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ANatomia e Fisiologia i

SEBENTA

Fisioterapia
1º Ano; 1º Semestre; 2023/2024
Rodrigo Vitorino

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Rodrigo Vitorino
 ANATOMIA E FISIOLOGIA
SISTEMA TEGUMENTAR
DEFINIÇÃO Pele, cabelos, unhas e glândulas sudoríparas
 Anatomia é a disciplina científica que investiga a Funções:
estrutura do Corpo. Examina a relação entre a - Proteção e regula a temperatura
estrutura de uma parte do corpo e sua função. - Previne a perda de água
- Ajuda a produzir vitamina D
 Fisiologia é a investigação científica dos
SISTEMA ESQUELETICO
processos ou funções dos seres vivos. Os
Ossos, cartilagens associadas, ligamentos e
principais objetivos são entender as respostas
articulações
do corpo aos estímulos e a forma como o corpo
Funções:
mantém equilíbrio numa faixa estreita de
• Proteção e suporte
valores, no ambiente em constante mudança.
• Movimentos do corpo
NIVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO
• Produz células sanguíneas e
Nível Químico
armazena minerais e gordura
O nível químico de Organização envolve interações
entre átomos, que são minúsculos blocos de SISTEMA MUSCULAR
Músculos
construção da matéria. Os átomos podem combinar
Funções:
se para formar moléculas, como a água, o açúcar, as
- Produz movimentos corporais
gorduras, as proteínas e ADN
- Mantém a postura
Nível celular
- Produz calor corporal
As células são as unidades estruturais e funcionais
SISTEMA LINFÁTICO
básicas dos organismos, como plantas e animais.
Vasos linfáticos e linfonodos
Nível tecidular
Funções:
Grupos de células semelhantes na aparência, função
• Remove substâncias estranhas do sangue e da
origem, tipo de tecidos: epitelial, conjuntivo,
linfa;
muscular e nervoso
• Combate doenças;
Nível Orgânico
• Mantém o balanço dos fluidos teciduais
um órgão é composto de dois ou mais tipos de
• Absorve gorduras a partir do trato gastrintestinal
tecidos que juntos executam uma ou mais funções
SISTEMA DIGESTIVO
comuns.
Boca; esófago; estômago; intestinos
Nível Sistémico
Funções:
Um sistema orgânico é um grupo de órgãos
• Realiza os processos mecânicos e químicos da
classificados como uma unidade devido a uma
digestão
função comum ou conjunto de funções
• Absorção de nutrientes
• Eliminação de resíduos.
Organismo
SISTEMA NERVOSO
Um organismo é qualquer coisa viva considerada
Encéfalo; medula espinal, nervos e recetores
como um todo - seja composta de uma célula, como
sensoriais
uma bactéria, ou milhões de células, como um
Funções:
humano
- Sistema regulador principal que deteta sensações
e controla movimentos
- Processos fisiológicos e funções intelectuais.
SISTEMA ENDÓCRINO
Glândulas
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Funções:
• Regulador que influencia:
- metabolismo;
- o crescimento;
- a reprodução e outras funções
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Coração, vasos linfáticos
Funções:
• Transporta nutrientes; produtos de excreção,
gases e hormonas pelo corpo
• Resposta imune
• Regulação da temperatura corporal
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Pulmões e vias aéreas FEEDBACK POSITIVO
Funções:
Resposta aumenta ou intensifica estímulo original
• Promover a troca de gases entre o sangue e o ar
• Regula pH do sangue desvio do ponto de equilíbrio ainda maiores.
 Exemplos:
SISTEMA URINÁRIO
Contrações uterinas »» empurra o bebé para a
Rins, bexiga urinaria e ductos
Funções: cérvix »
• Produz, armazena e elimina a urina Estimula a libertação de ocitocina »» aumentam as
• Remove produtos de excreção do sangue contrações »» nasce o bebé
• Regula o pH sanguíneo
• Regula o equilíbrio iônico e hídrico
SISTEMA REPRODUTOR Grande hemorragia (diminuição da TA) »»
Gónadas diminuição do fluxo de sangue ao musculo »»
Funções:
coração bombeia menos sangue e continuar a
- Reprodução e suas funções
- Comportamentos sexuais diminuir a TA »» processo continua até TA ser baixa
demais para o coração deixar de bombear

 Homeostasia
Homeostasia - manutenção de um ambiente
relativamente constante dentro do corpo.
FEEDBACK NEGATIVO
Temperatura corporal é uma variável que pode
aumentar em um ambiente quente ou diminuir
em um ambiente frio.
Mecanismos homeostáticos, como suor ou
calafrios, normalmente mantêm a temperatura
corporal
SISTEMA DE FEEDBACK
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 TERMINOLOGIAS
POSIÇÃO
ANATÓMICA

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PLANOS DE REFERÊNCIA

Cabeça:
- Frontal (testa)
- orbital (olho)
- nasal (nariz)
- oral (boca)
- ótica (orelha)
- bucal (bochecha)
- mental (queixo)
Cranial (crânio):
- occipital (base do crânio)
- nucal (base do pescoço)
Pescoço:
- Cervical (pescoço)
- clavicular (clavícula)
Tronco anterior:
- Peitoral (peito)
- Presternal (esterno)
- Mamário (mama)

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- Abdominal (abdómen) - dorso (peito do pé)
- umbilical (umbigo) - plantar (sola do pé)
- pélvica (pelve) - calcâneo (calcanhar)
- inguinal (virilha) - digital (dedos do pé)
- púbica (genital)
Tronco posterior: CAVIDADES DO CORPORAIS DO TRONCO
- dorsal (costas) Mediastino (que divide a cavidade torácica)
- escapular (omoplata) - esófago
- vertebral (coluna espinal) - traqueia
- lombar (lombo) - vasos sanguíneos
- sacral (sacro) - timo
- glútea (nádega) - coração
- perineal (períneo) - cavidade torácica
Diafragma
Membro superior Cavidade abdominal
- axilar (axila) Cavidade pélvica
- braquial (braço) MEMBRANAS SEROSAS
- antecubital (frontal do cotovelo) Coração
- antebraquial (antebraço) - pericárdio parietal
- carpal (carpo, punho) - pericárdio visceral
- palmar (palma da mão) - cavidade pericárdica que contem fluido pericárdico
- dorso (parte de trás da mão) Pulmões
- digital (dedos) - pleura parietal
- acromial (ponta do ombro) - pleura visceral
- olecrano (ponta do cotovelo) - cavidade pleural que contem fluido pleural
Membro inferior Cavidade abdómen-pélvica
- glútea (quadril) - peritoneu parietal
- femoral (coxa) - peritoneu visceral
- patelar (joelho) - cavidade peritoneal que contem fluido peritoneal
- crural (perna) - órgãos retro peritoneais
- poplítea (tras do joelho) - mesentérios
- sural (gémeos)
Podal (pé):
- tálus (tornozelo)

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Elemento – tipo mais simples de matéria com
produtos químicos e propriedades físicas
Átomo – menor partícula de um elemento que
possui as características desse elemento

 Átomos são constituídos por neutrões, protões


carregados positivamente e eletrões carregados
negativamente.
Átomos são eletricamente neutros porque o
número de protões e eletrões é igual.
 Protões e Neutrões encontram-se no núcleo, os
eletrões são localizados em volta do núcleo
(nuvem de eletrões).
LIGAÇÃO IÓNICA
Ligação iônica resulta da transferência de um
eletrão de um átomo para outro
 Catiões são iões carregados positivamente
 Aniões são iões carregados negativamente
REAÇÕES QUIMICAS
Alterações na relação entre átomos, iões e
moléculas pela formação ou quebra de produtos
químicos
 As substâncias que entram numa reação
química são chamados os reagentes
 As substâncias que resultam da reação química
são chamados de produtos.
MOLÉCULA
Uma molécula é composta por dois ou mais átomos
que se combinam quimicamente e formam uma
estrutura que tem um comportamento como uma
unidade independente
SOLUBILIDADE E DISSOLUÇÃO
 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL  Solubilidade capacidade de uma substância se
QUÍMICA BÁSICA dissolver em outra.
Matéria – tudo o que ocupa espaço Ex: açúcar dissolvido em água.
Massa – quantidade de matéria em um objeto - Substâncias apolares não se dissolve na água, agua e
Peso – resulta da atração gravitacional entre a terra azeite- solução solubilizada, envolvida por moléculas de
e a matéria agua
 Dissociação é a separação dos compostos
iônicos.
Ex: Sal em água: Compostos iónicos Na+ e Cl
______________________________________________
O corpo humano contém muitas moléculas e
compostos,

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chamados ácidos e bases, que podem alterar as * LIPIDOS
funções - proteção
corporais pela liberação ou captação de protões. - regulação
Existem - vitaminas
mecanismos homeostáticos como os tampões, o - estrutura
sistema - energia
respiratório e os rins, que mantêm a concentração * PROTEINAS
normal de ácidos e bases corporais - regulação
__________________________________________ - transporte
ÁCIDOS E BASES - proteção
 Ácidos são doadores de protões (hidrogênio, H -contração
+) - estrutura
 Bases são as recetoras de protões.(hidróxido, - energia
OH-) Sobre as Proteínas apresentam-se dois modelos:
Escala de pH Primeiro surgiu:
- Uma solução neutra de H + = OH− e um pH de 7,0. 1) Modelo chave-fechadura
- Uma solução ácida H + > OH− e um pH inferior a Substrato liga-se a uma enzima. Estrutura
7,0. tridimensional da enzima determina o sítio ativo,
- Uma solução básica H + < que OH− e um pH reação ocorre quando um reagente (chave) se liga
superior que 7,0. ao centro ativo com disponibilidade estrutural
_________________________________________ (fechadura) da enzima
TAMPÕES – REGULADORES DE EQUILIBRIO Posteriormente
Os tampões são utilizados para regular o pH dos fluidos alterou-se para o…
corporais, são substâncias químicas que resistem a 2) Modelo de encaixe
variações de pH quando ácidos ou bases são induzido
adicionados a eles, cuja função é reverter ácidos e bases Centro ativo altera
fortes em fracos. estrutura 3D para
justar o substrato
 Ácidos e bases fortes ionizam-se facilmente em
solução aquosa, fornecendo H+ ou OH-, * ACIDOS NUCLEICO
alterando pH drasticamente. DNA
 Ácidos e bases fracas ionizam-se menos em Monossacarídeo → Desoxirribose
solução aquosa, com menor libertação de H+ ou +
OH-, menor ação sobre o pH. Base nitrogenada → Timina, citosina, guanina,
_________________________________________ adenina
+
Grupo fosfato
RNA
Monossacarídeo → Ribose
COMPOSTOS ORGÂNICOS e suas FUNÇÕES +
* HIDRATOS DE CARBONO Base nitrogenada → Uracilo, citosina, guanina,
- estrutura adenina
- energia +
- massa Grupo fosfato
Para além disto o RNA divide-se em várias funções:
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RNA Mensageiro Separa o núcleo do citoplasma, regula o movimento dos
RNA Ribossómico materiais para dentro e para fora do núcleo
RNA transferência 3- ADN
Determina e controla todas as características funcionais
e estruturais da célula. Determina a estrutura do RNAm.
 CÉLULA 4- NUCLEOLO
Estrutura definida por: Sintetização de subunidades de ribossomas.
· Membrana celular 5- CITOPLASMA
Contém enzimas de síntese e degradação.
· Núcleo
6- CITOESQUELETO
· Citoplasma Responsável pela manutenção
da forma e organização da
MEMBRANA CELULAR célula; responsável pelos
forma o limite externo da célula movimentos celulares.
Microtúbulos com função de
transporte de vesículas ao longo da célula.
7- INCLUSÕES CITOPLASMATICAS
Depende das moléculas, p. ex. armazenamento de
energia.
______________________________________________
ORGANELOS E SUAS FUNÇÕES
NÚCLEO a) RIBOSSOMAS
Contém material Local de síntese proteica
genético e dirige as b) RETICULO
atividades celulares ENDOPLASMÁTICO RUGOSO
Síntese proteica e transporte até ao
CITOPLASMA
Aparelho de Golgi
Material entre o núcleo e a membrana plasmática c) RETICULO ENDOPLASMÁTICO LISO
- Citosol (ou hialoplasma) – parte fluida no Armazenamento e libertação do Ca;
citoesqueleto e inclusões citoplasmáticas produção de lípidos e glúcidos.
- Citoesqueleto d) APARELHO DE GOLGI
- Organelos Modificação, acondicionamento e
distribuição de proteínas e lípidos para
- Ribossomas
secreção para uso interno.
- Retículo endoplasmático
- Aparelho de Golgi e) VESICULA DE SECREÇÃO
- Vesículas de secreção Transporte de proteínas e lípidos para a superfície
- Lisossomas celular para secreção.
- Peroxissomas f) MITOCONDRIAS
- Mitocôndria Principal local para síntese de ATP
g) LISOSSOMAS
- Centríolo e fuso cromático
Contem enzimas digestivas
- Cílios e flagelos
- Microvilosidades

