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ESCOLA SESI MONTES CLAROS

ATIVIDADE: Revisão Análise


PROFESSOR: MARINA COUTO RIBEIRO
Sintática DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

BANCO DE QUESTÕES 1ª ETAPA


Turmas: 9º ANO Turno: Manhã

Questões sobre análise sintática

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Epitáfio
Titãs (BRITO, Sérgio - adaptado)

Devia ter amado mais


Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer

Queria ter aceitado


As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger


Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos


Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor

Queria ter aceitado


A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier
[...]

Devia ter complicado menos


Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

1. No que se refere à classificação do sujeito, considere os trechos abaixo.

I. "Cada um sabe a alegria / e a dor que traz no coração” (2ª estrofe).


II. “O acaso vai me proteger / enquanto eu andar distraído” (3ª estrofe).
III. “Devia ter me importado menos / com problemas pequenos (4ª estrofe).

Pode-se afirmar que há sujeito elíptico em


a) I apenas.
b) I e II.
c) II apenas.
d) I e III.
e) II e III.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Diáspora

"Acalmou a tormenta; pereceram


Os que a estes mares ontem se arriscaram;
Vivem os que, por um amor, temeram
E dos céus os destinos esperaram."1

Atravessamos o Mar Egeu


o barco cheio de fariseus
com os cubanos, sírios, ciganos
como romanos sem Coliseu
Atravessamos pro outro lado
no Rio Vermelho do mar sagrado
nos center shoppings
superlotados
de retirantes
refugiados

Where are you?2


where are you?
where are you?
where are you?

Onde está
meu irmão
sem irmã
o meu filho
sem pai
minha mãe
sem avó
dando a mão
pra ninguém
sem lugar
pra ficar
os meninos
sem paz
onde estás
meu senhor
onde estás?

Onde estás?

"Deus! Ó, Deus, onde estás que não respondes?


Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçados3 nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito
Que embalde4 desde então corre o infinito
Onde estás, senhor Deus?... "5
(ANTUNES, Arnaldo; BROWN, Carlinhos; MONTE, Marisa. Diáspora. In.: Tribalistas. Rio de Janeiro: Som Livre, 2017)

Vocabulário
1
Primeira estrofe do Canto 11, do livro O Guesa (1878), de Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade).
2
Tradução da frase em inglês: "Onde está você?".
3
Embuçado: encoberto, escondido.
4
Embalde: inutilmente.
5
Primeira estrofe do poema "Vozes d’África" (1868), de Castro Alves.
2. A respeito do emprego da terceira pessoa do plural nos versos 1 a 4 da canção "Diáspora" (texto), pode-se afirmar que:
a) "mares", "céus" e "destinos" são os sujeitos das orações, pois são os únicos termos com os quais os verbos concordam.
b) o sujeito é indeterminado, pois não se quer identificar o agente das ações, o que justifica as perguntas ao longo do texto.
c) a não identificação do sujeito constitui uma falha comunicativa, visto que incorre em carência na precisão das informações.
d) "refugiados" é um dos referentes sintático-semânticos destes verbos, o que fica claro nos versos seguintes da canção.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir e responda.

A palavra slam é uma onomatopeia da língua inglesa utilizada para indicar o som de uma “batida” de porta ou
janela, seja esse movimento leve ou abrupto. Algo próximo do nosso “pá!” em língua portuguesa. A onomatopeia
foi emprestada por Marc Kelly Smith, um trabalhador da construção civil e poeta, para nomear o Uptown Poetry
Slam, evento poético que surgiu em Chicago, em 1984. O termo slam é utilizado para se referir às finais de
torneios de baseball, tênis, bridge, basquete, por exemplo. Smith nomeou também slam os campeonatos de
performances poéticas que organizava e no qual os slammers (poetas) eram avaliados com notas pelo público
presente, inicialmente em um bar de jazz em Chicago, depois nas periferias da cidade. A iniciativa “viralizou”,
como se diz hoje, contagiando outras cidades dos Estados Unidos e, mais tarde, ganhou o mundo. Poesia é o
mundo.

Adaptado de NEVES, C. A. B. Slams - letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. Linha D'Água
(Online), São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112, out. 2017 Linha D'Água (Online), São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112, out. 2017.
Acesso em 18/07/2019.

3. “Smith nomeou também slam os campeonatos de performances poéticas que organizava e no qual os slammers
(poetas) eram avaliados com notas pelo público presente, inicialmente em um bar de jazz em Chicago, depois nas
periferias da cidade”. Sobre o trecho reproduzido, é possível afirmar que o sujeito do verbo “organizava” é:
a) “Smith”
b) “Slam”
c) “Slam” e “campeonatos de performances poéticas”
d) “campeonatos de performances poéticas”
e) “performances poéticas”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


COMO DESENVOLVER UMA CULTURA DE COOPERAÇÃO E AFASTAR O BULLYING

O desenvolvimento de uma cultura de cooperação está diretamente relacionado ao combate ao bullying.


Isso porque entender o processo educacional como uma prática que conduza à cooperação e ao respeito mútuo
ataca a raiz dessa violência. Mas quais métodos podem ser adotados para se posicionar contra o bullying? Qual o
papel da escola na consolidação dos valores entre seus alunos?
O desenvolvimento de uma cultura de cooperação, nas instituições de ensino, relaciona-se com o
entendimento do espaço escolar não apenas como um local de ensino formal, mas, também, de formação do
jovem como cidadão. Em outras palavras, a escola tem papel fundamental no desenvolvimento dos valores dos
jovens, estabelecendo conceitos relacionados aos seus direitos e deveres, à cooperação, ao respeito e à
solidariedade. Nesse contexto, o bullying vem sendo tratado com cada vez mais seriedade pela comunidade
escolar e pelo governo de diversos países. No Brasil, inclusive, já existe uma lei antibullying.
Apesar de não haver uma fórmula pronta para garantir a não ocorrência dessa prática, algumas medidas
para o desenvolvimento de uma cultura de cooperação podem contribuir para evitar esse tipo de violência.
Nessa perspectiva, é importante que a escola ofereça oportunidades para que os jovens entendam os
benefícios do trabalho em equipe e a contribuição de cada um para o sucesso de atividades assim. Os jogos
cooperativos são uma excelente ferramenta. Consistem em atividades nas quais é necessário um esforço conjunto
para se atingir um objetivo comum, contrariando a estrutura competitiva e incentivando a participação total dos
alunos. Desenvolver projetos e trabalhos em conjunto também é uma boa alternativa. Em um projeto anual ou
semestral, é possível delegar funções e permitir que os alunos tomem responsabilidades diferentes.
O mais importante desses processos é o desenvolvimento da comunicação, das trocas de ideias e das
bagagens de conhecimento. É nessas trocas do trabalho coletivo que os alunos começam a perceber o impacto
de suas diferenças na constituição de um objeto maior.
Há, ainda, a importância do relacionamento com os alunos, em que professores e gestores podem
oferecer oportunidades de diálogo que estimulem a abertura de um relacionamento de confiança e de cooperação.
Nesse sentido, é imprescindível que a escola trabalhe temas como bullying e respeito às diferenças em
campanhas com apoio da coordenação pedagógica. Aulas expositivas, debates, palestras e outras atividades
podem compor a ação.
Além disso, a comunicação deve ser estendida aos pais, fundamentais para a resolução dos problemas
relacionados à educação, cuja participação é imprescindível para o sucesso das práticas adotadas. Os pais devem
se envolver ativamente, aproximando-se das ações da escola, entendendo a importância e a necessidade de
atuarem junto aos seus filhos no processo educacional.

Disponível em: <https://blog.wpensar.com.br/gestao-escolar/cultura-de-cooperacao-como-acabar-com-o-bullying/>. Acesso


em: 27 nov. 2019 (adaptado).

4. Releia o trecho a seguir, extraído do texto, reflita sobre alguns aspectos gramaticais envolvidos na sua
construção e assinale a alternativa CORRETA.

“Além disso, a comunicação deve ser estendida aos pais, fundamentais para a resolução dos problemas
relacionados à educação, cuja participação é imprescindível para o sucesso das práticas adotadas.” (7º
parágrafo)

a) Em “a comunicação deve ser estendida aos pais”, o substantivo “pais” constitui o sujeito da oração, uma vez que é com eles
que a comunicação deve ser estabelecida.
b) O excerto “fundamentais para a resolução dos problemas relacionados à educação” está entre vírgulas por se tratar de um
aposto.
c) A expressão “Além disso” é um elemento coesivo sequencial e indica alternância entre as informações apresentadas.
d) O vocábulo “cuja” caracteriza um pronome pessoal do caso oblíquo, já que se relaciona, de maneira indireta, “aos pais”.
e) O sintagma nominal “aos pais” exerce função acessória de vocativo, pois é a eles que a informação do trecho é dirigida,
caracterizando um chamamento.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


EDUCAÇÃO E COOPERAÇÃO: PRÁTICAS QUE SE RELACIONAM

A educação e a cooperação são duas práticas sociais em que, sob certos aspectos, uma contém a outra.
Na educação, podem-se identificar práticas cooperativas; na cooperação, podem-se identificar práticas educativas.
Entrelaçam-se e potencializam-se como processos sociais. A organização da cooperação exige de seus atores
uma comunicação de interesses, de objetivos, a respeito dos quais precisam falar, argumentar e decidir. Nesse
processo de interlocução de saberes, acontece a educação. Há, portanto, uma estreita relação entre esses dois
fenômenos: na prática cooperativa, para além de seus propósitos e interesses específicos, produz-se
conhecimento, aprendizagem, educação; na prática educativa, como um processo complexo de relações
humanas, produz-se cooperação. Assim, as práticas cooperativas na escola podem constituir-se em privilegiados
"espaços pedagógicos", através dos quais os seus sujeitos tomam consciência das diferentes dimensões da vida
social.

