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com

FACULDADE SETE LAGOAS - FACSETE


Especialização em Harmonização Orofacial

Leonardo Gustavo Gerola

MICROAGULHAMENTO NA HARMONIZAÇÃO FACIAL

São Paulo – SP
2021
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Leonardo Gustavo Gerola

MICROAGULHAMENTO NA HARMONIZAÇÃO FACIAL

Monografia apresentada ao curso de


especialização Lato Sensu da Faculdade
Sete Lagoas - FACSETE, como requisito
parcial para obtenção do título de Especialista
em Harmonização Orofacial.

Orientadora: Profa. Dra. Cristiane Caran B. Alves.

São Paulo
2021
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Monografia intitulada “Microagulhamento na Harmonização Facial” de autoria do


aluno Leonardo Gustavo Gerola.

Aprovada em ___/___/___ pela banca constituída dos seguintes professores:

__________________________________________________________________
Profa. Dra. Cristiane Caran B. Alves – Faculdade de Tecnologia de Sete Lagoas
Orientadora.

___________________________________________________________
Prof. Dr - Faculdade de Tecnologia de Sete Lagoas

_______________________________________________________
Prof. Dr - Faculdade de Tecnologia de Sete Lagoas

São Paulo, 31 de Agosto 2021.

Faculdade Seta Lagoas - FACSETE


Rua Alameda Grajaú,60 – CEP 06454 -050 - Barueri - SP
Telefone (11)93211 - 6006 www.facsete.edu.br
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AGRADECIMENTOS

À Deus por ter me dado saúde e força para superar todas dificuldades do meu

caminho !

Por minha vida, família e amigos ( ainda que poucos).

Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de minha vida

profissional, e não somente nestes anos como universitário, mas que em todos os

momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer.

Pela oportunidade de fazer parte do inicio e crescimento do instituto Facial

Harmony a quem devo meus votos de carinho e gratidão.


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EPÍGRAFE

"Só encontraremos a paz no dia em que o amor for o alicerce do mundo e

tivermos a plena consciência que é somente Deus quem faz maravilhas."


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RESUMO

O microagulhamento ou indução percutânea de colágeno é uma técnica minimamente


invasiva, que utiliza instrumento ou equipamento com agulhas muita finas onde
perfura a pele, ativa os fatores de crescimento plaquetário responsáveis pela
estimulação dos fibroblastos para a produção de elastina e colágeno Tipo I
(neocolagênese), obtendo resultado de uma pele mais saudável e uniforme. Tem sido
muito estudado e utilizado para tratamento de várias patologias da pele como
fotoenvelhecimento, rugas, acne, cicatrizes de queimadura, cicatrizes cirúrgicas,
melasma, olheiras infraorbitais, teleangiectasia, estrias, celulite, alopecia, vitiligo, e
pode também auxiliar na deposição de substâncias terapêuticas tópicas conhecida
como a técnica “drug delivery”, tudo isto com a finalidade principal de
rejuvenescimento facial. O microagulhamento pode ser combinado com a aplicação
de luz laser e luz led, plasma rico em plaquetas (PRP), peelings químicos, células-
tronco, retinóides, produtos farmacêuticos e nutricêuticos. O procedimento é muito
eficaz, baixo índice de efeitos colaterais e tempo curto de recuperação do paciente.
Nesta revisão de literatura pôde apresentar que o microagulhamento oferece muitos
benefícios satisfatórios, uma vez que produz colágeno sem provocar danos a pele e
assim otimiza o rejuvenescimento facial.

Palavras-chave: Microagulhamento. Colágeno. Pele. Rejuvenescimento Facial.


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ABSTRACT

Microneedling or percutaneous collagen induction is a minimally invasive technique,


which uses an instrument or equipment with very fine needles where it pierces the skin,
activates the platelet growth factors responsible for the stimulation of fibroblasts for the
production of elastin and Type I collagen (neocollagenesis) , obtaining the result of a
healthier and more uniform skin. It has been extensively studied and used for the
treatment of various skin pathologies such as photoaging, wrinkles, acne, burn scars,
surgical scars, melasma, infraorbital dark circles, teleangiectasia, stretch marks,
cellulite, alopecia, vitiligo, and can also assist in the deposition of substances topical
therapies known as the “drug delivery” technique, all with the main purpose of facial
rejuvenation. Microneedling can be combined with the application of laser light and led
light, platelet-rich plasma (PRP), chemical peels, stem cells, retinoids, pharmaceutical
and nutritional products. The procedure is very effective, with a low rate of side effects
and a short recovery time for the patient. In this literature review, he was able to show
that microneedling offers many satisfactory benefits, since it produces collagen without
causing damage to the skin and thus optimizes facial rejuvenation.

Keywords: Microneedling. Collagen. Skin. Facial Rejuvenation.


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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Pele humana – Estrutura anexas da pele. Fonte:


www.escolaeducacao.com.br.....................................................................................15
FIGURA 2: Camadas da epiderme. Fonte: www.todamateria.com.br.........................16
FIGURA 3: Camadas da derme. Fonte: www.escolakids.uol.com.br..........................17
FIGURA 4: Camadas da hipoderme. Fonte: www.br.kairosweb.com..........................18
FIGURA 5: Ilustração da estrutura do colágeno. Fonte: www.biologianet.com...........20
FIGURA 6: Dermaroller e Dermapen. Fonte: www.google.com..................................22
FIGURA 7: (A) Dermaroller 540 microagulhas (B) Demaroller 192 microagulhas.
Fonte: www.dermaloja.com........................................................................................23
FIGURA 8: Caneta elétrica Dermapen para microagulhamento.................................25
FIGURA 9: Caneta dermastamp em forma de carimbo.Fonte: www.dermaloja.com..26
FIGURA 10: Quadrado vantagens do microagulhamento com Dermapen. Fonte:
www.contox.com.br....................................................................................................28
FIGURA 11: Microagulhamento na face. Fonte: www.ego.globo.com........................31
FIGURA 12: Ilustração da profundidade de agulhas. Fonte: Kolster; Paasch et al.,
2019............................................................................................................................32
FIGURA 13: ilustração “Drug Delivery”. Fonte: www.aiche.org...................................34
FIGURA 14 Ilustração da indicação dos pontos da face para microagulhamento.
Fonte: Chopra et al., 2015..........................................................................................35
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
2 PROPOSIÇÃO ................................................................................................ 13
3 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................14
3.1 BREVE HISTÓRICO DO MICROAGULHAMENTO ..................................... 14
3.2 PELE ............................................................................................................ 14
3.3 EPIDERME ................................................................................................... 15
3.4 DERME ......................................................................................................... 17
3.5 HIPODERME ................................................................................................ 18
3.6 ENVELHECIMENTO .................................................................................... 18
3.7 COLÁGENO ................................................................................................. 19
3.8 CONCEITO DE MICROAGULHAMENTO .................................................... 20
3.9 MECANISMO DE AÇÃO DO MICROAGULHAMENTO ............................... 21
3.10 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DO MICROAGULHAMENTO .................. 22
3.10.1 DERMAROLLER ..................................................................................... 23
3.10.2 DERMAPEN ............................................................................................ 24
3.10.3 DERMASTAMP ....................................................................................... 25
3.11 INDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO .............................................. 26
3.12 CONTRAINDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO ............................... 27
3.13 VANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO .............................................. 27
3.14 DESVANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO....................................... 29
3.15 CUIDADOS ANTES DO MICROAGULHAMENTO .................................... 29
3.16 PROCEDIMENTO DO MICROAGULHAMENTO ....................................... 29
3.17 PROFUNDIDADE DE PUNCÃO DO MICROAGULHAMENTO ................. 31
3.18 MICROAGULHAMENTO: “DRUG DELIVERY”........................................ 32
3.19 APLICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO HARMONIZAÇAO FACIAL 35
3.19.1 RUGAS PERIORBITAIS ......................................................................... 36
3.19.2 CICATRIZES ATRÓFICAS DE ACNE VULGAR .................................... 36
3.19.3 CICATRIZES DE QUEIMADURA ............................................................ 36
3.19.5 ENVELHECIMENTO DA PELE .............................................................. 37
3.19.6 REJUVENESCIMENTO ........................................................................... 37
3.20 CUIDADOS APÓS O MICROAGULHAMENTO ......................................... 38
3.21 ASSOCIAÇÃO TERAPÊUTICA DO MICROAGULHAMENTO .................. 38
3.22 EFEITOS ADVERSOS E LIMITAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO...... 39
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4 DISCUSSÃO ................................................................................................... 41
5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 45
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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com a estética, fizeram com que a população mundial se


