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12 de maio de 2023
Carla Albano:
Estão presentes conosco hoje: Ana Paula Zettel, Gerente Executiva de Gestão
Integrada de Ativos de Exploração e Produção, representando o Diretor Executivo de
Exploração e Produção, Joelson Mendes; Carlos Travassos, Diretor Executivo de
Engenharia, Tecnologia e Inovação; Clarice Coppetti, Diretora Executiva de Assuntos
Corporativos; Claudio Schlosser, Diretor Executivo de Logística, Comercialização e
Mercados; Mário Spinelli, Diretor Executivo de Governança e Conformidade; Mauricio
Tolmasquim, Diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade; Sergio
Caetano Leite, Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores; e
William França, Diretor Executivo de Processos Industriais e Produtos.
Para iniciar, assistiremos um vídeo com uma mensagem do nosso presidente Jean Paul
Prates.
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Seguimos sempre buscando o retorno dos investimentos e a redução do custo de
capital, maximizando o valor da Companhia e buscando desenvolver o mercado
brasileiro com sustentabilidade.
Aliás, temos a convicção de que o Brasil e a Petrobras têm todas as condições para
serem líderes globais de uma transição energética justa, sem deixar de ser uma
potência de petróleo, estabelecendo parcerias com outras empresas e aproveitando as
diferentes vocações e potencialidades de todas as regiões do Brasil.
Carla Albano:
Mauricio Tolmasquim:
Olá, pessoal. Bom dia. É com muita satisfação que eu estou aqui hoje como primeiro
Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, para fazer essa
apresentação ao mercado dos excelentes resultados obtidos no 1T23.
Como nós podemos ver nos gráficos, durante esse período, nós seguimos alinhados
aos nossos compromissos de sustentabilidade, com níveis de intensidade de carbono
abaixo de 2022. A métrica vinculada a intensidade de carbono nas operações de
exploração e produção, que é o primeiro gráfico, atingiu 14,7 kgCO2 equivalente por
barril no 1T. Esse valor é abaixo do realizado em 2022 e é fruto do nosso esforço
contínuo de redução de emissões das nossas operações.
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Só para se ter uma ideia, Tupi e Búzios têm emissões de 10,6 e 9,3 kgCO2 por barril,
respectivamente, o que é muito abaixo da média nacional e mundial.
Quando nós olhamos o gráfico seguinte, que é o indicador do refino, nós podemos
observar uma redução contínua na intensidade de carbono. Essa melhoria está
associada ao aumento da eficiência energética por meio, por exemplo, da redução de
envio de gases para tocha e otimização de processo.
Vale destacar também a performance da nossa maior refinaria, a REPLAN, que possui
nível de emissão de apenas 31 kgCO2e/CWT, que é a nossa meta para todo o parque
de refino em 2030.
E neste último gráfico, nós podemos observar que o parque termelétrico da Petrobras
vem também reduzindo a emissão de carbono por MW gerado, tanto pela melhoria
operacional das usinas, como, por exemplo, a troca de turbinas por mais turbinas mais
eficientes, como também teve um efeito do menor despacho térmico desse ano.
No próximo slide, nós podemos ver que as nossas emissões operacionais totais caíram
para apenas 11 milhões tCO2e. O baixo despacho de termelétricas também contribuiu
para esse resultado. Se vocês olharem o gráfico da direita, ele mostra que as emissões
operacionais de óleo e gás, ou seja, tirando o efeito das térmicas, também seguem uma
trajetória decrescente.
No próximo slide, nós podemos ver alguns destaques nesse período. O primeiro deles
é o lançamento da revisão do Caderno do Clima. Esse caderno destaca a trajetória de
descarbonização e a gestão de carbono da Companhia. Ele traz também informações
sobre o programa Carbono Neutro e outras iniciativas em andamento na Empresa.
Nós podemos dizer que ele é um documento relevante porque compila o desempenho
em emissões de 2022 e traz os principais projetos implantados nessa área. Além disso,
ele traz informações sobre a gestão de risco, governança e iniciativa para o futuro.
Detalhamos nele, por exemplo, as ações para redução de emissões de metano,
posicionamento sobre a transição justa, estratégia para o uso de crédito de carbono.
Finalmente, queria destacar que, no que diz respeito à nossa cadeia de fornecedores,
nós somos referência em sustentabilidade para o CDP. Isso indica o comprometimento
nosso, da Empresa, de incentivar boas práticas ambientais e medidas de mitigação
das mudanças climáticas frente à cadeia de suprimento.
