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BIOSSEGURANÇA

Classificação
de riscos de
agentes químicos
a profissionais
da saúde
Elton Simomulay

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Identificar os riscos decorrentes do uso de agentes químicos.


> Explicar os efeitos de quimioterápicos e radiações ionizantes sobre a saúde
do trabalhador.
> Descrever procedimentos de prevenção de acidentes relacionados com
agentes químicos, quimioterápicos e radiações ionizantes.

Introdução
As substâncias químicas e radiações têm propriedades intrínsecas que podem ser
benéficas para o ser humano. Como exemplo, os quimioterápicos são utilizados
em tratamento de tumores, enquanto radiações ionizantes são utilizadas em
radiografias. Contudo, dependendo das condições de trabalho, também podem
proporcionar um risco à segurança e à saúde humana.
Portanto, para assegurar que trabalhos que envolvam o contato com subs-
tâncias químicas e radiações ionizantes sejam executados de maneira segura, é
2 Classificação de riscos de agentes químicos a profissionais da saúde

necessária uma série de medidas protetivas, que vão desde seguir a legislação
vigente até o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva e aplicação
de boas práticas de manipulação, transporte e descarte.
Neste capítulo, você vai conhecer a definição de agentes químicos e verificar
suas propriedades mais importantes quanto à segurança e à saúde humana. Além
disso, vai conhecer os riscos dos quimioterápicos e das radiações ionizantes,
assim como aprender as medidas de proteção mais comuns para trabalhar com
segurança nesses contextos.

Agentes químicos
Inicialmente, iremos diferenciar os conceitos de perigo e risco. O conceito
de perigo envolve aceitar que ele é uma propriedade inerente e que sempre
estará presente, seja em um local ou substância, por exemplo. Já o conceito
de risco está relacionado com a probabilidade de que ocorra um acidente em
um local ou substância que oferece perigo (VERGA FILHO, 2005).
Uma substância química como um ácido, por exemplo, tem propriedades
corrosivas que são intrínsecas a ela, e por isso a enquadramos como uma
substância perigosa para manipular. Entretanto, o risco de se manipular um
ácido poderá ser maior ou menor de acordo com as medidas de proteção e
segurança que forem adotadas.
Agora que conceituamos perigo e risco, devemos saber que há uma legis-
lação sobre o tema. No Brasil, as chamadas Normas Regulamentadoras (NRs)
tratam de diversos assuntos relacionados à segurança e saúde do trabalho.
Especificamente, a NR-9 considera os chamados riscos ambientais, que en-
globam os agentes físicos, químicos e biológicos existentes num ambiente de
trabalho. Estes agentes, de acordo com a sua natureza, concentração e tempo
de exposição, podem provocar acidentes de trabalho ou acarretar algum tipo
de problema de saúde aos trabalhadores. Ademais, a NR-9 define que os
agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que estão na
forma de poeiras, fumos, névoas, gases, vapores ou neblinas e que podem
ser inalados, absorvidos ou ingeridos por um organismo (BRASIL, 2019a).
Quanto à periculosidade inerente dos produtos e substâncias químicas,
podemos recorrer aos pictogramas de perigo padronizados mundialmente
pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Pro-
dutos Químicos (GHS), que no Brasil é coordenado pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Nesse sistema, os pictogramas se apresentam
como um losango vermelho em fundo branco, trazendo em seu interior uma
imagem que representa determinado perigo de uma substância química. É
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comum ver esses pictogramas em rótulos de produtos químicos e meios de


transporte de substâncias químicas (UEMA; RIBEIRO, 2017).
Podemos ver esses pictogramas explicitados na Figura 1.

Explosivo Inflamável Oxidante Gás sob


pressão

Tóxico Corrosivo Perigo Cuidado Poluente

Figura 1. Pictogramas de perigo conforme o sistema GHS.


Fonte: Adaptado de SITIVESP (2015).

A explosividade, por exemplo, é uma propriedade de periculosidade que


inclui principalmente substâncias instáveis, misturas explosivas e peróxidos
orgânicos. A explosividade pode ser primária ou secundária. As substâncias
explosivas primárias são muito mais sensíveis a explodir, liberando gás e ener-
gia sob pressão devido a um impacto, mudança de temperatura ou pressão,
fricção, descarga eletrostática, calor ou choque, sendo a azida de chumbo
o material mais conhecido com esta propriedade (SABATINI; OYLER, 2016).
Por sua vez, a inflamabilidade é uma característica de sólidos, líquidos,
aerossóis e gases inflamáveis ou pirofóricos. Conforme a NR-20 (BRASIL,
2022), as substâncias inflamáveis são classificadas de acordo com a menor
temperatura em que começam a desprender vapores capazes de inflamar,
sendo esta propriedade conhecida como o seu ponto de fulgor, respeitando
os seguintes critérios:

„ líquidos inflamáveis — ponto de fulgor ≤ 60 °C;


„ gases inflamáveis — inflamam com o ar a 20 °C e pressão de 101,3 kPa;
„ líquidos combustíveis — ponto de fulgor > 60 °C e ≤ 93 °C.
4 Classificação de riscos de agentes químicos a profissionais da saúde

As substâncias oxidantes são muito reativas e podem ocasionar explosões


e/ou incêndios ou diversas reações especialmente com materiais orgânicos
e inflamáveis, que podem ocasionar algum dano ou acidente. Algumas subs-
tâncias bastante oxidantes são os percloratos, cloratos, permanganatos,
nitratos e peróxidos (SUTTON, 2017).
Os gases sob pressão comprimidos e liquefeitos podem causar grandes
explosões, devido ao fato de que a compressão de uma gás aumenta sua
pressão mesmo sem alterar sua temperatura. Conforme a norma NBR 12.176
(ABNT, 2010a), os gases sob pressão são classificados nos seguintes grupos:

„ Grupo 1 — não inflamável, não corrosivo, baixa toxidade;


„ Grupo 2 — inflamável, não corrosivo, baixa toxidade;
„ Grupo 3 — inflamável, tóxico e/ou corrosivo;
„ Grupo 4 — tóxico e/ou corrosivo, não inflamável;
„ Grupo 5 — pirofórico;
„ Grupo 6 — venenoso.

As substâncias químicas tóxicas incluem venenos de alta mortalidade ou


que causam grandes danos a um organismo, enquanto as substâncias irritantes
são capazes de provocar alergias, dermatites e irritações especialmente na
pele, olhos e vias respiratórias (HADDOW; BULLOCK; COPPOLA, 2014).
As substâncias químicas capazes de formar moléculas reativas que con-
seguem danificar o DNA, como, por exemplo, as aminas e hidrocarbonetos
aromáticos, as nitrosaminas e os agentes alquilantes, são classificadas como
cancerígenas, teratogênicas e/ou mutagênicas (MENDELSOHN et al., 2015).

Substâncias cancerígenas são agentes capazes de iniciar diversas


doenças relacionadas ao crescimento celular anormal. Já as subs-
tâncias teratogênicas são agentes que afetam o desenvolvimento normal do
embrião ou feto no útero. Por fim, as substâncias mutagênicas são agentes
capazes de danificar permanentemente o DNA (MENDELSOHN et al., 2015).

Já as substâncias corrosivas, especialmente os ácidos inorgânicos, como,


por exemplo, o ácido clorídrico, o sulfúrico e o nítrico, são altamente irritantes
para a pele, podendo causar sérios danos, como queimaduras e até necroses,
dependendo do tempo de contato e da concentração do ácido (BOGALECKA,
2020).
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A legislação é uma fonte excelente para obter maiores informações


sobre os agentes químicos. Uma das normas mais importantes em
vigor é a NR-9, que, como vimos, diz respeito à prevenção dos riscos ambientais
(químicos, biológicos, mecânicos, físicos e ergonômicos).
Existem também normas mais específicas, como a NR-19, que trata sobre
explosivos, a NR-20, que aborda os líquidos combustíveis e inflamáveis, e a NR-15,
que é específica para quem trabalha com atividades e operações insalubres.

Nesta seção, estudamos os riscos de substâncias e produtos químicos


e conseguimos entender sua periculosidade. Agora passaremos a estudar
quais são os riscos oferecidos por quimioterápicos e radiações ionizantes.

Riscos dos quimioterápicos e das radiações


ionizantes
Devido a sua alta energia, a radiação ionizante tem a capacidade de retirar
elétrons dos materiais com que interage. Do ponto de vista da segurança
humana, essas interações podem ocasionar problemas relacionados à saúde
(FUNK; STOCKHAM; LAACK, 2016).
As radiações ionizantes incluem os ondas eletromagnéticas de raios gama
e raios X e as partículas nêutron, beta e alfa. A radiação ionizante é emitida
por átomos com núcleos atômicos instáveis chamados radionuclídeos, como,
por exemplo, o estrôncio-90 e o plutônio-239. Desse modo, os radionuclí-
deos são caracterizados pela atividade da sua desintegração por segundo,
identificada pela unidade becquerel (Bq), e pelo tempo de meia-vida, que é
o tempo equivalente à desintegração de metade da quantidade de átomos
presentes (COLLUM, 2017).
O poder de penetração varia para cada tipo de radiação ionizante. Na
Figura 2, podemos observar o grau de penetração de cada radiação ionizante.
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TIPOS DE RADIAÇÃO
2 Prótons e 2 nêutrons
Partículas
alfa Ionização

Elétrons energéticos
Partículas
beta Ionização

Raios Radiação energética


gama
Raios-x Ionização

Nêutrons livres
Partículas
de nêutrons Ionização

Até onde penetram?