mostrassem preocupada com a saúde, higiene e estética. Sendo assim, alguns vêm
adotando cuidados preventivos como a adoção de hábitos de vida saudáveis, a
realização regular de atividades físicas, a alimentação balanceada, o controle da
hipertensão arterial e da diabetes mellitus (WEIBRICH et al., 2002).
A partir da disponibilização das informações sobre a pele e seus tratamentos
para população em geral, as pessoas buscam cada vez mais ter uma pele com
aspecto saudável, viçosa, radiante, livre de manchas e cicatrizes ou qualquer
disfunção estética. Alguns tratamentos proporcionam uma pele com mais qualidade e
livre de imperfeições (MOREN,2009).
O microagulhamento é uma técnica indolor, simples e de tecnologia menos
invasiva. É indicada para aplicação de fármacos e ativos na pele, para
rejuvenescimento, cicatrizes de acne, estrias, redução de flacidez tissular, alguns
casos de alopecia, cicatrizes de queimadura (KALIL et al., 2015).
Lima; Souza; Grignoli (2015) relataram que o microagulhamento é uma opção
de tratamento para várias disfunções estéticas da pele, como cicatrizes de acne,
rejuvenescimento facial, estrias e lipodistrofia ginóide.
Na década de 90 na Alemanha surgiu a técnica do microagulhamento sob a
marca Dermarroler, porém apenas em 2006 a ideia deste equipamento começou a
se difundir por todo o mundo. O sistema roller, como a técnica é denominada, nada
mais é do que um rolo em forma de tambor pequeno cravejado com diversas agulhas
finas (0,1mm de diâmetro), feitos de aço inoxidável cirúrgico, em diferentes milímetros
de comprimento (0,5 a 3,0 mm) posicionados paralelamente em várias fileiras. Mais
recentemente surgiram a Dermopen no formato de caneta que é o sistema elétrico
automatizado do microagulhamento e o Dermastamp que é uma caneta em forma de
carimbo de micro agulhas extremamente finas que provocam micro punturas
(perfurações) na derme e epiderme. Estes equipamentos de uso estético provoca
micro lesões na pele, gerando um processo inflamatório local, com intensificada
proliferação celular (principalmente dos fibroblastos), fazendo com que aumente o
metabolismo celular deste tecido (derme e epiderme), incrementando a síntese de
colágeno, elastina e outras substâncias presentes no tecido, restituindo a integridade
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da pele (KLAYN; LIMANA; MOARES,2013).


Lima (2016) reporta que o microagulhamento traz uma proposta de um estímulo
na produção de colágeno sem provocar a desepitelização total, observadas nas
técnicas ablativas. A epiderme e a derme são perfuradas, mas não removidas. Dessa
maneira, mesmo rugas profundas resultantes da evolução da elastose na pele
fotoenvelhecida, que muitas vezes se comportam como cicatrizes profundas difíceis
de serem tratadas por outras técnicas, são melhoradas pelas agulhas. As
microagulhas rompem a rigidez e o enrijecimento visualizados frequentemente em
rugas profundas estáticas como observadas nas regiões peroral, fronte e região
perorbital, especialmente em indivíduos com a pele espessa e seborreica, bem como
em tabagistas.
Através deste trabalho de revisão de literatura destaque-se que a
bioestimulação de colágeno facial mecânica através do microagulhamento oferece
benefícios satisfatórios, sem provocar danos agressivos à pele e otimizando o
rejuvenescimento facial.
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2 PROPOSIÇÃO

O objetivo deste trabalho é desenvolver uma revisão de literatura sobre o


microagulhamento, demonstrando seus fundamentos e características destacando a
bioestimulação de colágeno facial de forma mecânica com a obtenção da
previsibilidade de resultados do rejuvenescimento facial.
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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 BREVE HISTÓRICO DO MICROAGULHAMENTO

O uso de agulhas para estimulação de colágeno começou em 1995, quando


Orentreich e Orentreich relataram o método chamado de subincisão para o tratamento
de cicatrizes. Em seguida, em 1997, Camirand e Doucet escreveram sobre o uso da
pistola de tatuagem sem pigmento como ferramenta de regeneração, através da
ruptura e da remoção do colágeno subepidérmico danificado seguido da substituição
por novas fibras de colágeno e elastina. Com base nestes princípios, Fernandes
desenvolveu, em 2006, a terapia de indução percutânea de colágeno (ORENTREICH;
ORENTREICH, 1995; FERNANDES, 2002).

3.2 PELE

A pele e o maior sistema orgânico do corpo humano, constitui em uma barreira


protetora do organismo contra agressões do meio externo, é dividida em três
camadas: epiderme, derme e hipoderme (SANTOS; OLIVEIRA, 2013).
Como orgão sensorial, a pele regula a temperatura corpórea, regula a produção
de vitamina D3, excreção de eletrólitos e outras substâncias, além de impedir a perda
de água e de proteínas para o meio externo. Entretanto nao se comporta como uma
barreira totalmente impermeavel, pois ha um gradiente de penetracao dependente
da concentracao e natureza da substancia penetrante (TESTON et al., 2010).
A epiderme e responsavel pela protecao e apresenta capacidade antioxidante
maior que a derme, por exemplo, abriga a vitamina C, um composto essencial que
sequestram radicais livres (PUHL et al., 2018).
A pele desempenha várias funções como proteção, sensibilidade, termo
regulação, função de secreção, absorção, respiração, reserva de lipídeos, produção
de vitamina D, cicatrização e função imunitária. A composição e de 70% de água,
sais minerais, proteínas, lipídeos e glicídios. Além disso, atua como uma barreira,
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evitando a perda de agua e mantendo a hidratação, ajuda a manter a elasticidade e a


firmeza da pele (SANTOS; OLIVEIRA, 2013; PUHL et al., 2018).
A pele e prontamente visualizada e, portanto, a sua integridade e de grande
importância psicológica e social, assim como fisiológica. Por estas razões, as
alterações morfológicas, devido ao próprio processo de envelhecimento, e outras, aos
efeitos cumulativos da exposição a luz solar ou outros fatores ambientais, que
acompanham o envelhecimento da pele frequentemente afetam o indivíduo tanto na
esfera funcional quanto psíquica, por isso o conhecimento da anatomia e fisiologia da
pele e fundamental para a compreensão dos processos patológicos, para melhor
indicação de métodos diagnósticos e terapêuticos (STRUTZEL et al., 2007; SANTOS
et al., 2018).

