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Webcast - Resultados do 1º trimestre de 2023

12 de maio de 2023

Carla Albano:

Bom dia a todos. Bem-vindos ao webcast da Petrobras, com analistas e investidores,


sobre os nossos resultados no 1T23. É um prazer estar com vocês hoje.

Gostaríamos de informar que todos os participantes acompanharão a transmissão pela


internet como ouvintes. Depois da nossa introdução, teremos uma sessão de perguntas
e respostas, e vocês podem enviar as suas perguntas pelo e-mail:
petroinvest@petrobras.com.br.

Estão presentes conosco hoje: Ana Paula Zettel, Gerente Executiva de Gestão
Integrada de Ativos de Exploração e Produção, representando o Diretor Executivo de
Exploração e Produção, Joelson Mendes; Carlos Travassos, Diretor Executivo de
Engenharia, Tecnologia e Inovação; Clarice Coppetti, Diretora Executiva de Assuntos
Corporativos; Claudio Schlosser, Diretor Executivo de Logística, Comercialização e
Mercados; Mário Spinelli, Diretor Executivo de Governança e Conformidade; Mauricio
Tolmasquim, Diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade; Sergio
Caetano Leite, Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores; e
William França, Diretor Executivo de Processos Industriais e Produtos.

Para iniciar, assistiremos um vídeo com uma mensagem do nosso presidente Jean Paul
Prates.

Jean Paul Prates (via vídeo):

Prezadas investidoras e prezados investidores, no momento em que abrimos esse


espaço para discussão com vocês sobre os nossos resultados, considero muito
importante falarmos também sobre o futuro da Petrobras, e as perspectivas abertas por
mais um trimestre de sólido desempenho operacional e financeiro, o primeiro sob a
tutela da nova administração.

Nesses primeiros 100 dias, procuramos nos concentrar em reorganizar a estrutura da


Empresa, preparando a Petrobras para o futuro, especialmente para atuar na vanguarda
da transição energética justa. Continuamos batendo recordes na produção do pré-sal e
aumentando a eficiência das nossas refinarias.

Nossa geração de caixa operacional segue consistente e atingimos o menor nível de


endividamento desde 2010. Temos fundamentos sólidos que trazem segurança para
seguirmos nosso plano de diversificar nossos investimentos, e fortalecer a Petrobras
como uma Empresa de energia integrada, robusta e longeva.

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Seguimos sempre buscando o retorno dos investimentos e a redução do custo de
capital, maximizando o valor da Companhia e buscando desenvolver o mercado
brasileiro com sustentabilidade.

A atenção total às pessoas é nossa prioridade inegociável, pois é apenas um corpo


técnico, capacitado e diverso que nos permitirá atender às demandas dinâmicas do
mercado, em especial da transição energética.

O investimento em ativos rentáveis de exploração e produção e na adequação do


parque de refino às demandas do mercado brasileiro são movimentos naturais para
garantir a oferta de energia.

Seguiremos nossos esforços para a descarbonização dos processos produtivos e no


desenvolvimento de produtos mais verdes. Defendemos que este é o único caminho
para a indústria de petróleo e gás: redução das suas emissões e consolidação de
alternativas energéticas limpas.

Aliás, temos a convicção de que o Brasil e a Petrobras têm todas as condições para
serem líderes globais de uma transição energética justa, sem deixar de ser uma
potência de petróleo, estabelecendo parcerias com outras empresas e aproveitando as
diferentes vocações e potencialidades de todas as regiões do Brasil.

Construiremos essa trajetória ao lado de nossas parceiras. Esse é o caminho que


estamos trilhando. Tomamos nossas decisões sempre conciliando a nossa função
social e o respeito à nossa governança, honrando a confiança depositada em nossa
Empresa por nossos acionistas. Esse é o meu maior compromisso, assim como o de
toda a Diretoria Executiva que hoje represento. Muito obrigado a todas e a todos.

Carla Albano:

Agora iniciaremos a nossa apresentação sobre os resultados do 1T23. Para começar,


passo a palavra para o nosso Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade
Maurício Tolmasquim.

Mauricio Tolmasquim:

Olá, pessoal. Bom dia. É com muita satisfação que eu estou aqui hoje como primeiro
Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, para fazer essa
apresentação ao mercado dos excelentes resultados obtidos no 1T23.

Como nós podemos ver nos gráficos, durante esse período, nós seguimos alinhados
aos nossos compromissos de sustentabilidade, com níveis de intensidade de carbono
abaixo de 2022. A métrica vinculada a intensidade de carbono nas operações de
exploração e produção, que é o primeiro gráfico, atingiu 14,7 kgCO2 equivalente por
barril no 1T. Esse valor é abaixo do realizado em 2022 e é fruto do nosso esforço
contínuo de redução de emissões das nossas operações.

Nós também reforçamos a competitividade do óleo do pré-sal, que representa um


percentual cada vez mais relevante na produção total da Companhia. E por que isso é
importante? Isso é importante porque como os níveis de intensidade de emissão dos
campos do pré-sal são muito baixos, o aumento da produção do pré-sal leva a baixar
as emissões totais.

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Só para se ter uma ideia, Tupi e Búzios têm emissões de 10,6 e 9,3 kgCO2 por barril,
respectivamente, o que é muito abaixo da média nacional e mundial.

Quando nós olhamos o gráfico seguinte, que é o indicador do refino, nós podemos
observar uma redução contínua na intensidade de carbono. Essa melhoria está
associada ao aumento da eficiência energética por meio, por exemplo, da redução de
envio de gases para tocha e otimização de processo.