No próximo slide, que é o último slide da apresentação, nós vamos falar sobre o
segmento de gás e energia. O resultado do período, desse 1T, foi muito bom e é fruto
das ações para construir um portfólio comercial resiliente aos riscos do negócio. A
Petrobras segue trabalhando para atender seus compromissos contratuais de venda de
gás e, nesse trimestre, atingiu 100% de confiabilidade de entrega.
Nesse 1T, o mercado de gás natural da Petrobras manteve-se no nível do 4T22, mas
vocês podem olhar no gráfico, que em relação ao 1T22, houve uma queda de 16 milhões
m3/dia. Por que houve essa queda? Tem dois fatores que explicam essa queda. O
primeiro deles é a abertura do mercado de gás natural no país, e algumas empresas de
quem a Petrobras era parceira e comprava gás, passaram a colocar o seu gás no
mercado.
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O outro fator, e é o preponderante, é a queda do consumo termelétrico. Por que houve
essa queda? Porque houve uma recuperação muito grande dos reservatórios das
hidrelétricas. O mês de abril fechou com 88% de nível, quase um nível histórico. E esse
menor despacho termelétrico acabou sendo uma ótima notícia porque explica parte do
ótimo resultado.
Por que? Com a queda do despacho das termelétricas, nós importamos menos GNL em
um momento em que o combustível, o gás natural, está muito caro no mercado
internacional. Só para finalizar, destacar que, no que diz respeito ao relacionamento
com o mercado não térmico, o mercado das distribuidoras de gás, é uma atuação nossa
comercial para a resolução dos litígios que surgiram no passado recente e a celebração
de novos contratos com alongamento da carteira de vendas. Muito obrigado.
Carla Albano:
Carlos Travassos:
Muito bom dia a todas e a todos. Eu sou o Carlos Travassos. Hoje eu vou estar
apresentando os resultados do segmento E&P, portanto, tanto da Diretoria de
Exploração e Produção como também da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e
Inovação. O Diretor Joelson foi submetido a uma pequena cirurgia, por isso está
impedido de estar conosco hoje. Na semana que vem ele está bem, semana que vem
ele volta e já está aqui atuando na Companhia.
Já na nossa produção total própria, nós vemos uma produção de 2,68 milhões de barris,
também um incremento de 1,1% pelas mesmas motivações que nos levaram a ter
aumento da produção total, majoritariamente a entrada da P-71, ingresso de oito poços
da Bacia de Campos também colaboraram para esse aumento.
Nós observamos uma redução de 4,3, mas essa redução não diz respeito a perda de
reserva ou eficiência operacional, na verdade ela é devido a coparticipação nos campos
de Sépia e Atapu, e 5% de cessão no Campo de Búzios já prevista no nosso contrato.
Um recorde de produção mensal, 2,13 milhões de barris de óleo equivalente por dia. E
um recorde também na produção trimestral, 2,05 milhões de barris de óleo equivalente.
E, além disso, tivemos também, quando comparado a performance de uma unidade, um
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recorde que foi batido pelo FPSO Guanabara, atingimos 179 mil barris de petróleo por
dia.
O último recorde havia acontecido em novembro, com o FPSO Carioca, e nesse mês
de fevereiro nós superamos o FPSO Carioca através do FPSO Guanabara, que teve
uma excelente eficiência operacional e, nesse caso, uma eficiência operacional de
100%.
Pode passar, por favor, para o próximo slide. Nós falando um pouco em relação a custo.
Nós tivemos uma redução de 9% no nosso custo de extração, nosso lifting cost, e 11%
no custo total de petróleo produzido. Nós separamos algumas camadas para fazer essa
avaliação.
Nós sempre gostamos, e acho importante destacar, que quando nós falamos de custo
de extração, nós não estamos falando dos custos totais associados à nossa atividade
de exploração e produção, nossa produção de petróleo. Quando nós falamos, ainda
quando nós falamos de custo total de petróleo produzido, onde nós colocamos os
valores relacionados à depreciação, a participação governamental, além do próprio
custo de extração, que eu já expliquei.
Bom, o último slide fala um pouco do início de perfuração de um poço exploratório. Nós
damos destaque a Aram, em Curaçao. Foi uma descoberta em 2021, nós testamos em
2022 e nesse momento nós estamos lá, fazendo a perfuração de extensão. Alguns
poços vão ser necessários para delimitar o potencial dessa reserva. E, possivelmente,
esperamos que tenhamos brevemente a declaração de comercialidade em Aram.
