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Everson Munari Rodrigues de Souza

Rio de Janeiro
2021
Instinto Militar:
Técnicas de Sobrevivência Primitiva
Copyright © 2021,
Everson Munari Rodrigues de Souza

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O AUTOR responsabiliza- Diagramação:


Beatriz Frohe
-se inteiramente pela origi-
nalidade e integridade do Impressão e Acabamento:
conteúdo desta OBRA, bem PoD Editora
como isenta a EDITORA de Revisão Técnica:
qualquer obrigação judicial Dr. Etore Moscardi Luziardi
decorrente da violação de Eng. Luiz Borella
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declara, sob as penas da Lei, reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecâni-
ser de sua única e exclusiva co, fotocópia, gravação, nem apropriada ou estocada em
autoria. banco de dados sem a expressa autorização do autor.
Sou grato, primeiramente, a Deus por tudo que Ele
tem feito em minha vida; aos meus familiares, amigos,
Desbravadores e irmãos de farda que, na singela palavra de
incentivo ao tenro conselho, contribuíram – ainda que des-
percebidamente – para a idealização da presente obra; qual
faço com esmero e dedicação; não obstante, aos amantes
do sobrevivencialismo e praticantes de Bushcraft.

Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres,


porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te
sustento com a destra da minha justiça. Isaías 41:10
A sobrevivência primitiva não é um jogo. Portanto,
nunca se coloque propositadamente em uma real situação
de perigo ou de sobrevivência. Os métodos e dicas ora pon-
tuados neste livro devem ser utilizados como últimos re-
cursos. Desta forma, o autor não se responsabiliza pelo uso
indiscriminado de quaisquer materiais, plantas ou técnicas
citadas na presente obra, ficando o usuário inteiramente
responsável pela aplicação ou adequação do conteúdo aqui
descrito, assumindo toda e qualquer responsabilidade por
dano material e/ou moral que venha a ocorrer, nos termos
da legislação vigente.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Não poderia deixar de mencionar e agradecer aos ami-
gos pela colaboração e esforço na obtenção in loco das ima-
gens que compõem o acervo deste autor:
Anselmo Duarte Ferreira
Breno Negreiros Santos
Claudinei de Lima
Gilmar Ribeiro dos Santos
Richard Gert
Rogério Barbosa dos Reis
Sandro da Silva Souto
Valmir Vieira Norberto
Wayne Daniel Valentim

Em tempo, agradeço aos Revisores Técnicos:


Médico Dr. Etore Moscardi Luziardi
Eng. Luiz Borella
Sumário
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS ....................................................... 7
Capítulo 1. ASPECTOS GERAIS DA SOBREVIVÊNCIA .................... 11
Capítulo 2. OBTENÇÃO DE FOGO .............................................. 17
2.1 Tetraedro do Fogo..................................................................... 18
2.2 Obtenção de Fogo por Meios Naturais ..................................... 28
2.3 Obtenção de Fogo por Meios Artificiais .................................... 36

Capítulo 3. ABRIGOS .............................................................. 43


3.1 Abrigos suspensos.................................................................... 44
3.2 Abrigos com lona ou tecido....................................................... 44
3.3 Abrigos em “A” ou tipo barraca ................................................. 47
3.4 Abrigos naturais ........................................................................ 48

Capítulo 4. NÓS E AMARRAS ................................................... 49


4.1 AMARRAS ................................................................................ 56
4.2 FAÇA SEU PRÓPRIO CORDAME NATURAL .......................... 61
4.3 PECONHA ................................................................................ 64

Capítulo 5. PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO-CONVENCIONAIS ......... 65


5.1 PLANTAS DE USOS DIVERSOS ............................................. 79

Capítulo 6. ORIENTAÇÃO E NAVEGAÇÃO .................................... 85


6.1 Orientação com bússola ........................................................... 86
6.2 Orientação pelo sol ................................................................... 92
6.3 Orientação pelas constelações ................................................. 94