Vale destacar também a performance da nossa maior refinaria, a REPLAN, que possui
nível de emissão de apenas 31 kgCO2e/CWT, que é a nossa meta para todo o parque
de refino em 2030.

E neste último gráfico, nós podemos observar que o parque termelétrico da Petrobras
vem também reduzindo a emissão de carbono por MW gerado, tanto pela melhoria
operacional das usinas, como, por exemplo, a troca de turbinas por mais turbinas mais
eficientes, como também teve um efeito do menor despacho térmico desse ano.

No próximo slide, nós podemos ver que as nossas emissões operacionais totais caíram
para apenas 11 milhões tCO2e. O baixo despacho de termelétricas também contribuiu
para esse resultado. Se vocês olharem o gráfico da direita, ele mostra que as emissões
operacionais de óleo e gás, ou seja, tirando o efeito das térmicas, também seguem uma
trajetória decrescente.

No próximo slide, nós podemos ver alguns destaques nesse período. O primeiro deles
é o lançamento da revisão do Caderno do Clima. Esse caderno destaca a trajetória de
descarbonização e a gestão de carbono da Companhia. Ele traz também informações
sobre o programa Carbono Neutro e outras iniciativas em andamento na Empresa.

Nós podemos dizer que ele é um documento relevante porque compila o desempenho
em emissões de 2022 e traz os principais projetos implantados nessa área. Além disso,
ele traz informações sobre a gestão de risco, governança e iniciativa para o futuro.
Detalhamos nele, por exemplo, as ações para redução de emissões de metano,
posicionamento sobre a transição justa, estratégia para o uso de crédito de carbono.

Outro destaque nesse highlight é os avanços nas parcerias para estudo de


diversificação, a fim de alavancar novos negócios e oportunidades de descarbonização.

Finalmente, queria destacar que, no que diz respeito à nossa cadeia de fornecedores,
nós somos referência em sustentabilidade para o CDP. Isso indica o comprometimento
nosso, da Empresa, de incentivar boas práticas ambientais e medidas de mitigação
das mudanças climáticas frente à cadeia de suprimento.

No próximo slide, que é o último slide da apresentação, nós vamos falar sobre o
segmento de gás e energia. O resultado do período, desse 1T, foi muito bom e é fruto
das ações para construir um portfólio comercial resiliente aos riscos do negócio. A
Petrobras segue trabalhando para atender seus compromissos contratuais de venda de
gás e, nesse trimestre, atingiu 100% de confiabilidade de entrega.

Nesse 1T, o mercado de gás natural da Petrobras manteve-se no nível do 4T22, mas
vocês podem olhar no gráfico, que em relação ao 1T22, houve uma queda de 16 milhões
m3/dia. Por que houve essa queda? Tem dois fatores que explicam essa queda. O
primeiro deles é a abertura do mercado de gás natural no país, e algumas empresas de
quem a Petrobras era parceira e comprava gás, passaram a colocar o seu gás no
mercado.

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O outro fator, e é o preponderante, é a queda do consumo termelétrico. Por que houve
essa queda? Porque houve uma recuperação muito grande dos reservatórios das
hidrelétricas. O mês de abril fechou com 88% de nível, quase um nível histórico. E esse
menor despacho termelétrico acabou sendo uma ótima notícia porque explica parte do
ótimo resultado.

Por que? Com a queda do despacho das termelétricas, nós importamos menos GNL em
um momento em que o combustível, o gás natural, está muito caro no mercado
internacional. Só para finalizar, destacar que, no que diz respeito ao relacionamento
com o mercado não térmico, o mercado das distribuidoras de gás, é uma atuação nossa
comercial para a resolução dos litígios que surgiram no passado recente e a celebração
de novos contratos com alongamento da carteira de vendas. Muito obrigado.

Carla Albano:

Obrigada, Tolmasquim. Agora eu passo a palavra para o Diretor Executivo de


Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, que vai fazer os destaques do
E&P.

Carlos Travassos:

Muito bom dia a todas e a todos. Eu sou o Carlos Travassos. Hoje eu vou estar
apresentando os resultados do segmento E&P, portanto, tanto da Diretoria de
Exploração e Produção como também da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e
Inovação. O Diretor Joelson foi submetido a uma pequena cirurgia, por isso está
impedido de estar conosco hoje. Na semana que vem ele está bem, semana que vem
ele volta e já está aqui atuando na Companhia.

Nós começamos com a imagem da P-71, uma unidade prevista no planejamento


estratégico 2023-2027, que nós antecipamos o início de produção, e boa parte do bom
resultado operacional que já aparece na tela se deve a esse ramp up. Nós olhamos à
esquerda o avanço em 2,3% da nossa produção total operada. Atingimos uma produção
de 3,740 milhões de barris de petróleo por dia. Um aumento também quando
comparamos ao trimestre anterior.

Já na nossa produção total própria, nós vemos uma produção de 2,68 milhões de barris,
também um incremento de 1,1% pelas mesmas motivações que nos levaram a ter
aumento da produção total, majoritariamente a entrada da P-71, ingresso de oito poços
da Bacia de Campos também colaboraram para esse aumento.

Nós observamos uma redução de 4,3, mas essa redução não diz respeito a perda de
reserva ou eficiência operacional, na verdade ela é devido a coparticipação nos campos
de Sépia e Atapu, e 5% de cessão no Campo de Búzios já prevista no nosso contrato.

À direita, nós conseguimos perceber o aumento da relevância da participação do pré-


sal na nossa produção. Nós percebemos, hoje o pré-sal já responde por 77% da nossa
produção total própria nesse 1T. Naturalmente, nós não trabalhamos para bater recorde,
nós trabalhamos para maior eficiência de produção, mas nós não podemos deixar de
celebrar os bons resultados que nós observamos nesse trimestre.