FRANTZ, Walter. Educação e cooperação: práticas que se relacionam. Sociologias [online]. 2001, n.6, pp.242-264. ISSN
1517-4522. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222001000200011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S1517-45222001000200011&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 27 nov. 2019 (adaptado).

5. Observe a forma verbal destacada no texto e assinale a alternativa cuja explicação justifica CORRETAMENTE
sua flexão no singular.
a) Trata-se de verbo impessoal, isto é, que não tem sujeito.
b) Trata-se de verbo intransitivo, logo, não tem complementos com os quais deva concordar.
c) Concorda com o seu sujeito, a expressão “estreita relação”, que também está no singular.
d) Possui dois complementos (“estreita relação” e “dois fenômenos”), podendo concordar com o mais próximo.
e) É apenas um elemento coesivo, portanto, não precisa concordar com outros elementos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Gerundismo - evite esse vício de linguagem

Tanto se tem falado a respeito de gerundismo, que já há quem tenha prática sobre o uso do gerúndio. Há até quem
pergunte se o gerúndio não é mais usado ou se é errado o seu emprego. Então, antes que se comece a tomar o certo pelo
duvidoso e o errado pelo certo, vamos nos lembrar de algumas regras gramaticais.
Comecemos pelo significado da palavra “gerúndio”. Se procurarmos as definições nas gramáticas em uso,
encontraremos, geralmente, a seguinte explicação: “Gerúndio é uma das formas nominais do verbo que apresenta o processo
verbal em curso e que desempenha a função de adjetivo ou advérbio”.
Ele apresenta-se de duas formas. A simples (Ex.: Chegando a hora da largada, a luz verde acendeu) e a composta (Ex.:
Tendo chegado ao fim da corrida, o carro foi recolhido ao boxe).
O gerúndio expressa uma ação que está em curso ou que ocorre simultaneamente ou, ainda, que remete a uma ideia de
progressão. Sua forma nominal é derivada do radical do verbo acrescida da vogal temática e da desinência -ndo. Exemplos:
comendo; partindo.
Veja, a seguir, o uso do gerúndio na prática:
E a lama desceu pelo morro, destruindo tudo que encontrava pela frente.
Rindo, ele se lembrava com saudades dos dias felizes que tivera.
Abrindo o laptop, começou a escrever.
“Caminhando sozinho aquela noite pela praia deserta, fiz algumas reflexões sobre a morte” (Erico Veríssimo, Solo de
Clarineta, p. 12).
Como vimos nos exemplos, o gerúndio pode ser empregado de diferentes maneiras em nossa língua sem que
tenhamos praticado nenhuma heresia. Já com o gerundismo é outra história. Nesse caso, trata-se do uso inadequado do
gerúndio. Um vício de linguagem que se alastrou de modo tão corriqueiro e insistente que até já virou piada.
Então, se você usa expressões como: “Vou estar pesquisando seu caso” ou “Vou estar completando sua ligação”,
mude imediatamente sua fala para: “Vou pesquisar seu caso” e “Vou completar sua ligação”. Note que, nos dois casos, você
passa a usar somente duas formas verbais (“vou” + “pesquisar” ou “vou” + “completar”) no lugar de três. Além disso, a ideia
temporal a ser transmitida é a de futuro e não de presente em curso.
O gerundismo, portanto, é uma mania que peca pelo excesso, pela inadequação do verbo, que ocorre ao
transformarmos, desnecessariamente, um verbo conjugado em um gerúndio.

(Fonte: UOL. Adaptado. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/gerundismo-evite-esse-vicio-de-


linguagem.htm> Acesso em: 20 jan. 2019).

6. Leia as assertivas e, na sequência, faça o que se pede.

I. A oração “O gerúndio expressa uma ação que está em curso [...]” tem sujeito simples: o gerúndio.
II. Na oração “Se procurarmos as definições nas gramáticas em uso, encontraremos, geralmente, a seguinte explicação [...]”, o
verbo “encontraremos” tem o sujeito oculto “nós”.
III. Na oração “Ele apresenta-se de duas formas”, “ele” é o sujeito indeterminado do verbo “apresenta”.

Das assertivas acima, no que se refere à classificação dos sujeitos nas orações em destaque, podemos afirmar que:
a) apenas a I está correta.
b) estão corretas a I e a III.
c) estão corretas a I, a II e a III.
d) estão corretas a II e a III.
e) estão corretas a I e a II.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

7. Na sentença: “Pedrinho, dê alguns exemplos de drogas!”, a palavra em destaque exerce a função de um:
a) aposto.
b) vocativo.
c) sujeito.
d) adjunto adverbial.
e) adjunto adnominal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Exemplo de gentileza, porteiro que cumprimenta alunos um a um em MT faz sucesso na web após ser filmado por pai de aluna

O porteiro Leônidas Alves Pereira, que trabalha em uma escola particular em Sinop, a de Cuiabá, ficou
famoso nas redes sociais por causa de um vídeo gravado pelo pai de uma aluna, que mostra o trabalhador, no portão,
recepcionando os alunos. Ele cumprimenta os estudantes um a um.
Impressionado com a gentileza do porteiro, Gledson Geuda filmou a cena e publicou as imagens na página dele no
Facebook.
O pai da aluna disse que fez o vídeo a pedido da filha, que todas as vezes que passa pelo portão é chamada de campeã.
"Eu achei interessante e fiquei reparando. E, naquela manhã, resolvi gravar para mostrar para as outras pessoas que
um simples bom dia pode animar o outro", disse.
O vídeo gravado em uma das entradas da escola já teve quase 6 milhões de visualizações. Leônidas disse que sente
prazer em trabalhar na escola e que se sente renovado com o cumprimento que dá a cada criança que passa por ele. É como se
alguns anos de vida lhe fossem acrescentados.
"A gente não cansa, né? Quanto mais você dá bom dia para uma criança ou um adolescente, parece que você sente
mais renovado. É uma coisa muito boa", disse Leônidas.

Disponível em: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2019/02/08/exemplo-de-gentileza. Acesso em: 28 jan. 2019.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Precisamos falar sobre fake news

Minha mãe tem 74 anos e, como milhões de pessoas no mundo, faz uso frequente do celular. É com ele que,
conversando por voz ou por vídeo, diariamente, vence a distância e a saudade dos netos e netas.
Mas, para ela, assim como para milhares e milhares de pessoas, o celular pode ser também uma fonte de engano. De
vez em quando, por acreditar no que chega por meio de amigos no seu WhatsApp, me envia uma ou outra mensagem contendo
uma fake news. A última foi sobre um suposto problema com a vacina da gripe que, por um momento, diferente de anos
anteriores, a fez desistir de se vacinar.
Eu e minha mãe, como boa parte dos brasileiros, não nascemos na era digital. Nesta sociedade somos os chamados
migrantes e, como tais, a tecnologia nos gera um certo estranhamento (e até constrangimento), embora nos fascine e facilite a
vida.
Sejamos sinceros. Nada nem ninguém nos preparou para essas mudanças que revolucionaram a comunicação. Pior: é
difícil destrinchar o que é verdade em tempo de fake news.
Um dos maiores estudos sobre a disseminação de notícias falsas na internet, publicado ano passado na revista
"Science", foi realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, e
concluiu que as notícias falsas se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras e alcançam muito mais gente.
Isso porque as fake news se valem de textos alarmistas, polêmicos, sensacionalistas, com destaque para notícias
atreladas a temas de saúde, seguidas de informações mentirosas sobre tudo. Até pouco tempo atrás, a imprensa era a detentora
do que chamamos de produção de notícias. E os fatos obedeciam, a critérios de apuração e checagem.
O problema é que hoje mantemos essa mesma crença, quase que religiosa, junto a mensagens das quais não
Identificamos sequer a origem, boa parte delas disseminada em redes sociais. Confia-se a ponto de compartilhar, sem
questionar.
O impacto disso é preocupante. Partindo de pesquisas que mostram que notícias e seus enquadramentos influenciam
opiniões e constroem leituras da realidade, a disseminação das notícias falsas tem criado versões alternativas do mundo, da
História, das Ciências "ao gosto do cliente", como dizem por aí.
Os problemas gerados estão em todos os campos. No âmbito familiar, por exemplo, vai de pais que deixam de vacinar
seus filhos a ponto de criar um grave problema de saúde pública de impacto mundial. E passa por jovens vítimas de violência
virtual e física.
No mundo corporativo, estabelecimentos comerciais fecham portas, profissionais perdem suas reputações e produtos
são desacreditados como resultado de uma foto descontextualizada, uma Imagem alterada ou uma legenda falsa.
A democracia também se fragiliza. O processo democrático corre o risco de ter sua força e credibilidade afetadas por
boatos. Não há um estudo capaz de mensurar os danos causados, mas iniciativas fragmentadas já sinalizam que ela está em
risco.
Estamos em um novo momento cultural e social, que deve ser entendido para encontrarmos um caminho seguro de
convivência com as novas formas e ferramentas de comunicação.
No Congresso Nacional, tramitam várias iniciativas nesse sentido, que precisam ser amplamente debatidas, com a
participação de especialistas e representantes da sociedade civil.
O problema das fake news certamente passa pelo domínio das novas tecnologias, com instrumentos de combate ao
crime, mas, também, pela pedagogia do esclarecimento.
O que posso afirmar, é que, embora não saibamos ainda o antídoto que usaremos contra a disseminação de notícias
falsas em escala industrial, não passa pela cabeça de ninguém aceitar a utilização de qualquer tipo de controle que não seja
democrático.

