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Centro Federal de Educação

Tecnológica Celso Suckow da


Fonseca – Campus Angra dos
Reis – CEFET/RJ

ANÁLISE DE CURTO CIRCUITO– GEELAR 1704


AULA 12

Felipe da Silva Seta


E-mail: felipe.seta@cefet-rj.br
Cálculo de Curto Circuito– GEELAR 1703

OBJETIVO DA AULA

• Cálculo Matricial de Curto-Circuito.

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Cálculo de Curto Circuito– GEELAR 1703

INTRODUÇÃO

• Cálculo matricial de curto-circuito

o Objetivos e Vantagens:

➢ Cálculo Sistemático;

➢ Utilização Computacional.

❑Método Convencional Clássico

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Cálculo de Curto Circuito– GEELAR 1703

CÁLCULO MATRICIAL DE CURTO-CIRCUITO ATRAVÉS DO


MÉTODO CONVENCIONAL
Análise de Falta Balanceada usando a
Matriz de impedância de barra 𝒁𝒃𝒂𝒓

• Cálculo do curto trifásico utilizando a matriz 𝒁𝒃𝒂𝒓 ;


• A utilização de 𝒁𝒃𝒂𝒓 facilita o cálculo da corrente de falta;
• E das tensões nodais após a falta.

Para isso, assume-se que:


• O sistema é balanceado (Modelado por fase);
• Cada máquina é modelada por uma fonte de tensão atrás de uma impedância;
• Cada transformador é modelado por sua impedância série;
• A falta pode acontecer através de uma impedância de falta 𝒁𝒇 .

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MÉTODO CONVENCIONAL
• Considere o sistema de potência composto por três barras mostrado na figura abaixo,
onde está simulada uma falta trifásica na barra 3 através de uma impedância de falta 𝑍𝑓 .

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MÉTODO CONVENCIONAL

• O vetor das tensões nodais pré-falta do circuito é:

Onde a notação (0) denota a


condição pré-falta.

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MÉTODO CONVENCIONAL
• Para o cálculo da falta considera-se a tensão 𝑉3 (0) (tensão pré-falta aplicada à
barra 3) com as outras fontes curto-circuitadas, portanto aplica-se o teorema de
Thévenin.

Circuito de Thevenin

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MÉTODO CONVENCIONAL
• Empregando o princípio da superposição ao circuito, as tensões nas barras
após a falta 𝑉𝑏𝑎𝑟 (𝐹) são obtidas pela adição das tensões pré-falta
𝑉𝑏𝑎𝑟 (0) com as suas variações durante a falta ∆𝑉𝑏𝑎𝑟 .

𝑉𝑏𝑎𝑟 𝐹 = 𝑉𝑏𝑎𝑟 0 + ∆𝑉𝑏𝑎𝑟 (1)

Em que a notação 𝐹 ressalta a condição de falta.

• Uso do Teorema da Superposição:

o Estado pós-falta = Estado pré-falta + Estado defeito

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MÉTODO CONVENCIONAL
• No circuito de Thevenin da Figura abaixo, a corrente entrando em todos os nós é
zero, exceto na barra de falta. Como a corrente nessa barra está saindo, então,
ela é tomada com o sinal negativo. Portanto, a equação nodal aplicada ao circuito
é:

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MÉTODO CONVENCIONAL
−1
• Sendo 𝑍𝑏𝑎𝑟 = 𝑌𝑏𝑎𝑟 , resulta:

• Ou ∆𝑉𝑏𝑎𝑟 = 𝑍𝑏𝑎𝑟 × 𝐼𝑏𝑎𝑟 (𝐹) (2)

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MÉTODO CONVENCIONAL

Substituindo (2) em (1), obtém-se o vetor das tensões nas barras no pós-falta.

