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PARNAÍBA - PI
ANO 2024
FRANCISCA MAFIZA MACHADO DE ARAUJO SILVA
Orientador:
Prof. Dr. Haroldo Rodrigues Clark.
PARNAÍBA - PI
ANO 2024
FICHA CATALOGRÁFICA
Universidade Federal do Delta do Parnaíba
Biblioteca Central Prof. Cândido Athayde
Serviço de Processamento Técnico
1 Arquivo em PDF.
CDD: 512.5
Este trabalho é dedicado à minha família (especialmente - de modo amoroso e grato - aos
meus pais e à minha irmã), aos meus professores, aos meus amigos e a todos os outros seres
humanos que se aventuram no caminho do saber matemático.
Agradecimentos
"Gratidão é a virtude das almas nobres", já dizia Esopo. Em primeiro lugar, com todo o
meu coração, AGRADEÇO ao meu Deus e à Nossa Senhora por todas as cruzes e desafios que
puseram em meu caminho, assim como todas as alegrias, bênçãos e conquistas, pois tudo isso
me fez ter a certeza de que estou no caminho certo.
Em seguida, o meu MUITÍSSIMO OBRIGADA aos meus progenitores, Bernardo Lima de
Araujo Silva (in memorian) e Terezinha de Araujo Machado. Agradeço - lhes pela vida, por
todo zelo, amor, proteção, entrega, esforço, investimento, incentivo que depositaram em mim e,
sobretudo, por não duvidarem que conseguiria chegar até aqui. Se estou hoje onde estou é fruto
de tudo o que plantaram em favor de minha formação. Eu os amo.
Além disso, sou GRATA a você, minha irmã, Francisca Eulila Machado de Araujo Silva, por
ser esse elo inquebrantável, essa minha companhia sanguínea e amigável, essa metade infinita
em meu caminho. A você, externalizo que a amo e sem sua presença em todo o meu existir
teria se tornado muito mais complexo e mais árduo.
Além disso, destaco o meu OBRIGADA a toda a minha família, em especial, aos meus tios
por parte da família paterna, Miguel Lima e Silva, José Lima e Silva (ambos in memorian),
Maria do Socorro Silva e, ao meu padrinho, Bernardo Tobias Lima (in memorian); e por parte
de família materna, agradeço aos meus tios, em especial, Rosa Maria e Marcos Freitas. Todos
vocês são um suporte fundamental para a minha continuação nessa trajetória.
Outrossim, o meu AGRADECIMENTO a todos os meus professores, desde o de ensino
fundamental (em especial, prof. Gerson Souza, que é o responsável pelo amor que tenho pela
matemática) até os de ensino superior, que foram um pilar para o aprendizado que internalizei até
agora. Assim como ponho meu OBRIGADA aos professores que compõem a banca examinadora
da minha defesa de TCC, Prof. Dr. Cleyton Natanael Lopes de Carvalho Cunha, Prof. Me.
Jeferson Nascimento Silva e a suplente Prof. Dra. Sissy da Silva Souza, que contribuíram
na avaliação e aprovação desse trabalho. Ademais, o meu OBRIGADÃO ao meu Orientador,
Prof. Dr. Haroldo Rodrigues Clark, que pela sua maestria, delicadeza e por seu jeito único de
ensinar, contribuiu na minha formação acadêmica e na realização desse trabalho; além de que
sou completamente grata pela amizade maravilhosa que criamos como professor e aluna.
Dando seguimento, expresso meu OBRIGADA aos meus amigos que permeneceram até o
fim comigo, pois sem vocês tudo teria sido mais laborioso. Assim, encontrei êxito nesse processo,
porque estava dividindo as lamúrias e o contentamento com cada um de vocês.
Termino com um pensamento de minha autoria que caminhou comigo desde o princípio:
"Tudo concorre para aqueles que lutam COM AMOR e POR AMOR".
"A Matemática é a criação mais bonita e poderosa do espírito humano."