Folha fina de Folha fina de
Papel Água ou concreto
alumínio alumínio

Figura 2. Radiações ionizantes e seus respectivos graus de penetração.


Fonte: Adaptada de VectorMine/Shutterstock.com.

Nitidamente, observamos que, à exceção dos raios alfa, todas as demais


radiações conseguem penetrar o organismo humano. A exposição à radiação
ionizante ocorre naturalmente, devido à presença dela no nosso dia a dia
na forma de raios cósmicos e pela presença de elementos radioativos, como
o radônio, em ambientes aquáticos, solo e ar. Reconhece-se então que é a
dose que recebemos dessa radiação que poderá afetar nosso organismo, e
isso é medido pela dose efetiva, que nos informa a quantidade de radiação
ionizante que é suficiente para afetar nossa saúde. Tal dose é conhecida pela
unidade miliSievert (mSv) (COLLUM, 2017).
O maior efeito das radiações ionizantes se dá na interação com o DNA.
Conforme Pearson et al. (2021), as radiações ionizantes podem ocasionar a
quebra da fita simples e dupla do DNA e das ligações cruzadas entre fitas,
assim como podem promover diversos danos oxidativos.
Uma série de pesquisadores já revelou diversos problemas de saúde que
as radiações ionizantes podem causar. Como exemplo, Paunesku e Woloschak
(2014) demonstraram mutações em células somáticas originando câncer,
bem como mutações de células germinativas e hereditárias e instabilidade
genômica. Por sua vez, Evans (2020) evidenciou os efeitos teratogênicos dessas
radiações em fetos, ovários e testículos.
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Os quimioterápicos também ocasionam riscos à saúde e à segurança do


trabalhador. Os medicamentos quimioterápicos são amplamente utilizados
no tratamento oncológico, como o tepotinibe, usado para tratamento do
câncer de pulmão. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2021), em
termos de exposição aos medicamentos antineoplásicos, a principal fonte
de contaminação está nos resíduos de embalagens usadas e no descarte
de medicamentos com a validade expirada. Além disso, todo trabalhador
envolvido na produção, manipulação e aplicação de antineoplásicos está
submetido a uma condição de risco. Já a NR-32 menciona que acidentes
ocorrem de forma ambiental, como em um derramamento acidental, ou de
forma pessoal, com a contaminação pelo contato ou inalação (BRASIL, 2019b).

A NR-32 é uma importante norma para a segurança e saúde no traba-


lho em serviços de saúde. Nesta norma, podemos encontrar detalhes
sobre o uso de equipamentos individuais e coletivos de proteção, manuseio de
equipamentos e recomendações de segurança para a manipulação e transporte
de substâncias químicas, radiações ionizantes e quimioterápicos empregados
em serviços de saúde, como laboratórios e hospitais (BRASIL, 2019b).

Outras situações são citadas por Haenscke Senna et al. (2013), como a
abertura de ampolas, a reconstituição e retirada de solução do frasco-ampola,
a retirada de ar da seringa e o não cumprimento das regras de segurança e
boas práticas laboratoriais. Em relação ao ambiente Hon et al. (2011) indicam
os espaços de manipulação, como as farmácias dos hospitais, e as áreas de
administração como as mais críticas para a ocorrência de contaminações.
Pesquisadores como Graeve et al. (2016) citam alguns problemas de saúde
agudos e crônicos relacionados aos trabalhadores envolvidos com antineo-
plásicos, divididos em:

„ efeito agudo — erupções cutâneas, náusea, perda de cabelo, dor abdo-


minal, feridas nasais, reações alérgicas, lesões cutâneas ou oculares
e tontura;
„ efeito crônico — danos reprodutivos, alterações genotóxicas e câncer.