Escrevendo (3) em termos de seus elementos, tem-se:

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MÉTODO CONVENCIONAL

Em (3) há somente um elemento não-zero no vetor corrente (corrente de falta),


então as tensões nodais durante a falta são dadas por:

Onde 𝑉3 (𝐹) é a tensão na barra da falta e as demais são as tensões nas outras
barras, originadas pela corrente de falta.
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MÉTODO CONVENCIONAL
Do circuito de Thevenin da Figura abaixo, a tensão na barra da falta também
pode ser calculada multiplicando-se a impedância de falta pela corrente de
falta. Para o caso de uma falta franca 𝑍𝑓 = 0 , então 𝑉3 𝐹 = 0.

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MÉTODO CONVENCIONAL

Substituindo (5) em 𝑉3 (𝐹) de (4), resulta:

De onde se conclui que 𝑍33 é a própria impedância de Thevenin vista da


barra 3, ou seja, 𝑍3 𝑡ℎ = 𝑍33 .
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MÉTODO CONVENCIONAL

As correntes nas linhas após a falta são:

Onde 𝒛12, 𝒛13 e 𝒛23 são as impedâncias-série de sequência positiva das


linhas 1-2, 1-3 e 2-3.

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MÉTODO CONVENCIONAL
Generalizando para um sistema com 𝑛 barras obtêm-se as equações para a 𝑖 −
é𝑠𝑖𝑚𝑎 barra.

1) Tensão na 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑎 barra para uma falta na barra 𝑘

Onde:

2) Corrente na linha 𝑖 − 𝑗 (de 𝑖 para 𝑗) devido a uma falta na barra 𝑘

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CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO: CURTO TRIFÁSICO

• A corrente de falta para o curto-circuito trifásico é dada por:

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MÉTODO CONVENCIONAL
Análise de Falta Desbalanceada usando
a Matriz de impedância de barra 𝒁𝒃𝒂𝒓
• Para uma falta na barra 𝑘, o elemento 𝒁𝒌𝒌 da matriz 𝒁𝒃𝒂𝒓 é a impedância
de Thevenin vista do ponto de falta;

• Para se obter a solução para faltas desbalanceadas, a matriz de


impedância de barra para cada sequência é montada separadamente;

• As impedâncias de sequências 0, 1 e 2 (impedâncias de Thevenin para as


sequências) são conectadas convenientemente a fim de se calcular as
correntes das faltas fase-terra, dupla-fase, dupla-fase-terra.

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CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO: CURTO-FASE-TERRA

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CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO: CURTO DUPLA-FASE

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CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO: CURTO DUPLA-FASE-TERRA

• A corrente de sequência positiva é dada pela expressão:

• Do divisor de corrente:

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MÉTODO CONVENCIONAL
Análise de Falta Desbalanceada usando
a Matriz de impedância de barra 𝒁𝒃𝒂𝒓
Tensões nas barras e correntes nas linhas durante a falta:

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MÉTODO CONVENCIONAL

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MÉTODO CONVENCIONAL

Tendo sido obtidas as componentes simétricas da corrente na linha, a


corrente por fase é:

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MÉTODO CONVENCIONAL
• Etapas (algoritmo) do Método Convencional Clássico:

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EXERCÍCIO
• Seja o circuito trifásico simétrico e equilibrado mostrado abaixo;

• Calcule os valores de curto-circuito para cada barra do sistema, utilizando


a abordagem matricial.

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EXERCÍCIO

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EXERCÍCIO

Rede operando a vazio antes da ocorrência da falta

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EXERCÍCIO

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EXERCÍCIO

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EXERCÍCIO

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EXERCÍCIO

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EXERCÍCIO

• Etapas (algoritmo) do Método Convencional Clássico:

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EXERCÍCIO
Considerando o sistema da figura abaixo, responda aos seguintes questionamentos:

a) Encontre as tensões nos barramentos 1 e 2 pela resolução do sistema matricial V = Zbarra x I.

b) Calcule os níveis de curto-circuito trifásico nos barramentos 1 e 2.

c) Para o curto-trifásico na barra 2, calcule as tensões pós-falta e as contribuições para a


corrente de curto-circuito.

d) Um capacitor com reatância de 3 pu nas bases do sistema é conectado entre a barra 1 e a


referência do sistema. Calcular a corrente que passa pelo capacitor e a nova tensão da barra
1.
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