Dessa vez em destaque, nós colocamos o FPSO Anna Nery. O FPSO Anna Nery é a
primeira unidade do programa de revitalização do Campo de Marlim, que, por sua vez,
faz parte do programa de renovação da Bacia de Campos. Pode passar o slide, eu
continuo falando um pouco do Anna Nery.
Bom, o programa de revitalização do Campo de Marlim, nós temos pela frente o desafio
de retirada de nove unidades e substituição por duas unidades. Isso vai nos trazer,
naturalmente, uma maior eficiência, um incremento de produção de 20%, uma redução
de emissões na ordem de 60%.
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falamos de uma unidade de produção que melhor representa um sistema de produção,
o FPSO, porque ele está ali, visível, mas nós temos, no caso da Revit de Marlim, um
projeto bastante complexo do ponto de vista também submarino.
Esse é um programa, é uma imagem que vocês já estão habituados a ver. São as
nossas unidades que estão previstas no nosso planejamento estratégico 2023-2027.
Recentemente nós anunciamos algumas alterações de data. E eu já avanço falando,
esclarecendo que essas revisões de data não têm interferência na nossa curva de
produção. Na verdade, foram pequenos ajustes feitos como resultado das nossas
análises de risco. Para vocês terem ideia, só que ela muda de um ano para outro ano.
E no caso de IPB, que aparece mudando de um ano para o outro, a revisão foi de 13
dias. Mas, assim, garantindo a transparência que nós temos, toda vez que nós fazemos
uma revisão dessa, muda o planejamento estratégico, nós divulgamos. Então nós
falamos de quatro alterações de data: do IPB , de Búzios 10, do Tamandaré e do BM-
C-33, que é uma unidade que vai ser operada pela Equinor.
Então, as mudanças: nós tivemos em Búzios 10, 32 dias, portanto é um pouco mais de
um mês; no Tamandaré, algo em torno de 100 dias; e no BM-C-33 algo em torno de 140
dias. Como eu falei, essas mudanças são resultados de uma visão de risco, ou seja,
nenhum fato gerador presente, mas em uma perspectiva de risco em relação à
estimativa que nós fazemos de entrada de operação dessas unidades.
E na tela, vocês veem também, uma parte da P-78, uma unidade de Búzios que está
em plena construção.
E nós trazemos um destaque também, uma outra obra que já está em curso, um contrato
que nós assinamos nesse 1T, agora em abril, no início do ano, que é o Trem 1 da
RNEST. Nós vamos expandir, nós vamos aumentar a capacidade de produção desse
trem de 115 mil para 130 mil barris de petróleo por dia. E nós temos a conclusão dessa
obra prevista para 2024.
Carla Albano:
William França:
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Bom dia a todas e a todos. Vamos tentar sermos breves. Primeiro é um prazer e uma
alegria imensa estar voltando à área de Processos Industriais, a área Operacional da
nossa Companhia, já agradecendo a oportunidade que nos foi dada pelo nosso
presidente Jean. É com muita alegria que estamos aqui.
Bom, destacando dois pontos, dois indicadores fundamentais para processos industriais
e para nossa Companhia, o fator de utilização e a disponibilidade operacional das
nossas refinarias. No 1T23, nosso fator de utilização foi 85% compatível com os últimos
trimestres, destacando que nesse 1T23 nós tivemos três paradas grandes: uma
destilação na REVAP e duas paradas grandes na REFAP, em Canoas, e em Cubatão
na RPBC. Paradas bastante grandes.
Hoje nós tivemos mais de 800 equipamentos sendo manutenidos, como trocador de
calor, bombas, pipelines, reatores, torres de fracionamento, destilação, etc. No pico do
histograma, com mais de 10 mil colaboradores contribuindo e performando nesse
grande desafio das paradas.
Então um resultado muito bom de FUT. Para os próximos meses nós não prevemos
nenhuma parada, não há nenhuma parada programada. Nós vamos falar um pouco da
(inaudível) operacional, do DO. Com a nossa (inaudível) boa como estamos hoje, a
nossa proposta e a proposição do nosso planejamento é de FUT (inaudível) acima de
90% nos próximos meses. Nós temos certeza que temos confiabilidade suficiente para
fazer frente a esse desafio da nossa área de planejamento.
O investimento, então, nessas paradas foi de mais de R$1,2 bilhão, como eu destaquei,
bastante importante para a nossa estrutura operacional para podermos ganhar
confiabilidade, fazer frente a esses desafios que nós temos pela frente.
