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Os efeitos da crioterapia em processos inflamatórios

agudos

Helen Fernanda Ribeiro da Silva¹


Maria Iris da Silva Santos¹
Tália Carolina Wolffgram¹
Vanessa Moreira Chaves¹
Eveline da Silva Cunha ²

RESUMO

A crioterapia é a modalidade de tratamento com baixas temperaturas e tem sido utilizada em


diversos tipos de afecções, incluindo processos inflamatórios agudos, promovendo efeitos à curto
prazo em lesões agudas por meio da minimização da dor e do edema. Observa-se também que os
efeitos são diminuição de metabolismo, hiperemia no local da aplicação e regeneração tecidual.
Dessa forma, a crioterapia tem efeito positivo no retorno às atividades por interferir potencialmente
na inflamação, bem como em mecanismos de controle de dor e de redução da lesão secundária.

1. INTRODUÇÃO

A crioterapia apresenta-se como uma forma de tratamento que consiste no uso local ou
geral de frio (gelo). Sendo uma forma de tratamento muito antiga, surgindo através dos antigos
romanos e gregos, onde utilizavam o frio para tratamento de diversas enfermidades.

“Uma das técnicas de reabilitação musculares mais utilizadas na clínica é a crioterapia, que
utiliza baixas temperaturas para reabilitar lesões teciduais. Esse recurso tem diferentes formas de
aplicação como bolsas de gelo e imersão em água fria”. (FREITAS; LUZARDO, p.02, 2017)

Segundo pesquisa de (Souza; Ueda p.38, 2014) apresentam que:

Estudos mostram que a crioterapia aplicada por até 20-30 minutos diminui
significativamente a temperatura superficial do tecido e reduz a sensação de dor. Além
disso, a analgesia produzida por essa modalidade de tratamento tende a ocorrer de forma
ágil, porém seu efeito tende a se dissipar rapidamente.

A Crioterapia é um recurso terapêutico usado na Fisioterapia, onde é usado gelo para a


remoção do calor corporal, tendo como efeito a vaso constrição, a diminuição da taxa metabólica,
diminuição da inflamação, da dor e espasmos musculares.

Dessa forma, o objetivo deste trabalho constitui em analisar por meio de um estudo os
efeitos da crioterapia em processos inflamatórios agudos, sendo benéfica no controle de sinais e
sintomas inflamatórios, principalmente no que se refere à lesão e controle da dor.

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“A crioterapia é um recurso terapêutico frequentemente utilizado no tratamento de lesões


no músculo esquelético agudo. Traumas moderados e graves nos tecidos moles estão presentes na
maior parte das lesões causadas por práticas de exercício”. (GOMES; ROSA; SILVA; p.18, 2021)

De acordo com (Gomes; Rosa; Silva, p.18, 2021), afirma que:

O uso do frio como terapia provoca alterações neuromusculares importantes, pois o


resfriamento aumenta a rigidez tecidual e, por conseguinte, reduz a viscoelasticidade dos
tecidos, além dos reconhecidos benefícios na recuperação e tratamento das lesões do
sistema neuromusculoesquelético. Também ocorre redução na velocidade de transmissão
do impulso nervoso, que diminui, gradativamente, conforme a temperatura diminui, até o
momento em que a condução permaneça completamente bloqueada. Há aumento da
duração do potencial de ação do nervo sensitivo, pelo aumento dos períodos refratários
absoluto e relativo.

“Uma das principais funções do gelo no sistema circulatório é a diminuição do fluxo


sanguíneo devido a vasoconstrição. Esse efeito acarreta um controle da hemorragia inicial
intra-tecidual e limita a extensão da lesão”. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, p.165, 1999)

“O centro responsável pelo controle da temperatura corpórea localiza-se na região


pré-óptica do hipotálamo”. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, p.166, 1999)

Segundo (Ramos; Souza, p.05, 2017) estabelece-se que:

Diminuindo a temperatura do tecido, o gelo pode diminuir a dor, a condução nervosa, o


metabolismo e o espasmo muscular, minimizar o processo inflamatório, a lesão por
hipóxia e a liberação de mediadores inflamatórios e, consequentemente, ajuda na
recuperação do tecido após trauma além de reduzir o consumo de medicamentos.

A crioterapia, quando aplicada no corpo humano, desencadeia inúmeras respostas


fisiológicas. Essas respostas variam bastante de acordo com a situação na qual estão sendo usadas,
podendo apresentar melhora da vasoconstrição, diminuição da taxa de metabolismo celular,
espasmo muscular e diminuição na velocidade de condução nervosa.

Sobre os processos inflamatório agudo (Costa; Coutinho; Muzitano, p.243, 2009) afirmam
que:
O processo inflamatório está envolvido em diversas patologias, tais como
contusões, tendinites, infecções respiratórias, asma e doenças autoimunes.
Apresenta-se como um mecanismo de defesa do organismo, cujo objetivo é a
eliminação da causa inicial da lesão celular, provocada por patógenos ou por ação
de agentes físicos.

De acordo com Souza; Ueda (p.40, 2014) Mostra-se benéfica e de forma eficaz o uso do
gelo para diminuição da dor, da condução nervosa, do metabolismo e do espasmo muscular, sendo
usado para a minimização do processo inflamatório e lesões, causando liberação de mediadores
inflamatórios ajudando na recuperação do tecido após o trauma.

É de suma importância escolher a forma mais eficaz de aplicação do meio fisioterápico,


pois certamente vamos ter os melhores resultados para a recuperação do local lesado, além de nos
leva a procurar conhecer melhor o efeito efetivo destes meios no prognostico de recuperação de
uma lesão. Assim, a recuperação deve ocorrer de maneira mais rápida, específica e menos
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traumática para os tecidos vizinhos.

