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MATEMÁTICA

Frente: Matemática I
EAD – ITA/IME
Professor(a): Fabrício Maia

AULAS 31 A 33
Assunto: Proporcionalidade: tales, teoremas das bissetrizes e semelhança

Veja que:
Como B”B’C” e B’B”C’ são triângulos de mesma base e mesma
Resumo Teórico altura, então são equivalentes.

B’’ base B’
TEOREMA DE TALES s
O teorema de Tales garante que um feixe de paralelas
b d h = altura
determina, em duas transversais, quaisquer segmentos proporcionais.
t t’ C’’ C’ v
A A’ r
a c
B B’ s
De (I) e (II), concluímos que:
b d
C C’ v a c
= (Proporcionalidade de Tales)
b d
Propriedade:
Teorema da bissetriz interna
a c r // s // v (paralelas)
=
b d t e t’ (transversais) A bissetriz interna de um ângulo de um triângulo, divide o
lado oposto em dois segmentos (aditivos) proporcionais aos lados
Uma rápida justificativa para o Teorema de Tales: adjacentes do triângulo.
A
t t’ α α
A A’ r c b

a paralelogramo a c
B B’’ B’ s B m D n C
a
b paralelogramo
b d h
Se AD é a bissetriz interna do ângulo Â, então:
C C’’ C’ v
c b
Teorema: = , onde m + n = a
m n

Propriedades auxiliares: Teorema da bissetriz externa


• triângulos que têm a mesma base e a mesma altura são Se a bissetriz externa de um triângulo encontrar a reta
equivalentes, isto é, têm áreas iguais. que contém o lado oposto, em tal caso ela divide o lado oposto
• quando dois triângulos têm a mesma altura, suas áreas são externamente em dois segmentos (subtrativos) proporcionais aos lados
diretamente proporcionais às respectivas áreas. adjacentes do triângulo.
Aplicando as propriedades auxiliares na figura anterior, obtemos A
α
área do triângulo A’B’B" a α
= (I) c
área do triângulo B"B’C" b b

área do triângulo A’B"B’ c


= ( II ) B a C n D
área do triângulo B’B"C’ d
m

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Módulo de Estudo

Se AD é a bissetriz externa do ângulo Â, então: a b c


= = = k ⇒ ∆ABC ∼ ∆A’B’C’ ⇒ ( Aˆ ≡ Aˆ ’, Bˆ ≡ Bˆ ’, Cˆ ≡ Cˆ ’)
c b a’ b’ c’
Teorema: = , onde m − n = a
m n
Importantíssimo:
Semelhança de triângulos
• Se dois triângulos são semelhantes, a proporcionalidade
Dois triângulos dizem-se semelhantes quando têm seus pares se mantém constante para quaisquer dois segmentos
de lados correspondentes, ordenadamente proporcionais e os ângulos
correspondentes, tais como: lados, alturas, medianas, inraios,
correspondentes iguais.
circunraios etc.
A
A’
b b’
c c’
Semelhança de polígonos
B C B’ a’ C’
a Dois polígonos são semelhantes se for possível estabelecer
Se os triângulos ABC e A’B’C’ são semelhantes, então: uma correspondência entre vértices e lados de modo que ângulos de
vértices correspondentes sejam congruentes e lados correspondentes
Aˆ = Aˆ ’
ˆ ˆ c a b sejam proporcionais.
B = B’ e = = = k (razão de semelhança)
Cˆ = Cˆ ’ c ’ a ’ b’
 D
d
E c Heptágono côncavo
Casos de semelhanças
• Primeiro caso de semelhança de triângulos: dois triângulos e C D’
d’
são semelhantes quando têm dois ângulos ordenadamente iguais. E’ c’
A’ F G e’ C’
b
A
f F’ G’
b’
f’
c’ b’ A a B A’ a’ B’
c b

B Aˆ = Aˆ ’,Bˆ = Bˆ ’, Cˆ = Cˆ ’,Dˆ = Dˆ ’,Eˆ = Eˆ ’,Fˆ = Fˆ ’, Gˆ = Gˆ ’