FIGURA 1: Pele humana – Estrutura anexas da pele

Fonte: www.escolaeducacao.com.br

3.3 EPIDERME

As camadas da pele se dividem em três e cada uma possui suas


características. A primeira é a epiderme, a única visível a olho nu, a camada mais
externa, nela encontramos glândulas, pelos, unhas e poros. Estão presentes nela
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também as células de Langerhans, responsáveis pela defesa, as células de Merkel,


responsáveis pela sensibilidade. É encontrado também na epiderme queratinócitos,
responsáveis pela formação de queratina, e melanócitos, responsáveis pela formação
de melanina, a qual pigmenta a pele (CARLSON, 2014).
A epiderme possui cinco divisões bem definidas, sendo elas: camada córnea,
camada lúcida, camada granulosa, camada espinhosa, camada basal. Na camada
córnea, a mais externa, é possível verificar através do microscópio células achatadas,
essas por sua vez, são células mortas, que não são mais úteis e acabam sendo
descartadas. Na camada lúcida, a qual está presente, apenas na pele da palma das
mãos e planta dos pés, ocorre a hidratação das estruturas mencionadas, essa camada
está predisposta apenas nessas áreas, porque palma da mão e planta do pé são áreas
que sofrem atrito maior em relação as outras áreas do corpo (AGUIAR et al., 2017).
Na camada granulosa, ocorre a produção de queratina. Na camada espinhosa,
temos a junção celulares desmossômicas. Por último na camada basal, é verificado a
presença de queratinócitos e melanócitos (VAZ et al., 2008).

FIGURA 2: Camadas da epiderme.

Fonte: www.todamateria.com.br
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3.4 DERME

Camada derme é localizada entre a epiderme e a hipoderme. Nela


encontramos fibroblasto, nervos, pelos, glândulas, vasos sanguíneos e entre outras
estruturas fundamentais para pele. A derme se divide em duas: derme papilar e a
derme reticular. Ambas extremamente importantes, e com suas particularidades
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
A derme papilar é responsável pela junção da membrana basal à rede de fibras
elásticas, que possui como característica tecido conjuntivo frouxo. Enquanto que a
derme reticular possui como característica tecido conjuntivo denso. Essas duas
camadas da derme possuem a função de dar elasticidade a pele, visto que, em ambas
há fibras elásticas (GARTNER; HIATT, 2007).

FIGURA 3: Camadas da derme.

Fonte: www.escolakids.uol.com.br
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3.5 HIPODERME

A derme é uma camada que separa epiderme da hipoderme, e uma


particularidade da hipoderme é a presença do tecido adiposo, ou seja, gordura. Essa
gordura no organismo representa a adenosina trifosfato (ATP), portanto com essa
informação entende-se que a camada da hipoderme é responsável pela reserva
energética. Além disso, possui em sua composição a rede microcirculatória e também
fibroblastos (RONTI et al., 2006).

FIGURA 4: Camadas da hipoderme

Fonte: www.br.kairosweb.com

3.6 ENVELHECIMENTO

Existe dois fatores pelos quais as pessoas envelhecem, o primeiro é o fator


cronológico ou intrínseco, inevitável para todos, visto que, com o tempo há diminuição
de elastina, colágeno, fibroblastos, alterações hormonais, redução das funções
metabólicas e biológicas. Há também fatores extrínsecos, ou seja, fatores externos,
que poderiam ser evitados, dependendo do estilo de vida de cada indivíduo. Pessoas
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que são tabagistas, etilistas, usuários de drogas ilícitas, comportamento sedentário,


com alimentação inadequada, tendem a ter um envelhecimento precoce (CASTRO et
al., 2013).
Na medida em que se envelhece a gravidade, a exposição ao sol, o uso de
medicamentos e drogas e o estresse da vida diária afetam a aparência física. A
genética também tem um papel fundamental no envelhecimento. Com o tempo,
mudanças ocorrem na forma e aparência do rosto, devido a alterações relacionadas
à idade no tônus da pele e elasticidade da pele facial, juntamente com a perda de
gordura, osso e cartilagem (CUNHA; PARAVIC; MACHADO, 2015).
A pele perde suas proteínas estruturais como colágeno, elastina, torna-se mais
solta e começa a ceder, o que contribui para um aspecto cansado e envelhecido. O
envelhecimento facial é um processo multifatorial que afeta diferentes camadas, que
contribuem para a formação de: rugas finas ao redor dos olhos e da boca, devido à
ação repetida dos músculos nessas áreas dinâmicas; vincos profundos entre o nariz
e a boca; papadas com contornos faciais menos definidos; bochechas maiores;
têmporas e pálpebras inferiores ocas, devido à perda de gordura e flacidez na pele
(FABBROCINI et al., 2009).

3.7 COLÁGENO

Borges (2010) define que o colágeno é uma proteína que se forma através de
diversos aminoácidos, estruturada fisiologicamente entrelaçada e bem organizada,
sendo sintetizado pelo fibroblasto, em toda região que houver tecido conjuntivo, de
forma espontânea a partir de estímulos, quando for necessário ao organismo, sua
função primaria dar suporte dentro da matriz extracelular.
Ferreira (2017) relata que a pele normal sintetiza colágeno dérmico que é
composto por 80% a 85% de colágeno tipo I (derme reticular) e 10% a 15% de
colágeno tipo III (derme papilar) é o colágeno que dá estrutura, elasticidade e firmeza
a pele, por esse motivo o mesmo é um forte componente na atuação
antienvelhecimento.
Ribeiro (2010) discorre que com o passar do tempo há perdas de
proteoglicanos na estrutura do colágeno, cuja função é ligar a molécula de colágeno
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na derme, fazendo a estabilização das fibras, extremamente importante para a


manutenção do arranjo de colágeno na derme.
Junqueira e Carneiro (2013) afirmaram que as fibrilas de colágeno são
formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denominadas
tropocolágeno, que consiste em três subunidades (cadeias polipeptídicas) arranjadas
em tríplice hélice.
Os vários tipos de colágeno resultam de diferenças na estrutura química dessas
cadeias polipeptídicas, e nos colágenos tipos I, II e lll as moléculas de tropocolágeno
se agregam em subunidades (microfibrilas) que se juntam para formar 10 fibrilas,
enquanto as fibrilas por sua vez formam as fibras que formarão os feixes (MESCHER,
2013).
FIGURA 5: Ilustração da estrutura do colágeno

Fonte: www.biologianet.com

3.8 CONCEITO DE MICROAGULHAMENTO

A técnica de microagulhamento também conhecida como indução percutânea


de colágeno (IPC), é um procedimento no qual se utilizam microagulhas com a
finalidade de provocar micropunturas na pele e estimular um processo inflamatório
com consequente produção de colágeno sem danificar totalmente a epiderme como
em outras técnicas ablativas (DODDABALLAPUR, 2009; FABBROCINI et al., 2009;
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GARG; BAVEJA, 2014; KALLURI; KOLLI; BANGA, 2011; LIMA, 2015; LIMA; LIMA;
TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015; PARK et al., 2010).

