Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A EVOLUÇÃO
DOS TRANSPORTES
NO BRASIL
197901 2199
383/388(81) BAR /e
11111111111111111111111111111
1000038744
Rio de Janeiro
1978
. :."",' ·-,_._;
.- -:.;:.>· -~- (:-.··
. : - ~,:
/ _.,
~·-
A EVOLUÇÃO
DOS TRANSPORTES
NO BRASIL
.. ' i
~~.
~
·'
t
~
-'·'··.
SUMARIO
1
~
~~
~'.
í
1
i
INTRODUÇAO
I - TRANSPORTES NA ECONOMIA BRASILEIRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1
~
CAPÍTULO I - O se;tor ~ra!l~portes na Economia Brasileira: uma pers-yé3.. .,~;
'/
,,./
~~
~./
'../ _1
CAPÍTULO
r. II - :::~::~:~~:ce:u· ·;~~~~~·~;t~~. ......................... 3
•
,&"\ , ,~ ...
--
l-
/ U.F.Go.
· Parte I - Aspectos teóricos do planejamento em trans-
portes ............ .- .. · .... · · · · · · · · · · · · · · · · · 99 1
~··
• # DlBLfOTE_CA CBl>ITRAL Parte II - t~:~~or~~s . -~l-~~~~_,:''-;:~~-~,Ç~~~T2t~~ . -~~~~ 119 :f . ~i
f CÓD. /1$-. C. j
/;;; CAPÍTULO · · III - Política de Transportes: avaliação e perspectivas em face ~:
.1 w. ~---·. ! t;7C! /:.7q . l .. CAPÍTi1LÓ · ' IV -
do atual estágio do desenvolvimento do Pais . . . . . . . .
Economia ~ional e Plano-Diretor Rodoviário: uma con- ; 7 .:.
149
·'
~z
VALOR f""/ ' ' ; .::._.' ·. . - .· i,f_:_i
0 e, -o .... f tribuição para a- análise do problema das rodovias ali-
Ir- v·
i) - .
.
1 DATA D,;J.. _ :,- ::::: . "" . :e""- mentadoras e rurais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 ~
'
. -·Llfi- . CAPÍTULO > V - Nota so]:?re a Formui'ação de Política/Planeja~ento/Pro- >e;•:
gramaçao para o Setor de Transportes ...... , . . . . . . . . . . 211 i:i
!:~
··II - TltANSPORTES E DESENVOLVIMENTO REGIONAL .... 223
Barat, Josef
A evolução dos transportes no Brasil / Josef Barat ..- Rio de Janeiro :
IBGE : IPEA, 1978. . . . · . · . • ·.·.
CAPÍTULO VI - os. :pesequilíbrios Regionais nas Economias Subdesen-
vo1v1das ............................... · ·. · · · · · · .-. · · · · ·
CAPÍTULO -VII. .;;_ O Investimento em Transporte como Fator de Desen-
)_,. '-~ volvimento Regional: uma análise da expansão rodoviá-
225
243
1 ~~:~
xiv, 385p. : il.
·CAPÍTULO VIIÍ- ::r:e::~e:s:~ -~~~~~;~~~s· -~ -~~~~~~~!~~~~~~- ~~~~~~~~ 267
III - TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO ... _............ . 297
1. Transportes - Brasil. 1. IBGE. li. IPEA. Ili. Tít,ulo.
·CAPÍTULO >(~ - O Planejamento dos Transportes nas Areas Metropoli-
1
tanas ................................. _.... -: ........ . 299
CAPÍTULO , X - Transportes Públicos e Programas Habitacionais (em co-
laboração com Maurício Sá Nogueira Batµ>ta) ............ . 319
CAPÍTULO XI - Transporte e Ecologia ................................. . 329
.' . .
VIII
IX.
<:·
. ~· ... ~ .. ,.~ -.-. ·---· .. ,. _, ..
' ..
- .,._ litoral);
a)
• """1""T_,.,_,,.-~·
- ,- • •."•••,.,.,""''~~.·.- ..,.,."..._.,~,~'-•
.... ... •-•• .
XI
Um Plano Diretor completo deve abranger: m.ente, em _tre1!~ suburbanos, bondes e metrô. No período ;eguinte 0
transporte zndzvzdu_al teve c_ertl! ganho,_voltando, todavia, mais rec~n
a) rod~UWA<;JlJ§_ com. tráfego de longa distância e ·ligando temente, a predominar a przmezra ,soluçao com a crescente importância
centros degra'nde expressão econômica; · ·· dp transporf e: subterrâneo a_trave~ do metrô. ~m ?dades de portes
b) T.Ei!!J,p_f,g,§,,..J!).i:l!J.§'!lJ;.g.jJ,or,,_ás. destinadas a canalizar a produção grande e media observou-se, inclusive, a modernzzaçao dos sistemas de
local para as primeiras; · ·· · · · · · · · ·. ?,onqes tr:.i;;z.sforma_ndo-os naquilo que se convencionou chamar de
c) estradas rurais ou vici1:,ai~, tipo fazenda-mercado. pre-n:etro . Com zsso tornou-se possível uma transição para 0 metrô
Afirma que um dos grandes problemas do sistema brasüeiro de atraves de aumentos programados da escala de operação.
transporte acha-se no descaso pelas rodovias alimentadoras, o que . O q,utr:r apresenta interessante análise sobre o papel do bonde. A
dificulta o pleno aproveitamento da capacidade de transporte oferecida zmporta?}cza deste tende, geralmente, a declinar. Em muitas cidades ·
por grande número de rodovias trancais. todav~a, esse ~e~u.o é lento. Seus baixos custos· ]Jermitem que constifo~
A par das rodovias alimentadoras, a política do setor deve cuidar solUÇ<fO transztorza quando ~izado em linhas isoladas do restante
dos chamados "corredores de transporte" destinados a atender aiJs. eiXf?S do trafego._ Com o passar .d empo essas linhas são, assim gradualmente
de grande fluxo de carga. Após longa análise técnica· da questão o transformadas em met . · '
autor se lança em considerações de ordem prática de grande relevância, . No Brasil. do começo do século, o sistema trem suburbano-bonde
sobretudo, por destruírem as ilusões dos que consideram os "corredores" po_dza ser conszderadf.! rc:-zoavelmente eficiente. A partir de 1950, o bonde
como ;earz.ac~. universal. foz a_bruptamente elzmznado, passando a utilizar o ônibus em grande
esca~a, concorre:z.c?o este, inclusive, com o trem suburbano. o automóvel_
~
Mostra que fazem p~rte de um sistema m.ais amplo de transporte.
Devem Jigar ponl,os de grande potencialidade ·de tráfego e se apoiar c:-r zcu_ d uzrzu crescente im ortância. Surgiu, como conseqüência,
/ . em redes alimentadoras locais bem. estruturadas. Implicam no abandono dzstorçao extremamen e grave que, entre outras coisas, onera forte-
· de investimentos preexistentes,:devendQ, portanto, ser. lançados ape~as· r;zente as classes de menor renda (no Grande Rio e Grande São Paulo
quando. os eixos atu.ai~ registrarem forte congestionamento com subs- e normal que o trabalhador dispenda uma hora e meia para chegar
tancial elevação de custos. Os "corredores", finalmente, homogeneizam ao local de ·trabalho). · ·
e combinam racionalmente as .modalidades de transporte, levando. em . Exam_inando ·o transporte urbano diante dos programas habitacio-
conta o tipo de mercadoria a ser desZocadiJ. Como conseqüência disso; .· nazs, su?lznha as características especiais da ocupação do solo urbano
permitem substa..ncial redução de custos. · · · · · no Brasil. Esta obe~ece a dois modelos. Temos, em primeiro lugar, um
Os "pórredores de transporte'' iem,' oub-Óssim,. importante impacto · m?de~o que se pod~r_za chamar de - norte-americano - em. que o centro
positivo na região a que servem. A baixa dos custos de transportes prznczpaf d~ n:egoc_zos ( ;entral business district) perde substância e
permite que aumentem sua produção ou se lancem em novos tipos de sua perzferza zmedzata e ocupada por classes de baixa renda (casas
atividade. · d_e ~omodo; por exemplo). Ocorre, em segundo lugar, urri modelo dua-
4 - Examinando" ·o .sistema de transporte no quadro urbana,_ o lzstico subdesenvolvi~o P_elo qual, diante da inexistência de infra-estru-
autor começa por estudar as · modalidades usuais nas ãreàs metropo~ tura ur~ana ~a perzferza das grandes cidades, esta é abandonada à
litanas. Elas se compõem de três tipos básicos: populaçp,o mazs pobre. As classes de maior poder aquisitivo permanecem
a) transporte de massa apoiado em trens suburbanos, e metrô
'!ª
dentro. ma~ha urbana mais densa concentrando-se fortemente
(ocupaçao vertical) na9uelas áreas restritas onde a infra-estrutura é
(e eventualmente bondes ou ônibus de . grande capacidade ·em vias
isoladas); adequada. O pro~esso difere, nesse caso, radicalmente, do que se observa
nos Estados Unidos.
b) ônibus e microônibus utilizados com,o complementação .da
modalidade anterior; · . . ~ autor se refere,. em seguida, ao problema dos conjuntos habita-
czonazs populares. Em função · do preço dos terrenos eles são insta-
c) autos particulares e táxis.
lados na perif~ria, criando-se no local infra-estrutura de água, esgoto,
Os dois primeiros tipos constituem o sistema de transporte d'e massa, etc. Como o sistema de transportes não é adequado, essas populações
configurando o último, o sistema de transporte individual. Nas cidades perdem, contudo, a vantagem que lhes trazia a proximidade do local
mo4ernas estamos diante de intensa disputa entre os dois sistemas de trabalho.
com crescente predomínio do primeiro.
Passando ao tema do transporte e ecologia, o autor afirma que o
Na Europa e América do Norte dos fins do século XIX e começo
do século XX, o sistema ãe transporte urbano - especialmente· nos prob~ema a ser considerado não é apenas o da preservação do meio
conglomerados metropolitanos - tendeu a se apoiar, fundamental- ambiente, mas também - e principalmente - o do uso do solo.
XII XIII
Mostra~ iniciàlmente, que se não forem tomadas 1nedidas de preser-
vação ecológica, estradas turísticas destinadas a tornar acessíveis sítios
de grande beleza natural, podem resultar na própria destruiçãp dos
atrativos que se pretende valorizar. A travessia de cidades históricas
por rodovias tiveram, em alguns casos, efeitos desastrosos. O transporte,
em vez de se constituir em fator de preservação do patrimônio natural,
histórico e cultural· passa, ao contrário, a ser elemento ativo de ação
predatória.
Passando ao exame dos transportes e do uso do solo nas áreas
metropolitanas, mostra o absurdo da supervalorização do transp_g_rte
. J individual• .Uma' das conseqüências do fenômeno é o agravamento. do
..K°I problema de concentração. de renda. No antigo Estado da Guanabara
toram implantados túneis e elevados que, embora financiados pelo
conjunto da comunidade, só podiam ser utilizados· por automóveis.
O absurdo da situação está em que a valorização do transporte
individual acaba afetando, negativamente, mesmo seus. supostos bene-
ficiários. As classes médias s4fb_d§...lato_,_g,feta<Jas !!:f!,gg,tiva::JJJ&filLJl_ela
concorrência g_ue lhes move o automóvel na disputa do espaço urbano.
- 5- Ãim1Jort'ànCíaexcMsi1féZ-Cõnced:ufiÇ'nô~-iiiãsil; ao transporte
rodoviário, teve como corolário, a forte dependência do petróleo. Na
parte final .dq livro, o autor recapitula os fatores objetivos e subjetivos
que nos levaram a essa situação, mostrando o que ocorrerá no futuro,
, Entre 1960 e_19.W~o-1r.anwpQr.1-e___Ig(j_<J_?li4riQ_j_QL:rriu~ti:P-liQg,d.o_:Qor
)!~as ferrovias por 1,40, os portos e navegação por 1,30, e a aero-
. náutica civil por 0;50. Entre 1970-72, a situação se modificou radical-
mente sendo os fatores de multiplicação de 1,26 para o transporte rodo- 1 - TRANSPORTES NA ECONOMIA BRASILEIRA
viário, 1,81 para ferrovias, 2,23 para portos e ·navegação e 2,96 para
transporte aéreo. A situação tende, portanto, a se corrigir. A correção
não pode, todavia, representar drenagem excessiva de recursos do setor
rodoviário, pois este, além de seu papel pioneiro e desbravador, ainda
tem responsabilidades elevadas em termos de conservação e segurança·
do tráfego. .
Com respeito ao problema petrolífero, no entanto, o autor acha
que, a curto prazo, não há solução "mágica". Considera que os resul-
tados de um eventual racionamento seriam marginais. É preciso definir
uma estratégia de longo prazo e fixar prioridades para alternativas.
Isso resultará das soluções· de âmbito tanto regional (corredores de
transporte com largo uso de ferrovias), quanto metropolitano ( metrô
e, eventualmente, bondes), que permitirão economias substanciais de
petróleo.
XIV
Capitulo 1 O SETOR Dê TRANSPORTE NA ECONOMIA
BRASILEIFJA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA *
1. Apresentação
3
.
I
,r·.J
~!'
J
i
' ~ •
.~
'! J ·. '
A presente análise da ·atµ!'LÇã.Q __g9__.s.etQLQª_~:r;:anspo:tes ~a econo~~a ·~ do trabalho nessas economias, influenciando a localização de atividades
brasileira foi di,rtdi.Jia_e_m cinco_p-ª.rtes: uma de C!!.rnt~r__mtrodutor10 i industriais, extrativas e agrícolas, Não se deve, entretanto, exagerar os
geral e as restantes correspondendo ~ __ d!~.rsªª-Jllodal~adesJ:ie ~ra~s j efeitos daquele investimento sobre a expansão econômica regional ou
pm:.te_c_Qn,side:r.a.d.ªl:!~ª~:Pru.:ªQ.Ji,m~l!l~-~- Incluiu-se,· ainda; um apenru.ce •>! o _alargamento de mercados. Outros fatores que não dependem do sim-
referente às regressões inseridas no traoalho com o intuito de descrever, ~S. ples aumento da capacidade de deslocar bens e serviços entrariam em
ao longo do texto, o processo de expansão setor!al. Nas partes corres- ?l jogo 13 •
pondentes às modalidades de_tnw.sportes~m:ou-se apresentar des- --.No -Brasil, o setor de_t~ (incluindo uma parcela menos
crição objetiva, com infnnnaçiies fact~Jhadas. e estabelecer
ab~.em....bomogênea_pª.ra.....aJlJ.1ª análise. Assim, para cada mod.ali-
l
•<J
importante de comunicações em· geral) é responsáv&_p,,ela_gera.ção de,
·~ _e,- a r~ · adamente f!% do rodukLJnt.e,z;nD-luJ;t~(PIB)J Esta partici- --
dade foi utilizada, sempre que possível, a seguinte ordenação metodo- ,% ..#- açao percentual s1tu_a-s_e_~ntro de uma faixa de 6 a 10% observada,
lógica: a) perspectiva histórica e relações com os estágios de desen- ge__ra mente, éll'! 1>~ln<;!~t:r1afiZaâUSõu-em:-de-senvclvimento .('I'ap1<l). \
volvimento da economia brasileira; b) aspectos operacionais; c) as- 'Foi tentada a:- identüicação de uriií'Cfürrelação .põsitiVa entre- as duas _'
pectos administrativos· e organizacionais; d)-· aspectos financeiros; --variáveis estudadas conforme gráfico-!. A curva que melhor se ajustou, 1
e) diretrizes principais de política para seu desenvolvimento. futuro entre várias regressões feitas, foi unia parábola do segundo grau. Na '-
e correção das principais distorções existentes. função, Y representa o item transportes e comunicações e X o PIB
Para os transportes marítimo e aéreo, foram levados em conside- ao custo de fatores, ambos expressos em bilhões de dólares correntes:
ração somente os aspectos relativos aos fluxos internos de carga ou Y = O,OOOQ!§54X2 +
0,072373X - 0,039595 (1)
passageiros. Desta maneira, a navegação de longo curso e o. transporte (0,00000763) (0,006203)
aéreo internacional não foram incluídos nesta análise a não ser qUando (R2 =
0,99483) /j!le;
circunstancialmente ligados aos fluxos internos. Por outro lado, as in-
dústrias automobilística e naval, embora vinculadas de maneira impor- A tabela 2, por sua vez, indica que a participação dos investimentos
tante ao setor, também não foram consideradas, uma vez que seu estudo em transportes na formação bruta de capital atingiu a importante
mais aprofundado eseapa às dimensões desta análise. proporção de 35 7 ~~do .tPJ;ª1.._ E!:!ll 1970 4·• Nota-se per-esta--tabela que a
participação~mvestimentos ~m transportes já chegou a atingir
proporções situadas em torno got
40 %1 o que pode, à primeira vista,
parecer exageradamente eleva . e a participação elevada constitui-se,
2. Introdução .~----- de certa forma, num dado estrutural de nossa economia, alguns efeitos
·t'.;
conjunturais contribuíram para destacá-la. Assim, no período l965/'.fi7.-..-,
"~-' O ·setor de trans artes tem im ortânciª-1.UIIP,ê-mental na operação do por exemplo, se correto o montante dos investimentos em transportes,
5· . s~- _ pQI __todas
:~--~ldos
nomi~o,p_pis_Q§ se:r._y_i_ç9_s._~~rod.!:1~--~-ª9:m:_~cam~!~.te._a~
__ ~ gajda,g~_~rocJµ!~Y~-
Como produção basicamente
a elevada participação na formação de capital pode ter resultado da
conjugação dos seguintes fatores: a) crise generalizada na economia
iritérmediária,-esses serviços têm o nível e a localização de sua demanda reduzindo a formação de capital; b) reativa,g.ãu__dos illvestimeritos
influenciados pelo desenvolvimento econômico geral, uma vez que o ~em como relativa_autº:p.ornia destes e da indústria a~
crescimento da produção e do consumo de bens e serviços, a especia- mobilisticl!.,.e:m..ia&~.Çlª-._Ç,tii;e_~rggg_g_ionªd€1-. ~te ressal~F- que~-
lização da atividade econômica no espaço e as modificações estruturais _illU'.a-.O.-per1_odo .. deJ9.fül/'70, a proporç_ãº-.~_vestimentos ~~~
~§...no Brasil é -1>.~tante.,__ alta, relaj;ivamente aos _p~_,.interna:."
afetam aludidos nível e localização de maneira decisiva. Por outro
lado, dado a presença difundida destes serviços no processo produtivo, ~!~~~~-~~!>e n~.J~I!fm,:i~µQ __ qti,~=iii~i'.~-C.ê~~,§i~<!q.~-~~-- ª'pro:: .
o setor de transportes, em termos dinâmicos, também atua, muitas
vezes, como determinante das atividades de outros setores, criando sua 3 Wilson, George W. The impact oi highway investment on development. Washington,
própria demanda. The Brookings Institution, 1965.
_,(e/_ O investimento em !ranspo:~!_por conseey_EI.~ tem importânc~a , 4 Nos investimentos ein transportes estão incluídos os acréscimos na produção de
veículos em geral, sendo que, no caso dos veículos rodoviários,' estão incluídos os acréscimos
:: .. fun _ a oc~i®r"'li~!!Y!ª-ªg:~ econqp:uca, ..nw:g_~cP.:P.QIW.a.... na produção de veículos de carga e 50% da produção de automóveis de ·passageiros.
__.7' !-~~~enf_9, ~P~Lf:Cís_~l~~~- que liga~ ~de pro.dução..e_c_ons-q.m_g li Cabe assinalar que as participaçõa's percentuais poderão estar distorcidas em função
í !1'.e.qp.~n!eJI!~- nªº- s~_encontr~m ~ãef1mdos do po~~Q -º"e VISta ,.da não-homogeneidade dos dados relativos à formação bruta de capital fixo e os investi-
i espae,!ãl. o investimento em-transportes, ãtuandó-comõ poderoso fatõr me:utos em transportes, devido à dualidade de fontes e critérios. Entretanto, embora não
' n.o-espãÇ-o econômico, condiciona novos esquemas de divisão geográfica precisas, tais relações percentuais são indicadores que servem para ·dar idéia acerca da
ordem de grandeza da participação do setor no total da formação de capital fixo.
4
5
Tabela 1 '·
(comparações internacionais)
..
o
o
.e "C
.:;; o
França 110 512 5 526 5 ~ o
o
(!)
E e: 'ºoJ
Grécia 6 278 439 7 ~ <( ~
e: o.
a.
Índia' 39 523 1 581 4 -- o E
o
o.
::>
-o
Indonésia 10 509 210 2 ) o
~
e.
Israel 3 700 333 9, -~ .
~;-:
rf_ o
·- .,
Itália 66 863 4 680 7 ~
",f'
.,e:
Japão 132 058 10 565 8 '-z.
o
[
Noruega 8 199 656 8 'º"'
"'
~
Reino Unido 87 535 7 003 g .,"'
a: - ~
~ J
Uruguai 1 555 124 8
i ~ g.
FONTES: Yearboolc oj National Accounts Statistics. 1969. ONU. Statistical Yearbook. 1970. ONU. g.____,~~-L-~~~>--~~~~~l-J...-J-.J....;.-1..~..L-~-L-~-<~~~-L-~~~~~~_,·
li Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA). Ministério do ·Planejamento e Coor- ... o
il denação-Geral. · ·
li 1
Ano de 1967.
Ji
·I
6
\1 7
1,
I'
11
"li
V
No período 1950/1970, enquanto o produto real cresceu a uma
taxa média anual de 6,4%, o setor de transportes (incluindo comuni-
cações) cresceu a 7,97, revelando acentuado dinamismo como elemento
...._ formador do produto (Tab. 3). O gráfico 2, por sua vez, mostra, para
.,"' o período 1950/1970, através da regressão efetuada para os índices de
evoluçãe do setor de transportes e comunicações (Y) em função da-
queles do produto real (X), O" acentuado grau de relacionamento das
duas variáveis que permite, dentro de certos limites, estimativa da
evolução do setor para hipóteses de crescimento do produto real:
y = 0,001218X2 + 0,880810X + 6,03350 (2)
(0,0002332) (0,106380)
- (R 2 _ 0,99732)
~o
-g
u .i
a.>
!
.,o
O dinàmismo do setor parece resultar, em grande parte, de estran-
gulamento crônico na capacidade de oferta dos serviços de transportes.