Um recorde de produção mensal, 2,13 milhões de barris de óleo equivalente por dia. E
um recorde também na produção trimestral, 2,05 milhões de barris de óleo equivalente.
E, além disso, tivemos também, quando comparado a performance de uma unidade, um

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recorde que foi batido pelo FPSO Guanabara, atingimos 179 mil barris de petróleo por
dia.

O último recorde havia acontecido em novembro, com o FPSO Carioca, e nesse mês
de fevereiro nós superamos o FPSO Carioca através do FPSO Guanabara, que teve
uma excelente eficiência operacional e, nesse caso, uma eficiência operacional de
100%.

Pode passar, por favor, para o próximo slide. Nós falando um pouco em relação a custo.
Nós tivemos uma redução de 9% no nosso custo de extração, nosso lifting cost, e 11%
no custo total de petróleo produzido. Nós separamos algumas camadas para fazer essa
avaliação.

Em amarelo, vocês veem o custo de redução de terra e águas rasas, motivado


principalmente pela movimentação de portfólio que nós fizemos. Em águas profundas
nós fizemos também, tivemos uma redução de 11,9 para 11,4 de custo de extração. No
pré-sal caiu de 3,9 para 3,7, se dá pelo aumento de produção que eu já citei, o que nos
afere uma redução de custo de extração de 6,1 quando comparado com o último
trimestre de 2022 para 5,5 agora no 1T23.

Nós sempre gostamos, e acho importante destacar, que quando nós falamos de custo
de extração, nós não estamos falando dos custos totais associados à nossa atividade
de exploração e produção, nossa produção de petróleo. Quando nós falamos, ainda
quando nós falamos de custo total de petróleo produzido, onde nós colocamos os
valores relacionados à depreciação, a participação governamental, além do próprio
custo de extração, que eu já expliquei.

Além disso, existem outros custos associados à nossa produção. Os valores


relacionados a custo de capital, os valores relacionados a investimento não estão
abarcados por esse valor. Mas nós observamos um custo total de petróleo produzido,
uma redução nesse custo de 11%, também uma redução bastante expressiva. Esse
slide mostra bem a disciplina de capital que nós temos persistido na Companhia.

Bom, o último slide fala um pouco do início de perfuração de um poço exploratório. Nós
damos destaque a Aram, em Curaçao. Foi uma descoberta em 2021, nós testamos em
2022 e nesse momento nós estamos lá, fazendo a perfuração de extensão. Alguns
poços vão ser necessários para delimitar o potencial dessa reserva. E, possivelmente,
esperamos que tenhamos brevemente a declaração de comercialidade em Aram.

Temos outras fronteiras exploratórias, mas nessa divulgação de resultado, nós


trouxemos Aram como um destaque. Com esse slide eu encerro a parte da Diretoria do
E&P e passo a apresentar a parte da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação.

Dessa vez em destaque, nós colocamos o FPSO Anna Nery. O FPSO Anna Nery é a
primeira unidade do programa de revitalização do Campo de Marlim, que, por sua vez,
faz parte do programa de renovação da Bacia de Campos. Pode passar o slide, eu
continuo falando um pouco do Anna Nery.

Bom, o programa de revitalização do Campo de Marlim, nós temos pela frente o desafio
de retirada de nove unidades e substituição por duas unidades. Isso vai nos trazer,
naturalmente, uma maior eficiência, um incremento de produção de 20%, uma redução
de emissões na ordem de 60%.

Obtivemos a extensão de 27 anos dessa concessão. Então, esse programa de


revitalização vai entregar muito valor. É importante destacar que toda vez que nós

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falamos de uma unidade de produção que melhor representa um sistema de produção,
o FPSO, porque ele está ali, visível, mas nós temos, no caso da Revit de Marlim, um
projeto bastante complexo do ponto de vista também submarino.

Nós faremos a perfuração de 14 novos poços e o remanejamento é de mais 61.


Lembrando que no Revit, nós precisamos, tem como característica um sincronismo
entre as unidades e os sistemas de produção que estão entrando e os novos sistemas
de produção que estão saindo e que estão, portanto, no nosso programa de
descomissionamento.

Esse é um programa, é uma imagem que vocês já estão habituados a ver. São as
nossas unidades que estão previstas no nosso planejamento estratégico 2023-2027.
Recentemente nós anunciamos algumas alterações de data. E eu já avanço falando,
esclarecendo que essas revisões de data não têm interferência na nossa curva de
produção. Na verdade, foram pequenos ajustes feitos como resultado das nossas
análises de risco. Para vocês terem ideia, só que ela muda de um ano para outro ano.

E no caso de IPB, que aparece mudando de um ano para o outro, a revisão foi de 13
dias. Mas, assim, garantindo a transparência que nós temos, toda vez que nós fazemos
uma revisão dessa, muda o planejamento estratégico, nós divulgamos. Então nós
falamos de quatro alterações de data: do IPB , de Búzios 10, do Tamandaré e do BM-
C-33, que é uma unidade que vai ser operada pela Equinor.

Então, as mudanças: nós tivemos em Búzios 10, 32 dias, portanto é um pouco mais de
um mês; no Tamandaré, algo em torno de 100 dias; e no BM-C-33 algo em torno de 140
dias. Como eu falei, essas mudanças são resultados de uma visão de risco, ou seja,
nenhum fato gerador presente, mas em uma perspectiva de risco em relação à
estimativa que nós fazemos de entrada de operação dessas unidades.

E na tela, vocês veem também, uma parte da P-78, uma unidade de Búzios que está
em plena construção.

