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Preguiça - Parte 1
Olá meninas, agora a gente vai começar a falar sobre as sete inclinações e a gente vai
começar com a preguiça, tá? Provavelmente eu vou dividir essa aula em dois porque ela ficou
um pouco grande, mas é interessante que essa inclinação da preguiça é uma inclinação que é
um pouco fofa.
Parece que todo mundo fala “ai nossa, preguiçosa”, “nossa, ai, que preguicinha”, então
meio que é aquele, eu acho que de todos os vícios capitais, que a gente não tem muita
vergonha de dizer que a gente tem. Todos os outros… “Nossa, luxuriosa, né?”, você fala? Não.
Caraca, sei lá, avarenta, invejoso, guloso, a gente meio que não gosta de falar, não. Mas a
preguiça, a gente meio que fala e acha legal.
Eu queria que a gente conversasse sobre ela e a gente vai ver que estragos ela pode
causar na nossa alma e como a gente realmente precisa estar atento à preguiça. Na primeira
parte, então, a gente vai conversar um pouquinho sobre o que é a preguiça, como ela se
apresenta, onde ela tá, como é que meio que funciona.
E depois, a gente vai, na segunda parte, mostrar um pouquinho como ela... Quais são
os truques da preguiça na nossa vida, onde que ela tá presente que a gente não está
percebendo, por que ela se esconde — lembra que a gente falou na nossa última aula, nossa
consciência dá umas justificadas — e como que a gente pode lutar para não ser pego pela
preguiça sabendo que todas essas más inclinações nos acompanharão por toda a nossa vida.
Isso não significa que a preguiça e todas as outras estão presentes em todas as
pessoas da mesma forma. À medida que a gente vai lutando contra esses vícios capitais, a
tendência é que, de fato, a gente vai melhorando e que a gente não caia na preguiça como a
maioria das pessoas, de repente.
Mas, talvez, a gente possa cair de outras formas e, pior ainda, às vezes, a gente não
pode se dar como vencido na preguiça, “olha, preguiçoso é uma coisa que eu não sou” porque
quando a gente se coloca no tamanco do “eu não sou preguiçoso”, aí que daqui a pouco a
gente leva uma rasteira porque a gente está ali desprevenido e a gente acaba caindo naquilo.
Temos que estar atentos, tá bom? Como a gente dizia na outra aula, só para dar uma
recapitulada, a gente tem as inclinações, as nossas paixões e a nossa maior paixão, o que faz
com que a gente aja no mundo, é o bem. Verdadeiramente, tudo que a gente faz na nossa vida,
a gente faz por um bem. A gente não faz as coisas por um mal. Eu não ajo na minha vida
achando que eu estou em busca de um mal.
Mesmo uma pessoa que esteja fazendo uma coisa que a gente julga muito errado,
como, por exemplo, usando drogas e acabando a sua vida nas drogas, ou cometendo um
adultério, ou roubando algo, ou falando mal de alguém, essa pessoa acha que ela está em
busca de um bem, ou seja, mesmo, sei lá, isso, uma pessoa que está cometendo um adultério,
ela está cometendo um adultério porque ela acha que aquilo vai fazer bem a ela, que aquilo
tem uma justificativa.
A visão de um bem, que não é um bem, obviamente, absoluto, é um bem que ela vê
como bem, desperta nela um amor que leva ela à ação. Não um amor com “A” maiúsculo, mas
uma paixão, um apaixonamento que leva ela à ação. A gente sempre se inclina para, de fato, o
bem. O problema, como a gente disse na última aula, é que às vezes a gente avalia o bem de
forma errada. E aí que está o problema, tudo bem?
O que acontece é que o bem verdadeiro, o que de fato é bom para nós, o que de fato
faz com que nós sejamos pessoas melhores, verdadeiramente, o bem é exigente, o bem é algo
que traz para nós complicações, digamos. Para a gente seguir o bem, a gente se complica.