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ESTRATÉGIA MILITARES – Prof.

Wagner Santos

7 Questões
1. (ITA/2019)

Assinale a alternativa que exprime o teor crítico da charge.


a) A pichação somente contribui para o aumento da poluição visual da cidade.
b) É necessário investir efetivamente em educação para a conscientização ambiental.
c) Há incoerência entre a proibição governamental e sua efetiva fiscalização.
d) A pichação é uma forma ilegítima de protesto social e educacional.
e) Os pichadores demonstram total indiferença com o meio ambiente e a lei.

2. (ITA/2017)

http://2.bp.blogspot.com/_wBWh8NQAZ78/TBWEMQ8147I/AAAAAAAAACE/zmfW9c8uAKk/s1600/Tir
inha_Sensacionalismo.jpg. (Acesso em 12/05/2016)

Os dois primeiros quadros da tirinha criam no leitor uma expectativa de desfecho que
não se concretiza, gerando daí o efeito de humor. Nesse contexto, a conjunção e
estabelece a relação de

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a) conclusão.
b) explicação.
c) oposição.
d) consequência.
e) alternância.

3. (ITA/2017)

Analisando as duas tirinhas, NÃO se pode afirmar que


a) Calvin se revela incapaz de compreender o noticiário, diferentemente do pai de
Mafalda.
b) Calvin e Mafalda, apesar de crianças, são críticos em relação ao conteúdo televisivo.
c) a reação de Calvin e a de Mafalda são diferentes diante do conteúdo televisivo.
d) ambas tratam da relação entre telespectador e mídia televisiva.
e) ambas apresentam personagens que questionam o noticiário veiculado pela TV.

4. (ITA/2016)
O efeito de humor da tirinha abaixo se deve

a) à postura desobediente de Mafalda diante da mãe.


b) à resposta autoritária da mãe de Mafalda à pergunta da filha.

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c) ao uso de palavras em negrito e cada vez maior do 2º ao 4º quadrinho.


d) ao fato de aparecer apenas a fala da mãe de Mafalda e não sua imagem.
e) aos sentidos atribuídos por Mafalda para as palavras “títulos” e “diplomamos”.

5. (ITA/2014)
Considere o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, à luz da reprodução da
pintura de Edvard Munch a que ele se refere.

O grito (Munch)
A natureza grita, apavorante.
Doem os ouvidos, dói o quadro.

O grito – Edvard Munch (1863-1944), Noruega

O texto de Drummond
I. traduz a estreita relação entre a forma e o conteúdo da pintura.
II. mostra como o desespero do homem retratado repercute no ambiente.
III. contém o mesmo exagero dramático e aterrorizante da pintura.
IV. interpreta poeticamente a pintura.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I e II.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas II, III e IV.

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d) apenas III e IV.


e) todas.

6. (ITA/2012)
Moradores de Higienópolis admitiram ao jornal Folha de S. Paulo que a abertura
de uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao bairro. Não
é difícil imaginar que alguns vizinhos do Morumbi compartilhem esse medo e prefiram
o isolamento garantido com a inexistência de transporte público de massa por ali.
Mas à parte o gosto exacerbado dos paulistanos por levantar muros, erguer
fortalezas e se refugiar em ambientes distantes do Brasil real, o poder público não fez a
sua parte em desmentir que a chegada do transporte de massas não degrade a
paisagem urbana.
Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, e grande especialista em
transporte coletivo, diz que não basta criar corredores de ônibus bem asfaltados e
servidos por diversas linhas. Abrigos confortáveis, boa iluminação, calçamento, limpeza
e paisagismo que circundam estações de metrô ou pontos de ônibus precisam mostrar
o status que o transporte público tem em uma determinada cidade.
Se no entorno do ponto de ônibus, a calçada está esburacada, há sujeira e a
escuridão afugenta pessoas à noite, é normal que moradores não queiram a chegada
do transporte de massa. A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de
ônibus precisa vitaminar uma área, não destruí-la.
Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, a avenida ficou menos
tétrica, quase bonita. Quando o corredor da Rebouças fez pontos muito modestos, que
acumulam diversos ônibus sem dar vazão a desembarques, a imagem do
engarrafamento e da bagunça vira um desastre de relações públicas.
Em Istambul, monotrilhos foram instalados no nível da rua, como os “trams” das
cidades alemãs e suíças. Mesmo em uma cidade de 16 milhões de habitantes na
Turquia, país emergente como o Brasil, houve cuidado com os abrigos feitos de vidro,
com os bancos caprichados – em formato de livro – e com a iluminação. Restou menos
espaço para os carros porque a ideia ali era tentar convencer na marra os motoristas a
deixarem mais seus carros em casa e usarem o transporte público.
Se os monotrilhos do Morumbi, de fato, se parecerem com um Minhocão*, o
Godzilla do centro de São Paulo, os moradores deveriam protestar, pedindo melhorias
no projeto, detalhamento dos materiais, condições e impacto dos trilhos na paisagem
urbana. Se forem como os antigos bondes, ótimo.
Mas se os moradores simplesmente recusarem qualquer ampliação do transporte
público, que beneficiará diretamente os milhares de prestadores de serviço que
precisam trabalhar na região do Morumbi, vai ser difícil acreditar que o problema deles
não seja a gente diferenciada que precisa circular por São Paulo.
(Raul Justes Lores. Folha de S. Paulo, 07/10/2010. Adaptado.)
(*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é uma via expressa que liga o Centro à Zona Oeste da
cidade de São Paulo.