Capítulo 7. OBTENÇÃO DE ÁGUA .............................................. 97


7.1 Processo de fervura .................................................................. 98
7.2 Processo de filtragem ............................................................... 99
7.3 Processos químicos ................................................................ 100
7.4 Através do orvalho matinal ..................................................... 101
7.5 Através de plantas .................................................................. 101
7.6 Através de condensação ........................................................ 102

Capítulo 8. PRIMEIROS-SOCORROS ........................................ 105


8.1 APH Tático - Acrônimo MARCH ............................................. 106
8.2 FRATURAS ............................................................................. 117
8.3 TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA ........................................ 119
8.4 ANIMAIS PEÇONHENTOS .................................................... 129
8.5 ARACNÍDEOS ........................................................................ 139
8.6 PROFILAXIA E TRATAMENTO DE PICADAS ........................ 143

Capítulo 9. PIONEIRIAS ........................................................ 145


Capítulo 10. CAÇA E PESCA .................................................... 151
10.1 ARMADILHAS PARA CAÇA ................................................... 152
10.2 ARMADILHAS E APETRECHOS PARA PESCA .................... 163

Capítulo 11. SINAIS E SINALIZADORES ..................................... 169


11.1 Sinalização através de apito ................................................... 169
11.2 DISPOSITIVOS FUMÍGENOS ................................................ 171
11.3 CÓDIGO MORSE ................................................................... 175
11.4 SÍMBOLOS INTERNACIONAIS.............................................. 176
11.5 FREQUÊNCIAS DE EMERGÊNCIA ....................................... 177
11.6 ALFABETO FONÉTICO E CÓDIGO “Q” ................................. 180