3.9 MECANISMO DE AÇÃO DO MICROAGULHAMENTO

O remodelamento mecânico da pele usando microagulhas médicas penetra na


profundidade correta, dependendo da condição da pele, a fim de alcançar a derme e
estimular a produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico. O tratamento funciona
causando micro lesões controladas que estimulam uma resposta de cura no corpo.
(AUST et al., 2010).
Microagulhamento possui um rolo de polietileno, possui aproximadamente 192
unidades de agulhas (em média) possuindo cada 0,25mm variando para 3,0 mm, elas
são de aço inoxidável, estéreis e estão alinhadas de maneira simétrica. A variação na
altura das agulhas permite perfurações de diferentes profundidades (LIMA et al.,
2013).
A prática do microagulhamento permite que macromoléculas e outras
substâncias que tem afinidade com a água sejam transportadas pelas vias de acesso
que surgem com o procedimento, as quais são pequenas lesões ocasionadas. Assim,
é um instrumento essencial para que a formulação cosmética com ativos possam estar
chegando e agindo na derme em dosagem fundamental para já suceder melhoras
mesmo com poucas sessões de tratamento (PITT, 2017).
Inicialmente é realizada perfuração na camada epiderme, os danos são
mínimos, essa simples perfuração gera um estímulo para produção de colágeno e
elastina na derme papilar. Do primeiro ao terceiro dia ocorre a fase inflamatória, essa
fase é a mais importante dentro do processo de cicatrização, porque ocorre a liberação
de citocinas e nutrientes que são direcionados para a área onde o microagulhamento
perfurou, estes por sua vez possui a função de remover as bactérias e restos
celulares, acelerando assim o processo de cicatrização (FULCO; SILVA, 2018)
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3.10 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DO MICROAGULHAMENTO

Para realizar o microagulhamento tem à disposição dos profissionais da área


da saúde o Dermaroller, o Dermanpen e o Dermastamp, que em sua forma estão
cravejadas diversas agulhas finas (0,1mm de diâmetro) que tradicionalmente varia
entre 192 a 540, feitos de aço inoxidável ou titânio cirúrgico, em diferentes milímetros
de comprimento 0,25 mm a 3,00 mm posicionados de forma paralela, enfileiradas.

FIGURA 6: Dermaroller e Demapen

Fonte: www.google.com
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3.10.1 DERMAROLLER

O Dermaroller para o rosto e corpo é um com 540 ou 192 microagulhas


extremamente finas, que provocam micropunturas (perfurações) na derme e
epiderme, induzindo e estimulando e producão abundante de colágeno, elastina e
outras substâncias regeneradoras da pele.
Os Dermarollers ou Skin Rollers são usados para tratar pequenas e grandes
áreas com objetivo estético e para aumentar a permeabilidade cutânea para
administracão de cosméticos e medicamentos de uso topico. Com perfuração
transdérmica da pele, ocorrer uma penetração muito maior do princípio ativo na área
perfurada do que na área onde não foi tratada. Além disso, a perfuração sequencial
das microagulhas exige uma menor pressão a ser exercida na pele, lesionando pouco
o tecido. Por isso, os dermarollers são uma maneira simples de aumentar a
permeabilidade da pele para a aplicação e administração de medicamentos de uso
tópico, otimizando de forma excelente (WWW.DERMALOJA.COM, 2021).

FIGURA 7: (A) Dermaroller 540 microagulhas (B) Demaroller 192 microagulhas

Fonte: www.dermaloja.com
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3.10.2 DERMAPEN

Dermapen é uma caneta elétrica de microagulhamento automático que permite


o encaixe e a troca de vários tipos de cartuchos com diferentes quantidades de
microagulhas muito finas na ponta, onde a medida da profundidade de perfuracão é
ajustada d acordo com a necessidade do microagulhamento.
Este aparelho foi desenvolvido para fazer a perfuração da pele com
movimentos de extensão e retração (sobe e desce) das microagulhas para estimular
e induzir a formação de colágeno e elastina, além de provocar uma rápida e intensa
renovacão celular.
O principal objetivo do aparelho é estimular a produção de colágeno e promover
a renovação celular, através das microlesões provocadas pelas microagulhas na pele.

As microagulhas penetram na pele por várias vezes causando micro ferimentos


e vermelhidão, formando microcanais que vao possibilitar a reação das células,
estimulando naturalmente a regeneração da pele, com a produção de colágeno,
elastina.de. ácido hialurônico e a liberacão de fatores de crescimento.
O mais indicado é iniciar o tratamento com perfuracões menores, com cerca de
0,2 mm de comprimento, e se necessário, poderá aumentar a medida de perfuração
para 0,5 mm de comprimento, principalmente quando o tratamento é realizado no
rosto e em casa. Se desejar remover estrias vermelhas, rugas, flacidez, cicatrizes
antigas ou cicatrizes de acne muito profundas, pode-se usar uma medida de
perfuração maior, como por exemplo de 1 mm de comprimento, mas nesse caso o
tratamento em casa não é recomendado. Com medidas de perfuração acima de 2 mm
de comprimento, o tratamento só pode ser feito com o profissional habilitado.
A inducão da produção de elastina e colageno proporcionada pelo
procedimento realizado com Dermapen é observada logo após a primeira sessão de
tratamento. O paciente percebe significativa melhora em cicatrizes, rugas, problemas
de pigmentação e melanoses, sua pele terá um aspecto notadamente rejuvenescido
(WWW.DERMALOJA.COM, 2021).
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25

FIGURA 8: Caneta elétrica Dermapen para microagulhamento

Fonte: www.dermaloja.com

3.10.3 DERMASTAMP

Dermastamp é uma caneta em forma de carimbo de micro agulhas


extremamente finas com 35 agulhas, que provocam micro punturas (perfurações) na
derme epiderme, induzindo e estimulando e produção abundante de colágeno,
elastina e outras substâncias regeneradoras da pele.
Durante o processo de aplicação, ocorre a formação um novo tecido mais firme
regenerando as imperfeicões.
Os Dermastamps são usados para tratar pequenas áreas localizadas com
objetivo estético e para aumentar a permeabilidade cutânea para administração de
cosméticos e medicamentos de uso tópico. Com perfuração transdérmica da pele,
ocorrer uma penetração muito maior do princípio ativo na área perfurada do que na
área onde não foi tratada. Além disso, a perfuração sequencial das micro agulhas
exige uma menor pressão a ser exercida na pele lesionando pouco o tecido. Por isso,
os dermarollers são uma maneira simples de aumentar a permeabilidade da pele para
a aplicação e administracão de medicamentos de uso tópico, otimizando de forma
excelente seus resultados (WWW.DERMALOJA.COM, 2021).
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FIGURA 9: Caneta Dermastamp em forma de carimbo

Fonte: www.dermaloja.com

3.11 INDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO

Microagulhamento é uma técnica que trabalha com dois objetivos sendo o


primeiro é estimular à produção de colágeno como nos casos de rejuvenescimento
melhorando os aspectos de textura, cor e brilho da pele; nos tratamentos de flacidez
tissular e amenização de rugas e linhas de expressão, aumentando o volume da área
tratada; e nos tratamentos de estrias, cicatrizes de acne e cicatrizes hipertróficas pós
queimaduras (DODDABALLAPUR, 2009; KALIL et al., 2015a; LIMA; LIMA; TAKANO,
2013; MOETAZ EL-DOMYATI et al., 2015; NEGRÃO, 2015).
O segundo objetivo do microagulhamento é o aumento da permeação de ativos,
também conhecido como “drug delivery”, veiculando ativos como a vitamina C e o
retinol (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015).
Outras indicações da técnica são pele desvitalizada e desnutrida, alopécias não
cicatriciais, melasma e hidrolipodistrofia ginóide (HLDG). Essa última ainda não há
comprovação através de pesquisas cientificas, mas há indicações de alguns autores
(NEGRÃO, 2015).
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3.12 CONTRAINDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO

As contraindicações têm-se como no câncer de pele, ceratose solar, verrugas,


infecções de pele, pacientes em uso de anticoagulantes, quimioterapia, radioterapia
ou corticoterapia, diabetes mellitus não controlada, rosácea e acne nas fases ativas,
uso de isotretinoína oral com pausa menor de seis meses e pele queimada de sol. O
quelóide não é uma contraindicação absoluta, porém faltam ensaios clínicos nesse
tipo de disfunção inestética. O que se sabe é que o fator de crescimento transformador
TGF-β3 coordena a produção de TGF-β1 e TGF-β2 melhorando, assim, o colágeno
que será depositado. Além disso, há aumento de liberação do fator de crescimento
derivado de plaquetas (PDGF) atraindo os monócitos e liberação de interleucina-10 a
qual é anti-inflamatória e melhora o aspecto do quelóide (NEGRÃO, 2015).
Dias (2016) também sinaliza as contraindicações do microagulhamento como
casos de cicatrizes com quelóide, doença vascular, distúrbio hemorrágico, diabetes,
uso de anticoagulantes, câncer de pele, alergia ao metal, lesões de pele causada pelo
sol, verrugas, infecção cutânea, pele sensível, gravidez, acne, herpes ativo, rosácea
ativa e o Roacutan.

