes que possam ser enquadrados em tais casos, ditos de “subjugação”,
devem necessariamente informar com discrição ao coordenador da tarefa, para que o
passe seja aplicado com restrições, de forma a se evitar o máximo possível a
manifestação mediúnica dentro da câmara de passes, ou mesmo seja aplicado em
equipe, quando o coordenador julgar conveniente.
53. O paciente que está fazendo uso de remédios pode tomar passe?
Sim. Porém o excesso de alimentação traz uma série de inconvenientes que devem ser
evitados para maior integração do paciente à tarefa, tais como a sonolência, a falta de
ar, gases intestinais, dentre outros. Um erro muito comum reside no fato de as pessoas
acreditarem que a eficácia do passe depende apenas do passista. Naturalmente, em um
tratamento médico, se o paciente não seguir com disciplina as prescrições do
profissional de saúde, por melhor que este seja, o tratamento não terá sucesso. Com o
passe ocorre o mesmo. (Veja questão 63)
Seja qual for a situação, a melhor opção é não fumar. No entanto, até mesmo o
desequilíbrio pelo qual esteja passando determinado paciente faz com que este apele
para o cigarro. De forma geral, recomenda- se que o paciente evite fumar o maior
intervalo de tempo possível, tanto antes quanto depois do passe. (Veja questão 67)
O paciente usuário de tóxicos, fora do estado de desequilíbrio mental causado pelo uso,
poderá também se servir da terapêutica de passes, se possível, acompanhado de
orientação moral e evangélica adequada. (Veja questão 67)
Sim. Não há qualquer tipo de impedimento neste caso. Conforme relatos espirituais,
nestes casos mesmo a criança que vai renascer recebe os benefícios fluídicos. Apenas,
como em todos os casos, deve- se avaliar a necessidade do passe, que não deve ser
ministrado simplesmente pelo fato de uma pessoa estar grávida.
61. Criança pode tomar passe?
Naturalmente, como qualquer outra pessoa. Pelo que temos observado, muitas vezes a
criança entra na câmara de passes amedrontada. Há passistas que durante a tarefa, por
questão pessoal, franzem a testa ou apresentam fisionomia fechada, extremamente
séria, como se isso representasse algo de útil. Geralmente conseguem apenas
amedrontar mais ainda os pequeninos, fazendo com que estes bloqueiem sua
capacidade de recepção. O bom passista deverá se esforçar, principalmente no caso
das crianças, em expressar uma fisionomia mais “risonha”, ou que pelo menos não
cause estranheza, afim de se conseguir maior abertura psíquica do paciente e por
conseguinte melhor desempenho.
64. O paciente pode tomar passe mais de uma vez por semana?
Exceto nos casos provenientes de receituário mediúnico que foi devidamente analisado,
a maioria das pessoas não tem necessidade de tomar mais de um passe por semana.
Abusar da bondade dos irmãos tarefeiros é falta de caridade e desrespeito à tarefa.
(Veja questões 9 e 62)
Sim. Muitas vezes o indivíduo chega à casa espírita e sente necessidade de tomar um
passe, pelas vias da intuição. Tal fato pode ocorrer e é muito natural. O problema está
em se tomar passes todas as vezes que se visite a casa espírita, deliberadamente. Para
se tomar um passe, deve necessariamente haver uma causa que o justifique, da mesma
forma que não se deve tomar remédios sem o conhecimento e o endosso de um médico.
(Veja questão 54)
Sim. Nos casos em que a mediunidade ainda não foi devidamente educada ou o
processo educativo está em curso, o paciente deverá informar tal fato ao coordenador da
tarefa, antes de receber o passe, para que este tome as precauções necessárias, caso
julgue conveniente. Sendo os fluidos a base do fenômeno mediúnico, companheiros que
tenham mediunidade ostensiva sem capacidade de contenção têm boas chances de
experimentar uma manifestação no momento da tarefa. O passista, desde que
consciente da situação, pode fazer o máximo para evitar o acontecimento. (Veja questão
137).
