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PAULO MYSZKO
PAULO MYSZKO
RESUMO
O intuito do presente artigo é refletir a respeito do aumento de casos de antissemitismo, da propagação de atos
intolerantes e neonazistas tanto através da internet quanto materialmente, explorar a necessidade de pesquisa e
ampla discussão com os alunos em sala de aula e apresentar uma alternativa para combater a onda de
intolerância, antissemitismo, revisionismo e negacionismo histórico que se propaga em vários países, inclusive
no Brasil. Com dados coletados em institutos especializados sobre o assunto, assim como após a análise crítica
do documentário ‘Marcha da Vida’, dirigido por Jéssica Sanders, este artigo tem como objetivo analisar a
importância de iniciar um amplo debate, aprofundar as pesquisas e orientar adequadamente os discentes dos
ensinos Fundamental II e Médio. Para este fim, realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as
contribuições de autores como CARNEIRO (2015), SANDERS (2010) E SILVA (2018), entre outros,
procurando enfatizar a importância da pesquisa e do conhecimento sobre o Holocausto, assim como a
necessidade do professor em abordar o tema com profundidade em sala de aula.
Introdução
A ideia de produzir o presente artigo surgiu após a divulgação de notícias sobre o
aumento de atos antissemitas e de discursos de ódio propagados através das redes sociais,
principalmente por adolescentes, que muitas vezes por desconhecerem os fatos históricos, se
deixam levar por notícias falsas ou se envolvem de certa forma com ideias intolerantes e
destrutivas, assim como da divulgação de dados estatísticos que comprovam o aumento de
atos antissemitas ao redor do mundo.
didáticos no Brasil, uma pesquisa mais aprofundada nos documentos históricos, a análise do
referido documentário e os dados de institutos reconhecidamente renomados serviram de base
para este artigo.
Desenvolvimento
Durante o início do presente ano, inúmeros ataques à judeus ocorreram em diversos
países. Esses ataques antissemitas, que em alguns casos levaram suas vítimas ao óbito, foram
pesquisados e divulgados pela AFP, agência global de notícias, a qual divulgou no mês de
maio de 2020 um relatório sobre o aumento de casos de ataques antissemitas, principalmente
nos Estados Unidos. Ao abrir o relatório, os analistas da AFP afirmam que:
Ainda com dados da AFP, em tom de alerta, a agência global de notícias, reproduz no
Brasil através da Revista Veja, outros artigos que relatam o aumento dos casos, de atos e de
atentados contra judeus ao redor do mundo. Em matéria veiculada pelo BOL/UOL Notícias,
cuja fonte também acima é citada, encontra-se o seguinte:
Os ataques, até então relatados nos EUA e no Reino Unido tomaram as redes sociais
quando durante o início do ano de 2020, o rabino Gilberto Venturas, presidente da Sinagoga
Sem Fronteiras, denunciou criminalmente junto às autoridades competentes inúmeros ataques
virtuais à comunidade judaica brasileira, além de algumas pichações neonazistas em templos
judaicos no Nordeste Brasileiro. O rabino também realizou transmissões ao vivo abordando o
tema e denunciando atos de racismo, antissemitismo, intolerância religiosa e discriminação.
Ao professor que irá se deparar com livros didáticos que abordam superficialmente
essa questão, se faz necessário um complemento científico para que uma nova geração não
veja o neonazismo como algo forte e poderoso, mas sim como algo terrível, maléfico e que
deve ser combatido a cada geração.
Para aqueles que buscam material sobre o Holocausto, um dos institutos está
localizado no Brasil, na cidade de São Paulo, no Memorial da Imigração Judaica. Trata-se do
Instituto Memorial do Holocausto. Um local com amplo acervo interativo e audiovisual,
fotos, vídeos, objetos da época e instalações, aberto a visitações e com material disponível
virtualmente para pesquisas sobre o assunto. Dentre a justificativa do memorial se encontram
as seguintes palavras:
Vale ressaltar também o vasto arquivo virtual mantido pelo Instituto Arqshoah –
Holocausto e Antissemitismo, que estabelece um trabalho à frente da memória das vítimas do
Holocausto e dos arquivos históricos que derrubam todo o discurso revisionista e negacionista
que ganhou espaço nas redes sociais nos últimos anos. Como nas próprias palavras dos
representantes da Arqshoah, que demonstram todo seu trabalho e compromisso para com a
História:
Para completar, caso o docente queira aumentar o conhecimento de seus alunos com a
história sendo contada por sobreviventes do Holocausto e com imagens dos locais onde as
atrocidades ocorreram, numa linguagem jovem e que chegará facilmente ao entendimento dos
alunos, o documentário ‘Marcha da Vida’, dirigido por Jéssica Sanders e disponível
gratuitamente na internet através do YouTube, pode ser de grande ajuda. Como explicado em
sua sinopse:
Conclusão
REFERÊNCIAS
AFP. Novos recordes de atos antissemitas nos EUA em 2019. UOL Notícias.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2020/05/12/novo-recorde-de-
atos-antissemitas-nos-eua-em-2019.htm Acesso em: 12 nov. 2020.
somos#:~:text=Criado%20em%202006%2C%20o%20Arquivo,e%2030.09.2009%20(Proc.
Acesso em: 18 nov. 2020
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Noite dos Cristais; Arqshoah. Disponível em:
https://www.arqshoah.com/acoes-educativas/5-noite-dos-cristais. Acesso em: 18 nov. 2020.
RFI. Pesquisa revela que 84% de judeus franceses de 18 a 24 anos foram vítimas
de atos antissemitas. G1/Globo.com. Disponível em:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/21/pesquisa-revela-que-84-de-judeus-franceses-
de-18-a-24-anos-foram-vitimas-de-atos-antissemitas.ghtml Acesso em: 02 nov. 2020.
VAINFAS, Ronaldo [et al], História.doc – Manual do Professor. Saraiva. São Paulo.
2015