3.13 VANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO

Várias são as vantagens do microagulhamento:

1) estímulo da produção de colágeno sem desepitelização total;


2) o tempo de recuperação é mais curto e os efeitos colaterais são menores quando
comparados às técnicas ablativas;
3) a pele resultante fica mais espessa e resistente, ao contrário das técnicas ablativas
em que a pele pode sofrer alterações cicatriciais e pigmentares caso não seja tomado
os cuidados adequados;
4) pode ser realizado em todo biotipo e fototipo cutâneo;
5) menor custo em relação às técnicas com alto investimento;
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6) o equipamento é portátil e versátil o que permite aplicações faciais, corporais e


capilares;
7) possibilidade de desenvolvimento de vários protocolos e planos de tratamentos em
diferentes regiões do corpo, inclusive em áreas de difícil acesso onde peelings e lasers
não podem ser aplicados;
8) obtenção de resultados efetivos em poucas sessões;
9) possibilidade de maximização de tempo, uma vez que pode ser realizada várias
regiões numa mesma sessão;
10) pode ser realizado até mesmo no verão (FABBROCINI et al., 2009; GARG;
BAVEJA, 2014; KALIL et al., 2015a; KALIL et al., 2015b; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013;
MOETAZ EL-DOMYATI et al., 2015; NEGRÃO, 2015).

FIGURA 10: Quadrado vantagens do microagulhamento

Fonte: www.contox.com.br
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3.14 DESVANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO

As desvantagens se baseiam assim discriminadas:


1) é um tratamento que requer técnica e treinamento;
2) requisita do profissional avaliação minuciosa do cliente e amplo conhecimento em
cosmetologia, recursos elétricos e fisiologia a fim de elaborar um plano de um
tratamento compatível com os resultados que são possíveis de se obter;
3) demanda tempo de recuperação se a injúria provocada for de moderada a profunda;
4) possível risco de contaminação se mal aplicado;
5) alguns clientes não gostam de tratamento com agulhas; e,
6) necessidade de anestésico em agulhas de maior comprimento (LIMA; LIMA;
TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015).

3.15 CUIDADOS ANTES DO MICROAGULHAMENTO

Nos cuidados antes de iniciar as sessões de microagulhamento é importante


realizar limpeza, tonificação e proteção solar pois estes cuidados fazem parte do
tratamento e devem ser usados diariamente pelo cliente, associando cosméticos
hidratantes com fatores de crescimento, vitamina C, clareadores, produtos adequados
ao biotipo e fototipo de pele e a finalização com fator de proteção solar.
Esses cuidados diários fazem com a pele esteja hidratada e nutrida melhorando
assim a eficácia da técnica, é preciso interromper o uso de qualquer ácido na pele
entre 72 e 48 horas antes de se submeter ao procedimento.
Primeiramente, os cuidados necessários para microagulhar que devem iniciar
30 dias antes da aplicação:
 Primeira sessão aplicação de protocolo de limpeza de pele profunda
 Segunda sessão aplicação de hidratação profunda
 Terceira sessão revitalização da pele com associação de ativos
fundamentais como Vit. C, ácidos de baixa concentração, ativos normalizadores da
pigmentação, sempre respeitando a queixa da cliente e necessidade da pele
 Quarta sessão microagulhamento com uso de fator de crescimento
(WWW.EXTRATOSDATERRA.COM.BR, 2021).
3.16 PROCEDIMENTO DO MICROAGULHAMENTO
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O profissional deverá realizar uma avaliação criteriosa do tipo e aspectos gerais


da pele, visto que, a escolha do comprimento da agulha a ser usada depende do grau
da injúria que se deseja provocar: leve, moderada ou profunda. Em se tratando de
pele envelhecida, deve-se considerar os seguintes itens como a espessura da pele,
profundidade das rugas, flacidez, intervenção sequenciada, injúria profunda, sendo
recomendado um preparo prévio da pele que deve se iniciar, preferencialmente duas
a quatro semanas antes da realização do procedimento (LIMA, 2016).
Após o preparo da pele por esse período, deve - se realizar o procedimento
inicialmente com uma assepsia na pele do paciente, fazendo uso do álcool 70%, com
auxílio de um algodão, em seguida realizar uma limpeza da pele, fazendo uso de um
gel de limpeza próprio para face, retirando o mesmo com um algodão, podendo ser
utilizado também nessa etapa um esfoliante facial, e se o mesmo for utilizado, após a
esfoliação retirar o produto com uma gaze seca. Feito isso, é realizada a aplicação
tópica de um anestésico, sendo que este deverá ter em seus compostos a Lidocaína
a 2,5 %, e Prilocaína a 2,5%, após aguardar de 10 a 30 minutos para que o anestésico
faça efeito na epiderme, a técnica pode ser iniciada. É importante ressaltar que o
paciente pode sentir incomodo durante o procedimento mesmo com a aplicação do
anestésico devido a epiderme ser uma barreira para a penetração do mesmo (LIMA;
LIMA; TAKANO, 2013; LIMA, 2015; LUZ; SIQUEIRA; PEREIRA, 2017).
Luz; Siqueira; Pereira (2017) recomendaram para realizar a técnica do
microagulhamento é necessário retirar o excesso de anestésico da pele do paciente,
para isso, é utilizada uma gaze com soro fisiológico 0,9%, a medida que o profissional
for passar o dermarroler, ou a dermapen, deve-se retirar o excesso do anestésico. A
técnica do microagulhamento fazendo uso do dermarroler é simples, são realizados
movimentos de ida e volta sobre a superfície da epiderme, sendo que estes
movimentos podem ser realizados na diagonal, horizontal e vertical, repetindo estes
no mínimo quatro vezes na mesma região.
Uma técnica para segurar o dermarroler é o profissional envolver os dedos
indicador, médio, anelar, e mínimo no corpo do dermarroler, enquanto que o polegar
estará no início do instrumento promovendo a pressão adequada para perfurar a
epiderme, sendo que esta, a pressão, não pode passar de 6 Ncm. Para realizar a
técnica com a dermapen, é só selecionar o tamanho desejado para a agulha e apertar
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o botão dela que ela mesma já tem a pressão e velocidade modulada, basta o
profissional apertar o botão dela (CRUZ; LUBI, 2017).
Pretel (2019) reforça que o microagulhamento é um procedimento técnico-
dependente. A familiarização com o aparelho usado e o domínio da técnica são fatores
que influenciam diretamente o resultado final. A pressão vertical exercida sobre o roller
não deve ultrapassar 6 Ncm, pois força superior poderá levar a danos em estruturas
anatômicas mais profundas, e mais dor que o esperado.

FIGURA 11: Microagulhamento na face.