COMPONENTES CELULARES E SUAS FUNÇÕES CELULAS DO CORPO


1- MEMBRANA CELULAR OU CITOPLASMÁTICA HUMANO Embrionárias
Fronteira externa das células, que controla a entrada e  Células tronco Adultas
saída de substâncias;
2- NUCLEO E MEMBRANA NUCLEAR  Glóbulos vermelhos → hemácias
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 Glóbulos brancos→ granulócitos (neutrófilos; Difusão simples da água através de uma membrana
eosinófilos, basófilos) Agranulócitos seletivamente permeada.
(monócitos, linfócitos) Exemplo: Movimento da água.
 Plaquetas → fragmentos de megacariócitos 3) FILTRAÇÃO
 Células nervosas → neurónios ; células da gila
Movimento da água e solutos através de uma
 Células musculares → esquelético; cardíaco;
liso membrana semipermeável, de acordo com o gradiente
 Celulas cartilaginosas → condrócitos de pressão.
 Células ósseas: Exemplo:
-osteoblastos; Trocas nos capilares sanguíneos.
-osteoclastos
-osteócitos 4) TRANSPORTE ACTIVO
-células de revestimento
Movimentos de substâncias através da membrana
 Células de pele:
- queratinócitos melanócitos contra o gradiente de concentração.
- células de Merkel Exemplo: Movimento da maioria dos iões,
- células de Langerhans nomeadamente Na, K e Ca.
 Endoteliais: revestimento dos vãos sanguíneos 5) ENDOCITOSE
 Células epiteliais: revestimento das camadas A membrana celular envolve determinada substância e
corporais engloba-a no seu citoplasma.
 Células adiposas: adipócitos brancos ou Exemplo: Digestão.
castanhos 6) EXOCITOSE
 Células sexuais: espermatozoide e ovulo Secreção ou expulsão de substâncias desde o interior da
célula.
MOVIMENTOS ATRAVES DA MEMBRANA Exemplo:
1) Difusão Secreção de hormonas; expulsão de detritos
2) Osmose metabólicos para o espaço intersticial.
3) Filtração 7) M. CELULAR
4) Mecanismos de transporte ativo Manter a homeostasia.
5) Difusão facilitada Exemplo: Síntese e degradação.
6) Transporte ativo
7) Transporte ativo secundário CICLO CELULAR
8) Endocitose e exocitose  Divisão celular ocorre por mitose e produz
novas células para crescimento e reparação de
1) DIFUSÃO tecidular.
Difusão simples – movimento de partículas de uma  Divisão celular que ocorre por meiose produz
região de elevada concentração para uma região de gametas (células sexuais).
baixa concentração. As células espermáticas nos homens e os óvulos nas
Difusão facilitada – igual à anterior, mas as substâncias mulheres são gametas.
são transportadas unidas a
transportadores de membrana.
Exemplo:
D. S. - Movimento de gorduras, oxigénio, iões. Cromossomas
D. F. – Movimento da molécula de glicose para interior As células somáticas têm um número diploide de
da célula cromossomos, enquanto os gâmetas têm um número
2) OSMOSE

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haploide. Número diploide é 46 (23 pares) e o número  Pseudo-estratificado (uma camada que
haploide é 23. aparenta ser duas)
 Os humanos têm 22 pares de cromossomas 2- De acordo com a forma das suas células, essas
células podem ser:
autossómicos e um par de cromossomos
 Cúbicos
sexuais.
 Cilíndricos
+ As mulheres cromossomos sexuais XX  Pavimentoso (achatadas ou planas)
+ Os homens cromossomas XY.
→ EPITÉLIO SIMPLES PAVIMENTOSO
Função: difusão, filtração e secreção e proteção
contra atrito
→EPITÉLIO SIMPLES CÚBICO
Função: secreção e absorção pelas células
tubulares renais…
→ EPITÉLIO SIMPLES CILINDRICO
Função: movimento de partículas para fora dos
bronquíolos pulmonares pelas células ciliadas….

 TECIDOS
_______________________________________
Existem vários tipos de tecidos, tais como: → EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO
 Epitelial Função: proteção contra abrasão e redução de
 Conjuntivo perda de água pelo corpo
 Muscular → EPITÉLIO ESTRATIFICADO CUBICO
 Nervoso Função: secreção, absorção, proteção contra
 Embrionário infeção
 Membranoso → EPITÉLIO ESTRATIFICADO CILINDRICO
Função: proteção e secreção
1) EPITELIAL
O tecido epitelial é
constituído por células com
pouca matriz extracelular

(células perfeitamente juntas), cobre superfícies, possui


membrana basal (as células estão assentes) e não
possui vasos (o facto de não possuir vasos não quer → EPITÉLIO PSEUDO ESTRATIFICADO
dizer que trabalhem sem sangue, quer dizer que tem Encontra-se no revestimento da cavidade nasal ,
uma irrigação diminuta). tubas auditivas, faringe, traqueia, brônquios
A membrana basal é segregada pelas células epiteliais e pulmonares
liga o epitélio aos tecidos subjacentes. Função: mover o muco que contém partículas
estranhas, sobre a superfície live
Este tecido classifica-se:
1- De acordo com as camadas de células:
 Simples (Camada única)
 Estratificado (Dupla camada) → EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO

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Encontra-se no revestimento da bexiga urinária,  Áreas subcutâneas e renais
ureteres e uretra superior  Citoplasma é empurrado para o
Função: suportar variações de volume do fluido centro da célula
em tubos e órgão; proteger contra os efeitos cáusticos  Isolamento térmico e proteção
da urina dos órgãos contra lesões
Reticular
2) CONJUNTIVO  Interior de linfonodos, baço e medula óssea
 O tecido conjuntivo é abundante e faz parte de  Fibras reticulares
todos os órgãos do corpo humano.  Supraestrutura ao tecido linfático e
*A principal característica estrutural que o distingue dos hematopoiético
outros três tipos de tecidos é o facto de ser constituído
por células separadas umas das outras por uma
abundante TECIDO CONJUNTIVO DENSO
matriz extracelular. O tecido conjuntivo apresenta Fibras densamente compactas com
estruturas variadas e realiza uma série de funções pouco espaço entre elas
importantes. Regular colagénico
· Blastos – tem a função de formar as células, como tal  Tendões e ligamentos
predominam nas crianças  Fibras de colagénio
· Cistos – tem a função de manter as células, como tal  Resiste a forças de tração,
predominam nos adultos tensão e estiramento
· Clastos – tem a função de degradar as células, como tal Regular elástico
predominam na 3ª idade  Pregas vocais e ligamento entre vertebras
 Fibras elásticas e colagénio
TECIDO CONJUNTIVO  Esticar e recolher tecido
TECIDO CONJUNTIVO EMBRIONÁRIO Irregular colagénico
Mesênquima  Maior parte da derme e cobertura exterior de
 Origem de todos os tubos corporais
tecidos  Fibras de colagénio
 Configuração irregular  Resistência à tração
 Contem fibras Irregular elástico
reticulares  Artérias elásticas
Mucoso  Fibras elásticas e colagénio
 Cordão umbilical  Fazer força
 Configuração irregular
 Contem fibras reticulares TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINEO
Hialina (osso); fibrocartilagem (discos vertebrais);
TECIDO CONJUNTIVO FROUXO elástica (orelha)
Fibras com espaços relativamente grandes entre elas e  Contem fibras de colagénio (e elásticas)
com fluido  Crescimento dos ossos, dá rigidez com
Areolar (liga a pele aos tecidos) flexibilidade
 Glândulas, músculos e nervos  Nas elásticas fornece flexibilidade
 Contem fibras de colagénio  Matriz semissólida
 Suporte e nutrição
Adiposo TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO
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 Osso compacto é mais sólido, com pouco TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
espaço entre as camadas/lamelas → estriado e voluntário
 Osso esponjoso possui espaços entre  Fixado ao osso
trabéculas/placas ósseas  Aparência estriada e multicelular
 Força e sustentação  Movimento do corpo
 Rica irrigação sanguínea (reparação rápida)
 Matriz sólida TECIDO MUSCULAR CARDIACO
→ estriado e involuntário
 CORAÇÃO
TECIDO CONJUNTIVO DO  Células estriadas e cilíndricas com 1 núcleo
SANGUE:  Bombeia o sangue (inconsciente)
Sanguíneo (plaqueta, TECIDO MUSCULAR LISO
hemácia, leucócito) → não estriado e involuntário
 Matriz entre as  Órgão ocos (estomago, bexiga, olhos, vasos)
células é líquida  Células fusiformes, sem estrias e 1 núcleo
 Transporte de oxigénio, CO2, nutrientes,  Força a passagem de conteúdo
hormonas
 Regulação da temperatura
 Protege de infeções ______________________________________________

TECIDO NERVOSO
HEMATOPOIÉTICO (medula óssea vermelha e amarela) (capacidade de produzir potenciais de ação – impulso
 Produção de novas células sanguíneas elétrico)
(vermelha)  Localiza-se no cérebro, medula espinal e nervos
 Armazenamento de lípidos (amarela)  Constituído por neurónios (capacidade
 Contém fibras reticulares condutora)

______________________________________________  Constituído por células de suporte


TECIDO MUSCULAR (nevróglia/glia)
(capacidade de contrair e encurtar)
 Estrutura: estriado ou não estriado
 Função: voluntario, involuntário
 Tipos: esquelético, liso, cardíaco

NOTA:
→ a contração muscular resulta de proteínas contrateis
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localizadas dentro das células musculares
→ o comprimento das células musculares é maior do que o
diâmetro
NEURÓNIO MULTIPOLAR • Membrana serosas: uma camada de tecido simples
 Cérebro, medula espinal, gânglios pavimentoso, sua membrana basal e uma camada
 Composto por dendrites, corpo celular e axónio delicada de tecido conectivo frouxo, revestindo
 Armazenamento de informação e avaliação de cavidades que não se abrem para o exterior (secreta
dados fluido seroso). As suas funções incluem a proteção ao
atrito dos órgãos internos.
NEURÓNIO PSUDOUNIPOLAR
• Membrana sinovial: constituída somente por tecido
conectivo, revestindo as articulações móveis (produzem
o fluido sinovial).