As taxas de crescimento do produto real para transportes foram, em
"' gerai, maiores do que aquelas verificadas globalmente para a economia 6 •
t: Tudo indica que a elasticidade-renda pelos serviços de transportes de
ot,) carga, para o período citado, foi relativamente elevada no Brasil, fal-
tando, contudo, estudos setoriais que permitam identificar coeficientes
da elasticidade-renda pela demanda dos serviços de carga e de passa-
geiros para diferentes períodos 7 • Os incrementas relativos ao tráfego
de carga, tendo sido maiores que os do produto interno bruto, poderiam
indicar que os investimentos em transportes realizaram-se mais para
ajustar ex post a capacidade de oferta às exigências da demanda.
o
Além da elev-ada participação que o setor de transportes tem na
......oi formação do produto interno bruto e na formação bruta de capital fixo,
ele apresenta uma significativa participação no emprego de mão-de-obra
para os mais diversos níveis de qualificação. Assim, pelo Censo de 1970
... a participação da mão-de-obra empregada pelo setor (ainda incluindo
......
.,;
comunicações) na população ativa era da ordem de 4,3 % 8 •
Cabe lembrar que em 1950 este contingente era de 4,1 % e em 1960
.."'-"'
'°
de 4,8%, tendo havido, no período 1950/1960, um acréscimo na parcela
da população ativa absorvida pelo setor a uma taxa média de cresci-
mento anual de 4,6 % , taxa esta bastante superior às dos acréscimos
das populações ativa e total no período, conforme mostra a tabela 4.
Pode-se verificar, -por outro lado, que já no período 1950/1970 a expan-
são da mão-de-obra empregada no setor -fez-se a um ritmo bem inferior
(1,4% em média ao ano) aos crescimentos das populações ativa e total.
~
"
.e·
6 Pelo quadro 3, dividido o período maior em subperíodos característicos das fases
:1
Q
de_ crescimento da economia, _verifica-se em todos estes a- taxa média de crescimento anual
<lo- setor de transportes e comunicações supe_rando aquel~ correspondente ao produto real.
7 DAROS, Eduardo José. Os transportes no Brasil. Revista Brasileira de Trans-
portes, Rio de Janeiro, 2 ( 1) :23-36, jan./mar. 1967.
8 Convém ressaltar que esta mão-de-obra refere-se apenas à operação dos transportes,
estando a parcela de construção da infra-estrutura incluída na construção civil.
8 9
Tabela 3 ·GrÓfiço 2
,
Taxas de crescimento médio anual por períodos I
1
220 220
59
10 11
Dé acordo com as indicações, na tabela 5, pode-se concluir que à expan-
...._ são do emprego na operação dos serviços de transportes, verificada no
"'- -~· ~'
o
"' período 1950/1960, não houve a contrapartida de acréscimo ao mesmo
ritmo do nível de produtividade média do seu contingente de mão-de-
obra. Com efeito, ·a taxa dé crescimento anual da produtividade média
......
_ ....,; para o período 1950/1960 foi de 1,4% o que significou um ritmo de
expansão bem inferior ao do sistema econômico como um todo (3,4%)
e especialmente, ao da produtividade do setor industrial (4,6%). Já
r{a década de 1960, o incremento médio anual da produtividade média
..
.,;
do setor de transportes alcançou 2,2%, enquanto que o do sistema
econômico era de 3,3% e o do setor industrial de 2,8% 9 •
Em termos ~~J_!t:l;i,vo~~Eeraçãcu:I-º-ª~J;Qma__d!;Lt:rnm:;pQrt~ª-ço!!_t_ªva
com um nível de P-rodutividade média mais _próximo ao da indústria
em 195_Q~J•_o·o.é)J:i€irespecflva menfiÇpàsS'ãriéfõ-a nhreíS màis=~f~_tªqQ_s_~m.
f960e 1970 (l!!?_e}~~~es.P.ê-~t-~~'"ªm~nt~,_em_.19-60, ~ J43 (~2_1ª'" ~lll l~~Q).
!SSOIOiaevido, em grande parte, ao extraordinário desenvolvimento do
setor !Jl.d.~t:r;iiMAº--Pm'Í.9"~õ~fíl~ncJ:ona:9.0:1·uu.n-·1eva,-·a-::--cre.r~-.entretanto;·
que .tal perda. de . po~içãe>_ . deveu-se, também, ao. próprio descompasso
o
entre·oif-ritmõsêlé- expansâõ'"'do" em1frego-e ·aa proçlut1V1dadéº na_j>reS- .
§ tação dos serViços de .transporte, Com efeitõ;·- a política de absorção ·
indiscriminada de pessoal esteve intimamente ligada à alta partici-
pação do setor público na sua operação (excetuando-se o transporte
rodoviário) e a ausência da preocupação com eficiência e racionalidade
no desempenho do sistema de transportes. Tratando-se de setor produ-
tivo como outro qualquer, a operação em moldes empresariais vinha
sendo negligenciada, utilizando-se critérios de absorção e seleção de
mão-de-obra que prevaleciam na máquina burocrático-governamental.
..........
e>
É evidente que tais deficiências não se deveram à participação do
·setor público por si mesmo, o qual tem mostrado, em oµtras atividades,
"'· excepcional dinamismo e produtividade, mas à persistência de segui-
mentos arcaicos de uma atividade pública ainda ligada a padrões de
.... comportamento pré-industriais. Cabe assinalar, entretanto, que embora
i
O· -
operando na atualidade com níveis de produtividade ainda baixos, re-
~ centes esforços governamentais têm sido feitos no sentido de imprimir
00
"' "'"""'.... ao. setor maior eficiência no desempenho de suas funções, começando
"'00
... o a apresentar alguns resultados significativos, como será demonstrado
l
·~
em partes subseqüentes deste trabalho ao se analisar .a evolução e o
comportamento das diversas modalidades de transportes.
"'
~
.,,
.. o
li A metodologia usada na estimativa do produto real no setor de transportes e comu-
nicações difere daquela usada para o levantamento da renda interna a preços correntes.
o
.,,
o i
]
No caso da estimativa a preços constantes, é possível que haja urna sobrestirnativa do setor
transporte" e comunicações. Neste caso, a taxa de crescimento da produtividade, estimada
~ .s
-~..:?
;:;? a partir do produto real, estaria superestimada. A observação só é válida em termos de
~
t
"
" ui:xas de crescimento. No caso de valores absolutos para 1960, o nível de produtividade do
""' .e setor de transportes, tornando a partir da Renda a preços correntes, pode, por sua vez,
1
= -- estar subestimado (cf. GóES, Magdalena Araújo. O setor transportes nas contas nacionais.
Rio de Janeiro, IPEA, 1971. Mimeogr.).
12 13
tndices da produtividade média relativa
Tabela 5
(Setor transportes e comunicações em 1950 = 100)
ProdutiV'idade média do setor de transportes e comunicações e índices
de produtividade média relativa: Anos 1950 1960 e 1970 ··-- II - In-
dústria
I - Agri- III - Ser- IV-Trans-
Discriminação II - In- cultura (incluindo
atividades viços portes e
dústria Anos (incluindo (excluindo comuni- V - Total
I - Agri- III - Ser- IV-Tran.o;~
(incluindo pecuária) extrativas
cultura. viços portes e o item IV) cações
atividades V - Total e constr.
(incluindo (exduindo comuni- civil)
extrativas o item IV) cações
pecuária) e constr.
Anos civil)
1950 27,6 106,2 120,1 100,0 62,0
1960 36,3 165,7 138,9 115,4 86,2
,1950 1970 40,4 218,0- 166,6 143,4 118,9
Renda interna 11 510,8 10 139,1 18 665,6 2 836,0 43 151,5
(Cr$ 106 de 1970) FONTES: Ministério do Planejamento e Coordenação-Geral, Programa Estratégico de Desen-
Pessoal ocupado 10 254 2 347 3 819 697* 17 117 volvimento. Anuário Estatístico do Brasil, do IBGE. Conjuntura Econômica, v. FGV. 25,
(1 000 habitantes) n. 9, 1971.
Produtividade média 1 122,6 4 320,9 4 887,6 4 068,9 2 521,0
Notas: 1 No pessoal ocupado_ está inchúda a atividade de armazenagem.
(Cr$fhab. ocupado) 2 O dado para 1970 está baseado no crescimento constante verificado em 1967/1968, dada a ·_,.,,
ausência de taxas de crescimento da renda interna por setores.
1960 º;:~
~1
Renda interna 17 976,6 19 982,3 36 367,1 5 114,9 79 440,9
(Cr$ 106 de 1970) A· consideração dos aspectos relativos à produtividade da mão-de-
Pessoal ocupado 12 163 2 963 6 436 1 089* 22 .651
(1 000 habitantes) -t obra empregada no setor, embora a nível agregado, leva a crer que os
3 507,2
Produtividade média
(Cr$fhab. ocupado).
1 478,0 6 743,9 ·5 650,6 4 696,9
l;
··~·
estrangulamentos do desenvolvimento econômico imputados ao sistema
de transportes não se deveram somente às carências na infra-estrutura
viária mas também às deficiências operacionais e à estagnação tecno-
1970
Renda interna•• 21 469,0 46 689,9 67 442,8 7 344,2 142 945,9 :§ lógica.
....
(Cr$ 106 de 1970) .~ · .~. ~-Jm~ ~Eºl'.!ância.,Jllndament_aLPª-K~Ls>~Yimê!lJQ_ 1
Pessoal ocupado 13 071 5 264 9 951 1 259* 29 545 _:f da·. econon;ua...J;u:as.llfil:rb o...seto:r~de--"tFansportes___sofrgµ_,J11_§1.Q;r..1c_arne_:r:tt.~L~ ,
(1 OOQ habitantes)
· ·· . ->--uma quas_e. ,,c;op:ipl~ta-ausência_:.cte..Jni~,g_rl!Ç!o, entr~_ ªª---ª!J.ª~LQ.lte.réD.1e.§ +t:
Produtividade média
(Cr$fhab. ocupado)
1 642,5 8 869,7 6 777,5 5 833,4 ~ 838,2
J
'~
~· mo.dalidªAes, e 9eficiênclliª-_na coordenª5;<_&:.0~"d_a,a__p_o.l!tlçªs..)P,Qg~is. Por f
razões peculiares ao País, a serem descritas posteriormente, o· sistema -· ·
,-~ de transportes cresceu através de graves distorções na composição da
Taxas de crescimento anual da produtividade média 61 __/) d~mai:ida. Assim, Q tra,p§,porte_ rodoviárj,~~0Lr~~PQ:11SáYeJ,....en;L~l9..1.Q, pelo i:_
y , a tencl@el;!_t_q__.cla-'.Z3-.%~ ..c;ial:?. _t9nefa,çl_~:quJlornet_ro _d,esloçadas.. ,neste.~ ano !~
"[ (Tab. ij)'Ç ~rnJ:JO!~--~-~s_!~I"g__.!!ldícios de agravamento neste desequllibr.i.Q,
II - ln- !~ espera-se que a acão governamental deverá ser exercida· no sentido de
dústria
I - Agri- (incluindo
III - Ser- IV-Trans- -~ Jaze~etC!!-:.riar_-a~s·-t:ra~rtes · matítifil.9 ·e Terro_y1Jtr10_gxa:nde _pa,r~ -~
cultura viços portes e
Período atividades (excluindo comuni-
V - Total ;~ ~:r.g~. ,ci~nsEJ, _d~ ... roêcüã_ e.. l.ongíLQ~tªgçi_ª'ª·~.Perdida..-para-.o. transporte .
(incluindo
pecuária)
extrativas
e constr.
o item IV). cações 'if ~gtrIQ,, __
civil) {i Este processo de substituição intermodal intensificou-se no pós-
<t guerra devido à incapacidade das outras modalidades em fazer frente
} aos acréscimos nos fluxos de produção. Se já existia, nesse sentido,
1950/1960
1950/1970
2,8 4,6
3,7
1,5
1,6
1,4
1,8
3,4 ·-.J'.~. . tendência resultante da revolução tecnológica, representada pelo avanço
1,9 3,3' •~ · do transporte rodoviário - mais flexível em relação às origens e des-
1960/1970 1,1 2,8 1,9 2,2 2,3'
.- tinas das cargas, mais econômico para as cargas de manufaturados etc.
~l
14 (t 15
·!
.?~ '
~[,,._
.f~-_r-
,....,
t·c ~
relativos ao setor transportes, da evolução global do tráfego de merca-
:q "ão dorias ou de passageiros, essas variáveis foram localizadas como depen-
e.=
r,..;:;; -!!!.
dentes respectivamente, do produto interno bruto e da renda disponível
do setor privado. Encontrou-se bom relacionamento dentre os pares de
variáveis, permitindo levantamento de estimativas ou de previsões a
curto prazo para as variáveis dependentes, dadas hipóteses de cresci-
a mento do produto ou da renda disponível:
$
a) tráfego de mercadorias (Y) e produto interno bruto (X)
8 Iog.Y =0,00001884X2 +
1,3333 log.,X - 1,0940 (3)
<" (0,000004843) (0,10164)
·'}
(R2 = 0,99147)
16 17
l
(
~
00 Tabela 7
Evolução do tráfego de passageiros no Brasil: período 1950-70
·(em bilhões de passageiros-quilômetro e percentagens relativas ao total) \
;
Evolucllo .:
Fei:roviário(2) da renda
Rodoviário(!) Marit!mo(•) Aéreo ·Tc>tal diepon!vel
do eetor
Anoe privado
.~
(100 Cr3 de
pass/km % pass/km 3 pBSB/km 3 paes/km 3 pass/km 3 1970)
1 1 1 1 1 ;
1950 21,1 76,31 11,5 19,89 0,05 0,18 1;0(4) 3,62 27,65. 100,00 42 85õ,O
1951 23,l 75,62 6,2 20,29 0,05 0,16 1,2(4) 3,93 3!),55 100,00 44 402,5 ~
1952 25,4 77,08 6,2 18,82 0,05 0,15 1,3(4) 3,95 32,95 100,00 49 386,6
1953 27,9 77,63 6,5 . 18,09 0,04 0,11 1,5(4) 4,17 35,94 100,00 50 115,5
19!í4 .30,7 78,04 7,0 17,79 . 0,04 0,10 1,6(4) 4,07 39,34 100,00 54 832,7 ~
1955 33,7 78,48 7,5 17,47 0,04 0,09 1,7(4) 3,96 42,94 100,00 59 688,6
1956 37,0 79,83. 7,7 16,61 0,05 . 0,11 1,6 3,45 46,35 100,00 61 552,5
1057 40,7 81,66 7,3 14,65 0,04 0,08 1,8 3,61 49,84 100,00 66 486,7 t
[
1958 44,7 '82,26 7,6 13,99 0,04 0,07 2,0 3,68 54,34 100,00 69 329,9 e
[
1959 49,l 83,04 8,0 13,53 0,03 0,05 2,0 3,38 119,13 100,00 72 963,6
(
1960 53,9. 84,58 7,5 ,11,76 .. 0,03 0,05 2,,3 3,61 63,73 100,00 78 945,7
1961 59,5 86,19 7,5 10,87 0,03 0,04 2,0 2,90 69,03 100,00 01 163,0 ,
1962 68,1 87,04 7,9 10,10 0,04 0,05 2,2 2,81 78·,24 100,00 98 055,7 •·
í:
l9G3 78,0 88,30 8,2 9,29 0,04 0,05 2,1 2,38 88,34 100,00 98 !i30,0 !
1964 89,3 . 90,07 . 8,1 8,18 0,04 0,04 ·1,7 1,71 99,14. 100,00 102 736,8 i
1965 101,3 . 91,14 8,3 7,40 0,03 0,03. 1,6 1,43 112,23 100,00 105 214,9 t'.
1966 117,9 . 93,48 6,5 . li,15 . 0,02 Q,02 . 1,7 1,35 . 126,12 100,00 107 884,7 :-
1967 135,9 94,62 ó,9 . 4,11 0,03 0,02 1,8 1,25 143,63 100,00 115 744,8
1968 158,8(5) 95,Q6 6,1 . 3,65 : 0,05 0,03 2,1 1,26 167,05(6) 100,00 123 547,2
1969 185,4(5) 95,83. 5,9 3,05 0,06 0,03 . 2,1 1,09 193,46(6) 100,00 138 031,5(5)
1970 216,4(5) 96,63 5,4 ·. 2,41 0,05 0,02 ·2,1. 0,94· 223,95(6) 100,00 154 181,2(6)
Taxne de
crescimento
Rodovias .'Ferrovi~e Mnr!timo Aéreo ·Total ·6,6
anual
1950- 1970 12,3 . -0,1 - 3,8 11,0
3
1
FONTES: A1111ário Estatlstico dos 1'ransvorte.. · l970. FGV. Conjuntura Econômica, v. 25, n. 0 9, 1971. Ministério dos Transporte•, SUNAMAM e DNEF.
Ministóriô dn Aeronáutica, DAC. Mini~tério do Plarie.iamento e Coordenação-Geral, IPEA.
Notas: (1) Inclu•ive carros de paeseio.
(2) Somente interior.
(3) Cabotagem. ·' ., ·.. '
(4) Inclusive tráfego internacíonal.
(5) E•timativa preliminar.
l
---..:
N
. ::o .
., ... õ· ;;; w ;; ., ... CD ID ID
"'o ,..o "'o o
...o o o õ o o o "'o o .o o o g"' o
.."'
"'o
~ ~-1-1--r-
"'o 1~-1 "';9
-~
b \ (Jll "'..
·~ ,(~
.~ Ct
"'o '\ o
~'\\"'
~'· ID
::i
.....
-.1 .,
o VI •.• 1...9)
"' ID
"' \~
.. o
o ... '
"''
'•,
"' ,.
.....,
.. º-
....
()
"' ct>
'
"',.~
'· 'O '°o
o ID
o o \
"'' e.
"' ID
d' G)
·\~., e. ....
o 3 e~
õ "'- ' '•- ... --.... .. .;.
.,Ri
cn O'I '• n n
,. ~ -- ~ ID o
;; "' (J1
o
o ,,"' "' e.
·... ......... dl o -~· l>I
"'
.... :•......... o
-... C>
'·
ID cn
o .........~ . -;;i
... o ID
:;; ' ... ·o
o
;i:
"' ' '·~"' 'O
.,
"' ;:;; .... o
r o e.
:r ' ...... {:;
º''" ;:;
.."' o
'º o
n
,, ::i
"1 :; iõ
., .
;;; o :::1
... .., o
o - -
"'a>ON ,. m ;;; ;;; ;;; ,;, "'3 .,O'
o
...o "'o ...o o õ - ;; :;;: ~ õi ;õ o
o "'o "'o o o o o o o o o o o
-No e
9
õ
,:•\"f;l';?9,IWY.~1"!!0\R!{,.,,,,.~~.,J:iõ..V,i..W(ii,~-µ:i'll;XK~~7'p!JJ?.f!jV'l/l,flf,·.rrI.'MlJff.t~.t:··;:r;:·~:-;::~-.7·· :,-,_;;~:1~·<:~:·:~:.;:,~í·:?".f_f).>-::;l~«.~~~~~:».1®~~((-i;-íf"'~'!~:g~b"P.~~~~?..X?.''.:5~~--~?~Z(~\<~:~~?:<0r~~'.f,a~f.'tff-íf:~:~~~;';(,;;·,~~i~~:J3;?"?,~~;:·.:~.~:~~;~0~
- -----~-------~-~-~I
Grdtieo 4 vadob{x)tráfego de passageiros (Y) e renda disponíve1-_ •do setor pri- Í~-_ .•_:__
2:iO .----.~--.-~-r-~~~~--,.----r~--r~-.~,-~y---,r7-,2so
...PASS
--· ....km
o ajustamento de função exponencial, em ambos os casos, apre-
sentou-se adequado, especialmente para a primeira regressão. Observa-
1~
se, no gráfico 4, que, devido ao fato de os últimos dados relativos à ~:
240
24.0
renda disponível e ao tráfego de passageiros serem estimados, a curva ~
ajustada apresenta-se mais distanciada dos pontos observados nos ~~
230
220
210
. 220
230
210
200
i
!
'-1--_
n
últimos anos, prestando-se menos, por conseguinte, a extrapolações dos
valores do tráfego.
Descartados os programas específicos de investimentos de cada
modalidade, que estabeleciam prioridades, sem critérios de maior racio-
nali~ade na apl~cação de recursos, ~ produtiyi~ade na p7e~~ação dos
~~
~
~
"'
~~-- _r ·_~-
200
,:. · serviços, e tambem sem a preocupaçao da analise de poss1b1hdades de
190 190 ·~=- · · ·usos alternativos em outras modalidades; os transportes não dispuse- ~f
; ram, até recentemente, de um planejamento efetivo no Brasil. Tal t:):
180 180 •· ausência de planejamento integrado do setor acarretou desperdícios m
/
sistemáticos de recursos em investimentos de viabilidade econômica ;,;:
170 170
duvidosa, no passado. Tais desperdícios assumem maior importância, !~
se for levada em consideração a elevadíssima participação do sistema !F
~J
160
160
de transportes na formação de capital da economia brasileira 10 • A
primeira preocupação com a coordenação da política de transporte e ~·
~,_-. ~. -'.:_·
150 150
. "' com o planejamento do setor como um todo, que permitiria a sua
,,.~-
14-0 140. _progressiva integração, surgiu com a criação do Grupo Executivo de :,
130
Integração da Política de Transportes (GEIPOT), em 1965. 5;;
130
66/
~:F :- Como resultado direto da atuação do GEIPOT, chegou-se a uma &
~
,_
avaliação detalhada das principais deficiências existentes e, em canse-
,_-._.•_·_._
120
1 ' 120
1
85 1
qüência, a definições básicas e diretrizes gerais, incorporadas, em parte, ~:
i 11q
-~ à política de longo prazo do Ministério dos Transportes e ao Programa ..
~
110
1 Estratégico de Desenvolvimento, para o período 1968/1970 11 •
100 64
IÔO
Cabe ressaltar, todavia, que a grande deficiência deste planeja- ~
$Ir_: menta setorial recente foi a sua falta de subordinação ao planejamento :&
~- ~_.· :_.,•'_
90 90
global. Conseqüentemente, não foram avaliadas de forma desejável as
80 ao ;• ·relações com - e os impactos sobre - os demais setores da economia, ;
decorrentes dos investimentos em transportes. A importância destes i;;~
70 70 últimods nos progrdamt as de, absorç~o dde tmão-de-obra, ria. extpadnsão dde ~
merca o para pro u os agncolas e 1n us riais, ou no aumen o o po er ,,
60 60
. de competição internacional para novas mercadorias de exportação, ~~
por exemplo, é ainda pouco conhecida no Brasil. 1,;:
50 C::..'"
54 40
10 INTERNATIONAL BANK FOR RECONSTRUCTION AND DEVELOPMENT.
40
Report on current economic position of Brazil and prospects ,...-- transportation. Washington,
1966.