a C B’ a’ C’ 
a b c d e f g  ⇒ ABCDEFG − A’B’C’D’E’F’G’
= = = = = = =k 
 ≡ Â’ a b c a’ b’ c ’ d’ e ’ f ’ g’ 
 =C
’
 ⇒ ∆ABC ∼ ∆A’B’C’ ⇒ = = =k eC
Bˆ ≡ Bˆ ’  a’ b’ c’
Importantíssimo:
• Segundo caso de semelhança de triângulos: dois triângulos
são semelhantes quando têm um ângulo igual, compreendido • k é chamado razão de semelhança.
entre dois lados proporcionais. • É fácil provar que se os polígonos são semelhantes com razão
A de semelhança k, a razão entre as áreas é k2.
• Uma extensão razoável dos resultados anteriores, vemos na
A’ geometria espacial. Quando se tem dois sólidos semelhantes,
c diremos que a razão entre os seus volumes é igual ao cubo da
b razão entre as linhas homólogas, isto é, a razão de semelhança
c’
b’
(razão entre as linhas homólogas) sendo igual a k, a respectiva
B a C B’ razão entre os volumes será k3.
a’ C’
c b 
= = k a 
c’ b’  ⇒ ∆ABC ∼ ∆A’B’C’ ⇒  = k, Bˆ ’ ≡ Bˆ , Cˆ ≡ Cˆ ’
 
O retângulo áureo
   a’
A ≡ A’
Diz-se que um retângulo ABCD qualquer é áureo quando ele
• Terceiro caso de semelhança de triângulos: dois triângulos apresenta a seguinte propriedade: se dele retira-se o quadrado ABFE,
são semelhantes quando têm os três lados ordenadamente o retângulo CDEF restante será semelhante ao retângulo original.
proporcionais.
B a F b C
E F
A A’
b
b’ a b
C
c C’
c’
a D a C
a’
B B’ A E D

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Módulo de Estudo

a b 03. O ângulo, sob o qual um observador vê o topo de um prédio de


ABCD ~ CDEF, então: = . h m de altura, duplica quando esse observador se aproxima a
a+b a
m do prédio, e triplica quando ele se aproxima mais b m. Neste
instante, a distância d entre o observador e o prédio é
Aplicando a propriedade fundamental das proporções, vem:
b2 + ab = a2

Dividindo ambos os membros por b2, encontramos:


2 h
1 + =  
a a
b b 3α
α 2α
A a B b Cd D
a
Tomando k = (conhecido como Razão Áurea), teremos:
b k2 = k + 1
A) b2 − ab − h2
1+ 5
Portanto, k = (número áureo ) .
2
B) b2 − ab + h2

C) b2 + ab + h2

Exercícios de Fixação D) b2 + ab − h2

E) b2 + h2
01. Na figura a seguir, o triângulo ABD é retângulo em Bˆ , e AC é a
ˆ . Se AB = 2 ⋅ BC, fazendo BC = b metros e CD = d
bissetriz de BAD
metros, então 04. Um círculo de raio r está inscrito em um setor circular de raio R.
O comprimento da corda PQ do setor é igual a 2d.
D
P

O
C
r

B A Q
5b
A) d = b B) d = 1 1 1
2 Demonstre que: = +
r R d
5b 6b
C) d = D) d =
3 5 05. Na figura a seguir, ABCD é um quadrado.
5b
E) d =
4 B C

02. Um dispositivo colocado no solo a uma distância d de uma torre


F
dispara dois projéteis em trajetórias retilíneas. O primeiro, lançado
 π
sob um ângulo θ ∈  0,  , atinge a torre a uma altura h. Se o
 4
segundo, disparado sob um ângulo 2θ, atinge a uma altura H, a
relação entre as duas alturas será
A) 2hd2 ⋅ (d2 – h2)–1 B) 2hd2 ⋅ (d2 + h)–1 A D E
C) 2hd ⋅ (d – h)
2 2 –1
D) 2hd ⋅ (d + h )
2 2 2 –1

Sabendo que AD = EF = 1 dm. determine a medida DE.


E) hd2 ⋅ (d2 + h2)–1

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3 F B O N L I NE .C O M . B R
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Módulo de Estudo

06. Na figura, ABC é um triângulo com AC = 20 cm, AB = 15 cm e 10. O quadrado PQRS está inscrito em um círculo de centro C.
BC = 14 cm. A corda intersecta a diagonal do quadrado em A, sendo que
QA = 6 cm e AB = 4 cm.
A P C
B
R
S R
Q