PELE E ESTRUTURAS ACESSÓRIAS


 Epiderme (epitélio escamoso estratificado) -
 Membrana basal a separar a Derme; Camada
 Gânglios externos ao cérebro e à medula fina sem vasos sanguíneos; Células recebem
 Composto por corpo celular e axónio nutrientes e excretam metabólitos
 Conduzir o potencial de ação para  Derme responsável pela maior parte da
encéfalo/medula resistência estrutural da pele. (curtimento)
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO SOBRE OS TECIDOS: tecido conjuntivo denso irregular.
 Tecido subcutâneo ou hipoderme, camada de
NOTA: tecido conjuntivo frouxo; não faz parte do
FIBRÓCITOS: células das fibras musculares sistema tegumentar; liga a pele à musculatura
CONDRÓCITOS: células das cartilagens subjacente ou ao osso.
OSTEÓCITOS: células dos ossos
FUNÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 Mudanças teciduais relacionadas à idade  Proteção – (abrasão, luz ultravioleta, entrada de
resultam das taxas diminuídas de divisão celular microrganismos, desidratação).
e de mudanças nas fibras extracelulares.  Sensação – (recetores sensoriais do calor, do
 As fibras de colagénio tornam-se menos frio, do toque, da pressão e da dor).
flexíveis e apresentam força reduzida.  Regulação da temperatura – (controle do fluxo
 As fibras elásticas tornam-se fragmentadas e sanguíneo à superfície e a atividade de
menos elásticas. glândulas sudoríparas).
 Produção de vitamina D – (exposição à luz UV, a
______________________________________________ pele produz uma molécula que pode ser
MEMBRANAS transformada em vitamina D).
Camada de tecido que cobre uma estrutura ou reveste  Excreção – (eliminação de produtos residuais
uma cavidade. Por exemplo a pele é uma membrana pela pele e glândulas).
externa
3 principais membranas TIPOS RECEPTORES ↔ LOCALIZAÇÃO↔TIPOS
• Membrana mucosa: consiste em células epiteliais, ESTÍMULO
revestindo cavidades/canais que se abrem para o lado
externo do corpo (secreta muco). As suas funções
incluem proteção, absorção e secreção.
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1) Terminações nervosas livres ↔ derme e • Epiderme não tem vasos sanguíneos e é nutrido
camadas mais profundas da epiderme ↔ dor e pela difusão dos capilares da derme
Tª; tato grosseiro e pressão • Células da Epiderme são:
2) Discos táteis Merkel ↔ terminações associadas • Queratinócitos produzem uma mistura
a discos estão na derme ↔ tato grosseiro; de proteínas chamada queratina que
pressão superficial; textura forma de objetos torna as células duras;
3) Plexos folículos pilosos ↔ derme reticular ↔ • Melanócitos melanina que dão cor a
movi pelos pele e pelo, protegem da radiação UV;
4) Corpúsculos táteis de Meissner ↔ derme • Células de Langerhans, parte do sistema
papilar ↔ tato discriminativo; textura e forma imunológico
de objetos • Células de Merkel, terminações
5) Corpúsculos laminares de Pacini ↔ derme nervosas responsáveis pelo toque leve e
reticular; hipoderme; membrana sinovial e pressão superficial
parede de algumas vísceras ↔ pressão Epiderme:
profunda; vibração e propriocepção estrato córneo;
6) Corpúsculos de Rufini ↔ derme e hipoderme estrato lucido
↔ pressão profunda continua; distorção da estrato granuloso
pele estrato espinhoso
7) Bolbos de Krause ↔ mucosas ↔ pressão estrato basal
ligeira ; vibração

Derme:

Camada papilar

Camada reticular
PRODUÇÃO DA VITAMINA D
 A exposição da pele à radiação ultravioleta
produz o Colecalciferol
 Fígado e posteriormente os Rins formam COR DA PELE
vitamina D ativa. Melanina → pigmento responsável pela cor da pele, do
 Vitamina D aumenta os níveis de cálcio, cabelo e dos olhos.
promovendo a captação no intestino delgado e  Moléculas de Melanina são maioritariamente
libertação nos ossos. castanhas e pretas, algumas são amarelas ou
______________________________________________ avermelhadas.
EPIDERME Nota: a cor da melanina está relacionada com a
Epiderme – epitélio estratificado pavimentoso presença de enxofre nas suas moléculas
separado da Derme por uma membrana basal.
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 Melanina fornece proteção contra a luz  Células musculares lisas, contração faz o cabelo
ultravioleta do sol. ficar perpendicular à superfície da pele,
DERME chamada “pele de galinha".
A derme é um tecido conjuntivo com
 No frio, a camada de pelo tem um papel
fibroblastos, algumas células adiposas e macrófagos.
isolador
 Derme papilar – mais superficial, t. conjuntivo
Cor do cabelo:
areolar com fibras elásticas, contem vasos
 A cor do cabelo é determinada por diferentes
sanguíneos, linfáticos e corpúsculos tateis
quantidades e tipos de melanina produzida
 Derme reticular – mais profunda, tecido
pelos melanócitos
conjuntivo denso e irregular, mais resistente,
feixes de colagénio e fibras elásticas, contêm
 Com o envelhecimento a quantidade de
vasos sanguíneos, linfáticos, vários recetores
melanina diminui, tornando o cabelo branco
nervosos, folículos pilosos, glândulas
sudoríparas e sebáceas

-GLÂNDULAS
HIPODERME OU TECIDO SUBCUTANEO
 Principais glândulas da pele são as Glândulas
- Tecido adiposo na maioria dos locais.
Sebáceas e as Glândulas Sudoríparas
- Liga a pele ao osso e músculo subjacente e
fornece vasos sanguíneos e nervos.
A função das Glândulas Sebáceas (glândulas
- Tecido subcutâneo não faz parte do sistema
acinares simples ligadas ao folículo do pelo) é
tegumentar.
produzir sebo (substância branca e oleosa rica
- Aproximadamente metade da gordura armazenada no
em lipídios) que lubrifica o cabelo e a superfície
corpo está no tecido subcutâneo, funciona como fonte
da pele, evitando a desidratação e protegendo
de energia, isolamento e acolchoamento.
algumas bactérias
- Quantidade de gordura no tecido subcutâneo varia
com a idade, sexo e dieta.
Algumas glândulas da pele:
- Tecido subcutâneo pode ser usado para estimar a
 Glândulas Ceruminosas são modificadas e
gordura corporal total. (Pregas Cutâneas)
produzem cera de ouvido
 Glândulas sudoríparas écrinas produzem suor,
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS:
 Glândulas Ceruminosas são modificadas e
- CABELO
produzem cera de ouvido
Nos cabelos, as células estão sempre unidas entre si,
dando origem a uma estrutura proteica bastante rígida e  As Glândulas Mamárias são modificadas e
resistente. O fio de cabelo consiste em uma raiz produzem leite.
localizada em um folículo piloso e uma haste que se
projeta para cima, acima da superfície da epiderme.
Função - UNHAS
 protege cor cabeludo de lesão e UV, diminui  Extremidades distais dos dedos, constituída por
perda de calor, uma placa fina, de células mortas do estrato
córneo com queratina dura.
 proteção microrganismos
 Recetores de tato associado ao folículo
1) Corpo da Unha é a parte visível da unha
Musculo do cabelo:
2) Raiz da Unha é a parte da coberta pela pele.

15
3) Fixação da Unha por Bordos laterais e proximais iv) Fase de Maturação - fibras de colagénio mais
de pele. organizadas, fibroblastos diminuem e vasos
sanguíneos tornam-se normais
As unhas crescem a uma média de 0,5-1,2 mm por
dia.
As unhas das mãos crescem mais rapidamente do ENVELHECIMENTO DO SISTEMA TEGUMENTAR
que as dos pés  Diminui o tamanho da Epiderme e a
quantidade de colágeno na derme.
 Risco de infeções na pele aumenta e a
reparação é mais lenta.
 Diminui o número de fibras elásticas na derme
e a perda de gordura do tecido subcutâneo
contribuem para a pele ceder e enrugar.

 Diminui a capacidade de regular a temperatura


corporal por redução da atividade das
glândulas sudoríparas e fluxo sanguíneo.
 A pele mais seca por redução da atividade das
glândulas sebáceas.
 O número de melanócitos diminui → Cabelo
grisalho ou branco.
 Pele exposta à luz solar mostra sinais de
CICATRIZAÇÃO DA PELE envelhecimento mais rapidamente do que a
pele não exposta.
1) LESÃO EPIDERMICA NOTA: PSORÍASE → uma inflamação causada por uma
Lesão pode estender-se até à derme só está disfunção do sistema imunitário que leva à formação de
associada lesão células epidérmicas superficiais novas células da pele em cima ou em baixo das já
Ex. abrasão, pequenas queimaduras existentes.
2) LESÃO PROFUNDA O ciclo de vida das
- pode estender se até à derme e camada células da pele é
subcutânea acelerado, as células do
i) Fase inflamatória – cicatrização ferimento maior órgão do corpo
profundo, formação de coagulo e união dos bordos, humano não crescem e
células epiteliais migram, vasodilatação e descamam
permeabilidade e aparecimento fibroblastos. gradualmente.
ii) Fase migratória- fibroblastos migram ao longo Dessa forma, as células acumulam-se rapidamente na
filamento de fibrina e começam a sintetizar superfície da pele, o que causa prurido, às vezes
fibras colagénio e associado a dor, manchas vermelhas ou escamas (ou
Glicoproteínas - coagulo torna-se crosta → tecido caspa) prateadas
de granulação ______________________________________________
iii) Fase proliferativa- extensão de células epiteliais QUEIMADURAS
por baixo da crosta Sintomas

