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COTEQ 160

SUBSTITUIÇÃO DA TÉCNICA DE INSPEÇÃO EM SOLDAS POR


ULTRASSOM CONVENCIONAL A-SCAN PELA TÉCNICA
PHASED ARRAY MANUAL
Marcelo C. Salomão¹, Humberto S. Campinho², Fabiana D. Fonseca³, Rafael H. C. Ricotta4

Copyright 2011, ABENDI, ABRACO e IBP.


Trabalho apresentado durante 11ª. Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos.
As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s)
autor (es).

SINOPSE

Estudo demonstrando que a substituição do Ensaio por Ultrassom Convencional A-Scan pelo
Ultrassom Phased Array Manual S-Scan com base no ASME V Art. 4 ( 1 ), passa a ser uma
ferramenta que agrega maior confiabilidade na inspeção de soldas, possibilitando melhores
respostas de amplitude, devido à melhor incidência de perpendicularidade, menor
subjetividade na interpretação de defeitos por parte do inspetor e maior produtividade de
inspeção.

Foram utilizados 09 corpos de prova com espessuras variando de 5,2 a 25,4 mm entre chapas
planas, e tubulações com diâmetros de 50 mm a 302 mm, sendo todos os corpos de prova
radiografados. Desta forma, as imagens obtidas dos defeitos por radiografia foram
comparadas com as respostas do ultrassom convencional manual A-Scan e ultrassom phased
array manual, sendo este o objeto de avaliação e o ultrassom convencional utilizado como
referência de base, devido a seu elevado domínio pelo público envolvido.

Foram demonstrados vários pontos positivos e negativos da substituição nos comentários do


N3, sendo concluído que, de acordo com o Code Case 2557, a substituição com a técnica
phased array vem de encontro às maiores exigências de desempenho por parte dos
profissionais que atuam com o ultrassom, bem como as solicitações de qualidade e
produtividade da indústria.

____________________________________
¹ US/LP/PM-N3, Engenheiro Industrial Mecânico – POLIEND
² Mestre, Consultor Sênior – PETROBRÁS- ENGENHARIA/SL/SEQUI/CI
³ Engenheira Mecânica, Técnica de Projetos - PETROBRÁS- ENGENHARIA/SL/SEQUI/CI
4
Técnico de Projetos - PETROBRÁS- ENGENHARIA/SL/SEQUI/CI
___________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO

Diante da utilização de processos mais eficientes com laudos mais precisos, principalmente
nas soldas de construção e montagem, o ensaio de ultrassom vem contribuindo
significativamente neste campo, deixando de ser uma ferramenta de laboratório e passando
para sua real efetivação.

O ultrassom clínico veio auxiliar a avaliação mais precisa e veloz dos diagnósticos na área da
saúde, mas aparelhos com softwares sofisticados e grandes dimensões, tornavam seu uso para
a indústria um desafio.

Através da miniaturização dos equipamentos, foi possível chegar até a indústria uma geração
de aparelhos que pudessem auxiliar os diagnósticos das inspeções com maior velocidade,
precisão e grande diminuição de sua subjetividade.

Já são conhecidos no Brasil sistemas sofisticados - de laudos por imagem industrial, como,
por exemplo, o ultrassom automatizado, que agrega vários perfis de visualização. A utilização
destes sistemas traz a compreensão de que a substituição das técnicas convencionais por
técnicas mais avançadas contribua também nas condições de precisão e produtividade nos
laudos na área industrial.

O presente trabalho vem proporcionar um incremento para o início do uso de um


procedimento que atenda as possibilidades de inspeção dentro dos parâmetros previstos para o
código ASME V (1) e norma Petrobrás N-1594 (4) na técnica convencional, sendo substituída
pelo Code Case 2557 (2) que determina as variáveis essenciais para o uso da técnica phased
array manual através do título – Use of Manual Phased Array S-Scan Ultrasonic Examination
Per Article 4 – Section V.