Capítulo 12. SOBREVIVÊNCIA NO MAR ...................................... 185


12.1 EQUIPAMENTOS DE SALVATAGEM ..................................... 187
Capítulo 1. ASPECTOS GERAIS DA SOBREVIVÊNCIA
Quem nunca se imaginou ou pensou no que faria ou o
que levaria se, sozinho, tivesse que sobreviver em uma ilha
deserta? Por vezes, nossa imaginação tenta, ao menos com
lampejos, trazer uma perspectiva de como é ficar isolado
em um lugar inóspito ou que jamais será habitado. Pro-
gramas de televisão e Reality Shows tentam simular o que
é estar diante de uma condição extrema, perdido em uma
floresta, sem comida, sem ferramentas e sem água, mas
será que isso é tudo que alguém precisa para sobreviver?
A real condição de sobrevivência, aquela que acontece
quando menos se espera e que, geralmente, vem acompa-
nhada de alguma lesão, doença ou acidente, essa, sim, é a
que vai colocar sua mente, seu espírito e seu corpo à prova.
Muitos entusiastas e amantes da “arte da sobrevivência”
(ou ainda denominada de “bushcraft”) se colocam em uma
condição de perigo real para testar suas habilidades e téc-
nicas. Praticar técnicas de sobrevivência em um ambiente
estável, com a saúde em condição plena e com materiais es-
senciais disponíveis ou estar perdido em um lugar inabita-
do, com fome, sede e/ou ferido, são situações bem distintas
e, por conseguinte, não é uma linha tênue que as separa.
Algumas peculiaridades – não raras – do sobrevivente
são: o medo, a angústia, solidão, tensão, dores muscula-
res, dentre outros do gênero. Esse quadro é agravado sig-
nificativamente quando o sobrevivente está a sós. Situa-
ções que envolvem acidentes aéreos ou naufrágios podem
apresentar mais de um sobrevivente (também denominado
de IMUV). Na situação em tela, o trabalho em equipe é
fundamental para sobrevivência e resgate do grupo, como
11
um todo; sem falar que as atividades distribuídas por um
membro que se destaque (características de um líder), ser-
vem como terapia ocupacional. O trabalho em equipe,
aliado à união de habilidades e técnicas de cada indivíduo
pode salvar o grupo.
Um acidente aéreo que ficou muito conhecido foi o da
aeronave da Força Aérea Uruguaia. O avião que levava 45
pessoas a bordo acabou colidindo contra uma montanha,
em 1972, na Cordilheira dos Andes, no Chile. Em síntese,
os 29 passageiros que não morreram no momento da coli-
são, tiveram que adaptar-se ao frio extremo (que incluía uma
espessa camada de neve). Os jovens, em sua maioria jogado-
res rúgbi, que estavam menos lesionados, ajudavam aos pas-
sageiros em estado mais grave e com os materiais improvisa-
dos que dispunham. Devido ao local inóspito, intempéries
do tempo e ausência de vegetação, concluíram que a única
fonte de proteína disponível para mantê-los vivos seria a car-
ne dos cadáveres congelados; sendo assim, iniciaram práticas
de canibalismo (termo diferente de antropofagia, que remete
a rituais religiosos ou tradições). Não há dúvidas de que essa
deliberação pelo grupo gerou um abalo emocional e, quem
sabe, lutas internas contra princípios, valores e crenças pes-
soais. Ato criminoso? Não! Imoral? Depende: se você está
na perspectiva de um dos sobreviventes ou meramente como
expectador. Após dez dias sem alimento e ainda mais debi-
litados, conseguiram sintonizar uma estação de rádio, onde
ouviram a notícia de que as buscas teriam sido encerradas.
Essa situação trouxe grande temor aos sobreviventes, mas foi
o ponto de partida para uma grande decisão acertada: orga-
nizar uma pequena expedição em busca de civilização. Após
72 dias do desastre, que culminaram em mais 13 baixas, 16
12
uruguaios foram resgatados, tendo em vista que os expedi-
cionários Nando Parrado e Roberto Canessa lograram êxito
em sua missão, ao encontrar civilização. Estar preparado,
não só física, mas psicológica e emocionalmente, pode sig-
nificar a vitória em meio ao caos.
O Manual do Centro de Instrução e Guerra na Selva
(CIGS)1 destaca o preparo, em especial, do militar, ratifi-
cando que
(...) essa preparação avultará então de valor. O co-
nhecimento das técnicas e dos processos de sobrevi-
vência constituirão em requisitos essenciais na for-
mação do indivíduo destinado a viver na selva, quer
em operações militares, quer por outra circunstân-
cia qualquer. (p. 2-1)
As ações iniciais de um sobrevivente são cruciais e po-
dem fazer toda a diferença entre ser resgatado ou ficar à mer-
cê da sorte. Atitudes precipitadas podem trazer consequên-
cias sérias, quando se trata de sobreviver. Contrafazendo os
sentimentos e sintomas anteriormente citados, é ideal que o
sobrevivente mantenha a calma, seja criativo, tenha paciên-
cia e mantenha o foco. Não é difícil ouvir que alguém que
passou por um naufrágio e ficou em um bote salva-vidas,
em meio ao oceano, já tomou um pouco de água salobra,
quando envolto pelo desespero. São circunstâncias como es-
sas que não só devem ser evitadas, mas também banidas do
rol de qualquer lista que possa haver de supostos procedi-
mentos de sobrevivência.
Destarte, são prioridades de um sobrevivente: água,
comida, fogo, abrigo e vestuário. Tais necessidades não
1
MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. ESTADO MAIOR.
Sobrevivência na Selva. 2ª Edição, 1999.
13
estão dispostas em uma ordem lógica. Cada conjuntura
indicará o que será essencial buscar num primeiro momen-
to. Talvez alguém que tenha passado por um desastre pre-
cise, primeiramente, estancar uma hemorragia para, de-
pois, pensar em se movimentar ou procurar por alimento.
Quiçá, durante uma longa trilha, um aventureiro precise
se abrigar, por conta de uma chuva torrencial, ou após an-
dar durante horas sob um sol escaldante, necessite de água
para se reidratar. Quando satisfeitas as quatro necessidades
em epígrafe, a saúde estará sendo mantida. Para represen-
tar tal cenário, criamos o polígono abaixo:

Polígono das prioridades do sobrevivente


Dentre os elementos citados, o fogo merece destaque,
não somente por fazer parte do preparo do alimento, para
se aquecer, espantar animais, sinalizar ou mesmo para
manter as vestes secas, mas por ser uma espécie de “com-
panheiro místico” do sobrevivente. O fogo transmite luz e
traz sensação de segurança a quem está a sua volta, quando
numa situação de emergência. Obter fogo em circunstân-
14
cias extremas e exigentes traz à tona a sensação de sucesso
e, por isso, há um aumento na expectativa de um resgate
iminente, o que é crucial. A luz que irradia das chamas e
afasta animais selvagens é a mesma que apazígua a solidão
e diminui o pânico. Mais adiante, discorreremos sobre a
obtenção do fogo propriamente dito e suas aplicações.
Há que se destacar um fator indispensável que se aplica
às demais características de um bom sobrevivente: crer em
um ser maior, acreditar que existe algo mais além do que
vemos. Ser adepto a uma religião eleva o espírito, expecta-
tiva de sobrevivência e aumenta a esperança daqueles que
aguardam o porvir. Uma família, uma esposa, marido ou
filhos também se enquadram no mesmo aspecto. A vonta-
de de viver e lutar para sair de uma situação de emergência
aumenta ao passo que se espera rever a família e entes que-
ridos que ficaram longe por conta das situações adversas.
Nesse sentido, é preciso ter parcimônia e acalmar-se, por
mais difícil que pareça ser, dado o momento desesperador.
Conforme ensina Boswell2:
A vontade de sobreviver é o fator mais importan-
te. Quer esteja integrado num grupo ou sozinho,
experimentará problemas emocionais derivados do
choque, do medo, do desespero, da solidão. Para
além destes perigos mentais, a lesão e a dor, a fa-
diga, a fome ou a sede pesam na vontade de viver.
(p. 2)

2
BOSWELL, John. Manual de Sobrevivência. Editado para uso de civis e mili-
tares. Editora Eletrônica de Pedro J. B. Nunes, 1980. Disponível em: <http://
destino.blog.br/wp-content/uploads/2017/04/mnl_sv1.pdf>. Acesso em 13
set. 2020.
15
Inevitavelmente, o medo é preponderante e impera
diante dos demais sentimentos em uma situação de emer-
gência. Medo de ficar sozinho, medo do que pode existir
na vasta escuridão, medo da incerteza, medo de alguns
animais, medo do silêncio, etc. No entanto, o medo pode
– e deve – ser controlado; é ele quem injeta adrenalina
no corpo, necessária e crucial em vários momentos da so-
brevivência, aguçando vários sentidos do corpo humano.
Independentemente da situação em que estiver, fortaleça
sua resiliência. Adaptar-se às circunstâncias e às mudanças
drásticas, superando e aprendendo com os próprios erros,
usando a criatividade e a força de vontade, representam os
pilares básicos para a obtenção do sucesso, sobretudo para
sair vivo de uma situação de emergência.

16
Capítulo 2. OBTENÇÃO DE FOGO
Conforme você já observou, o fogo é de suma impor-
tância em uma situação de emergência, mas vale à pena o
dispêndio de energia corporal para realização dessa tarefa?
Para respondermos a esse questionamento, temos de obser-
var e ponderar alguns aspectos relevantes.
Primeiramente, cabe distinguirmos o fogo de uma fo-
gueira. O primeiro diz respeito à energia liberada na forma
de luz e calor, em uma combustão. O fogo faz parte das
tarefas do sobrevivente, pois atende plenamente à necessi-
dade de manter seu calor corporal, evitando a hipotermia.
Dentre outras utilidades, o fogo é útil para secar roupas,
repelir insetos (através da fumaça), afastar animais selva-
gens (através da luz), cozer os alimentos que não podem
ser ingeridos in natura, sinalizar o local de resgaste para
pessoas em navios ou aeronaves, além da possibilidade de
ser transportado e utilizado em tochas, nas pequenas ex-
plorações em cavernas.
O fogo é obtido através da junção de quatro elementos:
combustível, comburente, calor e a própria reação em ca-
deia desses elementos.