D.A., O Globo, em 10 de julho de 2019.

8. Em "Um dos maiores estudos sobre a disseminação de notícias falsas na internet, publicado no ano passado na revista
'Science', foi realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts [...]". (5º parágrafo), os termos destacados exercem,
respectivamente, a função sintática de:
a) adjunto adverbial e agente da passiva.
b) objeto indireto e complemento nominal.
c) complemento nominal e objeto indireto.
d) adjunto adverbial e predicativo do objeto.
e) predicativo do sujeito e agente da passiva.

9. A vírgula entre o sujeito


e o verbo da oração
não deve ser colocada
se juntos eles estão:
em “Joel, chutou a bola”
há erro de pontuação.

Dantas, Janduhi. Lições de gramática em versos de cordel. Petrópolis: Vozes, 2009, p.43.

O poeta paraibano, Janduhi Dantas, valeu-se de uma regra gramatical para produzir sua literatura de cordel.

Sobre o uso da vírgula, todas as sentenças abaixo estão corretas, EXCETO:


a) Joel, chute a bola!
b) Joel chute, a bola!
c) Chute, Joel, a bola.
d) Chute a bola, Joel.

GABARITO ANÁLISE SINTÁTICA

Resposta da questão 1: [D]

Em [I], vemos o sujeito elíptico “cada um” na segunda oração: “e a dor que [cada um] traz no coração”.
Em [III], vemos o sujeito elíptico “Eu”: “[Eu] Devia ter me importado menos...”.

Resposta da questão 2: [D]

O termo “os que”, que faz papel de sujeito nas orações, refere-se aos refugiados, como expressos nos versos da segunda
estrofe. Assim, podemos dizer que “refugiados” é um dos referentes sintático-semânticos destes verbos na terceira pessoa do
plural.

Resposta da questão 3: [A]

Entende-se, pelo contexto, que Smith foi o responsável por organizar os campeonatos de performances poéticas. Assim, o
sujeito do verbo “organizava” é “Smith”.

Resposta da questão 4: [B]

[A] Incorreta: o sujeito é “a comunicação”


[C] Incorreta: a expressão “além disso” indica adição.
[D] Incorreta: a palavra “cuja” é classificada como um pronome relativo.
[E] Incorreta: “aos pais” completa o sentido de “estendida”, não caracterizando um chamamento.

Resposta da questão 5: [A]

O verbo “há” de “haver” é um verbo impessoal, sem sujeito. Dessa forma, não tem como haver uma concordância sujeito-
verbo, mantendo-se na forma “há”.

Resposta da questão 6: [E]

[III] Incorreta: “ele” é o sujeito simples do verbo “apresenta”.


Resposta da questão 7: [B]

A palavra “Pedrinho” é utilizada como um chamamento. Assim, é classificada como vocativo.

Resposta da questão 8: [A]

“na revista 'Science'” indica a circunstância de local em que foi feita a publicação. Assim, temos um adjunto adverbial.
“pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts” indica aquele que fez a ação de realizar, tendo a função de agente da passiva.

Resposta da questão 9: [B]

Em [B], o vocativo “Joel” não está separado por vírgula. Além disso, há uma vírgula desnecessária entre o verbo e seu objeto.
ESCOLA SESI MONTES CLAROS

ATIVIDADE: Variações
Linguísticas e Colocação PROFESSOR: MARINA COUTO RIBEIRO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
Pronominal

BANCO DE QUESTÕES 1ª ETAPA


Turmas: 9º ANO Turno: Manhã

QUESTÕES VARIAÇÃO LINGUÍSTICAS

10. (Enem 2023) Mandioca, macaxeira, aipim e castelinha são nomes diferentes da mesma planta. Semáforo, sinaleiro e farol
também significam a mesma coisa. O que muda é só o hábito cultural de cada região. A mesma coisa acontece com a Língua
Brasileira de Sinais (Libras). Embora ela seja a comunicação oficial da comunidade surda no Brasil, existem sinais que variam
em relação à região, à idade e até ao gênero de quem se comunica. A cor verde, por exemplo, possui sinais diferentes no Rio de
Janeiro, Paraná e São Paulo. São os regionalismos na língua de sinais.
Essas variações são um dos temas da disciplina Linguística na língua de sinais, oferecida pela Universidade Estadual Paulista
(Unesp) ao longo do segundo semestre. “Muitas pessoas pensam que a língua de sinais é uni versal, o que não é verdade”,
explica a professora e chefe do Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas da Unesp. “Mesmo dentro de um
mesmo país, ela sofre variação em relação à localização geográfica, à faixa etária e até ao gênero dos usuários” completa a
especialista.
Os surdos podem criar sinais diferentes para identificar lugares, objetos e conceitos. Em São Paulo, o sinal de “cerveja” é feito
com um giro do punho como uma meia-volta. Em Minas, a bebida é citada quando os dedos indicador e médio batem no lado
do rosto. Também ocorrem mudanças históricas. Um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos costumes da geração que o
utiliza.

Disponível em: www.educacao.sp.gov.br. Acesso em 1 nov. 2021 (adaptado)

Nesse texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras)


a) passa por fenômenos de variação linguística como qualquer outra língua.
b) apresenta variações regionais, assumindo novo sentido para algumas palavras.
c) sofre mudança estrutural motivada pelo uso de sinais diferentes para algumas palavras.
d) diferencia-se em todo o Brasil, desenvolvendo cada região a sua própria língua de sinais.
e) é ininteligível para parte dos usuários em razão das mudanças de sinais motivadas geograficamente.

11. (Unifor - Medicina 2023) O texto dissertativo é um dos estilos de escrita mais exigidos nos concursos, em vestibulares e
outras provas. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo, os candidatos são submetidos à uma redação
dissertativo argumentativa, que é um dos tipos de dissertação. Escrever um bom texto dissertativo exige domínio da língua
portuguesa e capacidade de apresentar as informações seguindo uma linha lógica. Afinal, o leitor precisa ter clara compreensão
sobre o que está sendo transmitido, de forma que não existam ruídos e ou qualquer dificuldade de interpretação. É, de fato, um
desafio.

Disponível em: <https://ead.ucs.br/blog/texto-dissertativo>. Acesso em: 10 out. 2022 (adaptado).

De acordo com o texto, a sequência lógica citada é semelhante ao conceito de


a) proposta de intervenção, resolvendo o problema social levantado.
b) progressão textual, cada vez mais elaborando a argumentação.
c) repertório sociocultural, apresentando dados que confirmem os fatos.
d) ruído, que seria uma inadequação argumentativa que destoa do resto.
e) domínio linguístico, adotando a variação linguística mais adequada.

12. (Utfpr 2023) Considerando a seguinte pergunta “Fessora, quar são minhas nota?” que Chico Bento, da Turma da Mônica,
faz para sua professora durante uma conversa em sala de aula, assinale a alternativa correta.
a) A frase dita por Chico Bento é um exemplo da variedade padrão do Português Brasileiro.
b) O fenômeno de variação linguística ocorre somente no Português Brasileiro e não é comum em outras línguas como, por
exemplo, no inglês.
c) A variedade utilizada por Chico Bento pode ser alvo de preconceito linguístico em situações formais de uso da linguagem.
d) “Fessora” é considerado um aposto na frase dita por Chico Bento.
e) A variedade linguística utilizada por Chico Bento não pode ser considerada um exemplo de variedade rural do Português
Brasileiro.