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Considere as correlações entre o texto e a tirinha expostas abaixo.

http://novacharges.wordpress.com

I. O personagem que fala tem uma postura semelhante à de parte de moradores de


Higienópolis em relação às pessoas que representariam a “gente diferenciada”.
II. Os personagens que se encontram fora do carro no segundo quadro
corresponderiam à “gente diferenciada” a que se refere parte dos moradores de
Higienópolis.
III. No segundo quadro, o carro seria comparável aos muros e fortalezas que separam
parte dos moradores de Higienópolis do “Brasil real”.

Estão corretas:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) todas.

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7. (ITA/2010)
Qual o dito popular que se aplica à situação mostrada na tira abaixo?

a) Quem ao moinho vai, enfarinhado sai.


b) Não se faz omelete sem quebrar os ovos.
c) Ri-se o roto do esfarrapado e o sujo do mal lavado.
d) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
e) Para bom mestre, não há má ferramenta.

8. (ITA/2008)
Assinale a opção em que a frase apresenta figura de linguagem semelhante ao da fala
de Helga no primeiro quadrinho.

(Em: Folha de S. Paulo, 21/03/2005.)

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a) O país está coalhado de pobreza.


b) Pobre homem rico!
c) Tudo, para ele, é nada!
d) O curso destina-se a pessoas com poucos recursos financeiros.
e) Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho.

9. (Insper/2019)

Dicas para evitar a disseminação de boatos e notícias falsas


1. Saiba quando uma mensagem é encaminhada
Mensagens com a etiqueta “Encaminhada” ajudam a determinar se seu amigo ou
parente escreveu aquela mensagem ou se ela veio originalmente de outra pessoa.
2. Verifique fotos e mídia com cuidado
Fotos, áudios e vídeos podem ser editados para enganar você. Procure por fontes de
notícias confiáveis para ver se a história está sendo reportada também em outros
veículos. Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis, é mais provável
que ela seja verdadeira.
3. Fique atento a mensagens que parecem estranhas
Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou notícias falsas apresentam
erros de português. Procure por esses sinais para verificar se a informação é confiável.
4. Esteja atento a preconceitos e influências
Histórias que parecem difíceis de acreditar são, em sua maioria, realmente falsas.
5. Notícias falsas frequentemente viralizam
Não encaminhe uma mensagem só porque o remetente está lhe pedindo para fazer
isso.
6. Verifique outras fontes
Se você ainda não tem certeza de que uma mensagem é verdadeira, faça uma busca
online por fatos e verifique em sites de notícias confiáveis para ver de onde a história
veio.
7. Ajude a parar a disseminação
Não compartilhe uma mensagem só porque alguém lhe pediu. Se algum contato ou
grupo está enviando notícias falsas constantemente, denuncie-os.
Importante: Se você sentir que você ou alguém está em perigo emocional ou físico, por
favor, contate as autoridades locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são
preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.
(https://faq.whatsapp.com/pt. Adaptado)

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(Jorge Braga. Em: https://www.opopular.com.br/)

A leitura comparativa entre o texto e a charge permite afirmar que ambos fazem um
alerta acerca
a) dos perigos a que as pessoas estão expostas nas redes sociais, considerando-se a
facilidade de fazer circular informações inverídicas nesses meios de comunicação.
b) da falta de contato presencial entre as pessoas que, cada vez mais, estão preferindo
comunicar-se a distância, sem se preocuparem com a interação face a face.
c) do descaso das pessoas com o que é veiculado pelas redes sociais, principalmente
pelo fato de serem informações, em sua maioria, baseadas em inverdades.
d) da importância assumida pelas redes sociais no contexto da comunicação atual,
razão pela qual devem ser estimulados os contatos pessoais nesses meios.
e) dos internautas incautos que usam as redes sociais para obter vantagens pessoais,
apesar de haver pouco espaço nelas para manobras ilegais.