E destacando que esse resultado do nosso refino, de acima de 96, quase chegando em
97 na nossa disponibilidade operacional, é similar, é compatível com os resultados de
DO das melhores refinarias americanas quando nós comparamos, vai para o
benchmark, faz a comparação,com disponibilidade operacional.
Por resultado também, muito bom da nossa estrutura operacional. Resultado esse que
vem pela atuação integrada em todas as áreas da Companhia, principalmente na
comercialização e logística.
Foco na geração de produtos mais auto sustentáveis de maior valor. Então nós tivemos
uma produção de derivados também boa, apesar das paradas, acima de 1,6 milhão na
produção de derivados de barris por dia, e mantendo os rendimentos, principalmente do
diesel S10, muito importante também para nós.
Encerro aqui minha participação, e passo a palavra então de novo para a Carla. Um
abraço a todos. Bom dia.
Carla Albano:
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Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.
Claudio Schlosser:
Obrigado, Carla. Bom dia a todas e todos. É um prazer estar com vocês hoje e falar um
pouco do nosso resultado do 1T23. O primeiro slide que nós temos, ele fala sobre a
venda de derivados. Nós tivemos uma redução nas vendas de derivados no mercado
interno na ordem de 5% em relação ao trimestre anterior. Agora isso já era esperado,
uma vez que o diesel e a gasolina sazonalmente possuem esse consumo mais fraco no
1T do ano.
Mas dessa comparação trimestral, ainda existe um outro efeito, que é o desinvestimento
da REMAN, que aconteceu no final do ano passado, representando cerca de 2,4%
dessa produção. Ainda assim, vale destacar que as vendas de gasolina foram as
maiores registradas para o período, para um 1T nos últimos seis anos, e foi
principalmente impulsionado pela maior competitividade da gasolina em relação ao
etanol.
Falando então sobre fluxos de exportação de petróleo, nosso principal destino continua,
como identificado neste gráfico, a China. É importante ressaltar que, da mesma forma,
nós seguimos com o trabalho constante e busca de oportunidades globais, e pelo
desenvolvimento de novos clientes. Isso sempre gera mais valor para a Petrobras, além
de diversificar o portfólio de clientes.
Esse combustível foi formulado com 10% de biodiesel de soja, reduzindo cerca de 7%
na emissão de gases de efeito estufa, considerando o ciclo de vida completo do
combustível. Isso é um grande passo para a meta de redução de emissões de carbono.
Esse teste foi produzido em 40 dias e não foram reportados nenhum tipo de anomalias
pela tripulação ou diferenças operacionais em relação ao bunker mineral. As amostras
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do combustível coletado e os dados de monitoramento do navio estão em fase final de
análise.
Outra ação, nessa mesma linha, foi que passamos a oferecer ao mercado nacional
exclusivamente o óleo combustível com teor máximo de 1% de enxofre.
Descontinuamos completamente a comercialização do óleo combustível com teor
máximo de 2%. Ao assegurar que todo esse óleo combustível comercializado pela
Companhia no mercado nacional representa um baixo teor de enxofre, nós auxiliamos
muito os consumidores do segmento industrial na redução das suas emissões.
Carla Albano:
Muito obrigada Schlosser. Para finalizar a nossa apresentação dos resultados do 1T23,
passo agora a palavra para o nosso Diretor Financeiro e de Relacionamento com
Investidores, Sergio Caetano Leite.
Estou muito feliz de estar aqui hoje com vocês nesse meu primeiro webcast de
resultados. E mais feliz ainda por falar do importante desempenho que a Petrobras teve
neste 1T23. Tivemos um trimestre bastante sólido em termos de desempenho
operacional e financeiro. Conseguimos realizar diversas importantes entregas, que vou
destacar aqui.
Realizamos a primeira injeção de gás da P-71, que deu continuidade ao seu ramp up
no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos. O rendimento do diesel, gasolina e
QAV no 1T23 atingiu 67% na produção total, 1p.p acima do 4T22.
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Obtivemos também recordes de produção de Diesel S-10 nas refinarias REPAR e
REGAP em janeiro. e na REPLAN em março. Avançamos no desenvolvimento dos
produtos mais sustentáveis e eficientes com a certificação do Diesel R na REPAR, o
lançamento da nova gasolina prêmio, a comercialização exclusiva de óleo combustível
com teor máximo de 1% de enxofre no nosso mercado, e com o início da
comercialização do Ultra Low Sulfur Marine Gas Oil.