66. A fé do paciente na eficácia do passe é importante?
A CÂMARA DO PASSE
68.Deverá haver um local destinado exclusivamente ao passe na casa espírita?
Sim. Deverá haver local apropriado para a aplicação de passes na casa espírita. Esse
espaço, se possível, deverá servir apenas a esse fim, evitando- se ao máximo o tráfego
de pessoas ou o depósito de objetos não relacionados à tarefa. A maioria das casas
espíritas não pode se servir de um local exclusivamente para tal fim. Neste caso, deve-
se escolher o recinto que mais se aproxime das condições adequadas à câmara do
passe. (Veja questões 69 a 74)
Os fluidos doados durante o passe são afetados pela luz branca. Por esse motivo,
recomenda- se que a câmara do passe não seja excessivamente clara, nem
excessivamente escura. No primeiro caso, anular- se- ia boa parte dos fluidos doados
pelo passista, e no segundo causar- se- ia mal estar no paciente, naturalmente receoso
de adentrar em um local totalmente escuro. É comum encontrarmos nas casas espíritas
câmaras fracamente iluminadas por lâmpadas de 10 a 20 W (watts) nas cores azul ou
vermelha.
Sim. Deve- se evitar qualquer situação que provoque mal estar tanto no paciente quanto
no passista. A falta de ventilação, em geral, é um dos maiores causadores de
indisposição, de forma que se deve, sempre que possível, manter circulação de ar
adequada na câmara do passe. Muitas câmaras apresentam janelas direcionadas para a
rua, e que por esse motivo não deverão permanecer abertas. Nesse caso, recomenda-se
seja utilizado aparelho de ventilação o mais silencioso possível, para que a concentração
de passistas e pacientes não seja perturbada.
72.Podemos usar aparelhos elétricos na câmara do passe?
Depende da finalidade. Aparelhos que utilizem perfumes ou incensos não deverão ser
utilizados, pelo simples fato de que não se deve admitir nas casas espíritas a introdução
de quaisquer hábitos que não estejam amparados pela Codificação. Os aparelhos mais
comuns que encontramos são o circulador de ar, que deve ser usado dentro da
necessidade, e desde que seja silencioso e o aparelho de som para a reprodução
mecânica, em baixo volume, de músicas suaves e que remetam pacientes e passistas a
temas espiritualizantes. (veja questões 71, 73 e 85)
A TAREFA DO PASSE
74. A tarefa do passe deve ter horário fixo?
Sim. Entre os encarnados, a tarefa do passe é apenas uma pequena parte da tarefa que
ocorre a nível espiritual. Certamente os benfeitores espirituais têm também sua
programação, que se vincula à nossa. Não raro, durante todo o dia, a Espiritualidade
prepara o ambiente da casa espírita para o recebimento da vasta gama de espíritos
sofredores que vêm receber o lenitivo do passe. Em todas as tarefas da casa espírita, a
ordem e a disciplina presidem o progresso. (Veja questão 68)
O Espiritismo não endossa qualquer tipo de hierarquia. Pelo contrário, sabe- se que de
acordo com a Doutrina, o indivíduo que está investido da maior autoridade é
necessariamente aquele que mais doa de si próprio. No entanto, a tarefa deve ter um
coordenador, que represente para os passistas a fonte segura de orientação respaldada
na experiência, e para os pacientes seja a fonte de referência segura para o
esclarecimento. Conforme temos aprendido, o coordenador será o indivíduo que controla
a entrada de pessoas na câmara de passes, e que toma as decisões cabíveis nas
eventualidades que venham a ocorrer. Além disso, é também tarefa do coordenador
esclarecer os pacientes quanto à importância do passe e à necessidade de empenho na
reforma íntima de cada qual, como elemento único para a cura definitiva do Espírito.
78. Durante cada “rodada” de passes, alguém deverá fazer a prece em voz alta?
Não. Embora tal prática seja utilizada por várias casas espíritas, recomenda- se que
cada passista faça suas preces individualmente e em silêncio, propiciando maior
concentração e maior integração com o paciente ao qual está servindo. A prece em voz
alta tende a atrapalhar pacientes e passistas que preferem fazer suas próprias preces,
assim como muitas vezes faz com que paciente e passista pensem que não devem se
concentrar mentalmente, pois alguém já está fazendo isso por eles.