30 30
11 Cf. BRASIL. Ministério do Planejamento e Coordenação-Geral. IPEA. Programa
Estratégico de Desenvolvimento 1960/1970 - Setor de Transportes - Rio de Janeiro,
20 '----'~-'-~-'-~-'-~..____,~~~~~~~..__~.__~.____,zo 1969,
30 40 50 60 70 ao so 100 110 120 130 140 1!lo 160
RENDA
[EM BILHÕ~S DE c~s - 1970) 21
=~
~e~
. •" - - --• •.---- -""".-.o-.~•o-~•.--.- .....,-,., .• • ..•.• S:.:;;
A atuação do GEIPOTfoi, por outro lado, delimitada pelas próprias 1
.b) exan1e de .aspectos intersetoriais ainda não abordados, sobre-
condições econômicas do Pais hoje substancialmente · alteradas: a) ·
namentais de seleção de prioridades. Is~o arque a orientação geral· e. · ·. ~.= ·.~ _.' \!·_-.:· ~, ;-.:i_ ,.m:~_estrutturais. ~a-~çQpº-m~ªtJ;>r!!sJleirq_ .~~.!Q.~ª-rnm__ grLa_dd.._filj,.yamente, . ~~~
os níveis de agregação da demanda pelo serviços de transporte serão, ;~ 1 f.QllliL.ª-.~:rg~n,--~-- !!!ª~- imE_ort-ªi:i-~s__IlR.~m.QYH!lê!J..!9~gera - e.....carga,._ . ®.
~~3
~
cada vez mais, definidos a partir de obj ivos concretos de exportações, .. fluxos_d.e_.PePA. intermediários-e~ firi.Et-i13 .. Pê:-!~.P- atendimento do mercado ~
i,~ ~- A-..c.apacidade..._instalada.....e...a__ oper,açã0-do-sisteina-ferrmriário
~
armazenagem, abastecimento, localização industrial e desenvolvimento
regional planejado. Será requerido, assim, um exame aprofundado da . . ·._·. ·.· .não....ior:am..ilexi:veis ou .e!.icientes .. pa.ra..trap.spo!ta.r: _qs l:l.Cr:~ciltlqs subs- ~
expansão da oferta dos serviços, compatível com aqueles objetivos 12 • .- . tanciais na oferta finaLcte....b_e.ns._r~:;;µltau.te.s _daJndus.tria.Uzªção.
Desta forma, a título de sugestões, pode-se apontar as seguintes ,; ·O sistema e~onômico primário-exportador brasilefro,. além disso,
1
'i diretrizes básicas para orientar os estudos e pesquisas de apoio ao ·1'.· dada a dimensão continental do País, sempre foi agregação de economias
li processo de planejamento dos transportes no País: ,,,. · exportadoras regionais, isoladas uma das outras. Os sistemas ferroviários
!i
-~ ~_gi_p_na~, .. pm:_ (!on~egui!lte, devido à origem dosseus-tf~ª-ªº~·~-çontn:..-
li a) fornecimento de elelr.!entos básicos para a coordenação e orien- .ti/:; ~~P;ªm pouco para a unificação doS,-irieréª-iios i~A::.iiitegraç-ªo__da_Jron-
li
"li
tação futuras do setor de transportes em função de seu inter-relacio-
namento com o restante da economia; ,·.,-' ~:~~:s ª3~íi<?J~c~~º~~~~{A~~t~;:i~:!~~~3 ~- ~~aÍf~i:~~~sª-: e~if16f:S~_
~
il
li 12 IPEA. Setor de Transportes. Corredores de tra1.1sportes. Rio de Janeiro, .1971
(Documento de trabalho, 1). Mimeogr.
"'
.--~
deficíências
----~·----
de tracado-nóssiStemas--íerrõVlarfõs-eiIBterites,·-ae
:·--------· .. ·-·-
- --·-·· -----
-~ --
--~-· ·--. ,
üiil·1aao,
---·~---·-------- ---------·---~------ -~------
~IJ
;1
:!\ .
13 Ver Cap. 7, pp. 247/269. .
i!
22
[
l
i\ 23
i
11
i
11\
------ ~~
...,;.·c·.::,;·:.-.·;c;,;,,.,,,~"'''"''""'"'"".:..ó"~~'==~
p
~
e~altos custos de construção e os períodos_EJ:~~ܺE&.~-de n:_~~~~~~ - .,.._ o .i:. 00 o ....... ....
...9o .,,"'"' ""- "'a: "'o·
,.: ô ..; o ô õ
"'"" e
·;;:
ao~__l.1'.!:v~s!~~~tos-fürtõv1anos, de outro, transferiram para as roâov1as "'
O>
....""
"' õ
..
-· -papel
-O de de8fa-iie-l:ia-êõriSõ1fda·
---------q ão·-ae·uncmercado-na:cionar.---
________________~-----·--------- " 1 !::;
. ~~tir___qª IL Gr_anª~uerr_a iniciQU"."se_.Q__p_:r_o_c.esso__cle_Q._~~eri~_ação ...,. ....
€
CQ
....
j
contmua do sistema ferroviário. As estradas de ferro, que amãa fun- :::-
(;;' "'-
~ ~ ~ oõ
....
00
.;; "'
..; '°
ô
..;
.... õ "2
.... s "' "" "'
cionav~n:·cs·a1r a·fõrma .ae-êoiicessâQ".'e--a:~-prõpnedãq:e'pflvaaa, foram
e!1$~~P~:@"!:Q'=:set_~público. ~.Q_bsol~ç-~ºcjª'__dg_.eqiüp~~ento e suas
~ "' "' "'~ .. ....
-1!
..;
~ "";!!! 9
....
def1c1enc1as operac1ona1s_íransferiram~s~_para.IÕ..s~ ~ublico. Embora ...._ o ..._
1
li.
ceritraliiãndo décisões_, -através da criação da ReàeFerrõvlãna Federar
-s:A-:--:~~-p~lQ~Çqveniõ-:-l!'~deriif -~.~da~ecretarra-deTfansporws:
::;-
;;o
"'~
..
"'00 sõ "'
.,;
...."' "'"'
o
...a: "".,; ""
::!:" ......,. C!!.
00 "'õ
2 a:
.!:í
i:l :: §
~'
~b
pelo Governo do Estado de São Paulo, não se ver1ficararri~ri.a época, "'
:!: 1 r
altertlç?es-raâica:J.S-iio quacl!_ci~:i~~!if~----------:-··-----·-··------- rn
!!
-~ '°
o
...""- .,,........ .... o :; "'
...
" ..
11
..... ....
00
.,,""- ..;
"' .... o
"'õ > f%
... .,; ~
--- - As ferrovia.S.liitêgrantes. do sistema· da RFFSA e de propriedade, ou
ª
~ ~·,
9"' ""
00
O>
'°
~
"' 1 -1 00
~ .:;! ~~
adniinistração, do Governo de São Paulo apresentaram graves desequi- "';:;
. .."' ~
11 ·
< ~
! líbrios financeiros, resultantes dos déficits operacionais crônicos a que N:?
. estiver_am submetidas. Absorveram as mais vultosas subvenções opera- .,.
.... .,. ...
o
"" ....,; ... .... g.... "" ~
·o -~~
..."'· ~
00
cionais concedidas ao setor transportes na década de sessenta. A exces- "' 8
ô
s .... ~- ~ "'
.,; ,.: .,; õ i.!l .:!2 G
"'
~ "' "' "' "' ....
::5;;
siva pressão da folha de pagamento do lado da despesa, e a política tari-
fária inadequada - que não permitia cobrir os cilstos de operação - do
~ ~" .! . l~
lado da receita, foram os principais fatores conjunturais responáveis
pelos déficits operacionais. ·De caráter estrutural, cuja solução continua "'
"'
.;
.... s
o
o
ô -
........ ....
00
.... ....""·
"'
..._ ...õ
!::;
00
oi "'
õ
....
....oõ "'
.;;
o
.. ,..;
.s ~
""a o>
êJ
9"' ... o
"" "" ..."' 1!.~
a exigir medidas de longo prazo, são os problemas de qualificação e pro-
. dutividade da mão-de-obra e a persistência de grande .número de trechos
-e linhas antieconómicas 14 • ....... ... ..,. .,,
~ õ
o
"'>
.!l
li!;
1
§ s~ .......- iS ~
1
00
....
00
oõ
.....
..;
o ~
,..; "'
,..;
00
õ .... "'õ
1~
00
Com reiaçãÓ às subvenções concedidas ao transporte ferroviário, é 9"' "' "' "' 00
""~"'
importante não .perder de vista o contexto das políticas adotadas pelo "' ....
Governo Federal no· que concerne à fixação de tarifas dos serviços pú-
o
"' "" ." ~
blicos em geral, e em especial dos transportes, anteriormente a 1964. .,
"'~
"'g s: o
ô "<.
U)
,_
o
..;
,_
00
.,...."'... ~
o
,.:
"'
'°
.,;
... °'...-
o
:i "'
õ
o
o
oi
!l"' ~_g
:§ ~~
Os efeitos inflacionários de tais políticas refletiram-se nas parcelas "' "' El 1
crescentemente ·importantes da despesa governamental, destinadas a "" ; "' <
< ~
o
.1 ~ ~
cobrir déficits através de subvenções diretas, como resultado do imobi- .
lismo tarifário nos serviços públicos 15 • As elevadas subvenções opera- :
cionais, concedidas ao transporte ferroviário pelo Governo Federal, com-
.
"'
9
o
õ
:!:
q
o.
s
.... .,;
.,;
"'"'
.,"'
...,_
..."'"" ""~ ....""-
00
.,
..;
., ..,
oõ
~
.
õ
.,..
..;
~
~
-:;
~
El
_g
:;Q, il
~
~;;:
....õ ..;
O·
~ 5- ar .... i.... 5- "
.!.. ~o "'lil . ~
...e:: "'
1
11
o setor ferroviário ainda participava com aproximadamente 90% do 9 "' "' "' "'
&"" o
~-
~~
s ~ .e "" x:~
~
transporte. '.É bem verdade que, a cruzeiros constantes, o montante das ~
"lil~ i!l .!3 .§ :i
subvenções concedidas ao transporte ferroviário declinou substancial-
mente a partir de 1964, embora em 1970 ainda atingisse a importante
"'o
<" .a "".e ~ 11 ·9
Q·
·'§
'2i -~
Q,
gJ ~
...i!l 1.t=..
] o ~
'°"' a ·E
14 GEIPOT-BIRD. Brazil transport survey-report on the existing situation. New York,, o ""
.e
;.
o
e gi:Q
~ o
'g
~
Coverdale and Colpitts. 1967. .,,
'B
·9"" .,iil ~ ~. ~
o
~
.e ~ ~
.E
.s
_g
:li;:
tO o
~
üi ·a:: . j ]
:;;:
~§
K~
15 BAER, Werner; KERSTENETZKY, Isaac; SIMONSEN, Mário Henrique. Trans- }~ ""~ ~ ..:; "'"
"" ..a ~ o "'
25
&
~
~
C-x
~~
~·'.;::
· ·~
~~:;
~9:-
;L ~
~
.::::;
magnitude de Cr$ 590 milhões. Observa-se, . ainda nessa . tabela, o
declínió no total das subvenções operacionais concedidas pelo Governo
Federal ao setor de transportes como um todo. Para o transporte aéreo t0 .00
-e- ~-
~
~...
·~ C'.i
o ... · ô
lQ 0
.e) r:,-$"·
C't:I
ô
L~ C'':I ~
r:tS' o- co...
e o sistema portuário a.s subvenções caíram praticamente a zero ou a
valores· relativamente pequenos. Para o transporte marítimo, por outro
lado, as subvenções concedidas às empresas de navegação, após atingi~
rem un;t nível mínimo de Cr$ 48,4 milhões no ano de 1969 (preços de
1970) voltaram a crescer, em 1970, atingindo o montante de Cr$ 62,8
milhões. Ao examinar-se ·~ subvenções como percentagem do produto
interno bruto, observa-se uma tendência crescente até 1963 - onde
atingiram a elevada proporção de 2 % do PIB --. e, à partir de 1964,
uma tendência ininterrupta de .declínio daquela participação percen-
tual, atingindo 0,4% do PIB, em 1970. . .
.,, Q_transpo;rte_J~r:roy~i!_rio_ ªP:r.esent~_no_Brasil, __densidade. n:éctia_ <i~.
_trª-f~gQ~d~ rn.erc:aciotjas e~:r:~mª'rnePte_bªi~a,.proporcioµªlJ!l~!l~~ ~- exten-. o e e o
;=;gf2~
são territorial. do País e ao comprimento das linhas . exploradas-:-:-Pela _,.....e ~ C1?
fabeia--9~ 'on(ie·-~a:o. feitas- algumas-comparações internaciàiiarn-·para ci
ano de 1968, observa-se que o trabalho efetuado pelas ferrovias brasi-
leiras, em termos de toneladas-quilômetro de carga transportada, situa.
se em nível baixo relativamente àqueles parâmetros:.~ ·
Assirií, .Q._percursó médio de. JJ.ma tonfil.§.Çla _transportada nQ _Brasil
~l1Q_áno 'e-~q-~stã.Q:, de~_ 362 km,_ t_rata:ndo-se de extensão relà~íva:
mente pequena quando comparada com percursos médios. em países-de ·
grande àiID.erisão territoriaT. o- íridice-a~:_densidade média d~_ ~:r;:í.f~ga·= ~·.
cil!-:a.Lsejª·--it:iilhar~_ dé. _ton~1ªqãs.:qüilôlll;etro~poF-quilometro _.~. por: aJ1g
-:- s~t1-la.Ya-:s_e-,:P:arª_9: ~r~s:i!,_~E1__2?.~;. ~~-g~~igad_~ é~i~ªhn~nt!!_PQ.11co ,,_ o
S!gm_f1cativb_.§.~.<:!Q.IDJl-ª~dª-'ª--º'~-Pi:tISes industrializados. Isto porque a "''o
Oô Oô ~ fl ~ ~~·~ ~
densidade do transporte. de carga encontra-se ·muito-mais relacionada
com à magnitude e diversificação do produto gerado num espaço eco-
nômico do que com as dimensões d.o espaço em si e da. infra-estrutura
~
O
_...
t!
N
N -
o
,.....c
m
~
-~ Oô
~
N
~
•~ O
~
Oô t-
~
disponível dos serviços de. transporte. Assim, países com pequenas exten-
sões de território e de linhas apresentam níveis significativos- de trans~ ~
26' 27
>- ·:·.. <·.·-.~· ·_:
a competição das rodovias nas linhas trancais. A tabela 10 mostra que, 900
400
,
MEXICO
.
1
praticamente, o monopólio na prestação dos serviços de transporte. No ,.
Brasil a extensão das linhas exploradas reduziu-se de 37.092 km (índice 300 e CHILF..
100) em 1955 para 32.054 km (índice 86,5) em 1968. o que· pode ser BRASIL
• ESPAf'UfA
considerado como um bom desempenho. _-.: ,
INDIA
. Com efeito, a redução de linhas começa a assumir no País, grande 1 200 •
importância para o planejamento ferroviário. A manutenção e admi- .ri
nistração de muitos trechos e ramais de operação não rentável (e às e TURQUIA
vezes de linhas inteiras) constituem-se em pesado ônus para o sistema
ferroviário no seu conjunto, acentuando seus baixos níveis de produti-
vidade i ; . Isto é particularmente grave quando se constata que muitos 100 e Fl4A.U.
trechos, estações ou trens servem zonas com montantes de produção 90.
_.t BO
• PAQUISTÃO ai 1 RÃ
e§'
H• Qualquer extrapolação desta natureza deve, todavia, ser encarada com reservas e 70
apenas como uma indicação grosseira das possibilidade de expansão do tráfego ferroviário.
De·.re-se sempre ter presente a peculiaridade do processo evolutivo de nossas ferrovias. 60
1; Cf. a este respeito, BRASIL. Ministério dos Transportes. Plano de substituição .50 L-L......IL-l~~...:.-~~--'-~~--J'--~-'----JL.--1....-L--J--&--t.~~~~~-.L-~~--'~":-='
de linhas férreas antieconómicas. Rio de Janeiro, 1965. Relatório do Grupo ·de. Trabalho 70 ao 90 10 0 200 400_ eoo eo o 1 '.)ºº 2 ooo 4 coo
P 18· PER CAPITA
GT-FRA/65.
( us s)
28 29
·~, '.
(comparação internacional)
Tabela 10
PIB ao custo de
Pafaes fator per capita t km per capita Ex'-tensão das linhas férreas exploradas: anos de 1955, 1966 e 1968
(t km/hab.)
(USS/hii;b.) {comparações intérnacíonais)
30 31
_/,,....
32
33
:.:··
~~i;
~:~~
Cl-
o
o ' comparada com o crescimento do produto interno bruto. A partir de
PQ 5.gca!i 1968, entretanto, o sistema federal passou a ter acréscimo na tonelagem
~-ê~ ~$
~g s '"8 anual, resultante do incremento no transporte de minério de ferro.
~ e A E.F. Vitória-Minas, por sua vez, tem aumentado no período em
1 anâlise, de forma persistente e substancial, as suas tonelagens-quilô-
1 - o metro anuais, devido, igualmente, ao minério de ferro transportado em
·-e
o
1
i
~ -~
uma distância média praticamente constante. O deslocamento de carga
dos sistemas federal e paulista, em toneladas-quilômetro, correspondia
o
a 76 % do total, em 1961 e a 50 % , em 1970.
e
g 1 "'
"' Quanto ao transporte de passageiros, verifica-se, para o período em
1
questão, declínio persistente do número de passageiros transportados
1 pelas ferrovias integrantes da RFFSA, e tendência levemente ascen-
1 dente para as ferrovias paulistas, conforme os dados fornecidos pela
"'
g i tabela 13. O. mesmo acontece em termõs de passageiros-quilômetro, em
virtude da competição rodoviária. Na RFFSA, a redução mais importante
r- 1
do volume de passageiros aparece no tráfego suburbano -. que repre-
""~ ;
senta hoje cerca de 70% do tráfego total - indicando transferência
i · maCiça para ônibus de linhas suburbanas. As deficiências na prestação
' dos serviços, por parte da E.F, Central do Brasil e E.F. Leopoldina,
~
g certamente são as maiores responsáveis por esta tendência.
1 A tabela 13, que apresenta a evolução do tráfego de passageiros no
!
l
..,. períod0 1961/1970, permite verificar, ainda, que relativamente à taxa
"'
~
"" média de crescimento anual do tráfego de passageiros neste período,
;:; 00
esta situou-se, em geral, bem abaixo do crescimento da renda disponível
"'
do $etor privado. O movimento de passageiros teve, para os sistemas
.... federal .e. paulista, taxas negativas de crescimento, com exceção do
g
movimento de passageiros suburbanos do sistema paulista, que cresceu,
no período, à taxa média de 3,6%. O movimento total de passageiros,
computando interior e suburbano, decresceu à taxa de 3%. Conside-
"'
e
;:; rando-se o tráfego em termos de passageiros-quilômetro, o panorama
é aproximadamente o mesmo. Embora este tráfego relacione-se apenas
i com o movimento de passageiros do interior, o sistema paulista apre-
"'
l§i sentou taxa de crescimento de 0,7%, contrastando acentuadamente com
o sistema federal (- 7 ,6 % ) . Isto pode significar que para o interior de
_São. Paulo, considerado o movimento total de passageiros declinante,
-
<:>
;:;
os percursos médios aumentaram, fazendo com que as ferrovias paulistas
passassem a disputar os passageiros nas longas distâncias.
Com referência à tabela 13 cabe lembrar, finalmente, que a dispa-
ridade entre os incrementas anuais da renda disponível global do setor
privado e da renda urbana per capita (6% e 0,5% respectivamente)
o
1g refletiria dois fenômenos: a) a forte pressão demográfica sobre as
"'e cidades, em geral, e as áreas metropolitanas, em particular, deteriorando
i
:1 os seus níveis de renda per capita; b) um crescimento desigual da
renda urbana, pois o processo de industrialização brasileiro, acarretando
i:5
1
uma intensa urbanização, possibilitou a formação de uma classe média
urbana e um operariado qualificado com níveis crescentes de consumo,
1 enquanto parte da população com níveis de renda mais baixos ficou
34 35
o
.,-
marginalizada nas periferias urbanas, sobretudo, das áreas metropoli-
't:!=c-.-t--o
ca S;a ~ê.
<0000 '°
ô tanas. Pode-:-se imputar, desta forma, o. crescimentp do tráfego local
"""""' - "'00
-
ciMô aõ~~
>t=·-'4.1 s:::l.-4
li! g S "5CO
r::cõcõ
111 1 111 rodoviário urbano ao crescimento desigual da renda urbalià estimulando
E-<"
...o "'
~ 0 consumo dos serviços de ônibus ou a utilização do automóvel, rele-
eo gando para as populações mais pobres e marginalizadas na. periferia
o
....
~
'°-
CX!..OC?.
'""'º""
"' ... 00
"'""
t-Ot-
o,..:,..:
""""""
'° 00"'
"'Ctl-aLiô
>Or-«>
<->.«>
~
...~ "'""
~
- suburbana - incapazes de pagar tarifas reais - os serviços ferroviários.
Esta é, com efeito, a raiz do círculo vicioso de desequilíbrios financeiros
das ferrovias no transporte suburbano de passageiros, pois os reajustes
e so.... tarifários para cobertura dos custos de prestação dos serviços - que
<:::>
t-.. ~~-"l:fl.. ~~"lfl.. "lfl_ -d4_ ct?, "'00 .,,..,.
- '° "'"'o permitiriam. a melhoria de eficiência do sistema e a conseqüente redução
O)
'jl
"""
~
O)
-
°'
"'
O>
r-eoc:<>
"'"'º
"'"'
'""'º
"'"' '° '"'"""'
"'°'"'
"""'
.,, ......
"'"'
00"' "'00
"""" "'
.,. .... '°... 00'°
-
00
"'
.......
N
futura daqueles custos - são inviáveis, em face da evasão dos usuários
de melhor nível de renda para o transporte rodoviário.
"d!.~-.:ff.. - .... 00
........
'"'º ""º "'
00 Em 1970, cerca de 52 % das linhaS- férreas em operação pertenciam
"""e 00
"' "'"""'
e<>r-.-<
~Ir)....(
<'<"""'
u;~aõ
''"''"' "'
O>
"' º"""'
... '°"' """' '° º"' ""00 são indicadas na tabela 14. Por ele, que indica os índices de carga e
~ """" """' "'"" "' ~ pessoal do sistema ferroviário brasileiro para os anos de 1965 e 1970,
~
o .,. .... º"' ""o verifica-se sensível melhoria, não só no movimento geral de mercadorias
-~ "'"''"'
cÕ u:)ei' """"'
iÕ.-1-,..: '° - "'
..........
cq"'r;:CJ- ....00 ..,.