10. (FUVEST/2019)
Examine o cartum.

ITURRUSGARAI, Adão. A vida como ela yeah. Folha de S. Paulo, ago.2018.

O efeito de humor que se obtém no cartum decorre, principalmente,


a) da expressão facial da personagem.
b) do uso de uma ferramenta fora de contexto.
c) da situação rotineira exposta pela imagem.

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d) da ambiguidade presente na expressão “quebre a cara”.


e) do emprego de linguagem popular.

11. (UERJ/2018)

crjvitoria.blogspot.com.br, agosto/2011.

Na charge, o personagem formula uma pergunta cuja resposta está sugerida pela
imagem refletida no espelho.
A partir dos elementos contidos na imagem, trata-se de uma resposta que expressa o
seguinte posicionamento:
a) recusa de uma denúncia
b) refutação de uma avaliação
c) silenciamento de uma crítica
d) confirmação de uma hipótese

12. (Insper/2018)
Leia a charge.

(http://www.otempo.com.br)

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A charge mistura diversas linguagens na construção de um discurso capaz de


a) influenciar a perspectiva de abordagem crítica do leitor, fazendo-o destacar o
componente irônico da situação.
b) centrar a atenção do leitor na relação das personagens com o cenário,
independentemente do diálogo que mantêm.
c) desviar a atenção do leitor de questões sociais, reduzindo sua leitura à percepção do
recurso tecnológico projetado.
d) levar o leitor a compor analogias, reconhecendo no texto a intenção de denunciar as
desigualdades sociais.
e) reformular pontos de vista negativos do leitor acerca do mundo digital projetado no
mapa da fome.

13. (UNESP/2018)
Examine a tira Hagar, o Horrível do cartunista americano Dik Browne (1917-1989).

O ensinamento ministrado por Hagar a seu filho poderia ser expresso do seguinte
modo:
a) “A fome é a companheira do homem ocioso.”
b) “O estômago que raramente está vazio despreza alimentos vulgares.”
c) “Nada é mais útil ao homem do que uma sábia desconfiança.”
d) “Muitos homens querem uma coisa, mas não suas consequências.”
e) “É impossível para um homem ser enganado por outra pessoa que não seja ele
mesmo.”

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14. (Enem/2018)

A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a


modificação de outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e da informação. A
principal consequência criticada na tirinha sobre esse processo é a
a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.

15. (Unicamp/2018)

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Considerando os sentidos produzidos pela tirinha, é correto afirmar que o autor explora
o fato de que palavras como “ontem”, “hoje” e “amanhã”
a) mudam de sentido dependendo de quem fala.
b) adquirem sentido no contexto em que são enunciadas.
c) deslocam-se de um sentido concreto para um abstrato.
d) evidenciam o sentido fixo dos advérbios de tempo.

16. (FGV/2018)
Leia a charge.

(Charge de Duke. www.otempo.com.br, 06.09.2017)

No 2º quadrinho, o desconcerto da mulher ocorre porque ela, a princípio,


a) entendeu que o homem queria “amá-la”, ideia que, no contexto, poderia ser expressa
corretamente pela frase “Eu só desejo amar você!”
b) reconheceu que o homem queria “a mala”, ideia que, no contexto, poderia ser
expressa corretamente pela frase “Eu só desejo amar-lhe!”
c) acreditou que o homem queria “amá-la”, ideia que, no contexto, poderia ser expressa
corretamente pela frase “Eu só desejo amar ela!”
d) pensou que o homem tinha amor por ela e pela mala também, ideia que, no contexto,
poderia ser expressa corretamente pela frase “Eu só desejo amar vocês!”
e) teve dúvida se o homem queria “a mala”, ideia que, no contexto, poderia ser expressa
corretamente pela frase “Eu só a desejo amá-la!”