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2.1 Tetraedro do Fogo

Através do esquema representado pela figura, é possível


notar que os elementos que compõem o fogo estão arranja-
dos nas faces da pirâmide, enquanto na base está disposta
a reação em cadeia.
O tipo de combustível pode variar bastante. É a maté-
ria ou corpo que entrará em combustão, fornecendo ener-
gia para a reação exotérmica. Pode ser encontrado na for-
ma sólida (um galho, papel, tecido), líquida (etanol, diesel,
gasolina) e na forma gasosa (gás de cozinha – GLP, monó-
xido de carbono (CO), etc.
O comburente corresponde à condição que provoca o
desenvolvimento da queima e dá vida a ela. O comburente
mais habitual que conhecemos é o oxigênio (O2). Quimi-
camente falando, o oxigênio leva à oxidação do combustí-
vel e enriquece a combustão.
O calor corresponde à temperatura necessária para dar
início (ponto de ignição) ao conjunto e é considerado uma
forma de energia. Conforme veremos mais adiante, a for-
18
ma de obtenção de fogo primitiva através do atrito de gra-
vetos gera calor.
Por fim, a reação em cadeia diz respeito à interação
de todos os elementos. Se acaso retirarmos qualquer um
destes elementos, a chama se extinguirá (princípio bási-
co dos extintores de incêndio). A simples experiência de
tapar uma vela acesa, com um copo, demonstra que, ao
retirarmos o oxigênio, o fogo se esvai. Uma vez sanada a
composição do fogo e seu uso, partimos para a definição
de fogueira.
Conceituando ao pé da letra, podemos dizer que fo-
gueira é um emaranhado de matéria na qual se ateia fogo,
quer seja com o propósito de cozer um alimento, quer seja
para sinalizar ou para dar fim à própria matéria que entra
em combustão.
Conforme pontuado, o tipo de fogueira vai depender
da necessidade do militar ou aventureiro, variando ainda
com o tempo em que se deseja mantê-la acesa. Para ilumi-
nação de segurança em um acampamento, durante a ronda
ou vigilância de uma sentinela, algumas fogueiras podem
ser confeccionadas sem muito esforço. A lenha deverá ser
recolhida (sempre que possível) durante o dia, pois a chan-
ce de ser picado por algum animal peçonhento aumenta
significativamente à noite. Faça uma pequena plataforma
e a cubra, a fim de que não molhe com pancadas ines-
peradas de chuva. Se a lenha já estiver molhada, retire as
cascas. Enquanto a fogueira estiver acesa, deixe as lenhas
molhadas ao redor para que sequem com maior rapidez.
A seguir, passamos a elencar alguns tipos de fogueiras
comumente usadas e a aplicabilidade de cada uma:
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1 – A fogueira do tipo Estrela é ideal para quem deseja
se aquecer sem despender muito esforço, pois sua queima é
gradual e possui uma chama relativamente baixa, poden-
do integrar outros tipos de fogueiras. Para confeccioná-la,
basta reunir os gravetos mais finos primeiro, de modo que
se encontrem ao centro, inserindo após os mais grossos, à
medida que o fogo os consume.

2 – A fogueira do tipo Caçador ganhou tal nome, de-


vido ao corriqueiro preparo de pequenas caças em meio à
mata. Iscas e gravetos ao centro iniciam uma pequena fo-
gueira. Seus dois troncos ajudam a manter a panela apoia-
da, enquanto o alimento é cozido.

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