16
+ dano tecidual na pele e possivelmente em 7) Sistema imunitário e linfático
tecido mais profundo (depende do grau de Inflamação: depressão do sistema imune pode
queimadura) levar á infeção
+ edema 8) Sistema nervoso
+ choque Dor em queimaduras mais superficiais; a
+ infeção microbiana temperatura do corpo aumenta conforme o
Tratamento controlo central do cérebro é reiniciado, nível
+ fluido intravenoso anormal de K+ interfere na atividade normal do
+ Dieta hiperproteica e hipercalórica sistema nervoso
+ administração de antimicrobianos
+ remoção de debris
+ excertos de pele → só em caso de dificuldades
no processo de cicatrização da queimadura

Efeitos das queimaduras nos vários sistemas do


corpo humano:
1) Sistema esquelético
Produção aumentada de hemácias na medula
óssea vermelha
2) Sistema digestivo
Dano tecidual no revestimento intestinal e no
fígado como resultado do fluxo de sangue
reduzido, as bactérias no intestino podem
causas uma infeção sistémica; o fígado liberta
fatores de coagulação em resposta ao ferimento
3) Sistema urinário
Produção de urina é diminuída em resposta ao
volume de sangue reduzido; o dano tecidual nos
rins é devido ao baixo fluxo de sangue
4) Sistema respiratório
O edema pode diminuir as vias aéreas; taxas
respiratórias aumentadas em resposta ao
estado Hiper metabólico
5) Sistema endócrino
Libertação de adrenalina e noradrenalina pelas
glândulas adrenais em resposta a injúria
contribui para o estado de hipermetabolico e
aumento da temperatura corporal
6) Sistema circulatório
Redução do volume de sangue, edema, e
choque podem ocorrer devido aos aumentos da
permeabilidade capilar; a coagulação
aumentada pode induzir a trombose venosa,
fluxo de sangue preferencial promove o efeito
curativo
17
fibras de colagénio (força) e proteoglicanos (retenção de
 SISTEMA ESQUELÉTICO água)

TIPOS DE CARTILAGEM:
1) HIALINA
 Ossos -laringe, traqueia, articulações
 Cartilagem Função: Reduz atrito e absorve choques
 Tendões 2) ELÁSTICA
 Ligamentos -ouvido externo, epiglote
Função Forma e suporte
FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO 3) FIBROSA
→ suporte do corpo; (estática) Disco intervertebral, sínfise púbica
→ proteção dos órgãos; Função: Rigidez e absorção choques
→ mobilidade do corpo; (sistema de alavancas)
→ armazenamento de minerais e gorduras;
→ produção de células sanguíneas e plaquetas. MATRIZ ÓSSEA
 35% material orgânico - colagénio
CARTILAGEM:  65% material inorgânico –fosfato de cálcio e
Tecido conjuntivo rígido encontrado em várias partes carbonato de cálcio
do corpo Organizada em bainhas – lamelas
 o tecido cartilaginoso é formado por dois Colagénio → dá força ao osso
componentes principais: as células e a matriz ↓ cálcio → resistência à compressão do osso
extracelular. As células desse tecido são
chamadas de condrócitos, e estão localizadas
em cavidades presentes na matriz extracelular
CÉLULAS ÓSSEAS
que são denominadas lacunas.
 Osteócitos, que se situam em cavidades
chamadas lacunas; são células maduras que
→ pericôndrio: bainha que envolve cartilagem
mantem a matriz óssea
- fibroblastos na camada interna
 Osteoclastos, produtores da parte orgânica da
- condroblastos: na camada externa
matriz células gigantes, móveis,
→ condrócitos: ocupam um espaço envolvidos pela
multinucleadas, que reabsorvem o tecido
matriz lacuna
ósseo, participando dos processos de
→ Condroblastos: produzem cartilagem e formam
remodelação óssea. Têm origem nas células-
condrócitos
tronco da medula óssea vermelha
→ Matriz
de
cartilagem: TECIDO ÓSSEO
contém 1) Osso Esponjoso,
consiste em finas
hastes finas
ligadas entre si
chamadas –
Trabéculas

0
Rodrigo Vitorino
Trabéculas suportam o peso e ajudam os ossos a resistir ANATOMIA ÓSSEA
à flexão e alongamento. ESTRUTURA DO OSSO LONGO
Espaços entre as trabéculas é preenchido com medula
óssea e vasos sanguíneos
- DIÁFISE
- EPÍFISE
- CAVIDADE MEDULAR
- MEDULA ÓSSEA
- PERIOSTEO
- ENDÓSTEO

2) Osso compacto : é mais denso e tem menos


espaços do que o osso esponjoso
Vasos sanguinos no próprio osso e as lamelas de osso
compacto são principalmente orientadas em torno
desses vasos sanguíneos

CLASSIFICAÇÃO FORMAS ÓSSEAS

As características dos
FISE- cartilagem de crescimento (placas de crescimento)
ossos vão depender:
→ Elas permitem aos ossos se alongar até que as
- espessura
crianças atinjam sua altura total. Quando o crescimento
- largura
estiver concluído, as placas de crescimento são
- comprimento
substituídas por osso.
1) Diafise
Eixo do osso
2) Epifise
Parte do osso que se desenvolve de um centro de
ossificação distinto da diafise
3) Periosteo
Membrana de dupla camada de tecido conjuntivo
cobrindo a superficie externa do osso, excepto onde a
1
Rodrigo Vitorino
cartilagem articular etá presente; ligamentos e tendões  Crescimento em largura - crescimento em
se ligam ao osso por meio do periosteo; vasos espessura ou largura adição tecido ósseo novo,
sanguineos e nervos do perisoteo suprem o osso, o pelos osteoblastos.
periosteoé onde o osso cresce em diametro
4) Endósteo
Membrana fina de tecido conjuntivo revestindo as
cavidades internas do osso
5) Cartilagem articular CRESCIMENTO EM COMPRIMENTO
Fina camada de cartilagem hialina cobrindo um osso
onde ele forma uma articulação com outro osso
6) Placa epifisária
Área de cartilagem hialina entre diafise e epifise;
crescimento da cartilagem seguindo por ossificação
endocondral resulta em crescimento em comprimento
do osso
7) Osso esponjoso
Osso com muito espaço pequenos; encontrados na
epifise
8) Osso compacto
Osso denso com poucos espaços internos; forma a
diafise e cobre o osso esponjoso das epifises
9) Cavidade medular
Grande cavidade nas diáfises
10) Medula vermelha
PROCESSO:
Tecido conjuntivo nos espaços do osso esponjoso ou na
1) Nova cartilagem é produzida no lado epifisário
cavidade medular; sitio de produção de células
da placa enquanto os condrócitos se dividem e
sanguineas
formam camadas de células
11) Medula amarela
2) Condrócitos maturam e alargam
Gordura armanezada na cavidade medular ou nos
3) Matriz é calcificada e condrócitos morrem
espaços entre os osso esponjosos
4) A cartilagem no lado diafisário da placa é
substituída por osso
______________________________________________

CRESCIMENTO EM LARGURA
OSSIFICAÇÃO
 Ossificação membranosa - formação de osso a
partir membranas de tecido conjuntivo fibroso,
pela condensação células mesenquimais
 Ossificação endocondral - formação de molde
do osso dentro da cartilagem hialina

CRESCIMENTO ÓSSEO
 Crescimento em comprimento –crescimento
da placa epifisária → aumento comprimento
ossos no osso longos ou alongamentos de
saliências.
2
Rodrigo Vitorino
1) Os osteoblastos abaixo do periósteo depositam- REMODELAÇÃO ÓSSEA
se no osso (castanho-escuro) para formar cristas Remodelação óssea –tecido ósseo antigo é removido
separadas por ranhuras. Vasos sanguíneos do pelos osteoclastos e substituído por tecido ósseo novo
periósteo ficam nas ranhuras produzido pelos osteoblastos.
2) A ranhura é transformada em um túnel quando
o osso construído em cristas adjacente se une.
O periósteo da ranhura torna-se endósteo ao
túnel
3) Crescimento aposicional pelos osteoblastos do
endósteo resulta na formação de uma nova
lamela concêntrica
4) A produção de lamela concêntrica adicional
enche o túnel e completa a formação do osteo
______________________________________________
FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO ÓSSEO
→ NUTRICIONAIS:  Renovar tecido ósseo, antes que a deterioração
Dieta adequada que contenha minerais e vitaminas se instale;
Vit. D – necessária absorção de cálcio, fosforo e  Redistribuir a matriz óssea ao longo das linhas
magnésio pelo intestino delgado distensão mecânica
Vit.C–síntese de colagénio e diferenciação de
osteoblastos em osteócitos ______________________________________________
Vit. K e B12 - necessários para a síntese de colagénio REPARAÇÃO ÓSSEA
Vit.A - estimula a síntese osteoblastos → 1- formação do hematoma : sangue
é libertado dos vasos sanguíneos
→ HORMONAIS danificados forma um hematoma
Hormona crescimento (hGH)-promove crescimento do
osso, estimulando a produção pelo ossos e Fígado dos
ICF´s (fatores de crescimento semelhantes à insulina) → 2 – formação do calo : o calo
Hormonas tiroideias interno forma-se entre as extremidade
 triiodotironina (T3), tetraiiodotironina(T4) → dos ossos, e o calo externo forma um
aumentam a síntese proteica colar ao redor do local da quebra
 Calcitonina → inibição dos osteoclastos e
aumenta absorção de cálcio e fosforo na matriz
Hormona paratiroide (PTH)- regulação do cálcio
Hormonas sexuais –aumento rápido crescimento e
fecho das cartilagens epifisárias
→ 3 – ossificação do calo: osso reticular
e esponjoso substitui os calos internos e
externos

3
Rodrigo Vitorino
→ 4 – remodelamento ósseo: o osso compacto substitui TECIDO ÓSSEO E O EXERCICIO
o osso reticular, e parte do calo O exercício promove o osso em stress, desta forma
interno é removida, restaurada a facilitando a sua remodelação óssea:
cavidade medular  Tecido ósseo tem a capacidade de alterar a sua
resistência perante variações das tensões
mecânicas.
 Tensões mecânicas resultam da contração
músculos esqueléticos e ação da gravidade

contração
musculos variação
tensões alteração
______________________________________________ esqueléticos
mecânicas
tensões
tecido ósseo
+ação mecânicas
HOMEOSTASIA DO CÁLCIO gravidade
1) Redução de Ca2+ no sangue estimula secreção
de PTH da glândula paratireoide
2) O PTH estimula os osteoblastos a decompor o
osso e a libertar Ca2+ no sangue
3) Nos rins, o PTH aumenta reabsorção de Ca2+ da
urina. O PTH também estimula a formação de
vitamina D ativa
4) a vitamina D promove a absorção de Ca2+ do
intestino delgado para o sangue
5) o aumento de Ca2+ no sangue estimula a
secreção de calcitonina da glândula tireoide
6) a calcitonina inibe os osteoclastos, permitindo
que o aumento da captação de Ca2+ do sangue
pelos osteoblastos se deposite no osso. Inibe os
osteoblastos.

