ULTRA-SOM - SOLDAS Manual: S-US

INSTRUÇÕES AO CANDIDATO
EXAME PRÁTICO Página: 1 de 6

IT–039 Revisão: 9 (mar/2004)

1. OBJETIVO
Este documento tem por objetivo, fornecer ao candidato as instruções necessárias para execução do
exame prático específico no ensaio não destrutivo por ultra-som, de acordo com o Sistema Nacional de
Qualificação e Certificação.

2. NORMAS E DOCUMENTOS APLICÁVEIS

− ABENDE - NA-01 - Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos.
− ABENDE - DC-001- Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos -
Documento Complementar No.1.
− PR-011 – Procedimento de End – Ultra-som em soldas.
− LV-055 – Lista de verificação – Candidato - Exame Prático – Ultra-som em soldas
− IT-114 – Instruções ao Candidato – Geral

3. MODALIDADES
O exame prático específico será aplicado nos seguintes subníveis:
SUBNÍVEL ATRIBUIÇÃO
US-N2-S1 Abrange US-N1-CL + inspeção de soldas de topo em peças planas e ≥ 15mm +
soldas de topo circunf. em tubos e ≥ 15mm e ∅ ext. ≥ 220mm + soldas
longitudinais em tubos com e ≥ 15 mm ∅ ≥ 500mm.
US-N2-S2 Abrange US-N2-S1 + inspeção de soldas de topo em peças planas e ≥ 6mm +
soldas de topo circunf. em tubos com e ≥ 6mm ∅ ext. ≥ 220mm + soldas de topo
longitudinais em tubos e ≥ 6 mm ∅ ≥ 500mm.
US-N2-S2.1 Abrange US-N2-S2 + soldas de topo circunferenciais em tubos com e
≥ 4,8mm ∅ ext. ≥ 60 mm.
US-N2-S3 Abrange US-N2-S2 + inspeção juntas de ângulo: em quina, em L em T ou em
ângulo.
US-N2-S4 Abrange US-N2-S3 + inspeção em juntas de seção transversal da solda com
geometria variável (conexões de equipamentos).
US-N2-AE1
Abrange US-N2-S4 + junta tubular (Nó)
(Junta Tubular)

4. REGRAS GERAIS
4.1 A qualificação de inspetores de ultra-som é inerente a cada modalidade/subnível, conforme descrito no
item anterior.

4.2 O candidato fará o exame prático em seguida aos exames teóricos, sem interrupção.

4.3 Para a realização do exame prático o candidato deve apresentar-se munido de todo o equipamento
necessário para o exame. O candidato poderá também fazer opção pelo uso do material do CEQ no ato
de sua inscrição.

4.4 Durante o exame o candidato somente deve fazer uso da cópia do procedimento de ensaio entregue
pelo examinador no momento do exame.

4.5 Os relatórios deverão ser escritos com caneta azul ou preta. É proibido o uso de lápis. Os relatórios não
deverão conter rasuras ou emendas, que possam causar dúvidas no resultado do candidato.

4.6 O exame será interrompido durante o horário de almoço.

4.7 Quando o aparelho utilizado pelo candidato possuir recursos de memória de dados (datalogger), o
examinador procederá a uma verificação dos arquivos de memória antes e após o exame. A tentativa
de uso de informações reservadas do exame, implica nas penalidades indicadas nos documentos e
normas do Sistema Nacional de Qualificação e Certificação.,
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5. APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO EXAME PRÁTICO

5.1 DIVISÃO E SEQUÊNCIA DE APLICAÇÃO DO EXAME.

O exame prático constará de três etapas.

5.1.1 Etapa I – Nesta etapa o candidato deve demonstrar os conhecimentos e habilidades para a
execução das seguintes atividades:
a) Calibração de escalas com cabeçote angular nos blocos V1 e V2;
b) Verificação do ponto de emissão e ângulo do cabeçote angular;
c) Verificação da linearidade vertical do aparelho;
d) Verificação da linearidade horizontal do aparelho;
e) Verificação da resolução de cabeçote angular;
f) Traçagem de feixe sônico pelo método dos 20 dB (cabeçote do CEQ);
g) Traçagem de uma curva DAC com cabeçote de 70º.

5.1.1.1 As atividades de c) até e), deverão ser realizadas pelo candidato com base em um
procedimento qualificado ou norma específica.

