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A igualação e a desigualdade
A ditadura da sociedade de consumo exerce um totalitarismo simétrico ao de sua irmã gêmea, a ditadura da organização
desigual do mundo.
A maquinaria da igualação compulsiva atua contra a mais bela energia do gênero humano, que se reconhece em suas
diferenças e através delas se vincula. O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém, as
diferentes músicas da vida, suas dores e cores: as mil e uma maneiras de viver e de falar, crer e criar, comer, trabalhar,
dançar, brincar, amar, sofrer e festejar que temos descoberto ao longo de milhares e milhares de anos.
A igualação, que nos uniformiza e nos apalerma, não pode ser medida. Não há computador capaz de registrar os crimes
cotidianos que a indústria da cultura de massas comete contra o arco-íris humano e o humano direito à identidade. Mas
seus demolidores progressos saltam aos olhos. O tempo vai se esvaziando de história e o espaço já não reconhece a
assombrosa diversidade de suas partes. Através dos meios massivos de comunicação, os donos do mundo nos comunicam
a obrigação que temos todos de nos contemplar num único espelho, que reflete os valores da cultura de consumo.
Quem não tem não é: quem não tem carro, não usa sapato de marca ou perfume importado está fingindo existir.
(Eduardo Galeano, De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso)
A nova redação dada à passagem – O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém… – está de
acordo com a norma-padrão de emprego de tempos e modos verbais em:
A É desejável que o melhor que o mundo tenha esteja nos muitos mundos que o mundo contiver.
B Será desejável que o melhor que o mundo tem estará nos muitos mundos que o mundo conter.
C Seria desejável que o melhor que o mundo tiver esteja nos muitos mundos que o mundo conter.
D Era desejável que o melhor que o mundo tivesse estava nos muitos mundos que o mundo conterá.
E Será desejável que o melhor que o mundo teve estava nos muitos mundos que o mundo contivesse.
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
A moça ficou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade
casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos pares, de
braço dado, em fila, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele
tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas ficavam mais abertas para espiar. Só
uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois
não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio,
portas e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo filho de “coronel” fazendeiro, gente de muita
circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua
imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício1 abrindo em sacadas, sob a
cimalha2 a estatueta de louça-da-china3 — espetáculo.
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de
tábuas a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe,
fim do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro4 ? Que dia
ele volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora,
virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
(Elenco de cronistas modernos. José Olympio Editora. Adaptado)
1. frontispício: fachada principal.
2. cimalha: parte mais alta das paredes.
3. louça-da-china: porcelana.
4. cargueiro: pessoa que conduz animais de carga.
Os verbos empregados nas frases elaboradas a partir do texto seguem a norma-padrão na alternativa:
A Enquanto o cargueiro mantiver suas viagens até a cidade, sempre chegarão bons artigos para os habitantes.
B Alguns trabalhadores da fazenda preveram que o cargueiro e seus animais chegariam no fim da semana.
C As lojas da cidade que disporem de produtos recém-chegados serão as mais procuradas pelas mulheres.
Quando o cargueiro vir com a tropa carregada de novas mercadorias, as negociações de compra e venda vão
D
aumentar.
E Se tempestades e estradas lamacentas reterem o cargueiro em outros paragens, talvez falte açúcar na cidade.
Leia a tira.
A Vindo de uma família humilde, com a mãe solo faxineira, que criou os quatro filhos...(criou-lhes) – 2º parágrafo.
E Como todo autor, Wesley coloca características pessoais em seus trabalhos... (coloca-as) – 6º parágrafo.
Português > Interpretação de Textos , Morfologia - Verbos , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)
5 Q2209378 Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) ,
Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: SAME - SP Prova: VUNESP - 2023 - SAME - SP - Auxiliar de Farmácia
no tempo passado, o que se evidencia pelo emprego de tempos verbais no pretérito (imperfeito e perfeito do
A
indicativo).
B no tempo passado, com predominância de verbos conjugados no presente do indicativo com valor histórico.
C no tempo presente, já que o que está sendo relatado passa-se no momento em que a autora do livro o escreve.
D no tempo presente, considerando o emprego de verbos nesse tempo para indicar algo habitual na vida das pacientes.
no tempo futuro, pois se trata de uma história parcialmente verdadeira com personagens inventados e trama
E
elaborada.
6 Q2202916 Português > Morfologia - Verbos , Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa)
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente
Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está flexionada em conformidade com a norma-padrão.
Os ataques às escolas são uma realidade inconteste e, para evitar novas ocorrências, a autoridade pública já interviu
A
com rigor.
Se as plataformas se manterem omissas em relação à violência virtual, provavelmente as agressões no mundo real
B
aumentarão.
