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LAURO DE FREITAS-BA
2024
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Os muares são animas inférteis por serem produtos híbridos resultantes do cruzamento
de duas espécies distintas.
São animais utilizados para trabalho e tração devido a sua rusticidade, força e
resistência.
Quando o cruzamento ocorre entre um garanhão com uma jumenta, são denominados
de bardoto ou bardota. Os bardotos são animais que possuem menor tamanho e menor
beleza zootécnica, por isto, são menos valorizados, gerando menor lucratividade para
os criadores. Já as mulas, devido sua beleza, rusticidade e versatilidade, vem ganhando
espaço no mercado da equideocultura (ARAÚJO, 2010).
Na produção de muares podem ser utilizadas três raças diferentes como o jumento
nacional, o jumento Pêga e o jumento nordestino, porém a raça mais utilizada é o
jumento Pêga.
Nas éguas a raça mais utilizada é a Quarto de Milhas, por se tratarem de animais
robustos e fortes para lida de gado e atualmente utilizados em diferentes provas,
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gerando assim animais mais robustos e resistentes com uma força de tração maior do
que apenas do jumento.
Os muares resultantes dessa cruza são dóceis e hábeis para lida bovina e principalmente
muito resistentes.
Outra raça de éguas utilizada é a Mangalarga Machador, a principal diferença desta raça
com animais da raça Quarto de Milha é a característica da marcha, o que faz com que
traga comodidade ao cavaleiro. Seu cruzamento da égua com o jumento pêga gera um
muar de grande valor econômico devido a sua beleza, rusticidade, inteligência e alto
potencial de marcha e bem valorizado (ABCCMM, GONÇALVES et al, 2012).
Por serem animais inférteis, pois os óvulos das mulas não amadurecem normalmente,
foram realizados estudos como barriga de aluguel, visto que as mulas possuem útero,
ovário e ciclo estral muito parecidos com das éguas.
Mulas são estéreis, mas existem casos raríssimos de gestação desses animais, quando a
mula herda um número par de cromossomos.
Já houve também um caso raro de uma mula emprenhar naturalmente, segundo seu
tutor, o animal já havia tido outras gestações.
O animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da UFMG para ser monitorado pela
equipe do professor Marc Henry. A capacidade de gerar filhotes despertou a atenção
dos pesquisadores. De acordo com o professor Marc Henry, o animal foi monitorado por
volta de oito meses, e ficou comprovado tratar-se de mais um caso raro (UFMG, 2012).
Foram feitas diversas tentativas de inseminação com sémen de jumento até que ela
ficou prenha.
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Tem-se observado que as mulas apresentam exigências nutricionais menores que as das
éguas, possibilitando boa produção de leite mesmo em condições pouco favoráveis
(RIBEIRO, 2012). De acordo com relatos de profissionais que 15 utilizaram mulas como
receptoras, a habilidade materna desses animais é muito boa, pois além da produção de
leite satisfatória possuem um instinto materno forte, defendendo a cria. As mulas
acíclicas respondem bem ao protocolo hormonal com progesterona e além disso são
versáteis, podendo receber embrião equino, muar ou mesmo asinino e possuem um
custo semelhante aos das éguas receptoras (RIBEIRO, 2012).
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, N.A. Origem histórica do jumento doméstico: suas raças. 1 ed. Patos de Minas:
Editora Grafipress, 2010, 311 p.
CAMARGO, C.A. A Mula (Equus mulus) como Receptora de Embriões Equinos (Equus caballus):
Aspectos Reprodutivos, Hormonais e Ultrassonográficos da Gestação. Porto Alegre RS 2012.
Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.39, n.1, p.220-222, jan./mar. 2015. Disponível em
www.cbra.org.br
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RIBEIRO, E.A., MELLO, M.O. Transferência de embrião muar para mulas acíclicas. Disponível em:
http://www.mulaparida.com/sobre.pdf. Acessado em: 21 de fev. 2012.
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2016/02/veja-como-acontece-
o-momento-rarissimo-do-parto-de-uma-mula.html
https://abcjpega.org.br/momento-rarissimo-do-parto-de-uma-mula/
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2016/02/veja-como-acontece-
o-momento-rarissimo-do-parto-de-uma-mula.html
https://www.ufmg.br/online/arquivos/025875.shtml#:~:text=Os%20casos%20de%20fe
rtilidade%20desse,vimos%20que%20ela%20realmente%20ovulava.