ESQUELETO (206 OSSOS)


 ESQUELETO AXIAL - cabeça, pescoço e tronco
(80 ossos)
_____________________________________________

4
Rodrigo Vitorino
- caixa craniana (parietal, temporal, frontal, esfenoide, → A coluna vertebral é composta por 5 regiões: (26
occipital, etmoide) ossos)
- face (maxila, zigomático, palatino, lacrimal, nasal, • 7 vertebras cervicais (1º- atlas / 2º- axis)
mandíbula, vômer) • 12 vertebras dorsais/torácicas
- coluna vertebral (vertebras cervicais, torácicas, • 5 vertebras lombares
lombares, sacro, cóccix) • sacro
- caixa torácica (costelas, esterno) • cóccix

 ESQUELETO APENDICULAR – membros Características gerais das vértebras:


superiores e inferiores (126 ossos) - O forame vertebral da vértebra adjacente se combina
- cintura escapular (omoplata, clavícula) para formar o canal vertebral (contém a medula
- cintura pélvica (osso do quadril) espinal).
- membro superior (úmero, ulna, rádio, carpo, - Os arcos e corpos vertebrais protegem a medula
metacarpo, falanges) óssea.
- membro inferior (fêmur, tíbia, fíbula, patela, tarso, - Boa parte do movimento vertebral é realizado pela
metatarso, falanges) contração dos músculos esqueléticos ligados aos
processos transversos e espinhosos.
NOTA: a união dos 2 esqueletos é feita através da - Os discos intervertebrais (fibrocartilagem), localizados
cintura escapular e da cintura pélvica entre os corpos das vértebras, fornece apoio e previne

TERMOS ANATÓMICOS PARA CARACTERIZAR OS OSSOS


• Corpo – parte principal
• Cabeça – alargada (extremidade arredondada)
• Pescoço – construção entre a cabeça e o corpo
• Margem/Borda – aresta
• Ângulo – curvatura
• Côndilo – superfície articular lisa/arredondada
• Faceta – superfície articular pequena/achatada
• Crista – superfície proeminente
• Espinho – crista muito alta
• Processo – projeção proeminente
• Epicôndilo – adjacente a um côndilo
• Trocânter – tuberosidade no fêmur proximal
• Tubérculo – saliência pequena/arredondada que os corpos vertebrais se esfreguem uns nos outros.
• Forame – orifício
• Canal – túnel
• Fissura – fenda NOTA:
• Seio – cavidade  LORDOSE (dentro) → é um exagero da
• Fossa – depressão curva convexa da região lombar
• Incisura – depressão na margem do osso  CIFOSE (fora) → é um exagero da
curvatura côncava da região torácica
COLUNA VERTEBRAL

5
Rodrigo Vitorino
Diferenças regionais nas vértebras: Os forames intervertebrais são divididos em
- As vértebras cervicais têm corpos muito pequenos, a forame anterior e posterior, chamados de forame sacral,
maior parte tem processos espinhosos bífidos, um que são laterais à linha média.
forame transverso e processos transversos (meio onde
artérias vertebrais se estendem à cabeça). Apenas as
vértebras cervicais possuem forame transverso.

Nota: as cervicais com apófises espinhosas bifidas são


da C2 até C6

- As vértebras torácicas possuem processos espinhosos


longos e finos direcionados inferiormente, e elas têm
processos transversos relativamente longos. As
primeiras 10 vértebras torácicas possuem facetas
articulares nos seus processos transversos, onde elas se
articulam com
os tubérculos
das costelas. A
cabeça das
costelas se
- O cóccix é a porção mais inferior da coluna vertebral (3
articula com a
a 5 vértebras semifundidas), que formam um triângulo.
faceta articular
As vértebras coccígeas são muito menores do
inferior de uma
que as outras vértebras e não têm forame vertebral nem
vértebra.
processos bem desenvolvidos.
- As vértebras lombares possuem corpos grandes e
grossos, e processos espinhosos e transversos
retangulares e pesados. Quando as vértebras lombares
se unem, o arranjo resultante adiciona força à porção
inferior da coluna vertebral e limita a rotação das
vértebras lombares. Como as vértebras
lombares têm corpos compactos e suportam uma
grande quantidade de peso, fraturam menos.

- As vértebras sacrais são fundidas num único osso


chamado sacro.

6
Rodrigo Vitorino
ESQUELETO APENDICULAR
CAIXA TORÁCICA → O esqueleto apendicular consiste nos ossos dos
→ A caixa torácica protege os órgãos vitais dentro do membros superiores, dos membros inferiores, e as
tórax e pode aumentar/diminuir em volume durante a cinturas.
respiração. CINTURAS → ESCAPULAR E PÉLVICA (que se ligam ao
Ela consiste nas costelas, cartilagens costais e esterno. corpo)
Os 12 pares de costelas são classificados como:
• 6 costelas verdadeiras (articulam com esterno) 1. CINTURA ESCAPULAR → 2 PARES DE OSSOS
• 4 costelas QUE SE LIGAM AO MS DO CORPO ↔
falsas [escápula / omoplata e clavícula]. O acrómio
• 2 costelas une a clavícula á escapula. A clavícula une-se
flutuantes também ao esterno e omoplata.

A maior parte das costelas tem dois pontos de NOTA:


articulação com as vértebras torácicas:  COSTELAS VERDADEIRAS
1. A cabeça articula com os corpos das duas Articulam-se com as vértebras torácicas e ligam diretamente por
vértebras adjacentes e do disco intervertebral entre meio de suas cartilagens costais ao esterno
eles. A cabeça de cada costela se articula com a faceta  COSTELAS FALSAS
Articulam -se com as vértebras torácicas, não se ligam ao esterno,
articular inferior da vértebra superior e a faceta articular
são unidas por uma cartilagem costal em comum com a 7ª costela,
superior da vértebra inferior. que está ligada ao esterno
2. O tubérculo se articula com os processos  COSTELAS FLUTUANTES
transversos da vértebra inferior. O pescoço está entre a Não se ligam no esterno, são flexíveis e permitem que a caixa
cabeça e tubérculo, e o corpo é a principal parte da torácica se expanda na respiração
costela.

O esterno, possui três partes: o manúbrio (superior), o NOTA o bordo superior da escapula nivela-se com a D2
corpo (centro) e o processo xifoide (inferior). e o bordo inferior da escapula nivela-se com a D7
A primeira costela e a clavícula se articulam com 2. BRAÇO → apenas o úmero (articula-se com a
o manúbrio, desde a 3ª até à 6ª costela se ligam ao cavidade glenoide da escapula). O tubérculo
corpo do esterno, e nenhuma costela se liga ao maior (troquiter) e o tubérculo menor
processo xifoide. (troquino) são locais de ligação de músculo. O
rádio gira contra a incisura radial da ulna. A
extremidade distal do rádio, que se articula com
a ulna e os ossos carpais, e um processo
estiloide onde os ligamentos do pulso se ligam.
3. ANTEBRAÇO → tem 2 ossos: CÚBITO E RÁDIO.
O grande processo posterior é o processo
olecrânio (cotovelo). A extremidade distal da
ulna, se articula com o rádio e os ossos do
pulso.
4. PULSO → composto por 8 ossos:
Na linha proximal → ESCAFOIDE, SEMILUNAR,
PIRAMIDAL E PISIFORME
7
Rodrigo Vitorino
Na extremidade distal → TRAPÉZIO, TRAPEZOIDE,
CAPITATO E HUMATO
5. MÃO → 5 ossos metacarpais , ligados aos
carpais (armação da mão)
1º dedo → polegar → 2 falanges
2º - 5º dedo → proximal, medial, distal → 3 falanges

8
Rodrigo Vitorino
1. CINTURA PÉLVICA → sacro + ilíaco (2 pares de
ossos que se ligam ao MI do corpo) – suporta o
peso do corpo e protege os órgãos internos
Quadril → fusão de 3 ossos: ILEO + ISQUION + PÚBIS
A pelve feminina é mais arredondada e larga, por
causa da necessidade de o feto atravessar essas
aberturas
2. COXA → Fémur
→ O eixo
proximal exibe
duas projeções:
o trocânter
maior e o
trocânter
menor (fixam o
quadril à coxa).
A patela/rótula,
está localizada
dentro do
tendão dos
quadríceps
femorais.
3. PERNA → 2 ossos→ TIBIA E PERÓNIO.
O maléolo lateral, une o perónio ao tornozelo
O maléolo medial, une a tíbia ao tornozelo
4. PÉ → consiste em 7 ossos tarsais (sola do pé – o
tálus/astrágalo, calcâneo e navicular/escafoide;
Os ossos mediais - cuneiforme medial,
cuneiforme intermediário, cuneiforme lateral e
o cuboide).
O tálus, se articula com a tíbia e a fíbula para formar
a articulação do tornozelo.
Composto por 5 ossos metatarsais, ligados aos
tarsais. O 1º dedo é o polegar (2 falanges), os 4
restantes possuem 3 falanges (proximal, medial e distal).

9
Rodrigo Vitorino
ARTICULAÇÕES
TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS (FORMA)
Classificação das articulações de acordo com:  PLANAS → ARTRÓDIAS – 1 eixo
- GRAU DO MOVIMENTO  SELAR → EFIPIARTROSE – 2 eixos
 SINARTROSES → articulações imóveis que oferecem  ROLDANA → TROCLEARTROSE – 1 eixo
estabilidade  CILÍNDRICA → TROCARTROSE – 1 eixo
 ANFIARTROSES → articulações com pouca  ESFÉRICA → ENARTROSE – vários eixos
mobilidade e os movimentos são limitados  ELÍPTICA → CONDILARTROSE – 2 eixos
 DIARTROSES → articulações amplamente móveis
- TIPO DE TECIDO DE LIGAÇÃO TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS (MOVIMENTO)
 FIBROSAS → dois ossos que são unidos por tecido  Mono axial – 1 eixo
conetivo fibroso ( não tem cavidade articular e  Biaxial – 2 movimentos
exibem pouco movimento)  Multi-axial – vários eixos
 CARTILAGINOSAS → ligam 2 ossos entre si, por meio
de cartilagem (movimento limitado)
|VER TABELA CLASSE E EXEMPLO DE ARTICULAÇÃO
 SINOVIAIS → contém líquido sinovial e permitem
grande movimento NO BANCO DE IMAGENS|

TIPO DE ARTICULAÇÕES FIBROSAS: NOTA:


 SUTURAS  O líquido sinovial encontra-se na cavidade
 SINDESMOSES articular, que está contido na cápsula
 GONFOSES (encaixes) articular, e diretamente em contacto com a
cartilagem articular (cartilagem hialina).
 Este líquido ajuda a mobilizar as
articulações (movimento influencia a
produção deste líquido).
 Algumas articulações sinoviais, tem placa ou
almofada de fibrocartilagem, chamada de
disco articular/menisco (absorvem e
distribuem as forças).