Fonte: www.ego.globo.com

3.17 PROFUNDIDADE DE PUNCÃO DO MICROAGULHAMENTO

Profundidades de punção variando de 0,5 a um máximo de 2,0mm são


melhores na clínica. Essas profundidades atingem a camada da membrana basal,
induzindo sangramentos petequiais mínimos na derme papilar. Isso é suficiente para
ativar a cascata de sinal TGF-B3, com sintese de colágeno e efeito regenerador da
pele. As lesões intradérmicas sāo tão pequenas que dificilmente há tempo de
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inatividade.
A escolha da profundidade de penetração depende:

 Localizacão;
 Condição da pele do indivíduo;
 Efeito desejado.
A espessura da derme e epiderme varia na face, e as variações relacionadas à
idade das pessoas idosas geralmente é mais frágil e fina, de modo que profundidades
de punção de 0,5-0,8mm podem ser suficientes.

FIGURA 12: Ilustração da profundidade de agulhas.

Fonte: Kolster; Paasch et al., 2019.

3.18 MICROAGULHAMENTO: “DRUG DELIVERY”

No que se diz respeito ao “drug delivery”, a definição do ativo bem como sua
formulação é de extrema importância uma vez que suas características determinam a
permeação, absorção e potencial de irritação da pele. O veículo ideal é aquele que
não provoca ardência ou outro desconforto para o cliente, além de ser um fator
decisivo para o alcance de bons resultados. O uso de cosmecêuticos associados com
sistemas de liberação também é de grande valia, pois, estes últimos permitem maior
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disponibilidade do ativo e segurança além de redução de irritação cutânea devido à


veiculação de menor quantidade do ativo (KALIL et al., 2015).
A administração transdérmica de drogas possui muitos benefícios, visto que
reduz a possibilidade de a droga ter baixa absorção, ou que aconteça uma degradação
enzimática no trato gastrointestinal, ou que ela sofra os primeiros efeitos pela
administração oral, e até mesmo evita a dor de uma administração via intravenosa ou
intramuscular (BADRAN; KUNTSCHE; FAHR, 2009; PRAUSNITZ, 2004).
Hansen (2013) em seu trabalho diz que o microagulhamento tem potencial de
ser uma tecnologia de transformação na entrega de vários ativos, fármacos e até
mesmo vacinas, pois, o sistema de entrega de drogas da técnica permite um
tratamento melhor com administração de níveis mais baixos das drogas para atingir
os mesmos objetivos terapêuticos. Afirma ainda que muitos estudos com o intuito de
determinar o potencial da entrega intradérmica a fim de melhorar a eficácia de
determinados fármacos têm sido realizados desde o início da década de e que desde
então estes estudos revelaram que a entrega intradérmica permite uma absorção mais
rápida, níveis sanguíneos de pico mais elevado e aumento de biodisponibilidade de
algumas terapias quando comparados às vias de administração convencionais.
Prausnitz (2004) relata que as microagulhas fornecem um meio minimamente
invasivo para o transporte de moléculas na pele. As microagulhas rompem a estrutura
do estrato córneo e criam orifícios para passagem de moléculas. Acredita-se que os
tamanhos desses orifícios são de escala nanométrica o que evita danos com
significância clínica, mas suficientes para o transporte de ativos pequenos e até
mesmo macromoléculas. Além disso, expõe que estudos em seres humanos
revelaram que as microagulhas são indolores mesmo atingindo a derme superficial
em consequência do tamanho das agulhas que provavelmente não alcançam os
nervos ou são incapazes de estimular uma sensação dolorosa. Visto isso, sugere que
o uso das microagulhas representa uma tecnologia promissora para administração de
compostos terapêuticos através da pele.
Schoellhammer, Blankschtein, Langer (2014) mencionaram que o comprimento
das agulhas não penetra profundamente o suficiente para gerar estímulos dolorosos,
tornando a técnica com microagulhas indolor. Além disso, a duração pela qual os
ativos se difundem pela pele após o microagulhamento depende do tempo de vida da
abertura dos poros criados que reduz significativamente em 15 minutos.
Park et al. (2010) desenvolveram um rolo de microagulhas de polímero que foi
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capaz de perfurar a pele e aumentar a permeabilidade da mesma. A quantidade de


droga administrada na pele foi determinada pelo número de orifícios criados pelas
microagulhas bem como a concentração e formulação da droga, entre outros fatores.
A distribuição uniforme da droga no interior da pele, devido à lenta taxa de
difusão lateral, exige que as microagulhas tenham um espaçamento maior ou que se
faça múltiplas passagens do rolo de microagulhas sobre a pele para aumentar a
densidade do orifício.
Chawla (2014) realizou um estudo comparativo inicialmente com 30 pacientes
onde realizava a técnica de microagulhamento com plasma rico em plaquetas (PRP)
com concentração plaquetária de 8-9 lakhs/μl de um lado da face e com vitamina C a
15% do outro lado. Dos 30 pacientes, 23 tiveram redução das cicatrizes em 1 ou 2
graus na escala de classificação, porém os resultados com microagulhamento
associado ao PRP foram mais satisfatórios em alguns tipos de cicatrizes que o
microagulhamento associado a vitamina C. A vitamina C se mostrou mais eficaz no
tratamento de hiperpigmentação pós inflamatória secundária à acne, além de
melhorar os aspectos de firmeza e suavidade da pele.

FIGURA13: Ilustração “Drug Delivery”

Fonte: www.aiche.org
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3.19 APLICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO NA HARMONIZAÇAO FACIAL

O microagulhamento é um tratamento de beleza que faz muito sucesso na


estética facial, esse procedimento funciona e deixa a pele do rosto mais bonita e
harmônica e várias são as indicações como rugas periorbitais, cicatrizes tróficas de
acne vulgar, cicatrizes de queimadura, melasma, envelhecimento da pele,
rejuvenescimento.

FIGURA 14: Ilustração da indicação dos pontos da face para microagulhamento

Fonte: Chopra et al., 2015.


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3.19.1 RUGAS PERIORBITAIS

Fabbrocini et al. (2009) demonstraram que através de resultados com o


microagulhamento é uma técnica simples e que, com uma ferramenta especializada,
pode ter um “efeito imediato” sobre a melhora das rugas periorbitais, constataram a
suavidade da superfície da pele, obtiveram consistência com os dados clínicos
mostrando uma grande melhora das rugas finas e da rugosidade após o
microagulhamento.

3.19.2 CICATRIZES ATRÓFICAS DE ACNE VULGAR

Evangelista (2013) descreve a eficácia da técnica de microagulhamento em


cicatrizes atróficas de acne vulgar. A acne vulgar é uma patologia que acomete a
unidade pilossebácea, resultando em um bloqueio da secreção do sebo pelo aumento
da proliferação dos queratinócitos via estímulo hormonal. Segundo a autora, após
cinco sessões de microagulhamento com intervalo de 15 dias cada uma, observou-se
uma melhora significativa das cicatrizes, reduzindo sua profundidade e atenuando os
orifícios dilatados. O método mostrou-se eficaz, rápido, seguro e não invasivo para o
tratamento de cicatrizes atróficas, em razão da injúria provocada na pele e,
consequente, do estímulo na síntese de colágeno e do remodelamento do tecido.

3.19.3 CICATRIZES DE QUEIMADURA

Aust et al (2010) também realizaram um estudo avaliando a eficácia da técnica


em cicatrizes de queimadura. Para tanto, o procedimento foi realizado em 16
pacientes, os quais foram submetidos a sessões de microagulhamento. Após a
aplicação completa da técnica, a melhora da qualidade da pele mostrou-se bastante
significativa.
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3.19.4 MELASMA

Bergmann; Bergmann; Silva (2014) relataram que o microagulhamento também


se mostrou eficaz no tratamento de melasma e envelhecimento associado ao uso de
ativos cosméticos. O melasma é uma disfunção hipercrômica comum que acomete a
face de mulheres que se expõem ao sol sem fotoproteção. Pode ser classificado como
epidérmico, dérmico ou misto.