(Stefan Banach)
Resumo
Os operadores lineares são transformações lineares de um espaço vetorial nele mesmo. No caso de
espaços com dimensões finitas, usando bases do referido espaço, pode-se representar o operador,
de modo equivalente, por produtos de matrizes. Assim, o interesse principal é a Diagonalização
de Operadores. Caso haja essa referida base de autovetores, o operador é diagonalizável e,
assim, uma matriz diagonal é sua forma matricial simples de representá-lo. Contudo, quando
o operador não é diagonalizável, as Formas Canônicas de Jordan surgem como uma maneira
matricial simples de caracterizar tais operadores. Para tal abordagem, primeiramente, será feita
a construção de todo o raciocínio que embasa tal fundamento, a citar: Autovalores e Autovetores,
Multiplicidades Algébrica e Geométrica e Base de Autovetores. Para as Formas de Jordan, a
discussão com 3 Lemas e 1 Teorema será posta, assim como o passo a passo de todo o cálculo
que envolve a construção das Formas Canônicas de Jordan. As aplicações, por sua vez, mostram
a importância do processo de diagonalização para algumas situações.
Proposição 2 Sejam A e B matrizes quadradas. Se elas são semelhantes então seus polinômios
característicos são iguais.
Assim, em resumo, o polinômio minimal é o polinômio de menor grau que anula a matriz
do operador, sendo o coeficiente do termo xk igual a 1, por isso chama-se mônico. Isto é, o
polinômio minimal possui grau menor ou no máximo o mesmo grau do polinômio característico.
Relacionado ao polinômio minimal, tem-se um teorema importantíssimo, pois diz que o operador
é um zero do polinômio característico. O teorema será posto a seguir:
Exemplo 4 Considere o operador linear T : R4 → R4 tal que sua matriz em relação à base
canônica α é dada por:
4 1 0 0
2 3 0 0
−1 1 2 −3
1 −1 0 5
Encontre seus valores e vetores característicos.
Resolução:
i) Achar os autovalores de T.
4−λ 1 0 0
2 3−λ 0 0
Pλ = = (λ − 2)2 · (λ − 5)2
−1 1 2 − λ −3
1 −1 0 5−λ
20
O enfoque principal é escrever um operador linear T de forma simples. Para tal fim, é preciso
que se encontre a base de autovetores do operador. Assim, o objetivo é que [T ]ββ seja uma matriz
diagonal. Segue abaixo a Definição de um operador diagonalizável.
u = α11 v11 + α12 v12 + . . . + α1r v1r + . . . + αk1 vk1 + . . . + αkr vkr
Capítulo 2. Diagonalização de Operadores Lineares 23
1
3
− 13 0 0 4 1 0 0 1 0 1 0
1
− 13 1 1 2 3 0 0 −2 0 1 0
D = P −1 AP = 3
· ·
2 1
0 0 −1 1 2 −3 0 1 0 −1
3 3
1
3
−3 0 1
1
1 −1 0 5 −1 0 0 1
2 0 0 0
0 2 0 0
=
0 0 5 0
0 0 0 5
Note que, de fato, a matriz encontrada é a matriz diagonal do operador. Assim, pode-se
concluir que A é semelhante a D, isto é, o operador T pode ser representado por meio de uma
matriz diagonal, em que sua diagonal principal é composta por seus autovalores, de acordo com
a multiplicidade algébrica de cada um deles. Portanto, o operador T é diagonalizável. É muito
importante observar que a ordem dos vetores da base de autovetores {v1 , v2 , . . . , vn } determina
a ordem das colunas da matriz P e a ordem dos elementos da diagonal da matriz D.
O exemplo a seguir virá como suporte para a próxima seção.
Resolução:
i) Achar os autovalores de T.
1−λ −1 0 0
0 −1 − λ 1 0
Pλ = = (1 − λ)3 · (−1 − λ)
0 0 1−λ 0
0 0 0 1−λ
Lema 1 Seja T um operador linear sobre o corpo dos complexos, ou seja, T: Cn → Cn . Existe
uma matriz triangular cujos termos da diagonal principal são os autovalores de T e que é a
matriz de T em relação à base de Cn conveniente.