79. O passista precisa tomar passe antes da tarefa?
De forma ideal, a tarefa do passe deve ser realizada antes do início ou após o término da
exposição doutrinária, para se evitar a quebra do raciocínio nos espectadores, através
da intervenção necessária para se tomar o passe. O mesmo acontece em relação aos
passistas, que muitas vezes adentram a câmara do passe insatisfeitos por não poderem
assistir à palestra da ocasião. Atualmente, observamos que na maioria das casas
espíritas a administração do passe antes da exposição doutrinária é praticamente
inviável, devido ao elevado número de pacientes, pois número considerável de pessoas
acostumou- se – erroneamente – a enxergar a tarefa do passe como um serviço
adicional que a casa espírita presta aos ouvintes da preleção da noite, e não como um
serviço especializado, cujo uso deve ser baseado na necessidade. (Veja questões 81 e
82)
Sim. Tal prática é recomendável pois possibilita que os tarefeiros possam se alternar na
tarefa, usufruindo das exposições doutrinárias e outras atividades que, normalmente,
não teriam condição de participar, facilitando o aspecto de integração dos componentes
da casa espírita como um todo. Além disso, como cada qual tem suas peculiaridades
fluídicas, o rodízio permite que haja maior variação fluídica a cada tarefa, propiciando
atendimento mais amplo por parte da equipe espiritual. Onde todos trabalham mais,
cada um, individualmente, trabalha menos.
Sim. A música auxilia a criação de pensamentos nobres, desde que sejam reproduzidas
faixas com temas espiritualizantes, e em baixo volume. (Veja questão 72).
86. Pode- se usar música ao vivo durante a tarefa do passe?
Sim. Deve- se, porém, evitar a formação de coros em momento indevido, restringindo a
manifestação artística ao grupo ou à pessoa responsável. Além disso, as músicas devem
naturalmente estar baseadas em mensagens positivas. (Veja questão 87)
Em geral, a cantoria durante a tarefa do passe mais atrapalha do que ajuda, pois cada
um controla a intensidade de sua voz deliberadamente, e algumas pessoas chegam a
cantar muito alto, vindo a atrapalhar a concentração de passistas e pacientes. (Veja
questão 86)
Nos casos em que o coordenador da tarefa, pela sua experiência, julgar conveniente.
Freqüentemente, tais passes são aplicados em companheiros que estejam vivenciando
processos obsessivos ao nível da subjugação ou em casos que o paciente necessite de
tipos de fluidos diferentes. Nesses casos, a aplicação do passe em equipe tanto fornece
mais vasta gama de elementos para o trabalho da Espiritualidade, como proporciona a
todos maior segurança, em virtude da possibilidade de haver manifestação mediúnica
sem controle por parte do paciente. (Veja questão 9)
Muitas casas espíritas mantêm equipes de passistas que atendem aos irmãos
necessitados em suas residências ou em hospitais, quando estes encontram- se
impedidos de locomoção por algum motivo. Neste caso, a tarefa é dirigida pela própria
casa espírita como se fosse uma tarefa interna. O que não deve ocorrer é um passista,
deliberadamente, assumir a responsabilidade de dar passes fora do controle e do âmbito
da casa espírita a que esteja vinculado. A tarefa do passe é completamente vinculada às
questões da mediunidade, e naturalmente, deve ser trabalhada com segurança, afim de
se evitar os escolhos comumente encontrados nos casos de mediunismo mal
direcionado. (Veja questão 50)
Não. A tarefa do passe não é receituário mediúnico, mas apenas ministração, por via
fluídica, de elementos terapêuticos extremamente sutis ao paciente, que atuam
diretamente no perispírito, atuando à semelhança dos compostos homeopáticos, fazendo
repercutir seus benefícios inclusive no corpo físico. Tal prática difere completamente do
receituário mediúnico, que aliás que deve ser utilizado somente com o amplo
entendimento das responsabilidades, tanto físicas quanto espirituais, que seu exercício
acarreta. (Veja questão 9)
