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DE TECNOLOGIAS:
CO NCE ITOS E PE R SPEC TIVAS
Daniela da Costa Britto Pereira Lima
Maria Luisa Costa Furlan
Lilian Giotto Zaros de Medeiros
(Organizadoras)
Cegraf UFG
Universidade Federal de Goiás
Reitora
Angelita Pereira de Lima
Vice-Reitor
Jesiel Freitas Carvalho
COMITÊ CIENTÍFICO
Integrantes Nacionais
Mário Luiz Neves de Azevedo (UEM)
Catarina de Almeida Santos (UNB)
Kátia Morosov Alonso (UFMT)
Alda Maria Duarte Araújo Castro (UFRN)
Allan Solano Souza (UERN)
Renata Ramos da Silva Carvalho (UEG)
Marcia Ângela da Silva Aguiar (UFPE)
Integrantes Internacionais
Nilsa Adelaide Issufo Enoque Pondja Cherinda
Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique
Cegraf UFG
2023
© Cegraf UFG, 2023
© Daniela da Costa Britto Pereira Lima; Maria Luisa Costa Furlan; Lilian Giotto
Zaros de Medeiros (org.), 2023
Inclui bibliografia.
ISBN (Ebook): 978-85-495-0764-8
CDU: 378.018.43
Apoio
Sumário
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................................. 9
Daniela da Costa Britto Pereira Lima
Maria Luisa Furlan Costa
Lilian Giotto Zaros de Medeiros
CAPÍTULO I
QUALIDADE, e-CIDADANIA E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL...........14
Daniela da Costa Britto Pereira Lima
CAPÍTULO II
A INFLUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NA CONCEITUALIZAÇÃO DA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA............................................................................................................................. 28
Nilsa Adelaide Issufo Enoque Pondja Cherinda
CAPÍTULO III
CONCEPTUALIZANDO PRÁCTICAS EDUCATIVAS MEDIADAS POR TECNOLOGÍA:
LEVANTAMIENTO BIBLIOGRÁFICO GOOGLE ACADÉMICO Y REVISTA IBEROAMERICA
NA DE EDUCACIÓN A DISTANCIA - PERIODO 2019-2021............................................................. 42
Graciela Eugenia Espinosa de la Rosa
María Felix García Quezada
Rosa Rita Maenza
CAPÍTULO IV
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TDICs: PERSPECTIVAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
DA MODALIDADE........................................................................................................................................... 62
Dayane Horwat Imbriani de Oliveira
Maria Luisa Furlan Costa
Rafael Pereira Ocampo Moré
CAPÍTULO V
PRODUÇÕES ACADÊMICAS SOBRE EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIAS E SUAS
INTERFACES NO PORTAL DE PERIÓDICOS CAPES (2018-2021)................................................ 78
Lanara Guimarães de Souza
Rosselini Diniz Barbosa Ribeiro
Paulo Emilio Eurich Maito
Renata Patrícia Lima Jeronymo Moreira Pinto
CAPÍTULO VI
INSTITUCIONALIZAÇÃO E USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TDIC): AÇÕES DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DURANTE A
PANDEMIA DE COVID-19............................................................................................................................. 93
Luiz Fernando Gonçalves da Silva Araújo
Isabela de Souza Neiva
CAPÍTULO VII
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO: QUALIDADE, REGULAMENTAÇÃO E EXPANSÃO
NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ABERTA, FLEXÍVEL OU A DISTÂNCIA NO
BDTD...................................................................................................................................................................107
Joseany Rodrigues Cruz
Marina Campos Nori Rodrigues
Karen Brina Borges de Deus
CAPÍTULO VIII
IMPRECISÃO SOBRE A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: REFLEXÕES À LUZ
DE UMA PERSPECTIVA SOCIALMENTE REFERENCIADA.............................................................125
Ana Lara Casagrande
Alessandra Maieski
Katia Morosov Alonso
Rute Nogueira de Morais Bicalho
CAPÍTULO IX
ENSINO HÍBRIDO NUMA PERSPECTIVA DE INTEGRAÇÃO ORGÂNICA: UM OLHAR COM
BASE NO REPOSITÓRIO DE TESES E DISSERTAÇÕES DA CAPES..............................................143
Bianca Santos Bento da Silva
Gislene Magali da Silva
Gustavo Galdino Rodrigues Bernhard
Juliano Milton Kruger
CAPÍTULO X
EDUCAÇÃO FLEXÍVEL E SUSTENTADA: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR........ 160
Maria Aparecida Crissi Knüppel
Maria da Glória Silva e Silva
Narjara Mendes Garcia
Kênia Mara Gaedtke
CAPÍTULO XI
EDUCAÇÃO HÍBRIDA, EDUCAÇÃO ABERTA, EDUCAÇÃO FLEXÍVEL E EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA: O QUE DIZEM AS PESQUISAS INTERNACIONAIS ENCONTRADAS NA
BASE DE DADOS ERIC..................................................................................................................................178
Maria Aparecida Rodrigues da Fonseca
Elka Cândida de Oliveira Machado
Fernando Wagner da Costa
Pollyana Vieira de Andrade
CAPÍTULO XII
MAPEAMENTO SOBRE AS CONCEPÇÕES E OS CONCEITOS: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA,
EDUCAÇÃO HÍBRIDA, EDUCAÇÃO REMOTA E E-LEARNING NA LITERATURA
INTERNACIONAL DISPONIBILIZADA NO REPOSITÓRIO ERIC..................................................... 196
Erlinda Martins Batista
Maria Aparecida Rodrigues da Fonseca
Juliane Aparecida Ribeiro Diniz
Lorena Bernardes Barcelos
CAPÍTULO XIII
EDUCAÇÃO HÍBRIDA E CAMINHOS DE ADOÇÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR......................216
Maria Aparecida Crissi Knüppel
Geovana Gentili Santos
Mára Lúcia Fernandes Carneiro
CAPÍTULO XIV
CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, ABERTA, REMOTA, HÍBRIDA, FLEXÍVEL E
E-LEARNING: DOS PROCEDIMENTOS PARA A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA NO SCIELO À
ANÁLISE DOS ARTIGOS ENCONTRADOS........................................................................................... 234
Aléxia Pádua Franco
Cláudia Eliane da Matta
Gisele Grinevicius Garbe
Leandro Barboza Sobrinho
CAPÍTULO XV
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, ABERTA, REMOTA, HÍBRIDA, FLEXÍVEL E E-LEARNING:
RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DIGITAL............................................................... 250
Luciane Penteado Chaquime
Flávia Linhalis
Paula Carolei
Cícera A. Lima Malheiro
Marilde Terezinha Prado Santos
BIODATAS........................................................................................................................................................ 265
APRESENTAÇÃO
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sumário
CAPÍTULO I
QUALIDADE, e-CIDADANIA E
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:
UMA RELAÇÃO POSSÍVEL1
1 Este texto foi publicado em inglês na Revista Inter-Ação em agosto de 2023. Disponível em:
https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/77113.
Introdução
Fonte: Elaborado por Lima (2022) com uso do aplicativo Canva (https://www.canva.br).
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sumário
te das ferramentas disponíveis? Existe o cuidado nos pro-
cessos de ensinar e aprender sobre o uso das tecnologias
com tecnologias?
5. Etiqueta digital: os usuários consideram o respeito ao outro
ao usar o meio digital?
6. Regulamentação/legislação digital: os usuários estão cien-
tes das regulamentações/leis que tratam do uso das tecno-
logias digitais no país?
7. Direitos e responsabilidades digitais: Os direitos e deveres
são estendidos a todos? Os usuários estão prontos para pro-
teger os direitos dos outros e defender seus próprios direi-
tos digitais?
8. Saúde e bem-estar digital: os usuários consideram os riscos
físicos e psicológicos ao usar o meio digital?
9. Segurança digital: Existem adoções de precaução para segu-
rança e autoproteção?
Ao conceituarem a e-cidadania, os trabalhos selecionados o fa-
zem seguindo sempre alguns desses elementos apresentados an-
teriormente e defendidos por Ribble (2015). Martin, Gezer e Wang
(2019) defendem que ter e-cidadania, ou seja, ser cidadão digital,
é possuir na internet normas de comportamento apropriado e res-
ponsável, com segurança e proteção, de forma respeitosa, tolerante,
com segurança e proteção. Dunaway e Macharia (2021) trazem al-
guns elementos que demonstram cidadania digital: comportamento
on-line apropriado; engajamento na internet; capacidade on-line de
participar da sociedade como cidadão democrático; interação de for-
ma segura, responsável, ética; ser alfabetizado/letrado digitalmente.
Entretanto, se observamos os nove elementos defendidos por
Ribble (2025) e convalidados pelos demais autores, para que exis-
tam e possam ser desenvolvidos, requer-se, além de políticas públi-
cas e regulamentações apropriadas, a formação para a educação di-
gital. Não há como pensar o espaço da e-cidadania sem considerar
o que discerniu Paulo Freire (1996, p. 33) ao conceituar educação,
20
sumário
que “é substantivamente formar”, como prática da liberdade, na
busca da problematização da realidade, por meio do diálogo, esti-
mulando a reflexão e ação dos cidadãos sobre a realidade e, em con-
sequência, sua transformação, emancipação. Assim, inferimos aqui
a defesa da busca pela formação e preparação para a e-cidadania
por meio da educação. Martin, Gezer e Wang (2019) defendem que
a e-cidadania é multidimensional, que inclui conhecimento, atitude
e comportamento. E isso requer uma educação digital, ou seja, cur-
rículos e programas que preveem essa formação.
Como bem salientou Carpender (2017), ensinar com e sobre o
espaço digital e on-line oferece uma abordagem que pode ajudar os
alunos a crescerem como cidadãos digitais em uma democracia. É
preciso investimento e políticas públicas para isso.
21
sumário
Figura 2 - Sistema para oferta e desenvolvimento da EaD
Fonte: Elaborado por Lima (2022) com uso do aplicativo Canva (https://www.canva.br).
22
sumário
E na educação a distância? O que significa ter como base ope-
racional e de desenvolvimento de qualidade socialmente referen-
ciada? Lima e Alonso (2021) compreendem que a EaD socialmente
referenciada é aquela em que se tem clareza do conceito de EaD
como modalidade e das especificidades inerentes a ela, que foi ins-
titucionalizada a nível macro (com regulamentações, regulações e
políticas públicas de Estado específicas para a modalidade e que
contribuem para sua implementação), meso (com previsão da EaD
nos documentos institucionais, na rotina da instituição, na gestão
e órgãos colegiados/decisórios institucionais e na previsão orça-
mentária) e micro (com dimensões e indicadores que contemplem
a oferta dos cursos). Para isso, deve ser baseada
em processos que envolvem clareza dos objetivos, processos
decisórios coletivos/colaborativos dialógicos e democráti-
cos, estabelecimento de mudanças para desenvolvimento
da modalidade, processos de acompanhamento e avaliação,
utilização de tecnologias de forma crítica, emancipatória e
que vise a inclusão digital, tanto no que diz respeito à acesso
quanto formação (Lima; Alonso, 2021, p. 35).
23
sumário
Observa-se que para se ter suporte e promover processos inte-
rativos, é necessário fazer uso da tecnologia e do meio digital. Sen-
do assim, desenvolver cursos à distância on-line ou com recursos
de tecnologias digitais requer formar também para a e-cidadania,
pois a formação com o uso está intrinsecamente relacionada com
o/para o uso (estão inter-relacionados), pois
ao nos tornarmos usuários ativos e participantes de um am-
biente digital, passamos a ter direito aos benefícios e privi-
légios que o mundo digital oferece, mas há uma obrigação
dos usuários e participantes de serem cidadãos digitais
(Hawamdeh et al., 2022, p. 6.038, tradução nossa).
Considerações finais
E viva a democracia!
25
sumário
Referências
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sumário
LIMA, Daniela da Costa Britto Pereira. Formação humana e democracia:
relações entre tecnologias digitais e educação. Revista Educação Públi-
ca, v. 31, p. 1-16, 2022. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.
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https://library.oapen.org/bitstream/id/dc723f64-b787-434b-a2e5
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https://democracyeducationjournal.org/cgi/viewcontent.cgi?refer
er=&httpsredir=1&article=1185&context=home. Acesso em: 10 out. 2021.
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sumário
CAPÍTULO II
A INFLUÊNCIA DO
DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO NA
CONCEITUALIZAÇÃO DA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
31
sumário
É nesse contexto que, no seu processo de implementação e cres-
cimento, a educação a distância foi conhecendo várias experiências
que são consideradas gerações dessa modalidade. Alguns autores
consideram que há três gerações de EaD; outros, quatro, cinco e
hoje em dia, há quem fale da existência de seis gerações (Moore;
Kearsley, 1996; Aretio, 2002; Maia; Mattar, 2007; Gomes, 2008).
Essas gerações da educação a distância foram impulsionadas pelo
desenvolvimento tecnológico a cada vez que foram aparecendo no-
vas ferramentas e equipamentos tecnológicos.
Não obstante as seis gerações de educação a distância defendi-
das por alguns autores, resumimos essas fases a três, que Maia e
Mattar (2007) descrevem da seguinte forma: a primeira geração
corresponde à dos cursos por correspondência, cujos formulários
de matrícula e inscrições, os materiais de estudo e avaliações eram
impressos e enviados por correio físico ao destinatário e vice-versa.
A segunda geração corresponde à integração de novas mídias
como a televisão, rádio, telefone e as fitas áudio e vídeo. Nessa fase,
a educação a distância passa a ser caracterizada pela introdução de
materiais de estudo no formato audiovisual por meio de cassetes,
rádio e televisão e de alguma interação entre professor, alunos e a
instituição por meio do telefone. Na terceira geração, a educação
a distância passa a usar computadores e programas informáticos
que vão se desenvolvendo e modernizando dia após dia, possibili-
tando a comunicação e interação entre os intervenientes em tempo
real e até a realidade virtual. A EaD online é caracterizada pelo uso
de videotexto, microcomputadores, hipertexto, redes de computa-
dores, uso de tecnologia de multimédia e muita interação.
Aretio (2002) faz um levantamento sobre as diversas defini-
ções e características da educação a distância tendo em conta os
meios e tecnologias que eram ou são usadas na época ou em cada
geração em causa. E com o desenvolvimento da tecnologia, importa
considerar conceitos mais latos da educação a distância. Assim, o
autor define educação a distância como um sistema tecnológico bi-
direccional que pode ser massivo e que se baseia na ação e partilha
32
sumário
sistemática e conjunta de recursos didácticos, com apoio de uma
organização e tutoria por parte de professores que, separados fi-
sicamente dos estudantes, incentiva-os a uma aprendizagem inde-
pendente e autônoma. Essa definição, que se estende à era digital, é
partilhada por Simonson et al. (2003).
Salcedo (2008) considera que o uso da internet tem potencia-
do bastante a interacção professor-estudantes, principalmente na
educação a distância no nível superior. Atualmente, o número de
instituições que têm oferecido cursos via internet vem crescendo.
Uns denominam esses cursos de e-learning ou educação online, ou-
tros de ensino virtual e outros ainda de ensino via internet.
Para Härdle et al. (2007), e-learning é todo o tipo de aprendi-
zagem em que são usados media digitais para a disponibilização e
envio de materiais, bem como para a comunicação humana. Para
Rosenberg (2002), o e-learning é um sistema de formação que, por
meio de tecnologias da internet, dá oportunidade para as pessoas
participarem em ações de formação nas quais podem adquirir
capacidades, habilidades e conhecimentos sem precisar estar no
mesmo espaço e tempo.
Outra denominação que tem sido muitas vezes usada para esse
tipo de ensino é ensino online. Fernandes e Fernandes (2005) con-
sideram que a educação online é uma estratégia baseada na aplica-
ção da tecnologia à aprendizagem, sem limitação de lugar, tempo,
ocupação ou idade dos aprendizes. Por sua vez, Levy (2000) consi-
dera que a educação online é a ação sistemática e conjunta entre as
novas tecnologias que incluem hipermídia, redes de comunicação
interactivas e tecnologias inteligentes da cibercultura e integram
metodologias de ensino e aprendizagem em ambientes baseados
na web, propiciando uma aprendizagem autônoma coadjuvados
por uma tutoria mediante os meios de comunicação.
Esse modelo de ensino traz inúmeras vantagens: oferece maior
interatividade entre estudantes e professores, assim como entre
estudantes entre si; minimiza os custos de distribuição de material,
uma vez que é feita por meios e vias eletrônicas; a distribuição dos
33
sumário
conteúdos é muito rápida; a atualização dos conteúdos dos cursos
não acarreta custos elevados e oferece maior flexibilidade espaço-
-temporal aos estudantes (Simonson et al., 2003; Lima; Capitão,
2003). Entretanto, Morais e Cabrita (2008) chamam a atenção
para o facto de os cursos que possuem um componente de e-lear-
ning exigirem do estudante competências de uso de computador
e internet que lhe permitam participar no processo de aprendi-
zagem em rede de forma efetiva. Por outro lado, a falta de meios
tecnológicos como computadores e softwares específicos, falta de
conhecimentos e domínio de informática e as restrições tecnológi-
cas, como dificuldades de acesso à internet e fraca largura de banda
constituem grandes desvantagens e desafios a esse modelo de en-
sino, o que pode contrariar a ideia de abertura e acesso à educação
a todo público (Simonson et al., 2003; Lima; Capitão, 2003).
Apesar do acesso à internet e a largura de banda constituírem o
grande problema, na experiência de vários anos envolvendo uma
disciplina de Estatística Aplicada para climatologia de um curso de
mestrado oferecido em e-learning e no qual participaram mais de
200 estudantes africanos de 29 países, Dale et al. (2010) concluí-
ram que, nos últimos tempos, as ligações à internet assim como o
acesso ao computador em África tornam o e-learning cada vez mais
viável. Acrescentam que a motivação dos estudantes e uma orien-
tação intensiva sobre a aprendizagem online é essencial para o su-
cesso dos cursos (Dale et al., 2010; Filipe, 2005).