Para o próximo e último slide dessa apresentação, falando um pouco do nosso


segmento downstream, nós tivemos um avanço importante, um marco relevante nesse
1T, que foi a retomada das obras do Polo GASLUB da UPGN. Nós estabelecemos uma
estratégia dividida em três partes, e as três partes já estão em curso, já estão em pleno
vapor lá em Itaboraí.

E nós trazemos um destaque também, uma outra obra que já está em curso, um contrato
que nós assinamos nesse 1T, agora em abril, no início do ano, que é o Trem 1 da
RNEST. Nós vamos expandir, nós vamos aumentar a capacidade de produção desse
trem de 115 mil para 130 mil barris de petróleo por dia. E nós temos a conclusão dessa
obra prevista para 2024.

Lembrando que nós temos em andamento a unidade de abatimento de emissões da


SNOx lá também, nessa mesma refinaria. Eu termino aqui a minha apresentação e volto
a palavra para você, Carla.

Carla Albano:

William França, Diretor executivo de Processos Industriais e Produtos.

William França:

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Bom dia a todas e a todos. Vamos tentar sermos breves. Primeiro é um prazer e uma
alegria imensa estar voltando à área de Processos Industriais, a área Operacional da
nossa Companhia, já agradecendo a oportunidade que nos foi dada pelo nosso
presidente Jean. É com muita alegria que estamos aqui.

Bom, destacando dois pontos, dois indicadores fundamentais para processos industriais
e para nossa Companhia, o fator de utilização e a disponibilidade operacional das
nossas refinarias. No 1T23, nosso fator de utilização foi 85% compatível com os últimos
trimestres, destacando que nesse 1T23 nós tivemos três paradas grandes: uma
destilação na REVAP e duas paradas grandes na REFAP, em Canoas, e em Cubatão
na RPBC. Paradas bastante grandes.

Hoje nós tivemos mais de 800 equipamentos sendo manutenidos, como trocador de
calor, bombas, pipelines, reatores, torres de fracionamento, destilação, etc. No pico do
histograma, com mais de 10 mil colaboradores contribuindo e performando nesse
grande desafio das paradas.

Então um resultado muito bom de FUT. Para os próximos meses nós não prevemos
nenhuma parada, não há nenhuma parada programada. Nós vamos falar um pouco da
(inaudível) operacional, do DO. Com a nossa (inaudível) boa como estamos hoje, a
nossa proposta e a proposição do nosso planejamento é de FUT (inaudível) acima de
90% nos próximos meses. Nós temos certeza que temos confiabilidade suficiente para
fazer frente a esse desafio da nossa área de planejamento.

O investimento, então, nessas paradas foi de mais de R$1,2 bilhão, como eu destaquei,
bastante importante para a nossa estrutura operacional para podermos ganhar
confiabilidade, fazer frente a esses desafios que nós temos pela frente.

No caso da disponibilidade operacional nós atingimos 96%, 96,5% no 1T. Esse


resultado é um resultado muito bom, mostrando que as refinarias estão disponíveis para
operar, estão disponíveis para processar petróleo e produzir derivados, principalmente
gasolina, diesel, GLP, etc.

E destacando que esse resultado do nosso refino, de acima de 96, quase chegando em
97 na nossa disponibilidade operacional, é similar, é compatível com os resultados de
DO das melhores refinarias americanas quando nós comparamos, vai para o
benchmark, faz a comparação,com disponibilidade operacional.

Por resultado também, muito bom da nossa estrutura operacional. Resultado esse que
vem pela atuação integrada em todas as áreas da Companhia, principalmente na
comercialização e logística.

Foco na geração de produtos mais auto sustentáveis de maior valor. Então nós tivemos
uma produção de derivados também boa, apesar das paradas, acima de 1,6 milhão na
produção de derivados de barris por dia, e mantendo os rendimentos, principalmente do
diesel S10, muito importante também para nós.

Encerro aqui minha participação, e passo a palavra então de novo para a Carla. Um
abraço a todos. Bom dia.

Carla Albano:

Obrigada William. Agora eu passo a palavra para o Diretor Executivo de Logistica,

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Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.

Claudio Schlosser:

Obrigado, Carla. Bom dia a todas e todos. É um prazer estar com vocês hoje e falar um
pouco do nosso resultado do 1T23. O primeiro slide que nós temos, ele fala sobre a
venda de derivados. Nós tivemos uma redução nas vendas de derivados no mercado
interno na ordem de 5% em relação ao trimestre anterior. Agora isso já era esperado,
uma vez que o diesel e a gasolina sazonalmente possuem esse consumo mais fraco no
1T do ano.

Mas dessa comparação trimestral, ainda existe um outro efeito, que é o desinvestimento
da REMAN, que aconteceu no final do ano passado, representando cerca de 2,4%
dessa produção. Ainda assim, vale destacar que as vendas de gasolina foram as
maiores registradas para o período, para um 1T nos últimos seis anos, e foi
principalmente impulsionado pela maior competitividade da gasolina em relação ao
etanol.

Em relação ao mercado externo, a queda da exportação do óleo combustível foi


ocasionada pela menor produção devido às paradas programadas, como o Diretor
William mencionou na apresentação anterior.

Para finalizar o tema de vendas de derivados, eu gostaria de aproveitar a oportunidade


para reforçar o nosso foco no mercado. O termo mercado, inclusive, passou a fazer
parte do nome dessa Diretoria. Por isso quero destacar o início da operação de um novo
polo de venda de diesel e gasolina em Rondonópolis, no Mato Grosso.

Essa ação realmente fortalece a nossa presença no Centro-Oeste e possibilita a prática


de ações comerciais específicas na região. Esse é um marco importantíssimo para
todos nós e garante a presença da Petrobras na região, que mais deve crescer nos
próximos anos.