92. Posso prometer cura a alguém?
Não. Aprendemos com Jesus que a cura somente pertence ao próprio doente que,
mercê de Deus, aproveita as oportunidades de progresso espiritual. A promessa de cura,
sobretudo endereçada a pessoa realmente doente, excita demasiadamente o psiquismo
desta, podendo levá-la a estados muito piores se a melhora não se verifica conforme o
prometido. Assim, por mais segura seja a fé do passista em relação à eficácia do
tratamento fluidoterápico, devemos relembrar o mestre lionês, quando diz que “fé
inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face”. (Veja questão 117)
Não. O toque denota, essencialmente, intimidade. Por mais bela e pura que seja a
relação entre passista e paciente, deve- se evitar o toque dentro do ambiente da casa
espírita, como forma de respeito aos outros companheiros, em relação à unidade de
trabalho que deve haver dentro da casa espírita. Quando participamos de qualquer
tarefa dessa natureza, não podemos agir da maneira que queremos, mas submeter- nos
às orientações da casa. Nunca é pouco ressaltar que a ordem e a disciplina presidem o
progresso. No que diz respeito ao toque em pessoa que não se conhece, a situação se
complica ainda mais. É possível que o paciente se assuste, e com maior intensidade se
este for do sexo feminino. Em qualquer trabalho, principalmente com o público, o
cuidado deve ser redobrado. Imagine a seguinte situação: determinado companheiro vai
ao centro espírita pela primeira vez; encontra- se amedrontado; indicam- lhe a câmara
de passes; ele observa a escuridão, o silêncio, e estes lhe causam estranheza maior; na
sua vez, senta- se de olhos arregalados, enxergando com deficiência; subitamente o
passista à sua frente põe a mão em seus ombros; talvez este companheiro não volte
àquela ou qualquer outra casa espírita, ou talvez saia correndo. Embora o caráter
cômico da narrativa, observamos que tal fato já ocorreu mais de uma vez. Não é
demérito algum para o Espiritismo reconhecermos que, em virtude da ignorância, muitas
pessoas ainda se amedrontam quando passam em frente a uma casa espírita. (Veja
questão 94)
100. Tenho problemas com o paciente que acabou de se sentar à minha frente.
Devo dar o passe?
Sim. Devemos entender tal fato como oportunidade que Deus oferece ao passista de
renovar suas concepções com base no perdão e na amizade. Nesse particular, devemos
entender que um “inimigo” é sempre um amigo perdido, de forma que tal amizade é
sempre passível de ser recuperada. (Veja questão 44)
Não há regra. Há pessoas que se sentem bem usando roupas de cor lilás, amarela,
branca, dentre outras, assim como há casas espíritas que sugerem ao paciente, que
está submetido a tratamento fluidoterápico mais longo, a utilização de roupas brancas.
No primeiro caso, o paciente deverá utilizar a cor que preferir, da mesma forma como
escolhe uma roupa ao sair de casa, e no segundo, deverá acatar as sugestões da casa
espírita, se concordar com elas. De forma geral, fatores tais como fé, merecimento e
vontade de melhoria influenciam muito mais na eficácia do passe do que a simples cor
de uma roupa.
102. Os olhos devem ficar abertos ou fechados?
Não há regra. Tudo deve ser feito para que o paciente se concentre melhor. Há pessoas
que preferem, para se concentrar, permanecer com os olhos fechados. Há outras que
gostam de mantê-los abertos. O mais importante, no momento do passe, é o
relaxamento físico e psicológico do paciente, de forma que este esteja mais receptivo
aos fluidos em transmissão. (Veja questões 107 e 108)
Este número não existe. Conforme temos aprendido, particularmente com André Luiz, no
capítulo 19 do livro “Missionários da Luz”, o melhor é submeter- se ao tratamento
fluidoterápico acompanhado de um empenho constante no processo de reforma íntima.