13. (Unifor - Medicina 2023) O preconceito, seja ele de que natureza for, é uma crença pessoal, uma postura individual diante
do outro. Qualquer pessoa pode achar que um modo de falar é mais bonito, mais feio, mais elegante, mais rude do que outro.
No entanto, quando essa postura se transforma em atitude, ela se torna discriminação e esta tem de ser alvo de denúncia e de
combate. No caso da língua, é imprescindível que toda cidadã e todo cidadão que frequenta a escola (pública ou privada)
receba uma educação linguística crítica e bem informada, na qual se mostre que todos os seres humanos são dotados das
mesmíssimas capacidades cognitivas e que todas as línguas e variedades linguísticas são instrumentos perfeitos para dar conta
de expressar e construir a experiência humana neste mundo. “A contundência e a radicalidade com que Bagno costuma expor
suas críticas (frequentemente em meios de ampla difusão) fizeram dele uma personalidade extremamente polêmica, que
conquista adesões entusiastas e ódios incondicionais. Trata-se de um linguista combativo, de todo afastado do modelo do
acadêmico supostamente neutro. Bagno toma partido abertamente, convencido de que esta é a única maneira honesta de
contribuir para o conhecimento”.

Pere Comellas Casanova, Universidade de Barcelona. Disponível em < https://www.esfera.com.vc/p/preconceito-linguistico-


1ª-ed/e101226970>. Acesso em 20 out. 2022.

Refletindo sobre o conceito de variação linguística, assinale a situação comunicativa a seguir que estaria adequada.
a) Dizer “passe-me a bola” em jogo de futebol entre amigos.
b) Falar coloquialmente durante um almoço com a família.
c) Abrir uma conta no banco utilizando um jargão médico.
d) Em uma entrevista de emprego, usar diversos neologismos.
e) Usar sempre a norma-padrão em textos literários.

14. (Ufam-psc 1 2022) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao conceito emitido sobre a variação linguística:
a) A variação linguística não trabalha com a noção de erro, entendendo os desvios da norma culta como diferenças entre os
falantes do mesmo idioma.
b) A gíria, um tipo de variação linguística, é normalmente associada a grupos de jovens e a atletas, como os skatistas.
c) O jargão é uma variação linguística que se verifica entre grupos profissionais, como o dos médicos, dos advogados, dos
engenheiros.
d) A variação linguística se estabelece principalmente no plano social, já que tem o propósito de melhorar o nível de fala da
população inculta.
e) Uma variação linguística muito comum no falar e mesmo na escrita é quanto à colocação dos pronomes, como se observa,
por exemplo, em “eu vi ela”.

15. (Ufam-psc 1 2021) Leia as afirmativas a seguir, feitas sobre variação linguística:

I. A variação linguística é um fenômeno que amplia os conteúdos impostos pela gramática normativa, com o objetivo de torná-
la acessível à população carente.
II. A expressão “umborimbora, maninha”, muito usada pelos amazonenses, se caracteriza como uma variante que deve ser
aceita sem preconceito, por registrar uma particularidade regional do idioma.
III. A variação linguística existe em face de as línguas serem dinâmicas e não ficarem estáticas no tempo, admitindo mudanças
que a alteram.
IV. Há diferença entre “gíria” e “jargão”, sendo a primeira usada por jovens e determinados grupos sociais, enquanto o
segundo é empregado por profissionais (médicos e professores, por exemplo).
V. Um exemplo de mudança mediante a variação geográfica (ou diacrônica) se constata no uso de “Vossa Mercê”, que passou
sucessivamente a “vosmecê”, “você” e “cê”.

Assinale a alternativa CORRETA:


a) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
16. (Eam 2021)

Quando se fala em variação linguística, analisam-se os diferentes modos em que é possível expressar-se em uma língua.
Levando-se em conta a escolha de palavras feita no primeiro quadrinho, é correto afirmar que esse é um exemplo de variação:
a) diafásica, pois se trata de uma variação da língua em que ocorrem diferenças de linguagem devido à região do falante.
b) diastrática, pois se trata de uma variação social da língua em que ocorrem diferenças de acordo com o grupo 'social
específico do falante.
c) diacrônica, pois se trata de uma variação histórica da língua em que, ocorrem mudanças no decorrer do tempo.
d) diastrática, pois se trata de uma variação da língua em que ocorrem diferenças de linguagem, levando-se em conta o
ambiente de interação entre os interlocutores.
e) diacrônica, pois se trata de uma variação da língua em que se percebe o predomínio de expressões informais ligadas a
grupos sociais específicos.

17. (Integrado - Medicina 2021) Quando falamos em variação linguística, analisamos os diferentes modos pelos quais é
possível expressar-se em uma língua. Assinale a variação linguística predominante na charge a seguir.

a) Variação histórica (diacrônica).


b) Variação geográfica (diatópica).
c) Variação social (diastrática).
d) Variação estilística (diafásica).
e) Variação sociocultural (diafásica).

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra, incomoda. Começa
com des. Des de desalento, des de desespero, des de desesperança. Des, definitivamente, não é um bom prefixo.
Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não importa em que dicionário. Doravante ouviremos falar muito nela.
De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido
centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade, no sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com fome, tem
gente com fome, tem gente com fome”, somente com esses substantivos. Você ainda não conhece o Solano? Corra, dá tempo.
Dá tempo para você entender que vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes,
passe o vale-transporte na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros. O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em média, do
que um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por todas as razões sociais que a gente bem conhece.
Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de desesperança os leitores, os números rendem manchete, mas carecem de
rostos humanos. Pega a visão, imprensa, só há uma possibilidade de fazer a grande cobertura: mire-se na desigualdade, talvez
não haja mais jeito de achar que os pontos da bolsa de valores signifiquem a ideia de fazer um país.

(Adaptado de Xico Sá, A vidinha sururu da desigualdade brasileira. Em El País, 28/10/2019. Disponível em
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/28/opinion/1572287747_637859.html?
fbclid=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_snMDUAw4yZpZ3zyA1ExQx_XB9Kq2qU. Acessado em 25/05/2020.)

18. (Unicamp 2021) Assinale a alternativa que identifica corretamente recursos linguísticos explorados pelo autor nessa
crônica.
a) Uso de verbos no imperativo, linguagem informal, texto impessoal.
b) Marcas de coloquialidade, uso de primeira pessoa, linguagem objetiva.
c) Marcas de oralidade, uso expressivo de recursos ortográficos, subjetividade do autor.
d) Uso de variação linguística, linguagem neutra, apelo ao tom coloquial.

19. (G1 - cftmg 2020) De repente, ele começou a gritar:


– Pare! Pare já com isso! Não suporto ninguém se fingindo de bom moço por mais de cinco minutos. E o senhor já está aqui há
dez!
Fiquei sem ação, de novo. O que ele queria que eu fizesse? Chamasse-o de “mano”, “veio”, “bróder”? A vontade de ir embora
bateu outra vez.
Ele respirou fundo, pigarreou e recomeçou:
– Na verdade, é mais uma aposta do que uma pesquisa... Um professor inglês, que conheci pela rede, apostou comigo que eu
não conseguiria encontrar as frases-chave em três peças do Shakespeare.
Eu entendi e não entendi. Depois de um instante, deduzi que “rede” queria dizer internet.

LACERDA, Rodrigo. O Fazedor de Velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 56.

O trecho evidencia que, entre o narrador e o professor, há marcas de variação linguística fundamentadas na diferença de
a) faixa etária.
b) classe social.
c) região geográfica.
d) nível de escolarização.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


TEXTO 1

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

ANDRADE, Oswald. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

TEXTO 2

Samba do Arnesto

O Arnesto nos convidô prum samba, ele mora no Brás


Nóis fumo e não encontremos ninguém
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
Da outra veiz nóis num vai mais
Nóis não semos tatu!
Outro dia encontremo com o Arnesto
Que pidiu descurpa mais nóis não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nóis não se importa
Mais você devia ter ponhado um recado na porta
Anssim: “Ói, turma, num deu prá esperá
A vez que isso num tem importância, num faz má
Depois que nóis vai, depois que nóis vorta
Assinado em cruz porque não sei escrever
Arnesto"

BARBOSA, Adoniran, Gravações Elétricas Continental S/A, 1953.

20. (Uece 2020) A variação linguística pode revelar muitas informações acerca de quem a está utilizando. Valendo-se desse
fenômeno, o autor do texto 2 apresenta o eu lírico como alguém que não domina a norma culta brasileira, por misturar traços
da linguagem caipira com a fala de imigrantes italianos de conhecidos bairros paulistas para figurativizar o personagem. Atente
para o que se diz a seguir sobre variação linguística:

I. As línguas têm formas variáveis e há usos de determinada variedade em uma sociedade formada por uma heterogeneidade de
falantes advindos de lugares distintos, a exemplo de São Paulo.
II. Os aspectos mais perceptíveis da variação linguística são a pronúncia e o vocabulário, mas pode-se apontar, no texto 2,
variações em todos os níveis da língua.
III. O fenômeno da variação é complexo e o princípio de adequação à identidade de quem utiliza, a situação comunicativa e
outros fatores podem intervir.

É correto o que se afirma em


a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.

