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Zeros Reais de Funções Reais

O objetivo da unidade 2 é estudar métodos numéricos para resolução de equações não


lineares. Um número real ξ é um zero de função f(x) ou uma raiz da equação f(x)=0 se
f(ξ)=0. Os valores de x que anulam f(x) podem ser reais ou complexos. Nesta unidade,
estaremos interessados somente nos zeros reais de f(x), que podem ser observados
graficamente na figura 1.

Figura 1 – Observação gráfica do zero reais de funções (Fonte: Ruggiero, M. A. G. e


Lopes, V. L. da R.; 1996)
Para obter raízes reais a partir de métodos numéricos são executadas duas fases:
a) Fase I: localização ou isolamento das raízes, que consiste em obter um intervalo que
contém a raiz;
b) Fase II: refinamento, que consiste em, escolhidas aproximações iniciais no intervalo
encontrado na Fase I, melhorá-las sucessivamente até obter uma aproximação para a raiz
dentro de uma precisão ε pré-fixada.

Fase I: Isolamento das Raízes


Realiza-se uma análise teórica e gráfica da função f(x). É importante ressaltar que o
sucesso da Fase II depende fortemente da precisão desta análise.
Teorema 1
Seja f(x) uma função contínua num intervalo [a,b].
Se f(a)f(b)<0 então existe pelo menos um ponto x=ξ entre a e b que é zero de f(x).
Observemos os exemplos apresentados na figura 2.

Figura 2 – Interpretação gráfica do teorema I (Fonte: Ruggiero, M. A. G. e Lopes, V. L. da


R.; 1996)
Sob as hipóteses do teorema I, se f´(x) existir e preservar o sinal em (a,b), então este
intervalo contém um único zero de f(x).

Figura 3 –
Existência de um único zero de f(x) no intervalo (a,b)
Fonte: Ruggiero, M. A. G. e Lopes, V. L. da R.; 1996)
Pode-se ser aconselhável utilizar o teste do erro relativo e não do erro absoluto como
critério de parada. Nas implementações dos algoritmos deve-se ainda estipular um
número máximo de iterações para evitar que o programa entre em “looping”.

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