Além disso, o paciente deve procurar não tomar o passe “apenas por tomar”, da mesma
forma que não toma antibióticos simplesmente porque “não tinha nada pra fazer”. O
passe, assim como qualquer remédio, deve ser encarado como elemento terapêutico
para o corpo e o espírito. (Veja questão 62)
106. Preciso virar as palmas das mãos para cima para receber melhor o passe?
Não. Os fluidos do passe não são captados diretamente pelo corpo físico, mas por
corpos mais sensíveis às energias que são doadas, razão pela qual não há necessidade
de se virar as palmas das mãos para cima no momento da aplicação. O paciente poderá
fazê-lo, naturalmente, se tal prática lhe trouxer qualquer tipo de conforto a nível mental.
(Veja questão 123)
Deve se esforçar por criar bons pensamentos, sedimentados pela prece constante. Para
os irmãos que tenham maior dificuldade nesse particular, sugere- se imaginar quadros
que traduzam beleza espiritual, passagens evangélicas da vida do Cristo, cantar
mentalmente, mas apenas mentalmente, canções espiritualizantes, e até mesmo se
servir das preces decoradas, procurando sempre pronunciá-las com o máximo de
sentimento. Poderá também mentalizar o lar, o ambiente de trabalho, a família, os
amigos e “inimigos”, dentre outros. (Veja questão 107)
Sim. O paciente deverá procurar se sentir o mais confortável possível para que se
coloque de forma receptiva ao passe que irá receber. Se esse conforto estiver
relacionado às pernas cruzadas, que cruze então as pernas. O simples fato de cruzar ou
não as pernas não irá incluir na eficácia do passe.
Não. Em respeito aos irmãos que doam seu tempo e seu amor à tarefa, não devemos
interferir com nosso personalismo exagerado e egoístico. Muitas vezes a energia que é
canalizada para determinado paciente pode mesmo não vir do próprio passista que
gesticula à sua frente, mas sim ter sua origem em outro passista que esteja na câmara,
em outras pessoas que nem mesmo esteja na câmara do passe, ou até na vegetação
que se encontra próxima ou distante. Também por este motivo, não encontrarmos
fundamento seguro para a preferência desse ou daquele passista.
Sim. É provavelmente boa oportunidade para recomeçar o estreitamento dos laços que
conduzam os dois à amizade novamente. Na certeza de que o acaso não existe,
devemos analisar com carinho as situações pelas quais Deus nos permite superar a nós
próprios no dia a dia. Além disso, cumpre sempre lembrar a assertiva do Mestre da
Galiléia: “Perdoai os vossos inimigos”. (Veja questão 109)
O PASSE
113. Quais os tipos de passe?
É o passe cuja origem é espiritual. Não há, neste caso, participação de criatura
encarnada, embora os Espíritos possam naturalmente manipular fluidos animais para o
fim almejado. O passe espiritual não é idêntico ao passe misto, em virtude da
participação ativa do passista que este requer.
O passe misto pode ser considerado como a soma do passe magnético e do passe
espiritual, unindo as qualidades de ambos. Nesse caso, tanto há doação de energia
espiritual por parte dos Espíritos encarnados e desencarnados, como manipulação de
fluidos animais, vegetais e outros que desconhecemos, por parte da Espiritualidade que
coordena o trabalho. É o passe mais praticado nas casas espíritas, por envolver a
equipe de tarefeiros encarnados, subordinada à equipe espiritual. (Veja questão 49)
Não. O passe atua como paliativo que alivia as dores físicas e/ ou morais sofridas pelo
paciente, e lhe reanima espiritualmente para continuar a enfrentar os testes da vida de
forma mais tranqüila. Naturalmente a eficácia do passe está vinculada ao esforço do
paciente em superar- se. (Veja questão 92)
Os objetos, assim como os corpos vivos, têm uma aura magnética que os reveste, sendo
esta passível de ser magnetizada positiva ou negativamente. Quando alguém toca no
objeto, é natural ocorrer a interação dos campos magnéticos, transmitindo- se assim
parcela das características de tais campos de um para outro. O mais comum nas casas
espíritas é a magnetização da água, dita “água fluida”, ao passo de magnetização de
roupas e outros objetos é fato mais raro.