Segundo (Felice; Santana, p.59, 2009) consolidam-se que:

Na inflamação, a crioterapia atua prevenindo o extravasamento sanguíneo, levando a uma


menor quantidade de fibrinas e a uma menor síntese de colágeno, minimizando a
aderência. Uma vez que a imobilização pós-trauma contribui para o aumento da síntese de
colágeno, o gelo pode atuar reduzindo o tempo de imobilização.

Imagem 1 – Duração e recomendação do uso da crioterapia

Fonte: SOUZA; UEDA, 2014. Disponível em: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/606/295

A imagem 1 é possível observar que a duração de tempo de aplicação do gelo varia entre 20
e 30 minutos. Entretanto existem diversas variações sobre o tempo de aplicação do gelo, o que
pode determinar o nível do resfriamento tecidual e o potencial da eficácia do tratamento.

3. METODOLOGIA

No presente trabalho foi realizado um estudo do tipo explorativo. Os resultados


apresentados serão demostrados de forma qualitativa, com objetivo geral de compreender como é
realizado o tratamento da crioterapia em processos inflamatórios agudo por meio da aplicação do
gelo. Tratando-se de uma revisão bibliográfica de livros, artigos científicos de vários autores. Os
métodos utilizados para a busca foram, crioterapia nos processos inflamatório agudo, lesões agudas
musculoesqueléticas, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google
acadêmico. Sendo utilizada as palavras-chaves crioterapia, dor, lesão aguda, lesão de tecido mole.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diante dos resultados adquiridos a crioterapia envolve o uso de frio como método de
tratamento. É uma modalidade terapêutica muito utilizada em lesões musculoesqueléticas e
afecções traumáticas, utilizada principalmente no início de qualquer processo inflamatório, onde há
aplicação da crioterapia para diminuir o edema e contribuir para a vasoconstrição e diminuição da
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dor e da inflamação. O estudo procurou mostrar diversos tópicos onde cada autor descreve o seu
ponto de vista sobre a crioterapia, seus benefícios, como utilizá-lo e resultados.
Os efeitos locais da aplicação da crioterapia incluem vasoconstrição com redução do fluxo
sanguíneo e diminuição da taxa metabólica, redução da inflamação, redução da dor, redução do
espasmo muscular. Observa-se também que os efeitos são diminuição de edema e metabolismo,
hiperemia no local da aplicação, diminuição do processo inflamatório e regeneração tecidual. De
fato, foi possível confirmar que a crioterapia é eficaz na fase inflamatória.

5. CONCLUSÃO

Em conclusão, a aplicação de crioterapia na fase inicial da lesão musculoesquelética é de


suma importância, por reduzir a inflamação e minimização da dor. r. Em modos de aplicações os
métodos mais utilizados é a bolsa de gelo ou compressa de gelo no local da lesão. A aplicação do
gelo é de 20 e 30 minutos promovendo efeitos relevantes a curto prazo em lesões agudas, visto que
diminui a condução do impulso nervoso dessa maneira diminuindo a dor e inflamação.
A crioterapia é usada principalmente no atendimento imediato ou de reabilitação de lesões
de tecidos moles em fase inflamatória com a finalidade de mostrar a eficácia do tratamento, onde
terá melhores resultados para a recuperação do local lesado. Assim, a extensão do tecido lesado
torna-se menor e a resposta inflamatória e o edema é reduzido.
Os efeitos locais da aplicação da crioterapia incluem vasoconstrição com redução do fluxo
sanguíneo, redução da inflamação, redução da dor, redução do espasmo muscular, há também uma
resposta analgésica em curto prazo, esperada no efeito imediato, a fim de reduzir a dor local. Dessa
forma, a crioterapia tem efeito positivo no retorno às atividades por interferir potencialmente na
inflamação, bem como em mecanismos de controle de dor e de redução da lesão secundária.

REFERÊNCIAS

COUTINHO, Marcela AS; MUZITANO, Michele F.; COSTA, Sônia S. Flavonoides: Potenciais
agentes terapêuticos para o processo inflamatório. Revista Virtual de Química, v.1, n.3, p.243,
2009.

FELICE, Thais Duarte; SANTANA, Lidianni Rosany. Recursos fisioterapêuticos (crioterapia e


termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. Revista Neurociências, v.17, n.1, p.59,
2009.

FREITAS, Cicero; LUZARDO, Ricardo. Crioterapia: efeitos sobre as lesões


musculares. Episteme Transversalis, v.4, n.1, p.02, 2017.

GUIRRO, Rinaldo; ABIB, Carla; MÁXIMO, Carla. Os efeitos fisiológicos da crioterapia: uma
revisão. Fisioterapia e Pesquisa, v.6, n.2, p.165-166, 1999.

RAMOS, Viviane Peixoto Cavalcante; SOUZA, Flaviano Gonçalves Lopes. A eficácia da


crioterapia na fase inicial de processos inflamatórios após lesão musculoesquelética. Pós-
graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual,
faculdade Faserra, p.05, 2017.

ROSA, Carlos Gustavo Sakuno; SILVA, Nicole; GOMES, Vanessa Andrade. Os efeitos da
crioterapia no tratamento fisioterapêutico das lesões musculares desportivas. Singular. Saúde
e Biológicas, v.1, n.2, p.18, 2021.
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SOUZA, Juliano Castro; UEDA, Tiago Kijoshi. Os efeitos da crioterapia em processos


inflamatórios agudos: um estudo de revisão. Amazônia: Science & Health, v.2, n.4, p.38-39-40,
2014.

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