Dada a situação de trabalho em que algumas variações complexas de juntas não são atendidas
por sistemas automatizados, o Setor de Engenharia e Qualificação Industrial da Petrobrás se
interessou pelo desenvolvimento do estudo da técnica de ultrassom phased array manual,
dando início à busca por profissionais e empresas capazes de desenvolver este trabalho. Com
esse objetivo, o SEQUI solicitou visitas da GE e da POLIend, – na presença do seu
profissional US N3, ocasião em que receberam as orientações e regras que culminaram na
construção da metodologia e evidências para a qualificação de um procedimento nesta
técnica.

Este estudo tem como objetivo demonstrar, de forma evidenciada, a possibilidade de


substituição do ensaio de ultrassom convencional A-Scan, pela técnica phased array manual
S-Scan em juntas soldadas de topo para chapas e tubulações com espessuras de 5,2 mm até
25,4 mm e diâmetros de 50,4 mm até 302 mm, considerando o Código ASME V Code Case
2557 ( 2 ).
2. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: SUBSTITUIÇÃO DA TÉCNICA DE
INSPEÇÃO EM SOLDAS POR ULTRASSOM CONVENCIONAL A-SCAN PELA
TÉCNICA PHASED ARRAY MANUAL

2.1. Escolha dos Corpos de Prova

Para o desenvolvimento operacional, foi providenciada a confecção de 09 corpos de prova,


contendo as faixas mínimas e máximas de trabalho, com especificações demonstradas na
tabela 1:

Tabela 1: Dimensões básicas e códigos de identificação dos corpos de prova.

Norma
Item Corpo de Prova Descrição do CP
Inspeção/Laudo

1 CP 2 Topo 25 Chapa plana de 25,4 mm - chanfro V ASME V/ASME VIII

2 CP 1 Topo10 Chapa plana de 10,0 mm - chanfro V ASME V/ASME VIII

3 CP 7 TB 12 1/2” Tubo 12,5” c/ 18,5 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

4 CP 6 TB 8” Tubo 8” c/ 8,0 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

5 CP 5 TB 4” Tubo 4” c/ 6,35 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

6 CP 4 TB 3” Tubo 3” c/ 6,35 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

7 CP 3 TB 3” Tubo 3” c/ 6,35 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

8 CP 1 TB 2” Tubo 2” c/ 5,2 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

9 CP 2 TB 2” Tubo 2” c/ 5,2 mm - chanfro V ASME V/ASME B31.3

2.2. Metodologia Utilizada

Na fase de testes dos corpos de prova, deveria ser demonstrada a detecção mínima de defeitos
pela técnica do ultrassom phased array manual, através da sua comparação com as técnicas de
radiografia e ultrassom convencional.

Para tanto, foi definida a seguinte metodologia para a realização da parte prática do trabalho:

9 Radiografia de cada corpo de prova com a definição dos defeitos com sua respectiva
imagem ou região de detecção;

9 Inspeção por ultrassom convencional, considerando ASME V (1) e norma Petrobrás (4)
para faixa de espessura até 25,4 mm com furo de referência de Ø 2,4 mm;
9 Inspeção por ultrassom phased array com varredura manual, considerando ASME V e
Code Case – 2557 (2) para a faixa de espessura até 25,4 mm com furo de referência de Ø
2,4 mm, sendo que espessuras inferiores a 19 mm, a inspeção foi executada com 4 MHz e
espessuras superiores a 19 mm a inspeção também foi realizada com 2,25 MHz.

2.3. Aparelhagem Utilizada, Configuração e Setup de Varredura Phased Array

2.3.1. Aparelhagem Utilizada

Para o desenvolvimento da fase prática de análise dos corpos de prova, foi utilizado o
conjunto de aparelhagem de ultrassom descrito na tabela 2 a seguir:

Tabela 2: Aparelhagem utilizada para análise dos Corpos de Prova.