Importa realçar que muitas vezes o ensino via internet usa pla-
taformas virtuais. Bittencourt (2006) define plataforma virtual
LMS (Learning Management System) como um sistema de software
que oferece condições para um processo de ensino e aprendiza-
gem. É um sistema instalado num servidor que serve para admi-
nistrar, distribuir e controlar as atividades de formação presencial
ou de e-learning de uma organização. Por sua vez, López ([2009])1
considera as plataformas virtuais como um conjunto de estruturas,
36
sumário
bilidade aos recursos de aprendizagem que o sistema convencional
utilizado não permitia. Desse modo, desde 1997, a KNOU passou
a ser membro da Coreia Virtual Campus (KVC), um consórcio de
dez universidades, e da Information Technology Cyber University,
constituída por trinta e seis universidades. Em 2002, já conta-
va com cerca de 38 cursos oferecidos em e-learning e, em 2008,
introduziu o m-learning. Num estudo realizado por Lee (2010),
cujo objectivo era conceber planos para introdução de cursos
e-learning e m-learning em todos os currículos dos cursos de gra-
duação da KNOU, por meio da avaliação da aprendizagem dos con-
teúdos, gestão do curso, apoio ao estudante, aspetos institucionais
e administrativos. Algumas das conclusões a que chegou foram:
não há diferença significativa no nível de satisfação dos estudantes
que aprendem com os conteúdos em e-learning com os do modelo
anterior; os cursos online devem ser desenvolvidos considerando
vários elementos como tipos de estudo, tamanho da turma, obje-
to de estudo e programas de gestão padronizados de acordo com
cada modelo; e que existe uma necessidade de se fazer investiga-
ção sobre os métodos e formas de implementação dos vários mo-
delos operativos de cursos e-learning.
Mora e Salazar (2007) apresentam um estudo no qual foi usa-
da a plataforma Moodle no ensino de Álgebra Básica e Cálculo Di-
ferencial no programa de Ensino de Matemática da Universidade
Estatal da Costa Rica (UNED). Os autores indicam que quando o
programa de Ensino de Matemática se iniciou na UNED na moda-
lidade a distância, nos anos de 1990, os estudantes recebiam um
cronograma que os orientava no estudo dos textos e, posterior-
mente, podiam esclarecer dúvidas por meio da tutoria presencial
ou por telefone. Em 2007, introduziu-se o uso da plataforma Moo-
dle nos cursos de Álgebra Básica e Cálculo Diferencial. Nesse curso,
as ferramentas usadas são: lições, fórum, chat, tarefas e questio-
nário. Nas lições, oferece-se informação sobre o desenvolvimento
dos temas, assim como passos para a resolução de tarefas. No fó-
rum, os estudantes podem apresentar dúvidas sobre os conteúdos
37
sumário
estudados assim como comentar os exercícios apresentados. Nos
chats, os estudantes têm sessões síncronas cujo objectivo é testar
o conhecimento adquirido. Nas tarefas, são apresentados exercí-
cios que os estudantes devem resolver e enviar ao docente para
serem avaliados. Nos questionários, são apresentados os testes ou
provas de avaliação.
Como limitações do estudo, os autores consideram as dificul-
dades que os estudantes têm em escrever símbolos matemáticos,
dificuldades em manusear a plataforma, problemas técnicos com
a plataforma entre outros. Apesar de tais dificuldades, os resulta-
dos do estudo indicam que a utilização da plataforma Moodle foi
positiva, visto que as atividades apresentadas na mesma tiveram
grande aceitação dos estudantes. Os estudantes tiveram contacto
constante com os colegas, alcançando, deste modo, alto grau de so-
cialização.
Conclusão
38
sumário
Referências
39
sumário
KEEGAN, D. Foundations of distance education. Londres: Routledge,
1991.
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40
sumário
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41
sumário
CAPÍTULO III
CONCEPTUALIZANDO
PRÁCTICAS EDUCATIVAS
MEDIADAS POR TECNOLOGÍA:
LEVANTAMIENTO
BIBLIOGRÁFICO GOOGLE
ACADÉMICO Y REVISTA
IBEROAMERICANA DE
EDUCACIÓN A DISTANCIA -
PERIODO 2019-2021
Desarrollo
44
sumário
Al iniciar con el levantamiento bibliográfico de Google Acadé-
mico, el grupo de investigadores se percató que era casi imposib-
le el manejo de la información, dados los miles de resultados que
arrojaba el repositorio. Considerando este como otro obstáculo
presentado.
Para agilizar la búsqueda y organizar la información resultan-
te se solicitó autorización a la Red, para trabajar con la función
“allintitle” la cual permitió discriminar las palabras de búsqueda
únicamente a aquellos textos que las contienen en sus títulos ex-
presamente. Dando como resultado, poca información, pero más
relevantes para la investigación.
De acuerdo al levantamiento bibliográfico, siguiendo los des-
criptores y palabras de búsqueda utilizados por toda la Red se lo-
calizaron 6 artículos que de acuerdo al análisis solo se consideró 4
como los pertinentes a los criterios de la red, lo cuales se incluyen
en la siguiente tabla:
Tabla 1 - Resultados de levantamiento bibliográfico: Google Académico
Registros Registros
Descriptores
encontrados seleccionados
45
sumário
A continuación, se presentan los registros encontrados y seleccio-
nados de acuerdo a las diferentes categorías, posteriormente se pro-
cedió a la revisión, análisis y se discrimino a aquellos que cumplían
con los criterios búsqueda, pero en el cuerpo del documento no cor-
respondían, por lo que estos hallazgos se presentan en la tabla 2.
Tabla 2 - Número de obras encontradas y seleccionadas: Google
Académico
RE RS RE RS RE RS RE RS RE RS RE RS
1 0 0 0 0 0 7 5 0 0 8 5
46
sumário
1. Mitad del siglo XX, bases para las reflexiones pedagógicas,
concepción instruccional del aprendizaje.
2. Década de los 70´s. Masificación de las comunicaciones y ac-
ceso a medios, comunicación bidireccional.
3. Década de los 80´s. Rol activo del docente, enfoque cons-
tructivista, comunicación, primeras computadoras.
4. Decada de los 90´s. Internet, diferentes formas de aprendi-
zaje, mediación docente
5. Siglo XXI. Procesos pedagógicos dinámicos mediados por
tecnologías, los sujetos producen y gestionan contenidos
propios, el docente es mediador.
47
sumário
Tabla 3 - Semejanzas y diferencias entre educación a distancia y
educación en línea
Espacios colaborativos y de
Adolece de un espacio de
interacción dentro de la propia
comunicación e interacción.
plataforma o medios digitales.
Comunicación permanente mediante
No hay espacio definido para el uso de internet (plataformas,
comunicación ni diálogo. celulares, tabletas, computador) De
forma sincrónica y asincrónica.
Poca asertividad en el logro de Mayor efectividad en el logro de
aprendizajes. aprendizaje.
Incorporación de recursos
Solamente recursos impresos. didácticos: bibliotecas, hemerotecas,
videoconferencias, etc.
Aula virtual que permite Clasificar
Diseño de curso basada en textos contenidos e incluye cursos diseñados
definidos, no hay un espacio definido. con sus instrucciones visibles para
cada actividad.
Permite al docente el diseño de
El estudiante no interactúa con el estrategias por medios digitales que
objeto de estudio. faciliten a los estudiantes interactuar
con el objeto de estudio.
No hay tiempos definidos por
Tiempos y ritmos de avance
actividad. Es conforme avance el
definidos, pero flexibles.
estudiante.
Los docentes deben ser formados
no solamente en el uso de las
El docente no hace uso de
herramientas digitales, sino también
herramientas digitales.
en los fundamentos didáctico
pedagógicos.
Se implementa el concepto de
Pedagogía Virtual
49
sumário
Figura 1 - Referentes de la Pedagogía Virtual
50
sumário
La metodología de búsqueda se realizó considerando los des-
criptores definidos por el proyecto de investigación. Se presentó el
problema que el buscador de la revista no cuenta con filtros avan-
zados (sólo es posible buscar en rango de fechas). Esta situación
determinó que los resultados no fueron muy acotados puesto que
las búsquedas se realizaban en todo el texto del documento.
Se pensó como primera solución tomar sólo los artículos que
tuvieran en los títulos los descriptores en cuestión, el problema
fue que en ocasiones esta selección no era significativa. Es decir,
no siempre resultó ser la solución más conveniente puesto que en
algunos casos se observó que el título no brindaba garantía sufi-
ciente para encontrar dentro del documento los puntos claves que
se requerían en la investigación. Algunos artículos tenían alguno
de los descriptores en el título, pero no brindaban nada destacado
al respecto dentro del documento, mientras otros que no tenían en
el título ninguna de las palabras claves resultaron ser interesantes
fuentes de documentación (primarias o secundarias).
Indagando un poco más, se pudo corroborar que, al analizar los
documentos encontrados, dentro del texto aparecían los descrip-
tores separados, por ejemplo, la palabra concepto estaba ubicada
separada de la palabra educación y de la palabra flexible.
Claramente esta desagregación no era la deseada. A su vez tam-
bién pudo observarse que de los artículos encontrados luego de
realizar las diferentes búsquedas empleando los diferentes des-
criptores, muchos aparecían repetidos.
A continuación, se muestra en la tabla los resultados obtenidos:
51
sumário
Tabla 4 - Resultados de levantamiento bibliográfico en RIED
Registros Registros
Descriptores
encontrados seleccionados
Conceptualización OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 6 2
Educación a Distancia
Conceptualización OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 7 1
Educación abierta
Conceptualización OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 3 0
Educación Flexible
Conceptualizaçión OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 2 0
Enseñanza Híbrida
Conceptualizaçión OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 3 0
Educación Híbrida
Conceptualizaçión OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 10 1
E-learning
Conceptualizaçión OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 6 0
Enseñanza Remota
Conceptualizaçión OR Concepto OR
Concepción OR Fundamentos AND 3 0
Educación Remota
Fuente: Elaboración propia.
RE RS RE RS RE RS RE RS RE RS RE RS
0 0 0 0 0 0 20 4 0 0 20 4
*RE – Registros Encontrados, RS – Registros Seleccionados.
Fuente: Elaboración propia.
52
sumário
Finalmente, de los cuatro artículos seleccionados se focalizó
en el análisis de tres de ellos, dos de García Aretio y uno de Ortiz-
-Lopez. A continuación, se presentan los hallazgos encontrados
junto con el análisis de los mismos.
53
sumário
sión específica. Si bien se entiende que para hablar de EaD se debe
establecer un porcentaje mayor de actividades en donde se propone
una separación física y temporal, el autor no especifica cantidad.
Si nos focalizamos en el punto 2, en realidad esta característi-
ca de libertad en EaD se ve restringida al cronograma y la plani-
ficación que el docente estipula, el cual debe ser cumplimentado
por parte del estudiante. Por tal motivo, no se puede hablar de una
total independencia del estudiante, el mismo debe seguir ciertas
reglas estipuladas como parte del contrato docente.
Respecto al punto 3, es importante destacar que, existen univer-
sidades que trabajan en EaD sin contar con un espacio específico
en donde se realicen los materiales didácticos. En estos casos se
observa que son los propios docentes los que elaboran los recur-
sos. Además, al no existir un área específica, en la mayoría de los
casos no se cuenta con profesionales de diferentes campos de co-
nocimiento (programadores, diseñadores, comunicadores, peda-
gogos, entre otros) que ayuden a desarrollar y realizar materiales
de calidad. Por otro lado, respecto al tema de tutoría, muchas veces
también son los mismos docentes que la efectúan y en algunos ca-
sos, no existen esas tutorías.
Finalmente, si analizamos el punto 4, referencia a una comuni-
cación mediatizada sincrónica y asincrónica, que también se está
llevando a cabo en las clases presenciales. Luego de la pandemia
varios docentes debieron implementar actividades que combinan
variadas formas de actuación empleando diferentes medios, recur-
sos, plataformas y gestores de contenidos. Por lo cual podría decir-
se que esta característica tampoco es única de EaD.
García Aretio dice que, si alguno de estos componentes no está
presente, se trata de otro tipo de enseñanza o de aprendizaje y no
puede considerarse EaD. Esta afirmación deja por fuera los cursos
MOOC y los cursos que se llevan a cabo con REA, porque no existe
un docente que está realizando el acto de enseñanza.
En el mismo artículo analiza por separado las palabras que
componen el término “educación a distancia” y remarca que se
54
sumário
debe seguir hablando de educación, pues se trata de un proceso
con dos agentes y dos acciones diferentes que deben cumplirse: la
de enseñanza impartida por un docente, tutor o instructor y la de
aprendizaje que lleva a cabo el alumno. Educación es más que en-
señanza, más que aprendizaje, más que autoformación y más que
mera instrucción.
García Aretio, a lo largo de su artículo refiere al concepto de
“Educación a distancia” como una modalidad que precisa y nece-
sita para poder implementarse de una tecnología que actúe como
elemento mediador, hace énfasis en que el requisito de contar con
tecnología no es sólo un complemento que puede o no emplearse,
como en el caso de la educación presencial. En particular, EaD de-
pende de la tecnología.
También remarca que las diferentes denominaciones dadas a EaD
mutaron a lo largo de los años, en sus inicios se hablaba de educa-
ción por correspondencia, donde el correo era la tecnología emplea-
da para llevar a cabo el proceso educativo y luego se habla de educa-
ción en línea, donde internet y la web son los elementos tecnológicos
claves que se emplean. Complementa diciendo que, debido a la se-
paración física entre docente y alumno durante el acto didáctico, es
preciso que el diálogo (comunicación) sea mediatizado.
El autor también expone que EaD no debe confundirse con un
curso, programa o asignatura que se imparte presencialmente y em-
plee complementos tecnológicos virtuales, en línea o digitales. Este
punto también es cuestionable. Cada vez más existe una línea muy
delgada de separación entre lo que es por un lado educación a dis-
tancia y educación presencial. El mismo autor en otro artículo (GAR-
CÍA ARETIO, 2021) plantea gráficamente la idea de colocar en una
línea recta en un extremo educación presencial y en el otro a distan-
cia, y remarca que las fronteras entre ambas modalidades cada vez
se desdibujan y se tiende a la convergencia de los sistemas.
Al respecto menciona que en una monografía de la misma re-
vista RIED del año 2018, vol. 21 (1) donde se habla de blended-
-learning, se piensa en un aprendizaje integrado, no procurando
55
sumário
puntos en común entre ambos modelos, más bien la idea es enri-
quecer, combinar y complementar medios, recursos, tecnologías,
comunicaciones, metodologías, actividades, estrategias ya sea pre-
senciales o a distancia, sincrónicas o asincrónicas que sean las más
apropiadas para satisfacer cada necesidad de aprendizaje en un
momento dado. Esta realidad complica aún más las delimitaciones
conceptuales y lleva a estudiosos e investigadores a inconsisten-
cias terminológicas.
Conceptualización de e-learning
Conclusión
58
sumário
En particular, el más controversial en este análisis es el concepto
de distancia, pues se refiere a situaciones donde el estudiante y el
profesor (tutor, instructor) están separados físicamente en gran par-
te del proceso o acción educativa y se comunican con una determina-
da mediación tecnológica. En la actualidad, los avances tecnológicos
(y los futuros que están surgiendo, tales como realidad aumentada,
inteligencia artificial entre otros) posibilitan que cada vez más la dis-
tancia física se vea “reducida”. Además, se habla de la importancia de
tener una cercanía con el alumno, con lo cual se debería establecer
una diferencia entre distancia física y distancia pedagógica.
Frente a estas diferencias surgen algunos ejemplos de espa-
cios que terminan sin ser clasificados en el ámbito de EaD, tal es
el caso de los MOOC. En este punto se plantea la siguiente cues-
tión. ¿Acaso el docente no está presente en el material didáctico
que elaboró? ¿Acaso no está presente para realizar alguna consulta
si fuera necesario? En los últimos años se habla de una educación
centrada en el estudiante, ya no en el docente. Si tomamos en cuen-
ta esto, el aprendizaje no necesariamente se produce a través de la
interacción entre el profesor y el alumno. Tomando en cuenta las
ideas de Vigostky, muchas veces aprendemos del comentario de un
colega, del consejo dado por una persona o de las opiniones efec-
tuadas por algunos referentes en ciertas redes sociales. Continuar
pensado que la comunicación o interacción dialógica se da sólo en-
tre profesor y estudiantes sería seguir reproduciendo un tipo de
enseñanza tradicional en donde no se reconoce la importancia del
trabajo colaborativo-cooperativo y el rol fundamental que tienen
las redes y la teoría del conectivismo (o conexionismo).
En ocasiones, algunos autores continúan brindando un papel
destacando al docente, fundamentados en el temor de pensar que,
si esto no se mantiene, llegará un momento en que no será necesa-
rio que el docente esté presente. Esta idea no debería ser el centro
de la discusión. El docente siempre será necesario, antes, durante
y para culminar el proceso didáctico, pero su presencia (real o vir-
tual) no debe ser el punto de análisis sobre el cual poner el foco de
59
sumário
una EaD con calidad. El foco debe estar dado en la comunicación
mediada, en las estrategias y recursos pedagógicos que se emplean
para que el proceso de aprendizaje se lleve a cabo de forma efectiva.
Un punto importante a destacar tiene que ver con la diversidad
de propuestas incluidas en el ámbito de EaD que tienen influen-
cias marcadas por factores culturales, sociopolíticos, pedagógicos,
tecnológicos e institucionales. Así dependiendo de las necesidades
de modalidad educativa surgieron implementaciones variadas en
donde se distingue la interacción docente-alumno, la comunica-
ción sincrónica o asincrónica, la mediación pedagógica por medio
de la tecnología, el desarrollo de los diseños instruccionales, la
disponibilidad de contar con los materiales en diferentes disposi-
tivos y formatos, entre otros. Y respecto a los perfiles profesionales
también se ha podido observar que existe un sesgo importante en
cuanto a la mirada que tiene cada uno en posicionarse. Por ejem-
plo, existen diferencias marcadas entre las miradas de un educador
y de un profesional técnico informático, en un mismo contexto.