21. (Enem PPL 2019) Prezada senhorita,

Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, de acordo com o que foi conversado com seu ilustre progenitor, o
tabelião juramentado Francisco Guedes, estabelecido à Rua da Praia, número 632, dar por encerrados nossos entendimentos de
noivado. Como passei a ser o contabilista-chefe dos Armazéns Penalva, conceituada firma desta praça, não me restará, em face
dos novos e pesados encargos, tempo útil para os deveres conjugais.
Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da mancebia, como vinha fazendo desde que me formei
em contabilidade em 17 de maio de 1932, em solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e outras autoridades
civis e militares, bem assim como representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade Cultural e Recreativa José de
Alencar.
Sem mais, creia-me de V. S. patrício e admirador,
Sabugosa de Castro

CARVALHO, J. C. Amor de contabilista. In: Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio,
1971.

A exploração da variação linguística é um elemento que pode provocar situações cômicas. Nesse texto, o tom de humor
decorre da incompatibilidade entre
a) o objetivo de informar e a escolha do gênero textual.
b) a linguagem empregada e os papéis sociais dos interlocutores.
c) o emprego de expressões antigas e a temática desenvolvida no texto.
d) as formas de tratamento utilizadas e as exigências estruturais da carta.
e) o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a profissão do remetente.

22. (G1 - ifpe 2019)


O texto acima faz parte de uma página divulgada em redes sociais chamada “Bode Gaiato”. A página divulga memes que
fazem referência a diferentes características culturais dos nordestinos. O texto apresenta um diálogo entre Júnior e sua mãe
sobre Cícero, que queria se matar comendo manga e bebendo leite. Sobre o texto, analise o que se afirma abaixo.

I. O texto faz referência à variação linguística regional e etária, destacando o modo de falar dos nordestinos e as diferenças
entre a fala de Júnior e a de sua mãe.
II. O humor do texto constrói-se, principalmente, através da referência a um conhecimento cultural de que ingerir a
combinação de manga e leite poderia ser fatal.
III. O vocativo “mainha” é característico de variantes faladas no nordeste do Brasil.
IV.A palavra “chifre” refere-se à traição e é falada em contextos menos formais de uso da língua.
V. O texto faz referência ao nordestino de forma estereotipada, indicando a fome como a causa de morte de grande parte da
população.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmações


a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.

GABARITO VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Resposta da questão 10. [A]

As opções [B], [C], [D] e [E] são incorretas, pois a Língua Brasileira de Sinais (Libras)

[B] apresenta variações regionais de algumas palavras, que continuam a ser usadas com o mesmo sentido.
[C] O uso de sinais diferentes para algumas palavras em determinadas regiões não interfere na estrutura da língua.
[D] Segundo o texto, pode haver variações, dependendo da região, idade e do gênero de quem se comunica, mas sem
constituírem criação de uma língua própria.
[E] As mudanças de sinais motivadas geograficamente acontecem em apenas algumas palavras, não interferindo na
compreensão por parte dos usuários.

Assim, é correta a opção [A], na medida em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) sofre mudanças como qualquer outra
língua, a exemplo do que acontece com mandioca, macaxeira, aipim e castelinha, palavras usadas em várias regiões do Brasil
para designar a mesma coisa.

Resposta da questão 11. [B]

O texto menciona a “capacidade de apresentar as informações seguindo uma linha lógica”, isto é, escrever de forma a
estabelecer progressão textual, que consiste em construir o texto a partir da relação de ideias, com a introdução de uma
informação nova que se liga à informação já exposta, cada vez mais elaborando a argumentação.
Resposta da questão 12. [C]

Considerando a fala de Chico Bento, pode-se afirmar que a variedade linguística utilizada por ele, por consistir em uma forma
de uso que não segue rigidamente a norma-padrão, de maior prestígio socialmente, pode ser alvo de preconceito linguístico em
situações formais de uso da linguagem, justamente por corresponder a um uso mais informal, próprio de um grupo e/ou região.

Resposta da questão 13. [B]

A situação comunicativa adequada seria falar coloquialmente durante um almoço com a família, visto que se trata de um
contexto interacional informal, o que permite o uso de linguagem coloquial e popular por parte do falante.

Resposta da questão 14. [D]

Não há um plano específico de estabelecimento da variação linguística, especialmente por haver diferentes aspectos
responsáveis por promover essa variação: social, econômico, histórico, regional, etc. Além disso, não há um propósito de
melhorar o nível de fala da população inculta, ideia que seria associada justamente ao preconceito linguístico.

Resposta da questão 15. [D]

[I] Incorreta: a variação linguística, na verdade, é um fenômeno gerado pelo fato de que as línguas não são estáticas, variando
de acordo com diversos fatores. A gramática normativa representa somente uma das diversas variações da língua.
[V] Incorreta: O exemplo apresentado consiste em variação histórica (ou diacrônica), e não geográfica.

Resposta da questão 16. [B]

No quadrinho, é possível notar a presença de variação diastrática, que consiste em uma variação relacionada aos grupos
sociais, cujos fatores são atrelados à faixa etária, à profissão e outros. Assim, na fala do médico no primeiro quadrinho, pela
escolha de palavras, nota-se uma variação social da língua específica do seu grupo de falantes em contexto profissional, que se
diferencia da variante do paciente, levando-o a ter tal reação no segundo quadrinho.

Resposta da questão 17. [B]

A variação linguística predominante na charge é a variação geográfica (diatópica), que ocorre de acordo com o local onde
vivem os falantes. As estruturas linguísticas utilizadas, conforme percebemos na fala do personagem da charge, sofrem
influência de diferentes culturas, hábitos e modos de dado contexto.

Resposta da questão 18. [C]

Vários recursos linguísticos e estilísticos foram usados pelo autor da crônica para acentuar a crítica à crescente desigualdade
social brasileira nos últimos anos. Marcas da oralidade em termos “a gente”, “busão” e “simbora”, a divisão silábica da palavra
“desigualdade” e a repetição do prefixo des- que carrega na sua etimologia um sentido negativo, assim como a subjetividade
do autor no uso da primeira pessoa em “vivemos”, “evitei” e “podia” indicam como correta a opção [C].

Resposta da questão 19. [A]

No trecho, vemos o questionamento do narrador se deve usar expressões da sua idade para se referir ao mais velho. Além
disso, no final do trecho, vemos o uso da expressão “rede” que não é compreendida em um primeiro momento pelo narrador,
mas depois ele percebe que significaria “internet”. Assim, vemos marcas de variação linguística fundamentadas na diferença
de faixa etária.

Resposta da questão 20. [D]

Todas as afirmações estão corretas e fazem uma boa análise da variação linguística. Na primeira afirmação, vemos uma
consideração a respeito da influência da origem dos falantes no surgimento de variantes. Na segunda afirmação, há uma análise
a respeito do âmbito em que se dá a variação: na maioria das vezes, envolve a pronúncia e o vocabulários, mas, também são
visíveis variações em todos os níveis da língua, como visto no texto 2. Por fim, a última afirmação reconhece a complexidade
do fenômeno da variação, identificando os fatores que o influenciam, como identidade do falante e situação comunicativa. Essa
ideia, inclusive, é ilustrada pelos dois textos.

Resposta da questão 21 [B]


No texto, o tom de humor decorre da incompatibilidade entre a linguagem pomposa da missiva e o papel social do remetente,
um contabilista, e o da destinatária, a filha de um tabelião local. Assim, é correta a opção [B].

Resposta da questão 22 [C]

[I] Incorreta: o texto não faz referência à variação linguística etária, uma vez que não há destaque de diferenças entre a fala de
Júnior e a de sua mãe.
[V] Incorreta: não há referência à fome, tampouco a causas de morte de grande parte da população.

QUESTÕES COLOCAÇÃO PRONOMINAL

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

Em momento algum da história da humanidade, o provérbio “ 1tempo é dinheiro” ganhou tanta expressão como nos dias atuais.
2
Pessoas sobrecarregadas de trabalho e responsabilidades sempre se queixam de que seus dias são curtos e 3agem como se eles
fossem inesgotáveis. O ritmo de compromissos é incessante. 4Os avanços tecnológicos determinam mudanças radicais na
carreira profissional. 5A violência ronda a casa, a esquina e o carro, 6enquanto o trânsito inferniza e atrasa a agenda. Medo,
tensão e vigília: os inimigos estão por toda parte, vêm em sua direção e as ameaças ao sucesso e ao bolso são inúmeras. Feche
os olhos e logo alguém lhe passará a perna. Ufa! Esse estado de alarme geral parece não acabar nunca. 7Se você é um daqueles
que vivem mergulhados nesse frenesi, você está roubado. 8Só que, desta vez, o trombadinha está dentro de você, sugando-lhe
energia. A essa altura, o estresse negativo já deve ter-se instalado.

Você S.A., São Paulo, n. 17.