Não há regra. Sugere- se que apenas os companheiros que se encontrem mais fatigados
sejam atendidos, para que não se “vicie” o tarefeiro a receber sempre o passe, sem
qualquer tipo de cogitação quanto à necessidade ou não de recebê-lo. (Veja questão
135)
Sim. Sendo o perispírito, ou corpo espiritual, ligado ao corpo físico, naturalmente esse
recebe as impressões captadas por aquele. Ocorre que, pelo fato de muitas pessoas não
sentirem imediatamente os resultados do passe, como queriam, não se acredita em sua
eficácia, contribuindo, de fato, para que tais energias sejam atenuadas, diminuindo sua
ação. Em termos da Medicina convencional, podemos comparar um tratamento
fluidoterápico a uma terapia homeopática, que em princípio passa mais tempo
“despercebida”, atingindo, no entanto, as causas profundas do problema. (Veja questão
123)
Espiritismo não é africanismo, assim como as religiões africanistas, tais com a Umbanda,
Candomblé e outras, não são Espiritismo. Não obstante, boa parte das religiões
africanistas, senão todas, assim como o Espiritismo, tem trabalhos de fluidoterapia.
Evitando enumerar livros em excesso, citemos apenas quatro: “O Passe – seu estudo,
suas técnicas, sua prática”, de Jacob Melo, FEB; “O Passe Magnético – seus
fundamentos e sua aplicação”, Salvador Gentile, IDE; “Missionários da Luz”, capítulo 19,
André Luiz/ Francisco Cândido Xavier, FEB e “Conduta Espírita”, lição 28, André Luiz /
Waldo Vieira, FEB. (Veja questão 47)
PASSE E TÉCNICA
127. Existem técnicas específicas para o passe?
Sim. O passe misto, do qual estamos tratando, se utiliza das técnicas (a nível de
movimentos) do passe magnético. É comum classificarmos os passes conforme o
objetivo e os movimentos que o passista produz quando de sua aplicação, embora os
movimentos não sejam obrigatórios. Visando simplificar ao máximo, restringiremos a
duas técnicas, que chamaremos de “dispersão” e “energização” ou “fortalecimento”. Em
geral, todo passe realizado durante a tarefa é uma seqüência destes, dois:
primeiramente o dispersivo, seguindo- se o energizante. (Veja questões 128 a 136)
Sim. O passista deve procurar ser breve na “fase” de energização do passe, evitando ao
máximo direcionar por muito tempo os fluidos, seja através de movimentos ou apenas
com o pensamento, para a região da nuca do paciente, pois neste caso aumenta- se o
risco de ocorrência de manifestação
mediúnica. Além disso, pelo uso dos olhos abertos, o passista poderá, ao longo do
passe, verificar se o paciente tende ou não para o estado sonambúlico. (Veja questões
134 e 135)
Não. A cota de fluidos doada pelo passista não tem relação com a força muscular que
este faz. Muitos passistas consideram incorretamente, pelo fato de ficarem com os
músculos doloridos após a tarefa, que sua participação foi mais ampla, assim como
outros que, por produzirem suor em excesso, julgam ter sido eficazes na tarefa. Nenhum
dos dois fenômenos fisiológicos citados se relaciona com a eficácia do passe. Assim,
não se faz necessária a aplicação de força para se ministrar o passe.
Embora tal prática não seja recomendada, raramente encontramos passista que aplicam
o passe mediunizados, sem que o paciente perceba tal fato. Dos casos de mediunização
na câmara de passes, esse pode ser considerado o mais simples, ao passo que a
manifestação mediúnica ostensiva de qualquer Espírito por intermédio do passista não é
indicada na tarefa em questão. Assim, quando tal fato ocorrer, caso a segurança e a
estabilidade do trabalho em curso se vejam ameaçados, deve- se procurar despertar
com cuidado o passista do transe, orientando- lhe posteriormente a trabalhos de
educação da mediunidade. (Veja questão 93)
MUITA PAZ!