Por lo expuesto, se observa que no todos los estudios entien-
den el término EaD de forma similar, Se considera aún necesario la
creación de constructos que proporcionen un armazón conceptual
significativo y abarcativo. Es fundamental continuar con la formu-
lación de nuevas propuestas teóricas explícitas que puedan discu-
tirse en procura de un consenso científico, sistematizando ideas,
principios y normas para poder explicar, comprender y predecir el
fenómeno educativo en la modalidad a distancia.
Referências
61
sumário
CAPÍTULO IV
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
E TDICs: PERSPECTIVAS E
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
DA MODALIDADE
64
sumário
estudantes que têm acesso a ela em suas duas grandes esferas de
oferta. De acordo com os autores,
De um lado, temos uma forte ênfase na lógica de cidadão-
-consumidor, aluno-cliente e da perspectiva de individua-
lização dos sujeitos e de sua formação, como ponto de par-
tida na preparação do sujeito para competir (e conquistar
“sucesso” na vida social/profissional). De outro, podemos –
e devemos! – pensar em considerar o cidadão como sujeito
de produção de conhecimento e cultura, que opera no co-
letivo e pode colaborar para alterar sua realidade e a de to-
dos os outros (Pretto; Picanço, 2009, p. 5, grifo no original).
65
sumário
cenário tecnológico que envolve a sociedade contemporâ-
nea é notado em âmbito educacional, pois podemos perce-
ber que os avanços alcançados advindos desse cenário são
influenciadores nos aspectos educacionais, visto que os mo-
vimentos percorridos pela sociedade acontecem mediante a
interação de diversos contextos, sendo eles políticos, sociais,
econômicos e/ou culturais (Oliveira, 2020, p. 55).
Cabe ressaltar que a parceria EaD e TDICs vai além das ques-
tões utilitaristas; trata-se de considerar a importância dos conhe-
cimentos relacionados ao uso. Contudo, é necessário excedê-las.
Em outras palavras, ir além das discussões sobre o quanto de co-
nhecimento sobre a utilização das TDICs os sujeitos possuem é
69
sumário
reconhecer uma sociedade considerada digital pelo amplo acesso
e utilização das tecnologias e propor que as competências digitais
sejam instigadas ao desenvolvimento de sujeitos que não apenas
“operem” práticas pedagógicas com as TDICs, mas que as signifi-
quem com intencionalidade de aprendizagem, visando o desenvol-
vimento humano.
71
sumário
Figura 1 - Número de vagas nos cursos de graduação – Brasil (2014-2021)
72
sumário
Figura 2 - Número de matrículas em cursos de graduação – Brasil (2011-2021)
73
sumário
Figura 3 - Ingressantes de graduação, por rede e modalidade – Brasil (2021)
Conclusão
Referências
76
sumário
MARTINS, Simone Maria; COSTA, Maria Luisa Furlan. Perspectivas históri-
cas e concepções de qualidade e acesso ao ensino superior a distância no
Brasil. Revista HISTEDBR On-Line, v. 15, n. 61, p. 154-165, 2015.
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Papirus, 2018.
PIMENTEL, Nara Maria; MILL, Daniel. A multidimensionalidade da
inovação em educação a distância. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA DA REGIÃO CENTRO-OESTE (SEAD-CO), 3., 2020, evento
online. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação,
2020. Disponível em: https://sol.sbc.org.br/index.php/seadco/article/
view/14664. Acesso em: 24 out. 2022.
PRETTO, Nelson De Luca; PICANÇO, Alessandra de Assis. Reflexões sobre
EAD: concepções de educação. Revista Debates em educação, v. 1, n. 1,
2009. Disponível em: http://www.proged.ufba.br/ead/EAD%2031-56.
pdf. Acesso em: 24 out. 2022.
VALENTE, José Armando. Educação a distância no ensino superior:
soluções e flexibilizações. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, São
Paulo, v. 7, p. 139-142, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/
icse/a/hpmXvYTD5kxZ3RGjLv5MgFP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em:
24 out. 2022.
OLIVEIRA, Dayane Horwat Imbriani de. Referenciais de qualidade para
educação superior a distância: política pública em contextos e perspec-
tivas de atualização. 2020. 152 f. Dissertação (Mestrado em Educação)
– Universidade Estadual de Maringá, Paraná, 2020.
77
sumário
CAPÍTULO V
PRODUÇÕES ACADÊMICAS
SOBRE EDUCAÇÃO MEDIADA
POR TECNOLOGIAS E SUAS
INTERFACES NO PORTAL DE
PERIÓDICOS CAPES (2018-2021)
80
sumário
A equipe da Região Nordeste foi subdividida internamente em
grupos menores de pesquisadores de IES do mesmo estado. Desse
modo, cada grupo fez o levantamento de artigos acerca dos descri-
tores estabelecidos na pesquisa. São eles: Educação a distância, Edu-
cação Aberta, Educação Flexível, Ensino Híbrido e Ensino Remoto.
O uso dos descritores estabelecidos resultou em grande número
de artigos que não possuíam relação com a pesquisa. Sendo assim,
decidiu-se aplicar os filtros disponíveis no repositório relaciona-
dos a artigos sobre Educação e Educação a Distância, com recorte
temporal definido no período de 2018 a 2021 e nos idiomas portu-
guês, inglês e espanhol.
A estratégia para selecionar os artigos partiu da leitura dos tí-
tulos, das palavras-chave, resumos, introduções e considerações
finais e, posteriormente, foram identificados aqueles que possuíam
baixo, médio ou alto nível de relação com a pesquisa. Os dados le-
vantados e compartilhados por meio do preenchimento de plani-
lha padrão da Rede de Pesquisa no drive foram sistematizados de
acordo com número de trabalhos encontrados, selecionados e os
critérios de exclusão utilizados para a composição do corpus do le-
vantamento, conforme sistematizado na Tabela 1:
Tabela 1 - Descritores, número de trabalhos encontrados e pesquisados e
critérios de inclusão e exclusão
82
sumário
Achados da pesquisa
83
sumário
comparação entre essas experiências. Além das questões educa-
cionais, o artigo mostra como ocorreu o desenvolvimento das ex-
periências em EaD. A pesquisa foi realizada utilizando revisão de
literatura em livros e artigos acadêmicos.
Sendo assim, os principais enfoques identificados nos artigos
foram os processos de ensino e aprendizagem mediados pelas
TDIC, a cronologia e evolução, sua regulamentação, a formação dos
professores e, por fim, a força que a EaD tem atualmente na escolha
dos discentes.
O conceito de Educação Aberta é abrangente e relaciona-se,
atualmente, aos Recursos Educacionais Abertos (REA) e a um
conjunto de práticas pedagógicas focadas no estudante em sua
autoformação por meio das tecnologias digitais (Ferreira; Corrêa,
2019). A Educação Aberta utiliza-se de material de estudo especí-
fico, elaborado com linguagem dialógica, visando a motivação e o
engajamento do estudante e é disponibilizado em plataformas vir-
tuais, apresentando duas características fundamentais: “a flexibili-
dade na admissão do acadêmico e o acesso à educação sem custo”
(Ferreira; Corrêa, 2019, p. 19). Ampliando o conceito de Educação
Aberta, Bates (2016) a caracteriza em diversas vertentes:
a) educação para todos, no sentido da gratuitidade ou do
baixo custo da formação; b) acesso aberto a programas,
oferecidos regra geral por universidades abertas e que per-
mitem qualificações plenas; c) acesso aberto a cursos ou
programas que não são de crédito formal, como o caso dos
MOOCs (Massive Open Online Courses); d) recursos educacio-
nais abertos, utilizados por docentes e estudantes de modo
gratuito; e) livros abertos, livros didáticos disponibilizados
livremente aos estudantes; f) pesquisa aberta, relaciona-
da com a disponibilização online de trabalhos de pesquisa,
para download livre e g) dados abertos, ou seja, disponibili-
zação de dados que podem ser utilizados, reutilizados e re-
distribuídos, sem restrições (Bates, 2016, p. 120).
87
sumário
gógicas típicas dos ambientes físicos de aprendizagem, aplicadas
intempestivamente em dispositivos de internet.
A análise realizada acerca dos dezessete artigos filtrados que
têm o Ensino Remoto como descritor revela dois enfoques princi-
pais: a preocupação com a qualidade da aprendizagem e o desen-
volvimento involuntário e urgente de habilidades tecnológicas para
professores e estudantes. Ambos atravessados por um conjunto de
determinantes macroestruturais, como a concentração de renda e
desigualdade social; perpassados pelos limites e possibilidades da
dinâmica econômica, social, cultural e política brasileira.
Ao tratar a questão da qualidade da aprendizagem no Ensino Re-
moto, os artigos têm como enfoque questões concernentes à reorga-
nização apressada dos sistemas e redes de ensino, o improviso nos
processos de organização e gestão do trabalho escolar, a precariza-
ção das condições de trabalho dos professores, a aplicação sem base
histórica e experiencial de métodos e técnicas de ensino em arranjos
curriculares hiper fragmentados e autoinstrucionais.
A abordagem crítica dada ao enfoque das habilidades tecnoló-
gicas de comunicação em meios digitais inicia com a falta de apoio
financeiro para a inclusão digital de estudantes e professores, pas-
sando pela exaustão física e mental de excessivas horas diante de
telas de computadores, culminando na ausência de formação espe-
cífica para utilização do aparato tecnológico necessário a uma edu-
cação de qualidade. Importante destacar que, muitas vezes, esse
aspecto surgiu no bojo de narrativas no qual foram ressaltadas a
capacidade inovadora de superação da prática docente e a inten-
cionalidade ética dos educadores, sem perder de vista o exercício
permanente da práxis pedagógica reflexiva (Silva; Silva, 2021).
Paralelamente, duas tendências sobre o Ensino Remoto emer-
gem dessa pesquisa: a primeira é a ampliação em larga escala do
uso das tecnologias digitais de comunicação e informação em todas
as modalidades educativas; a segunda é a redução contínua dessa
prática de organização pedagógica em todos os níveis de ensino.
88
sumário
Sobre a primeira, acredita-se que a incorporação de dispositivos
digitais e momentos síncronos no ensino presencial seja um legado
dessa forma de ensinar, uma vez que de forma crítica se possa pla-
nejar o uso desses dispositivos não só considerando os objetivos
de aprendizagem, mas especialmente levando-se em conta as con-
dições materiais concretas de acesso e exclusão sociodigital dos es-
tudantes (Santos; Silva; Junior, 2021).
Quanto à segunda tendência, a previsão é que o Ensino Remoto
possa vir a ser utilizado na Educação Básica e Superior somente em
momentos de exceção, e, ainda assim, cada vez menos autoinstru-
cional. Historicamente, o Ensino Remoto vinculou-se às demandas e
exigências sociais de um dado processo histórico, fruto da pandemia
de Covid-19. Das lições aprendidas nesse cenário, os autores relatam
a necessidade de formação inicial e continuada para os professores,
a fim de prepará-los para situações de exceção semelhantes e futu-
ras. Consideram-se os desafios que insistem em precarizar a escola
no plano material e intelectual e, cada vez mais, desqualificar a im-
portância do conhecimento científico elaborado, o papel mediador
dos educadores e da função social da escola pública.
Considerações finais
89
sumário
gem sejam atingidos considerando as necessidades formativas de
estudantes e professores.
Merece destaque também a preocupação que os artigos tiveram
em caracterizar o contexto no qual os modelos de educação me-
diados por tecnologias se desenvolvem atualmente, apontando as
contradições que o cercam. No entanto, constatamos uma presença
significativa de artigos que relatam pesquisas que apresentam pro-
postas fundamentadas para implantação de formas de organização
e de estruturações curriculares, nas quais as mediações educativas
com dispositivos tecnológicos foram bem-sucedidas sob o aspecto
da aprendizagem.
Entende-se que uma nova perspectiva para a agenda de pesqui-
sas relativas aos modelos de educação mediados por tecnologias
está aberta agora e ela se refere à busca de evidências empíricas
acerca das formas como os diferentes modelos impactam na edu-
cação de forma integral e integradora. À medida que essas evidên-
cias se acumularem, é recomendável que revisões e meta-análises
sejam conduzidas, futuramente, sobre os descritores aqui estuda-
dos. Tais revisões poderão identificar outros desdobramentos rela-
cionados a esse construto. Recomenda-se, para pesquisas futuras,
o desenvolvimento de modelos teóricos que ajudem a compreen-
der em profundidade esses desdobramentos.
Referências
92
sumário
CAPÍTULO VI
INSTITUCIONALIZAÇÃO E USO
DE TECNOLOGIAS DIGITAIS DE
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(TDIC): AÇÕES DE UMA
UNIVERSIDADE FEDERAL
DURANTE A PANDEMIA DE
COVID-19
94
sumário
Metodologia
95
sumário
As TDIC possibilitam inúmeros recursos para a prática pedagó-
gica. Hoje é possível ministrar uma aula de forma muito mais di-
nâmica, interativa e colaborativa do que no passado; portanto, é
importante repensar as práticas pedagógicas existentes, que ainda
se mostram como um desafio para muitos na contemporaneidade,
pois necessitam agregar às práticas de ensino e aprendizagem re-
cursos disponíveis em TDIC. Tal questão é percebida à medida que
se acompanha os avanços tecnológicos em relação à informação e
comunicação, bem como o aumento crescente do uso dessas fer-
ramentas pelo público mais jovem (Schuartz; Sarmento, 2020).
Para Lopes e Fürkotte (2016), o contexto social, histórico e cul-
tural contemporâneo, fortemente marcado pela presença das TDIC,
criou outras demandas sobre a escola e sobre o trabalho docente.
A presença das tecnologias na sociedade, por si só, justifica sua in-
tegração à educação. Ao inserir como parte desse processo o aluno
nascido na era digital, faz-se necessário uma maior contextualiza-
ção e compreensão dos recursos tecnológicos ao processo de ensi-
no e aprendizagem.
Moreira et al. (2020) descrevem que as TDIC têm influenciado
positivamente o desenvolvimento de um conjunto de competên-
cias profissionais e pedagógicas dos professores, uma vez que se
compreendem as demandas da sociedade digital com relação à
exigência de cada vez mais competências, habilidades e aptidão no
uso das ferramentas tecnológicas atuais. Os autores acrescentam
que o uso das TDIC auxilia efetivamente no desempenho das práti-
cas pedagógicas nas atividades docentes.
Já Lewgoy e Arruda (2003) consideram que o uso das TDIC
ainda é complexo e desafia os professores a repensarem e inova-
rem suas práticas pedagógicas, isso porque entendem que o indi-
víduo participa de um contexto mais dinâmico, interativo e proa-
tivo, bem diferente dos moldes educacionais estruturados antes
da chegada da internet.
Corroborando, Beraldo e Maciel (2016) relatam o processo de
“ensinar a pensar” e dizem que o uso das TDIC contribui nas etapas
96
sumário
relacionadas a abstração de conceitos, seleção e manipulação de
dados e informações em ambientes diversos e interativos. Os auto-
res acrescentam que
isso não quer dizer que professores deixarão de utilizar as
tecnologias existentes, ao contrário, trata-se da transição da
escola para modelos híbridos, com o emprego de dispositi-
vos analógicos e digitais (Beraldo; Maciel, 2016, p. 211).
Pós-Graduação
Ano Graduação CEPAE* Total
Stricto Sensu
Considerações Finais
Referências
104
sumário
LEWGOY, A. M. B; ARRUDA, M. P. Da escrita linear à escrita digital: atraves-
samentos profissionais. Textos e Contextos, Rio Grande do Sul, v. 2, n. 2,
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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia
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aprender a ensinar com TDIC em cursos de licenciatura em matemática.
Educação em Revista, v. 36, 2020.
LOPES, R. P.; FÜRKOTTER, M. Formação inicial de professores em tem-
pos de TDIC: uma questão em aberto. Educação em Revista, v. 32, n. 4,
p. 269-296, out./dez., 2016.
MORAES, M. Tecnologias Digitais e Informática Educativa: ponderações
históricas e teóricas. Revista EaD & Tecnologias Digitais na Educação,
v. 2, n. 3, jan./nov., p. 8-19, 2014.
MOREIRA, J. A.; SCHLEMMER, E. Por um novo conceito e paradigma de
educação digital onlife. Revista UFG, v. 20, 2020.
MOREIRA, J.A.; BARROS, D.; GOULÃO, M. de F.; HENRIQUES, S.; JORGE, S.;
SILVA, S; CORREIA, J.; SOUSA, L. ieTIC2020: Livro de Atas: VI Conferência
Ibérica de Inovação na Educação com TIC. Portugal: Universidade Aberta,
oct. 2020.
PAESE, C. R. Educação a distância (EAD) e o uso das tecnologias de in-
formação e comunicação (TICS), baseada em ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA): algumas reflexões sobre a importância da tutoria
on-line. Itinerarius Reflectionis: Revista Eletrônica do curso de pedago-
gia do Campus Jataí (UFG), v. 1, n. 12, 2012.
PRAE. Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFG. Relatório de Gestão
2022. Disponível em: https://prae.ufg.br/p/39616-relatorios-documen
tos. Acesso em: 03 abr. 2022.
105
sumário
SANTAELLA, L. Desafios da ubiquidade para a educação. Revista Ensino
Superior Unicamp, v. 9, p. 19-28, 2013.
OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes,
2007.
SCHUARTZ, A. S.; SARMENTO, H. B. de M. Tecnologias digitais de
informação e comunicação (TDIC) e processo de ensino. R. Katál., Flori-
anópolis, v. 23, n. 3, p. 429-438, set./dez., 2020.
SCORSOLINI-COMIN, F. Psicologia da educação e as tecnologias digitais de
informação e comunicação. Psicologia Escolar e Educacional, v. 18, n. 3,
p. 447-455, 2014.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Conselho Universitário da Univer-
sidade Federal de Goiás (CONSUNI). Resolução CONSUNI nº 22/2020,
de 22 de maio de 2020. Altera dispositivos da Resolução CONSUNI
nº 18/2020, [...] e dá outras providências. Disponível em: https://
sistemas.ufg.br/consultas_publicas/resolucoes/arquivos/Resolucao_
CONSUNI_2020_0022.pdf. Acesso em: 05 mar. 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Secretaria de Tecnologia e In-
formação da UFG (SeTI). Instrução Normativa SeTI nº 01/2020, de
27 de maio de 2020. Define as Tecnologias Digitais de Comunicação
e Informação (TDIC) institucionais na Universidade Federal de Goiás.
Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/320/o/SEI_UFG_-
_1351569_-_Instru%C3%A7%C3%A3o_Normativa.pdf. Acesso em: 12
mar. 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Edital Conjunto SeTI/PRAE/UFG
nº 183/2020, de 26 de agosto de 2020. [Seleção de estudantes com
dificuldades advindas ou agravadas no contexto de crise provocada pela
COVID-19, para atendimento com chip/internet pelo Projeto MEC/RNP/
Aluno Conectado]. Goiânia, Goiás, 2020. Disponível em: https://files.
cercomp.ufg.br/weby/up/190/o/SEI_UFG_-_1513032_-_Edital_MEC_
RNP_SeTI_PRAEpdf.pdf. Acesso em: ago. 2023.
106
sumário
CAPÍTULO VII
LEVANTAMENTO
BIBLIOGRÁFICO: QUALIDADE,
REGULAMENTAÇÃO E
EXPANSÃO NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO SUPERIOR ABERTA,
FLEXÍVEL OU A DISTÂNCIA NO
BDTD
109
sumário
Figura 1 - Percentual de arquivos encontrados entre os anos de 2019-2021
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
A umbanda tem fundamento
e é preciso preparar”: o papel FERNANDES,
2019 - UFN Dissertação
da educação a distância para o Stéfani Martins.
conhecimento sobre a umbanda
A [trans] formação dos
funcionários da educação básica SANTOS, Ana Lúcia
2019 - UFSM Dissertação
em educadores e cogestores dos.
escolares
A atuação do tutor como premissa AZEVEDO, Daniella
2019 - UnB para a qualidade da educação a Gonçalves Cabeceira Dissertação
distância no Poder Judiciário de.
A base de conhecimento TPAC
na formação continuada do tutor
LIMA, Danielle
2020 - UFMA dos cursos de licenciatura em Dissertação
Martins.
Educação a Distância da UEMA:
um estudo de caso
continua →
110
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
A expansão dos cursos na
modalidade à distância e a SILVA, Elliomar
2019 - UFPA Dissertação
formação inicial de professores Nascimento da.
em matemática na UFPA
A formação inicial a distância de
professores das Ciências Naturais: SILVA, Núbia Carla
2019 - UFG Dissertação
lógicas formal e dialética como de Souza.
base analítica
2020 - A influência do empresariado na QUADROS, Sérigio
Dissertação
UNICAMP reforma do Ensino Médio Feldemann.
A mediação no uso das
tecnologias digitais de informação
2019 - LISBOA, Carla
e comunicação nos cursos de Dissertação
PUC-GO Mendonça Lisboa.
formação de professores a
distância
A percepção dos alunos do curso
2019 - de Pedagogia presencial sobre PACHECO, Maria
Dissertação
UFMG a oferta da disciplina Libras na Aparecida.
modalidade de EaD.
Acessibilidade de ambiente
digital de educação a distância:
2021 - ANTUNES, Ana
Percepção de usuários surdos Dissertação
UFRGS Claudia Fagundes.
com o ensino médio completo e
incompleto
Análise da usabilidade de material
2019 - didático como instrumento de ADAMI, Luciana
Dissertação
UNESP aprendizagem no ensino superior Aparecida Mani.
na modalidade EaD
Análise das produções acadêmicas
2019 - FRANÇA, Lucinei
sobre formação de Professores a Dissertação
PUC/GO Rosa da Costa.
distância no Brasil em 2010
As concepções de licenciandos
sobre as tecnologias da
2019 - LIMA, Fernanda
informação e comunicação no Dissertação
UFPR Neja Alves de.
ensino de física, no estágio de
docência
Aulas de História nas nuvens: os
GUIMARÃES,
2020 - nós de ensinar História com o
Cláudio Santos Dissertação
UFRGS Google for Education no Ensino
Pinto.
Médio
continua →
111
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
Avaliação de curso sobre saúde
2019 - SOUZA, Maxsuellen
vocal na modalidade educação a Dissertação
UNIFOR Facundo de Moura.
distância
Avaliação do impacto de um curso
de estomatologia à distância
2020 - LÁZARO, Samara
na capacidade diagnóstica e Dissertação
UFRGS Andreolla.
autoconfiança de estudantes de
graduação em odontologia.
Caminhos e perspectivas
2019 - da coordenação de polos da PESSOA, Cláucia
Dissertação
UFSM Universidade Aberta do Brasil no Garcia.
âmbito da UFSM
Compartilhamento de
informações na Universidade
2019 - MOREIRA, Maria
Federal de Minas Gerais: um Dissertação
UFMG das Graças.
estudo de caso no Centro de Apoio
à educação à distância.
Construção e validação de um
curso em Educação a Distância
2020 - PEREIRA, Jamelson
sobre a consulta de enfermagem Dissertação
UNIFOR dos Santos.
e dos instrumentos referenciados
pela Teoria de Roy.
2020 - Crowdlearning e o desempenho LIMA, Afonso
Dissertação
UNIFOR estudantil no ensino superior Carneiro.
De mapas e sentidos:
encaminhamentos para a
elaboração de materiais para
2021- CAVALCANTE, Higor
os cursos na modalidade Dissertação
UNIOESTE Miranda.
de Educação Mediada pela
Tecnologia de Comunicação
Digital para o NEaDUNI
Desenvolvimento de revistas
didáticas como estratégia lúdica SILVA, Jefferson
2019 - UFRJ Dissertação
para o ensino da morfofisiologia Lima da.
do sistema endócrino
Desenvolvimento e otimização
de processo de granulação de
resíduo da estação de tratamento BOAVENTURA,
2019 - UFTM Dissertação
de efluentes da indústria de Bruno de Sousa.
fertilizantes para obtenção de
produto com valor agregado
continua →
112
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
Diagnóstico de dificuldades de
aprendizagem relacionadas ao
estudo da estequiometria com
2019 - FERNANDES,
alunos do ensino médio da rede Dissertação
UFRGS Rochele da Silva.
pública estadual do Rio Grande
do Sul e proposta de estratégia
didática
Direitos Autorais & EaD:
2020 - investigação de práticas de ROSA, Luciene de
Dissertação
UNESP elaboração de materiais didáticos Fátima Giroto.
para portais de ensino online
Educação sem fronteiras: espaço
PACHECO, Marcelo
virtual de discussão sobre a
2019 - UFPA Wilson Ferreira Dissertação
atuação do pedagogo na educação
et al.
não-formal
Elaboração de um curso de
2020 - capacitação EaD sobre Síndrome OSÓRIO, Marília
Dissertação
UFRGS de Abstinência Alcoólica para Borges.
equipe de enfermagem
Elaboração de uma série didática CRUZ, Paulo
2019 - UFRN - MOOCs no eixo tecnológico de Guilherme Muniz Dissertação
produção cultural e design Cavalcanti da.
Enfoque CTS no livro didático de
2019 - CARDOZO, Eduardo
geografia na educação prisional a Dissertação
UTFPR de Lara.
distância
Ensinando hidrólise salina por
OLIVEIRA, Claudinei
2019 - UFTM meio de blog na perspectiva do Dissertação
Osório de.
ensino híbrido
Ensinando hidrólise salina por
OLIVEIRA, Claudinei
2019 - UFTM meio de blog na perspectiva do Dissertação
Osório de.
ensino híbrido
Ensino à distância (EAD): sua
2019 - PUC função enquanto política pública MELLO, Leonardo
Dissertação
Goiás para a democratização do ensino Henrique Santos.
superior
Ensino a distância no Brasil e sua
2019 - PUC vinculação à lógica de mercado: SILVA, Édar Jessie
Dissertação
Goiás um estudo sobre a universidade Dias Mendes da.
norte do Paraná
continua →
113
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
2019 - Evasão na educação a distância:
BRANCO, Lilian
Universidade pontos e contrapontos à Dissertação
Soares Alves.
La Salle problemática
Formação de professores: a
2020 - educação a distância na formação MACIEL, Vanderli
Dissertação
UNINOVE continuada de professores do Jusiene dos Santos.
município de São Paulo
2020 - Guia de expressões para cientistas PINTO, Luiz Cláudio
Dissertação
UNESP empreendedores da Silva.
Implementação de gestão de
educação a distância na graduação MANSUR, Patrícia
2020 - UnB Dissertação
do programa UAB/UNB: um Floriani.
estudo de caso
O professor-tutor na educação
a distância: um estudo sobre
BONETI, Marcia
2020 - UFPR o cuidado na prática tutorial Dissertação
Regina Nogochale.
para humanizar a relação com o
estudante
Posicionamentos do self e
SILVA, Claristina
2019 - UNB constituição identitária de Dissertação
Borges da.
professores tutores na EAD
Vídeo, Comunicação e Educação
2019 -
Matemática: um olhar para
UNESP FONTES, Bárbara
a produção dos licenciandos Dissertação
Campus Rio Cunha.
em matemática da educação a
Claro
distância
Videoaulas como recurso didático
para capacitação de servidores da SILVA, Réa Silvia
2019 - UFTM Dissertação
Universidade Federal do Triângulo Kizewsky da.
Mineiro
2019 - PUC/ Recursos educacionais abertos: LAURENTINO,
Dissertação
SP usos e adaptações no Brasil Josiane Camacho.
Atividades para estudo de
2019 - SILVA, Rodrigo
integrais em um ambiente de Dissertação
UTFPR Tavares da.
ensino híbrido
Desenvolvimento de habilidades
cognitivas por meio de uma
2021 - BARBOZA, Darléia
sequência de aulas experimentais Dissertação
UFRGS Alessandra Posser.
investigativas de química orgânica
no ensino médio
continua →
114
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
Divisão e multiplicação de
polinômios com o auxílio
2019 - COUTINHO, Dayane
de materiais manipuláveis Dissertação
UTFPR Moara.
e tecnologias sob o olhar da
representação semiótica
Ensino ativo de filosofia: aliando
2020 -
a pedagogia do conceito com GODOI, F. P. Dissertação
UNESP
tecnologias digitais
Ensino híbrido de histologia em MARTINS, Joseane
2020 - UFPR Dissertação
turmas de inclusão de surdos Maria Rachid.
Fisiologia do sistema sensorial:
MELO, Adriana
estratégias de práticas pedagógicas
2020 - UFJF Aparecida Souza Dissertação
para o ensino de fisiologia
Rosa.
sensorial no ensino médio
Formar-se para formar: formação
continuada de professores da
2019 - KRAVISKI, Mariane
educação superior — em serviço Dissertação
Uninter Regina.
— em metodologias ativas e
ensino híbrido
Geometria e ensino híbrido... você
2019 - PUC- já ouviu falar? uma formação RODRIGUES, Renata
Dissertação
SP continuada de professores do Udvary.
Ensino Fundamental I
Inserção de sequências didáticas
em ambientes virtuais de BORGES, José
2019 - UEG Dissertação
aprendizagem e sua aplicação Augusto.
pelos professores de biologia
Metodologias Ativas do Ensino de
2020 - OLIVEIRA, Gabriela
Ciências para a formação de um Dissertação
Unesp-Bauru Aparecida de.
sujeito ecológico
Neurociência cognitiva e ensino
híbrido: investigando o modelo MORAIS, Juliana
2019 - USP Dissertação
por rotações no ensino de Marcondes de.
matemática
O ensino híbrido – Blended
2021 - PUC- Learning: Uma proposta para SOUZA, Marcelo
Dissertação
MG o estudo de cônicas em cursos Mesquita de.
superiores
Pontes de Ensino: Caminhos para CRUZ, Suellainy
2019 - UFPA Dissertação
o Ensino Superior Híbrido Vieira da.
continua →
115
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
Rotação por estações como
2020 - estratégia para o ensino de COUSSIRAT, Roberta
Dissertação
UFRGS radiações e radioatividade para Santos da Silva.
estudantes de ensino médio
Avaliação da autoeficácia
de estudantes do 4° ano de
2019 -
Medicina em duas escolas com LOPES, J. M. Dissertação
UNIFENAS
metodologias de ensino diferentes
(PBL X Tradicional)
Formação docente em um site de
2019 - rede social para professores de
SANTOS, Daniel dos. Dissertação
UNICAMP PLE: da organização e dos indícios
de identidades
A docência no ensino técnico
integrado ao ensino médio
2021 - PUC/ BAYER, Julia Sotto-
durante o ensino remoto: as Dissertação
SP Maior.
significações de professores de
um campus do IFSP
As representações semióticas no
2021 - QUEIROZ, Diego da
estudo de inequações no ensino Dissertação
UFSCAR Silva.
médio
Estratégia para a construção
de vídeos interativos: conceitos
GUIMARÃES,
2019 - da sequência fedathi e da
Marisângela Maria Dissertação
UNIFOR microlearning aplicados
Ribeiro.
para ambientes virtuais de
aprendizagem
Ressignificando as aulas de Dissertação
2021 - PUC matemática com metodologias MOTA, Tatiane
MINAS ativas para o estudo de áreas de Pertence da Silva.
figuras planas no ensino remoto
A acessibilidade e a usabilidade
VIANNA, Adriana
2019 - USP nos ambientes virtuais de Tese
Beatriz Botto Alves.
aprendizagem e o estudante surdo
A legislação da educação a
2019 - distância no Brasil: uma análise PEREZ, Alessandra
Tese
UFSCAR discursiva materialista dos Fracaroli.
conceitos de aluno e professor
A percepção do professor sobre o
2020 - PUC-
uso de ferramentas nos ambientes SANTOS, Alexandre. Tese
SP
virtuais de aprendizagem
continua →
116
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
A política pública de formação
de professores na modalidade a
2019 - UEPG distância e o habitus do egresso FOLTRAN, E. P. Tese
do Curso de Licenciatura em
Pedagogia da UEPG
Acessibilidade em plataforma de
educação a distância: um olhar a
2019 - GOES, Camila
partir dos usuários surdos sobre Tese
UFRGS Guedes Guerra.
os princípios de acessibilidade na
Web
Aprendizagem na/da docência
digital na perspectiva do
ROZA, Jiani Cardoso
2019 - UFMS B-Learning e do TPACK na Tese
da et al.
produção compartilhada de novas
pedagogias
Aspectos da avaliação online
2020 - no contexto de uma disciplina MACIEL, Domício
Tese
UNESP de um curso de licenciatura em Magalhães.
Matemática a distância
Avaliação do Projeto \’ECOAR\’ -
Educação, Comunicação, Atitude
e Responsabilidade - Educação a
USP - 2019 Distância para guarda responsável VIARO, Osleny. Tese
de animais de estimação,
prevenção de agravos e zoonoses
sob a ótica \’One Health\’
2020 - Avaliação qualitativa imediata de RIEDO, Cassio
Tese
UNICAMP produções escritas em EaD. Ricardo Fares.
Creche: proposta de curso
2019 - presencial e a distância para atuar GARCIA, Rafael Vilas
Tese
UFSCAR com alunos com Transtorno do Boas.
Espectro Autista
EaD e ambientes virtuais de
aprendizagem: dimensões
2019 - USP OLIVEIRA, É. Tese
orientadoras para seleção de
mídias
Indicadores para a produção de
materiais didáticos digitais na
JAMUR, Helenice
2020 - UFPR educação à distância: interação Tese
Ramires.
e hipertexto a partir do ponto de
vista dos estudantes
continua →
117
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
Institucionalização do ambiente
2019 - virtual de aprendizagem no
VIEIRA, Ana Paula. Tese
UFTPR ensino superior: o caso da
Universidade Federal do Paraná
Intersemioses em vídeos
2020/ NEVES, Liliane
produzidos por licenciandos em Tese
UNESP Xavier.
Matemática da UAB
Mobilização de saberes para o
ensino de ciências na perspectiva
2019 - CALADO, Ednara
ciência, tecnologia e sociedade Tese
UFRPE Félix Nunes.
(CTS): interfaces com a formação
inicial docente na EAD
MP-SocioAVA: modelo pedagógico
2019 - com foco nas interações sociais RIBEIRO, Ana
Tese
UFRGS em um ambiente virtual de Carolina Ribeiro.
aprendizagem
O ambiente de potencial formação
(APF) como mediação para a
DILLENBURG,
2021 - UFSM acessibilidade de estudantes com Tese
Andreia Ines.
deficiência na educação superior
a distância
O desafio da inserção das
2020 - PEREIRA, Adriana
metodologias ativas no ensino em Tese
UNIFESP Teixeira.
saúde: narrativas de docentes
O trabalho docente e educação
2019 - PUC- Oliveira, Gislene
a distância na Universidade Tese
GO Lisboa de.
Estadual de Goiás
Política pública de regulação:
processo de habilitação
2019 - UFC SILVA, Ana Lúcia da. Tese
institucional de uma IFES para
oferta de educação a distância.
Reflexões sobre a implementação
da oralidade no projeto de
SHIBAYAMA, Ayumi
2020 - UFPR ensino de português como língua Tese
Nakaba.
estrangeira a distância no CELIN/
UFPR
Zona de Desenvolvimento
Iminente nas Práticas Pedagógicas
2019 - PUC/ ORTEGA, Lenise
da Educação a Distância Online: Tese
UFMG Maria Ribeiro.
reflexões para subsidiar o
processo ensino-aprendizagem
continua →
118
sumário
REFERÊNCIA
ANO/IES TÍTULO (citação do TIPO
documento ABNT)
Consciência e ação em design de
SILVA, Claudia
2019 - interação: recursos e práticas
Bordin Rodrigues Tese
UTFPR educacionais abertas para o
da.
esperançar
Aluno cocriador? Os efeitos da
2020 - PUC/ FIALHO, Waldiane
Cocriação de Valor no ensino Tese
MG de Ávila.
superior híbrido
Avaliação da aprendizagem na
educação online: construindo ARAÚJO, Renata
2019 - UFPE Tese
elementos para um avaliar Kelly de Souza.
interativo-mediador
Formação e educação online para
o desenvolvimento profissional
PEREIRA, Socorro
2019 - UFS na iniciação à docência: Tese
Aparecida Cabral.
uma pesquisa-formação na
cibercultura
A formação profissional em
Serviço Social por meio do Ensino
2020 - FABRÍCIA, Cristina
a Distância: uma análise histórico- Tese
UNESP de Castro Maciel.
crítica a partir da realidade
Mineira.