23. (Cfn 2024) No trecho “Pessoas sobrecarregadas de trabalho e responsabilidades sempre se queixam de que seus dias são
curtos” ocorre próclise, pois o pronome destacado é colocado antes do verbo. Assinale a alternativa cuja colocação pronominal
está INCORRETA.
a) Lembro-me daqueles belos dias.
b) Em se tratando de previsões, qualquer afirmação é arriscada.
c) Deus te abençoe, meu amigo!
d) O tempo passa e não arrependo-me.
e) Isso me pertence.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


1
“Quincas Borba 2leu-me daí a dias a sua grande obra. Eram quatro volumes manuscritos, de cem páginas cada um, com letra
miúda e citações latinas. O último volume 3compunha-se de um tratado político, fundado no Humanitismo; era talvez a parte
mais enfadonha do sistema, 4posto que concebida com um formidável rigor de lógica. 5Reorganizada a sociedade pelo método
dele, 6nem por isso ficavam eliminadas a guerra, a insurreição, o simples murro, a facada anônima, a miséria, a fome, as
doenças; 7mas sendo esses supostos flagelos verdadeiros equívocos do entendimento, 8porque não passariam de movimentos
externos da substância interior, 9destinados a não influir sobre o homem, senão como simples quebra da monotonia universal,
claro estava que a sua existência não impediria a felicidade humana. 10Mas ainda quando tais flagelos (o que era radicalmente
falso) correspondessem no futuro à concepção acanhada de antigos tempos, nem por isso ficava destruído o sistema, e por dois
motivos: 111º porque sendo Humanitas a substância criadora e absoluta, cada indivíduo deveria achar a maior delícia do mundo
em sacrificar-se ao princípio de que descende; 2º porque, ainda assim, não diminuiria o poder espiritual do homem sobre a
terra, inventada unicamente para seu recreio dele, como as estrelas, as brisas, as tâmaras e o ruibarbo. Pangloss, 12dizia-me ele
ao fechar o livro, não era tão tolo como o pintou Voltaire.”

Fonte: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis p. 145

24. (Udesc 2023) Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, ao texto, e
assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.

( ) Embora seja inovador o tema política, na obra de Machado, Brás Cubas entra para a política e mesmo desenvolvendo um
trabalho medíocre, a situação lhe proporciona alguns status, assim, com o desenvolvimento da obra, é possível observar
que ele não se preocupa com a moralidade, apresentando total desprendimento moral, social e material, tal qual ocorre
com, também políticos, o Conselheiro Dutra e o Lobo Neves.
( ) Nas orações “leu-me” (ref. 2), “compunha-se de um tratado político” (ref. 3) e “dizia-me ele ao fechar o livro” (ref. 12),
quanto à colocação pronominal, há próclise e os verbos estão flexionados no pretérito imperfeito do modo indicativo.
( ) A estrutura “porque não passariam de movimentos externos da substância interior” (ref. 8) remete que todos os flagelos
embora, aparentemente, sejam procedentes do mundo físico são produtos da alma, do eu mais profundo do homem,
razão por que são considerados equívocos do entendimento.
( ) A estrutura “destinados a não influir sobre o homem” (ref. 9) faz alusão aos flagelos a que o homem está destinado,
durante a sua existência, a um mundo pessimista, assim remetendo à característica do Naturalismo – Objetivismo e
Universalismo.
( ) Nas orações “leu-me” (ref. 2) e “dizia-me ele ao fechar o livro” (ref. 12) as palavras destacadas, quanto à morfossintaxe,
são pronomes oblíquos/objetos indiretos.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


a) F – F – V – V – V
b) F – V – F – V – V
c) F – F – F – F – V
d) V – F – V – F – F
e) V – V – V – V – F

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


“Aquilo soou como uma novidade. Foi lendo. 1‘Na pequena cidade de Port Moresby, que fica no Golfo Papua, no Pacífico, a
filha do líder de emancipação feminina, tendo tido a oferta altíssima com fins de casamento de cem bois, duzentas sacas de
café e cinquenta cabras, além de mais trezentos quilos de sal, foi vendida em matrimônio para um jovem herdeiro que
desmoralizou com sua oferta 2os pendores político-sociais do pai da noiva, uma bela papua de dezenove anos.’
Dorothy sentiu grande avidez pela notícia. Talvez lá por dentro do Boletim houvesse um retrato da bela papua vendida em Port
Moresby. 3Nada encontrou a não ser as repetidas notas sobre melhoria de maquinismos rurais, aos quais se ligava o marido por
força de seus negócios. 4Pensava sempre que Jorge, por não ter filhos, 5votava às máquinas agrícolas uma espécie de amor.
Talvez ele as vendesse como o pai da bela papua de dezenove anos, entre a glória de oferecer tão bela mercadoria e a pena da
separação. 6Havia alguns anos que Jorge lidava com estas máquinas. Frequentemente, fazia ofertas ao telefone ou negociava
em sua própria casa com fregueses mais importantes. 7Fazia, então, louvores às máquinas beneficiadoras de café, de descaroçar
algodão ou de aparelhos 8que se adaptavam a seres humanos, transformando-os também em máquinas, 9a distribuir sementes a
todos os ventos, permeadas de umidade.”

Fonte: O conto da mulher brasileira, Edla van Steen (organizadora, 3ª Ed. São Paulo: Global, 2007. Port Moresby, p.34.

25. (Udesc 2023) Analise as proposições em relação ao conto Port Moresby, Dinah Silveira de Queiroz, ao Texto, e assinale
(V) para verdadeira e (F) para falsa.

( ) Percebe-se, pela leitura do conto, que as mulheres eram todas parecidas, vestiam-se de modo semelhante, tinham uma
vida fútil e, praticamente, agiam da mesma forma.
( ) Em “Fazia, então, louvores às máquinas” (ref. 7) e “votava às máquinas agrícolas uma espécie de amor” (ref. 5) o acento
indicativo de crase é obrigatório porque as palavras destacadas, nas duas situações, são, sintaticamente, objeto indireto.
( ) A leitura do segmento “Pensava sempre que Jorge, por não ter filhos, votava às máquinas agrícolas uma espécie de amor”
(ref. 4) sugere ser Dorothy uma esposa frustrada e fútil, uma mulher que sente ciúmes da vida profissional do marido.
( ) No segmento “que se adaptavam a seres humanos” (ref. 8) o pronome átono, quanto à colocação pronominal, está
proclítico porque o pronome relativo que atrai o pronome átono.
( ) A notícia lida por Dorothy, no Boletim Agrícola despertou, na personagem, o desejo de realizar uma campanha em favor
das mulheres papuas, que eram trocadas por mercadorias.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


a) V – V – F – F – V
b) F – F – V – V – V
c) F – V – F – V – F
d) V – V – V – F – V
e) V – F – F – V – V

26. (Ufgd 2022) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal em língua portuguesa.
a) Não esqueçam-se de dizer que há desvio de conduta na administração da crise no Brasil.
b) Por outro lado, nada que se tenha dito foi comprovado.
c) Acusariam-me até de roubar a merenda, se pudessem.
d) Fala-se demasiado, mas não ouve-se ninguém.
e) Se houver um culpado, que se prenda-se imediatamente.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


27. (Integrado - Medicina 2022) A respeito do texto, avalie as afirmativas abaixo.

I. O sujeito do verbo “É”, nas duas primeiras ocorrências é o mesmo.


II. A colocação pronominal em “Então, me explica...” está incorreta.
III. Há uma crítica a respeito do atual cenário do Brasil em meio à pandemia.
IV. Em “é um ramo teórico da ciência...” há um predicativo do sujeito.

É correto apenas o que se afirma em


a) I e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


DE MAVIOSO ENCANTO
1
Eu vi um beija-flor.
2
De manhã reuni a família ao redor da mesa do café e disse: Gente, vou contar uma coisa importante e vocês precisam
acreditar em mim. Hoje, enquanto vocês dormiam, vi um beija-flor no terraço.
Foi assim. 3Era de madrugada e acordei chamada pela sede. 4Mas o dia me pareceu tão novo que parei de olhar. 5E de
repente, lá estava ele tecendo entre as flores a rede de seus voos. 6Um beija-flor de verdade em 1972, um beija-flor vivo numa
cidade de 6 milhões de habitantes.
Ficaram pasmos. 7Mas me amavam e acreditaram em mim. 8Minha filha pediu que o descrevesse, pediu que o
desenhasse e que o pintasse com todas as cores dos seus lápis. Meu marido comoveu-se, eu era uma mulher que 9tinha visto um
beija-flor, e era dele. 10Beijou-me na testa. As domésticas foram convocadas para participar da alegria, mas, pessoas de pouca
fé, se entreolharam descrentes. As amigas às quais telefonamos me deram parabéns; afinal, eram amigas. A novidade habitou
minha casa.
A notícia correu. Verdade, Marina, que você viu um beija-flor? E eu modesta mas banhada de graça, verdade.
Ligaram do jornal. Alô, Marina, a que horas? Que cor? De que tamanho? E você tem certeza? Alguém mais viu? Olha gente,
não quero fazer declarações. Sei que parece estranho, mas eu vi. A hora não sei bem, nem o tamanho, não medi. 11Sei que era
um beija-flor feito os de antigamente, com asas, bico, tudo. Um beija-flor de penas. Fotos? Não tenho, não falei com ele.
12
Vieram ver o terraço, mediram tudo, controlaram os ventos, 13aspiraram as flores. E chegaram à conclusão de que
não, não era possível, nenhum beija-flor 14havia estado ali.