- "'""'
"""'
'°
00
00
"' transportadas pelos diferentes sistemas, mas também - em alguns
Q)
t:l) "'"'~ ''"ºº """""" ....
!;:j
«>
"""' """' "'"" "' :::: casos marcantes - dos índices de produtividade dos serviços ferroviários.
«> Assim; a densidade de tráfego - expressa em toneladas-quilômetro,
.......
.., .... '"'"'
- -......
!;:j 00
CQ
"'"' ~
..-! R. "'"'""
.....( .....i"ct'l"' "'"' '°
at)....;....,- ~~~ ... '° "'
00 por quilômetro de linha, por ano - aumentou consideravelmente para
"' .,.,.., """""" oo.-<O
.., .... "'"" "'"'o
- "' "'""º os sistemas federal e paulista e, substancialmente, para as ferrovias
00
cl3
Q)
Q)
'tj
~
"'"" independentes (Amapá e Vitória-Minas).
,s;:J.
.....e ... c:<>t-0 ... .,, "'""
,,_.,. ....
cl3 00 - O>
.,."'"''"'
.......
lQ-~IQ- O'J-~"'<tf.- 00"'
"'.... A densidade média de tráfego para o Brasil, que situava-se em 539,
-
c6'aõ00
E-l ~
.....;;:>
'i::l "'
~ "'~~
..,..,.
00 ... ..,
"''° "'º 00
O>
"'""
'"'"'
>ON
""º
00 00
O>
"" cimo verificado nas Estradas de Ferro Amapá e Vitória-Minas, a mé-
e dia nacional, que situava-se, no ano de 1965, em 93, e passou, no ano
'tj
e
l!;:j
1:,).,
-
"~'
C>"'""
CÕi.ôr:»"'
..,..,
"'"'"'
.,._..,.
~o)"
00 "'""
"lfl-
t-0>"'
oo..;cr;
00 ..,'° ....
....... ........
.... O>
""""
"'""
.... ""
...
""00
-e "'~
"'
"'
o"'
""
de 1970, para 178, foi influenciada também, no período, por uma sen~
sível melhoria da produtividade no sistema federal (61 para 97). Os
.....e~ índices de densidade de tráfego por quilômetro de linha e por empre-
., "';;;-
~ ~ ·l: !.g
~ ~
;;:>
-~ 00. ·;:::
~o gado revelam que, efetivamente, nos últimos cinco anos, houve nítida
-~
r.::i
!:!.
~
~
~~"'º~ ""'
't':"CI
~ :l
-~-
,,,,_
tendência de recuperação no sistema ferroviário, apesar das dificuldades
mencionadas relativamente à competição rodoviária.
o ~ ] 7i:; 5 ~lO.-..
"º
't ~ o o o
"" '-"'
"" " " ...o.O""' ~ ~=~ 'i]s; ~-
.e,"' Embora o setor público fosse, nas duas últimas décadas, proprie-
""' ~
:!.. ::;__g
"""" ~~
·-'.S.gb
... ""'"'
"'- 1l .. "'
-;;;~~::i
$; ~ g"CI
tário quase que exclusivo da rede instalada, seu número excessivo de
:1 ~
·.: ~õl
.& .g-io
i
·;: ~õS
.& -g e;
~ ,Soo E-t
~~
'<> .!:;
~
" 8 Sil.S- ~~~ "mo
.e
....
~-w órgãos, tanto para operar quanto para expandir esta rede, com atri-
!
~-CD
~ .:looE-t .SroE-t .H ~!?,.z~.S .
õ i;
"2::Cô'
-:: "2:'.C'ê' ~ ~;õ''ê i:Êri3~ ~ ·~i·~· "<> :>
s buições semelhantes ou conflitantes, dificultou bastante uma homo-
'<l
~~ ~ P N t;
Ji ,..; o:i l>:l 6. ,..(e-i~ .,; ~ ~ geneização das decisões da política econômica referente ao sistema
,_; "' :::i .....
.....
.....
:>
..... ferroviário .
36 37
100--d't'- 00 ~ As entidades e autarquias governamentais, que tinham ou ainda
--
~~ ~CQ
""
~
têm responsabilidade ou autoridade sobre certos estágios das operações
ferroviárias, ou sobre a construção de novas linhas,, são- as seguintes:
a) ·Ministério dos Transportes; b) Conselho Nacional dos Transportes;
c) Departamento Nacional de Estradas de Ferro (DNEF); d) Conta-
doria-Geral dos Transportes; e) Rede Ferroviária Federal S.A.
(RFFESA); f) Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo.
~~~~~~~~~~~i2~!g
"111:1'1 - l"""'IC"IO "lll:l'IP"'ll.Q l.QC'l':I Todos estes organismos, com exceção da RFFSA e da Secretaria
"' O) de São Paulo, são subordinados ao Ministério dos Transportes, de forma
direta. A RFFSA subordina-se indiretamente, dado seu caráter de em-
!N 00
C'O P"i
O) C0 C"lL".) 00 00 "dl "dl C'O C0 0
"111:1'1C"lLOO,t-..O"dleqeq001.Q .-ICOt-
P"iC'Q-CQC'O"dl ~cq
J:...
~Eco~~ ra presa autônoma, cuja estrutura é semelhante, em princípio, à de umà
O) ... O> empresa privada. A autoridade do Ministério seria, pela própria de-
finição da RFFSA, bastante limitada, teoricamente. Entretanto, na prá-
~~~~~ ~ tica, ela é subordinada ao Ministério, e seu Presidente escolhido dire-
r--ioieoceqco-i
fJS~ ~:;:: ~~~~~?6r:ggs:;
.., __
C'°:iO"dlc-lOOOOO'l
00 00 O l"'"I 00 C'Q COO 00 O'l COCQ""""" Cl:I OlOt--t-OlOC'Q
CQ-"dlOt-C"lt-"dlcoCOCD
~ ..... _e-';),.... ...-1.0
..... OOr-.,.OLOC'O ,_ <O tamente pelo Ministro dos Transportes.
O DNEF, criado em 1941, ainda numa época em que as ferrovias
g~~gJ~ªg~~=~~§!e
lOt-t-1:":1-d'ICl'JP"'I
"'dloococ-:.r--l"--
o-tc:r:i-.:t1c:i:>r-ct:1
eram operadas por entidades federais, estaduais e empresas privadas
~'l""l"dl~OO;:!:::J:~oor:--;:.-1 ~ .... .,. .....
'O:f40C"\ICOC'Q funcionando sob concessão, tinha por finalidade principal exercer con-
trole e supervisão sobre a expansão e operação das mesmas. Atualmente,
co o_oq,oo_~C'.:J ~ct:1_co c-l_O_o:i_C'l_'""!. C"1CQO)CO('l';>OOC'O
......:-orõ...-ir:....;c>
- ' OOC'l':I
~cQOo)eQ'
t--- CQ c:r:i é uma autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes, com autono-
g~~~~g?6~~~~~:;;:~
"dl-
o -C"IC'QoooC"lco"dlCO -e-:i.
l.OCl'J ...... lO....-IC'Q
.... .t-t-10 ..... _.
""'1!l0
OC"'I
COC'I
t-
lQ
c:q mia administrativa e financeira (Lei n. 0 4. 012/62); cabe-lhe, pelo De-
..-11.0 - .....
"'- ~ ;:!: g:;
o creto-lei n. 0 832/69, executar a política nacional de viação ferroviária,
apenas como órgão de assessoramento e fiscalização. Teoricamente, mui-
~~:--~-~-!::-~:--d~-~~~-6-
o - o Ot--Cl'J,.... .....i cr.ir-coC"\I e.l"<tl
ao
GO
-r:tl-'q'iOC'QlO"dlC:O
...
-m
00_~0-~t-:_o;_Cf.>..
O'l"dlCl'JO'lC"ICDO
iocoeq-eor-1
-c:oOOlO.-t
"'-
:-ci-d:~-~
O)lQ e-:t......
(N...-1
co
-
co
~
.....
C'-1
~
1
-~
tas das atribuições do DNEF são conflitantes com as da RFFSA, pois
sendo encarregado de estabelecer políticas de transporte ferroviário,
i;:; .. > entra D;.ecessariamente na área de operação, que, pelo mesmo Decreto-
- t- O'l tOCOC'QC'OCOt-o:i C"'l-dl OM
s~~~~~~~~~:g~~~
-d'!.t--OLO .... "dlt--
..::ti,...u--.:t1C'QCl';:i"dt
C'?QC'f"dl"'ld't"""
!2~~~·-; s o
"O
o
-lei, é específica da RFFSA. Na prática; porém~ o órgão limita-se
lQ ,....eqC"ICl'JC"\IC"\IP"'i C'O C'O lOeq-,...i
"""" ~ a planejar e supervisionar a construção de novas linhas por si só ou
"'
:i
em convênios com ferrovias específicas. A RFFSA também realiza inves-
t-- C'l o:i OO'l 1.0Cl'J CO tOO'lCO OC'-1.0
"d! l.010 l.OCO 000 O'l C-:l C'OO OOt'-- 0
l'-"dl.t'-oOO"dl- Cl:l"dl CO,.... OP"'lc-l"dl
--P"'lc.lCl'Jt-t-
lOooO?C'llOCO-.:tl
00,..-10t-COP"i
LO"d'IOOCl':IO
~~:::!~~
C'1=I
~ timentos que se destinam, basicamente, à melhoria dos seus traçados,
LO -C"\l~"d!C'Q:C"l,....i C'O C'O cO.(':IC'l;-
i:s terminais, reequipamento e serviços. A substituição de locomotivas a
"' vapor e de vagões obsoletos, bem como a melhoria dos serviços subur-
banos do Rio de Janeiro, são partes muito importantes dentro do pro-
grama de investimentos da empresa. Quanto aos investimentos do
DNEF, a parcela maior de recursos está comprometida atualmente com
a conclusão do Tronco Principal-Sul (TPS) 2 3.
A RFF'SA é uma empresa de capital misto, cuja distribuição acio-
nária do capital é, em termos percentuais, de 82,2 % para o Governo Fe-
deral, de 10,2% para os Governos Estaduais e de 7,6% para os Municí-
pios. Foi criada com o objetivo de grupar e centralizar o comando das
ferrovias nacionais, permitindo-lhes um funCionamento mais eficiente,
através da eliminação dos múltiplos métodos burocráticos que dificulta-
vam a operação ferroviária. É portanto, responsável pela direção, ope-
23
Dos seus recursos para investimentos, o DNEF aplicou na construção do TPS 71 %
em 1968, 62% em 1969 e 67% em 1970. (Cf. Programa Estratégico de Desenvolvimento,
cit.)
38 39
ração, manutenção, expansão e reequipamento das ferrovias, exercendo traâa de Ferro Santos-Jundiaí e da Estrada de ·Ferro Dona Teresa
sua autoridade diretamente, ou por intermédio das subsi~iárias. ~abe à Cristina, que apresentaram saldo positivo de Cr$ 3,5 e Cr$ 6,6 milhões,
RFFSA a orientação e a supervisão das planos de opera9ao das, ~versas respectivamente, no exercício de 1970 25 • No caso da Rede Ferroviária do
ferrovias, assim como o estabelecimento das suas respectivas politicas sa- ·Nordeste, por exemplo, esta relação encontra-se em 4,8, o que indica
lariais e de pessoal, .a promoção de estudos de viabilidade, .o controle de que para· cada cruzeiro recebido, pela ferrovia, quase cinco são despen-
emissão de ações e a subscrição do capital e das garantias. Sua renda ~oo. . .
pode advir de rendimentos, dividendos, taxas, tarüas de transp~rtes, No que diz respeito ao caso específico das ferrovias do Estado de
contratos de trabalho de terceiros, subsídios do Governo Federal e Juros. são Paulo (21,8% do tráfego de carga e 29,3% do de passageiros em
de depósitos bancáriO.S. · relação ao total brasileiro, em 1970), deve-se salientar que ·a relação
Recentemente foram feitas modificações na estrutura organizacio- entre as receitas e as despesas mantiveram-se praticamente inalteradas
.nal da empresa a .fim de permitir maior flexibilidade, eficiência eA a:ito- rto período 1961/66,. havendo um pequeno decréscimo de 1967 a 1970.
nomia nas decisões de caráter administrativo. As estruturas orgamcas Em 1970 as receitas totais do sistema paulista atingiram Cr$ 221,5 mi-
das unidades de operação foram totalmente revistas para propiciar ra- lhões, sendo as despesas ·de Cr$ 367 ,5 milhões, significando um déficit
dical alteração na metodoiogia de trabalho, além de possibilitar, f~tura de Cr$ 146,0 milhões pará o sistema paulista. Para o total das receitas
mente, agrupamento e integração efetiva das unidades de operaçao em contribuíram, em ordem de grandeza, a Estrada de Ferro Sorocabana
quatro sistemas regionais. com Cr$ 118,4 milhões, ou seja, a 53',4% do total,' seguindo-se a Com-
· Quanto às ferroviá.s subordinadas à Secretaria de Transportes do " .panhia Paulista de Estrada de Ferro, com cerca de Cr$ 61,4 milhões,
Estado de São Paulo, cabe ressaltar que em 1971 foi criada a FEPASA, i.. representando 27,7%, e a Co;mpanhia Mogiana de Estradas de Ferro,
Ferrovias Paulistas S. A., empresa pública que incorporou tanto o pa- ,·i com Cr$ 28,4 milhões, participando com 12,8 % daquele total. Os maio-
res déficits foram apresentados pela Estrada de Ferro Sorocabana com
trim~'mio das ferrovias estaduais, cujo único prop;ietá:io e:~ o qover~o ·~
. ~ii:.ta, quanto daquelas que apresentavam maior diversif1caçao ac10- -.~,'.* Cr$ 47;6 milhões-, significando 32,6% do déficit total, pela Companhia
Paulista de Estrada de Ferro, com Cr$ 45,3 milhões, e pela Companhia
A situação financeira do sistema ferroviário federal, que transportou, '.!{$ Mogiana de Estradas de Ferro, com Cr$ 32,2 milhões que contribuíram
em 1970, cerca de 65% do tráfego de carga e 60% de passageiros, não'~]. com, respectivamente, 31e22,1 % .
tem sido favorável2 4 • Com efeito, em 1970, as receitas totais alcançaram :Wl Reconhecida · a necessidade de colocar o sistema ferroviário em
Cr$ 665,3 milhões, em contraposição a um total de despesas que mo::nttm );j~. condições de á tender com eficiência .- e em maior· proporção do que
a Cr$ 1. 130,8 milhões, aproximadamente, significando déficit de cerca ·~, atualmente - à demanda pelos serviços de transporte, principalmente
de Cr$ 465,5 milhões. A contribuição para a receita total da RFFSA -~~ na parte centro-sul do País, são necessários importantes investimentos
oscilou fortemente de acórdo com a maior ou menor eficiência das di" '~; que, no entanto, só terão seus efeitos plenamente difundidos se forem
:versas unidades. operacionais-. A mais importante foi apresentada pela i~: precedidos, ou pelo menos acompanhados, de reformulações básicas,
traduzidas nas seguintes diretrizes:
detentora de 39,4 % do montante glopal, secundada. em ordem .de gran- ···~ ·. a) reestruturação administrativa e operacional, visando conferir
deza pela Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, com cerca de Cr$ 89,l :+ à RFFSA bases empresariais efetivas, que lhe permitam aumentar sua
milhões e pela Viação Férrea Rio Grande do Sul com Cr$ 69,8 milhões, { '• eficiência, autonomia financeira e participação em bases comerciais no
as quais contribuíram com, respectivamente, 13,4% e 10,5%. As demais/'.' · mercado de serviços de transporte;
apresentaram participações inferiores a 10%. Por outro lado, os maio- t
res défiCits foram apresentados pela Estrada de Ferro Central do Brasil, 'i' b) reestruturação completa dos órgãos ferroviários existentes,
com Cr$ 121,3 milhões e pela Estrada de Ferro Leopoldina, com Cr$ 87,5 j. absorvendo a RFFSA parte das atribuições dos mesmos; ·
milhões. Somente o déficit da Central do Brasil representou, em 1970, ·; c) eliminação acelerada de linhas e trechos antieconômicos, para-
. cerca de 26,1 % do déficit total da RFF$A. O coeficiente do tráfego, por\'· lelamente à construção e melhoramento das rodovias substitutivas, por
sua vez, calculado pela relação entre o montante de despesas e o de,.t : parte do DNER. .
receitas varia de 0,6 a 10,5, o que indica, para todas as unidades, a exis- ~~,. â) transferência dos encargos financeiros, decorrentes da cons-
tência de gastos superiores ao volume das receitas, com exceção da Es- W" trução e exploração de trechos de interesse político ou privado, para os
_,;,~~- '\
. :::·~k ·~·
interessados na continuidade dos seus serviços;
24 As participações médias para o período 1961/1969 do sistema federai no tráfego .".ili
de carga e de passageiros foi de, respectivamente, 50 e 61 o/o em terinos de t/km e pass/km ·~: 2 5 Cabe assinalar que a Estrada de Ferro Dona Teresa Cdstina não possui tráfego de
(Cf. RFFSA. Anuário Estatístico, Rio de Janeiro, 1971). •· :'{! · passageiros, principal responsável pelos déficits operacionais do sistema ferroviário brasileiro.
40 41
•"'- ..-.·"·-·- ........ _,-.,-,. ...... ...
, ',,,·.·-., ··""- -·-. ·- ~ - _, ·---·--- - - _...._ - - - - --- -~ - - ··- -·--- - -
.:,,
e) racionalização dos investimentos através de elaboração de es~ ,t.· · e em grande parte, com navios obsoletos. A baixa rentabilidade por
tudos de viabilidade técnica e econômica, que justifiquem sua execução f \~pedia_ a C~J:!ª.!~!3:~-ªg--<!~ __inv~timentos para os serviç~sae
e assegurem os recursos necessários dentro de prazos previstos; l ..cabotagem, gerando, a partir dai, um proressocurrüITãtivo de inefi:.
f) concentração dos investimentos ferroviários na recuperação,::~ ~_s. · -
consolidação e. modernização tecnológica de linhas trancais que apre- )r .· ·· _:~ra:__1;1Jp, :pªís com extensa costa marítima e economia em. intenso
sentam potencial de alta densidade de tráfego para mercadorias grane-·· . "i~Q._g~_~c;i}!S.J;rializ~ãb.~u__tpip.s__p_ol'._t_e_~lmo dev~~!~--clésém~e-
lizáveis ou para carga geral passível de manuseio em lotes homogêneos. . f ~..M.Y~E~l-~~ndl:l,me:r:i.~al_«:le. l:l,pOi() _a() __ ~~~n".:olv~_!Pen~p_:__Çorg_~t~Jt_g_,__o
No que diz respeito à política tarifária e de subvenções governa- / 'desloca~ento_ de_grandes_:m~Sª1? g~--in~rc.ª'doriãs ~prmcipafment~a-
men~ais, é importante o papel destes instrumentos na correção das dis- / ' ~lidos ~ líquidos) entre _pont~s de eriiharque··eaeseml:iarqüe dis-
torçoes existentes na demanda. Assim, os custos reais devem, em prin- ::- tan~51_eyena ser efetuado primordialmente pelo sistema de navegação
c~pio, refletir-se nas tarifas pagas pelos usuários do serviço, em condi.:. ,~: côstell"ª· Havendo, por outro lado, nítida especialização da atividade
çoes razoáveis de eficiência 2s. Para isto, em relação às ferrovias, torna-se':? . ee@J:l.ômica no espaço brasileiro, os fluxos de matérias-primas industriais \,
urgente a correção de desequilíbrio cuja origem está nos subsíd-ios que .?i: é- alimentos, bem como produtos manufaturados de grande porte (mui-
este setor concede através da prestação de serviços que não são integral · fc}sbe~~ de capital e consumo durável) destinam-se ou têm a sua origem
ou parcialmente remunerados (serviços suburbanos, por exemplo) . Exis- ;; nos grandes centros urbanos e industriais. Estes centros são no Brasil
te, ainda, o problema crônico da redução das subvenções à RFFSA, o-~ oãSi.cariiente litorâneos ou muito próximos de grandes port~s - com~
que só poderá ser feito através da mencionada reorganização da em- f -n.os casos de São Paulo e Curitiba - concentrando em 1970 tanto os
presa e da adaptação das tarifas aos custos reais de longo prazo para a ~;.. · _2~:J:>ortos principais com~ as aglomerações urban'as próxi~as, nada
prestação dos serviços . · · m_e11,os de 20 % da populaçao total do País .
A participação do setor ferroviário no total dos investimentos em · - . :--~~ _õ,e um lado O mercado ~u~damental para a produção dos pólos in-
transportes, no período 1964-1970, é indicada no anexo 2, para os siste-~1~ • dtê,tr1~is_ do centro-sul constitm-se, no momento atual, da agregação
mas federal (RFFSA e DNEF), estadual (ferrovias do Estado de São·.~ .. ~~_s._~_a§__ aglomerações urban~ litorâneas, de outro lado, aqueles pólos
Paulo e a Companhia Vale do Rio Doce - E. F. Vitória-Minas). ;1 sao-º:S-~bsorv:edores das ma~ores quantidad~s de matérias-primas in-
"' dustnais e alrmentos provenientes das Regioes Sul e Nordeste. Neste
e.sq~_ema de divisão geográfica do trabalho, a navegação costeira deveria
~
.
·.', O transporte marítimo e a situação dos ·portos SE;)r_!I!()cialidade d<; tr~sporte com maior vantagem relâtiva para o
d~loc_ame~to l?ngitudmal dos fluxos de grande densidade. Tal vanta-
.CQ.m.__a ql!.as.e to~alidadeda sua atividade econ~mica e PºPl1lação_.~Q.~-~;· @..l'!LI~lativa vmha sendo, entretanto, persistentemente inaproveitada
.cent!"~.Q.~J:1~te>:i:ica,~~l!~_.ao long9 da !aixa litorânea ininterrupta de::; l_!!LBràsil ·--- - ---- · ·-·-·-------- - · ·
~--de__8._.miLqu!Jô11rnt_rqª'--·º sistemâ econôiriici:i 'brasilefro teve - na: nã=l ,\~ Q_.pr?cesso de deterioração da navegação costeira,, iniciada_no pós"'.