Objeto digital de ensino e
aprendizagem à luz da teoria da
2021 - complexidade: outras práticas LUDOVICO, Francieli
Tese
UFRGS docentes na formação inicial Motter
de professores de línguas
estrangeiras
Fonte: Elaborado pelos autores.
119
sumário
2. Apresentação dos Dados
REGISTROS REGISTROS
DESCRITORES REPOSITÓRIO
ENCONTRADOS SELECIONADOS
Conceitualização OR
Conceito OR Concepção OR
BDTD 63 14
Fundamentos AND Educação
a distância
Conceitualização OR
Conceito OR Concepção OR
BDTD 02 0
Fundamentos AND Educação
Aberta
Conceitualização OR
Conceito OR Concepção OR
BDTD 0 0
Fundamentos AND Educação
Flexível
Conceitualização OR
Conceito OR Concepção OR
Fundamentos AND Educação BDTD 15 1
OR Ensino AND Híbrido OR
Híbrida
Conceitualização OR
Conceito OR Concepção
BDTD 5 1
OR Fundamentos AND
E-learning
Conceitualização OR
Conceito OR Concepção OR
BDTD 6 0
Fundamentos AND Educação
OR Ensino AND Remoto
Fonte: Elaborado pelos autores.
120
sumário
Logo após iniciou-se uma nova fase na pesquisa, na qual foi
realizada uma filtragem nos documentos, verificando assim sua
pertinência e relação com o objeto de pesquisa. Os documentos fo-
ram classificados, de acordo com sua relevância para a pesquisa,
em três grupos: alto, médio e baixo. Em consenso, a equipe de pes-
quisadores da rede definiu os documentos a serem considerados
e analisados, sendo selecionados somente aqueles com alto nível
de relevância com a pesquisa. Das 61 dissertações, somente 10
possuíam esse alto nível. Assim como as dissertações, nem todas
as teses foram selecionadas: das 28 teses encontradas somente 16
foram escolhidas. Nas tabelas a seguir são apresentados o quanti-
tativo de registros que foram selecionados (Tabela 2), seguido do
de registros escolhidos de acordo com o levantamento da segunda
parte de análise quanto à pertinência (Tabela 3).
Tabela 2 - Quantidade de trabalhos específicos encontrados
DISSERTAÇÕES TESES
RE* RE
61 28
*
RE: Registros Encontrados.
Fonte: Elaborado pelos autores.
DISSERTAÇÕES TESES
RE* RS* RE RS
61 10 28 6
*
RE: Registros Encontrados e RS: Registros Selecionados.
Fonte: Elaborado pelos autores.
121
sumário
2.1 Incidência das palavras-chave utilizadas nos trabalhos
selecionados mais recorrentes e menos recorrentes
Referências
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Courses as the Initial Stage of Development of a Digital University. Journal
os Social Studies Education Research, 2021, v. 12, p. 126-151. Dis-
ponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1307199.pdf. Acesso em:
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Educational Resources: A Post-Project Analysis. Open Learning: The Jour-
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DANIEL, Jhon S. Open Universities: Old Concepts and Contemporary
Challenges. International Review of Research in Open and Distribut-
ed Learning, v. 20, n. 4, 2019. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/
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EDDY, P.; SHARMA, B.; CHAUDHARY, K. Digital Literacy: A review of Lit-
erature. International Journal of Technoethics, v. 11, 2020. Disponível
123
sumário
em: https://www.igi-global.com/gateway/article/full-text-pdf/258971?
ct=-8585559518261453427. Acesso em: 23 fev. 2022.
HOULDEN, S.; GEORGE, V. The problem with flexible learning: neolib-
eralism, freedom, and learner subjectivities. Learning, Media and
Technology, v. 46, n. 2, p. 144-155, 2021. Disponível em: https://www.
tandfonline.com/doi/full/10.1080/17439884.2020.1833920. Acesso em:
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MARTIN, M.; GODONOGA, A. Policies for flexible Learning Pathways in
Higher Education. França: Unesco, 2020. Disponível em: https://unes-
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OSSIANNILSSON, E. Flexible Learning in a Digital World. Sweden:
Lund University, 2002. Disponível em: https://lup.lub.lu.se/search/ws/
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124
sumário
CAPÍTULO VIII
IMPRECISÃO SOBRE A
QUALIDADE NA EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA: REFLEXÕES À
LUZ DE UMA PERSPECTIVA
SOCIALMENTE REFERENCIADA
Alessandra Maieski
UFMT
Arquivos Arquivos
Descritores
Encontrados Selecionados
1. Conceitualização OR Conceito OR
Concepção OR Fundamentos AND Educação 63 14
a distância
2. Conceitualização OR Conceito OR
Concepção OR Fundamentos AND Educação 02 0
Aberta
3. Conceitualização OR Conceito OR
Concepção OR Fundamentos AND Educação 0 0
Flexível
4. Conceitualização OR Conceito OR
Concepção OR Fundamentos AND Educação 15 1
OR Ensino AND Híbrido OR Híbrida
5. Conceitualização OR Conceito OR
04 1
Concepção OR Fundamentos AND E-learning
6. Conceitualização OR Conceito OR
Concepção OR Fundamentos AND Educação 06 0
OR Ensino AND Remoto
Total (dos seis descritores) 90 16
Fonte: dados da pesquisa EaD, Região Centro-Oeste, 2022.
O professor-tutor na educação a
BONETI,
distância: um estudo sobre o cuidado na
1 Marcia Regina D
prática tutorial para humanizar a relação
Nogochale
com o estudante/ 2020/ UFPR
133
sumário
entre professores e estudantes, em lugares e tempos diversos (Bra-
sil, 2017, art. 1°). O Decreto ainda indica as seguintes possibilida-
des: “a educação básica e a educação superior poderão ser oferta-
das na modalidade a distância nos termos deste Decreto, observa-
das as condições de acessibilidade que devem ser asseguradas nos
espaços e meios utilizados” (Brasil, 2017, art. 2°).
Especificamente abordando a IES, cuja tradição na oferta da
EaD não pode ser negada, observamos um movimento crescente
nas matrículas na modalidade, como se visualiza no Gráfico 1. Se-
gundo os dados do Resumo técnico do Censo da Educação Superior
2020, que compila os dados da pesquisa estatística operacionali-
zada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), anual e declaratória, realizada em todo o
território nacional, o número de ingressantes somava um total de
431.597 no ano de 2011 e chegou ao total de 2.008.979 em 2020.
Enquanto as matrículas na EaD seguiram uma tendência de cresci-
mento contínua, os ingressantes presenciais apresentaram tendên-
cia de queda a partir de 2014 (passaram de 1.915.098, em 2011,
para 1.756.496, no ano de 2020) (INEP, 2022).
Gráfico 1 - Evolução do número de ingressante de graduação – presencial
e a distância (2011-2020)
135
sumário
fazer educação, ainda apresenta resistência por parte da so-
ciedade em si.
136
sumário
Oliveira (2019) aborda a temática da qualidade em variados
momentos da tese, um deles ao definir os cursos EaD com base na
Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Em outro
momento, a autora discorre sobre a qualidade, mas sem definir
o que a caracteriza, além de trazer alguns aspectos para pensar a
EaD, que são pistas/elementos para o que considera qualidade na
modalidade, o que envolveria inovação e utilização das TIC “inclu-
sive com o desenvolvimento de equipamentos tecnológicos e soft-
wares adequados a esta modalidade de ensino, bem como refletir
acerca dos procedimentos didáticos a serem utilizados na edu-
cação online” (2019, p. 39). A autora também explicita a necessi-
dade do debate sobre qualidade: “A discussão permanente gira em
torno da questão ‘qualidade’. Não só das tecnologias utilizadas,
mas do processo em geral” (Oliveira, 2019, p. 64).
E. Silva (2019) estabelece a diferenciação entre “Qualidade So-
cial” e “Qualidade Total”, tomando a segunda como subsídio. Na
dissertação, o autor, apesar de trabalhar com questões mais am-
plas no início das discussões, termina por indicar a dimensão mi-
cro para se pensar qualidade:
produção de material didático, capacitação das equipes mul-
tidisciplinares, implantação de polos de apoio presencial
e disponibilização dos demais recursos de apoio didático
educacionais, bem como com a implantação (metodologia e
equipe) da gestão do sistema de Educação a Distância (Silva,
E., 2019, p. 101).
137
sumário
tância da interação e afetividade para a permanência dos estudan-
tes. A permanência é um indicador de qualidade porque ultrapas-
sa a ideia de acesso e democratização ao ensino superior (Branco;
Conte; Habowski, 2020, p. 147). Chama a atenção ainda o emprego
de Ensino a Distância como sinônimo de Educação a Distância.
Boneti (2020) aborda o papel do tutor na qualidade do proces-
so de ensino-aprendizagem. A autora menciona brevemente que a
qualidade na EaD implica investimento financeiro e trabalho, equi-
pes profissionais e tecnologias que possibilitem novas formas de
aprendizagem individual e coletiva. Ela cita Ricardo Antunes de Sá
para falar de qualidade: “Um sistema de EaD que prima pela qualida-
de do processo pedagógico, no qual os agentes educativos se inter-
-relacionam e interdependem, garantirá que o estudante, embora
distante do centro escolar, disponha de todos os recursos para de-
senvolver seus estudos nas localidades onde funcionam os polos
ou centro associados” (Sá, 2007, p. 82-83 apud Boneti, 2020, p. 29).
Considerar a qualidade como um todo envolve o conjunto de
elementos que a compõem, tais como a formação com base em
uma concepção democrática, que não se direcione à venda de di-
ploma, ou seja, não esteja atrelado à lucratividade e ao aligeira-
mento, como se a matrícula na EaD fosse um mecanismo de fazer
dinheiro por meio de otimização dos recursos (com aulas/vídeos
que impessoalmente são transmitidas por anos a fio, bem como
atividades padronizadas aplicadas a muitas turmas); considerar a
escola como espaço de experimentação e a profissão docente como
possibilidade de criação e recriação de saberes e fazeres, o que re-
quer autonomia, resgate da autoridade docente (no sentido da au-
toria) nos processos educativos; além de compreender, de forma
inequívoca, o processo educativo como um movimento para eman-
cipação. É com fundamento nessas bases que seria possível pensar
em qualidade em sua completude.
Caso a qualidade seja observada desarticuladamente ou de
modo fatiado, corre-se o sério risco de rumar para uma EaD con-
fundida com adoção emergencial das tecnologias digitais no perío-
138
sumário
do em que o distanciamento social consistiu em necessidade (o que
leva à ideia de que, passado o período pandêmico, não precisamos
mais discuti-la ou nos preocuparmos com regulação e instituciona-
lização), desvalorizada em seu potencial de ensino-aprendizagem
com dinamicidade e interatividade, reforçando o olhar negativo e a
incompreensão sobre a modalidade.
Nesse sentido, a busca pelos descritores relacionados à EaD (pa-
râmetros de avaliação) constituiu uma forma de identificar e com-
preender a visão que os trabalhos trazem e se deles seria possível
captar referência indireta ao que se indica como qualidade. Quanto à
imprecisão conceitual sobre qualidade, parece-nos que há mais uma
tendência à apropriação da qualidade com foco em aspectos pon-
tuais, o que gera essa incompreensão mais geral do que signifique
esse aspecto da EaD. Vejamos como uma instituição privada (que
não nomearemos por questão ética de preservação da imagem e por
pensarmos que é representativa de outras tantas) busca, em seu en-
dereço eletrônico, valorizar alguns pontos ao afirmar que a institui-
ção possui infraestrutura moderna, com salas de aula e laboratórios
bem equipados, além do corpo docente formado por professores
mestres e doutores com experiência de mercado, bem como pontua,
especificamente fazendo referência à EaD, que valoriza seu quadro
de tutores, composto por especialistas, mestres e doutores, além dos
encontros presenciais que acontecem uma vez por semana no polo.
Conclusão
Referências
140
sumário
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142
sumário
CAPÍTULO IX
145
sumário
Garrison e Vaughan (2008) tratam do EH mais voltado às prá-
ticas de Ensino Superior e o compreendem como integração orgâ-
nica, entendida como a seleção cuidadosa, refletida, planejada de
experiências de aprendizagens significativas e enriquecedoras em
que são utilizadas abordagens e tecnologias on-line que se comple-
mentam em um processo sinérgico no qual o todo é maior que a
soma deles e não simplesmente sua justaposição, sugerindo algo
maior que um aparafusamento de tecnologias, metodologias, abor-
dagens díspares, sem uma visão clara do resultado.
Von Bertalanffy (2014), ao tratar da teoria de sistemas, des-
creve uma prática interdisciplinar de sistemas com componentes
interativos, aplicáveis à Biologia, Cibernética, Administração, mas
que podem ser adaptáveis a outros contextos, em que todo orga-
nismo (no nosso caso, o processo de ensino-aprendizagem) repre-
senta um sistema, termo com o qual se quer dizer um complexo de
elementos em interação mútua. Cada parte individual (cada indiví-
duo) e cada evento individual (método, tecnologia ou abordagem)
dependem não apenas das condições dentro de si, mas também,
em maior ou menor grau, das condições dentro do todo (desse sis-
tema híbrido) ou dentro das unidades superordenadas das quais
faz parte. Portanto, o comportamento de uma parte isolada (mé-
todo, tecnologia ou abordagem) é, em geral, diferente de seu com-
portamento no contexto do todo (em hibridismo). Além disso, o
todo real (a mescla) apresenta propriedades que estão ausentes de
suas partes isoladas.
Como bem salienta Peters (2013), sinergias podem ser defini-
das onde o poder combinado de um grupo de coisas quando estão
trabalhando em conjunto é maior do que o poder total alcançado
por cada uma dessas coisas trabalhando separadamente. Portan-
to, o blended learning, ou ensino híbrido como aqui tratamos, está
ligado ao processo sinérgico que a simples soma de metodologias,
tecnologias ou abordagens não é capaz de alcançar.
Assim, um processo misto de aprendizagem (híbrido) não tra-
ta pura e simplesmente da aplicação de tecnologias e momentos
146
sumário
“tradicionais” de sala de aula presencial. Os estudantes podem até
ser abertos com relação ao uso de tecnologias em sala de aula, mas
querem vê-las sendo utilizadas de forma apropriada e não apenas
a tecnologia pela tecnologia. Por isso, o uso do EH deve estar as-
sociado a uma compreensão e uma proposta de currículo que vise
uma determinada formação de sujeito social e se utilize de modos
de organização de práticas pedagógicas que atendam a esse cur-
rículo, não correndo o risco de haver o uso apenas de atividades
sobrepostas, isoladas com um fim em si mesmas e sem um alinha-
mento teórico-metodológico e curricular mais abrangente, o que
iria de encontro ao que aqui se entende como integração orgânica
de um ensino híbrido.
Compreendido o EH como integração orgânica, verificamos que
sua efetivação só é possível por meio de práticas pedagógicas or-
ganizadas por professores que o entendam dessa forma, o que en-
seja a formação continuada desses professores como fundamental.
Ademais, pode-se pensar a adoção do ensino híbrido como proces-
so de integração orgânica na formação de professores (ao longo da
vida no trabalho) e para a formação de professores (na melhoria de
sua práxis pedagógica).
Quando se usa o ensino híbrido em um processo de integração
na formação de professores será possível que o próprio docente
problematize o “como eu aprendo?” e o “como eu ensino?”; sele-
cionando metodologias, abordagens e tecnologias, percebendo e
provendo os links com as metodologias tradicionais no seu próprio
processo de aprendizagem, sendo capaz de identificar quão perto
ou quão longe a sua prática está de uma integração orgânica efeti-
va, que resulta na sinergia.
A utilização do ensino híbrido em um processo de integração
para a formação de professores no qual se espera que a etapa do
contato com o hibridismo na formação já tenha sido superada pre-
tende a melhoria de sua práxis pedagógica, e a principal medida
desse impacto será a mudança qualitativa no próprio processo e
nos resultados da aprendizagem dos estudantes. As interações su-
147
sumário
cessivas entre professores e estudantes quanto às abordagens, me-
todologias e tecnologias em adoção são fundamentais para alinhar
o caráter “orgânico” do ensino híbrido e atribuir “vida” ao processo
de ensino-aprendizagem. Bergmann e Sams (2016) enfatizam que
propostas de ensino híbrido necessitam ser pensadas com base na
reconstrução do papel do professor, em que este deixa de ser um
transmissor de conceitos e assume funções de mediador na cons-
trução de saberes mediados por tecnologias digitais.
No contexto escolar, as TDICs se apresentam com grande varie-
dade de recursos que podem ser utilizados e orientam a proposta
de ensino diferente do tradicional. Para Saccol, Schlemmer e Bar-
bosa (2011, p. 2), “não basta ter acesso a novas tecnologias que
possam ser usadas de forma combinada; é preciso, sobretudo, sa-
ber como utilizá-las para propiciar a aprendizagem dos sujeitos”.
Em consenso que o desenvolvimento do ensino híbrido pres-
supõe o uso de TDICs e que essas devem ser apropriadas por pro-
fessores e estudantes, não podemos pensar que apenas investi-
mentos em novas tecnologias, supercomputadores, hologramas e
tabletes garantirá aulas inovadoras, eficientes ou com uso qualita-
tivo do ensino híbrido. O que se apresenta é a necessidade de aliar
todo o investimento tecnológico disponível à formação continuada
de professores (Moran; Masetto; Behrens, 2013), assegurando que
haja uma ruptura nos usos tecnocêntricos e instrumentalizadores
das TDICs para a sua utilização de forma colaborativa e interativa
na formação de sujeitos mais autônomos e críticos.