TIPOS DE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS:


 SINCONDROSE (HIALINA) – crescimento osso
 SÍNFISE

0
Rodrigo Vitorino
Articulações sinoviais → são articulações móveis com  Estrutura ou formato dos ossos articulares
cavidade articular preenchida por fluido sinovial em redor  Resistência e tensão dos ligamentos articulares
das extremidades dos ossos articulados.  Distribuição e tensão dos músculos
 Contato de partes moles
→ algumas articulações sinoviais têm disco articular
 Hormonais
ou menisco
 Desuso
DISCO OU MENISCO → absorver e distribuir forças

_________________________________________________

 ARTICULAÇÃO GLENO UMERAL – OMBRO (escápula


+ úmero)
 ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (temporal +
mandíbula)
 ARTICULAÇÃO UMERORRADIAL – COTOVELO (úmero
+ rádio)
 ARTICULAÇÃO COXO FEMORAL – QUADRIL
(acetábulo + fémur)
 ARTICULAÇÃO FEMURO-TIBIAL – JOELHO (fémur +
tíbia)
 ARTICULAÇÃO TIBIO-TÁRSICA – TORNOZELO (tíbia +
tarso)

FATORES QUE INFLUENCIAM A AMPLITUDE DO


MOVIMENTO:

1
Rodrigo Vitorino
 SISTEMA MUSCULAR Contração → associada ao desenvolvimento e
organização de miofilamentos proteicos Atina e
→ FUNÇÕES DO SISTEMA MUSCULAR Miosina, localizados no citoplasma.

 Produz movimento do corpo (caminhar,  Organelos das células musculares → têm


correr ou manipular objeto) designações distintas:
 Manutenção da postura, estabiliza as
- Membrana plasmática – sarcolema
posições do corpo
 Respiração - Citoplasma – sarcoplasma
 Produção de calor corporal
- Reticulo endoplasmático – reticulo
 Comunicação
sarcoplasmático
 Constrição de órgãos e vasos
 Batimento cardíaco - Mitocôndrias – sarcossomas
→ TIPOS E MUSCULOS

→ PROPRIEDADES DOS MÚSCULOS Existem 3 tipos de músculos:

 Tecido muscular liso (liso)


CONTRATILIDADE Capacidade do musculo contrair  Tecido muscular esquelético (estriado)
com força  Tecido muscular cardíaco (estriado)
EXCITIBILIDADE Capacidade do musculo responder
a um estímulo, quando estimulado Liso – ausência de estrias; arranjo irregular de
por um potencial de ação filamentos
Ex: musculo liso e musculo
cardíaco contraem sem estímulo
externos
Estriado – estrias transversais (por causa do
EXTENSIBILIDADE Capacidade de alongar para além arranjo dos filamentos de atina e miosina)
do comprimento normal em
repouso, sem ser lesado  MUSCULO ESQUELÉTICO
ELASTICIDADE Capacidade de regressar a
posição original, após contração Localização Ligado ao osso
ou alongamento
Muito longas e
Formato das células
cilíndricas
Múltiplo, perifericamente
Núcleo
localizado
Conexões célula a
Não
→ CONTRATILIDADE célula
Estriações Sim
Controle Voluntário e involuntário
→ EXCITIBILIDADE Capazes de contração
Não
espontânea
Função Movimento corporal
→ EXTENSIBILIDADE

→ ELASTICIDADE

→ HISTOLOGIA
Miócitos – células alongadas especializadas para
contrair

0
Rodrigo Vitorino
→ ESTRUTURA MUSCULO ESQUELÉTICO

 MÚSCULO LISO Fáscia → faixas de tecido conjuntivo denso e


irregular. Uma fáscia muscular separa e
Parede das cavidades
individualiza os músculos ou grupos musculares
dos órgãos, vasos
Localização
sanguíneos, olhos, Epimísio → bainha externa. Bainha de tecido
glândulas e pele
conjuntivo denso em torno de todo o musculo
Formato das células Fusiformes
Núcleo Único e centralizado Perimísio → bainha de tecido que envolve as
As junções fibras musculares, formando fascículos
comunicantes unem musculares
Conexões célula a
algumas células
célula Endomísio → camada de fibras reticulares em
musculares lisas
viscerais torno de cada fibra muscular
Estriações Não
Fibra muscular
Controle Involuntário
Capazes de contração Sim (algumas células
espontânea musculares)
Mover comida através
do trato digestório,
esvaziar a bexiga
urinária, regular o
diâmetro dos vasos
Função sanguíneos, mudar
o tamanho da pupila,
contrair muitos
ductos glandulares,
mover pelos e muitas
outras funções

 MUSCULO CARDIACO
Nota: fibras reticulares → são constituídas por
Localização Coração um tipo especial de colágeno e são mais finas
Formato das células Cilíndrica e ramificada que as outras fibras. Elas são ramificadas e
Núcleo Único e centralizado formam um trançado firme Musculo → feixe
Discos intercalados
Conexões célula a
unem as células umas
célula
às outras
Estriações Sim
Controle Involuntário
Capazes de contração
Sim
espontânea
Bombear sangue para o
Função
corpo

1
Rodrigo Vitorino
muscular → fibra muscular → miofibrilas →
filamentos atina e miosina
→ ESTRUTURA FIBRA MUSCULAR
FIBRA MUSCULAR
Filamento de Atina
 Membrana celular sarcolema
Proteína → moléculas esféricas distribuídas num
 Núcleos numerosos e periféricos
arranjo de duas cadeias helicoidais
 Citoplasma – sarcoplasma: constituintes
intracelulares, grande número de É uma proteína reguladora
mitocôndrias (sarcossomas), reticulo
endoplasmático (reticulo sarcoplasmático)
muito extenso e estrutura contrátil
(miofibrila)
 Miofibrila - estriação transversal
(alternância de bandas de diferentes
densidades) – tem atina e miosina
o Banda A – densas; filamentos de Tropomiosina – acompanha o trajeto
atina + filamentos de miosina helicoidal das moléculas de atina, transmite
o Banda I – menos densas; à atina a influencia da troponina
filamentos de atina - Em repouso – a tropomiosina dispõe-se
o Zona H – filamento de miosina sobre a atina impedindo a sua ligação com a
miosina
 Sarcómero – unidade morfológica e
- Em contração – desloca-se para o
funcional do musculo (constituída por
centro, libertando os centros ativos da atina
segmentos da miofibrila entre duas linhas Z)
Troponina – proteína globular complexa,
fixa á atina em intervalos regulares com 3
subunidades

Filamento da Miosina (zona H)


constituída por duas meromiosinas:
Meromiosina leve – cauda
Meromiosina pesada – cabeça elevada
(atividade enzimática, hidrólise da ATP pela
ATPasse na presença de elevada Ca 2+

2
Rodrigo Vitorino
Sistema nervoso controla a contração de
músculos esqueléticos através deste axónios.
→ ENCURTAMENTO DOS SARCÓMEROS –
TEORIA DESLIZAMENTO DOS FILAMENTOS → Sinais elétricos ↔ potenciais de ação →
viajam do cérebro ou da medula espinhal até ao
longo dos axónios até fibras musculares para
estas se contraírem em resposta ao estímulos
eletroquímicos.
Terminal pré –
sináptico do
axónio é
separado do
Musculo Relaxado pós- sináptico
pela fenda
sináptica.
Desencadeado
potenciais de
ação no
terminal pré –
sináptico

Músculo contraído
1. Comprimento dos filamentos actina e As membranas plasmáticas são polarizadas,
miosina mantém-se. havendo uma diferença de carga em repouso.
2. Contração dos filamentos actina deslizam  Carga em repouso é negativa.
em direção ao centro do sarcómero linha M;
3. Disco Z aproxima-se e o sarcómero encurta → canais iónicos são responsáveis por produzir
4. Zona H e bandas I tornam-se mais estreitas potenciais de ação
5. Contração total as extremidades de actina
1. Potencial de ação – a mudança do
sobrepõem-se e Zona H desaparece
potencial da membrana em repouso,
6. Banda A tem um comprimento igual ao
filamento de miosina

→ FISIOLOGIA DA FIBRA MUSCULAR


ESQUELÉTICA – POTENCIAL DE AÇÃO
Os neurónios motores são células nervosas com
extensões chamadas axónios. Os axónios ligam
o cérebro e a medula espinhal ao músculo
esquelético – JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

passando o seu interior para positivo

3
Rodrigo Vitorino
4. A acetilcolina difunde-se para a fenda
sináptica e liga-se aos recetores de
acetilcolina que contém canais de catiões
ativados por um ligante (ião ou molécula
que se liga a um átomo ou ião metálico
para formar um complexo)
5. Os canais de catiões abrem-se
6. Iões de sódio, entram na fibra muscular,
enquanto iões de potássio saem da fibra
muscular. → há maior fluxo entrada de
iões de sódio comparativamente com o
fluxo de saída de iões de potássio →
2. Despolarização – resulta de um aumento potencial da membrana torna-se negativo
na permeabilidade para Na+; abertura 7. Quando o potencial da membrana atinge
dos canais Na+ um limite, um potencial de ação é
propagado pelo sarcolema

RESUMO DA CONTRAÇÃO DE UM MÚSCULO


3. Repolarização – ocorre quando os canais ESQUELÉTICO
Na+ fecham e os canais K+ abrem
1. Um potencial de ação desloca-se ao longo
da membrana de um axónio para a junção
neuromuscular
2. Os canais de Ca2+ abrem-se e o Ca2+
entra no terminal pré-sináptico
3. A acetilcolina é libertada das vesiculas
pré-sinápticas
4. A acetilcolina estimula os canais de Na+
na membrana pós-sináptica a se abrirem
5. O Na+ difunde-se para dentro da fibra
muscular, iniciando um potencial de ação
que se desloca ao longo do sarcolema e
das membranas dos túbulos T
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR 6. Os potenciais de ação nos túbulos T
levam o reticulo sarcoplasmático a libertar
Ca2+
Alteração da permeabilidade da membrana 7. O Ca2+ liga-se à troponina, a qual mobiliza
↓ a tropomiosina e expõe os sítios de
Produz Potencial de Ação ligação da actina à cabeça da miosina
CONTRAÇÃO MUSCULAR 8. As moléculas de ATP nas cabeças de
miosina são quebradas em ADP + P, o
 1. passos do evento da junção que liberta energia necessária para mover
neuromuscular: as cabeças da miosina
9. As cabeças dps miofilamentos de miosina
1. O potencial de ação percorre o neurónio dobram-se, fazendo a actina deslizar
motor até ao seu terminal do axónio sobre a miosina. Enquanto Ca2+ estiver
presente, o ciclo vai-se repetindo
2. Os canais de cálcio de voltagem
independentes abrem-se e o cálcio
difunde-se para dentro do terminal do
CONTRAÇÃO MUSCULAR
axónio
3. Entrada do cálcio → estimula as vesiculas Resposta a um estímulo que causa um potencial
sinápticas e libertam acetilcolina através de ação numa fibra muscular
de exocitose FASES DE CONTRAÇÃO:
4
Rodrigo Vitorino
1. Fase latente (tempo entre a aplicação do A. Contração concêntrica: músculo encurta e
estímulo ao neurónio motor e o começo aumenta a tensão muscular (ex: levantar
da contração) um peso no ar)
2. Fase da contração (tempo durante o qual B. Contração excêntrica: contrações em que
a contração se dá) músculo aumenta o comprimento e
3. Fase de relaxamento (tempo durante o diminui a sua tensão muscular (ex: descer
qual ocorre o relaxamento muscular) lentamente um peso grande)