~~costJ!trª-9_::>l!P_Q_l:'i.eJ:>â.Sfo.-Q_p.-~~i:i_~]iit~g~~ç~é)j!_qs_füí"~r~~t~~.Jlólos.·;i·.: . . :. •. /! guerra!_~~-=-~~-~g'!-~~~~do, dado. a incapacidade do sistema em com-
.P!'lm.l!no::;~~p-ºrtªdQ!'.e§. A nav~@.Çao__i!.Qpstitu1u-~assrm, no comple-f .• .\ :~J:i,r_ com . as_ outi;~s __Il1Ó-~alidàdés--(prj.:iiçipalriieiite- coiri ___ãSfüdõvias)
:n::ento do si~te1:11a feJTQY}â,:rlq,_Jn.tegrA!!dC?_~_c>~g!!~'!!~al~~_nte. __uil1_.~~q!!!"'~:·; ··,./,1;i'mp.~1~~a%~p~oi1~~J~-~-,~n~!id~?oe!J~~ºa)~~~te~~t~-~q~~J~est:~-0R-e~mj)ã1ns95ª0,-
p_e.!~g.Q___E)ÇO!l_C>:r:rl!Ç!Q_ .~ _~Qçi:a,L .ext:r_en:iªm~mt_e_ (lifer:epdado, .. enquanto que ;I& , t< '
.l:LS .!~l'.!.~via,.s_erl:l~.-respp_m;áy_~i~.-Eele>__ ~sçoamento dos Iluxos ã-gricolãsê:' . "'\ • a_:i:~v~&"i:tçãç> costeira teve, em 1970, sua participação reduzida a 11,2%.
t t t"d · t · 1. Com o movimento geral de carga crescendo a uma taxa média anual de
ex_x_~_!yo::;_ ~º--~~g_!_.f>~.1-~- ~1'.!()!-:!!tc::>~~I · 'º--g;:dtJJ.de_ .númêi<:i.. d~.·_pbl'.'..tQ.s··-exis-i, • (' : 10,-1_% ·no período 1950-1970, a tonelagem-quilômetro transportada por
~i:i.t.~~-:IJQ_litoral b:rnsg~~J'.".Q, _com as malS diferentes capacidades e muitas'-4 . ·.. navios de cabotagem cresceu apenas 4,4% (-tabela--~&). O transporte de
vezes,_p_!.2:!~9~ _l,l,!!~_dQ_s .º1::1~!E~~gê[i~a-~):i:iiportânda que teve· o siSteiifã}' .. carga _seca ao lon, g_o -do lito_ral brasile,iro sofre1;1, por sua vez, ra'p1"do
!.
a~_C:l:lQQt_agem no_p;:i.ssado. -.. · -- ·· · - ·· - -·--- -- --~''t · e ~s1st~i:ite __9.ecln}~O a partir de 1956i Gem-efelte,a-tabela-15·mostrca..
A part~!"_gg_j.,!!í_('.Jo_ d~_ ;II Grande_ Guerra, entretanto, este sistema'~{" . ..qlle<€>c.:v:olume êfe:tráfego. em 1960=tin:nãating-idG-q-nível. pxevalecente em..
ª_
~meç~!!. ... perde!"__ .f'll1P:?tância,_ deviclQ _tantq . à __ impossibill.dade--de--:ún.:J..· . ,-1950;-passando em-1964 -por um ponto mínimo:,c:'.;Em:::::l97Q;-crtransporte
po_;!a~~<? de equipamentos ~ yeças de repos~ção; comó tanibém~·~-P.r:~:~ ~-' · .: :mde .~~enªtsaeçca_a ....vl1eºr-i"fui:ctae>_raaal_ebm··
pna msegurança nas__ co_l!!iW.9es. de navegaçao durante. o conflito. No;;~ ·• 0 rnu 0
_:r-a s i1eir. Q_ ~~ª':'ª•.l:l!l!.CI.it_,_ l>astante__ aqU::~Ei-=-~~~-
19 56
: ~~-ra_,_~__I_ro_t_8:__~~~c~~~:- !Jrasilelr-a-acb.ava.:se bastante. Aill.1~~!~:~ ., ..----:-~ec()illpond~~~ -~ ·carga s~~~-~:rl.os_seus dois pr!J:lcipais componentes
.v~~~~c;a~s.e _q_ue ... foi_ a carga geral a pr!n.cipal responsáver · pel~ j·áp!do
2 6 Dares, Eduardo José. Os transportes no Brasil. cit. 9:~hmo ao volume. de tráfego, ·enquanto que o movimento de gran.~_is
42 43
sólidos - devido, principalmente, à-éonstância dos f_l1:1xos de sal e car- Tabela 15
vão - permaneceu praticamente estável. Esta estabilidade, en~retant<;>,;
persistiu num período de intenso desenvolvimento da economia brasi- • · T1·áfego de cabotagem por grupos principais de mercadorias:
leira (1955-1961), o que permite considerá-la, de certo mod?; ?orno uma período 1955-1970
redução relativa, frente à competição do transporte rodoviano ./ .
Na raiz da tendência declinante do tráfego marítimo de cabotagem (em milhares de toneladas) "'
podem ser localizadas, dentre outras c~usas,_ a implementi:ção _do Plan_o.
~--:)-'
,,./· ,, Rodoviário Nacional - com grandes mves~rment?s i;as _ligaçoes lo:i;ip-, Anos Granéis líquidos Carga seca Total
,,,.......- / l tudinais paralelas ao mar - e a jrn:plantaçao ~a mdust:ia autoi:;ioJ:>ihs- .
---·,
tica, além da deterioração da propna navegaçao, atraves das :pessrm13;s 1955 454 5 285 5 739
condições operacionais dos navios mercantes. ~ d_os portos. '.I'~ condl- · 1956 1 112 5 771 6 883
ções traduziram-se em linhas gerais, na baixissima produtividade dos· 1957 1 842 5 347 7 189
recursos humanos,' excesso de tripulação, elevados ín_dices de obsc;>les- . 1958 2 086
~
5 336 7 422
cência das embarcações, além de problemas de congest10namento e irre- · 2 439 5 248 7 687
1959
gularidade nas operações portuárias. É impJrtante assinalar que g:i:,a:i;.- 3 142 4 724 7 866
de proporção dos acréscimos, da participaçao do transporte rodoviano 1960
na demanda, fez-se em prejuízo da carga geral deslocada pela navega- 1961 3 911 4 305 8 216
1962 5 864 3 760 9 624
ção costeira 71 • !
1963 6 189 2 650 8 839
· · Por ou~fo la'do, en,quanto houve declínio no movimento de carga . ·:: ·-.....1954 ......6 130 '2 320 8 450
sec~ o de granéis ··líqu,iidos (petróleo cru e derivados) am:r:en~ou s?bs- - . 1965 6 206 2 459 8 665
tanciàlmente no perío'do. Para este tipo de carga e tendencia f01 de --1955 7 410 2 813 10 223
incrementó substancml, a partir da criação da Petrobrás e, posterior~' . i967 9 069 2 745 11 814
mente, com a expansão significativa da Frota Nacional de Petroleiros' 10 113 2 706 12 819
1968
. (Fronapé) '>-A-:tabela---15-1ndica- o- movime~.to-de--carga_na_ ~ruregaç-ão: 11 169 3 118 12 287
cesteir:;4....por.._principais-grupos-de-mercadorias.- Nota~e; ·atraves-dest 1969
1970 10 392 3 366 13 758
da--tabela-16,-r-edu~ãG-drástica.....na___:relação-entre cargo- -geral e granéis.
sol:idos;-na composição-totat-da ·carga .seca- e- os· incrementas substan-_
· .. ciais-vefificados no-transpor_te__ qe carga_~íq-µida. , FONTES: Superintendência Nacional de Marinha Mercante - SUNAMAN. Grupo Execu-
É interessante assinalar que se em 1955 existiam 10 mercadorias . tivo de Integração da Política de Transportes - GEIPOT.
pertencentes ao grupo de carga seca com volume transportado superior
a 100 mil toneladas, em 1966 estas restringiram-se a somente cinco: sal, 1' 1967 dos quais apenas 13 com movimento anual de carga superior: a
carvão; açúcar, arroz e café 28 • Nes.te grupo somente alguns granéis · 100 inu
toneladas. Neste ano, 74 portos tinham movimento anual in-
mantiveram seus fluxos estáveis (sal e carvão) ou crescentes (café), no ferior a 2 mil toneladas sendo por conseguinte a grande maioria dos
período '1955-1966. A partir de 1966 houve recuperação do transporte portos brasileiros in~igni.Íicante do pon~o de vista ecoi:ômico 29 • É claro
·marítimo. para algumas mercadorias. Com efeito, carvão, sal, madeira e aue a redução do numero de portos nao reflete por si mesma i:i- que~a
café tiveram acréscimos nas quantidades transportadas. Em 1970 a. violenta no movimento de carga marítima, em virtude da proliferaçao
maqéira e o trigo alcançaram, também, mais de 100 mil toneladas trans~ de pequenos portos. Analisando-se, entretanto, a subst_ancial perd~ de
portadas. Na_..tabela--iõ'-:-acha-se discriminado· o movimenta·· de -car carga dos portos importantes situados nas áreas n;a~s desenvc;ilvidas
.se~a pelas principaís---1n.ei;cadorias, para o ....período--1955-'1970-.·
qo País, verifica-se que o colapso do sistema_ portuario nada flc_ou a
___'--:=~· Na perspectiva histórica traçada, a situação dos portos acompanhou, dever àquele da navegação costeira. ~o~ efei!_o, os portos do Ri? de
evidentemente, o processo de desagregação da navegação costeira. Assim;' Janeiro e santos foram os grandes :PreJudlc~c!o_s,l com perda:s superiort::s
o número de portos que em 1955 era de 142, reduziu-se para 127 e ..• ~ 50% no período 1955-1960 .. Ga~essaltar__q:ue_~~
Iilento de....carga .geI-ªLnos_. do1s-ma1orces--por-tos-.de-P·ai:s-I-01--muátG--mais
GEIPOT-BIRD. Brazil transport survey - Dralt report on coastal shippinl
27
Netherlands Engeneering Consultants (NEDECO), Haia, 1966.
~olen.t.ª'-~;rn_r~laç~Q.._aos d~slo~a_:rn.entos . par_a_os_p.o.r.t.o.s . situad.os-no...Suldo.
28 O tráfego de cabotagem de madeira sofreu uma recuperação. no ano de 1967Í
alcançando o volume de 108 mil toneladas persistindo no acréscimo até alcançar 124 mil 29 Comissão da Marinha Mercante (CMM). Aspectos da na~egação marítima brasi-
toneladas em 1969. Em 1970, no entanto, verificou-se uma redução. para 101 mil toneladas, leira. Rio de Janeiro, set. 1967.
44 45
,,-Cc:T'' 1
.~ :~~· ~ ::·:_,~,...:-_.,_' .~2~:·;:. ~::;:_·,:_::;: -:.:.::~:·::- :~:~ ~(",2--.:·.:.. ~ ::·~ _: ~- ~~::"·:-~-, ~ -.~ .-,: : ·: -"'-'.· ·;~.---~ ~- ºº~~~-~·:,-~-~-,.-~·::;;< :;.~ :.,~ c;,~'-):;;;:ç~~~o;:_~.,s:~~.,::;_x_;::,ç;:_;._s:_::ç;;_::ç:c:.;Gc.c·~x:;~:ç~:SS'O::· ;.o;.,..:::~;::_-:-:s'.~..'~:?-~c,;f:<.-:-.:,·~_,~.:~,5~,:::_,_ ~--;<- :.:;.:.~--:: ~-_: __ ._:::--~~:~ ·)-_:.':'..2-~:::."'-.: ::_.:::·;:);:::~.)~:·-~-:.:~~ -"::...~< ;~~:-:~~~~~:=~~;-:,::~;:Ç:;~~~~~Q~:_i-;'2_{;:~:~:Q:g~:-~:~~~~::;;.~;_~,:~:i:-;iS;-~~~:<"/,i:"'~~;X-~';J[!
~ E ~ ~ ~ ~ ~~ ! ~ ~
~ ~ ~
sa~ !
~ ~ ~ ~
! 1
~ ~
. ~i~~od~01,~~o~mc~~:~~n~~~ ;u~ir~~if i~~~~~O-~gs s~\~~~~~i~avJ;
j carga realizados na parte mais desenvolvida do Pais 30 •
I;
"' "' .... _ _
]"'
i · ·A grande dispersão de portos no litoral brasileiro, que atenderam às
i necessidade.s de integração longitudinal no passado, representa atual-
" ............
o ! mente, face à evolução tecnológica do transporte marítimo; um :obstá- ~
· culo à concepção racional de um sistema· portuário moderno . Tendo em 8§'
~
o" . vista as importantes modificações introduzidas nos navios, no sentido de ~~
especialização do transporte, e o aumento de suas capacidades, torna-se ~~
cada ~ez mais importante a limitação do número de pontos de contato i~.·.-.:.
wmos fluxos nacionais e internacionais de elevada concentração de i:i~
tráfego. Os grandes portos adquirem, assim, funções de polarização re- ~'
gional, drenando tráfego dos portos secundários. As modificações estru- ~
turais no transporte marítimo condicionaram, desta forma, modifica- :oo
7
ções importantes na economia portuária. Infelizmente os portos brasi- ~
·
leiros não acompanharam adequadamente a recente revolução tecno-
lógica do transporte marítimo. Envolvidos, quase sempre, pelos espaços
1~
urbanos centrais, não dispõem de uma retaguarda para localizações ~~
o .... 1 o industriais, pátios de depósito de cofres de carga ou outros lotes unifi- ::3-
-~ "' cados de carga geral, silos para as mercadorias granelizadas, espaço i.J.·
E-<
para instalações especializadas de embarque, etc. Isto significa que a ~·
........ .... 1 sua proçlutividad~ é geralmente baixa.. - · •;,
·- . A/liabela l'i'mostra para o ano de 1970 um índice de produtividade §
carga geral (tonelagem movimentada por metro linear de cais e f;
o . no) de cinco impórtantes portos brasileiros. Todos situam-se abai- ,?
t>~_..:•-·~,.•.~·:..·:.
•"C\';)
"' "' . . 'Q.e um í.ndice. de 700 toneladas, considerado razoável para portos de
~màpho · médio (200 mil toneladas de carga movimentada anual-
.s§ , menté') 31 •
.§ -4. No Brasil, são denominados "portos organizados" aqueles que dis- ~
o põem de equipamentos e instalações para atender às necessidades da ,,l,~.•.·',
navegação e armazenagem de bens e que possuem uma administração '"
\ portuária. Os portos que, durante dois anos consecutivos, movimentam füE
carga superior a 150 mil toneladas podem ser considerados como perten- t,f.~ i.~_:
_ .: centes a essa categoria. A administração portuária tem a seu cargo a i::.i
! \ execução dos serviços portuários e a manutenção e reparo de suas ins- ' ~;.~..
\ talações. Sendo a exploração comercial dos portos monopólio. do Go- ~'
;verrio Federal, estabelecido por lei, este pode explorá-los: a) direta- '61'.1
)t;;ente, através do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis i.~:- .~,-·. .
. ~~NPVN); b) através_ de autarq.uias ~ederais; c) através ~e con~ess.ões i r.:
<l.
U1 '·:r ;;º-~--~_!d~~trÜ~~=~~~!:~ª:~~ª~ :~t~o~ho~~~rs~~r~~~~~~~ih-sntF--J 1
~
o
)5ão, a expans~5> e a operação portuária. Além disso, as empresas con- r~º·;~.-·;_,' •·.·_.·
46 47
1 ~
&'
~
cessionárias estão sujeitas a coÍtrole anual de seus balanços. O DNPJ; Tabela 18 -
tem que aprovar a aplicação/por parte dos portos, dos recursos pr~~ Características 'principais de exploração dos portos organizados
venientes da arrecadação d~/lraxa de Melhoramentos dos Portos, sej~}
para reparos, construção oú aquisição de equipamentos.
(' :
1 / ,, •
Portos Tipo de administração Término da concessão
Tabela p rfJ
1 - l\1anaus DNPVN (administração direta)
tndice de tonelagem movimentada de. carga geral· por metro lineaiE . 2- Belém Sociedade de Economia Mista
de cais e por ano para cinco portos brasileiros: ano de 1970 ,,, 3 - Fortaleza Sociedade de Economia Mista
-------------------------------...;.:, 1970
4 -
5 -
6 -
Natal
Cabedelo
Recife
DNPVN (administração direta)
Administração estadual
Administração estadual
2 003
1 998
7- Maceió DNPVN (administração direta)
Portos 8 - Aracaju Administração estadual 1 994
Movimento de Índlce 9 - Salvador Empresa privada 1 995
Extensão do t/metrõ linear
carga geral cais (em m) 10 - Ilhéus DNPVN (administração direta)
(em t) .,,cais/ano 11 - Vitória Administração estadual · 1 985
12 - Rio de Janeiro Sociedade de Economia Mista Pendente de Regulamentação
13 - Niterói Administração estadual 1 999
Vitória 368 747 1 504,00 245,18 14 - Angra dos Reis Administração estadual
5 656,00 233,05 1 999
Recife 1 318 104 15 - São Sebastião Administração estadual 1 994
Santos 3 704 613 8 147,15 454,71 16 - San!;os · Empresa privada
1 590,00 447,61 1 980
Paranaguá 711 699 17 - Paranaguá/Antonina Administração estadual 1 992
Rio Grande 687 850 1 870,00 367,83 18 - São Francisco do
Sul Administração estadual 2 011
FONTE: Estatística Portuária, DNPVN, 1970. Anuário estatístico, SUNAMAM, 1970. 19 - Itajàí DNPVN (administração direta)
· '20 - Imbituba Empresa privada 2 012
21- Laguna DNPVN (administração direta)
Sendo a exploração dos portos predominantemente de c~ráter nã, 22 - .Rio. Grande Administração estadual 1 994
comercial, o Governo Federal, ainda através do DNPVN, tem o pode 23 - Pelotas · Administração estadual 1 994
24 ~ Porto Alegre Administração estadual 1 994
de aprovar as tarifas portuárias. Com isto, o usuário do porto é "defen
dido" contra as tarifas consideradas desajustadas à exploração nã
comercial. O lucro de uma empresa concessionária só pode atingir _FONTE: Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, DNPVN.
taxa de 10% anuais sobre o capital investido 32 • Os portos organizad
têm as suas características principais assinaladas na.tabela 18. Observa de licenças para ~ua op.~ração; b) _Promoção de inspeçõe~ periódicas de
se, por esta tabela, que o número de sociedades de economia mista ,/segurança das embarcaçoes; c) registro do pessoal de marinha mercante
ainda muito reduzido no conjunto dos portos organizados. -Este tip i e designação das tripulaçi)es para os navios; d) supervisão técnica da
de empresa seria mais adequado à exploração comercial dos portos, co ' construção naval. ·\ /
autonomia administrativa e agressividade na expansão do mercado pa ·· A Superintendência Nacional da Marinha Mercante é entidade go-
serviços portuários . vernamental autônoma ligada, ao Ministério dos Transportes. Dentre
o controle governamental da navegação costeira é exercida atrav suas inúmeras atribuições destacam-se: a) supervisão e controle da in-
de dois órgãos: a Diretoria de Portos e Costa e a Supermtendência N dústria de construção naval; b) concessão de subsídios aos serviços
cional da Marinha Mercante (SUNAMAM). A Diretoria de Portos est. marítimos que sofrem déficits; c) concessão de licença para viagens ex-
\subordinada ao Ministério da Marinha e exerce o controle das frotas d trao!dinárias a portos nacionais ou estrangeiros; d) estabelecimento
:navegação costeira, sendo encarregada, ainda,· de uma série de taref ·· de lmhas de navegação, organização de escalas de tráfego, modificação
relacionadas à atividade dos navios mercantes tais como: a) concess~ das tarifas de transportes e dos salários do pessoal da estiva e da Marinha
Mercante; e) realização de investimentos e garantia de assistência fi-
32 A concepção da operação portuária como um serviço público não comercial apr·
nanceira com os recursos advindos do Fundo de Marinha Mercante 83 •
senta áreas conflitantes com as modernas políticas que concebem· os grandes complexos p
tuários como empresas competitivas a nível regional. Exemplos significativos são os gran 33 A partir de 30.2-70 a Taxa de Renovação da Marinha Mercante foi extinta. Em
pontos europeus ocidentais (Amsterdã, Antuérpia, Havre e
Hamburgo) que, através de contrapartida criou-se o Adicional ao Frete da Ma-rinha -Mercante (AFRMM) como re-
agressiva política comercial, disputam suas cargas em âmbito supranacional. .curso para o FMM. (Decreto-lei n. 0 1142, de 30 de dezembro de 1970).
48 49
A situação física da navegação de cabotagem, em 1970, apres~ntava-;í· : Tabela 20
se em franca recuperação com as empresas governamentais I?ossumdo 2l[i"' · Idade da frota de cabotagem em serviço: ano de 1970
navios que totalizavam 136.604 TPB e as empresas particulares 106,f; .·.
navios que representam um conjunto de 369-125 TPB (Tabela 19). Deve-~
se ressaltar que no setor privado há, ainda, proliferação de pequenas~:. N. 0 de· Percentagem
Grupo de idade TPB (TPB em relação
sociedades de armadores e firmas individuais que competem num ,com~; embarcações
ao total)
plexo mercado em que grande parte da carga é disputada atraves da'.0.
permanência da embarcação no porto. As empresas operam em sua,0
maioria com barcos de tonelagem inferior a 500 tdw 34 • A tabela 20i'. . O a 10 anos 36 148 830 29,5
mostra, por sua vez, a idade da frota cargueira de cabotagem em ser7} 10 a 20 anos 29 122 365 24,2·
viço, com as suas respectivas t~nelagens. ETI?- 1970, 53,7% da frota:: 20 a 30 anos 47 187 240 37,0
(percentagem das TPB em relaçao ao total) tinha menos de 20 anos, : 30 a 40 anos 6 15 376 3,0
0 que demonstra uma apreciável renova~ão da frota de cabotage:m,'I'.' 40 anos e mais 9 31 918 6,3
brasileira (cabe assinalar que 36 embarcaçoes correspondentes a 29,5%·;···. : Total 127 505 729 100,0
do total de TPB tinham menos de 10 anos). .·. "º
Tabela ;ef3
FONTE: SUNAMAlVL Departamento de Estudos e Planejamento - Divisão de Organização
e Estatística.