Como proposta de formação continuada de professores para o
uso de novas tecnologias digitais, Bacich e Moran (2018) alertam
para que este processo seja uma proposta institucional de recons-
trução dos caminhos educacionais e não seja realizada por meio de
imposição e apresentação de novas TDICs. A formação de profes-
sores para e por meio de recurso digitais deve ser um momento de
inspiração para o desenvolvimento de programas de formação do-
cente. Um primeiro passo para esse processo é fomentar o uso do
ensino híbrido como metodologia das/nas formações continuadas
de professores. 148
sumário
Trajetória Metodológica
150
sumário
Teses e Dissertações da Capes? Quais os tipos de estudos são mais
frequentemente realizados? Quais os referenciais teóricos utiliza-
dos para o estudo sobre o ensino híbrido? Como o ensino híbrido
é caracterizado nos estudos encontrados? Quais assuntos são mais
recorrentemente abordados em relação ao ensino híbrido?
Todas as produções selecionadas para essa análise foram disser-
tações oriundas de Programas de Mestrado Profissional nas áreas
de Gestão Educacional; de Ciências e Tecnologias da Educação;
em Ensino de Biologia e em Educação e Novas Tecnologias, sendo
duas delas de IES privadas e as outras duas de IES públicas. Dentre
os quatro trabalhos selecionados, um abordou sobre o Ensino Su-
perior e os outros três sobre a Educação Básica, envolvendo tanto o
aspecto de experiências no uso de TDICs e do ensino híbrido como
proposta metodológica quanto de seus usos em propostas de for-
mação continuada de professores.
A dissertação de Nonaka (2021) buscou analisar a percepção
dos professores do 5º ano do colégio Loyola, da Rede Jesuíta de
Educação do município de Belo Horizonte/MG, sobre a vivência
compartilhada com estudantes, em sua pluralidade, sobre a práti-
ca pedagógica híbrida iniciada no cotidiano escolar em tempos de
pandemia. A investigação constitui-se em um estudo de campo, de
abordagem qualitativa, que teve como procedimento de produção
de dados o uso de questionário com quinze professores responsá-
veis pelo ensino das turmas de 5º ano no ano de 2020. O referen-
cial teórico principal adotado pela pesquisadora para abordar os
conceitos de Tecnologias Digitais e Ensino Híbrido foram os estu-
dos de Christensen, Horn e Staker (2013); Bacich, Neto e Trevisani
(2015); Moran (2018) e Silva e Sanada (2018).
Nonaka apresenta o conceito de Ensino Híbrido formulado por
Christensen, Horn e Staker (2013), como um programa de Educa-
ção Formal no qual o estudante aprende por meio do ensino on-
-line e, em parte, em uma localidade física, supervisionada pelo
professor, de modo que essas atividades devem ser conectadas, as-
segurando uma experiência de educação integrada. A pesquisado-
151
sumário
ra avança nesse conceito e aborda o EH como um novo modelo de
escola, tendo o hibridismo como um novo tempo que rompe com
as formalidades da escola tradicional, inclusive no que diz respeito
às “relações entre professores e alunos; espaços de aprendizagem
(extraescolar); compatibilidade de diferentes ritmos e estilos de
aprendizagem; construção de autonomia e corresponsabilização”
(Nonaka, 2021, p. 41), exigindo um ensino personalizado que con-
sidere a pluralidade de aprendizagens e entenda a inclusão sob o
ponto de vista da democratização de oportunidades e afirmando
que o EH não é o intercalamento do presencial com o on-line, mas
que avança para uma formação integrada, colaborativa, crítica, au-
tônoma e cidadã dos estudantes.
A dissertação de Esperança (2021) objetivou desenvolver um
curso de formação continuada como produto educacional, por meio
da plataforma digital Google Classroom, que contribuísse para a for-
mação de docentes da Educação Básica de uma escola municipal do
município de Pelotas/RS, direcionado ao modelo de Ensino Híbri-
do Laboratório Rotacional. Foi desenvolvida uma pesquisa-ação de
cunho qualitativo, estruturada em três fases: planejamento, estru-
turação da formação na plataforma digital, educacional, implemen-
tação e avaliação. A técnica e instrumento para produção de da-
dos utilizado foi o questionário com questões abertas, sendo usado
o Discurso do Sujeito Coletivo como método de análise dos dados,
apresentando a percepção desses professores em relação à partici-
pação na formação continuada. Foram sujeitos do estudo vinte do-
centes atuantes no Ensino Fundamental da escola investigada.
O referencial teórico adotado pela pesquisadora incluiu os estu-
dos de Tardif (2014), Imbernón (2005), e Libâneo (1998) para o em-
basamento sobre a formação continuada de docentes; Moran (2006,
2012, 2018, 2021), Bacich (2015, 2018) e Horn e Staker (2015) para
dar conta dos fundamentos teóricos sobre o ensino híbrido.
Esperança (2021) parte do conceito de ensino híbrido como uma
abordagem, um modelo pedagógico que combina as interações pre-
senciais e atividades realizadas por meio das TDICs, em que seu ob-
152
sumário
jetivo fundamental é reafirmar a centralidade do processo de ensino
e de aprendizagem para o aluno, e não mais para o professor, as-
segurando que professores e estudantes aprendam mutuamente em
espaços e tempos variados, diferenciando-se, dessa maneira, de um
modelo tradicional de ensino. Da mesma forma, Esperança (2021,
p. 44) compreende o ensino híbrido como a “integração orgânica das
abordagens de tecnologias presenciais e on-line, meticulosamente
selecionadas e complementares”, utilizando-se dos estudos de Garri-
son e Vaughan (2008) para essa compreensão.
A dissertação de Kraviski (2019) teve por objetivo estruturar,
aplicar e avaliar o produto “Formar-se para Formar” como curso
de extensão em formação continuada destinado a professores de
uma IES privada, atuantes em licenciaturas, com modelos de ensi-
no híbrido, metodologias ativas e tecnologias educacionais. Parti-
ciparam efetivamente da investigação trinta professores. O curso
foi desenvolvido de modo híbrido e baseado nos estudos de Horn
e Staker (2015). Durante seu desenvolvimento foram realizados
procedimentos de produção de dados como a observação partici-
pante durante as atividades presenciais e o acompanhamento das
atividades on-line realizadas pelos sujeitos do estudo no Ambiente
Virtual de Aprendizagem, tendo sido realizada a aplicação de ques-
tionário de autoavaliação aos mesmos professores.
O referencial teórico adotado pela pesquisadora teve como
principais autores Moran (2010, 2013, 2015, 2018); Bacich (2015,
2018) e Horn e Staker (2015) acerca dos fundamentos teóricos do
ensino híbrido; Kenski (2013) foi a base para as tecnologias edu-
cacionais utilizadas no ensino presencial e a distância; Imbernón
(1994, 2005, 2016), Nóvoa (2017) e Libâneo (1998) para o emba-
samento sobre a formação continuada de professores e Christen-
sen (2009, 2013), Filatro e Costa Cavalcanti (2018) e Mattar (2014,
2016) auxiliaram com relação à capacidade do professor de gerar
conhecimento pedagógico por meio da prática educativa para uma
sala de aula inovadora e mediada por metodologias ativas.
153
sumário
Kraviski (2019) anuncia sua compreensão de EH como definida
por Horn e Staker (2015), em um programa de educação formal
que mescla momentos em que o aluno estuda os conteúdos e ins-
truções usando recursos on-line e dividindo-o em três partes. Entre
os resultados apontados em sua dissertação, ressaltamos a ênfase
atribuída à formação docente como sustentação para o desenvolvi-
mento de práticas pedagógicas que superem uma abordagem tra-
dicional de ensino e utilize as TDICs e as metodologias ativas de
forma a desenvolver processos de ensino e aprendizagem significa-
tivos, colaborativos e interativos.
A dissertação de Macedo Júnior (2021) foi a única selecionada
que contemplava o termo ensino híbrido somente em suas palavras-
-chave, sendo ausente no título do trabalho. O estudo objetivou in-
vestigar a contribuição do aplicativo WhatsApp como ferramenta
pedagógica no processo de ensino e aprendizagem da disciplina de
Biologia e caracterizou-se por uma abordagem qualiquantitativa,
com a produção de dados desenvolvida por meio do uso de ques-
tionários diagnósticos e análise de fóruns de discussão em grupos
criados no WhatsApp. Contou com a participação de 31 alunos, com
idades entre 17 e 45 anos, de duas turmas do turno noturno de uma
escola pública estadual do município de Teresina/PI, que participa-
ram de práticas experimentais com utilização de ferramentas tec-
nológicas como recurso metodológico nas aulas de Biologia.
O referencial teórico que fundamentou os estudos sobre for-
mação docente foi composto por Nóvoa (2009, 2019) e Perrenoud
(2007). A fundamentação utilizada para a compreensão das TDICs
contemplou os estudos de Levy (1999), Saccol, Schlemmer e Barbo-
sa (2011) e Kenski (2003), principalmente. Sobre o ensino híbrido,
o pesquisador encontra em Silva e Camargo (2015), Bacich, Neto e
Trevisani (2015), Moran (2015), Lima e Moura (2015), Bergmann
e Sams (2016) e Barcelos e Batista (2019) as bases principais de
seu posicionamento sobre o tema.
Os autores mencionados anteriormente tratam do ensino híbrido
sempre associado ao uso das tecnologias digitais combinadas com
154
sumário
atividades presenciais, tendo-o como modo inovador de se fazer o
ensino. Contudo, aspectos como ensino colaborativo, integração,
papel do professor como mediador e personalização de modos de
ensino são encontrados no estudo de Macedo Júnior (2021), tal
qual encontramos também a necessidade da formação de profes-
sores para o desenvolvimento do EH, tido por Silva e Camargo
(2015) como modernização da aprendizagem.
Das quatro dissertações que compõem o corpus deste estudo, é
apenas nos estudos de Macedo Júnior (2021) que vimos contem-
plada a associação do Ensino Híbrido ao currículo como proposta
de política escolar, por meio do estudo de Cannatá (2015).
Conclusão
Referências
157
sumário
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sumário
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159
sumário
CAPÍTULO X
EDUCAÇÃO FLEXÍVEL E
SUSTENTADA: DESAFIOS PARA A
EDUCAÇÃO SUPERIOR
163
sumário
tona o conceito de Internet of Everything (IoE). Nesse cenário, emer-
ge uma questão primordial: o que significa ser humano numa época
hiperconectada (Floridi, 2015) em constante transformação?
A transformação digital leva cada vez mais à digitalização de
todas as superfícies e ao desenvolvimento de um mundo bit, ressal-
tando a necessidade de um ecossistema conectivo que contempla
ecologias interativas e complexas, que muda o modo como as pes-
soas vivem, interagem, estudam, trabalham e procuram formas de
inserção no complexo mercado de trabalho. Contudo, há um gap na
relação entre a era digital, tecnologias como forças ambientais e a
formação de pessoas. Considera-se assim que o poder da educação
está, sem dúvida, nas ações que ajudam as pessoas a se conectarem
com o mundo, com os outros, com a ciência, com o conhecimento e
com a inovação.
O mundo conectado muda a construção do conhecimento, pro-
pagação, disseminação, compartilhamento e como as pessoas fazem
uso dele. Abre-se outros caminhos para a educação, com todos os
contornos exigidos para que aconteça garantindo também a equida-
de, que passa por políticas sustentadas, que incorporem o digital e
destaquem o papel interacional entre professores e estudantes.
Contribuindo para a compreensão da educação na sociedade
reticular, Moreira e Schlemmer (2020) distinguem terminologias e
conceitos muito semelhantes que compõem o universo da educa-
ção conectada e em rede e observam que algumas conceituações
dão foco a aspectos tecnológicos, ao passo que outras enfatizam o
potencial pedagógico da educação mediada por tecnologias digi-
tais. Quando o foco é no pedagógico, as definições ora centram-se
no ensino, ora na aprendizagem, ora na educação.
No que diz respeito ao Ensino a Distância, Moreira e Schlemmer
(2020) caracterizam o termo como correspondente aos primórdios
da educação a distância. É um conceito que se baseia na separação
física e temporal entre professores e estudantes, vinculando-se a
um meio de comunicação. Dessa forma, quanto ao conceito de Edu-
cação a Distância, destacam os autores que
164
sumário
a Educação a Distância consiste então num processo que
enfatiza a construção e a socialização do conhecimento; a
operacionalização dos princípios e fins da educação, de for-
ma que qualquer pessoa, independentemente do tempo e do
espaço, possa tornar-se agente de sua aprendizagem, devido
ao uso de materiais diferenciados e meios de comunicação
que permitem a interatividade (síncrona ou assíncrona) e
o trabalho colaborativo/cooperativo (Moreira; Schlemmer,
2020, p. 31).
167
sumário
O estudo reforça que a flexibilização é um processo complexo que
exige o desenvolvimento por parte de uma equipe experiente, com
competências para a identificação das necessidades e dificuldades
dos estudantes no percurso formativo.
Quanto à educação aberta, os artigos apresentados no CIESUD
voltaram-se para as discussões sobre como, no Brasil, a EaD é as-
sociada à política de formação de professores e ao Programa Uni-
versidade Aberta do Brasil. Os Massive Open On-line Courses, co-
nhecidos como MOOC’s, também são citados nos trabalhos relacio-
nados à educação aberta e ao conceito de recursos educacionais
abertos, parte do chamado movimento de educação aberta.
Alguns dos trabalhos que vinculam os MOOC’s com a educação
aberta trazem também o conectivismo, com uma filosofia educati-
va que preza a ética colaborativa, aberta e criativa. Assim, a noção
de educação aberta relaciona-se diretamente à premissa de que o
aprendizado é social e que as mudanças ocorridas na estrutura e
na dinâmica das sociedades acarretam transformações nos modos
de aprender, inspirando educadores a se adaptar, modificando me-
todologias de ensino anteriores por outras mais adequadas (Leite;
Melo, 2021).
Percebe-se que, muitas vezes, a educação flexível se entrelaça ao
conceito de educação aberta; embora os termos e as conceituações
não sejam idênticos, representam conexões dinâmicas. O desenvol-
vimento dos recursos educacionais abertos, dos softwares livres, da
ciência aberta, do livre acesso, dos MOOCs, atrelado ao que se des-
tacou no item anterior – sobre o desenvolvimento tecnológico em
sua relação com o conjunto de mudanças sociais e econômicas –,
trazem uma linha importante de análise que se expande em relação
ao movimento da educação aberta.
Nos trabalhos analisados, a percepção de qualidade na educação
a distância refere-se à utilização das tecnologias assistivas, à cur-
ricularização da extensão, aos aspectos socioafetivos da tutoria, a
conhecimentos digitais prévios dos estudantes, ao planejamento e
desenvolvimento dos componentes curriculares dos cursos na mo-
168
sumário
dalidade a distância, entre outros, sem apresentar maiores notações
sobre educação flexível, temática do texto.
Em vista das lacunas inicialmente identificadas no levantamen-
to realizado para compreender a educação flexível no entrecruza-
mento da educação aberta, ampliou-se as referências. As fontes bi-
bliográficas reforçaram a percepção de que a educação aberta per-
mite ao estudante definir o próprio percurso formativo, escolher
os módulos que quer estudar, os materiais que melhor se adaptam
aos seus conhecimentos e interesses, adotar o ritmo do processo
de aprendizagem.
Moreira e Schlemmer (2020) associam a educação aberta a uma
aprendizagem mais flexível e trazem os cursos MOOCs como exem-
plo de educação aberta. Os autores concordam que a sociedade re-
ticular, marcada pela conectividade, vive mudanças acentuadas na
economia e no mercado de trabalho, impulsionando o nascimento
de outros paradigmas, modelos, processos de comunicação educa-
cional e cenários de ensino e de aprendizagem.
Ao escrever sobre a reforma das Universidades por meio da
educação aberta, Ossiannilsson (2018) aborda as possibilidades
de adoção dos princípios da educação aberta como estratégia para
considerar que a aprendizagem é ubíqua, ocorre em qualquer lu-
gar, por diversos meios e todo o tempo. A autora identifica a aber-
tura e flexibilidade como desafios para a Universidade, para atrair
mais estudantes e aponta a maior aproximação entre educação for-
mal e informal como possível caminho para a transformação.
Para Mill (2014), o entendimento integral do processo de flexibi-
lidade requer a compreensão das seguintes categorias básicas: flexi-
bilidade espacial, temporal e pedagógica. Conforme o autor (2014,
p. 108), no cenário educacional, para que uma proposta seja, de fato,
flexível, “os seus tempos e espaços e a sua estrutura curricular deve
ser deveras dinâmica, maleável e fluida”. A flexibilização não se limi-
ta aos elementos do projeto pedagógico, mas a uma diversa cultura
dos papéis e das relações estabelecidas por professores e estudan-
tes. É preciso uma nova forma de comunicar, interagir e avaliar que
169
sumário
considere a produção do coletivo e, ao mesmo tempo, as necessida-
des individuais. O ambiente de aprendizagem é um sistema flexível
e colaborativo com o estímulo à autonomia e à participação ativa de
todos os envolvidos.
A educação a distância promove maior flexibilidade de espaço e
tempo do que o ensino presencial tradicional. Avanços e outras for-
mas de flexibilização na EaD são desenvolvidas considerando maior
personalização curricular e os modelos pedagógicos. A democratiza-
ção do conhecimento é um dos princípios centrais do processo edu-
cativo e, cada vez mais, é uma educação mobilizada para a possibili-
dade de formação mais flexível, aberta e personalizada.
170
sumário
Para tal, recorre-se a Moreira e Horta (2020, p. 6), que em con-
texto distinto, ao falar em educação em ambientes híbridos de
aprendizagem, numa perspectiva analógica com a educação flexí-
vel “não como um processo de disrupção, pura, mas como um pro-
cesso de inovação sustentada, permitirá avançar para a ideia de
uma comunidade educativa unida nos seus propósitos de mudan-
ça”, para destacar que a inovação sustentada é um caminho para a
mudança em propostas e ações e para a educação a distância.