A
B C

Sendo AQ e BP bissetrizes interiores do triângulo ABC, o quociente


QR/AR é igual a
A) 0,3
B) 0,35
P Q
C) 0,4
D) 0,45
E) 0,5
Nas condições descritas, a medida do lado do quadrado PQRS,
07. Se dois círculos cujas medidas dos raios são respectivamente u e em cm, é igual a
v, com u < v são tangentes exteriormente no ponto P e se estes
A) 2 10 B) 5 2
círculos também tangenciam os lados de um ângulo com vértice
no ponto M, então, o comprimento do segmento MP é C) 2 15 D) 6 2
2u + v 2uv
A) B) E) 7 2
v −u v −u
uv 2(u + v )
C) D) 11. Os dois triângulos da figura são congruentes, ambos isósceles
v −u v −u com base e altura medindo 1.
2uv
E)
v +u
08. Considere um triângulo ABC, onde BC = a, AB = c, AC = b, c > A
b. O círculo inscrito a esse triângulo tangencia BC, em D e DE é
um diâmetro desse círculo. A reta que tangencia o círculo e que
passa por E intercepta AB em P e AC em Q. A reta AE intercepta A
BC no ponto R. Determine os segmentos de reta EQ e DR em
função dos lados do triângulo: a, b e c. A A A A

09. Na figura a seguir, os triângulos ABC e ABD são retângulos em


A e D, respectivamente. Sabe-se que AC = 15 cm, AD = 16 cm e O triângulo da esquerda foi dividido em três partes de áreas iguais
BD = 12 cm. por duas retas paralelas à sua base e o da direita foi dividido em
três partes de áreas iguais por duas retas perpendiculares à sua
C base.
A distância entre as duas retas perpendiculares à base no triângulo
da direita é igual a
D
E
3− 2
A)
6
3− 2
B)
6
A B 3− 3
C)
3
A área do triângulo ABE é de
A) 100 cm2 6− 6
D)
B) 96 cm2 6
C) 75 cm2
3− 6
D) 60 cm2 E)
E) 82 cm2 3

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Módulo de Estudo

12. Os pontos A, B, C, D, E e F estão em AF e dividem esse segmento A distância de P até CB, em centímetros, é igual a
em 5 partes congruentes. O ponto G está fora de AF , e os pontos 4 19
A) B)
H e J estão em GD e GF , respectivamente. 5 25
3 7
G C) D)
4 10
17
E)
25

H 15. Define-se geometricamente a razão áurea do seguinte modo:


O ponto C da figura a seguir divide o segmento AB na razão
J
áurea quando os valores AC/AB e CB/AC são iguais. Esse valor
comum é chamado “razão áurea”.

A C B
A B C D E F
A razão áurea, também denominada proporção áurea, número
HC de ouro ou divina proporção, conquistou a imaginação popular
Se GA , HC e JE, são paralelos, então a razão é e é tema de vários livros e artigos. Em geral, suas propriedades
JE
5 matemáticas estão corretamente enunciadas, mas muitas
A) B) 3 afirmações feitas sobre ela na arte, na arquitetura, na literatura
3 2 e na estética são falsas ou equivocadas. Infelizmente, essas
4 5 afirmações sobre a razão áurea foram amplamente divulgadas e
C) D) adquiriram status de senso comum. Mesmo livros de geometria
3 4
utilizados no ensino médio trazem conceitos incorretos sobre ela.
6
E) Trecho traduzido e adaptado do artigo de G. Markowsky,
5 Misconceptions about the golden ratio. The College Mathematics
Journal, 23. pp. 2-19. Acesso em: 01 jan. 1992.

13. Uma semicircunferência de centro O e raio r está inscrita em um Na figura a seguir, o polígono ADEFG é um pentágono regular.
setor circular de centro C e raio R, conforme a figura. Utilize semelhança de triângulos para demonstrar que o ponto C
B da figura divide o segmento AB na razão áurea.
A
D
y
D
S
C x
G B
O
C
A
r E
R
O ponto D é de tangência de BC com a semicircunferência. F
Se AB = s , demonstre que R ⋅ s = R ⋅ r + r ⋅ s.
Resolução
14. Na figura, ABCD é um quadrado de lado 4 cm, e M é o ponto 01 02 03 04 05
médio de CD. Sabe-se ainda que BD é arco de circunferência de
centro A e raio 4 cm, e CD é arco de circunferência de centro M C A D – *
e raio 2 cm, sendo P e D pontos de intersecção desses arcos. 06 07 08 09 10
C B * C C
A B
11 12 13 14 15
E A – A –
– Demonstração
P 2 − 1+ 2 2 − 1
05. DE =
2
(b+ c − a)(a + c − b)
08. EQ = e DR = c − b
2(a + b + c )
D M C
SUPERVISOR(A)/DIRETOR(A): MARCELO PENA – AUTOR(A): FABRÍCIO MAIA
DIGITADOR(A): VICENTINA – REVISOR(A): CARLA ARAÚJO

014.979 – 140322/19
5 F B O N L I NE .C O M . B R
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