Falando então sobre fluxos de exportação de petróleo, nosso principal destino continua,
como identificado neste gráfico, a China. É importante ressaltar que, da mesma forma,
nós seguimos com o trabalho constante e busca de oportunidades globais, e pelo
desenvolvimento de novos clientes. Isso sempre gera mais valor para a Petrobras, além
de diversificar o portfólio de clientes.

Outra ação fundamental é o desenvolvimento de mercado de outras correntes de óleos,


como Sururu, Mero, Atapu. As correntes de Búzios e Tupi já são muito bem conhecidas
no mercado, já têm uma referência importante, o que garante uma melhor liquidez e
precificação.

No último slide, nós gostaríamos também de ressaltar os resultados dos destaques do


trimestre que reforçam o nosso compromisso em fornecer combustíveis mais
sustentáveis. Nós tivemos uma realização, um primeiro teste de campo do bunker com
conteúdo renovável. Para isso, nós abastecemos o Darcy Ribeiro, que é um navio,
exatamente esse navio que está na foto, e faz parte da frota da Transpetro.

Esse combustível foi formulado com 10% de biodiesel de soja, reduzindo cerca de 7%
na emissão de gases de efeito estufa, considerando o ciclo de vida completo do
combustível. Isso é um grande passo para a meta de redução de emissões de carbono.
Esse teste foi produzido em 40 dias e não foram reportados nenhum tipo de anomalias
pela tripulação ou diferenças operacionais em relação ao bunker mineral. As amostras

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do combustível coletado e os dados de monitoramento do navio estão em fase final de
análise.

Outra ação, nessa mesma linha, foi que passamos a oferecer ao mercado nacional
exclusivamente o óleo combustível com teor máximo de 1% de enxofre.
Descontinuamos completamente a comercialização do óleo combustível com teor
máximo de 2%. Ao assegurar que todo esse óleo combustível comercializado pela
Companhia no mercado nacional representa um baixo teor de enxofre, nós auxiliamos
muito os consumidores do segmento industrial na redução das suas emissões.

Destaco também a comercialização de um novo produto, que é o Ultra Low Sulphur


MGO. É um combustível marítimo com teor máximo de enxofre de 0,1%. Esse novo
MGO é produzido na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, em São Paulo. Antes
o produto comercializado no Porto de Santos para armadores de longo curso de
cabotagem era o MGO Petrobras convencional, e ele continha um teor de enxofre de
0,5%.

Com a introdução desse produto, nós passamos a auxiliar os armadores na redução


das emissões do poluente óxido de enxofre, além de evitar paradas para o
abastecimento no trajeto das embarcações que passam pelas áreas de controle de
emissões de enxofre, as denominadas EPAs. Isso reduz muito o custo e o tempo de
viagem.

Essas ações mostram que estamos no caminho certo, desenvolvendo combustíveis


cada vez mais limpos e com garantia de uma menor emissão, gerando mais valor para
a empresa, sociedade e meio ambiente.

Com isso, eu concluo a minha apresentação e passo para a Carla novamente.

Carla Albano:

Muito obrigada Schlosser. Para finalizar a nossa apresentação dos resultados do 1T23,
passo agora a palavra para o nosso Diretor Financeiro e de Relacionamento com
Investidores, Sergio Caetano Leite.

Sergio Caetano Leite:

Estou muito feliz de estar aqui hoje com vocês nesse meu primeiro webcast de
resultados. E mais feliz ainda por falar do importante desempenho que a Petrobras teve
neste 1T23. Tivemos um trimestre bastante sólido em termos de desempenho
operacional e financeiro. Conseguimos realizar diversas importantes entregas, que vou
destacar aqui.

Em primeiro, pelo lado operacional, a produção do pré-sal representou 77% da nossa


produção total e bateu recordes mensais em fevereiro de 2023, e também recorde
trimestral. Tivemos em fevereiro um recorde de produção mensal no FPSO Guanabara,
no Campo de Mero, cuja média da produção de óleo atingiu 179 mil barris por dia.

Realizamos a primeira injeção de gás da P-71, que deu continuidade ao seu ramp up
no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos. O rendimento do diesel, gasolina e
QAV no 1T23 atingiu 67% na produção total, 1p.p acima do 4T22.

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Obtivemos também recordes de produção de Diesel S-10 nas refinarias REPAR e
REGAP em janeiro. e na REPLAN em março. Avançamos no desenvolvimento dos
produtos mais sustentáveis e eficientes com a certificação do Diesel R na REPAR, o
lançamento da nova gasolina prêmio, a comercialização exclusiva de óleo combustível
com teor máximo de 1% de enxofre no nosso mercado, e com o início da
comercialização do Ultra Low Sulfur Marine Gas Oil.

Lembrando que realizamos recentemente um ajuste organizacional, visando preparar a


nossa Companhia para o futuro com a criação da Diretoria de Transição Energética e
Sustentabilidade.

E fizemos em março a contratação remanescente para retomada das obras da unidade


de processamento de gás natural do projeto integrado Rota 3, no Polo GASLUB de
Itaboraí, estratégico para o escoamento do gás natural da Bacia de Santos.

Em termos econômicos e financeiros, destaco o nosso EBITDA, que alcançou


aproximadamente US$14 bilhões, um montante importante e bastante robusto que
representa o quarto maior da história da Petrobras. Tivemos uma consistente geração
de caixa com fluxo de caixa operacional atingindo a marca expressiva de US$10,3
bilhões.