Número e tonelagem das embarcações oficiais e particulares. em
cabotagem: ano de 1970 no total da tonelagem de sua frota: Noruega (14,3%), Reino Unido
(8,7%), Itália (8,3%) e França (7,9%). O caso da Libéria (35,8%)
Percentagem
é excepcional, visto tratar-se de frota com elevada incidência de navios
N. 0 de de outras nacionalidades que trafegam sob sua bandeira.
embarcações TPB (TPB em relação
Designação ao total) As empresas de navegação incorreram, no passado, em vultosos
_ _ _ _ _ _ __!__ _ _ _ _ _ _ __.__ _ _-:-~----'---,---:-::--::-:-,.-----..•.~. déficits, cobertos por subvenções do Governo Federal, através da Su-
136 604 · 27,0 . \'e
perintendência Nacional de Marinha Mercante. A Companhia de Na-
Oficiais 21 vegação Costeira, por exemplo, apresentou, em todas as áreas de atua-
369 125 73,0
Particulares(l) 106
:-,~~~i ' ção, receitas invariavelmente inferiores às despesas, no período que se
Total 127 505 729 100,0 ·-~-1*
·.:;::~-
· estendeu de 1961 a 1968. Convém ressaltar que a .maior pressão s::ibre
suas despesas proveio da folha de pagamentos. No que tange às em-
F_O_N_T_E_:_S_U_N_AM
__AM
__. _D_e_p_a-rt_a_m_e_n_t_o_d_e_E_s_t_u_d_Cis_e_P-la_n_e-jam--en_t_o_=_D_iv-i-sã_o_d_e_O_r_g_an-i-za_ç_.ã~,l presas particulares, o problema das depreciações não era levado em
consideração adequadamente - inúmeros navios encontravam-se tão
~i~~~!~i~::~das apenas as empresas com mais de 10 mil tpb. - <t11~•. velhos em 1965 que não necessitavam ser depreciados 35 • Os subsídios
em termos reais reduziram-se, todavia, praticamente a zero, a partir
A tabela 21 indica comparações internacionais na composição da;~ •. de 1965. Em 1970 as companhias privadas de navegação de cabota-
frota mercante por classe de tonel~g~m, ~nclusive petroleiros pa_r~ o ano4~.~ . gem operaram quase em condições de equilíbrio financeiro. Cabe lem-
de 1968. Dado a crescente especializaç_ao do trans~orte manti:r;io de.~;,. brar que, do total de carga seca transportada em· 1966 (últimos dados
longo curso - com elevada concentraçao, em um numero reduzido de:. disponí'veis), mais de 75 % foram a contribuição destas companhias.
mercadorias, da tonelagem global transportada - as grandes correntes};:·. As subvenções às empresas governamentais reduziram-se igualmen-
de tráfego apresentam cada vez mais navios especializados de alta ,ca~;}~, te no .período, muito embora continuassem elevadas até 1967, tanto
pacidade (petroleiros, graneleiros e minério-óleo) . Assim,· alguns. paises:!; · para o Lloyd Brasileiro quanto para a Costeira, cuja fusão permitiu, em
desenvolvidos e tradicionais transportadores já apresentavam neste anq'f~ . princípio, melhor aproveitamento da frota mercante e a conseqüente
grande participação percentual de unidades com mais de 20 mil tdVJ'1~ "· redução no desequilíbrio financeiro. A tabela 22 fornece, para o período
.. • . ·~_:.
1961/1970, as subvenções do Governo Federal às empresas de nave-
34 A tonelagem deadweight (tdw) representa o peso do carregamento do navio (me;. gação.
cadorias, combustível, água, lastro eventual etc.). É calculada par.a w:1' carregame~to ma,
ximo. A tonelagem bruta (TPB) representa o volume dos espaços .interiores do navio, quat
quer que seja sua utilização. 35 GEIPOT-BIRD. Brazil transport survey - Draft repor on coastal sihipping, cit.
50 51
Pe>r esta tabela pode-se observar que houve, a partir de 1964, um
declínio substancial nas subvenções concedidas às empresas de nave-
gação tomados os valores em cruzeiros constantes de 1970.:n montan-
z ~ fg g ~ ~ ~ ~ ! ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ te de ~ubvençõe~ concedidas às empresas governamentais, que em 1963
oo~"ld't~eo ~ C'\I .,... ....i C'-l ....i ....i
atingiam a 413,5\ milhões ,A.e cruzeiros, reduziram-se para 34,9 milhões,
o em 1970, havendQ_, portaJito, uma redução de quase 92% daquele total.
"'., ~ 1
't:l
Das empresas governamentais, o Lloyd Brasileiro era a que recebia maior
volume de subvenÇões; atingindo, em 1963, quase a metade das sub-
·s"8 z <O ;eo~ ;::oooo venções concedida.S\ _f;t's empresas governamentais. Seguiam-se em im-
< "' ortância as subvel'ições concedidas à Companhia de Navegação Cos-
o feira, ao Serviço de'Navegação da Amazônia36 e ao Serviço de Navegação
'° da Baía de Guru;iabara. No ano de 1970, as subvenções ao Lloyd e à
o"' costeira deixaram de existir. No que diz ::respeito às empresas privadas,
""., as subvenções peclinaram abruptamente a partir de 1964, reduzindo-se
~ z a zero, a partir de 1968, como resultado da política de racionalização
financeira do setor.
- A correção das deficiências no transporte marítimo inclui amplo )
\ programa de investimentos, reestruturação administrativa e operacional
\e qualificação dos recursos humanos, dentro das seguintes linhas de
\ç~: . 1
eo~ .... ao~ ) a) aquisição ou financiamento de navios para redução gradual de
~ .Q ~ a;) ..&' obsolescência da frota; / . ·
b) regularização das escalas e freqüência de navios nos portos, o
que possibilitará mna ·recuperação na confiança pelo sistema;
e) redução na quantidade de armadores, através da fusão em uni-
dades maiores permitindo o aumento de produtividade nos serviços;
d) melhoria organizacional das empresas e introdução de estatisti-
cas de fluxos e de sistema contábil padronizado;
· e) solução do problema dos granéis sólidos (sal, trigo, carvão, fer-
\ tilizantes) ·
' f) redução na quantidade de furtos e avarias.
...
~ Na n~;yegação de longo curso o principal problema é o da partici-
f paç.ã,º---Cla bandeira brasileira no mercado internacional de serviços de
. : naveg_!l._ç_ão,_ cuja solução depende, em grande parte, das resoluções nas
' cor.Ierências internacionais de fretes. Neste sentido, a política governa-
men@, nos últimos três anos, foi de excepcional sucesso, pois a par-
ticipação da bandeira nacional no transporte de longo curso de · mer-
cadorias atingiu cerca de 38 % no ano de 1970.
z ~ ~ ~ g ~ ~ g ~ ~ mg ~ ~ ~ ~ -::;· Maior ênfase merecem, também, os 'problemas~'de treinamento de
.., "" "" ............... rl"essoal e melhoria organizacional das empresas de longo curso e ade- ~
· quação dos navios aos novos sistemas de manipulação de carga
(containers roll-on-roll - off, lash etc.).
0
36 Pelo Decreto-lei n. 155, de 10-1-67, foi extinta a autarquia federal denominada
SNAPP (Serviços de Navegação da Amazônia e de Administração do Porto-Pará) e auto-
rizada a constituição dl!I ENASA (Empresa de Navegação da Amazônia S.A.) e da Cia.
Docas do Pará.
52
53
"w~' : . • •''•
',)
QUanto-ao setor portuário, sua recuperação depende, basicamente
da 'ieestrut~rcação adI_Il~nsitrativa OJ?e~acional e _contábil, através d~
transfoJroa..ç.ãJLdas-ativ1dades portuarias em sociedades de economia
roiStii;com poS_§!.!illltj.ades de operação mais eficiente e com autonomia i
f~eita, i~~J'Y§JYe, para realização de investimentos. Também é im- /
--
C'l o
porta}ite a__!P.od!rnização ~ e~pecialização da 3:tividade portu~ia, m_e- !
dtãílte construçao-·de termmais para os novos sistemas de mampulaçao . 1
-""'-
00
--
o Os serviços rodoviários de carga, no Brasil, são prestados por um gran-
de número de empresas com dimensões variáveis e por transportadores
individuàis. Há, portanto, para grande parte da carga transportada,
uma oferta diluída em muitas unidades de prestação de serviço que
~ ~
-
00 L':I
_.t.. (!;)... 00.. ·lô.. competem num mercado altamente concorrencial. Para o transporte
C"'I i- C'l ,...;.e
de passageiros, o mercado brasileiro é regulado por intervenções gover-
namentais, tanto na fixação das passagens, quanto na dos itinerários.
~P.ª!ª~~~[ª~() _trª-ni;;Ec:>r~_ r.~~oviário aprese!!_t~-~~c:µ_li-ª--rid_ade
de ter sua tarifa f_Q!_~ad-ª.._elil____c_onQ.1ç_o~g_-::gg___G.,gncorrência, ep.quanto que
os serv1çãsferroviários, portuários (assim como--:murtos tipos -de -carga
marttíma)= têm -as--su:as.·_ t~ififa 1ormadas-e':fn--CóndYÇõesiiionopolfstaS õil
õlígop_i)]Jªtas_ 3 7 • - - -- --- - - - - - - - - - - - ------- ------------------------
men~ºàB~;~I,1~~J~rifu9-~!e~ât~;~a~~~-~~õ~~.!?~~~~~;~. ~~!~~:=tlb
ãísslIUa partic1paçao neste atendimento e, em parte, resültâdo contmuo:
da acumulação de distorções na estrutura da demanda de serviços de\;::';:,~
transporte no País, a partir do pós-guerra e, também, decorrência da;"
conjugação de fatores peculiares ao desenvolvimento econômico bra-:
37 ·ABOUCHAR, Alan. Dia~nostic of transport situation in Brazil. Escritório de Pes-
......
...... quisa Econômica Aplicada, EPEA, Rio de Janeiro, 1967.
54 55
- '
,sileiro. Em complementação à análise feita ·anteriormente para acréscimos gerais da frota brasileira. A tabela. 23 fornece dados históricos
_sistemas ferroviário e marítimo, pode-se dizer que a expansão dos hi\ sobre a extensão da rede rodoviária e a frota de veíc11I.os, para 0 pe-
r: y_~_t_WJ,~nt_qªc~~~v~os _d~y~~~J.J2_rimeiramen~.?-~ s1:1a P!.º or ao ~- ·.~ ríodo ..l.9.5.0.:1970. _
; ?aixa de c_usfos fixo~, rêlªfIX&_~.te_às demais mõaã!ip:_ãd~ ossib ' - Paralelamente, correlacionou-se o par de variáveis aí apresentadas
,, ; ta_:1-dO, numa econom_ia !lm deseny_olviJ:nep.to, µJ.,ê,lhoL'!:1t!liz~,Ç_ao alt;r?Ul.! (cf; o gráfico 6). A extensão da rede rodoviária principal em quilô-
, ,-•N°_ ~..Ya-dos-recursus-~êassos7'E"fü.Te--giií'íao lugar, sobreveio a circunstancm -
t- · - dosseiIS'.'êüstos -vâriãvéis de prestação dos serviços terem crescido -~
metros (Y) foi colocada como dependente do número de veículos au-
tomotores (X), encontrando-se um elevado coeficiente de determinação.
um ritmo menor que os das ferrovias e da navegação costeira. ·;;e Este situou-se em 0,958 para a função melhor ajustada, um polinômio
O transporte_ rogoviâ_tio~coin.____efeito,_e_n_v.olve....op_e_r-ªções d~ . car ·a: do 3. 0 grau:
1
_~e__ d_~ca:r_g~~iJnplificad_as_::::-_~m,_g~fªl.ci_~.P~!:~ª---ª-~i;t~=;::-JJ.Ji_iJ~_ªn ·-
;:relativamente menor densidade de mao-de-obr-ª1.__Çom mveis de rem y = 3118,4 + 0,156X - 6,75.10---sx2 + 1,16.10-14X3 . ---- (6)
:• i.ieração-maIS baixos, deviclo__a ___ausê"ncia,_ no País, de fortes pres (0,04896) (2,743 .10-8) (5,027. lQ-15)
í '. §füdléaiS-riestesetor, como _!J,_()__ç_a,::;Q _!ÍQS sincilcafõSifüirítlmo· efertovian (R 2~ = 0,95760)
·•~ém diSsó,-·a--evoluç_ª9 d0$_g~µ_s_ ~~!P~Y~~a,y_eu(J:c'>fifiefie}s]?!~J,-~-~ca
f'"2_;~: ·~ur_t_Q__~flacionm.o,__g~~-ll;tfilgtu__çpro__:g:i~or __ ~~~ie!~~--~- yra - O gráfico 7 apresenta, por sua vez, regressão entre a frota de auto-
_po_rtes ma,r1~~º--~ferr2.Y!ª!:_iQ.__1!!~_ªpa,~-~~--cl~~t-_a,p~~r-~a.;:!!'~~-~o ·ritmo móveis de passageiros (Y) e a renda disponível do setor privado, para
acréscimo -dos c~~º-ª-· Essas, quando aumen avam, faziam-no ae o Brasil (X) . Pode-se observar, para o período considerado (1950/1970),
heira · desordenada e periódica para atender às pressões salariais, co elevada correlação entre estas variáveis. Cabe reserva na análise da
1
tinuando a não cobrir adequadamente os custos de prestação dos se série considerada - principalmente para os anos subseqüentes a 1966
:ços. Assim, tiveram os seus volumes déficits operacionais cobertos p - por existir uma divergência entre os dados fornecidos pelo IBGE e
. emissões, que reforçaram cumulativamente a tendência inflacioná aqueles levantados pelo GEIPOT até o ano em questão. A série elaborada
: geral. Q__transporte rodoviário_.~a.L.fillas__car.act.!;!fÍ-ª--.tiç~~-~cíf~c pelo GEIPOT é mais signüicativa, pois os critérios usados para levantar
' 9fer~c~_j;ªffi!Je:rg_m_ª.!Q!'._:rnp.!g~~--g__±egp.l~idade, bem com~enor ua o sucateamento da frota em relação aos acréscimos foram aprimorados
·.tidade de avarias nos seus deslocamenfüs:-A:Sslfu, ··os-incrementas nos estudos deste órgão enquanto que o IBGE apresenta dados de regis-
:cargageraCresuffãntes ao processo-·ae·-m:ª-us]!"~aJ.µ:~_~o foram desloc tro de veículos. Chegou-se, nesta regressão, ao seguinte resultado:
:.do.s_,_eàgfãfiãê __pãfte;-poi" cariiliinãõ; reforçando cuiiiüiãtlVãmente'
expansão rodoviária 38 • -
logeY = - 1,18630 + 1,7855 log.,X (7)
(0,086538)
·'i ~Ít~ participação do transporte rodoviário no atendimento (R 2 = 0,95727)
\ demanda acarretou acréscimos substanciais na rede rodoviária totà
i que aumentou de 64 mil quilômetros, em 1952, para 181 mil, em 197 Já o gráfico 8 apresenta a regressão entre o número de veículos
: e na frota de veículos cujo incremento, no mesmo período, foi de 5 rodoviários e o produto interno bruto para um conjunto de 19 países.
i mil para 3 . 127 mil unidades 3 9 • O crescimento da frota tradiçionalme _ Tanto a variável dependente quanto a independente foram considera-
~ te amparada nas importações - no âmbito de uma economia expo das em termos per capita, observando-se através desta cross-section
, tadora de produtos primários - sofreu um bloqueio físico com a elevada vinculação entre a dimensão da frota de veículos rodoviários e a
Grande Guerra, quando a frota existente passou a ser sobreutilizad magnitude do produto interno. Pode-se notar que para países como a
No final do conflito, a disponibilidade de divisas permitiu a impor Itália, o Reino Unido, a Austrália, a Austria, o Canadá e os Estados
ção maciça de veículos, visando não só à reposição da parcela desg Unidos, há uma proporção relativamente maior de veículos por habi-
_ _ t~da da frota como, também, ao atendimento da demanda fortemen tante em relação ao produto interno por habitante, notando-se uma dis-
,-,/-/'íi-Q'.reprimida. As importa_ções se~_r.itmQ.crescent~..até a____itn Janta posição dos pontos observados acima do padrão ajustado de relaciona-
4, ?lv 1 da indústria auto:g;rnb.ilístic_l:!,,_~§.t@ulQ__a_@_~!P.~-ªL@Rc:>_rtantíss!P:!~_ à ev mento entre as duas variáveis. Fpi ajustada uma função exponencial de
.- ,.1r:J'!'''"' _ luç~o do__nosso trans_port~ ro(:!_Q.vi~!:_io. Assim, a participação de veícul ,. tipo Y = ax, onde Y representa as diferentes frotas de veículos (núme-
· 1- naêtonaIS na frota evolum de zero porcento, em~.1Jl-5f?, para 83 %, e ro de automóveis, caminhões, ônibus e utilitários) per capita e X os
cr7-J-~97Q, revelando elevada proporção de veículos de falJricãçãõ·na-c· n. valores do PIB per capita em dólares ao custo de fatores para os países
considerados:
38 Ver cap. 7, pp. 255-57. logeY = - 10,2962 - 1,1598 log.,X
39 Os dados_ da rede rodoviária referem-se .às rodovias federais e estaduais, estando (0,093308)
cluída a rede municipal. · (R 2 = 0,90088)
56 57
Tabela 23
590,;~~ ...
1966 1 587 173 2 079 065 136 379
1 5a.... "'
..
'·· - ... -- .
.1967
1968.':'
1 784 448
1 897 968
2 37Í 838.
2 490 914
153 022
162 770
"º!-- . 5!/
1
I
80
!969 -- 2 143 192 2 770 171 170 727 1
··- ·-· ..... - 1
56
1970 2 464285 3 126 559 181 011 70
/ .. ·~s·
Jt-r:54
so, ,' 53
.. 1.
1
FQN'J.:.ES: . N. 0 de veículos: GEIPOT. Brasil transport survey. Phase 2, v. 13-B, p. 60-304 \1952
P.!!-1,'!l-~!950/1966,_
e Veí~ulos licenciaclos 1967/1970. IBGE. Extensão 'da Rede: 1952-1955 -, 50
Anuán:o estatístico do Brasil, IBGE. 1956-1966 ..,... DNER/DPO. 1967-1970 - DNER, - Di~
soo 1000 1500 2000
ººº
visão de controle rod. 'Federais e Estaduais. 2500 õ
vEi'cuLOS( EM MILHARES DE UNIDADES)
1
( ) Inclusive pick-up, jeeps e ambulâncias.
(2 ) Estimativa.
i
.. ~.,_ ·-
Tabela-de giáffco 7 · ··
Grofico 7 Brasil: frota de automóvéis e renda disponível do setor privado
período 1950-70 ··
Regressão entre o frota de automóveis e .o· rendo dispon{vel do setor \"
- -~?.· Renda disponível
privado - Brasil Frota de automóveis
à.:· Anos (em bilhões de
período 1950-1970 cruzeiros de 1970) (em milhares)
Ml.L. AUTOMÓVEIS
MIL. AUTOMÓVEIS
5 ooo 1950 42,8 254,2
1951 44,4 315,2
1952 49,4 366,4
4 ººo 1953 50,1 393,6
1954 54,8 414,9
3 000 1955 59,7 428,6
1956 61,6 445,0
1970 1957 66,5 461,5
69
,~
I " 1958 69,3 503,0
,2 ººº 68
•'
/ 1959 73,0 567,1
67,,' 1960 78,9 639,8
C6 . / 1961 91,2 757,0
65 • 1962 98,1 867,6
1963 98,5 1 037,9
/ __:, -,.·· 1964 102,7 1 236,2
/
~/ 63 1965 105,2 1 415,5
1000
1966 107,9 1 587,2
900 f
,r 62 1967 115,7 1 784,4
8 o o 1
1968 123;5 1 898,0
,, ? 61
70 o ,, 1969 138,0 2 143,2
,.,60 1970 154,2 2 464,3
600 I
. o õ9
I
I
500 r sa FONTE: Instituto Brasileiro de Economia, Centro de Contas Nacionais, FGV.
, . .;;,57 IBGE.
400 53 ~~· p•55
1
) A ênfase nas soluções rodoviárias para o transporte de carga e
52,.
, passageiros no Brasil, explicada anteriormente pela conjugação de vários
51•"
30 o 1 fatores de natureza histórica e institucional, poderá conduzir, no futuro,
f
a um. tipo de relacionamento análogo ao daqueles países, embora a
níveis bem inferiores do PIB por habitante.
Um aspecto interessante a ser examinado é aquele relativo à com-
20 o posição da frota em termos de carros de passageiros e veículos comer-
ciais em geral. O gráfico 9 apresenta um ajustamento que revela uma
tendência de evolução do peso relativo dos veículos de passageiros. As
variáveis estudadas foram a renda per capita (variável independente)
.e a relação entre carros de passageiros e veículos comerciais (variável
dependente). Observa-se, grosso modo, um acréscimo na relação car-
100 ~-~~~~L---L--""-1-~_J,---L.._J,_ _.._____.__~~-~---'-----~
ros de passageiros/veículos comerciais (caminhões pick-up~. ônibus etc.)
20 30 40 .50 60 70 60 90 100 200 300
61
RENDA D.ISPOHÍVEL. DO SE.TOR PRIVADO - ( DILHÕES CRS-1970)
à medida que aumentam os níveis de renda per capita. Esta tendência ~!
é mais nítida entre os países europeus afa.Stando-se dela os Estados '°it
Unidos. O Japão e a Itália não foram selecionados pelas suas carac- Gr&'tico 8
terísticas atípicas. O primeiro por apresentar número de carros de pas-
sageiros inferior e o segundo por ter um número excessivamente gnm.. ,~ Regressão entre o frota de ve.'culos per copito e o produto
de de carros de passeio relativamente aos veículos comerciais. O resul- ';;:
tado da regressão foi o seguinte 4 º: interno bruto per capita
comporaf.Õ o internacional
Y = (6,740 0,30416X - 0,011648X2 )
(R2 = 0,8132)
1968
A maior preferência dos usuários pelo transporte rodoviário, veri- l '
N9 VEICULOS
ficada na última década em nosso País reflete, na verdade, uma situa-}"
ção de subsídio implícito, concedido a esta modalidade através da arre-5
cadação do imposto único sobre lubrificantes e combustíveis líquidos e ';i, · 0,400
1
DtNÃr..iAR~A • •
.