UNIDADE MOTORA → nos músculos são


aplicados estímulos breves de forças crescentes
e o musculo responde
CICLO DE CONTRAÇÃO
Para o musculo no seu todo, um estímulo
crescente, produz uma resposta variável da força 1. Hidrólise ATP – desdobramento de ATP
de contração crescente, à medida que mais em ADP e Pi pela miosina
unidades motoras são recrutadas – somação de 2. Fixação da miosina á actina → formar
múltiplas unidades motoras pontes cruzadas e libertação de fosfato
3. Movimento de força → libertação do
radical Pi que desencadeia força de
contração, rotação da cabeça da miosina
e liberta-se ADP, deslizamento da atina
em direção à linha M
4. Libertação da miosina da actina, quando
se fixa outra molécula de ATP à miosina
há desligamento das pontes → solta-se a
actina
METABOLISMO CELULAR
(tabela a fazer)
TIPO DE FIBRAS MUSCULARES
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR ESQUELÉTICAS (SÃO 3)

1. CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA  Fibras oxidantes de contração lenta


 Fibras glicolíticas de contração rápida
→ O comprimento do músculo não muda  Fibras glicliticas-oxidantes de contração
rápida
→ Aumenta o nível de tensão durante a
O que permite diferenciar é a quantidade
contração muscular
de mioglobina, a velocidade de contração
2. CONTRAÇÃO ISOTÓNICA e metabolismo (3 mais importantes)

→ o comprimento do músculo muda


→ a tensão produzida pelo músculo é constate
durante e contração

5
Rodrigo Vitorino
FADIGA MUSCULAR → incapacidade de um
musculo contrair com alguma intensidade, após
Fibras oxidativas de contração lenta atividade prolongada
Conteúdo da mioglobina Alto
1. Diminuição da capacidade de realizar
Mitocôndrias Muitas
Capilares Muitos trabalho, a causa pode ser:
Capacidade aeróbia alta, a. SNC (fadiga psicológica)
Metabolismo capacidade anaeróbia b. Músculos (fadiga muscular)
baixa
Resistência fadiga Alta
c. Junção neuromuscular (fadiga
Ativ da miosina ATPase Lenta sináptica)
Concentração glicogénio Baixa 2. Contratura fisiológica → incapacidade de
Locais onde as fibras são Geralmente nos músculos o músculo contrair ou relaxar
mais abundantes posturais, e mais em MI do
que em MS 3. Rigidez muscular após a morte → resulta
Funções Manutenção da postura e na gestão de ATP desadequada
realização da atividades de
resistência TECIDO MUSCULAR CARDIACO

Fibras glicolíticas-oxidantes de contração rápida  Fibras do músculo cardíaco são:


o Estriadas
Conteúdo da mioglobina Alto o 1 único núcleo
Mitocôndrias Muitas
Capilares Muitos o São ligadas por discos
Capacidade aeróbia intercalados (funcionando assim
Metabolismo intermédia, capacidade com uma única unidade)
anaeróbia alta
Resistência fadiga Intermediária o Extremidades das fibras tem
Ativ da miosina ATPase Rápida discos intercalados, com
Concentração glicogénio Alta desmossomas que permite que o
Locais onde as fibras são
mais abundantes
Geralmente MI potencial de ação se propague
Funções atividades de resistência o Contração involuntárias
em atletas de endurance estimuladas pelas próprias fibras
capazes de autoritmicidade
Fibras glicolíticas de contração rápida o Constante suprimento de O2,
mitocôndrias maiores e mais
Conteúdo da mioglobina Baixo numerosa que nas fibras
Mitocôndrias Poucas
Capilares Poucos
Capacidade aeróbia baixa,
Metabolismo capacidade anaeróbia mais
alta
Resistência fadiga Baixa
Ativ da miosina ATPase Rápida
Concentração glicogénio Alta
Locais onde as fibras são
Geralmente MS
mais abundantes
Funções Movimentos rápidos,
intensos de curta duração

musculares esqueléticas.

TECIDO MUSCULAR LISO


Tipo de musculo liso:

 Liso visceral (uma só unidade)


 Liso multiunidades

6
Rodrigo Vitorino
Contração músculo Liso:
 Involuntária NOMENCLATURA DOS MÚSCULOS
 Hormonas são importantes na regulação ESQUELÉTICOS
da musculatura lisa
 Musculo liso visceral contrai  Ação – movimento realizado pelo
autoritmicamente ou quando estimulado musculo quando contrai
externamente  Origem – extremidade fixa do músculo,
 Musculo liso multiunidades contrai quando mais proximal em alguns músculos
estimulado externamente por nervos, verificam-se várias origens (por exemplo o
hormonas ou outras substâncias bicípite braquial tem duas origens)
 Inserção – extremidade móvel, é a
Contração da fibra muscular lisa começa mais extremidade distal
lentamente e dura mais tempo  Ventre muscular – espaço entre a origem
Respostas a potenciais de ação do SNA e a inserção
 Tendão – local do musculo que se insere
no osso ou órgão
ENVELHECIMENTO DO TECIDO MUSCULAR  Aponeurose – lâmina alargada ou
achatada
 Sarcopenia → atrofia muscular, redução
da massa muscular relacionado com a
idade e a regulação da função muscular
 Redução da massa muscular, aumento do
tempo que o músculo leva para contrair
em resposta a um estímulo nervoso,
reduzem a histamina e aumentam o
tempo de recuperação
 Fibras musculares de contração rápida
diminuem em número mais rapidamente
que as de contração lenta
 Área de superfície da junção
neuromuscular também diminui, logo
potenciais de ação mais lentos
 Número de neurónios diminui
 Diminuída densidade dos capilares nos
músculos esqueléticos, de modo que é
necessário um período mais longo de CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
recuperação após o exercício  Localização
o Subcutâneos ou superficiais
(abaixo da pele e apresentam no
RESUMO CONTRAÇÃO MUSCULAR mínimo uma de suas inserções na
1. Estímulo – impulso nervoso camada profunda da derme)
2. Libertação acetilcolina fenda pré-sináptica o Profundos (encontra,-se
3. Potencial de ação sarcolema – prolonga- localizados internamente à fáscia
se pelos túbulos T superficial, inserindo-se em osso)
4. Libertação Ca+ pelo RS  Forma
5. Iões cálcio vão ligar-se troponina da o Longos (comprimento predomina)
actina o Curtos (3 dimensões equivalentes)
6. Ativar complexo troponina – tropomiosina o Largos (comprimento e largura
7. Centros ativos da actina livres predomina sobre a espessura)
8. Cabeça da miosina liga aos centros ativos  Orientação das fibras
atina – formação de pontes cruzadas o Reto (paralelo á minha média)
9. Deslizamento filamentos

7
Rodrigo Vitorino
oObliquo (diagonal com a linha eixo, é levantada. No corpo, o eixo estende-se
média) por várias vértebras cervicais.
o Transverso (perpendicular linha
média)
 Função
o Agonista (são os músculos
principais que ativam um
movimento específico do corpo,
eles contraem-se ativamente para
produzir um movimento desejado)
o Antagonista (músculos que se
opõem á ação dos agonistas,
quando o agonista se contrai, o
antagonista relaxa
progressivamente, produzindo um
movimento suave)
Padrão de disposição do fascículo (ver banco de
imagens músculos)

 Circular
 Convergente
 Paralelo CLASSE II: a resistência (R) está localizada entre
 Penado o eixo (E) e a força (F). A força para cima levanta
o Bipenado a resistência. O movimento da mandíbula é mais
fácil de comparar a um carrinho de mão se a
o Multipenado
cabeça é considerada de cabeça para baixo.
 Fusiforme
MOVIMENTOS EFETUADOS PELOS
MÚSCULOS
→ Articulação como eixo ou fulcro
→ Ossos como alavancas
→ Músculos como força que move alavancas

CLASSE III: a força (F) está localizada entre o


eixo (E) e a resistência (R). A força para cima
levanta a resistência.

CLASSE I: o eixo (E) está localizado entre a


resistência (R) e a força (F). A força é direcionada
para baixo, e a resistência, no lado oposto do

8
Rodrigo Vitorino
NEURÓNIO: unidade estrutural do Sistema
Nervoso

 SISTEMA NERVOSO

FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO:

 Homeostasia (capacidade de detetar,


interpretar e responder às mudanças nas
condições internas e externas)
 Função sensorial (monitorização dos
estímulos externos e internos – visão,
audição, paladar, olfato, tato e dor)
 Função integrativa (encéfalo e medula
espinhal processam a informação
sensorial, programam as respostas
imediatas e armazenam experiências na
memória)
 Função motora (controlo postural,
locomoção, atividade glandular e visceral)
 Atividade mental (consciência,
pensamento, memoria e emoções)

HISTOLOGIA
1. Neurónio → células especializadas para
receber, processar e transmitir a informação por
potenciais de ação para outros neurónios -
sinapse
2. Células da Glia → auxiliam e protegem os
neurónios; ocupam espaços entre os neurónios
com função de suporte e nutrição do SN:

 Microglia – células ependimárias


 Macroglia – astrócitos, oligodendrócitos e
células de Schwann

9
Rodrigo Vitorino
CÉLULAS DE GLIA:

 Micróglia → função fagocitárias de


substâncias estranhas do SNC
 Astrócitos → células ramificadas em
estrela. Função de sustentação,
transporte de substâncias, equilíbrio
hídrico e eletrolítico e nutrição de
neurónios
 Oligodendrócitos → células arredondadas
e ovais. Função de suporte e isolamento
do SNC e formam bainhas de mielina
 Células de Schwann → produzem mielina
no SNP
 Células epidimárias → epiteliais ciliadas,
intervenção na formação do LCR, nos
plexos coroides dos ventrículos cerebrais.
CLASSIFICAÇÃO DE NEURÓNIOS:

10
Rodrigo Vitorino
AXÓNIOS MIELINIZADOS:

 Bainha de mielina – constituída por DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO:


lipoproteínas que envolvem , isolam e
 Divisão sensorial
protegem os axónios, aumentam a
velocidade de condução Neurónio com corpo celular e um gânglio na raiz
 Nódulos de Ranvier – zona do axónio não dorsal
cobertas por mielina, permitem a
condução dos potenciais de ação  Sistema nervoso somático
 SNP → células de schwann Neurónio estende-se da medula espinhal (SNC)
 SNC → oligodendrócitos para o musculo esquelético
ORGANIZAÇÃO DO TECIDO NERVOSO:  Sistema nervoso autónomo
 Substância cinzenta – corpo dos Dois neurónios em série entre o SNC e o órgão
neurónios, axónios não mielinizados e efetor ou células (musculo liso ou glândulas). O
células glia → área central da medula neurónio primário tem o seu corpo celular dentro
espinhal, córtex cerebral e núcleos da do SNC e o neurónio secundário tem o seu corpo
base celular dentro do gânglio autónomo.
 Substância branca - axónios
mielinizados e células glia → zona externa (consultar banco de imagens)
da medula espinhal e maioria dos nervos