Por outro lado, a relação endividamento líquido EBITDA ajustado alcançou a melhor
marca desde 2010. Importante destacar que tivemos o menor nível de endividamento
bruto desde 2010, atingindo US$53,3 bilhões. O nosso ROCE atingiu 15,7%,
continuando no mesmo patamar do 4T22. O nosso lucro líquido alcançou US$7,3
bilhões. E o fluxo de caixa livre atingiu aproximadamente US$8 bilhões. Patamares
bastante expressivos.

Seguimos com o nosso compromisso de geração de valor e sustentabilidade financeira,


distribuindo os resultados gerados para a sociedade, conforme pode ser visto no nosso
relatório fiscal que saiu no 1T23. Nesse relatório, está escrito que pagamos R$63
bilhões em tributos e participações governamentais.

Pagamos também US$4,2 bilhões em dividendos, trazendo o nosso caixa para US$15,8
bilhões. Em termos de ambiente externo, tivemos no trimestre a queda de 8% do Brent
e o câmbio médio recuando 1% quando comparamos com o 4T22.

Próximo slide. Como já mencionado, tivemos um EBITDA bastante robusto. O EBITDA


recorrente no 1T23 atingiu US$14,3 bilhões, em linha com o 4T22. A desvalorização de
8% do Brent foi compensada por menores despesas exploratórias e contingências
judiciais.

Com relação ao resultado por segmento de negócio na área de Exploração e Produção,


tivemos o impacto da desvalorização do Brent, parcialmente compensado pela redução
de despesas e maior produção, fazendo com que o EBITDA desse segmento recuasse
1% no comparativo do 1T23 com o 4T22.

No segmento do downstream, o EBITDA foi 15% menor que o trimestre anterior,


principalmente pelo efeito de giro dos estoques com a redução do Brent entre os
trimestres. Quando olhamos o EBITDA do custo de reposição, o resultado do trimestre
cresceu 3% devido a maiores margens dos derivados, principalmente a gasolina, pela
apreciação das margens internacionais.

No gás e energia, o EBITDA subiu 16% devido ao cenário favorável e as ações para a
construção de um portfólio comercial resiliente aos riscos do negócio. Conforme

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mencionei anteriormente, os recursos gerados pelas atividades operacionais e o fluxo
de caixa livre alcançaram patamares bastante expressivos.

Esse nível de geração de caixa, juntamente com a entrada de recursos de


desinvestimentos, foram utilizados para pagar remuneração aos acionistas, realizar
investimentos, pagar dívidas antecipadamente e amortizar o principal e juros devidos no
período, e amortizar passivos de arrendamento.

Quando olhamos para os endividamentos, temos um perfil de dívida bastante


confortável em termos de liquidez e solidez financeira. A dívida bruta atingiu no final do
1T23, US$53,3 bilhões, como já dito, o menor nível desde 2010. A dívida líquida foi de
US$37,6 bilhões, uma queda de 9,5% em relação a 31 de dezembro de 2002.

Nossa posição de caixa permaneceu bastante robusta, alcançando US$15,8 bilhões no


final do 1T. Além disso, vale lembrar que temos disponíveis linhas compromissadas de
US$9 bilhões. Fechamos um trimestre com uma taxa média de financiamento de 6,5%
a.a. e o prazo médio da dívida de 12 anos.

Próximo slide. Em relação à gestão de portfólio, estamos reavaliando os processos em


que não houve contratos assinados. Importante ressaltar que os projetos que já foram
assinados e que estão em fase de fechamento de contratos serão honrados pela
Companhia. Até abril de 2023, as entradas de caixa referentes a esses
desinvestimentos totalizaram US$2,1 bilhões.

Próximo slide. No 1T23, o lucro líquido foi de US$7,3 bilhões comparado a US$8,2
bilhões no 4T22. Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do
Brent e consequente menor resultado financeiro, parcialmente compensado pelas
menores despesas operacionais.

Além disso, houve maior despesa com o imposto de renda, principalmente em função
da ausência de créditos tributários ocorridos no 4T22, pela distribuição de dividendos
referente ao exercício na forma de juros sobre capital próprio. No 1T23, houve
arrecadação de tributos e participações governamentais aos Governos Federal,
Estadual e Municipal, no valor de R$63 bilhões, representando um retorno para a
sociedade de 54% da geração de caixa operacional da Companhia.

Finalizo a minha apresentação. Podem seguir.

Bruno Montanari, Morgan Stanley (via webcast):

William, no refino, quando poderíamos começar a ver a atividade de modernização,


desengargalamento das refinarias atuais? Poderia dividir conosco um range de
investimento em modernização ou desengargalamento para uma unidade de refino,
para termos uma ideia da potencial alocação de capital nesse tipo de projeto?

William França:

Bruno, obrigado pela pergunta. Excelente pergunta. É claro que todo e qualquer
potencial de modernização, desengargalamento, ampliação das nossas unidades de
refino, elas passam por uma análise racional do racional, do estratégico, do econômico,
do risco, obviamente.

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Em considerando essas premissas e também as premissas do PE 2023-2027, que está
em processo de revisão para o 2024-2028, nós temos um potencial muito grande de
desengargalamento das nossas refinarias e ampliação da nossa capacidade de refino.
Nós temos várias refinarias que nós temos projetos, que nós chamamos de fase zero,
em fase de análise, mas com muita robustez.

E vão nos permitir, com o revamp das unidades atuais, do nosso hardware, o incremento
de capacidade de destilação das nossas unidades atuais, sem necessitar de uma
refinaria nova, sem necessidade de um greenfield.

Nós podemos falar em colocar no refino potencialmente duas REDUCs novas. Estamos
falando entre 450 e 500 mil barris dia de produção novos, de capacidade de destilação
novos do nosso refino atual, o que é um valor extremamente robusto e agressivo para
a nossa condição atual.