Por outro lado, a relação endividamento líquido EBITDA ajustado alcançou a melhor
marca desde 2010. Importante destacar que tivemos o menor nível de endividamento
bruto desde 2010, atingindo US$53,3 bilhões. O nosso ROCE atingiu 15,7%,
continuando no mesmo patamar do 4T22. O nosso lucro líquido alcançou US$7,3
bilhões. E o fluxo de caixa livre atingiu aproximadamente US$8 bilhões. Patamares
bastante expressivos.
Pagamos também US$4,2 bilhões em dividendos, trazendo o nosso caixa para US$15,8
bilhões. Em termos de ambiente externo, tivemos no trimestre a queda de 8% do Brent
e o câmbio médio recuando 1% quando comparamos com o 4T22.
No gás e energia, o EBITDA subiu 16% devido ao cenário favorável e as ações para a
construção de um portfólio comercial resiliente aos riscos do negócio. Conforme
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mencionei anteriormente, os recursos gerados pelas atividades operacionais e o fluxo
de caixa livre alcançaram patamares bastante expressivos.
Próximo slide. No 1T23, o lucro líquido foi de US$7,3 bilhões comparado a US$8,2
bilhões no 4T22. Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do
Brent e consequente menor resultado financeiro, parcialmente compensado pelas
menores despesas operacionais.
Além disso, houve maior despesa com o imposto de renda, principalmente em função
da ausência de créditos tributários ocorridos no 4T22, pela distribuição de dividendos
referente ao exercício na forma de juros sobre capital próprio. No 1T23, houve
arrecadação de tributos e participações governamentais aos Governos Federal,
Estadual e Municipal, no valor de R$63 bilhões, representando um retorno para a
sociedade de 54% da geração de caixa operacional da Companhia.
William França:
Bruno, obrigado pela pergunta. Excelente pergunta. É claro que todo e qualquer
potencial de modernização, desengargalamento, ampliação das nossas unidades de
refino, elas passam por uma análise racional do racional, do estratégico, do econômico,
do risco, obviamente.
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Em considerando essas premissas e também as premissas do PE 2023-2027, que está
em processo de revisão para o 2024-2028, nós temos um potencial muito grande de
desengargalamento das nossas refinarias e ampliação da nossa capacidade de refino.
Nós temos várias refinarias que nós temos projetos, que nós chamamos de fase zero,
em fase de análise, mas com muita robustez.
E vão nos permitir, com o revamp das unidades atuais, do nosso hardware, o incremento
de capacidade de destilação das nossas unidades atuais, sem necessitar de uma
refinaria nova, sem necessidade de um greenfield.
Nós podemos falar em colocar no refino potencialmente duas REDUCs novas. Estamos
falando entre 450 e 500 mil barris dia de produção novos, de capacidade de destilação
novos do nosso refino atual, o que é um valor extremamente robusto e agressivo para
a nossa condição atual.
Então, nós estamos com esse potencial, estamos avaliando, conversando já com a área
econômica da Companhia porque, como eu falei, nós temos que garantir o racional de
todos esses projetos para ter realmente viabilidade. Mas é um potencial muito grande
que está na nossa carteira.
Sergio, a Companhia anunciou dividendos no 1T23 em linha com a política vigente, mas
informou que tal política será revisada até o final de julho. Poderia mencionar o processo
de aprovação da nova política?
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flexibilização na gestão de caixa da Empresa. Ao mesmo tempo em que ela leva em
conta os aspectos tributários para alguns acionistas, alguns acionistas vão ter realmente
um tratamento tributário diferenciado, positivo.
Já a remuneração, com toda essa história da recompra, procura alinhar a Petrobras com
as suas congêneres. As empresas, as grandes empresas que atuam de forma mundial
como a Petrobras, têm a recompra incluída na sua política, Bruno. Obrigado.
Mário Spinelli:
Bom André, muito obrigado por sua pergunta. Nós temos a convicção de que a
Petrobras já tem um sistema de governança e de integridade bem robusto, mas isso
não significa que não há o que fazer. O que nós pretendemos é fortalecer nossos
controles, mas adaptar esses controles ao nosso negócio. É importante ter controles
que preservem os nossos ativos, mas também é importante que esses controles não
façam com que a Empresa perca sua agilidade, perca sua eficiência.
Nesse sentido, eu entendo que nós podemos utilizar mais ferramentas de tecnologia da
informação hoje disponíveis no mercado, que agilizam os nossos processos, que
possam agilizar os nossos processos. Da mesma forma, nós temos que aprimorar a
nossa área de risco de compliance para poder identificar o que representa maior risco
e ter uma atuação mais incisiva.