COLASANTI, Marina. Crônicas para jovens, 1ª ed. São Paulo: Global, 2012, pp. 23 e 24.

28. (Udesc 2019) Analise as proposições em relação à crônica De Mavioso Encanto, Marina Colasanti e assinale (V) para
verdadeira e (F) para falsa.
( ) Da leitura do período “Mas me amavam e acreditaram em mim” (ref. 7), infere-se que os familiares, mesmo surpresos e
duvidosos com a notícia, deixaram que o amor fosse mais forte que a dúvida.
( ) Em “Mas me amavam” (ref. 7) e “Beijou-me na testa” (ref. 10), quanto à colocação pronominal, têm-se próclise e ênclise,
sequencialmente, porém, na segunda oração, o pronome pode estar também proclítico e, mesmo assim, mantém-se a
língua culta e a correção gramatical.
( ) No período “Minha filha pediu que o descrevesse, pediu que o desenhasse e que o pintasse com todas as cores” (ref. 8) as
palavras destacadas são, sequencialmente, na morfossintaxe, pronome pessoal/ objeto direto; pronome pessoal/ objeto
direto; pronome pessoal/ objeto direto e artigo definido/ adjunto adnominal.
( ) A estrutura “Sei que era um beija-flor feito os de antigamente” (ref. 11) revela que o beija-flor, devido ao avanço da
civilização, sofreu mutações e portanto diferente do beija-flor conhecido em outra época.
( ) O verbo aspirar em “aspiraram as flores” (ref. 13), quanto à regência, classifica-se como transitivo direto e o vocabulário
flores, sintaticamente, é objeto direto. Substituindo-se o objeto direto pelo pronome pessoal oblíquo tem-se: aspiraram-
nas.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.


a) F – F – F – V – V

b) V – V – F – V – F

c) F – F – V – V – V

d) V – F – F – F – V

e) V – F – V – F – V

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO
Hélio Gurovitz

Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) 1A distopia de
Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereço certo em seu tempo: o stalinismo. (...) 2O mundo da “pós-verdade”, dos
“fatos alternativos” e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirável
mundo novo, de Aldous Huxley.
3
Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do teórico da comunicação
americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (4Nos divertindo até morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo
recente no The Guardian. “Na visão de Huxley, não é necessário nenhum Grande Irmão para despojar a população de
autonomia, maturidade ou história”, escreveu Postman. “Ela acabaria amando sua opressão, adorando as tecnologias que
destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que não haveria motivo para
proibir um livro, pois não haveria ninguém que quisesse lê-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informação.
Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seríamos reduzidos à passividade e ao egoísmo. 5Orwell temia que a verdade fosse
escondida de nós. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevância.”
6
No futuro pintado por Huxley, (...) não há mães, pais ou casamentos. O sexo é livre. A diversão está disponível na
forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma.
Restaram na Terra dez áreas civilizadas e uns poucos territórios selvagens, onde 7grupos nativos ainda preservam costumes e
tradições primitivos, como família ou religião. “O mundo agora é estável”, diz um líder civilizado. “As pessoas são felizes, têm
o que desejam e nunca desejam o que não podem ter. Sentem-se bem, estão em segurança; nunca adoecem; 8não têm medo da
morte; vivem na ditosa ignorância da paixão e da velhice; não se acham sobrecarregadas de pais e mães; 9não têm esposas, nem
filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoções violentas; são condicionadas de tal modo que praticamente não podem
deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, há o soma.”
10
Para chegar à estabilidade absoluta, foi necessário abrir mão da arte e da ciência. “A felicidade universal mantém as
engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza são incapazes de fazê-lo”, diz o líder. “Cada vez que as massas
tomavam o poder público, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava.” A verdade é considerada uma
ameaça; a ciência e a arte, perigos públicos. Mas não é necessário esforço totalitário para controlá-las. Todos aceitam de bom
grado, fazem “qualquer sacrifício em troca de uma vida sossegada” e de sua dose diária de soma. “Não foi muito bom para a
verdade, sem dúvida. Mas foi excelente para a felicidade.”
No universo de Orwell, a população é controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. “Orwell temia que nossa ruína
seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos”, escreve Postman. Só precisa haver censura, diz ele, se os tiranos
acreditam que o público sabe a diferença entre discurso sério e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a
televisão, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relação
reflexiva e racional da palavra impressa. 11O computador só engatinhava, e Postman mal poderia prever como celulares, tablets
e redes sociais se tornariam – bem mais que a TV – o soma contemporâneo. Mas suas palavras foram prescientes: “O que
afligia a população em Admirável mundo novo não é que estivessem rindo em vez de pensar, mas que não sabiam do que
estavam rindo, nem tinham parado de pensar”.
Adaptado, Revista Época nº 973 – 13 de fevereiro de 2017, p. 67.

Distopia = Pensamento, filosofia ou processo discursivo caracterizado pelo totalitarismo, autoritarismo e opressivo controle da
sociedade, representando a antítese de utopia. (BECHARA, E. Dicionário da língua portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Nova Fronteira, 2011, p. 533).

29. (Epcar (Afa) 2018) Tendo como base o que prescreve a norma culta padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa
cuja análise está correta.
a) “Nos divertindo até morrer” (ref. 4) apresenta uma colocação pronominal adequada, pois, além de ser a tradução de um
nome próprio, o gerúndio não admite ênclise.
b) Em “...grupos nativos ainda preservam costumes e tradições primitivos...” (ref. 7), o adjetivo poderia estar no feminino para
concordar com o último elemento, já que está posposto a ele.
c) O termo sublinhado em “... não têm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer...” (ref. 9) poderá ser
substituído por os quais e não acarretará alteração sintática nem semântica na sentença.
d) Em “... não têm medo da morte; vivem na ditosa ignorância da paixão e da velhice...” (ref. 8) os termos sublinhados
exercem a mesma função sintática: adjuntos adnominais dos substantivos a que se referem.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia a música de Marcelo Jeneci e responda à(s) questão(ões).

Dar-te-ei

[...] Não te darei papéis, não te darei, esses rasgam,


esses borram
Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham
Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas
que te resguardam e que se vão
Dar-te-ei finalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus
Esses embalam, esses secam, mas esses ficam.
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam,
eles derretem
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas
choram, elas se vão [...]

<https://tinyurl.com/ybf22rpl> Acesso em: 10.11.2017.

30. (G1 - cps 2018) Há, nessa música, uma construção gramatical chamada de mesóclise – “dar-te-ei” – de pouco uso na
linguagem escrita e quase extinto o uso na falada. Essa construção, chamada de colocação pronominal, é uma das três posições
possíveis – de acordo com a gramática normativa.

Baseando-se no que foi apresentado, assinale a alternativa que apresenta uma relação correta – de acordo com a gramática
normativa – entre colocação pronominal e o seu uso na frase.
a) Próclise – “Faça-me o favor de não atrasar para nosso encontro!”
b) Ênclise – “Não te darei discos, não, eles repetem.”
c) Ênclise – “Importava-se com o sucesso da prova.”
d) Mesóclise – “A música? Cantá-la-rei quando souber a letra.”
e) Mesóclise – “Alguém me procurou?”
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O celular que escraviza

Eles roubam nosso tempo, atrapalham os relacionamentos e podem até causar acidentes de trânsito. Quando é a hora de
desligar?