SUECIA
Fl1ANÇA
'
setores da economia. A arrecadação do imposto único, com efeito, '.-~~ 0,200 AUSTRIA •
i;,•SUÍÇA
estas, com uma contribuição de apenas 2,5% para a arrecadação do :?J 0,040
imposto único em 1967, receberam uma cota de 9,4%·. Em_ 1969 as.:;~
ferrovias contribuíram com 2% e receberam a cota de 8%. -·-~~ 0,03.C BRASIL •
.Me:'x1co
_,)~Í~ :~ --
100 200 400 600 800 1000 2000 4000
40 A transformação logarítmica não foi efetuada, como em casos anteriores. PIB PEF? CAPITA
41 O De~reto-lei n. 0 1 091, de 1970, fixa em 74,5% a parcela da arrecadação do im•;_;@-:j ( us s J
posto único sobre lubrificantes e combustíveis líquidos, comprometida com o Fundo RO:)~ .
doviário Nacional; :-~·~ FONTE: ONU- STATISTICAL YEARBOOK, 1970
42 ABOUCHAR Alan A política de transportes e a inflação no Brasil. Rio de;~iÍJ;?
J~ê!,ro, EPEA, 1967. MÍm:e0 gr; -~~$.
·
_:-:~~
62 "·)t?·~4 63
Tabela dEt" ~:fico 8 - -- Gi-ótica.· g:_
Frota de veículos per capita e produto interno bruto per capita entre éJ-felO!<_Õb .de car}os de-passageiros· com'vefcu!os comsrcic:s
comparação internacional e a rendo per ·copito
0,199 FRANÇA
Noruega 2 158 0
0
NORUEGA
França 2 215 0,252
Austrália 2 269 0,363
Suíça 2 559 0,210
4 000
Canadá 2 630 0,373 ~ ººº
Suécia 2 912 Ci,281 •AUSTRÁLIA
Estados Unidos 3 956 0,495 e DINAMARCA
não guardou, muitas vezes, uma relação direta com os investimentos 3000
específicos ou com a utilização da rede e que o imposto único nunca ·
fez parte de um sistema global de encargos aos usuários dos serviços
de transporte em geral, e do rodoviário em particular 43 • As distor-
ções implícitas nos programas foram, por conseguinte, signifi-'
cativas e representaram custo social elevado para a: população brasileira:
•ISRAEL
O§ investjp:.te~.!Q8- e~-l"~~g_vias _são~~~~!l-ie_ c01~!12lexosi._pois envol- 2 000
yem uma série. de problemas. na-:Sel~ç~o d_~_:_priori~des,_ apresentafião:
geràlmente iril.pàct6s- sobtevárfüsoutros setores do sistema econômico.
JA-re~e-r?dõviárfa brásilefta ~atenaeu a tres-:f@Çoe5bâSicas:- a) IigaçõêS
[_,,..y;r J ~P.E!tudmaIS de longa díStanc1a entre os c~ptros .Jgl;>anos litor neos;
43 DAROS, José Eduardo. O problema do financiamento de obras rodoviárias
Brasil. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas Rodoviárias, 1969.
RENDA PE~_ CAPITA ( US S)
64
Tabela~9 A execução, através da contratação e supervisão de empresas cons-
Relação de carros de passageiros com veículos comerciais e
trutoras, dos programas rodoviários no âmbito federa1,· está a cargo do
pe~artamento Nacional de Est~radas d~ Rodagem _(DNER) . A implan-
per capita
taçao de novas estradas, a P8:_Vrmentaçao e melhoria, no período 1960/
comparação ·internacional 1970; por parte do DNER, sao apresentadas em termos de execução
ano de 1969 fíSica na tabela 24. O programa de obras apresentou queda brusca em
1964 (cerca-de 50%), seguindo uma política de recuperação nos anos
Relação de carros de
País Renda per capita passageiros com posteriores. Aq?-el_a que~a de~eu-se, _Princ~palmente, ao rígido controle
(em dólares) veículos comerciais das despesas publlcas (mclus1ve de mvest1mento) para enfrentar a si-
tuação caótica. criada pelo avanço do processo inflacionário em 1963.
Paraguai 195 1,046
o programa de pavimentação apresentou, nos últimos quatro anos, de-
Brasil 280 1,612 senvolvimento excepcional, atingindo, em 1970, a ordem de 2500 qui-
Colômbia 300 1,145 lômetros de acréscimo anual. Naquele- ano, segundo estimativas do
México 510 2,019 DNER, o Brasil apresentava uma rede federal implantada com extensão
Uruguai 550 1,573 aproximada de 54 mil quilômetros. Somente no âmbito federal, a ex-
Argentina 610 1,756
Grécia 680 1,741 tensão de rodovias pavimentadas atingia quilometragem da ordem de
Espanha 680 2,638 24 mil. Cabe ressaltar que, em 1960, esta extensão era de apenas 7600
Venezuela 805 2,446 .quilômetros.
Tchecoslováquia 1 140 3, 190·
Israel 1 150 2, 100
Dinamarca 1 935 3.622 Tabela 24
~::~;~ª i !~~ !:iH · 1 Rodomas - evolução da rede rodoviária federal: período 1960-70
(em quilômetros de extensão)
!r~ 1
Implantação Total da Total da Total· da
iJii:=WI
Ano básica Pavimentação rede rede rede não
1:; 1960
1961
4
2
('-)
218,0
866,8
1 703,0
537,5
implantada pavimentada
7
8
696,3
234,3
pavimentada
25
29
799,7
480,0
FONTE: Statistical Yearbook. ONU, 1971. ;l~. 1962 1 530,0 1 208,2 9 502,5 29 741,8
1963 1 651,8 932,4 10 434,2 30 464,9
1964 742,5 599,3 11 034,2 30 607,4
'b) ligações transversais __entre o interior e o litoral de longa ou cur·~t .. 1966 1 947,9 812,3 12 727,8 32 368,4
. l distância (inclÚS~_~e as rodoViãSd.e penêtrãção ou ~~i"onclraS"-) ; e) {'~ . 1967
1968
2
2
586,0
193,2
1 036,9
2 204,9
13
19
764,7
352,0
33
30
917,5
523,4
J':f ~~--ªl@entadoras nas áreas rurais. >' 1969 1 914,0 2 405,0 . 21 757,0 30 018,4
· Levando-se em consideração que essas três funções têm rande •'·tf · 1970(2) 2 000,0 2 500,0 24 237,0 29 518,4
portância ni:t.ºrnªrii.zi:i,çiã.o.da... req~_tªrito._n9.. _~@:~mª·-!~<lgral guant.Q...;
~~E_~~du~l .~ 1:?-º II11:1nicip~~~~tQJ.:!.1.ª~~.e__gjtü;jLestabe~ecer..._priorida.de a ·• FONTE: Departamento de Planejamento do DNER.
'~'.;'f-i~~~f~~-~1v~ ~s,1:i1~~J.~:iiiJl~íiil~~to~%4~v~l;~-a~:ªit~~I~~
0 ( 1) Inclui os melhoramento'!. (2) Previ~ão'.
66 67
~
~ 5.
:,..
~- '"'~.
~ \
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ C'I?
g;
tradas não encascalhadas com conseqüente dificuldade de tráfego n 'l""""I ~ ~ i::.o o ~ co 'l""""I '""'"' '""'"'
69
68
siva da infra-estrutura rodoviária, em prejuízo, muitas vezes, ·dá. f)'. organização das empresas _de transp<?rt~ rodoviário, de carga e
cuperação tecnológica e_ organizacional das ferrovias, portos e nave ·.· pàssageiros, em escalas de produçao compativeis com as novas neces-.
ção. Assim, as toneladas-quilômetro movimentadas r caminhões - sidadeS da demanda; ·.
!~r~~-'-~~:ys ª~!.~cjm.os influenciados tanto .~la eYQlll.Ç_~o~ era a eco : g) ampliação da oferta. de rod~vias ~limentadora~2 rurai~ , e~ de
!:ornia,_quanto pelos propnos investimentos na infra-estrutura rod éoloni.Zaçãó par~ p~OI!lO'~er a. mtegraça~ .de .a~eas ou reg10~s; penfencas.
Jtt ) .viana. --· .·.• aos núcleos mais dinamicos da economia nac10nal e permitir o melhor
- A escassez (e/ou não-confiabilidade) dos dados relativos aos in~e" aproveitamento da capacidade instalada na rede principal.
timentos rodoviários na rede principal, para uma série temporal ma . · . A participação dos investimentos rodoviários no total dos investi-.
longa, impede comprovação mais precisa da hipótese mencionada n . mentas em transportes, para o período 1964/1970, é indicada no anexo 2,
parágrafo anterior. Foi efetuada, todavia, uma regressão múltipla en · coro subdivisão dos investimentos na infra-estrutura rodoviária e nos
as seguintes variáveis: toneladas-quilômetro transportadas nas rodá veículos ~ut?motores. Para os prime~o~, são divididas as parcelas relati-
vias (Y) PIB (X1) e investimento na rede principal (X2 ) • A primeir vas aos niveis federal, estadual e municipal.
foi considerada como dependente de X1 e X2 e esta última foi defasada d
um ano em relação às demais. Considerado o número reduzido de obser
vações (10), o resultado da regressão foi interessante, como .ile expõe · .6. o transporte. aéreo
seguir: 47 . . ·- ~·
72 . .
73
de investimentos - sem a Óbediência a critérios eccirtô!llicos - e coll.' . , . Tabela ·27
duziram a deficiências operacionais que não se refletiam nas tarifas e ·
bradas aos usuários 49. · · ·· . '·
aéreo interno de passageiros e carga e da renda
per capita: período 1956-70
Com a reforma cambial de 1961, muitas formas de subsídios indJé
tos desapareceram, implicando reajustamentos tarifários que colocar ·
o transporte aéreo em posição mais vulnerável à competição rodoviári Passageirosª Passageiros- Tonelada.S- Renda
Anos (milhares) quilômetro quilômetro per capita
principalmente nas curtas e médias distâncias. Somente em 1968 é q · (milhões) (milhões)· (Cr$-1970)
o tráfego aéreo. de passageiros - em termos de passageiros-quilômetr
- conseguiu aproximar-se dos níveis anteriores a 1960. Deve-se not
que houve declínio persistente no número de passageiros transportad l!l56 ( ... )• 1 643,9 193,4 988,7
e, portanto, um aumento nas distâncias médias percorridas, confor 1957 ( ... )• 1 800,1 207,5 1 054,0 .
mostra a tabela 27. · 1958 4 602 1 957,1 226,3 1 053,8
Verjfica-se, com efeito, que, no período 1956-1970, houve cresci 1959 4 537 2 042,4 240,2 1 076,0
menta para o tráfego de passageiros a uma taxa médfa anual de 1,9 . 1960 4 645 2 273,3 270,0 1 131,1
enquanto a renda per capita cresceu a taxa de 3,8 %. Por outro lado, o
volUm.e de pa8sageiros transportados decresceu cumulativamente a -3%; 191H. 3 830 2 040,9 243,9 1 269,5
ao .ano. Desta forma, pode-se concluir que, para um movimento decil~ 1962 4 348 2 186,9 ,244,8 1 327,2
nante de passageiros embarcados e desembarcados nos aeroportos, o 1963 3 658 2 113,4 225,2 1 296,2
aumento ·verificado no tráfego, medido em passageiros-quilômetros, 1964 2 704 1 700,5 182,4 1 313,6
deveu-se, em parte, a um acréscimo nas distâncias médias percorridas. 1965 2 539 1 573,.6 160,8 1 307,6
O tráfego de carga, .por SUfi. vez, permaneceu estagnado nesse período
acusando taxa média de crescimento anual de 0,6%. 1966 2 742 1 691,l 166,4 1 303,2
Se consideràrmos o .período mencionado dividido em subperíod · 1967 2 896 1 797,1 174,5 1 358,9
característicos do desenvolvimento econômico brasileiro, verificamos qu •ce··· , 1968 3 129 2 085,8b 190,9 1 409,8
. entre 1966 e 1970, houve notável recuperação do tráfego aêreo com cres.:.~€~ 1969 3 069 2 063,2b 196,6b 1 530,9f
. cimentos anuais do movimento de passageiros-quilômetro e tonelada&:·~~·· 1970 3'237 2 140,lb 211,0b 1 662,If
quilômetro da ordem, respectivamente,. de 6,4% e 5,2% para um cres~\~·
menta correspondente da renda per capita de 5,5 % . Deve-se ressaltar\t
que o movimento de passageiros embarcados e desembarcados cresceu~ . Taxas de crescimento
positivamente a 6% ·ªºano nesse subperíodo. Já no subperíodo de 1961.'.~
a 1965, caracterizado como fase de ajustamento do transporte aéreo a:~~ .·
um novo realismo tarifário, veriffoaram-se taxas negativas de cresci-\f'I! · Passageiros ·Passageiros- Toneladas- Renda
Período quilômetro quilômetro per capita
menta p.ara o tráfeg.º.· de pa:ssageiros e carga, :espectivamente aa ordem.·.:····.~; . 1
de -8% e -7,7%. O movrmento de passageiros embarcados e desem·0~.
barcados, por sua vez, decresceu negativamente a -10,8% ao ano, ritmo~ •.. · 1956/1960 0,4° 8,6 8,7 3,5
este que influenciou fortemente a taxa média anual verificada pará:~ : 1961/1965 -10,8 -8,0 -7,7 0,7
o p~ríodo 1956-1970. A tabela 27 assinala igualmente que, entre 1961ik · 1966/1970 6,0 6,4 5,2' 5,5
e 1965, ó crescimento da renda per capita situou-se em 0,7% anuais, o.~~
que revelaria grande sensibilidade do tráfego aéreo às fases de recessão~ . . 1956/1970 -3,04 1,9 0,6 3,8
ec~nômica prolongada. · :.:r1 ·
É importante assinalar, finalmente, que, apresentando tantas dis:~~ FONTES: DAC. Análise de indústria do transporte aéreo comer.11ial brasileiro. FGV. Con-
juntura Económica, v. 25, n. 0 9, 1971.
torções na parte operacional e na política tarifária, tornava-se impos?;~~ .·
~ível ~onsiderar a: demanda como fator b,~ico de dete:minaçã~ dos;:f€ ·> • Inclui o tráfego internacional regular.
mvestrmentos de infra-estrutura aeroportuana. Com efeito, as distor·}i:, b Foi incluído o tráfego de cabotagem realizado nas linhas internacionais.
• A taxa de crescimento refere-se ao biênio 1958/1960.
·<~-· d Refem-se ao período 1958/1970.
. 49 DAROS, Eduardo José. Os transportes no Brasil. Revista Brasileira de Transportei,:~':&.· • Dados não disponíveis.
1
Rio de .Janeiro, 2 (1) :23-36, jan./mar. 1967. · ··~3(i, · · Estimativa preliminar.
,. . .-~~}~~.. ;:·
··_,'.)~ '. :·
74 ~.':'\ff .. 75
·;~l~.
ções havidas nos custos de prestação de serviços aéreos e seus reflex · , .
Tabela 28
~~ tarifas cobradas aos usuários, pelas razões já citadas ~ além da po}í _,
t1ca de subvenções e a inexistência ou insignificância das taxas de utili' aéreo de passageiros em 1968 comparações internacionais
zaç~'? das instalações aeroportuárias - levaram a um escalonament ·
def1c1ente das prioridades de investimento em infra-estrutura. Isto po A) Número B)_Número C) Passa.. :Ó) Assentos
que essas prioridades pouca relação tinham com a possibilidade de evo de de geiros- disponíveis E) Aprovei-
lução de demanda real pelos serviços aéreos ou com a potencialidad Países empresas aviões quilômetro (milhões) tamento
da geração de tráfego~ - . . . •- - comerciais (milhões) (C/D) (%)
b d
0 aproveitamento dos assentos oferecidos pelas aeronaves comerCia:·
tem-se portado de forma irregular no Brasil, podendo-se dizer, entre
tanto, que a relação entre passageiros-quilômetro efetivamente utilizad Estados Unidos 15 1 771 · 139 350 258 839 53,8
e os assentos disponíveis foi relativamente baixa no passado, muit Canadá . 5 196 6 049 9 902 . 61,1
_ Alemanha Federal 1 66 818
embora, atualmente, situe-se em boa posição quando comparada com _ · -Frari.çad · 1 115
1 458 56;1
829 1 275 65,0
de outros países. A tabela 28 fornece alguns dados internacionai.S com. Reino Unido 2 125 1 438 2 341 61,4
parativos para o ano de 1968, sendo que para 11 países, inclusive Itália 1 - 93 922 1 562 59,0
Brasil, foram consideradas, somente, as empresas filiadas à IATA. lndia 2 80 1 352 2 136 63,3
mesma tabela apresenta os seguintes elementos: a) número ·de. empre Argentina 1 24 499 754 66,2
México 1 14 577 989 58,3
sas; b) número de aviões comerciais; c) passageiros-quilômetro trans Japão·· 1 44 1 909 2 637 72.4
portados; d) assentos-quilômetro disponíveis; e) coeficiente de aprovei Brasil 3 186 1 894 3 236 58;5
tamento, qual seja, a relação percentual entre c .e .d.
Cabe lembrar que o índice de aproveitamento, quando: excessiv FONTE:_ !ATA, World Air Transport Statistics n. 13. 1968.
mente elevado nas linhas regulares, pode revelar· incapacidade do trans: .~Foram consideradas somente as empresas filiadas a IATA.
porte aéreo para fazer frente aos "piques" sazonais, pois a relação entr 1.:Foram _compufados todos os aviões das companhias, inclusive os ligados ao tráfego interna-
os assentos oferecidos e utilizados. é média anual. Assim; o aproveita cional.
menta médio muito elevado pode significar qué os serviços aéreos sã 0 Somente- sobre· tráfego doméstico .
inadequados para atender aos movimentos reais e potenciais na de],lla . . ·d .Foram co~putados somente dados referentes a Air France.
da em estações mais favoráveis .. Por outro lado, íhdices baixos de apr .
---,______~-
veitamento revelam a existência de capacidade para prestação de se ·
viços superior às necessidades concretas e potenciais de crescimento
tráfego. Com isto, torna-se evidente que existe subutiliz1;1ção dos eq Cabe res~a~tar, finalmente, que o baixo aproveitamento das aero-
nav~. ;come:s('.ia1s provo:ou, ao longo do tempo; despesas adicionais de
pamentos disponíveis, com reflexos de baixa produtividade, meficiêhc
e custos elevados para prestação dos serviços 50 • ._ ..
a_dmmistraçao e operaçao que se traduziram em: a) ociosidade de pes..:
-soai e~pFegado; b) consumo desnecessário de combustível e lubrifican-
Deve-se ter presente, ainda, que o índice de aproveitamento refere ~s; e) . consumo desnecessário de peças de reposição e acessórios 51 •
se sempre à determinada média de utilização diária das aeronaves. Ist
significa que podem haver índices de aproveitamento elevados que, a O &"ráfico 10 apresenta regressão. entre o tráfego aéreo interno de
invés de refletir boa adequação da oferta à dem;:m.da, ·;io contrário, sã_ pa.ss~geiros e o produto interno bruto para um grupo de 22 países,
resultados de baixa utilização horária do equipamento .. No caso br · re;at1va~ente ao ano de 1968. Para não levar em consideração, no
sileiro, os coeficientes de aproveitamento, relativamente baixo~ no p _ _trafeg~ mterno, problemas de extensão territorial, preferiu-se utilizar
sado, foram associados, ainda, a médias de utilização de equipament o movrmen~o expr_e~so em termos de passageiros transportados ao invés
nem sempre satisfatórias. A excessiva diversificação da ..frota .. (glo de__ :i,:iassageiros-qmlometro e consideraram-se as variáveis, dependente
mente e dentro. de cada empresa)· e sua inadequação à infra-estrut · e .mdependente,. em ter::nos per capita . •Embora a disposição dos pontos
aeroportuária fizeram com que os índices de aproveitamento assoe· obsei:_va~os esteJa r~lat1vam~nte dispersa no diagrama, pode-se notar
dos aos índices de utilização horária dos equipamentos tornassem tendenc1~ de evoluçao no trafe~o interno de passageiros em relação ao
indicadores de uma inadaptação crônica da oferta à demanda, existen prod~to mt~rn_o bruto per capzt'!', segundo uma função de tipo expo-
e potencial, pelos serviços aéreos . · nencial. F01 aJustada uma funçao exponencial do tipo Y = aX.b, onde
76 7.7
··;,;-
.--:t;~
Grdfico . 1ô
Y representa o tráfego aéreo interno medido em passageiros per capitâf:.":f _... ·.
e X os valores do PIB per capita em dólares para os 22 países COnsi~~I .· ··
derados: ' ;;:ri . ~~gressl!o · entre o tra'tego aéreo interno de
passageiros per capita
logcY = - 10,622 + 1,1800 log.,X (11)"'&. • ·. · e o produto interno .per copito
(0,13370)
(R2 = 0,7957)
.:1. ' ~-~"-'-'--=-
ano de 196 8
·_~,~~~% PASS PER CAPITA
A década de 1950 caracterizou-se, como foi assinalado, por uma fase .. ALEMA~IHA
OCIDENTAL
.0,040
crescimento do tráfego, favorecendo a sobrevivência de numerosas em -. ARüENTINA
• JA PAO
presas. A proliferação fez com que se cheg~e. no final. desta dé • BRASIL
terizou, por sua vez, o período 1957-1960, a par do crescimento do tráfegQt~ Q,020
:.~
Tabela do gráfico 10 - .-.
Tabela 29
81
80
Tabela 31
Méd.ia-alta densidade
Manaus-Rio 24 878
Manails-Belém 1,6 7,9
20 067 1,3 6,4
Manaus-Brasília 11 433
Recife-Fortaleza 0,7 37
38 231 2,4 i2'.2
Recife-Salvador 35 326
Recife-Congonhas 2!2 11,3
21 969 1,4 7I
Recife-Natal.