O Plano de Ação para Educação Digital da União Europeia (2021-
2027)1 aponta que a educação flexível pode oferecer outras opor-
tunidades para estudantes que trabalham, novas formas de acesso,
novos formatos curriculares, forma de aprendizagem ao longo da
vida, entre outras possibilidades, tornando a educação mais inclu-
siva e responsiva diante das necessidades dos estudantes.
Na agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), a Edu-
cação de Qualidade aparece no quarto Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), numa visão inclusiva para promover o bem-estar,
a justiça e a paz para todos, bem como relações sustentáveis com o
meio ambiente, com o conhecimento produzido pela humanidade,
com a inovação para um futuro sustentável. A pauta do desenvolvi-
mento sustentável se estabelece como orientadora da educação.
Nesse contexto, o que se denomina educação flexível sustentada
são processos que conectam os estudantes a seu futuro com igual-
dade de oportunidades, para que o futuro seja melhor com a dimi-
nuição das desigualdades sociais e com maiores possibilidades de
trabalho. São processos que possibilitam a formação para a cida-
dania e, nesse aspecto, inclui-se a cidadania digital, a valorização
da diversidade cultural, o compromisso com os direitos humanos,
com o meio ambiente, com o enfrentamento da intolerância de
qualquer natureza.
A proposição de uma educação a distância sustentada coaduna-
-se com as perspectivas assumidas pela Rede de Pesquisa EaD/UNI-
173
sumário
Alguns princípios são direcionados para a dimensão pedagógi-
ca, mas se entrelaçam em outros enfoques, dinâmica e interacional.
Dentre outros fundamentos possíveis, elenca-se pedagogias plu-
rais, esforços de internacionalização, cooperação interinstitucio-
nal, revisão do ingresso e acesso à educação, diversos formatos e
percursos, aprendizagem durante toda vida, relevantes para pro-
posições na educação superior, presencial e a distância, ou sim-
plesmente Educação. Assim, é relevante a concepção que considera
a produção de experiências e reflexão para reconhecer os apren-
dizados do passado, entender o presente, projetar o futuro, com o
emprego de metodologias inventivas que se preocupam com a pe-
dagogia relacional, como os encontros que ocorrem no ato pedagó-
gico, no qual professores e estudantes são transformados.
Considerações finais
Referências
175
sumário
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177
sumário
CAPÍTULO XI
180
sumário
no Brasil e na América Latina, considerando suas regulamentações
e a percepção de atores que atuam e lidam com a modalidade.
Após a realização do levantamento bibliográfico e de sua análi-
se, foi possível verificar nos trabalhos as temáticas, os focos abor-
dados, bem como as suas tendências e as contribuições correlatas
às concepções e conceitos sobre educação flexível, educação aber-
ta, educação híbrida e EaD, numa conjuntura de diversas formas
educacionais mediadas por tecnologias digitais de comunicação e
informação em outros países, nos quais foram detectadas pesqui-
sas na base de dados ERIC.
Corpus da Pesquisa
• Conceptualization OR Concept OR
Conception OR Fundamentals AND
Education OR Teaching AND Hybrid
• Conceptualization OR Concept OR
• Distance Education Conception OR Fundamentals AND
Open Education
• Flexible Education
• Conceptualization OR Concept OR
• Open Education Conception OR Fundamentals AND
Education OR Teaching
• Education Hybrid
• Conceptualization OR Concept OR
Conception OR Fundamentals AND
Distance Education
182
sumário
O próximo passo foi o levantamento quantitativo de pesquisas
pelos descritores anteriormente mencionados. Identificou-se 31
trabalhos nesta fase. Após a leitura dos títulos e das introduções, fo-
ram selecionadas 11 pesquisas que mantinham alta relação com o
assunto, conforme apresentado na tabela a seguir. Tais estudos são
oriundos do Canadá (2), Rússia (1), Suécia (1), França (1), Oceania
(1), Portugal (1), Brasil (1), Singapura (1) e Reino Unido (1).
Tabela 1 - Quantidade de trabalhos selecionados
184
sumário
te apresentavam sistemas de programação de cursos mais rígidos”
(Devries, 2019, p. 173).
De acordo com o pesquisador,
apesar de sua aparência relativamente modesta em sites de
universidades abertas, REA e publicação de acesso aberto
são de interesse crescente em muitas universidades conven-
cionais, principalmente para reduzir custos para os alunos
(Devries, 2019, p. 175).
185
sumário
Quanto à educação aberta
Fonte: Elaborado pelos autores com base em Caughlan, Pitt e Farrow (2018).
186
sumário
Figura 2 - Organograma perspectiva de educação/aprendizagem aberta
187
sumário
O autor aponta que em meados da década de 1980 o termo
“aprendizagem aberta” torna-se mais proeminente, sinalizando
uma mudança para uma pedagogia centrada no aluno e removen-
do barreiras. Devries (2019) acredita que importantes propulsores
desse movimento foram os avanços tecnológicos intensificados no
final dessa década, com foco na comunicação mediada por compu-
tador e no surgimento da World Wide Web. Nesse sentido, ele cita
os elementos evidenciados na figura a seguir:
Figura 3 - Elementos propulsores da educação aberta
189
sumário
ra e as ecologias da pedagogia aberta não são um fim em si, mas um
processo contínuo” (Ossiannilsson, 2018, p. 115, tradução nossa).
Dentro dessa discussão, cabe citar Chib, Bentley e Wardoyo
(2019), que discutem o papel da mídia na educação aberta e a dis-
tância. Os autores citam práticas de educação aberta na visão dos
alunos relacionadas aos REA. Para eles, a ação dos estudantes so-
bre a mídia representa uma abertura para as práticas sociotécnicas
públicas e não discriminatórias, capazes de consumir, produzir e
compartilhar recursos digitais. De tal modo, os pesquisadores con-
cluem que as práticas abertas apoiam a mudança estrutural, apre-
sentando uma força subversiva às dinâmicas de poder existentes
na sociedade (Chib; Bentley; Wardoyo, 2019).
190
sumário
aprendizagem à distância com elementos de aprendizagem tradi-
cional e presencial.
A respeito da educação híbrida, Moreira, Correia e Dias-
-Trindade (2022) destacam que o conceito do híbrido não pode
ser entendido e reduzido apenas à combinação de ambientes físi-
cos e virtuais de aprendizagem. Conforme os autores, o hibridis-
mo na educação deve se afirmar como um conceito de educação
total, caracterizado pelo uso de soluções combinadas, envolvendo
a interação entre diferentes modelos, abordagens pedagógicas e
recursos tecnológicos.
Inferem que a adoção de diferentes recursos tecnológicos é um
dos caminhos, entre outros, para se efetivar o diálogo entre essas
diferentes abordagens, uma vez que cada recurso implica não ape-
nas formas específicas de gerir o conhecimento, mas também for-
mas específicas de interação.
O hibridismo não se resume a uma divisão de atividades reali-
zadas online e uma parte presencial, mas o que determina o que é
híbrido é a natureza das atividades realizadas tanto online quanto
presencial e a aprendizagem que proporciona, além do desenvolvi-
mento de competências essenciais (Vitale; Santos; Torres, 2020).
Considerações finais
191
sumário
No tocante à educação aberta, constatou-se como é difícil a ta-
refa de conceitualização desse modelo educacional, tendo em vista
o enraizamento das tradições educacionais com potencialidade de
engessamento das instituições e dos currículos educacionais. Cabe
destaque à ênfase dada à superação dos REAs de seus fins para os
meios, como mecanismo efetivador da pedagogia aberta e poten-
cializador de uma cultura da pedagogia, bem como de uma ecolo-
gia de abertura.
Constatou-se certa singularidade quanto às pesquisas sobre a
EaD. As discussões sobre essa modalidade educacional não tra-
tam de suas características, mas a secundariza, priorizando os de-
mais modelos educacionais em tela. Verifica-se ainda uma vertente
mercado-economia na relação motivação e lucro, que se materializa
no movimento por baixos custos e grande número de estudantes.
Na peculiaridade da educação híbrida, observou-se a associação
entre ambientes de aprendizagem à distância com elementos de
aprendizagem tradicional e presencial. Compreensão divergente
da educação híbrida como educação total, caracterizada pelo uso
de soluções combinadas envolvendo a interação entre diferentes
modelos, abordagens pedagógicas e recursos tecnológicos.
Em arremate, enfatiza-se que, independentemente do modelo
de educação adotado, sendo mediado ou não por tecnologias, as
construções de concepções orientadas deveriam se pautar em uma
educação envolvida por um processo socialmente referenciado,
transformador e emancipatório.
Referências
192
sumário
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PEDERSEN, A.Y.; NØRGAARD, R.T.; KÖPPE, C. Patterns of inclusion:
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194
sumário
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Distance_Flexible_Learning. Acesso em: 23 fev. 2022.
WELLER, M. Battle for open: How openness won and why it doesn’t feel
like victory. London: Ubiquity Press, 2014.
195
sumário
CAPÍTULO XII
MAPEAMENTO SOBRE AS
CONCEPÇÕES E OS CONCEITOS:
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA,
EDUCAÇÃO HÍBRIDA, EDUCAÇÃO
REMOTA E E-LEARNING NA
LITERATURA INTERNACIONAL
DISPONIBILIZADA NO
REPOSITÓRIO ERIC
197
sumário
1 Levantamento, Córpus da Pesquisa e Limitações do
Levantamento
198
sumário
Quadro 1 - Descritores para busca no repositório ERIC
199
sumário
sas. Nos Quadros 2 e 3, a seguir, pormenoriza-se a seleção dos ma-
teriais encontrados.
Quadro 2 - Artigos selecionados no levantamento
Artigos
IES de víncu- Cidade/
Repositório Referência do trabalho selecionado Ano
lo autores País
01- DANIEL, Jhon S. Open Universities:
Old Concepts and Contemporary
Challenges. International Review of
Acsenda
Research in Open and Distributed Vancouver,
ERIC 2019 School of
Learning, Volume 20, Number 4, 2019. Canada
Management
Disponível em: https://files.eric.ed.gov/
fulltext/EJ1232873.pdf. Acesso em: 23
fev. 2022.
200
sumário
Artigos
IES de víncu- Cidade/
Repositório Referência do trabalho selecionado Ano
lo autores País
06 - CAUGHLAN, Tim; PITT, Beck;
FARROW, Rob. Forms of Innovation
Inspired by Open Educational
Resources: A Post-Project Analysis. Institute of
Open Learning: The Journal of open, Educational
Reino
distance and e-learning, v. 34, 2019. 2018 Technology,
Unido
DOI: https://doi.org/10.1080/026 The Open
80513.2018.1552579. Disponível University UK
em: https://t1mc.files.wordpress.
com/2018/11/forms-of-innovation-
oer-am.pdf. Acesso em: 23 fev. 2022.
08 - MAKOKOTLELA, M. V. An
E-Portfolio as an Assessment Strategy
in an Open Distance Learning Context.
International Journal of Information
University of
and Communication Technology África do
2020 South Africa,
Education, Volume 16, 2020. Sul
Pretoria,
Disponível em: https://www.igi-global.
com/gateway/article/full-text-pdf/2
62571?ct=-8585559525652780030.
Acesso em: 23 fev. 2022.
201
sumário
Artigos
IES de víncu- Cidade/
Repositório Referência do trabalho selecionado Ano
lo autores País
11- ROBERTS, T. S. From
Distance Education to Flexible
Learning, 2001. Disponível em:
https://www.researchgate.net/ 2001 NI NI
publication/234602127_From_
Distance_Education_to_Flexible_
Learning. acesso em: 23 fev. 2022.
12 - WILSON, A. Categorising
E-learning. Journal of Open, Flexible
and Distance Learning, v16, n1, p156- Massey Uni- Nova
2012
165, 2012. Disponível em: https://files. versity Zelândia
eric.ed.gov/fulltext/EJ1079980.pdf.
Acesso em: 23 fev. 2022.
202
sumário
Artigos
IES de víncu- Cidade/
Repositório Referência do trabalho selecionado Ano
lo autores País
17 - MLOTSHWA, Nicholas; TUNJERA,
Nyarai; CHIGONA, Inês. Integration of
MOODLE into the classroom for better Universidade
conceptual understanding of functions de Tecnologia África do
2020
in Mathematics. Revista Sul-Africana da Península Sul
de Educação, v. 40 n. 3 Artigo 1570 do Cabo,
de agosto de 2020. https://files.eric.
ed.gov/fulltext/EJ1268314.pdf
203
sumário
Artigos
IES de víncu- Cidade/
Repositório Referência do trabalho selecionado Ano
lo autores País
22 - MATSUSHITA, Ryohei Educational.
The Paradox of Evidence-based
Education: From the Decline of
Educational
Education to Abandonment of the
2017 Studies in Japão
Theories of Education. Studies in
Japan
Japan: International Yearbook No. 11,
March 2017. pp. 101-119 https://files.
eric.ed.gov/fulltext/EJ1147536.pdf
Outros trabalhos
IES de
Tipo de trabalho e Referência do Cidade/
Repositório Ano vínculo
trabalho selecionado País
autores
Documento
01 - MARTIN, M. GODONOGA, A.
Policies for flexible Learning
Pathways in Higher Education.
ERIC 2020 Unesco França
França: Unesco, 2020. Disponível
em: https://unesdoc.unesco.org/
ark:/48223/pf0000372817. Acesso
em: 23 fev. 2022.
Livro
02 - WAQAILITI, L. Learning in
Distance & Flexible Learning.
Republic of Moldova, Chisinau:
University
LAP LAMBERT Academic
2014 of the South
Publishing, 2014. Disponível em:
Pacific
https://www.researchgate.net/
publication/275155058_Learning_
in_Distance_Flexible_Learning.
Acesso em: 23 fev. 2022.
Documento
03 - ABDALLAH, M. M. S. Computer-
Faculdade
Assisted Language Learning
de Educa-
(CALL) for 4th Year EFL Student
2021 ção, Uni- Egito
Teachers. Faculty of Education,
versidade
Assiut University, Assiut, Egypt.
Assiut, Egito
https://files.eric.ed.gov/fulltext/
ED615246.pdf
Relatório
04 - CLARDY, Alan. Distant, On-line
Education: Effects, Principles and Universida-
Maryland,
Practices. 2009. Disponível em: 2009 de de Tow-
USA
https://files.eric.ed.gov/fulltext/ son,
ED506182.pdf. Acesso em 10 jan.
2022
Artigos
Cida-
Referência Ano IES
de/País
206
sumário
Artigos
Cida-
Referência Ano IES
de/País
School of
08 - HOULDEN, S.; GEORGE, V. The problem with
Education
flexible learning: neoliberalism, freedom, and learner
and Tech-
subjectivities. Learning, Media and Technology,
2021 nology, Canadá
v.46, n.2, p144-155, 2021. Disponível em: https://
Royal
www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/17439884.
Roads
2020.1833920. Acesso em: 23 fev. 2022.
University
09 – Documento
MARTIN, M. GODONOGA, A. Policies for flexible
Learning Pathways in Higher Education. França:
2020 Unesco França
Unesco, 2020. Disponível em: https://unesdoc.
unesco.org/ark:/48223/pf0000372817. Acesso
em: 23 fev. 2022.
continua →
207
sumário
Artigos
Cida-
Referência Ano IES
de/País
10 - Livro
WAQAILITI, L. Learning in Distance & Flexible
Learning. Republic of Moldova, Chisinau: University
LAP LAMBERT Academic Publishing, 2014. 2014 of the Sou-
Disponível em: https://www.researchgate.net/ th Pacific
publication/275155058_Learning_in_Distance_
Flexible_Learning. Acesso em: 23 fev. 2022.
11 - Relatório
CLARDY, Alan. Distant, On-line Education: Effects,
Towson Estados
Principles and Practices. 2009. Disponível em: 2009
University Unidos
https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED506182.pdf.
Acesso em 10 jan. 2022
Fonte: elaborado pelas autoras.
208
sumário
2.1 Educação a Distância, Educação Híbrida, Educação Remota e
E-learning em pesquisas selecionadas na base de dados ERIC
211
sumário
Daniel (2019) evidencia o conceito inaugural de educação aberta,
destacando o aberto na especificidade das pessoas, dos lugares, dos
métodos e das ideias, ou seja, acepção de educação aberta para to-
dos. Estabelece paralelo entre o ideal e o real da EaD e da educação
aberta. Todavia, reconhece que a implementação das aberturas pro-
postas se mostra desafiadora. Devries (2019) destaca que as univer-
sidades abertas realizam a abertura em termos de admissão aberta,
múltiplos pontos de saída para estudos, fácil acesso a recursos de
aprendizagem e, ainda, nos modos flexíveis de aprendizagem.
Akhmetshin et al. (2021) referem-se aos cursos abertos carac-
terizando-os como aqueles que incluem: formato de treinamento
acessível grátis para todos; videoaulas educativas; trabalho prático
e tarefas de teste, com os prazos mais frequentemente explicita-
dos; a possibilidade de obter um certificado, incluindo um pago, e o
surgimento de novas formas de comunicação e aquisição de conhe-
cimento. Nesse sentido, Ossiannilsson (2018) indica que há qua-
tro áreas-chave para o desenvolvimento da educação aberta, sendo
elas: acesso aberto, cursos online abertos massivos (MOOCs), re-
cursos educacionais abertos (REA) e bolsa de estudos aberta.
Sobre a educação flexível, Devries (2019, p. 171) aponta que
“de forma mais ampla [vincula-se] à educação aberta e a distân-
cia e, em particular, ao aprendizado on-line”. Já para Chib, Bentley e
Wardoyo (2019), a flexibilidade constitui-se no âmbito dos re-
cursos educacionais abertos (REA), enquanto Houlden e George
(2021) falaram sobre diferentes dimensões da flexibilidade de
aprendizagem, tais como a flexibilidade relacionada ao tempo, ao
conteúdo, aos requisitos de entrada, à abordagem e recursos ins-
trucionais e à entrega e logística.
Para Ossiannilsson (2018), o ensino superior deve ser muito
mais flexível e aberto, facilitando a transição para os diferentes
níveis de ensino, proporcionando o reconhecimento da apren-
dizagem não formal e informal e utilizando diferentes formas de
implementação curricular, inclusive por meio do uso de novas tec-
212
sumário
nologias que possibilitem o foco nos estudantes e a realização de
programas interdisciplinares.