5.1.1.2 As atividades de a), até e) serão do tipo demonstração de conhecimentos, portanto não
será solicitado o preenchimento de formulários de registro de resultados.

5.1.1.3 Para os itens f) e g) deverá ser emitido um registro pelo candidato.

5.1.2 Etapa II – O candidato deverá inspecionar os corpos indicados na tabela a seguir:

Modalidade/Sub-nível Quantidade / Tipo de CP Tempo(h) (nota 2)

US-N2-S1 1 tubo ∅ 323mm e = 16 a 18mm (∅ 12" sch 80) 3,5
1 chapa e = 23 a 25mm 3,0
1 tubo ∅ 323mm e = 16 a 18mm (∅ 12" sch 80) (nota 1) 3,5
US-N2-S2 1 chapa e = 23 a 25mm (nota 1) 3
1 tubo ∅ 220mm e = 8 a 9mm (∅ 8" sch 40) 3,5
1 chapa e = 6 a 8mm 3,0
1 tubo ∅ 323mm e =16 a 18mm (∅ 12" sch 80) (nota 1) 3,5
1 chapa e = 23 a 25mm (nota 1) 3,0
US-N2-S2.1 1 tubo ∅ 220 mm e = 8 a 9 mm (∅ 8 sch 40) (nota 1) 3,5
1 chapa e = 6 a 8 mm (nota 1) 3,0
1 tubo ∅ = 88,9 mm e = 5,5mm (∅ 3" sch 40) 2,0
1 tubo ∅ = 60,3mm e = 5,5mm (∅ 2" sch 80) 2,0
1 tubo ∅ 323mm e =16 a 18mm (∅ 12" sch 80) (nota 1) 3,5
US-N2-S3 1 tubo ∅ 220mm e = 8 a 9 mm (∅ 8" sch 40) (nota 1) 3,5
1 chapa e = 23 a 25 mm (nota 1) 3,0
1 junta de ângulo em "T" (e = 12 a 45 mm) 4,0
1 junta de ângulo em ângulo (e = 12 a 45 mm) 4,0
1 tubo ∅ 323mm e =16 a 18mm (∅ 12" sch 80) (nota 1) 3,5
US-N2-S4 1 tubo ∅ 220 mm e = 8 a 9 mm (∅ 8" sch 40) (nota 1) 3,5
1 chapa e = 23 a 25 mm (nota 1) 3,0
½ conexão com chanfro de geometria variável 6,0
1 tubo ∅ 323mm e =16 a 18mm (∅ 12" sch 80) (nota 1) 3,5
1 tubo ∅ 220 mm e = 8 a 9 mm (∅ 8" sch 40) (nota 1) 3,5
US-N2-AE1 1 chapa e = 23 a 25 mm (nota 1) 3,0
(Junta Tubular) ½ conexão com chanfro de geometria variável (nota 1) 6,0
½ junta tubular (nó) "stub" ∅ = 450mm 6,0
esp. = 8 a 15mm (∅ 18" sch xs)
"can" ∅ = 609 mm esp. = 24,7 mm (∅ 24" sch 60)
Notas:
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(1) Elemento já qualificado em sub-nível contemplado por este CP está dispensado da inspeção.
(2) Tempo para inspeção e emissão de relatório.

5.1.3 Etapa III – O candidato deve elaborar uma instrução de END de um corpo de prova fornecido. Esta
instrução tem como objetivo orientar um profissional nível 1 na execução do ensaio do corpo de
prova fornecido que pode ser uma chapa para detecção de dupla-laminação ou um tubo para
medição de espessura.

5.2 TEMPO DISPONÍVEL

5.2.1 Etapa I – 1,5 horas.

5.2.2 Etapa II - O tempo disponível para a execução desta etapa (ensaio do CP, emissão de laudo e
preenchimento do relatório), será conforme definido na tabela do item 5.1.2. Antes do início desta
etapa, se necessário, poderá ser dado um tempo de 1 (uma) hora para que sejam traçadas curvas
de referência/feixe sônico.