Rio-Fortalei;a
16 763
23 197
ü · s'.·4
Rio-Belém 1,5 ·7,4
27 M~ 1,7 8,8
CampinaS-Congonhas 11 499
Belém-Fortaleza 0,7 3,7
12 897 0,8 4,1
Salvadoi-Congonhas 25 548
Congonhas-Brasília 1,6 8,2
28 519 1,8 9,1
o Congonhas-Campina Grande 14 780 0,9 4,7
j Subtotal 312 751 HJ,7
z 100,0
Baixa densidade
llfansms-Fortaleza 2 805
Manaus-Recife 0,18 2,8
469 0,03 0,5
Mauaus-Carnpirnis · 11
.J\fanarni-Congonbas 0,001 0,01
2 768 0,17 2,8
: ManaUS-Natal 76
·. Rerife-Aracaju 0,005 0,1
5 588 0,35 5,6
"'.
o
. Recife-Campinas
131 0,008 0,1
Recife-Belém
~ , Recife-Bra.sflia
9 768
3 349
0,62
0,21
9,9
Aracaju-Fortaleza 3,4
Aracaju-Rio 482 0,03 0,5
5 867 0,37 59
Aracaju-Campinas 29
Aracaju-Salvador 0,002 0:03
5 342 0,34 5,4
Aracaju-Congonhas 1 006 0,06 1,0
82
83
-~ :·
(concl i>oteneial de geração de tráfego, para a realização de serviços em áreas
pioneiras onde a infra-estrutura é rudimentar, há necessidade premente
Passageiros N. 0 de % total·_
do e$calonamento dos düerentes tipos de -serviços a serem prestados.
passageiros de
(dois sentidos) passageiros _ .. :ra.r~ a próxima década é provávE!_l qu~, _çoll! equipamentos mais
··.rápidos e óferecendó rriaior. capacidade_ ~e tráfego, o tr::nsporte aéreo
.' 0,009 0,1 tenda a fortalecer seu poder de compet1çao com as demaIS modalidades
Aracaju~°I'fa tal 144
5 512 0,3ii_ 5,6 de transportes, principalmente a rodoviária, apresentando vantagens
Rio-Campinas 5;2
Rio-Campina Grande 3 036 0,32 rias rotas de longa distância. Poderá apresentar vantagens, inclusive,
0,51 8,1
Rio-Natal 8 053
0,001 0,01 em ligações de curta e média _distância, desde que sejam organizados
Campinas-Fortaleza 8 serviços regulares com equipamento adequado em cidades com mais de
263 0,02 0,3
Campinas-Salvador 0,05 0,7 100 mil habitantes, por exemplo, acompanhando os processos de urba-
Campinas-Porto Alegre 742
88 0,006 0,1 nização rápida e de descentralização industrial e comercial que já co-
Campinas-Campina Grande 0,0001 0,01
Campinas-N atai 2 meçam a verificar-se, principalmente no centro-sul do País (Tab. 32) .
4 0;0003 0,01
Belém-Salvador 0,27 4,4 Cabe ressaltar que, se de um lado, a forte tendência à· urbanização e ao
Belém-Congonhas 4 269
4 697 0,30 4,8 crescimento das grandes áreas metropolitanas reduz, de certa forma,
Belém-Brasília 0,05 0,7
Belém-Natal 724 os pontos geradores de tráfego, fazendo com que o potencial de deman-
3 621 0;35 'fJ,7
Salvador-Fortaleza
8 929 0,56 9,03 da seja nelas mais concentrado e reflita-se mais nas possibilidades de
Salvador-Brasília 0,06 1,0 geração de tráfego para rotas principais de média e longa distância, de
Salvador-Natal 998
4 407 0,28 4,4 outro lado a tendência de desconcentração industrial ou de interioriza-
Congonhas-Fortaleza 0,10 1,6
Congonhas-N a tal 1 581
0,20. 3,2 ção de . determinadas atividades econômicas poderá constituir-se num
Brasília-Fortaleza 3 180 grande potencial de operação para linhas alimentadoras.
6 891 0,43 7,0
Na tal-Fortaleza
. Desta forma, torna-se evidente que a evolução do transporte aéreo
Subtotal 98 840 6,24 roo, o deverá obedecer a uma adequação da capacidade dos equipamentos à
escala de prestação dos serviços, com conseqüentes ganhos de produti-
Total Gemi 1 585 350 100,0·" vidade do serviço prestado, por equipamento e por pessoal empregado.
Aludida adequação deverá levar em conta as densidades do tráfego nas
FONTES: Ministério da Aeronáutica - DepartamE.nto de Aviação Ciyil .. Ministério dot rotas, suas etapas médias e os índices resultantes de aproveitamento
ótimo do equipamento.
nejamento e Coordenação-Geral (IPEA) - Setor de Transportes. ·
As escalas de prestação de serviço deverão ser situadas basicamente
dos econômicos satisfatórios. Tal observação é válida para os _casos nos seguintes níveis: a) serviços regulares em rotas principais; b) ser-
Paraense e da SADIA, sendo que a primeira, efetivam~nte, -ym-se viços regulares em rotas secundárias e terciárias (menores densidades
possibilitada de operar, após haver onerado ~ubs~ancialm~nte o· ·de tráfego em etapas mais reduzidas, alimentando as rotas principais);
souro Nacional. Em 1969 entraram em operaçao cmco. Bc::emg 737! e) serviços de táxi aéreo não regulares; d) serviços de pequenos aviões
VASP. A frota de aviões a jato puro neste ano era const1tu1da de: c!ll. privados.
Boeing 737 (VASP), dois One Eleven (V ASP) e sete Caravelle (Cruze1r Tendo em msta essa divisão, as empresas aéreas deverão orientar-se
Os principais problemas relativos ao mer~ado interno brasileirC? re, no sentido 'da especialização em determinada escala e/ou numa divisão
rem-se, primeiramente, à grande concentraçao da õer;ianda em num regional de trabalho, para que haja maior produtividade e melhor apro-
reduzido de ligações. Com efeito, cerca de 75 % do n11:me~o d~ passa veitamento do equipamento existente no País. Como a demanda nas
ros deslocados nos dois sentidos concentram-se em seis 11gaçoes d~ . rotas prii.Lcipais poderá crescer num ritmo menor do que a capacidade
densidade de tráfego (Tab. 31)6 4 • Por outr~ lado, haven_do necess1d oferecida, dentro dos programas pretendidos de reequipamento, e sen-
de manter ligações de média e longa distâncias com localidades de f do ·o mercado brasileiro para os serviços internos de transporte aéreo,
de dimensões restritas e instáveis, torna-~e evidente a necessidade de
54 A tabela 31 mostra que para 54 ligações troncai~ _(inte~ligari~o .as capita" s~ promover fusões de empresas e/ou especializações para que os ser-
estados entre si, com a capital federal ou com aeroporotos pr~xunos as.. c11p_:ita1s - Caro VIços seja,m_p:restados com maior eficiência. . _
e Campina Grande por exemplo) apenas seis classificam-se como hgaçoes de alta· d
dade respondendo ~or 74% do movimento de passageiros. Somente a Ponte Aérea A situação financeira das empresas aéreas foi, tradicionalmente, de
Congonhas responde por aproximadamente 50% daquele movimento. graves desequilíbrios. Tais desequilíbrios eram cobertos, parcialmente,
84 85
através de subvenções concedidas pelo Governo Federal, que compreen-
Tabela 32 ;; diam diver~os tipos de ,transf~r~ncias d~ recu~sos às empresas, a saber: ,
· · lação ao tráfego aéreo a) subvençoes para estimul_ç> a mteg~açao ni;cion~l (Rede _de l?.tegração
. . nt· das· populações
·erescime o
total .e u-rbana em re. . . ·
doméstico: penado 1956·70
· . . · · · . . ')
- Nacional-RIN); b)A Sl.1;bvençoes para hnhas ae:e.a~ mt~rnaci<?nais; ~) suJ::>~
'.venções. de emergencia, para cobertura de deficits financeiros nao pre-
vistos. . .
~w
. Tráfego aéreo
População
urbana . Além destas, as empresas aéreas recebiam, ainda, dotações diretas
\ Pop-'°
· · (em 1 000 . t/kII). . para reequipamentos e auxílios governamentais diversos - na forma de
'Anos (em 1 000 pass./km
· . ·. hab.). ·. bab.) · . (milhões)
(milhões) . concessão de avais em nome do Tesouro - para reequipamentos, isen-
çõe.s· tributárias e subsídios indiretos já descritos. A evolução das sub-
.1 634,9 193,4 . venções correntes do Governo Federal às empresas aéreas, para o período
61 837,5 26 350,5 · 1961-1970, estão indicadas na tabela 33.
1956 1 800,1 207,5
63 689,8 27 793,3 .· , .. Jnclµindo o tráfego internacional, os-serviços àéreos apresentaram
1957 .l 9&7,1 226,3
. 65 608,7 . 29 296;3. até 1967 resultados financeiros negativos, com despesas de operação
1958 2 042,4 240,2
.67 597.,1 30 854,4 $istematicamente superiores às receitas. Tais resultados atingiram seu
1959 2 273,3 270,0
· 1960 . 69 658,1' 32 486,9 J ·· mâximo em 1962 (163,3 milhões a preços de. 1970) declinando substan-
2 040,9 243,9
1961 .71 962,3 34 .153,7 cialmente a partir de 1964, como resultado das medidas governamentais
2 186,9 244,8·
. 74 208,7 35 882,9 rinpost.as ao setor· 55 • Como foi assinalado, grande parte dos déficits era
. 1962' 225,2
76 ,538,~ 37 678,2 2 113,4 ·coberta através das. subvenções diretas. Mesmo com recuperação finan-
1963 182,4
78 954,3 39 533;2 .. 1 700,6 ceira iniciada após 1964, as subvenções como percentagem dos déficits
1964 160,8 ainda eram elevadas (Tab. 33). Posto que, ãnterioi"m.ente, parte dos
41 416,6 1 573,6
1965 . 81 460,8
43 41d,O · 1 69i,6 l66,4 · déficits acumulados pel.as empresas não eram cobertos pelos recursos
84. 062,3
·1955
1 797,1 174,5 governamentais diretos, é de se crer que até 1964 tenha ocorrido intenso
86 763,0 45. 44~,1
.'196.7
2 OS5,.8<1l 19(),?(1) processo de d~capitalização das empresas aéreas. Isto parece significar
47 53i,2
1968 89 .1567,6
2 .063,2(1) 196,6(1)·. que, :no período de recuperação, os recursos oriundos das subvenções
92 4~1,1. 49 ti88,4 · estariam sendo útilizados, provavelmente para uma compensação ·do
1969 2 140,1(1) 211,ocn
93 204,4. 52 098,5 processo de descapitalização cias empresas.
i970
. A _partir de 1964, portanto, passaram a ser defih_idos objetivos clarÔs
quanto à necessidade. de minimizar os déficits de operação das empresas
Taxas de .crescimento ·aéreas, através de programação adequada de linhas e vôos. At.ualmente. ·
foram praticamente suprimidas as subvenções diretas às empresas, com
Popu1o<~
Tráfego aéreo . exceção das subvenções RIN, cuja finalidade é compensar perdas opera-
População
período \ total ·urbana -ciouais em linhas de baixa densidade de tráfego, necessárias à integra-
pass./km t/km
1 cão nacional. Os resultados financeiros positivos das empresas, em- seu
. conjunto, e a supressão das subvenções -governamentais-não implicazn
8,6. 8,7 necessariamente em situação de solidez empresarial, apesar da inegável
0,.2 5,3
1956/1960 -7,7
3,2 5,0 -8,0 recuperação verificada no conjunto, pois os compromissos para o paga- .
1961/1965 5;2 mento de reequipamento no exterior são elevados e dependem direta-
4;7 6,4
1966/1969 312
5,0 1,9 0,6 . . mente das receitas das empresas. Os compromissos das empresas são
1956/1970 3,0 pagos, como se sabe, .em funç·ão de um percentual sobre a receita, em
relação ao ano anterior.
as Na.cionais - FGV. Ministério. do Planejame~to
FON'.I'ES: Centro de Cont t a'reo comercial
· · Aná. lise ·da _·indústria do transpor e. (;
nação-Geral-IPEA/Demograf1a. ó5 Ministério da Aeronáutica, Departamento da Aeronáutica Civil, DAC. Análise da
leiro. DAc.· · · . . . . . . . ~ituação ecowSnlica da indústria do transporte aéreo brasileiro. cit.
m Inclµ.i tráfego. de .ca~.otagem das linhas internac1onms.
87
86
-·· - - - - -- - ____ ... _- _.._ __ -- __ ._ ~- ''- - ··~~---·--~--~~~.~~---.~-- -
-
(1)
l o.
o
~
""~
"'l.
co
...,_
"'
..,
....,. ...._
,.__
.....,.,._
ll'....<
a;
"'
~
1
ll'<
'. rsto significava que os custos reais totais, incluindo os juros e a depre-
dação dos equipamentos de vôo, além dos gastos fixos de administra-
ção das empresas, deveriam ser cobertos gradativamente pelas tarifas."
, .:Além. disso houve, também, uma tomada de consciência, em relação à
....~-
o
..... ~
g
- .,,
~
t:s "'..; .,, "' .,
00 .õ
· operação dos _aeroportos. Esta :epresentari~, igu~lmente, custo real que
.e o
"'
00
~
.,,
... 00
.õ -
<J!j
~
,._
.,.
.,.
~
.,.q,., -
...
·"'
~
.......
,._ infra-estrutura dos aeroportos e a segurança do vôo deveriam ser asse-
guradas. Sem isto, haveria sempre o perigo de favorecer o transporte
-ª
~
(1)
"""
~
-
o
t-
O)
º- - .,,....
'°·
"'
O>
ô
"'
00
~ ·.~
~
"'
·;i·
~
...
00
aéreo, caso esses elementos não fossem computados no custo de pres-
tação dos serviços. Sabia-se, entretanto, que deveriam ser separados os
custos. de irµra-estrutura relativos às necessidades de caráter puramente
. (1) .-1 "'~ QO
~ o .., "' militar.
«> <::::>
~ "'
-t:s ~ Ou:tro aspecto que passou a merecer consideração das autoridades
.... ......
c:o ,,_.
l'll
o ...._ .....:· oo•
~· ~
"'l. governamentais foi o referente às subvenções concedidas ao transporte
t:s
t> . . . ......Q)i:.;;i
O)
o "'~ "'a;
.,. .,. "'
~
.,.; co
C'r.I ô.,. "' "'
...
O> "'
o
1
;::i '° aéreo.. Não haveria, na verdade, justificativa para que o transporte aéreo
~.g ::s
C'r.I
fosse subvencionado direta ou indiretamente. A inexistência ou pequena
clS
....... i::.:. ,o ...
i:-.
~ ll',._< .. ~ signüícância das taxas de utilização dos serviços aeroportuários ( para
~
Q)
E-t
o"""
~(\)
lo. ~
~ ..
~
l'll
Q)
- ~
.,,
;i
o
..:
"'
....a;
QO
00
•Õ
"''°
....o . ...ct·
00
"' 7
ô
~
Oõ
'° \1suários e . empresas) constituíam elemento adicional de sustentação
do irrealismo tarifário. O panorama da aviação comercial na época não
og
º-~ ......
o t:s E
~
-
tO
.e:
o
.,
ô
.,
.,.
,,; ""
,,;
"' -
"'
:e"
...,_
"',._
<O
.,
~
"'
.,
,,;
1 ·~
~
~
. !-
...
-
ll'<_ permitiria. corte abrupto das subvenções governamentais diretas, mas era
necessário que estas fossem gradativamente diminuídas e concedidas
apenàs nos casos de objetivos claramente definidos, através da perma-
s
-s ""
(1)
lo.
"""
o
._,.
Q)
"!.
"'
co
..:
..g "'...
o
"'
...,_
.,.
o
.,,
"'ô
QO
~
-
::i
~
"'~ ci
<
i:i
.1
:µência dos serviços.
. Os-J)rogramas governamentais, a partir de 1964, passaram a dar ên-
fase às medidas e diretrizes que visassem à recuperação do transporte
aére.o. O Programa de Ação Econômica do Governo - PAEG - (1964-
u ···~
f 196.ô) apresentava as seguintes diretrizes principais: a) ajustamento da
~
«>.
(1) "'o
f! .,,o
m
nferta à' demanda dos serviços de transporte aéreo, através de raciona-
lO
OI
~
.,,., 8
:;;
.lização, consolidação ou redução de linhas e horários; b) desativação
8 das àerori.avés excedentes com vistas à redução do passivo das empresas;
(1)
;:::.
.o o o; "
·;; ..,
& .2l
g e) concentração dos investimentos nâ:infra-estrutura aeroportuária dos
""...
o
O:! """
:! '1!. 1l ~ aeroportos de maior densidade de tráfego; d) adoção de política sala-
f'J " -~ ".. ~ :! :l :1e. " f!· ··"'oz-
:i z
iil
i
.s
8
.,,"'.
'8.
.,
e
>
.e .,,
13.
~
:!
. .
8
:i
e.
o
.,,
"'e.
o
E
.,
·E·-
g~
.
l'ial realista, visando à redução dos déficits das empresas 66 •
O Program~ Estratégico de Desenvolvimento - PED- (1968-1970),
lS ~ .O
.
~e.
.,,.
o iil -e o por sua vez, apresentou para o setor as seguintes diretrizes ou medidas:
o
~
.,e
o
'1e!. 1g,
">"'
m
":le. .e
º$
"".2l ·~ ..
e .,,
"'"'
o
·>
.c
:::
"'>
.e
:::
.e
:::
rn
3o :i·
i:i "'
P::·
1p:: i
i:i
.e~>"
,,,-
CIJ;; '· 118 Ministério_ do Planejamento e Coordenação-Geral. Programa de ação econômica
rn
rn
..; .,; ,,;
""..,,; .; .,; ,_: QO.
"'·
.. Governo - 1964/1966. cit.
89
88
. - -·
91
90
. As r~gressões realizadas neste trabalho tiveram o intuito precípuo de
~ descrever, ao longo do texto, o processo de expansão setorial, ilustran-
.?;7? do--0 através de gráficos que representaram relações funcionais básieas
\·.entre. v:ariáveis significativas ou séries temporais~ As relações consti-
1
y'.~ tníi'am-se na generalização de conjunto de dados históricos agregados,
··· pata o Brasil e/ou cross-sections de dados comparativos internacionais.
I cabe lembrar que tais generalizações devem. ser tomadas com reserva
.. uma vez que os fenômenos econômicos examinados dependem, em geral'
·.· de uma multiplicidade de influências, o que torna extremamente com~
• .. ; plexa a observação do efeito de _uma ca~s~c[ôm interdepend~ncia de ou-
. • · tras 11s. Sabe-se que a observaçao econom1ca obedece a criterios simpli-
ficadores que explicam a realidade com maior ou menor precisão de
acordo com a coerência e consistência interna das hipóteses iniciais
traduzidas num modelo. Este tira partido dos conjuntos de dados para
confirmar hipóteses, aprofunda o entendimento dos fenômenos e é re-
visto em função do teste da realidade objetiva.
Não se pretendeu com aquelas regressões atingir, todavia, objetivos
mais ambic10sos de elaboração de modelo econométrico. Sabe-se que, a
rigor, o ponto de partida da investigação econométrica é a construção
de um modelo, que envolve a correta especüicação do fenômeno estu-
dado e do elemento estocástico que faz parte das observações, para per-
mitir a inferência estatística do conjunto de dados disponíveis 59.
·.A escolha das variáveis e relações teve, entretanto, como fundamen-
to um conjunto de hipóteses de relacionamento funcional baseado em
dados observados empiricamente, que se constituíram num sistema ele-
mentar interdependente - de alcance explicativo forçosamente limi-
tado, considerado o nível de abstração proposto - com validade apenas
para as tendências evolutivas gerais do setor de transportes. As regres-
sões foram efetuadas a partir deste sistema e as dependências consi-
deradás foram de caráter puramente funcional, abstraídos, portanto,
... os elementos aleatórios 60 • A confirmação das hipóteses permitiu identi-
}' ficar a expressão analítica das funções e, em alguns casos, dos conjuntos
:;t.ae observações que sugeriram a mesma função.
? -· Para ·o setor como um todo, as equações de regressão (1), (2), (3)
.~ (4) referentes, respectivamente, aos gráficos 1, 2, 3 e 4 do texto, foram
68
·· . Malinvaud',' E. Méthodes statistiques. de l'économetric. Paris, Dunod Éditeur, 1963.
·," 68
Cramer, J. S. Empirical econometrics, North Holland, Amsterdam, 1971.
'··. . .eo ·No caso de agregados macroeconômicos, freqüentemente não é possível utilizar mé-
${todos ..de análise estatistica mais sofisticados que o da regressão e pouca coisa pode ser
\é>".dita '&Obre os fatores residuais. A não-distinção entre a parte sistemática e aquela aleatória
~~·é,. do modelo seria possível no âmbito de .modelos estocásticos, que espeeifÍcam a distribuição
/,', _'Probabilística do fenômeno.
93
..
-~-~-
as mais relevantes e tiveram por base as hipóteses· expressas Ni;onde:6U' = t km/a~~ tr8:._nsport.~da. em fe:;rovias e /,V = passfkm/ano
guinte conjunto de equações: ;i transportado em . aVIao sao vanaveis endogenas. As t km/ano trans-
T = Z(Z) portadas por nav10s (yU) po~em ser _ob~id~ por diferença pela identi-
U = Z1(Z) dade: y =1 - (a. + f:l), considerada ms1gmficante a movimentação de
V= W(W) carga pelo transporte aéreo. ·
T= (m-r) U+ (n-s)V As expressões analíticas de cada relação funcional básica foram es-
Z=W+p+q colhidas, dentre diversas funções ajustadas, segundo o critério de me-
·. -.,::~
}hot ajustame~to, (erros-padrão dos coeficientes) e melhor coeficiente
As variáveis do sistema são: T = produto do setor de transpo ;·,_ de d~termin~çao . (R 2 ) . Chegou-se, assim, à seguinte especificação das
Z = PIB ao custo de fatores; W = renda pessoal disponível; U ·:..::. relaçbeS ·func10nais:
km/ano e V= pass/km/ano, sendo Z e W variáveis exógenas. Os pár
metros das identidades (4) e (5) que servem para completar as relaç~ = ª10 + ª11 z + ªu z:e
estruturais do sistema são, por sua vez: m = valor médio de ·U.Iif ; ª11 'ªi:e > o (1)
km/ano transportada; n = valor médio de um passjkm/ano transp9 = Z''tu • a<aso+ ass Z") ; ª:e1 > 1 , a:e2 > O (2)
tado; r = custo médio dos insumos de uma t km/ano transport = Wªst • a(aso + ass W.O)
; ª111 > 1 , ª:n > O
s = custo médio dos insumos de um pass/km/ano transportado; (3)
tributação direta menos transferências e q = depreciação. Tais pá = a40 + a41 S + a42 S
2
; a 41, a 42 > O (4)
metros são conhecidos e/ou determináveis empiricamente para fins = a51 Zª5:e. ; a52 > 1
sistema em questão. (5)
Para o transporte rodoviário, as equações de regressão = aar Wªae ; ª02 > 1 (6)
(8), (9) e (10) referentes aos gráficos 6, 7, 8 e 9 do (item
tiveram por base o sistema: (7)
R = S(S) aU =aso+ as1 Z + as:elr ; ªsi, ªse >O (8)
S = Z2(Z)
P = W1(W) {JU = a91 Zªse ; ª02 > 1 (9)
P/Q = W2(W) >.V = ª10. 1 Wª10 ·e ; ª10. 2 > 1 (10)
aU = F (Z 1 I,.) = (m - r) U + (n - s) V
Z=W+p+q (11)
s - p =W+p+q (12)
Q=Q+l p
Ir= tR =Q+1 (13)