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2.1 - Objetivo
A inspeção de fabricação tem sempre por objetivo assegurar ao comprador que o equipamento
está de acordo com o especificado no contrato de fornecimento. Equipamentos de maior porte
ou importância são inspecionados em diversas etapas da fabricação. Este tipo de inspeção é
chamado de inspeção com ênfase no processo, tendo por objetivo evitar que grandes proble-
mas sejam detectados somente na sua fase final ou após conclusão, comprometendo custos,
os prazos de fornecimento e a até mesmo a segurança operacional do vaso. Para equipamen-
tos de menor importância toda a inspeção poderá ser feita no final da fabricação (ênfase no
produto).
A extensão e intensidade da inspeção depende também da confiança que o comprador depo-
sita no fabricante bem como na tradição de fornecimento. Os grandes compradores geralmente
cadastram e qualificam seus fornecedores. Outros levam em conta as certificações de terceira
parte que o fornecedor possui, tais como ISO 9000, Underwiters Laboratories (UL), INMETRO,
etc. Em qualquer caso estes fornecedores “parceiros” são inspecionados menos intensiva-
mente.
O reforço de solda, em cada um dos lados, não deve ultrapassar os valores apresentados na
tabela a seguir:
Ovalização
A maior diferença entre dois diâmetros medidos em qualquer seção transversal (ovalização) de
um vaso de pressão não pode ser maior que 1% do diâmetro nominal do vaso. As tolerâncias
para ovalização de vasos que trabalham com pressão externa são mais rigorosas. As fórmulas
e gráficos para sua determinação estão apresentados no artigo UG80 do ASME VIII.
D1
D2
( D1 − D2 ).100%
O= D1
Figura 2.12 – Carta de porosidade para soldas com espessuras entre 3/8 e 3/4”
Figura 2.13 – Carta de porosidade para soldas com espessuras entre 3/8 e 3/4”
O código também descreve os procedimentos e critérios de aceitação de descontinuidades
para ensaio por líquidos penetrantes no apêndice 8 e por partículas magnéticas no apêndice 6.
São aceitáveis descontinuidades até os seguintes limites:
Indicações bidimensionais (trincas, falta de fusão, falta de penetração) são inaceitáveis qual-
quer que seja seu comprimento
Outras indicações são aceitáveis quando não ultrapassam os seguintes limites:
¼” para solda com espessura até ¾”
1/3 da espessura para soldas com espessura entre ¾” e 2 ¼”
¾” para espessuras superiores a 2 ¼”
A espessura da solda inclui os reforços permitidos.
Estes ensaios são realizados em complementação ao exame radiográfico nos casos em que
os materiais soldados são muito susceptíveis a trincas, como é o caso dos aços inox austeníti-
cos e ligas de níquel, que estão muito sujeitos a fissuração a quente (trincas que ocorrem no
início da solidificação). Neste caso o ensaio recomendado é líquido penetrante, pois estes ma-
teriais não são ferromagnéticos. As soldas dos aços temperáveis devem ser examinadas com
partículas magnéticas pois devido sua baixa tenacidade são muito susceptíveis à trincas du-
rante ou após o resfriamento.
O exame ultrassônico é adotado em alguns casos pelo código ASME em substituição ou em
complementação ao exame radiográfico. O procedimento e os critérios de aceitação estão apre-
sentados no apêndice 12.
A medição de dureza é feita geralmente para avaliar a efetividade dos tratamentos térmicos de
regeneração da microestrutura de soldas ou de peças fundidas temperadas. O procedimento
de execução está descrito na especificação ASTM E10 e geralmente é feito com aparelhos
portáteis (Telebrineller ou Poldi). Os limites de aceitação são encontrados nas especificações
de aços fundidos ou nos procedimentos de soldagem.
Figura 2.15 – Tenacidade mínima exigida para soldas de aço C e baixa liga (ASME - UG 84)