Se as plataformas fazerem de conta que a violência não existe no mundo virtual, dará condições de elas aumentarem
C
ainda mais.
Para enfrentar as dificuldades que sobrevierem no combate à violência, as redes sociais devem valer-se do Marco
D
Civil da Internet.
E Quando uma pessoa ver um conteúdo criminoso nas redes sociais, deverá comunicar as autoridades imediatamente.
José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar
fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos
meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência
exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o
mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às
lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha
depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu
excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto
não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.
(Machado de Assis, Dom Casmurro)
Na passagem – Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para
dar autoridade à lição... –, a regência e o sentido das formas verbais destacadas mantêm-se inalterados, se elas forem
substituídas, correta e respectivamente, por:
Objetos de estimação
Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de
estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um
chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de
prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.
O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha
desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar
de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.
A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma
cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de
manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.
Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto,
chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem
precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força
e transformado num pano para lustrar o chão.
A Não se podia julgar pela aparência, pois, muitas vezes, eram de estimação.
B Não se poderá julgar pela aparência, pois, muitas vezes, serão de estimação.
C Não se pôde julgar pela aparência, pois, muitas vezes, seriam de estimação.
D Não se poderia julgar pela aparência, pois, muitas vezes, foram de estimação.
E Não se podia julgar pela aparência, pois, muitas vezes, serão de estimação.
9 Q2176718 Português > Morfologia - Verbos , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário
Assinale a alternativa em que, na reescrita da passagem – Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo
aniversário se comemorava, mas à personagem em si… (1º parágrafo) –, a forma verbal destacada confere sentido de
conjectura ao enunciado.
A Curiosamente, as críticas não têm sido à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
B Curiosamente, as críticas não são à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
C Curiosamente, as críticas não foram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
D Curiosamente, as críticas não seriam à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
E Curiosamente, as críticas não tinham sido à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
Português > Interpretação de Textos , Morfologia - Verbos , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)
10 Q2176696
Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário
No poema, há uma relação entre passado e presente, este marcado pelo emprego do termo
A “olhado”.
B “lado”.
C “alguém”.
D “aqui”.
E “parou”.
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas
(por meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê- -la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas,
à vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão
conta de que sua afirmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse
pela verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi afirmado como verdade,
cede por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
(Arthur Schopenhauer. Como vencer um debate sem precisar ter razão)
Na passagem – Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo
fôssemos honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela
estivesse conforme à opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo
caso, de importância muito secundária. – a construção do raciocínio, no trecho destacado, é centrada na relação
de causa e efeito, expressando-se predominantemente com o emprego de formas verbais no futuro do presente e no
A
pretérito.
entre hipótese e conclusão, expressando-se predominantemente com o emprego de formas verbais no imperfeito e
B
no futuro do pretérito.
entre condição e comparação, expressando-se predominantemente com o emprego de formas verbais no presente e
D
no infinitivo.
entre suposição e resultado, expressando-se predominantemente com o emprego de formas verbais no pretérito
E
perfeito e no futuro do pretérito.
Português > Sintaxe , Regência , Concordância verbal, Concordância nominal Morfologia - Verbos ,
12 Q2103964
Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Bady Bassitt - SP Prova: VUNESP - 2023 - Câmara de Bady Bassitt - SP - Assistente
Legislativo
Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto, de acordo com a norma-padrão de concordância, regência e
emprego do tempo verbal.
A Houveram expectativas em que a maioria deles eram minimamente lúcidos e que fariam um serviço limpo.
B Havia expectativas de que mais de um deles fosse minimamente lúcido e de que fizesse um serviço limpo.
C Haverá expectativas que qualquer um deles sejam minimamente lúcidos e que façam um serviço limpo.
D Há expectativa de que mais de um deles sejam minimamente lúcidos e que fazem um serviço limpo.
E Haveriam expectativas para que um deles era minimamente lúcido e que faria um serviço limpo.
Português > Morfologia - Verbos , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) ,
13 Q2103693
Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Marília - SP Prova: VUNESP - 2023 - Câmara de Marília - SP - Escriturário
Na passagem do 2º parágrafo – Hoje, por exemplo, dia de poucas nuvens e vento soprando de leste... –, a forma verbal
destacada indica ação que
A é acessível; contribui para apresentar um ponto de vista pedagógico cuja validade é atual.
B é formal; contribui para analisar a regularidade com que certos eventos se repetiram por décadas.
