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PRATA E CEVADA

27/02/2023

"Ouvi-se passos

Ela ainda não percebeu.

Segue com devaneio onde rodopia.

Com seu vestido tecido de lã e linho

A luz do sol reflete em suas jóias , mas


também em suas correntes.

Os olhos já embaraçados,
por suas escolhas carentes.

Logo então ela vislumbra, algo


familiar:

As correias das alpacas, o jeito de


conversar. Os seus rostos de encontram,

Ela reconhece aquele olhar.

Ele traz consigo Prata e Cevada,

Para com o algoz negociar.

O negócio foi fechado.

O preço por ela foi pago,

Agora, finalmente

Ela pode para casa voltar.

Gomer é o seu nome,

Que significa completo


A sua voz não será mais ouvida,

Sussurrando no deserto

Ele de volta a comprou,

Por um preço a resgatou

A culpa, a vergonha, tudo isso ele


levou. Por amor à ela, também se sacrificou

Ele se chama Oséias

Que significa salvação,

Isso me lembra outra história

Que envolve culpa e perdão, também


fala de amor, sacrifício e compaixão.

Um dia me chamei Gomer, presa a


espinhos de perdição.

Foi quando ouvi os passos,

Isso acelerou meu coração.

Intrigada eu só fiquei, com as marcas


em suas mãos.

Ouvi minhas algemas caindo,

E alguém com uma capa me cobrindo

Com uma voz dizendo sorrindo:

Vem comigo, chega de viver se


exaurindo

Perguntei pelo seu nome

E por quanto me comprou,

Então me respondeu:
O meu nome é Jesus,

Aquele que sempre te amou."

(Um poema sobre Redenção, baseado nos


capítulos 2 e 3 de Oséias)

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