Então, nós estamos com esse potencial, estamos avaliando, conversando já com a área
econômica da Companhia porque, como eu falei, nós temos que garantir o racional de
todos esses projetos para ter realmente viabilidade. Mas é um potencial muito grande
que está na nossa carteira.

Bruno Montanari (via webcast):

Sergio, a Companhia anunciou dividendos no 1T23 em linha com a política vigente, mas
informou que tal política será revisada até o final de julho. Poderia mencionar o processo
de aprovação da nova política?

De acordo com as discussões atuais, a cabeça da Companhia é manter uma


remuneração trimestral ou é mais provável que a distribuição futura seja semestral ou
até anual? Qual seria o racional de se incluir recompra de ações na ótica da Companhia
e do acionista controlador?

Sergio Caetano Leite:

Obrigado, Carla. Obrigado, Bruno, pelas perguntas. Eu vou respondê-las em linha da


mesma forma que foram formuladas. O processo de formulação da nova política foi
pedido à Diretoria, foi pedido pelo Conselho de Administração à Diretoria. E ela nasce
de uma proposta técnica da Diretoria.

Na finalidade ela é gestada dentro da Diretoria Financeira, passa por apreciação da


Diretoria Executiva, o Colegiado e todos os Diretores. Depois, segue para o Conselho
de Administração. Aprovada, ela será divulgada ao mercado.

Com relação a manter, dentro da política de remuneração, o pagamento trimestral, anual


ou semestral, nós estamos neste momento justamente no início do processo, então
vamos precisar rever a política. Ainda não temos um direcionamento claro de qual vai
ser o caminho, a periodicidade de pagamento, mas iremos propor o que faz mais
sentido, não somente para a gestão de caixa da Empresa, mas também para os nossos
acionistas, para todos os acionistas envolvidos.

O racional de incluir a política de recompra de ações, melhor, de fazer recompra de


ações dentro da política de remuneração do acionista, é em três óticas principais. A
primeira sobre (46:03 - inaudível) da Empresa. A recompra vai permitir uma maior

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flexibilização na gestão de caixa da Empresa. Ao mesmo tempo em que ela leva em
conta os aspectos tributários para alguns acionistas, alguns acionistas vão ter realmente
um tratamento tributário diferenciado, positivo.

Já a remuneração, com toda essa história da recompra, procura alinhar a Petrobras com
as suas congêneres. As empresas, as grandes empresas que atuam de forma mundial
como a Petrobras, têm a recompra incluída na sua política, Bruno. Obrigado.

André Vidal, XP (via webcast):

Spinelli, qual a visão da nova Diretoria sobre os processos de governança e controle da


Petrobras? Algum ponto chama a atenção negativamente? O que pretende alterar?

Mário Spinelli:

Bom André, muito obrigado por sua pergunta. Nós temos a convicção de que a
Petrobras já tem um sistema de governança e de integridade bem robusto, mas isso
não significa que não há o que fazer. O que nós pretendemos é fortalecer nossos
controles, mas adaptar esses controles ao nosso negócio. É importante ter controles
que preservem os nossos ativos, mas também é importante que esses controles não
façam com que a Empresa perca sua agilidade, perca sua eficiência.

Nesse sentido, eu entendo que nós podemos utilizar mais ferramentas de tecnologia da
informação hoje disponíveis no mercado, que agilizam os nossos processos, que
possam agilizar os nossos processos. Da mesma forma, nós temos que aprimorar a
nossa área de risco de compliance para poder identificar o que representa maior risco
e ter uma atuação mais incisiva.

A questão dos assédios também é importante. Nós temos uma estratégia eficiente de
combate, prevenção e combate aos assédios no ambiente de trabalho. A Petrobras já
tem muita coisa feita, mas esse é um tema que cada vez mais é percebido pela
sociedade e tem impacto direto na imagem da Companhia. Nós temos que sempre
aprimorar nossa forma de atuar.

Então, é isso. O que eu acho, o que eu considero mais importante, é reconhecer o que
vem sendo bem feito em termos de controle, em termos de governança, e aprimorar
sempre de forma que a Empresa possa ser eficiente, possa ser ágil, incorporando todas
essas ações de compliance e regras de governança ao nosso negócio.

Monique Greco, Itaú BBA (via webcast):

Bom dia a todos. Obrigada por pegarem as nossas perguntas. Em nome do Itaú,
gostaria de desejar boa sorte à nova Diretoria nesta nova etapa.

Tolmasquim, em relação à parceria com o Equinor, poderia comentar sobre o


andamento da parceria até o momento? A Companhia ainda tem apetite para novas
parcerias relacionadas ao segmento de eólica offshore? Quais outras áreas envolvidas
na transição energética fariam sentido seguir com parceiros estratégicos, e quais outros
a Petrobras poderia seguir sozinha?

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Mauricio Tolmasquim:

Bom dia, Monique. Obrigado pela pergunta. A parceria com a Equinor está no começo
ainda. Nós temos um acordo de algumas áreas em conjunto que nós temos. Entramos
com pedido de licença no Ibama para explorarmos juntos, se houver interesse de ambas
as partes, mas nós ainda estamos aguardando a definição do marco regulatório do setor
para começar também as análises de viabilidade técnica e econômica. Então nós ainda
estamos em um processo bastante inicial.

Quanto à apetite para novas parcerias em eólica offshore, é total. Nós temos essa
parceria com a Equinor, mas nós queremos e estamos conversando com outras
empresas. E não apenas ligado à eólica offshore, mas também ligado a outras
tecnologias e energias: hidrogênio, CCOS, outras áreas.

