Você está na página 1de 4

Carta de apresentação e projeto de lei que regulamenta

criadouros de animais domésticos de pequeno porte


(canis e gatis).

As estipulações de regras para a criação de canis e gatis que gerarão o encarecimento da


atividade pela incidência dos impostos devidos e pelo risco da atividade alem do
cumprimento das legislações ambientais. Assim reduzirão o numero de criadouros, que
tendem a reduzir a venda de animais de “baixa qualidade” que são abandonados nas
cidades por doenças e outras degenerações alem de coibir o pensamento clássico do “vem
fácil vai fácil” exatamente pelo encarecimento dos mesmos animais.

Para Cães e Gatos a ausência de obrigação de utilização da GTA (guia de transito animal)
permite a obscuridade do transporte de animais de seus criadouros para compradores, que
não tem como identificar se houve um transporte de animal por compra e venda ou por
simples translado de uma animal de estimação.

Assim para garantir que o fato gerador da compra e venda e do transporte do animal
derivado desta compra e venda, não se confunda com o simples translado, exige-se que o
controle das atividades deste criadouros sejam efetuados.

Ademais para garantir as questões sanitárias animais (controle de zoonoses e outras


doenças transmitidas por animais) o monitoramento dos criadouros, das matrizes e
padriadores, bem como dos controles sanitários de dejetos derivados destes criadores.

Importante ressaltar o crescimento das empresas de pet shop e estética animal, bem como
a de serviços veterinários, alavancado por tal crescimento se dá o aumento dos canis de
criação destes animais que não estão recolhendo o tributo devido.
PROJETO DE LEI

“Regulamenta Criadouro de Animais Domésticos


de pequeno porte (canis e gatis) e dá Outras
Providências”

Disposições gerais:

Art. 1º - Os criadouros de animais domésticos de pequeno porte terá suas atividades


reguladas pela presente lei, entende-se como animais domésticos de pequeno porte como
sendo Cães (Canis Lupus Familiaris) e Gatos (Felis Catus Domesticus).

Parágrafo Único – as atividades de criação deverão possuir para fins de


funcionamento o alvará sanitário, e numero de inscrição estadual (junto a fazenda
estadual).

Art. 2º - A estrutura física do canil e/ou gatil deverá obedecer como espaçamento
mínimo por animal o que determina a FUNASA (fundação nacional de saúde) para canis
municipais - em sua portaria nº 52 que estabelece os CZZs e canis municipais.

Parágrafo único – será considerado maus tratos o descumprimento do presente


artigo com pena determinada pelo art. 32 da lei federal n.º 9.605/98.

Art. 3º - Os dejetos oriundos da criação de animais domésticos de pequeno porte


deverão ser despejados conforme determinação da vigilância sanitária, com no mínimo a
utilização de fossa séptica aprovada pelos órgãos sanitários.

Do cadastro dos estabelecimentos:

Art. 4º - Os canis e gatis deverão ser registrados em cadastro próprio a ser criado
junto a CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).

§1º - O cadastramento dos canis e gatis somente serão efetuados em nome da


pessoa jurídica do criadouro;

§2º - Ao efetuar o cadastramento do estabelecimento deverão ser cadastrados as


matrizes e os padriadores do estabelecimento com os devidos exames requeridos pela
CIDASC para controle de doenças e zoonoses.

Art. 5º - Os Criadores deverão no ato de seu registro apresentar o médico


veterinário responsável com o devido CRMV.

§1º - qualquer alteração do medico veterinário deverá ser atualizada junto à CIDASC
em ate Dez (10) dias.

§2º - No caso de o médico veterinário informar de sua desvinculação junto a


determinado criadouro, o referido criadouro deverá apresentar novo médico veterinário no
mesmo prazo do parágrafo anterior.
Art. 6º - As ninhadas de cada matriz deverão ser registradas e ordenadas
numericamente, no modelo XX/AAAA (aonde XX será o numero da ninhada e AAAA será o
ano de nascimento da ninhada) sempre com a denominação da Matriz e padriador.

§ 1º - cada matriz poderá ter contato com um único padriador em seu período de
procriação.

§ 2º - cada matriz poderá ter no máximo uma ninhada dentro do período de 12


meses.

Das crias a venda:

Art. 7º - Cada animal vendido deverá ser registrados junto a CIDASC recebendo um
microchip contendo o nome do criador, da matriz, do padriador, da ninhada, do comprador
(proprietário) e os seus endereços.

Art. 8º - Os animais deverão ser entregues sempre com mais de 45 dias de vida,
tendo sido completamente imunizados.

Art. 9º - os animais vendidos deverão ser castrados sob a responsabilidade dos


criadores para evitar a proliferação descontrolada.

Parágrafo Único – a castração será efetuada na idade recomendada pelo Conselho


Regional de Medicina Veterinária, sendo a não castração considerado maus tratos nos
termos do art. 32 da lei federal n.º 9.605/98.

Art. 10° - Os animais que forem selecionados como matriz e padriador não serão
castrados, desde que cadastrados junto a CIDASC nesta qualidade.

Da destinação dos animais não vendidos:

Art. 11° - Os animais não vendidos poderão ser disponibilizados para doação, sob
responsabilidade do criador.

§ 1° - os animais doados deverão cumprir os tramites dos artigos 7° a 9°;

§ 2° - o abate de animais não vendidos ou de matrizes e padriadores após sua


aposentadoria na criação será considerado maus tratos nos termos do art. 32 da lei federal
n.º 9.605/98.

Art. 12° - O abate de animais somente será possibilitado quando requerido pelo
médico veterinário e autorizado pela CIDASC, e desde que tal medida seja fundamental
para o controle de doenças transmissíveis.***

Das obrigações fiscais:

Art. 13º - O Contribuinte do ICMS é o comprador do animal, sendo o Responsável


pelo pagamento o Criador.

§1º - A alíquota incidente é a estipulada no inciso I, do art. 19, da lei Estadual


10.297/96.
§2º - serão considerados fatos geradores:

I - a venda de animais domésticos de pequeno porte para pessoa física;


II – aquisição de filhotes por empréstimo de padriadores;
III – transferência de matrizes e padriadores entre criadouros;

Art. 14º - Os Criadouros estão obrigados a emitir nota fiscal dos animais vendidos,
indicando, em campo destinado a informações complementares, o nome dos genitores e a
ninhada de origem do animal.

Outras disposições:

Art. 15º - O Executivo tem seis (6) meses para regulamentar o cadastramento dos
criadouros.

Art. 16 – Os criadouros terão um (1) ano para executarem adequações necessárias,


incluindo a criação das pessoas jurídicas, a adequação do espaçamento físico e descarte
de dejetos.

Art. 17º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as
disposições em contrário.

Você também pode gostar