17. (FUVEST/2018)
Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, ajustamo-nos a ela. Ao
interpretá-la, fazemos uso dos nossos próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um
significado que tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de pensar. Numa

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palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte
moderna.
As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. Não nos dirigimos a elas
diretamente, mas contornamo-las. Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob
uma nova visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é mais eficiente
do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura própria, que não pode ser
antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado não está perdido porque o
significado que uma obra assume para uma geração posterior é o resultado de uma
série completa de interpretações anteriores.
Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.

De acordo com o texto, a compreensão do significado de uma obra de arte pressupõe


a) o reconhecimento de seu significado intrínseco.
b) a exclusividade do ponto de vista mais recente.
c) a consideração de seu caráter imutável.
d) o acúmulo de interpretações anteriores.
e) a explicação definitiva de seu sentido.

18. (UNESP/2017)
Examine a charge do cartunista argentino Quino (1932- ).

(Quino. Potentes, prepotentes e impotentes, 2003.)

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A charge explora, sobretudo, a oposição


a) inocência x malícia.
b) público x privado.
c) progresso x estagnação.
d) natureza x cidade.
e) liberdade x repressão.

19. (UNIFESP/2017)
Examine a tira do cartunista argentino Quino (1932- ).

As frases citadas pela personagem Mafalda no início de sua fala foram extraídas de
a) um anúncio publicitário.
b) um livro sobre culinária.
c) uma peça de teatro.
d) uma cartilha escolar.
e) um guia turístico.

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Texto para as questões 20 e 21:

20. (UERJ/2017)
No primeiro quadrinho, a declaração feita pela personagem indica um pressuposto
acerca do universo escolar.
Esse pressuposto pode ser associado, na escola, à seguinte prática:
a) negação do patriotismo
b) intolerância à diversidade
c) desestímulo às indagações
d) reprovação de brincadeiras

21. (UERJ/2017)
Todo o raciocínio da personagem pode ser expresso na fórmula dedutiva “se A, então
B”.
Para que essa fórmula esteja de acordo com o raciocínio da personagem, ela deve ser
redigida da seguinte maneira:
a) Se escolhemos onde nascer, então amar a pátria não é uma obrigação.
b) Se não escolhemos onde nascer, então amar a pátria é uma conveniência.
c) Se a professora se zanga com perguntas, então eu não devo fazer uma redação só
com perguntas.
d) Se a professora não se zanga com perguntas, então eu posso fazer uma redação só
com perguntas.

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22. (FUVEST/2016)
Examine este cartum.

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do
seguinte recurso:
a) utilização paródica de um provérbio de uso corrente.
b) emprego de linguagem formal em circunstâncias informais.
c) representação inverossímil de um convívio pacífico de cães e gatos.
d) uso do grotesco na caracterização de seres humanos e de animais.
e) inversão do sentido de um pensamento bastante repetido.

23. (UNESP/2016)
Brinquedos incendiados
Uma noite, houve um incêndio num bazar. E no fogo total desapareceram
consumidos os seus brinquedos. Nós, crianças, conhecíamos aqueles brinquedos um
por um, de tanto mirá-los nos mostruários – uns, pendentes de longos barbantes;
outros, apenas entrevistos em suas caixas. Ah! Maravilhosas bonecas louras, de chapéus
de seda! Pianos cujos sons cheiravam a metal e verniz! Carneirinhos lanudos, de guizo
ao pescoço! Piões zumbidores! – e uns bondes com algumas letras escritas ao contrário,
coisa que muito nos seduzia.
Às vezes, num aniversário, ou pelo Natal, conseguíamos receber de presente
algum bonequinho de celuloide, modestos cavalinhos de lata, bolas de gude,
barquinhos sem possibilidade de navegação... – pois aquelas admiráveis bonecas de
seda e filó, aqueles batalhões completos de soldados de chumbo, aquelas casas de
madeira com portas e janelas, isso não chegávamos a imaginar sequer para onde iria.
Amávamos os brinquedos sem esperança nem inveja, sabendo que jamais chegariam
às nossas mãos, possuindo-os apenas em sonho, como se para isso, apenas, tivessem
sido feitos.