5.2.3 Etapa III – 1,5 horas.

5.3 EXECUÇÃO DAS ETAPAS

5.3.1 O candidato deve realizar o ensaio de acordo com o procedimento de inspeção fornecido.

5.3.2 O local de realização do ensaio deve ser mantido limpo e organizado.

5.3.3 O examinador determinará a relação dos corpos de prova a serem inspecionados. Todos os corpos
de prova estão numerados e o referencial "zero" para determinação da posição das
descontinuidades está estabelecido segundo o critério a seguir:

TUBOS E CHAPAS
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JUNTAS DE ANGULO

CONEXÕES

JUNTA TUBULAR

Medir na margem superior da solda (lado elemento secundário)

Nota: Ponto zero na geratriz superior do elemento principal.
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5.4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS,

5.5.1 É de responsabilidade do candidato a seleção e utilização de materiais e equipamentos com

qualidade assegurada.

5.5.2 O examinador fornecerá ao candidato os seguintes materiais:

− Instruções ao candidato
− Procedimento de ensaio
− Formulário para registro de resultados (conforme o procedimento de ensaio)
− Mapa de localização longitudinal de descontinuidades (conforme o procedimento de ensaioI)
− CP's para inspeção

5.5.3 O candidato poderá solicitar ao examinador outros materiais e informações, desde que sejam
pertinentes a execução do ensaio.

6. CRITÉRIO DE REGISTRO E DE AVALIAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES

6.1 Todas as indicações registradas devem ser em tamanho real e as mesmas relatadas no formulário
fornecido pelo examinador obedecendo a escala que o mesmo contém.

6.2 As descontinuidades registradas devem ser avaliadas de acordo com o critério constante no
procedimento fornecido pelo examinador.

6.3 Para cada corpo de prova deverá ser emitido um relatório e preenchido o formulário de localização
longitudinal de descontinuidades.

7. AVALIAÇÃO DO EXAME PRÁTICO

(1) Para os sub-níveis S2, S3 ou S4, se o candidato obtiver desempenho não satisfatório nos CP’s do sub-
nível pretendido, mas tiver obtido desempenho satisfatório nos CP’s referentes a S1, o candidato será
considerado qualificado como US-N2-S1.

(2) Para o sub-nível S2.1, se o candidato obtiver desempenho não satisfatório nos CP’s deste sub-nível,
mas tiver obtido desempenho satisfatório nos CP’s referentes a S2 e S1, o candidato será considerado
qualificado como US-N2-S2 e, se tiver obtido desempenho insatisfatório nos CP’s referentes a S2, mas
satisfatório nos CP’s referentes a S1, o candidato será considerado qualificado como US-N2-S1.

(3) Para o sub-nível AE1, se o candidato obtiver desempenho não satisfatório no CP deste sub-nível , mas
tiver obtido desempenho satisfatório em todos os CP’s referentes a S4, o candidato será considerado
qualificado como US-N2-S4 e, se tiver obtido desempenho insatisfatório também no CP referente a S4,
mas satisfatório nos CP’s referentes a S1, o candidato será considerado qualificado como US-N2-S1.

8. RETORNO DE CANDIDATO REPROVADO

Caso o candidato tenha obtido desempenho satisfatório em pelo menos 50% dos corpos de prova (ver
exemplo abaixo), no seu retorno será avaliado somente nos CP’s com resultado não satisfatório.
Persistindo a deficiência, o candidato terá direito apenas a mais uma chance, com os mesmos critérios
citados acima. Caso o candidato não consiga a aprovação nesta oportunidade, no próximo retorno o exame
será aplicado integralmente.
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EXEMPLO: US-N2-S2

1º EXAME RESULTADO
01 Tubo ∅ 323mm; e = 16 a 18mm AP * Aprovado para
01 Chapa e = 23 a 25mm AP US – N2 – S1

01 Tubo ∅ 220mm; e = 8 a 9mm REP

01 Chapa e = 6 a 8mm REP

2º EXAME RESULTADO
01 Tubo ∅ 220mm; e = 8 a 9mm AP
01 Chapa e = 6 a 8mm REP

3º EXAME RESULTADO
01 Chapa e = 6 a 8mm AP - Qualificado
REP-Exame Integral

Observação: * Neste exemplo o candidato foi reprovado para US-N2-S2 e aprovado para US-N2-S1 no
exame prático. Dependendo do cálculo da média final ponderada das notas dos exames teórico e prático o
candidato poderá ser certificado como US-N2-S1.