SINAIS ELÉTRICOS:
Propriedades elétricas das células resultam das
diferenças de concentrações iônicas através da
membrana plasmática e das características de
permeabilidade da membrana plasmática

TIPO DE NEURÓNIOS:

 Neurónios sensoriais
Neurónios aferentes → enviam input sensorial da
periferia para o SNC

 Neurónios motores
Neurónios eferentes → enviam output motor do
SNC para os músculos ou glândulas

 Interneurónios
Conduzem potenciais de ação de um neurónio
para outro dentro do SNC

11
Rodrigo Vitorino
Repolarização → ocorre quando os canais de
Na+ fecham e os canais de K+ abrem, interrompe
o Na+ no movimento para dentro da célula e
aumenta o movimento K+ para fora da célula
(ver quadro banco imagens)

SINAIS ELÉTRICOS:
Velocidade de propagação de um potencial de
ação é afetada por três fatores principais:

 Mielinização → os potenciais de ação


propagam-se mais rápido pelos axónios
mielinizados
 Diâmetro do axónio → axónios com
diâmetros maiores propagam os
potenciais de ação mais rapidamente
 Temperatura → os axónios propagam os
potenciais de ação mais lentamente
quando arrefecidos

POTENCIAL DA MEMBRANA:
As membranas plasmáticas são polarizadas,
havendo uma diferença de carga em repouso. A
carga em repouso é negativa.
Potencial de repouso → -70 a 90 mV nas fibras
músculo-esqueléticas e das células nervosas
POTENCIAIS DE AÇÃO → canais iónicos são POTENCIAL DE AÇÃO:
responsáveis por produzir sinais elétricos,
quando um potencial de ação atinge o limiar.
Potencial de ação → a mudança do potencial da
membrana em repouso, passando o seu interior a Período refratário – durante o qual se encontra
positivo diminuída a capacidade de resposta a um
estímulo posterior de um ponto da membrana
Despolarização → resulta de um aumento na
onde foi produzido um potencial de ação:
permeabilidade para Na+ - abertura dos canais

12
Rodrigo Vitorino
 Período refratário absoluto → é → axónios mielinizados
impossível desencadear outro potencial
→ iões passam com facilidade pelo nódulo de
de ação, qualquer que seja a intensidade
Ranvier
do estímulo
 Período refratário relativo → é necessário → potenciais produzidos em pequenas áreas
um estímulo de maior intensidade para expostas – condução saltatória – aumenta a
desencadear outro potencial de ação velocidade de propagação do sinal

SINAPSES:

 Comunicação estabelecida entre duas


células:
o Célula que transmite um sinal é
chamado de célula pré-sináptica
o Célula que recebe o sinal é
chamada de célula pós-sináptica

Condução do impulso unidirecional → permite


limitar a frequência do potencial de ação
Sinapse elétrica:
→ corrente iónica realiza-se entre duas células
através de junções de hiato
Sinapse Química:
Fenda pré-sináptica (preenchida com líquido
intersticial) é libertado um neurotransmissor,
que vai atuar no neurónio pós sináptico →
transforma sinal químico em sinal elétrico

 São mais lentas que as elétricas


 O impulso ocorre numa só direção

CONDUÇÃO CONTINUA
→ Axónios não mielinizados
CONDUÇÃO SALTATÓRIA

13
Rodrigo Vitorino
informação de uma célula nervosa para
outra
NEUROMODULADORES:

 Alteram a função neural atuando a uma


certa distancia da fenda sináptica

Neuromoduladores:

 Acetilcolina:
Efeito excitatório (ex: junções neuromusculares)
Efeito inibitório (ex: neurónios parassimpáticos do
nervo vago)
monoaminas:
+ norepinefrina → efeito excitatório ou inibitório
+ dopamina → geralmente excitatório
+ serotonina → efeito excitatório ou inibitório
+ histamina → geralmente inibitório

Aminoácidos:
+ glutamato e aspartato → efeito excitatório
+ acido gama, aminobutírico e glicina → efeito
inibitório
Óxido critico:
+ efeito excitatório
Neuropéptidos:
+ substância P → geralmente excitatório (vias da
dor)
Encefalinas e endorfinas
+ geralmente inibitório (inibem produção da
substância P)

SINAPSES:
Na inibição pré-sináptica, há uma redução na
quantidade de neurotransmissores libertados no
terminal pré-sináptica
NEUROTRANSMISSORES:

 Substâncias libertadas pelos terminais


sinápticos com propósito de transmitir a
14
Rodrigo Vitorino
Na facilitação pré-sináptica, há um aumento na SOMAÇÃO DE POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICOS
quantidade de neurotransmissores libertados no ESPACIAL
terminal pré-sináptico
Somação espacial → consiste em potenciais de

PEPS (potencial excitatório pós-sináptico) é um


ação 1 e 2 produzem potenciais graduados
potencial graduado despolarizante da membrana
(estímulo) em dois dendritos diferentes,
pós-sináptica e pode ser causado por aumento
neurotransmissor libertado por diversos terminais
da permeabilidade da membrana ao Na+ ( podem
pré-sinápticos.
não iniciar o impulso nervoso, deixam o neurónio
pós-sináptico mais excitável –mais próximo do Somatórios de potenciais graduados na zona de
limar) gatilho (trigger) produzem um potencial que
excede o limite, resultando em um potencial de
PIPS (potencial inibitório pós-sináptico) é um
ação
potencial graduado hiperpolarizante da
membrana pós-sináptica e pode ser causado
pelo aumento da permeabilidade da membrana
ao K+ ou ao Cl- (mais longe do limite)

15
Rodrigo Vitorino
pensamento critico e abstrato, linguagem,

SOMAÇÃO DE POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICO


TEMPORAL
Somatório temporal consiste em 2 potenciais de
ação chegarem á membrana pré sináptica com
curto intervalo de tempo.
Primeiros potenciais de ação não atinge o limiar
da zona gatilho
Potencial de ação verifica-se quando o 2º
potencial de ação soma com o 1º para alcançar
o limiar.

leitura, escrita aritmética)


 Núcleos da base: controlam a atividade
muscular e a postura; atuam inibindo
movimentos involuntários quando em
repouso
 Sistema límbico: respostas autonómicas
ao cheiro, emoções, humor, memória e
funções relacionadas
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO:

TECIDO NERVOSO
Zona externa ou substância cinzenta contendo
Sistema nervoso periférico – deteta estímulos e axónios neuronais, não mielinizados, dendrites,
conduz potenciais de ação para o sistema terminais pré-sinápticos, locais de sinapse.
nervoso central
Zona interna ou substância branca, contendo
SNC recebe e interpreta os potenciais de ação e axónios neuronais, mielinizados formando as vias
inicia respostas que são conduzidas através da de condução de potenciais de ação
divisão motora para produzir uma resposta

CÉREBRO
FUNÇÕES DO CÉREBRO

 Controla a perceção da consciência, o


pensamento e a atividade motora
consciente. (consciência, criatividade,

16
Rodrigo Vitorino
o Coluna lateral
 Ocupam a maioria das vias / tratos /
fascículos ascendentes e descendentes
 Neurónios semelhantes aos que se
encontram no SNC

REFLEXOS
Ao reflexo são mecanismos neurais que
promovem a homeostasia

Tipos de Reflexo:

 Espinhais e cranianos
 Somáticos e autónomos
 Mono e polisinápticos
MEDULA ESPINAL
 Mono e polisegmentares
– manutenção da homeostasia e condução de
impulsos nervosos e integração da informação
Arcos reflexos (reflexos espinhais) articulam-se
- seis a oito radiculas juntam-se para formar uma
com as vias ascendentes e descendentes
raiz ventral no lado anterior da medula espinhal.
 Vias ascendentes → perceção sensorial
- seis a oito radiculas formam a raiz dorsal no
 Vias descendentes → modulação da
lado posterior de cada segmento medular.
resposta reflexa
- a medula espinhal não é uniforme no diâmetro

 Alargamento cervical na região cervical


ARCO REFLEXO
inferior – nervos espinhais para os
membros superiores Resposta estereotípica motora rápida, automática
 Alargamento lombo-sagrado – nervos e não planeada a um estímulo específico
espinhais para membros inferiores e
cauda equina Arco reflexo → estrutura anatómica que permite o
reflexo:
SUBSTÂNCIA BRANCA:
1. recetor sensorial
 Fibras mielinizados
2. neurónio aferente
o Coluna anterior
o Coluna posterior 3. centro integrador (SNC)
4. neurónio eferente
5. órgão efetor

 REFLEXO DE ESTIRAMENTO → reflexo


do fuso neuromuscular
 REFLEXO DO ÓRGÃO TENDINOSO DE
GOLGI → reflexo miotático inverso
 REFLEXO DE RETIRADA
 REFLEXO DE RETIRADA COM
INERVAÇÃO RECÍPROCA
 REFLEXO DE MEDULAR →

17
Rodrigo Vitorino
o uma ramificação divergentes de Nervos intercostais ou torácicos:
um neurónio sensorial faz sinapse
Inervam os espaços intercostais de T2 a T12
com um neurónio que se estende
até ao encéfalo em um trato Pele da axila e face póstero-medial do braço
aferente.
o Axónio do encéfalo estende-se até  Nervos T3 – T6 → sulcos das costelas até
a medula espinhal com um trato aos músculos intercostais e a pele das
eferente e faz sinapse com partes anterior e lateral da parede torácica
Interneurónios, influenciando a sua  Nervos T7 – T12 → suprimir músculos
ação sobre o neurónio motor intercostais e músculos abdominais, junto
com a pele sobrejacente
 Ramos posteriores dos nervos intercostais
suprem os músculos profundos do dorso e
a pele da parte posterior do tórax
PLEXOS
Cinco plexos principais:
NERVOS ESPINHAIS 1. Cervical → C1 - C4
2. Braquial → C5 - T1
12 pares de nervos cranianos 3. Plexo lombar → L1 – L4
31 pares de nervos espinhais: 4. Plexo sagrado → L4 – S4
5. Plexo coccígeo → S5 – C0
 Raízes anteriores dos nervos espinhais
 Raízes posteriores dos nervos espinhais Principal nervo Plexo cervical → nervo frénico
Principais nervos do plexo braquial são:

 Axilar
 Radial
 Cubital
 Mediano
Principais nervos do plexo lombo-sagrado são:

 Femoral
 Obturador
 Ciático (tibial e peronial)

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Rodrigo Vitorino
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