Tipo de Acessório Modelo Fabricante

GE Phasor XS- Modo Convencional GE


Aparelho
GE Phasor XS- Modo Phased Array

Transdutor
MWB 45, 60 e 70 - 4 MHz GE
Convencional

115-500-013
Transdutor Phased
Array 4 MHz, 16 elementos, pitch 0,5 mm,
GE
elevação 9,0 mm

115-500-017
Transdutor Phased
Array 2,25 MHz, 16 elementos, pitch 1,0
GE
mm, elevação 13,0 mm

2.3.2. Configuração do aparelho Phased Array

De modo a manter a mesma condição de inspeção no comparativo entre as técnicas, o phased


array foi configurado como:

9 Setorial;

9 Não focalizado;

9 Acionamento 1 a 1 dos elementos.


2.3.3. Setup de Varredura Phased Array

As seguintes imagens – Figuras 1 a 4 – demonstram as distâncias de varredura para uma


inspeção realizada no corpo de prova de chapa de 25,4mm, utilizando frequências de 4 MHz e
2,25 MHz. O método de inspeção utilizado neste exemplo foi definido como padrão e
aplicado aos demais corpos de prova.

Nas figuras Nº 1 e 2, ficam definidas as distâncias de varredura necessárias para atender aos
requisitos propostos pelo Código ASME V para o transdutor de 4 MHz com tamanho do
cristal de 8 x 9 mm, que determina a cobertura da área inspecionada através da incidência de
02 ângulos com diferença superior de 10° na mesma região. Desta forma, a figura 1 incide o
maior ângulo na parte superior da raiz da solda e a figura 2 complementa a varredura na parte
superior da solda.

SETUP de 4 MHz - Obtenção das varreduras necessárias: Distâncias OFFSET

Figura 1: 1ª. Varredura: Incidência na raiz e Figura 2: 2ª. Varredura: Incidência e perpendicularidade
perpendicularidade de 60º na parte inferior da solda: de 60º na parte superior da solda: ORIGIN OFFSET= 80
ORIGIN OFFSET= 54 mm mm

Coordenadas Vermelha e Azul indicam limite máximo da variação de ± 10º de incidência prevista em relação ao feixe
incidente perpendicular ao chanfro de 30º

Nas figuras Nº 3 e 4, ficam definidas as distâncias de varredura necessárias para atender aos
requisitos propostos pelo Código ASME V para o transdutor de 2,25 MHz com tamanho do
cristal de 13 x 16 mm, que determina a cobertura da área inspecionada através da incidência
de 02 ângulos com diferença superior de 10° na mesma região. Desta forma, a figura 3 incide
o maior ângulo na parte superior da raiz da solda e a figura 4 complementa a varredura na
parte superior da solda.
SETUP de 2,25 MHz - Obtenção das varreduras necessárias: Distâncias OFFSET

Figura 3: 1ª. Varredura: Incidência na raiz e Figura 4: 2ª. Varredura: Incidência e perpendicularidade
perpendicularidade de 60º na parte inferior da solda: de 61º na parte superior da solda: ORIGIN OFFSET= 76
ORIGIN OFFSET= 50 mm mm

Coordenadas Vermelha e Azul indicam limite máximo da variação de ± 10º da incidência prevista em relação ao feixe
incidente perpendicular ao chanfro de 30º

2.4. Comparação entre Inspeções

Para estabelecer um parâmetro comparativo entre as técnicas para a detecção dos defeitos,
foram utilizados o relatório radiográfico e imagens de cada defeito por radiografia figura 5 e
6, o registro no relatório de ultrassom convencional figura 7 e sua comparação com o registro
no relatório de ultrassom phased array figura 8 e 9.

As imagens das figuras 5 a 9 representam a comparação efetuada para um defeito, método


que também foi estabelecido como padrão e aplicado para cada defeito, na totalidade dos
corpos de prova.
Defeito 1 – Trinca – Comparação entre imagens RX x USCV x USPA – CP 2 Topo 25

Figura 5: Identificação do CP Figura 6: Radiografia: Trinca Longitudinal Defeito Nº 1

Figura 7: Ultrassom Convencional 4 MHz Figura 8: Ultrassom Phased Array 4 MHz


Amplitude de 100% + 9,6 dB Amplitude: 100% + 7 dB

Figura 9: Ultrassom Phased Array 2,25 MHz


Amplitude de 100% + 8,0 dB
Nas figuras 7 a 9 acima, os dados do ganho serão utilizados para a construção da diferença de
ganho entre as imagens de A-scan e phased array, sendo que para cada corpo de prova foi
construído um gráfico de suas diferenças de amplitude.