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Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava
longo tempo a contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus
cifrões e zeros, sem muita noção do valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como
namorados antigos, éramos só renúncia e amor. Bastava-nos levar na memória aquelas
imagens e deixar cravados nelas, como setas, os nossos olhos.
Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar incendiara. E foi uma espécie de
festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam chispas e
labaredas pelo bairro todo. As crianças queriam ver o incêndio de perto, não se
contentavam com portas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam bombeiros entre
jorros d’água. A elas não interessavam nada peças de pano, cetins, cobertores, que os
adultos lamentavam. Sofriam pelos cavalinhos e bonecas, os trens e palhaços, fechados,
sufocados em suas grandes caixas. Brinquedos que jamais teriam possuído, sonhos
apenas da infância, amor platônico.
O incêndio, porém, levou tudo. O bazar ficou sendo um fumoso galpão de cinzas.
Felizmente, ninguém tinha morrido – diziam em redor. Como não tinha morrido
ninguém? pensavam as crianças. Tinha morrido um mundo e, dentro dele, os olhos
amorosos das crianças, ali deixados.
E começávamos a pressentir que viriam outros incêndios. Em outras idades. De
outros brinquedos. Até que um dia também desaparecêssemos sem socorro, nós,
brinquedos que somos, talvez de anjos distantes!
(Cecília Meireles. Escolha o seu sonho. Círculo do Livro, 1975. Adaptado)

Considere a charge.

(Jean Galvão. http://3.bp.blogspot.com. Acesso em: 25.05.2014)

Comparando as crianças que são personagens do texto Brinquedos incendiados ao


garoto da charge, é correto concluir que eles
a) se assemelham, pois têm pais que são negligentes e se mostram indiferentes aos
pedidos dos filhos.
b) se assemelham, pois todos eles se contentam com os brinquedos recebidos, apesar
de estes serem triviais.
c) se opõem, pois o garoto escolhe o que deseja em uma loja com brinquedos mais
caros que os vendidos pelo bazar frequentado pelas outras crianças.

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d) se opõem, pois, ao contrário do garoto, a narradora e seus colegas têm certeza de


que serão mais felizes quando adultos.
e) se opõem, pois, ao contrário da narradora e seus colegas, o garoto não se encanta
platonicamente pelos brinquedos expostos na loja.

Texto para as questões 24 e 25

24. (FUVEST/2009)
A crítica contida na charge visa, principalmente, ao
a) ato de reivindicar a posse de um bem, o qual, no entanto, já pertence ao Brasil.
b) desejo obsessivo de conservação da natureza brasileira.
c) lançamento da campanha de preservação da floresta amazônica.
d) uso de slogan semelhante ao da campanha “O petróleo é nosso”.
e) descompasso entre a reivindicação de posse e o tratamento dado à floresta.

25. (FUVEST/2009)
O pressuposto da frase escrita no cartaz que compõe a charge é o de que a Amazônia
está ameaçada de
a) fragmentação.
b) estatização.
c) descentralização.
d) internacionalização.
e) partidarização.

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8 Gabarito
1. C 10. D 19. D
2. C 11. D 20. C
3. A 12. D 21. B
4. E 13. C 22. E
5. E 14. D 23. E
6. E 15. B 24. E
7. C 16. A 25. D
8. D 17. D
9. A 18. E

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9 Questões comentadas
1. (ITA/2019)

Assinale a alternativa que exprime o teor crítico da charge.


a) A pichação somente contribui para o aumento da poluição visual da cidade.
b) É necessário investir efetivamente em educação para a conscientização ambiental.
c) Há incoerência entre a proibição governamental e sua efetiva fiscalização.
d) A pichação é uma forma ilegítima de protesto social e educacional.
e) Os pichadores demonstram total indiferença com o meio ambiente e a lei.

Comentários:
Quando se lê a expressão “crime ambiental” há uma expectativa de atenção ao
meio ambiente, à natureza. No entanto, percebe-se que o policial está mais preocupado
com a pichação do que com a poluição do rio atrás de si. Assim, expõe-se a hipocrisia
dos órgãos governamentais responsáveis, que se preocupam com ações insignificantes
diante daquilo que de fato representa um dano ao meio ambiente – e que não está
sendo fiscalizado com o mesmo zelo. Por isso, a alternativa correta é alternativa C.
A alternativa A está incorreta, pois a crítica da charge não é à pichação em si, mas
à fiscalização ambiental.
A alternativa B está incorreta, pois não há nenhuma menção ou indicação à
educação. A crítica se volta aos órgãos fiscalizadores e reguladores.
A alternativa D está incorreta, pois, novamente, a crítica não é à pichação, mas às
leis ambientais.

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