Isso tudo, como você pergunta, é com parcerias, se a Petrobras poderia seguir sozinha,
a nossa prioridade é entrar com parceria. A questão de entrar com parceria tem algumas
razões. A primeira é porque você reduz a quantidade de CAPEX que você compromete
com um projeto específico, e você pode concentrar em mais projetos. Segundo, que é
uma maneira de compartilhar riscos. E o terceiro, que também é muito importante, é
compartilhar experiências.

Em algumas áreas a Petrobras tem mais expertise, mas em outras, as empresas


parceiras têm mais expertise. Então, trabalhando junto, tem uma situação de ganha-
ganha. E a nossa prioridade é sempre pegar sócios que sejam sólidos, empresas
reconhecidas.

Eu acho que essa parceria com os sócios sólidos também asseguram ao mercado que
o projeto fique em pé, porque o projeto passou pelo critério não apenas da Petrobras,
mas passou também pelo board da nossa parceira, da empresa parceira. Obrigado,
Monique, pela pergunta.

Monique Greco (via webcast):

Em relação à margem equatorial, poderia comentar sobre as expectativas da


Companhia quanto aos trâmites no Ibama? Caso o Presidente do órgão regulador siga
com o parecer negativo apresentado pela área técnica no início do mês, poderia
comentar sobre alternativas a serem buscadas no médio e longo prazo para continuar
aumentando os níveis de produção da Companhia?

Ana Paula Zettel:

Sobre a margem equatorial, a Petrobras segue aguardando o posicionamento do Ibama


em relação à avaliação pré-operacional, que é um exercício para simular a capacidade
de resposta da Companhia em uma remota chance de um acidente. Então nós seguimos
aguardando o posicionamento do Ibama.

E para a realização desse exercício, a Companhia já disponibilizou todos os recursos e


atendeu todos os requisitos do Ibama. Estamos atuando diligentemente junto ao órgão
ambiental e fiscalizador.

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Nós entendemos que a operação é segura na margem equatorial, por isso, no nosso
plano estratégico, nós temos reservado US$ 3 bilhões para investimentos na área. São
16 poços que nós temos programados para perfurar.

Mas, de todo modo, o nosso plano estratégico não se limita à margem equatorial. Nós
temos outros investimentos programados no Brasil, e nós monitoramos muito de perto
todas as oportunidades também no exterior. Colômbia é um exemplo disso, quando nós
tivemos uma descoberta que nós anunciamos recentemente, uma descoberta
importante.

E isso faz parte da nossa gestão ativa de portfólio: buscar oportunidades no Brasil e no
exterior para recomposição das nossas reservas. Então, em termos de médio ou longo
prazo, nós estamos sempre monitorando outras oportunidades. Obrigada.

Regis Cardoso, Credit Suisse (via webcast):

Schlosser, a discussão recente sobre a remuneração dos combustíveis, em particular


mudanças no ICMS da gasolina e diesel, e volta do PIS/Cofins na gasolina, colocou
novamente a política de preços da Petrobras sob os holofotes.

A Companhia reduziu preços ao longo das últimas semanas, mas segue alinhada com
a paridade internacional com até certo prêmio na gasolina nos últimos dias. A Petrobras
pretende mudar a forma de precificar produtos do mercado doméstico? Se sim, quais
seriam as condições de contorno que esta nova política de preços precisaria atender?

Claudio Schlosser:

Eu inicialmente gostaria até de esclarecer a questão da política de preços, porque (54:43


- inaudível) é um termo muito utilizado e é um termo que não é muito adequado. A
política de preços, no nosso entendimento, é uma política de preços de país, e ela deve
ser trabalhada nesse sentido.

O que nós estamos adotando é o desenvolvimento de uma estratégia comercial como


todas as empresas, seja no Brasil, seja no exterior, elas aplicam. E o que eu posso
afirmar no momento é que a Petrobras vai buscar, na execução da sua estratégia
comercial, ser cada vez mais competitiva no mercado brasileiro frente às alternativas
dos seus clientes, seja ela um fornecedor do mesmo produto ou de um produto
substituto.

E nós vamos fazer isso de uma forma muito racional. O parâmetro principal é a
preservação da geração de valor da Companhia. Isso para fazer frente a todos os
investimentos da transição energética, adequação do refino que nós tanto estamos
falando, ou seja, de uma maneira muito simples.

Quando a Petrobras representar a melhor alternativa para o cliente e o cliente


representar melhor alternativa para a Petrobras, nós não vamos perder a venda para os
concorrentes. Essa é bastante simples, bastante básica, a nossa estratégia comercial.
Obrigado mais uma vez pela pergunta.

Carla Albano:

Obrigado a todos. Encerramos neste momento a nossa sessão de perguntas e


respostas. Caso haja perguntas adicionais, elas podem ser enviadas ao nosso time de
relacionamento com investidores.

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Passarei agora a palavra ao Diretor Financeiro de Relacionamento com Investidores,
Sergio Caetano Leite, para seus comentários finais. Por favor, Sergio.

Sergio Caetano Leite:

Os meus comentários são de agradecimento a todos os que participaram, os Diretores


da casa, a disponibilidade de responder às perguntas, ao time que organizou esse
evento, da Diretoria Financeira, a toda Diretoria. E aos jornalistas que estão nos vendo,
as petroleiras e os petroleiros.

Por favor, qualquer dúvida, usem os canais de contato com a Petrobras, na área de
Relação de Investimentos. Estaremos sempre à disposição para respostas. Muito
obrigado.

“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e
completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da
qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos
ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta
transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o
conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da Empresa que realizou o evento transcrito pela MZ.
Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva Companhia para mais
condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição”

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