3.19.5 ENVELHECIMENTO DA PELE

Fernandes e Signorini (2008) demonstraram que a técnica de


microagulhamento é eficiente no tratamento de sinais de envelhecimento, assim como
nos tratamentos de cicatrizes de acne e de queimaduras.
Fabbrocini et al. (2011) reforçaram a ideia de que a indução percutânea de
colágeno é efetiva no tratamento do envelhecimento, realizaram um procedimento a
fim de rejuvenescer a pele do pescoço de oito indivíduos. Com duas sessões de
microagulhamento, observaram uma melhora de 90% dos pacientes, comprovando
que o tratamento gera resultados positivos.

3.19.6 REJUVENESCIMENTO

Lima, Lima e Takano (2013) verificaram o uso do microagulhamento como


forma de veicular ativos com Retinol e Vitamina C para fim de rejuvenescimento.
Observaram que o uso isolado dessa técnica promove melhora na textura, na
coloração e no brilho de peles envelhecidas.
Singh e Yadav (2016), o microagulhamento em peles maduras é realizado,
devido aos efeitos gerados após o tratamento como a pele com aparência “juvenil”, já
que reduz as linhas finas e as rugas, a redução do tamanho do poro, e o aumento a
elasticidade e flexibilidade do tecido. Esses efeitos de rejuvenescimento devem-se a
partir da injúria causada pelas microperfurações, que levam a formação de novas
fibras de colágeno (tipo I, III, VII) e elastina além da reorganização das fibras antigas,
assim como o processo de angiogênese, com a formação de novos vasos.
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3.20 CUIDADOS APÓS O MICROAGULHAMENTO

Após o microagulhamento, a pele pode apresentar leve descamação,


vermelhidão, ardor e um leve edema, além de sensibilidade ao frio, calor e
principalmente ao sol, indica-se água termal para atenuar os sintomas.
Não é recomendado o uso de nenhum FPS por até 12h após ter realizado o
microagulhamento e após esse período o fotoprotetor é obrigatório.
Evite exposição solar nos primeiros 30 à 45 dias e sempre usar filtro solar
adequado a pele, se puder use com cor para potencializar a proteção, lembrando de
reaplicar o fotoprotetor conforme a recomendação na embalagem do produto.
Entre todos esses cuidados, vale salientar que hidratação é a chave de tudo !
Precisa-se beber água, pois é essencial para manter a pele saudável potenciali
zar o resultado de qualquer tratamento estético.
(WWW.EXTRATOSDATERRA.COM.BR, 2021).

3.21 ASSOCIAÇÃO TERAPÊUTICA DO MICROAGULHAMENTO

O microagulhamento é um tratamento inovador e os efeitos da técnica


associados a diferentes ativos proporcionam o rompimento das fibras de colágeno
antigas, aumentando a renovação e crescimento de novas fibras proporcionando para
a pele uma aparência saudável e mais uniforme. As vantagens de cada ativo usado
individualmente demonstram que é fundamental a associação de produtos para a
estimulação e formação de novo colágeno (SARAIVA LPPG, et al., 2018; PITASSI
LHU, et al., 2019).
As associações são necessárias para promover uma resposta rápida ao
tratamento em geral são feitas nos intervalos de aplicação do microagulhamento,
porém podem ter indicação pré ou pós início do tratamento, das mais utilizadas são:
1 - Peeling químico – técnica consiste em promover a descamação da camada córnea
da pele. Usa-se ácidos de acordo com a necessidade, ou seja, para hipercromias (ac.
Lático, Salicílico, etc.), para acne (ac. Mandélico), para fotoenvelhecimento (ac.
Glicólico);
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2 - Luz intensa pulsada (LIP) – utilizada nos intervalos de tratamento de


fotoenvelhecimento e hiperpigmentação.
3 - Radiofrequência (RF) e Carboxiterapia – com o objetivo de estimular a produção
de colágeno, sugere-se o uso pré tratamento com microagulhamento.
4 - Vacuoterapia – associada ao tratamento de celulite, pode ser utilizada pré ou
durante o tratamento.
Lima (2015), apresentou a associação do peeling de fenol 88% ao
microagulhamento no tratamento de flacidez, rugas e cicatrizes de acne na face. Na
avaliação clínica e por fotografias, o autor considerou os resultados de bom a muito
bom na escala que incluía as categorias muito bom, bom, razoável e ruim. No
questionário de satisfação, 100% dos pacientes relataram satisfação com os
resultados. Hiperpigmentação pós-inflamatória moderada foi observada em sete dos
28 pacientes, tendo sido revertida com despigmentante no prazo de 30 a 45 dias.
Porwal et al. (2018) visaram comparar o uso do Dermaroller combinado com
PRP e o Dermaroller isolado. Os resultados demonstraram uma diferença
significativamente positiva com o uso combinado de Dermaroller com PRP,
alcançando uma melhora de 58,58%. Além disso, os autores observaram uma
melhora na qualidade de vida desses pacientes. Neste estudo foram utilizados o teste
chi-quadrado e o teste t para avaliar os resultados.

3.22 EFEITOS ADVERSOS E LIMITAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO

Negrão (2015) as complicações devido ao microagulhamento podem acontecer


por fatores diversos: escolha do equipamento, execução inadequada, uso de
substância com potencial alergênico, má associação terapêutica, entre outros.
Algumas reações no entanto, são inerentes à técnica como: sangramento durante a
sessão, hiperemia, dor local, descamação e edema. São características de qualquer
processo inflamatório. Poderá haver também marcas de arranhões quando o
equipamento for arrastado ou se o paciente se movimentar muito durante o
procedimento. A hipercromia pós inflamatória ocorrerá caso haja exposição solar. A
pele também poderá liberar exsudato seroso logo após a aplicação e depois cessa. O
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quadro infeccioso ocorre por manuseio inadequado, Kumar et al. afirma que pode
haver infecção bacteriana por meio do microagulhamento.
Saraiva et al. (2018) relataram que os efeitos colaterais de forma geral são
mínimos, nos estudos das 17 voluntárias apenas duas ocorreu piora inicial após a
segunda sessão, mas com relação ao componente vascular houve melhora após as
sessões subsequentes. Mas observou-se surgimento de pápula eritematosa em uma
voluntária que foi relacionada ao uso do creme cicatrizante, solucionado após a
substituição do produto. Relacionando com as queixas álgicas durante o tratamento,
todas as pacientes definiram como tolerável e nenhuma solicitou a interrupção do
tratamento por esse motivo.
O grau de desconforto foi considerado tolerável por 70% das pacientes, e 30%
informaram não ter sentido dor. Todos os pacientes relataram ter retornado suas
atividades imediatamente após o procedimento (LIMA EVA, et al., 2013). Segundo
Pitassi LHU, et al. (2019), apenas três pacientes em seu estudo apresentaram algum
tipo de sintoma na região logo após o tratamento com roller. Entre eles, eritema com
dor, ressecamento cutâneo excessivo com leve ardência.
Amplo cuidado deve ser tomado com o tratamento de pessoas com 65 anos ou
mais com a pele muito fina. Quanto maior a faixa etária, mais longa a preparação da
pele é recomendada antes do tratamento. Embora, alguns autores descrevam que
este tratamento é comprovadamente seguro e adequado para todos os tipos de pele,
muito cuidado deve ser tomado no tratamento das peles de classificação Fitzpatrick
IV-VI (IV Morena Moderada, V Morena Escura, VI Negra) (COHEN; ELBULUK, 2016;
ALSTER; GRAHAM, 2018).
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4 DISCUSSÃO