2.5. Comparação entre Amplitudes

Os limites de registro do ultrassom convencional passaram a ser a base para avaliação do uso
do ultrassom phased array.

2.6. Resultado por Corpo de Prova

Para cada corpo de prova, foram extraídos os comparativos de amplitudes entre as diferenças
obtidas do ultrassom convencional para o ultrassom phased array, sendo as mesmas inseridas
em um gráfico para avaliação dos valores divergentes.

A seguir, as figuras 10 a 18 representam os quadros comparativos dos resultados de cada


corpo de prova. Para avaliação do gráfico, considerar a legenda como:

Legenda:

9 US CV: Ultrassom Convencional A-Scan

9 PA: Ultrassom Phased Array Setorial Manual

Figura 10: Defeitos Corpo de Prova - Chapa Topo de 25 mm, onde a frequência de 4 Mhz em
PA apresentou todos os defeitos com amplitudes inferiores ao nível de referência do US CV e a
frequência de 2,25 MHz em PA, apresentou 01 indicação inferior e 03 indicações acima do
nível de referência do US CV.
Figura 11: Defeitos Corpo de Prova – Chapa Topo de 10 mm, onde a frequência de 4 MHz
em PA apresentou 03 defeitos, sendo 01 abaixo, 01 coincidente e 01 acima do nível de
referência do US CV. A frequência de 2,25 MHz em PA nesta espessura não foi utilizada.

Figura 12: Defeitos Corpo de Prova -Tubo 12” de 19 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou 04 defeitos coincidentes e 01 acima do nível de referência do US CV. A
freqüência de 2,25 em PA apresentou os 05 defeitos acima do nível de referência do US CV.
Para os corpos de prova seguintes dos gráficos das figuras 13 a 18, a frequência de 2,25 MHz
não foi utilizada.

Figura 13: Defeitos Corpo de Prova - Tubo 8” de 8,0 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou todos os 06 defeitos acima do nível de referência do US CV.

Figura 14: Defeitos Corpo de Prova Tubo 4” de 6,35 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou 01 defeito acima, 01 coincidente e 02 abaixo do nível de referência do US CV.
Figura 15: Defeitos Corpo de Prova - Tubo 3” de 6,35 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou 01 defeito coincidente e 03 acima do nível de referência do US CV.

Figura 16: Defeitos Corpo de Prova - Tubo 3” de 6,35 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou 03 defeitos acima do nível de referência do US CV.
Figura 17: Defeitos Corpo de Prova - Tubo 2” de 5,2 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou 03 defeitos acima do nível de referência do US CV.

Figura 18: Defeito Corpo de Prova Tubo 2” de 5,2 mm, onde a frequência de 4 MHz em
PA apresentou somente 01 defeito, sendo este acima do nível de referência do US CV.

2.7. Resultado Acumulado dos Corpos de Prova

De modo a inserir todos os dados em uma só visualização, foram transportadas as


informações de cada resultado em um mapa para levantamento de Percentuais de Defeitos
Detectados x Amplitude (Figura 19):
Figura 19: Gráfico acumulativo de todos os resultados
Obs: Os defeitos 1 a 4 (espessura de 25,4 mm) e 8 a 12 (espessura de 19,0 mm) foram detectados tanto com transdutores de
2,25 MHz (vermelho) quanto 4 MHz (azul)

Dos valores acima expostos, foram levantadas as condições percentuais conforme tabela 3 a
seguir:

Tabela 3: Percentuais dos resultados.