Portanto, nesta seção conhecemos os efeitos e características da radiação


ionizante e dos medicamentos quimioterápicos na segurança e saúde humana.
Vamos agora tratar sobre a prevenção dos riscos químicos, quimioterápicos
e da radiação ionizante.
8 Classificação de riscos de agentes químicos a profissionais da saúde

Prevenção de acidentes relacionados


ao contato com agentes químicos,
quimioterápicos e radiações ionizantes
Seguir as normas disponíveis na legislação e proporcionar capacitação ade-
quada são alguns dos requisitos básicos para prevenir acidentes e diminuir
a probabilidade de um risco ocupacional ocorrer. Nesse sentido, a NR-9 é
específica para elaboração de um importante documento conhecido como
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que norteia a antecipa-
ção, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos riscos ambientais. Para
o trabalho com agentes ionizantes, a NR-32 exige também a elaboração de
um Plano de Proteção Radiológica (PPR) (BRASIL, 2019b).
De um modo geral, a observação das boas práticas de manipulação e
laboratoriais ajuda na prevenção de problemas e instrui sobre o uso de equi-
pamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de proteção coletiva
(EPC), de uso fundamental e obrigatório conforme a NR-6 (BRASIL, 2018).
Tomando como base a NR-32 para estabelecer as medidas de proteção
à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, podemos
ressaltar alguns aspectos cruciais. Frente aos riscos químicos, é preciso
observar os quesitos a seguir (BRASIL, 2019b).

„ Cuidados quanto ao reaproveitamento de embalagens e também em


relação aos rótulos e elaboração de etiquetas de identificação dos
produtos químicos.
„ Manutenção de um inventário de produtos químicos.
„ Capacitação adequada para a manipulação e contenção de acidentes.
„ Local adequado de trabalho sinalizado com sistemas de exaustão
instalados e coleta de resíduos.
„ Disponibilidade de EPIs de acordo com os riscos envolvidos e a ins-
talação de chuveiro e lava-olhos para o caso de acidentes químicos
(Figura 3).
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Figura 3. Lava-olhos para casos de acidentes.


Fonte: manine99/Shutterstock.com.

Na presença de gases gerais e gases medicinais, devem ser observadas as


medidas de segurança recomendadas com planos de manutenção adequados
(BRASIL, 2019a).

Para qualquer substância química ou produto químico, um documento


obrigatório que as empresas devem fornecer é a Ficha de Informação
de Segurança de Produto Químico (FISPQ), também conhecida em inglês como
Material Safety Data Sheet (MSDS) (SULLIVAN, 2009). Conforme a NBR 14725-4
da ABNT, uma FISPQ contempla os seguintes itens:
„ identificação do produto e da empresa;
„ identificação de perigo;
„ composição e informações sobre os ingredientes;
„ medidas de primeiros socorros;
„ medidas de combate a incêndio;
„ medidas de controle em caso de derramamento ou vazamento;
„ formas de manuseio e armazenamento;
„ controle de exposição e proteção individual;
„ propriedades físicas e químicas;
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„ estabilidade e reatividade;
„ informações toxicológicas;
„ informações ecológicas;
„ considerações sobre tratamento e disposição;
„ informações sobre transporte;
„ regulamentações;
„ demais informações relevantes (ABNT, 2010b).

Quanto aos quimioterápicos antineoplásicos, a NR-32 ressalta a observação


dos quesitos a seguir (BRASIL, 2019b).

„ Local para manipulação com acesso restrito.


„ Presença de vestiário de barreira com dupla câmara; chuveiro e lava-
-olhos instalados.
„ Armazenagem dos produtos em local próprio.
„ Local administrativo separado da manipulação.
„ Manual de boas práticas para a limpeza e manutenção de superfícies,
instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais.
„ Disponibilidade de pias para lavagem das mãos antes e após a retirada
das luvas.
„ Instalação de cabines biológicas de proteção que forneçam 100% da
renovação do ar (Cabine de Segurança Biológica Classe II B2). Nesta
cabine, o ar do meio ambiente passa por um filtro conhecido pela sigla
HEPA, que garante a qualidade do ar.
„ Uso de avental impermeável, com frente resistente e fechado nas
costas, manga comprida e punho justo, luvas, máscaras e outros EPIs
necessários.
„ Realização de capacitação adequada.

Quanto à radiação ionizante, segundo a NR-32 devem ser cumpridos os


quesitos a segui (BRASIL, 2019b):

„ Monitoramento periódico da dose de radiação.


„ Uso dos EPIs adequados.
„ Capacitação e conhecimento dos tipos de radiação.
„ Permanência o menor tempo possível em locais com radiações
ionizantes.
„ Elaboração do PPR.
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„ As áreas de uso das radiações devem apresentar o símbolo inter-


nacional de presença de radiação, e devem contar com sistemas de
prevenção de acidentes e alarmes de segurança.

Neste capítulo, conhecemos os perigos e riscos relacionados aos agentes


químicos e às radiações ionizantes. Entendemos a importância de respeitar
as normas de segurança e as boas práticas laboratoriais para garantir a
segurança e a saúde de todos os trabalhadores envolvidos com esses riscos.
A capacitação e o treinamento constantes também são ferramentas valiosas
para essa finalidade.

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Leituras recomendadas
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