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Daniela Emilena Santiago¹; Pedro Henrique Ribeiro Oliveira²; Amanda Karoline Suzuki³
¹ Universidade Paulista (UNIP). Assis, São Paulo, Brasil. Assistente Social, Docente dos cursos de
Psicologia e Pedagogia da Unip. Mestre em Psicologia pela Unesp e Mestre em História pela Unesp e
Doutoranda em História pela Unesp. e-mail: santiago.dani@yahoo.com.br
² Universidade Paulista (UNIP). Assis, São Paulo, Brasil. Discente do curso de Psicologia. e-mail:
pedrooliverex@gmail.com
³ Universidade Paulista (UNIP). Assis, São Paulo, Brasil. Discente do curso de Psicologia. E-mail:
amandaksuzuki@gmail.com
Seção: Humanas.
Formato: Resenha.
Introdução
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por total aversão a negros e também a grupos étnicos que fugissem do formato branco
e heterossexual de ser humano. Na verdade, o neonazismo persegue todos aqueles
que são diferentes dos padrões sociais impostos em determinadas regiões.
Assim, no Fanatismo Racista, os valores que sustentam as diferenciações vêm
de uma interpretação incorreta de que o aspecto biológico deveria definir hierarquias
sociais de importância. Assim, o que esses “fanatismos” têm em comum é que ambos
defendem que brancos são, por excelência, superiores aos negros. Por isso, negros
podem ser agredidos por brancos. No entanto, na variação neonazista, além dessa
suposta crença, encontramos ainda o entendimento de que demais minorias sociais
também devem ser subjugadas, e os grupos que mais sofrem com isso são, além dos
negros, os homoafetivos, as mulheres e até mesmo povos advindos de regiões
distintas, o que confirma esse tipo de fanatismo também como extremamente
xenofóbico. Cabe salientarmos que os atos de agressão e mesmo as mortes também
se fazem presentes neste tipo de fanatismo, e notamos, ainda, que essas expressões
não foram suprimidas do discurso contemporâneo. O texto relaciona um rol amplo de
dados que nos permitem compreender as várias expressões do fanatismo racial nos
mais diversos contextos. Também nesse caso os três textos iniciais nos remetem à
compreensão das expressões do racismo no início do século XX e também em finais
do mesmo século, ou seja, demonstram que essa conduta não foi suprimida das
sociedades contemporâneas, mesmo porque as expressões do novo nazismo têm se
ampliado. O grande contributo desse conjunto de textos é justamente asseverar como
esses fenômenos ainda estão presentes nas sociedades contemporâneas e destacar
as bases sob as quais se assentam, ou seja, interpretações incorretas de uma suposta
eugenia.
No terceiro bloco, Fanatismo Político, o texto que abre as discussões versa
sobre o Comunismo Soviético, instituído por Stalin, na Rússia, e que promoveu a
perseguição e a morte de muitas pessoas nos anos 1950. Por meio dessa leitura
somos informados de que Stalin perseguiu até mesmo pessoas vinculadas ao seu
partido político, e estendeu essa perseguição até aos amigos mais próximos,
promovendo um verdadeiro assassinato em massa e uma histeria coletiva. No
segundo texto desse bloco, a discussão que se nos apresenta é referente à Ação
Kamikaze, sendo apresentadas considerações importantes sobre os homens bomba
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2 O vento divino era uma prática em que os guerreiros japoneses se suicidavam ao enfiar uma adaga na barriga.
Essa era considerada uma morte honrosa. O livro, no entanto, não fornece detalhes dessa prática antiga e apenas
enfoca que o suicídio em prol da nação é algo fortalecido pelo vento divino e recuperado pelos kamikazes.
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práticas esportivas. No caso, o autor em ambos textos chama nossa atenção para o
fato de que o fanatismo inspira atenção, ao passo que o amor a um esporte ou a um
time de futebol resulta em atos de agressão. O último texto do bloco é o que está
especificamente voltado à realidade brasileira, ou seja, é o texto que aborda
especificamente um fenômeno inerente ao Brasil.
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Faces do Fanatismo. São Paulo:
Contexto, 2017.