Estamos viciados. Em qualquer lugar, a qualquer momento do dia, não conseguimos deixar de lado o objeto de nossa
dependência. 1Dormimos ao lado dele, acordamos com ele, o levamos para o banheiro e para o café da manhã – e, se, por
enorme azar, o esquecemos em casa ao sair, voltamos correndo. Somos incapazes de ficar mais de um minuto sem olhar para
ele. É através dele que nos conectamos com o mundo, com os amigos, com o trabalho. 2Sabemos da vida de todos e
informamos a todos o que acontece por meio dele. Os neurocientistas dizem que ele nos fornece pequenos estímulos
prazerosos dos quais nos tornamos dependentes. Somos 21 milhões – número de brasileiros com mais de 15 anos que têm
smartphones, os celulares que fazem muito mais que falar. Com eles, trocamos e-mails, usamos programas de GPS e
navegamos em redes sociais. O tempo todo. Observe a seu redor. Em qualquer situação, as pessoas param, olham a tela do
celular, dedilham uma mensagem. Enquanto conversam. Enquanto namoram. Enquanto participam de uma reunião. E – pior de
tudo – até mesmo enquanto dirigem.
3
“É uma dependência difícil de eliminar”, diz o psiquiatra americano David Greenfield, diretor do Centro para
Tratamento de Vício em Internet e Tecnologia, na cidade de West Hartford. “Nosso cérebro se acostuma a receber essas
novidades constantemente e passa a procurar por elas a todo instante.” 4O pai de todos os vícios, claro, é o Facebook, maior
rede social do mundo, onde publicamos notícias sobre nós mesmos como se alimentássemos um grande jornal coletivo sobre a
vida cotidiana. Depois dele, novas redes foram criadas e apertaram o nó da dependência. Programas de troca de fotos como o
Instagram conectam milhões de pessoas por meio das imagens feitas pelas câmeras cada vez mais potentes dos celulares. Os
aplicativos de trocas de mensagem, como o Whatsapp, promovem bate-papos escritos que se assemelham a uma conversa na
mesa do bar. O final dessa história pode ser dramático. Interagir com o aparelho – e com centenas de amigos escondidos sob a
tela de cristal – tornou-se para alguns uma compulsão tão violenta que pode colocar a própria vida em risco.
5
Parece exagero? Pense na história da garota americana Taylor Sauer, de 18 anos. Em janeiro, Taylor dirigia numa
rodovia interestadual que liga os Estados de Utah e Idaho quando bateu a 130 quilômetros por hora na traseira de um
caminhão. Taylor trocava mensagens com um amigo sobre um time de futebol americano. Uma a cada 90 segundos. Seu
último post foi: “Não posso discutir isso agora. Dirigir e escrever no Facebook não é seguro! Haha”. Se não estivesse teclando,
provavelmente Taylor teria avistado o veículo à frente, que andava a meros 25 quilômetros por hora. O caso terrível não é uma
aberração estatística. A cada ano, 3 mil americanos morrem por causa da distração no celular, de acordo com a agência federal
National Transportation Safety Board.
No Brasil, não é diferente – pelo menos é a impressão dos profissionais que trabalham na área. “Minha experiência
sugere que essa é a quarta maior causa de acidentes, só atrás do excesso de velocidade, uso de álcool e drogas e cansaço”, diz
Dirceu Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. (...) 6O cérebro só faz bem uma coisa ou outra. (...)
Dirigir falando ao telefone duplica o risco de um acidente.
(...)
7
A sensação de estar por fora é consequência da hiperconectividade, um conceito elaborado por dois pesquisadores
canadenses, Anabel Quan-Haase e Barry Wellman. Eles criaram uma teoria para explicar como vive o dono de um celular
moderno. Ele pode se comunicar a partir de qualquer lugar a qualquer instante. Não há fronteiras entre ele, seus amigos e o
restante do mundo 8– com exceção (maldição!) de locais em que o sinal é fraco 9ou (pesadelo!) não chega. Um dos efeitos
colaterais da hiperconectividade é ser altamente viciante. Daí a desconfiança de especialistas de que motoristas que não
conseguem largar o celular enquanto dirigem são, na verdade, dependentes. Dispositivos eletrônicos como os celulares geram a
sensação de prazer para o cérebro porque ele se sente recompensado a cada novidade recebida. 10Uma mensagem é um
pacotinho de prazer. A descarga de uma substância estimulante para nossos neurônios, a dopamina, encarrega-se de gerar a
sensação agradável. O Instituto de Informação e Tecnologia de Helsinque, na Finlândia, fez um estudo para analisar quanto
tempo do dia gastamos com 11o hábito de verificar atualizações em busca desse barato cerebral. De acesso em acesso, somamos
duas horas e 40 minutos. É o mesmo tempo gasto nos Estados Unidos com televisão e dez vezes o que se gasta com leitura. (...)

Reportagem de Rafael Barifouse e Isabella Ayub, Revista Época,15/06/2012. Disponível em


<http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/o-celular-que-escraviza.html>. Último acesso em 03 de outubro de 2017.

31. (G1 - cmrj 2018) Sobre o trecho “Dormimos ao lado dele, acordamos com ele, o levamos para o banheiro e para o café da
manhã – e, se, por enorme azar, o esquecemos em casa ao sair, voltamos correndo.” (ref. 1), pode-se afirmar que
a) os verbos dormir e acordar são transitivos indiretos e regem complementos introduzidos, respectivamente, pelas
preposições “a” e “com”.
b) foi usada, de acordo com a norma padrão, a próclise com os verbos levar e esquecer.
c) as expressões “ao lado dele”, “com ele”, “para o banheiro” e “em casa” são adjuntos adverbiais.
d) caso o autor optasse pela ênclise, a colocação pronominal resultaria nas formas esquecemos-lo e levamos-lo.
e) a ênclise não é indicada nos dois casos em questão por causa de palavras atrativas.
GABARITO COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Resposta da questão 23. [D]

Em “O tempo passa e não arrependo-me”, observa-se a ocorrência de ênclise quanto ao pronome “me”, o que seria uma
posição incorreta devido à presença do advérbio “não”, palavra atrativa que implica o uso de próclise, isto é, colocação do
pronome anteriormente ao verbo. Nesse sentido, a frase seguindo a regra adequada seria “O tempo passa e não me arrependo”.

Resposta da questão 24 [C]

1ª afirmação – falsa: o tema da política não é inovador na obra de Machado, na verdade, é recorrente em suas obras, e as
relações estabelecidas nesse campo costumam ser criticadas e satirizadas pelo escritor.
2ª afirmação – falsa: nas estruturas mencionadas, há ênclise, isto é, o pronome aparece após o verbo. Além disso, na primeira
oração, o verbo está no pretérito perfeito do modo indicativo.
3ª afirmação – falsa: a estrutura destacada remete justamente ao contrário do que se afirma: que os flagelos seriam do ambiente
externo à alma, próprios do mundo e “destinados a não influir sobre o homem”.
4ª afirmação – falsa: na verdade, a estrutura mostra como os flagelos pertencem ao mundo externo e não interno do homem,
podendo ser apartados do homem. Há uma crítica ao olhar cientificista.

Resposta da questão 25. [E]

2ª afirmação – falsa: na primeira ocorrência, “às máquinas” é complemento nominal do termo “louvores”.
3ª afirmação – falsa: na verdade, o fragmento apenas sugere que Jorge dava muita atenção às máquinas, estabelecendo uma
hipótese do porquê disso: o fato de não ter filhos, como se as máquinas ocupassem, então, esse lugar.

Resposta da questão 26. [B]

As opções [A], [C], [D] e [E], são incorretas, pois

em [A] e [D], a próclise é obrigatória em orações que contenham palavra ou expressões negativas: não se esqueçam e “mas
não se ouve ninguém.
[C] Acontece mesóclise quando o verbo está no futuro do pretérito e não existe situação de próclise: acusar-me-iam.
[E] A próclise é obrigatória em orações optativas: que se prenda imediatamente.

Assim, é correta apenas [B].


Resposta da questão 27. [C]

As afirmativas [I], [II] e [IV] estão corretas. O verbo “É” tem o mesmo sujeito nas duas primeiras ocorrências. A colocação
pronominal em “Então, me explica...” está incorreta, visto que deveria ter sido utilizada próclise (explique-me) por consistir
em início de oração. Em “é um ramo teórico da ciência...”, há um predicativo do sujeito, o qual aparece logo na sequência do
verbo “é”.

Resposta da questão 28. [E]


2ª Falsa: Não se utiliza a próclise para iniciar períodos e, portanto, na segunda situação não é possível o seu uso.
4ª Falsa: A estrutura apenas revela que hoje em dia é difícil encontrar beija-flores e que antigamente isso era comum.

Resposta da questão 29, [B]


Estão incorretas as alternativas:
[A] “Nos divertindo até morrer” (ref. 4) é a tradução para o português do título do livro de Neil Postman, Amusing ourselves to
death. De acordo com a norma culta, o correto seria o uso da ênclise, em vez da próclise, uma vez que o título é iniciado
por verbo.
[C] A mudança ocasionaria alteração semântica na sentença. Em “... não têm esposas, nem filhos, nem amantes por quem
possam sofrer...” (ref. 9), o referente é “as pessoas”, e são elas que sofrem pelos amantes. Com a troca de “por quem” por
“os quais”, teríamos: “nem amantes os quais possam sofrer”, ou seja, os amantes é que sofreriam.
[D] Em “... não têm medo da morte; vivem na ditosa ignorância da paixão e da velhice...” (ref. 8) os termos sublinhados
exercem a função de complementos nominais dos substantivos a que se referem.

Resposta da questão 30. [C]


[A] Incorreta: em “faça-me” o pronome está depois do verbo e, portanto, temos o uso da ênclise.
[B] Incorreta: em “te darei” o pronome está antes do verbo e, portanto, temos o uso da próclise.
[D] Incorreta: a forma correta seria “cantá-la-ei”.
[E] Incorreta: em “me procurou”, o pronome está antes do verbo e, portanto, temos o uso da próclise.

Resposta da questão 31. [C]


[A] Incorreta: os verbos são intransitivos.
[B], [D] e [E] Incorretas: como os verbos “levar” e “esquecer” seguem uma vírgula, seria necessário o uso da ênclise. Nesse
caso, teríamos as formas “levamo-lo” e “esquecemo-lo”.

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