O microagulhamento é uma técnica indolor, simples e de tecnologia menos


invasiva, utiliza equipamento chamado de Dermaroller, Dermanpen e o Dermastamp,
que em sua forma estão cravejadas diversas agulhas finas.
O Dermaroller para o rosto e corpo é um equipamento com 540 microagulhas
extremamente finas, que provocam micropunturas (perfurações) na derme e
epiderme. O Dermapen é uma caneta elétrica de microagulhamento automático que
permite o encaixe e a troca de vários tipos de cartuchos com diferentes quantidades
de microagulhas muito finas na ponta. Dermastamp é uma caneta em forma de
carimbo de micro agulhas extremamente finas com 35 agulhas (www.dermaloja.com,
2021).
Esta técnica trabalha com dois objetivos a primeira estimular à produção de
colágeno como nos casos de rejuvenescimento e a segunda é o aumento da
permeação de ativos, também conhecido como “drug delivery”, veiculando vários
ativos cosmecêuticos (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015).
O estímulo a produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico se faz
inicialmente com perfuração na camada epiderme, os danos são mínimos, essa
simples perfuração gera um estímulo para produção de colágeno e elastina na derme
papilar. Do primeiro ao terceiro dia ocorre a fase inflamatória, essa fase é a mais
importante dentro do processo de cicatrização, porque ocorre a liberação de citocinas
e nutrientes que são direcionados para a área onde o microagulhamento perfurou,
estes por sua vez possui a função de remover as bactérias e restos celulares,
acelerando assim o processo de cicatrização (FULCO; SILVA, 2018).
O mecanismo de ação “drug delivery” significa rolar o equipamento sobre a
pele, microcanais são criados e dessa forma os cosméticos ou formulações aplicadas
em sequência permeiam de forma muito mais eficaz e rápida. A administração
transdérmica de drogas possui muitos benefícios, visto que reduz a possibilidade de
a droga ter baixa absorção, ou que aconteça uma degradação enzimática no trato
gastrointestinal, ou que ela sofra os primeiros efeitos pela administração oral, e até
mesmo evita a dor de uma administração via intravenosa ou intramuscular (BADRAN;
KUNTSCHE; FAHR, 2009; PRAUSNITZ, 2004).
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O procedimento para realizar o microagulhamento tem protocolo básico a ser


seguido antes do tratamento e após o tratamento. O profissional deverá realizar uma
avaliação criteriosa do tipo e aspectos gerais da pele, visto que, a escolha do
comprimento da agulha a ser usada depende do grau da injúria que se deseja
provocar como leve, moderada ou profunda. A aplicação tópica de um anestésico,
sendo que este deverá ter em seus compostos a Lidocaína a 2,5 %, e Prilocaína a
2,5%, após aguardar de 10 a 30 minutos para que o anestésico faça efeito na
epiderme, a técnica pode ser iniciada. A escolha da profundidade de penetração
depende localização, condição da pele do indivíduo e efeito desejado (LIMA, 2016;
(LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; LIMA, 2015; LUZ; SIQUEIRA; PEREIRA, 2017;
KOLSTER; PAASCH, 2019).
Pretel (2019) comenta sabiamente e com precisão técnica que o
microagulhamento é um procedimento técnico-dependente, a familiarização com o
aparelho usado e o domínio da técnica são fatores que influenciam diretamente o
resultado final. A pressão vertical exercida sobre o roller não deve ultrapassar 6 Ncm.
A técnica do microagulhamento vem sendo utilizada em vários procedimentos
estéticos, é um tratamento de beleza que faz muito sucesso na estética facial, várias
são as indicações como rugas periorbitais, cicatrizes tróficas de acne vulgar, cicatrizes
de queimadura, melasma, envelhecimento da pele, rejuvenescimento.
Geralmente recomenda-se quatro sessões de tratamento com
microagulhamento, cuidados necessários para microagulhar com início 30 dias antes
da aplicação. N a primeira sessão aplicação de protocolo de limpeza de pele profunda;
na segunda sessão aplicação de hidratação profunda; na terceira sessão revitalização
da pele com associação de ativos fundamentais como Vit. C, ácidos de baixa
concentração, ativos normalizadores da pigmentação, sempre respeitando a queixa
da cliente e necessidade da pele e na quarta sessão microagulhamento com uso de
fator de crescimento (www.extratosdaterra.com.br, 2021).
O microagulhamento se mostrou eficaz no tratamento de sinais de
envelhecimento, assim como nos tratamentos de cicatrizes de acne e de queimaduras
(FERNANDES; SIGNORINI, 2008).
Fabbrocini et al. (2011) reforçaram que o microagulhamento é efetivo no
tratamento do envelhecimento, realizaram um procedimento a fim de rejuvenescer a
pele do pescoço de oito indivíduos. Com duas sessões de microagulhamento,
observaram uma melhora de 90% dos pacientes, comprovando que o tratamento gera
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resultados positivos.
O uso do microagulhamento é uma forma de veicular ativos com Retinol e
Vitamina C para fim de rejuvenescimento e que o isolado dessa técnica promove
melhora na textura, na coloração e no brilho de peles envelhecidas (Lima, Lima e
Takano (2013).
Singh e Yadav (2016), demonstraram que no rejuvenescimento o
microagulhamento em peles maduras é realizado, devido aos efeitos gerados após o
tratamento como a pele com aparência “juvenil”, já que reduz as linhas finas e as
rugas, a redução do tamanho do poro, e o aumento a elasticidade e flexibilidade do
tecido.
Realizar associações terapêuticas ao microagulhamento são necessárias
para promover uma resposta rápida ao tratamento e em geral são feitas nos intervalos
de aplicação do microagulhamento, porém podem ter indicação pré ou pós início do
tratamento e as mais utilizadas são o peeling químico, luz intensa pulsada,
radiofrequência e carboxiterapia (SARAIVA LPPG, et al., 2018; PITASSI LHU, et al.,
2019).
Por fim encontra-se nas complicações devido ao microagulhamento
acontecimentos por fatores diversos como escolha do equipamento, execução
inadequada, uso de substância com potencial alergênico, má associação terapêutica,
entre outros e algumas reações no entanto, são inerentes à técnica como o
sangramento durante a sessão, hiperemia, dor local, descamação e edema
(NEGRÃO, 2015).
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5 CONCLUSÃO

O microagulhamento demonstra ser um tratamento promissor na estética facial,


estimula a produção de colágeno, elastina e aumenta a permeação de ativos
conhecido como “drug delivery”, levando cosmecêutico para o interior da pele.
Esta técnica vem sendo utilizada em novos tratamentos e desafios promissores
de melhora estética e auto estima de forma isolada ou em conjunto com terapia
convencional nas disfunções que estão associadas a alterações da derme, como
rejuvenescimento facial, rugas, cicatrizes e queimaduras.
Através do microagulhamento ocorre os efeitos fisiológicos diretamente
relacionados à resposta imunológica devido a um processo inflamatório, podendo
apresentar resultados promissores, entretanto, estes resultados dependerão do
estímulo feito, dos cuidados pré e pós procedimento, das associações cosméticas e
sobretudo da análise da pele feita pelo profissional.
Utilizar o tamanho adequado das agulhas torna-se o tratamento mais eficaz e
assertivo e a associação da técnica com diversos ativos proporciona a otimização dos
resultados, com baixo custo e fácil aplicação se comparada aos demais tratamentos
existentes no mercado, é uma grande promessa para tratamentos estéticos facial.
Por fim os resultados do microagulhamento observados são a melhora na pele
da face, aumento do volume, neocolagênese ativada, firmeza e elasticidade,
colaborando com o rejuvenescimento facial e aumento da auto-estima do paciente.
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