A questão dos assédios também é importante. Nós temos uma estratégia eficiente de
combate, prevenção e combate aos assédios no ambiente de trabalho. A Petrobras já
tem muita coisa feita, mas esse é um tema que cada vez mais é percebido pela
sociedade e tem impacto direto na imagem da Companhia. Nós temos que sempre
aprimorar nossa forma de atuar.
Então, é isso. O que eu acho, o que eu considero mais importante, é reconhecer o que
vem sendo bem feito em termos de controle, em termos de governança, e aprimorar
sempre de forma que a Empresa possa ser eficiente, possa ser ágil, incorporando todas
essas ações de compliance e regras de governança ao nosso negócio.
Bom dia a todos. Obrigada por pegarem as nossas perguntas. Em nome do Itaú,
gostaria de desejar boa sorte à nova Diretoria nesta nova etapa.
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Mauricio Tolmasquim:
Bom dia, Monique. Obrigado pela pergunta. A parceria com a Equinor está no começo
ainda. Nós temos um acordo de algumas áreas em conjunto que nós temos. Entramos
com pedido de licença no Ibama para explorarmos juntos, se houver interesse de ambas
as partes, mas nós ainda estamos aguardando a definição do marco regulatório do setor
para começar também as análises de viabilidade técnica e econômica. Então nós ainda
estamos em um processo bastante inicial.
Quanto à apetite para novas parcerias em eólica offshore, é total. Nós temos essa
parceria com a Equinor, mas nós queremos e estamos conversando com outras
empresas. E não apenas ligado à eólica offshore, mas também ligado a outras
tecnologias e energias: hidrogênio, CCOS, outras áreas.
Isso tudo, como você pergunta, é com parcerias, se a Petrobras poderia seguir sozinha,
a nossa prioridade é entrar com parceria. A questão de entrar com parceria tem algumas
razões. A primeira é porque você reduz a quantidade de CAPEX que você compromete
com um projeto específico, e você pode concentrar em mais projetos. Segundo, que é
uma maneira de compartilhar riscos. E o terceiro, que também é muito importante, é
compartilhar experiências.
Eu acho que essa parceria com os sócios sólidos também asseguram ao mercado que
o projeto fique em pé, porque o projeto passou pelo critério não apenas da Petrobras,
mas passou também pelo board da nossa parceira, da empresa parceira. Obrigado,
Monique, pela pergunta.
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Nós entendemos que a operação é segura na margem equatorial, por isso, no nosso
plano estratégico, nós temos reservado US$ 3 bilhões para investimentos na área. São
16 poços que nós temos programados para perfurar.
Mas, de todo modo, o nosso plano estratégico não se limita à margem equatorial. Nós
temos outros investimentos programados no Brasil, e nós monitoramos muito de perto
todas as oportunidades também no exterior. Colômbia é um exemplo disso, quando nós
tivemos uma descoberta que nós anunciamos recentemente, uma descoberta
importante.
E isso faz parte da nossa gestão ativa de portfólio: buscar oportunidades no Brasil e no
exterior para recomposição das nossas reservas. Então, em termos de médio ou longo
prazo, nós estamos sempre monitorando outras oportunidades. Obrigada.
A Companhia reduziu preços ao longo das últimas semanas, mas segue alinhada com
a paridade internacional com até certo prêmio na gasolina nos últimos dias. A Petrobras
pretende mudar a forma de precificar produtos do mercado doméstico? Se sim, quais
seriam as condições de contorno que esta nova política de preços precisaria atender?
Claudio Schlosser:
E nós vamos fazer isso de uma forma muito racional. O parâmetro principal é a
preservação da geração de valor da Companhia. Isso para fazer frente a todos os
investimentos da transição energética, adequação do refino que nós tanto estamos
falando, ou seja, de uma maneira muito simples.
Carla Albano:
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Passarei agora a palavra ao Diretor Financeiro de Relacionamento com Investidores,
Sergio Caetano Leite, para seus comentários finais. Por favor, Sergio.
Por favor, qualquer dúvida, usem os canais de contato com a Petrobras, na área de
Relação de Investimentos. Estaremos sempre à disposição para respostas. Muito
obrigado.
“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e
completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da
qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos
ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta
transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o
conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da Empresa que realizou o evento transcrito pela MZ.
Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva Companhia para mais
condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição”
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