Ao tratar da educação híbrida, Devries (2019) utiliza o termo
abordagens híbridas, incluindo em seu hall a programação combi-
nada com centros regionais para contato presencial. Sobre a temáti-
ca, Pedersen, Nørgaard e Köppe (2018) indicam que o termo hibri-
dismo é originário do latim e tem suas raízes na biologia. Conforme
evidenciado pelos autores, em seu sentido mais básico, refere-se à
fertilização cruzada ou amálgama. Ressaltam que “não é uma mistu-
ra sequencial de algo como sala de aula invertida ou aprendizagem
combinada que se entende em sequências de online e offline, mas
sim, algo diferente, uma nova geração” e concluem afirmando que “a
Educação Híbrida é um cruzamento de diferentes dimensões como
online e presencial, digital e analógico, formal e informal” (Pedersen;
Nørgaard; Köppe, 2018, p. 228-229, tradução nossa).
Por fim, Waqailiti (2014, p. 86) infere que
a educação a distância é um produto de uma evolução que
começou apenas com a mídia impressa, que hoje se desen-
volve a um ritmo acelerado, com aparentemente ilimitado
potencial, como consequência da riqueza de sofisticado apa-
rato midiático que está à sua disposição.
Considerações finais
Referências
AKHMETSHIN, E.; VASILEV, V.; ZEKIY, A.; ZAKIEVA, R. Massive Open On-
line Courses as the Initial Stage of Development of a Digital University.
Journal of Social Studies Education Research, 2021, v. 12, p. 126-151.
Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1307199.pdf. Acesso
em: 23 fev. 2022.
214
sumário
CHIB, A; BENTLEY, C.; WARDOYO, R. Distributed digital contexts and
learning: Personal empowerment and social transformation in margin-
alized populations. Comunicar, v. XXVII, n. 58, 2019. DOI: https://doi.
org/10.3916/C58-2019-05. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fullt
ext/EJ1201228.pdf. Acesso em: 23 fev. 2022.
DANIEL, J. S. Open Universities: Old Concepts and Contemporary Chal-
lenges. International Review of Research in Open and Distributed
Learning, v. 20, n. 4, 2019. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/full-
text/EJ1232873.pdf. Acesso em: 23 fev. 2022.
HOULDEN, S.; GEORGE, V. The problem with flexible learning: neolib-
eralism, freedom, and learner subjectivities. Learning, Media and
Technology, v. 46, n. 2, p. 144-155, 2021. Disponível em: https://www.
tandfonline.com/doi/full/10.1080/17439884.2020.1833920. Acesso em:
23 fev. 2022.
OSSIANNILSSON, E. Ecologies of Openness: Reformations through Open
Pedagogy. Asian Journal of Distance Education, v. 13, n. 2, p. 103-119,
2018. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1315604.pdf.
Acesso em: 23 fev. 2022.
PEDERSEN, A.Y.; NØRGAARD, R.T.; KÖPPE, C. Patterns of inclusion:
Fostering digital citizenship through Hybrid Education. Educational
Technology and Society, v. 21, n. 1, p. 225-236, 2018. Disponível em:
https://www.j-ets.net/collection/published-issues/21_1. Acesso em: 20
abr. 2022.
TREINTA, F. T.; FARIAS FILHO, J. R.; SANT’ANNA, A. P.; RABELO, L. M.
Metodologia de pesquisa bibliográfica com a utilização de método mul-
ticritério de apoio à decisão. Production, v. 24, n. 3, p. 508-520, 2014.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132013005000078.
Acesso em: 23 fev. 2022.
WAQAILITI, L. Learning in Distance & Flexible Learning. Republic of
Moldova, Chisinau: LAP LAMBERT Academic Publishing, 2014. Disponível
em: https://www.researchgate.net/publication/275155058_Learning_
in_Distance_Flexible_Learning. Acesso em: 23 fev. 2022.
215
sumário
CAPÍTULO XIII
EDUCAÇÃO HÍBRIDA E
CAMINHOS DE ADOÇÃO NA
EDUCAÇÃO SUPERIOR
220
sumário
invertida) e os disruptivos (modelo flex, modelo à la carte, modelo
virtual enriquecido e rotação individual).
Embasados em Horn e Staker, Bacich, Neto e Trevisani, em En-
sino híbrido: personalização e tecnologia na educação (2015), de-
finem a EH como um movimento próprio da educação no século
XXI e reforçam que nesta abordagem pedagógica que se dá em um
processo de personalização do ensino e de otimização do espaço
escolar, o estudante ocupa o centro do processo de ensino e torna-
-se protagonista na construção do conhecimento.
Da mesma obra, no capítulo “Otimização do espaço escolar por
meio do modelo de ensino híbrido”, Schneider (2015) ressalta a
questão da otimização dos espaços, enfatizando que a personali-
zação deve permear todos os ambientes de aprendizagem (sala de
aula física, bibliotecas, laboratórios, espaços virtuais) em cenários
de interação com propósitos (objetivos, planejamento e processos
de avaliação) bem definidos.
Ainda em 2015, Lilian Bacich e José Moran, no artigo “Apren-
der e ensinar com foco na educação híbrida”, publicado na Revista
Pátio, esclarecem que o termo “híbrido” significa misturado, mes-
clado, blended e que a educação sempre combinou vários espaços,
tempos, metodologias, atividades e públicos. A mobilidade e a co-
nectividade apenas tornaram essa hibridez mais perceptível, am-
pla e profunda, isto é, em um ecossistema mais aberto e criativo.
Em Blended (E) Learning na Sociedade Digital (2015), Anto-
nio Moreira, Angelica Monteiro e José Alberto Lencastre pontuam
que há vantagens na EH ante as propostas de ensino presencial e
a distância, pois a EH “tende a envolver mais tempo de aprendi-
zagem, recursos educacionais adicionais e elementos do curso que
incentivam as interações entre os alunos” (Moreira et al., 2015,
p. 25). Para os autores, os princípios otimistas em relação às pro-
postas híbridas seriam: enriquecimento pedagógico, novas formas
de aprender com vista à personalização do ensino, acesso de con-
teúdos em diferentes espaços e tempo, interação entre professores
e estudantes, facilidade de revisão dos conteúdos.
221
sumário
Kátia Santos, em sua tese A educação híbrida no processo de en-
sino-aprendizagem: uma proposta norteadora (2018), comenta que
a EH permite aos estudantes a possibilidade de estudo on-line em
ambiente digital com maior acesso a informações, conteúdos, ob-
jetos de aprendizagem diversos e assegura uma participação mais
efetiva nos momentos presenciais, tornando-os mais intensos e re-
levantes. Para Santos (2018, p. 198), a EH traz “características de
modernização, colaboração e interação que atendem mais a reali-
dade dos estudantes deste século”.
No artigo “Dinamismo da educação a distância e híbrida da
América Latina e Brasil” (2020), publicado na Revista Praksis, Clau-
dio Vitale, Kátia Santos e Patrícia Torres entendem que a EaD e a
EH podem reduzir a evasão estudantil por meio de uma proposta
pedagógica que oriente processos de estudos, gestão de tempo, de
conhecimento e autonomia. Os autores defendem ainda que o hi-
bridismo favorece o acesso ao ensino superior, pois permite não
estar fisicamente todos os dias na universidade, atendendo ao rit-
mo de cada estudante, num tempo mais flexível.
Eliane Schlemmer e António Moreira, no artigo “Por um novo
conceito e paradigma de educação digital onlife” (2020), publica-
do na Revista UFG, destacam que o ensino híbrido difundido no
Brasil é sustentado numa concepção antropocêntrica de educação,
relacionada à teoria da ação e prefigurada em técnicas, métodos e
metodologias. Para os autores, é com base na contribuição de La-
tour que se evidencia uma concepção de EH relacionada às teorias
da comunicação, ao conceito de ato conectivo que engendra a rede
entre atores humanos e não humanos, por meio “dos espaços geo-
graficamente localizados e dos espaços virtuais, perpassados por
todo tipo de tecnologias analógicas e digitais, tipos de presenças e
culturas” (Schlemmer; Moreira, 2020, p. 26), e, nesse contexto, se
pluralizam metodologias e pedagogias inventivas, conectivas.
Em perspectiva correlata, no artigo “Educação e Ambientes Hí-
bridos de Aprendizagem: um processo de Inovação Sustentada”,
222
sumário
também publicado na Revista UFG, António Moreira e Maria João
Horta (2020, p. 5) definem EH como uma
estratégia dinâmica que envolve diferentes ambientes de
aprendizagem, distintas abordagens pedagógicas, múltiplos
recursos tecnológicos e um processo de comunicação com-
plexo de interações entre agentes humanos e não-humanos.
Considerações finais
230
sumário
Referências
231
sumário
HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para
aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
LUCAS, M.; MOREIRA, A. DigComp 2.1: quadro europeu de competência
digital para cidadãos: com oito níveis de proficiência e exemplos de uso.
Aveiro: UA, 2017.
LUCAS, M.; MOREIRA, A. DigCompEdu: quadro europeu de competência
digital para educadores. Aveiro: UA, 2018.
MONTEIRO, A.; MOREIRA, J. António; LENCASTRE, J. Alberto. Blended
(E) learning na Sociedade Digital. Santo Tirso, Portugal: WH!tebooks,
2015. (Estudos Pedagógicos. Dinâmicas Educacionais Contemporâneas).
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dizagem: um processo de Inovação Sustentada. Revista UGF, Goiânia,
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análise a partir da percepção dos professores. In: CONGRESSO BRASILEI-
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Teresina, CEAD/UFPI, 2019, p. 670-679.
RIBEIRO, L.O. M. et al. A transição do ensino remoto emergencial para
o ensino híbrido - uma realidade viável? In: CONGRESSO BRASILEI-
RO DE ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA, 18., 2021, Natal, RN. Anais
[...]. Natal: LAIS, UFRN, 2021. Disponível em: https://esud2021.ufrn.
br/?page_id=112. Acesso em: 01 nov. 2022.
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https://archivum.grupomarista.org.br/pergamumweb/vinculos/000
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SCHELEMMER, E.; MOREIRA, J. A. Por um novo conceito e paradigma
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sumário
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a distância e híbrida da América Latina e Brasil. Revista Praksis, Novo
Hamburgo, ano 17, n 2, maio/ago., 2020.
233
sumário
CAPÍTULO XIV
CONCEITOS DE EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA, ABERTA,
REMOTA, HÍBRIDA, FLEXÍVEL
E E-LEARNING: DOS
PROCEDIMENTOS PARA A
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA NO
SCIELO À ANÁLISE DOS ARTIGOS
ENCONTRADOS
(Conceptualización OR
(Conceitualização OR (Conceptualization OR
Concepto OR Concepción
Conceito OR Concepção Concept OR Conception
OR Fundamentos)
OR Fundamentos) AND OR Fundamentals) AND
AND (“Educación
(“Educação a distância”) (“Distance Education”)
a distancia”) AND
AND (year_cluster:(2019 AND (year_cluster:(2019
(year_cluster:(2019 OR
OR 2020 OR 2021)) AND OR 2020 OR 2021)) AND
2020 OR 2021)) AND
is_citable:(“is_true”) is_citable:(“is_true”)
is_citable:(“is_true”)
237
sumário
String em português String em inglês String em espanhol
(Conceitualização OR (Conceptualización OR
(Conceptualization OR
Conceito OR Concepção Concepto OR Concepción
Concept OR Conception
OR Fundamentos) OR Fundamentos)
OR Fundamentals)
AND (Educação OR AND (Educación OR
AND (Education OR
Ensino) AND (Remoto Enseñando) AND
Teaching) AND Remote
OR Remota) AND (Remoto OR Remota)
AND (year_cluster:(2019
(year_cluster:(2019 OR AND (year_cluster:(2019
OR 2020 OR 2021)) AND
2020 OR 2021)) AND OR 2020 OR 2021)) AND
is_citable:(“is_true”)
is_citable:(“is_true”) is_citable:(“is_true”)
238
sumário
Posteriormente, realizou-se a leitura dos resumos e introdução
dos artigos e a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão para
selecionar aqueles que seriam lidos a fim de sintetizar as tendên-
cias de conceitualização de Educação a Distância, Educação Aberta,
Educação Flexível, Educação/Ensino híbrida(o), Educação/Ensino
Remota(o) e e-learning nos periódicos que compõem o SciELO.
Os critérios de inclusão aplicados foram: (a) artigos que abor-
dassem os termos na educação/ensino superior; (b) artigos que
conceituassem algum desses termos, mesmo que não fosse seu ob-
jetivo principal. Os critérios de exclusão aplicados foram: (a) arti-
gos que não abordassem educação ou ensino a distância, ou híbri-
do ou flexível ou aberto ou remoto ou e-learning; (b) artigos que
não conceituassem um desses termos em algum trecho, mesmo
que abordassem a temática; (c) artigos que abordassem a educa-
ção básica; (d) artigos que não estivessem escritos em inglês, por-
tuguês ou espanhol.
A Tabela 1 mostra as palavras-chave de busca, o quantitativo de
artigos científicos encontrados após eliminação dos artigos que se
repetiam na busca de mais de um termo e o quantitativo após a
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão.
Tabela 1 - Resultado da busca
Aplicação dos critérios de
Palavra-chave Inicial
inclusão e exclusão
Educação a distância 13 4
Educação aberta 45 1
Educação flexível 10 0
Educação híbrida 17 5
Ensino remoto 14 7
e-Learning 06 1
TOTAL 105 19
Fonte: Elaborada pelos autores com base em busca no https://scielo.org/
realizada em julho de 2022.
239
sumário
A seguir serão detalhados os resultados da busca de cada palavra-
-chave da pesquisa e as tendências de conceitualização destes dife-
rentes contextos educacionais que envolvem o uso pedagógico de
tecnologias digitais de comunicação e informação: educação/ensino
a distância, aberta, remota(o), híbrida(o), flexível e e-learning.
Educação Híbrida
Educação a distância
Educação Aberta
Educação Flexível
Ensino Remoto
E-Learning
Conclusão
Referências
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA,
ABERTA, REMOTA, HÍBRIDA,
FLEXÍVEL E E-LEARNING:
RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E
TECNOLOGIA DIGITAL
Flávia Linhalis
UNICAMP
Paula Carolei
UNIFESP
252
sumário
na, quando o professor e o estudante estão ao mesmo tempo
em aula, e/ou assíncrona, quando ambos realizam suas ati-
vidades educacionais em horários diferentes.
260
sumário
Identificamos também alguns pontos de tensão com relação à
Educação Híbrida que merecem ser mencionados. Uma dessas ten-
sões se refere à aparente falta de consenso sobre o que é Educação
Híbrida. Para os autores de todos os artigos selecionados em nosso
estudo, a existência de momentos presenciais e à distância é carac-
terística marcante (Astudillo; Martín-García, 2020; Saborio-Taylor,
2019; Mendez Gijon; Morales Barrera, 2020; Lombana-Bermudez,
2021; Costa et al., 2019). No entanto, em um dos artigos seleciona-
dos, a Educação Híbrida também apareceu como simples utilização
de espaços virtuais de apoio à sala de aula, mesmo em cursos total-
mente presenciais (Astudillo; Martín-García, 2020).
Quanto ao termo E-Learning, nota-se uma tensão uma vez que
não há clareza em sua definição. Assim, o texto analisado apresen-
ta que “atividades em e-learning também são utilizadas em cur-
sos presenciais ou semipresenciais, determinando, em alguns ca-
sos, um modelo b-learning” (Prates; Mattos, 2020, p. 533) e, desse
modo, o termo não se articula a um modelo específico de imple-
mentação de curso, nem virtual e nem presencial.
Finalmente, cabe mencionar um ponto de tensão acerca da Edu-
cação Aberta. Ao olhar para o que foi conceituado como Educação
Aberta, a compreendemos como espaço aberto de construção de
conhecimento e ciência, em que os processos se organizam e se
apresentam numa lógica de oportunidade de uma prática emanci-
patória. Além disso, os textos analisados afirmam a necessidade do
uso de tecnologias abertas, mas o que se observa é o crescimento
de plataformas proprietárias que se apresentam como gratuitas
num primeiro momento, mas depois cobram serviços e coletam
dados que podem ser comercializados e acabam criando sistemas
de exclusão, não democratizando o acesso e nem a produção de co-
nhecimento aberto.
261
sumário
Considerações finais
262
sumário
Referências
Alessandra Maieski
266
sumário
Internacional. E-mail: bianca_santos@ifam.edu.br. ORCID: https://
orcid.org/0000-0001-9964-0136.
267
sumário
bro do grupo de pesquisa Tecnologias e Cultura Digital na Educa-
ção em Ciências. Avaliadora de cursos de graduação no INEP desde
2018. E-mail: claudia.matta@unifei.edu.br. ORCID: https://orcid.
org/0000-0002-8939-3597
268
sumário
Maringá (UEM), linha de pesquisa em Políticas e Gestão em Edu-
cação (2020). E-mail: oliveira.dayanehorwat@gmail.com. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-4804-3697.
269
sumário
batista@educadores.net.br. ORCID: http://orcid.org/0000-0003
-0305-789X.
Flávia Linhalis
272
sumário
Joseany Rodrigues Cruz
273
sumário
em Gestão Pública do IFAM. E-mail: juliano.kruger@ifam.edu.br.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4683-8493.
274
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Kênia Mara Gaedtke
275
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Lilian Giotto Zaros de Medeiros
276
sumário
Luiz Fernando Gonçalves da Silva Araújo
277
sumário
flexível ou a distância no Brasil e na América do Sul. Integrante da
Câmara de EaD da Associação Brasileira de Reitores das Universi-
dades Estaduais e Municipais (Abruem). E-mail: Knuppel@unicen-
tro.br. ORCID: https://orcid.org/ 0000-002-0853-6833.
279
sumário
Marina Campos Nori Rodrigues
280
sumário
Nilsa Adelaide Issufo Enoque Pondja Cherinda
Paula Carolei
281
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Pollyana Vieira de Andrade
283
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