16 Q2209474 Português > Crase , Sintaxe , Regência Morfologia - Pronomes , Morfologia - Verbos , Crase
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarulhos - SP Prova: VUNESP - 2022 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Guarda Civil
Municipal
17 Q2178904 Português > Morfologia - Verbos , Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: AL-SP Prova: VUNESP - 2022 - AL-SP - Técnico Legislativo
Na voz passiva, a ênfase do enunciado recai no alvo da ação e não em quem a pratica. Isso pode ser comprovado com o
seguinte enunciado do texto:
A ... mas ela encontrou refúgio se incrustando na pedra em Nasu. (3º parágrafo)
B ... a rocha passou a liberar um gás venenoso que matava tudo o que tocava. (4º parágrafo)
C ... mulher que participou de uma conspiração para matar Toba... (2º parágrafo)
D ... visitantes encontraram a famosa rocha partida em dois pedaços... (1º parágrafo)
E ... a “pedra da morte” nas montanhas Nasu é considerada o objeto real da lenda. (4º parágrafo)
18 Q2178903 Português > Morfologia - Verbos , Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo)
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: AL-SP Prova: VUNESP - 2022 - AL-SP - Técnico Legislativo
Português > Interpretação de Textos , Morfologia - Verbos , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)
19 Q2027496
Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Piracicaba - SP Prova: VUNESP - 2022 - Prefeitura de Piracicaba - SP -
Almoxarife
O rei da boca-livre
– Preste atenção naquele homem.
Tinha pouco mais de 50 anos, altura mediana, atitudes discretas e trajes bem passadinhos. Tipo de pessoa que, mesmo
com um guarda-roupa reduzido, não faz feio em reuniões sociais. O referido comia delicadamente um bolinho. Na direita
segurava um copo de uísque.
– Quem é a figura?
A seria preferível o autor brindar com uma pessoa que estivesse entre os presentes.
B será preferível o autor brindar com uma pessoa que esteve entre os presentes.
C é preferível o autor brindar com uma pessoa que estivera entre os presentes.
D terá sido preferível o autor brindar com uma pessoa que estaria entre os presentes.
E teria sido preferível o autor brindar com uma pessoa que estará entre os presentes.
É extremamente difícil e, mais do que isso, até intimidador tentar escrever um texto sobre um livro que se chama “Como
Escrever Bem”. Trata-se, afinal, de avaliar um clássico que vem atravessando gerações, algo assim como a bíblia dos
manuais de escrita, e falar dele não pode mesmo ser uma tarefa simples.
Essa poderia ser uma maneira de iniciar este texto. Seria, porém, uma maneira ruim. O parágrafo acima contraria a
maior parte do que ensina William Zinsser em seu livro. Nele há advérbios, adjetivos, clichês, períodos longos demais – e
uma autora insegura.
“Como Escrever Bem” é um sucesso desde 1976. Zinsser o escreveu nas férias do ano anterior. Sua intenção era reunir
em livro o material das aulas que dava na universidade Yale.
Resumindo muito, o que Zinsser propõe é que se busque o essencial, sem firulas. E, aos que acham que cortar
excessos vai estragar seu modo pessoal de escrever, uma advertência: enfeite não é estilo. Perucas se compram em loja.
Cabelo, não. A analogia capilar em defesa da autenticidade é dele mesmo.
E o que é essencial, então, dos conselhos de Zinsser?
Seja claro. Escreva na ordem direta. Prefira frases breves com palavras curtas. Fuja dos clichês. Verbos são melhores
que advérbios. Substantivos são melhores que adjetivos. Corte. Releia. Reescreva. E, sobretudo, confie no seu material.
Zinsser desmonta um relógio na frente do leitor, explicando como as peças se encaixam para o bom funcionamento do
mecanismo. O relógio, no caso, é o relato de uma viagem. O capítulo é uma boa síntese do que o autor pretende ensinar. Se
o tema e o momento parecem distantes, as lições que ele propicia continuam vigentes.
(Francesca Angiolillo.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/01/como-escrever-bemvai-alem-dos-dogmas-e-tabus-que-cercam-o-
oficio.shtml. 01.01.2022. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as formas verbais expressam aconselhamento na seguinte passagem
do texto:
A É extremamente difícil e, mais do que isso, até intimidador tentar escrever um texto… (1º parágrafo)
B Essa poderia ser uma maneira de iniciar este texto. Seria, porém, uma maneira ruim. (2º parágrafo)
C … aos que acham que cortar excessos vai estragar seu modo pessoal de escrever. (4º parágrafo)
D Seja claro. Escreva na ordem direta. Prefira frases breves com palavras curtas. Fuja dos clichês. (penúltimo parágrafo)
E O capítulo é uma boa síntese do que o autor pretende ensinar. (último parágrafo)
Respostas
1: A 2: A 3: D 4: E 5: B 6: D 7: D 8: B 9: D 10: D 11: B 12: B 13: B 14: A
15: B 16: A 17: E 18: B 19: A 20: D
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