Diferença em dB com Relação a Curva de


Números de % em Relação ao
100% da Inspeção por Ultrassom
Defeitos Total Avaliado
Convencional

6 14,28 - 2,6 a - 0,3

8 19,04 > - 0,3 a + 0,1

28 66,66 > 0,1 a + 8,7

2.8. Considerações do Profissional N3 e Vantagens

Através do estudo apresentado, podem-se comprovar os conceitos de melhoria da inspeção


por ultrassom através da técnica Phased Array Manual em substituição ao Ensaio
Convencional Manual, com vantagens nos seguintes itens:

9 Confiabilidade de detecção em 100% dos defeitos, sendo 14,28% dos mesmos detectados
dentro de -2,6 dB da curva de referência e 85,72 % iguais ou maiores que a curva de
referência;

9 Alta detectabilidade em espessuras finas de defeitos do tipo Trinca, principalmente quando


comparado com a radiografia na técnica de PD/VD;
9 Melhor detectabilidade em pequenas falhas do tipo Falta de Fusão no bisel da raiz, devido
à forma convencional apresentar baixa resolução em distâncias muito curtas, contribuindo a
imagem em phased array para a decisão mais concreta por parte do inspetor, reduzindo
totalmente sua subjetividade nesta região;

9 Facilidade de detecção com cabeçote de 2,25 MHz em espessuras superiores a 19,0 mm,
devido à baixa perda de atenuação, equilíbrio entre campo próximo médio (em torno de 54,0
mm) e a baixa divergência;

9 Maior produtividade de inspeção, suprimindo uma ou até duas varreduras com movimentos
do tipo avança-recua;

9 Posicionamento da junta na tela do aparelho;

9 Melhor apresentação do relatório com a possibilidade da imagem estática em S-Scan;

9 Maior facilidade na caracterização do tipo de defeito devido ao posicionamento da


indicação na junta e a associação de formações específicas de imagens;

9 Mudança de comutação do aparelho de convencional para phased array imediato em


somente uma tecla.

2.9. Desvantagens

Como desvantagens pode-se considerar os seguintes itens:

9 Custo atual do aparelho phased array manual de 2 a 3 vezes o valor do aparelho


convencional;

9 Pouco domínio da técnica por parte dos profissionais de ultrassom qualificados;

9 Necessidade de treinamento específico por modelo de aparelho.

9 Este sistema não atende aos requisitos do ASME VIII Div. 2 (6 ) e o ASME CODE CASE
2235 ( 5 ), quanto à substituição do ensaio radiográfico pelo ensaio de ultrassom.
3. CONCLUSÃO

A partir do trabalho realizado, as avaliações praticadas em corpos de prova e a verificação


entre as técnicas de ultrassom convencional, ultrassom phased array e radiografia em defeitos
permitiram analisar que o estudo da proposta de substituição prevista no objetivo apresentou
três vantagens significativas, sendo elas:

9 Melhoria da amplitude de resposta, através da melhor incidência de um ângulo real de


perpendicularidade em substituição aos ângulos convencionais nominais de 45, 60 e 70º;

9 Melhoria da condição de análise do inspetor quanto à menor subjetividade na avaliação de


respostas localizadas na raiz, através da visualização da imagem em S-Scan;

9 Aumento significativo da produtividade de inspeção.

Desta forma, pode-se concluir que a substituição do Ultrassom Convencional Manual pelo
Ultrassom Phased Array Manual passa a ser uma ferramenta de melhor eficiência e
produtividade na inspeção em soldas de topo, conforme requisitos do ASME Seção V Art. 4
(2).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - ASME. Ultrasonic Examination Methods for Welds (Section V - Art. 4). in: 2007 ASME
Boiler & Pressure Vessel Code. Ed. 2007, Addenda 2009.

2 - ASME. Code Case 2557 – Use of Phased Array S-Scan ultrasonic Examination Per
Article 4 – Section V. Set/2006.

3 - GE SENSING & INSPECTION TECHNOLOGIES. Manual de Operação Phasor XS TM.

4 - PETROBRÁS. Norma N-1594 Rev. F – Ensaio Não-Destrutivo – Ultrassom. Dez/2004.

5 - ASME. Code Case 2235-9. Use of Ultrasonic Examination in Lieu of Radiography Section
I; Section VIII, Divisions 1 and 2; and Section XII. Out/2005.

6 - ASME. Rules for Construction of Pressure Vessels Alternative Rules (Section VIII - Div.
2). in: 2007 ASME Boiler & Pressure Vessel Code. Ed. 2007, Addenda 2009.

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