T (u1 ) = λ1 u1
T (u2 ) = α12 u1 + α22 u2 + . . . αn2 un
T (u3 ) = α13 u1 + α23 u2 + . . . αn3 un
..
.
T (un ) = α1n u1 + α2n u2 + . . . αnn un
Assim, a matriz de T em relação à base C é:
λ1 A
[T ]C = ,
0 B
a a22 . . . an2
12
..
onde A é a matriz 1 × (n − 1), 0 é a matriz (n − 1) × 1 e B é matriz . .
a1n a2n . . . ann
Capítulo 3. Aplicações 34
−3 − λ 4
Assim: det(A − λI) = = λ2 + λ − 2.
−1 2−λ
Se λ2 + λ − 2 é o polinômio característico então λ1 = −2 ou λ2 = 1. Tem-se ainda que:
−3 4 x x −3x + 4y = −2x
∗ λ1 = −2 ⇒ . = (−2). ⇔ ⇔ x = 4y, y ∈ R
−1 2 y y −x + 2y = −2y
−3 4 x x −3x + 4y = x
∗ λ2 = 1 ⇒ . = 1. ⇔ ⇔ x = y, y ∈ R
−1 2 y y −x + 2y = y
4(−2)k − 1 −4(−2)k + 4
3 3
=
(−2) − 1 (−2) + 4
k k
3 3
4(−2)k − 1 −4(−2)k + 4
1
= ·
3
(−2)k − 1 (−2)k + 4
n=0 n!
de ordem n e tomando uma série exponencial
∞
Ap Ak
!
A A2 A3 A4
1+ + + + + ... + + ... =
X
,
1! 2! 3! 4! p! k=0 k!
obtém-se que essa série converge. E, além disso, essa soma é eA . É sabido que esse cálculo de eA
é sobretudo trabalhoso. Por isso, se a matriz A for diagonalizável, então esse cálculo se torna
muito mais simplificado. Assim Ap = M · Dp · M −1 , sendo D a matriz diagonal.
Capítulo 3. Aplicações 35
1 −4 e14 0 13
1 4
Daí, eA = M · eA · M −1 = · · 13
3 1 0 e 3
− 13 1
13
e14 + 12e 4e14 − 4e
1
= ·
13
3e14 − 3e 12e14 + e
Eis o resultado pedido. Essas são algumas das muitas aplicações que o processo de diagonali-
zação se aplica e vem como meio eficaz para cálculos complexos. Outra aplicação importantíssima
está na resolução de Sistemas de Equações Diferenciais Lineares com Coeficientes Constantes.
Capítulo 4. APÊNDICES 39
Além dessa Transformação Especial, há também outras; como, por exemplo, a Expansão ou
a Contração Uniforme, a Reflexão na Origem, a Rotação do ângulo (no sentido anti-horário), a
Reflexão em torno do plano xy e congêneres. Perceba que as nomenclaturas já fornecem uma
noção gráfica do que, realmente, está ocorrendo como resultado da aplicação linear.
Figura 4 – Expansão Uniforme e Rotação do ângulo (no sentido anti - horário), respect.
FONTE: Site da UEL e livro do (BOLDRINI et al., 1980), respectivamente.
40
Referências
BOLDRINI, J. L.; COSTA, S. I.; FIGUEREDO, V.; WETZLER, H. G. Álgebra linear. [S.l.]:
Harper & Row, 1980. Citado 2 vezes nas páginas 11 e 39.
CAMELIE, R.; BEDOYA, H. Álgebra Linear II. [S.l.]: 2015, 2015. Citado na página 11.
SOUZA, Thyago. Álgebra Linear (Mestrado) - Aula 15: Formas Racional e de Jordan.
2022. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=polOEitxJ-0&t=1800s>. Acesso
em: 11 setembro 2023. Citado na página 11.